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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PRPPG
Coordenadoria Geral de Pesquisa – CGP
Programa de Bolsa de Iniciação Científica - PIBIC
Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 – Bairro Ininga
Cep: 64049-550 – Teresina-PI – Brasil – Fone (86) 215-5564 – Fone/Fax (86) 215-5560
E-mail: pesquisa@ufpi.br; pesquisa@ufpi.edu.br

Dados do Projeto e do Proponente

Título do Projeto: HISTÓRIA E MEMÓRIA DO TEATRO PIAUIENSE: (RE)ENCENANDO A


EXPERIÊNCIA SOCIAL E AS PRODUÇÕES CULTURAIS
Coordenador do Projeto: Prof. Dr. Francisco de Assis de Sousa Nascimento (Curso de História -
(Centro, Departamento) Campus Senador Helvídio Nunes de Barros - Picos)
Co-Orientador
(Centro, Departamento)
Colaboradores: Francisco Lopes da Silva Filho (Mestrando do Programa de História do
(Centro, Departamento) Brasil – CCHL)
Bolsistas: José Waldir de Sousa Junior; Eduardo Henrique (Curso de História –
(Curso) CSHNB); Francisco Alisson Lima do Vale (Curso de Filosofia - CCHL)

Palavras Chave: HISTÓRIA, TEATRO, MEMÓRIA, CULTURA, PIAUÍ.


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1. Caracterização do Problema (máximo de 1 página)

A produção historiográfica sobre o teatro nordestino e de modo particular, sobre as produções


piauienses são insuficientes. Há poucas pesquisas que privilegiam a interface do teatro com a história,
e/ou entre história e estética teatral no estado do Piauí. Neste sentido, a presente proposta de pesquisa
visa contribuir para projetar esta vasta experiência artística e seus protagonistas, em meio às tensões
sociais e produções culturais na segunda metade do século XX.
É notório que no Estado do Piauí ocorreram diversas iniciativas de contestação, utilizando
formas estéticas e textos dramáticos para registrar dimensões da violência social e os mecanismos
ideológicos que afetaram a sociedade piauiense. Muitas dessas experiências não foram analisadas pela
ciência histórica e o mais grade é que diversos atores, diretores, cenotécnicos, dramaturgos e
espectadores que podem ser considerados como testemunhas oculares da história já faleceram, saíram
do estado ou foram subjugados pelo ostracismo cultural, ameaçando assim a construção da memória
sobre esse período.
Diante disso, o principal propósito do projeto de pesquisa é sistematizar um suporte teórico-
metodológico para pesquisas sobre a relação em História e Teatro Piauiense. Inicialmente, será
enfocado apenas o período de vigência da Ditadura militar no estado do Piauí, no entanto, deseja-se
posteriormente alargar o recorte temporal para indicar algumas chaves de leitura, propor linhas de
investigação, possibilidades de utilização de fontes históricas variadas, referenciais teóricos e
procedimentos metodológicos que possam contribuir para ampliação do conhecimento histórico.
Para tanto, ressalta-se que este trabalho não se limitará à análise dos aspetos físicos do teatro,
entendido como casa de espetáculo, mas sim em sua amplitude e dimensionalidade, privilegiando os
seus signos linguísticos, estéticos e políticos. O Teatro assim é identificado como expressão da arte da
representação dos indivíduos e de determinados grupos sociais, num dado espaço e tempo. Através de
suas linguagens artísticas e de seus conteúdos seja nas dimensões do cotidiano, da vida política,
religiosa ou no plano econômico, possibilita construir interpretações acerca de momentos da história
brasileira. Portanto, o propósito da pesquisa é responder as seguintes questões: a) de que forma o teatro
piauiense conseguiu expressar por meio da dramaturgia e da estética de encenação as formas de ser e
conviver socialmente no período da Ditadura Militar? Quais os personagens que entraram em cena nos
palcos piauienses no recorte histórico da pesquisa? De que maneira os jornais do período investigado
conseguiram assimilar as tensões sociais vivenciadas no período, por meio de uma estética da
recepção? Que textos e expressões estéticas foram elaborados no período de vigência da Ditadura
Militar no Estado do Piauí?
Em grande parte do território nacional e no Estado do Piauí ocorreram expressivas
contribuições do teatro na vida e na organização social. Conforme indicado pelo dramaturgo e crítico de
teatro piauiense Ací Campelo “o teatro no Piauí acompanhou o desenvolvimento social do próprio
Estado, quanto às manifestações cênicas, fossem elas de caráter dramático, os dramas de quintais,
fossem de caráter folclóricos, os bailes ou folguedos populares.”(CAMPELO, 1998, p.16).
Para a historiadora Teresinha Queiroz se “olharmos em conjunto e na perspectiva do tempo, e
tendo em vista as condições econômicas e demográficas da cidade as dificuldades de locomoção das
trupes de artistas e as complicações para montagens de espetáculos, não foram poucas as companhias,
os espetáculos e eventos que Teresina foi palco”(QUEIROZ, 2008, p. 22).
Independente da sua liberdade linguística, cênica, política o teatro como todas as outras
expressões artísticas sofreu no que se refere à sua capacidade criadora motivada pela censura que
assolou o Brasil entre 1964 à 1980, período de grande frustração dos anseios dos intelectuais e artistas.
Neste contexto, este trabalho analisará o período da ditadura militar que entrará em vigor no
Brasil em primeiro de abril de 1964. No início dos anos de 1970, a cultura brasileira vivia um momento
difícil, como resultado do Ato Institucional n⁰ 5. O silêncio era imposto ao rico debate político e cultural,
muitos artistas e intelectuais do Brasil estavam exilados, e os meios de comunicação de massa
intensificavam-se uma propaganda ufanista do regime, e, a prioridade era “ganhar” o apoio da classe
média, por meio de uma política de estímulo ao consumo, e destruição dos opositores.
Nos anos iniciais da ditadura muitos grupos foram desarticulados, no entanto o grupo Oficina e
o Arena continuaram com produções ousadas. No Piauí no final de 1964 o golpe militar ainda não tinha
polido as artes cênicas, somente em meados de 1965 o golpe militar começa a ter reflexos no Estado,
pois neste ano o teatro amador perde incentivo do poder público e as produções dramatúrgicas são
censuradas drasticamente.
É interessante ressaltar que no Piauí entre os anos de 1965 a 1970 a classe artística se
envolvia em montagens de grupos amadores com produções modestas, geralmente ligadas a
instituições de ensino, como o Colégio Diocesano, Colégio das Irmãs e Leão XIII. Havia ainda
companhias amadoras de teatro e uma quantidade significativa de dramaturgos e encenadores que
atuavam efetivamente nas produções teatrais.
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2. Objetivos e Metas (máximo de 1 página)

Objetivos:
1. Identificar as táticas e estratégias existentes entre o Estado e os sujeitos que participaram do
teatro durante a ditadura militar no estado do Piauí.
2. Analisar a atuação do governo do Estado do Piauí em relação à censura dos grupos de teatro no
período em questão.
3. Verificar os discursos produzidos pela imprensa do Piauí no que diz respeito à formatação do
teatro pelo Estado.
4. Observar as possíveis mudanças de atuação, produção e linguagem dos textos de teatro
produzidos pós década de 1970.
5. Analisar por meio da oralidade de alguns artistas que atuaram no período em questão, o porquê
afirmam que no Piauí não havia censura.
6. Verificar o porquê o governador do Estado do Piauí no ano de 1972, criou o grupo de teatro do
CEPI (Centro de Estudo e Pesquisas Interdisciplinares), que tinha como intuito principal,
trabalhar como arte-educação.
7. Identificar a política cultural adotada pelo Estado nos grandes centros do Brasil, e a adotada no
Estado do Piauí.

Metas:

As principais metas de pesquisa e publicação são as seguintes:


- Realização de vasto trabalho de levantamento bibliográfico, buscando analisar a contribuição do
teatro piauiense na produção cultural local. Serão utilizados como locais de busca e construção de fontes
históricas o Arquivo Público do Estado do Piauí, os acervos particulares dos grupos de teatro do estado
do Piauí, do Teatro 4 de Setembro, os Pontos de Cultura, o Acervo do Departamento de Expressões
Artísticas do SESC Piauí.

- Realização de pesquisas, utilizando a história oral como suporte, para sistematização e


e realização de diversas entrevistas gravadas abertas e semi guiadas com os seus familiares
remanescentes moradores na cidade de Picos e na Fazenda do Boqueirão local de seu nascimento;
- Redação de três relatórios – dois específicos e um geral – que poderão gerar um artigo ou
capitulo de livro a ser publicado em revista cientifica ou livro;
- Apresentação de relatório (parcial e ou final) em eventos científicos regionais ou nacionais
(dentre eles, o encontro nacional da Associação Nacional de História – Anpuh em 2011), de preferência
com a participação do aluno bolsista.
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3. Metodologia e Estratégia de Ação (máximo de 1 página)


Este trabalho será norteado por alguns procedimentos da pesquisa histórica. O primeiro a se ressaltar
diz respeito à realização de leituras de livros, peças teatrais, fichamentos de periódicos relacionados ao
tema, buscando assim uma aproximação com objeto em questão. O segundo passo se alicerçará na
pesquisa hemerográfica, realizada no Arquivo público do Piauí – Casa Anísio Brito, ressalta-se que
muitos periódicos já foram consultados e digitalizados.
Na pesquisa preliminar ressaltam-se os jornais O Dia (1970 – 1980), O Estado (1965 – 1970), O
Piauí (1970 – 1975), todos de circulação diária, por este motivo foram escolhidos como fonte, para
estruturar este trabalho. Além do motivo exposto acima, ressalta-se que nesse período o Brasil estava
sob o regime da ditadura militar, desse modo será observado a relação entre imprensa e estado.
As leituras destes periódicos permitirão que se perceba como se constituiu os discursos
existentes sobre o novo regime político, e como alguns intelectuais e artistas se portaram ou viveram sua
arte em detrimento a ordem posta. Em análise preliminar constata-se a tênue relação de alguns cronistas
ou jornalistas com o estado, onde pode ser observado em alguns exemplares consultados como, por
exemplo a matéria do jornal O Estado de 1975, p.15. Que exalta o então governador do Piauí Alberto
Tavares Silva; como o homem da arte, “[...] Domingo a mangas de camisa inspecionando as obras do
teatro 4 de setembro. O homem e a obra. O homem e a arte. O homem e o povo.”
Dessa forma nota-se a importância das análises de tais periódicos, pois outras do mesmo ano
criticam as ações realizadas pelo estado no que diz respeito à cultura principalmente o teatro, percebe-
se que o auxílio desses periódicos mostrará os conflitos existentes nos discursos proferidos, no mesmo
espaço e tempo, esses “embates” serão de fundamental importância para a montagem do roteiro das
entrevistas, e execução do projeto.
Nesse sentido é notório o auxílio da história cultural que acaba com a visão e estudo monolítico
de cultura, onde não são mais levados em consideração os estudos das grandes obras de artes e dos
grandes homens, muito menos as fontes “oficiais” deixadas por esses sujeitos, essa nova forma de fazer
história permiti-nos analisar fontes que até meados do século XX não eram analisados, tais como:
fotografias, peças teatrais, os relatos orais dentre outros. “Sob esse viés de investigação muitos
pesquisadores têm se debruçado no sentido de dar nova visibilidade ao seu objeto de estudo, pois com o
advento das novas possibilidades de análises o historiador se vê livre das estruturas monolíticas de
cultura e a partir das décadas de 1960 e 1970, abandonam os mais tradicionais relatos de lideres
políticos e suas instituições, e direciona seus interesses para as investigações da composição social e
da vida cotidiana” 1
Nesse sentido a história oral nos fornecerá outras visões, ou leituras do teatro encenado no Piauí
durante a ditadura militar, e sua relação com o estado, pois pode ajudar a trazer a tona outras realidades,
ou representação dessa realidade que fora esquecida intencionalmente ou não por muitos artistas,
intelectual e pelos estados. Assim como Nascimento acredito que a “história oral possibilita ao
pesquisador entrar em contato com uma memória diferente daquela concentrada em mãos restritas de
historiadores profissionais, onde o recurso da história contribui de forma inestimável para a preservação
da memória que os sujeitos privilegiam” 2. Sobre essa noção o historiador Pierre Nora nos diz que “Os
lugares de memória são locais materiais ou imateriais nos quais se encarnam ou cristalizam as
memórias de uma nação, pessoas, familiares e de um grupo”. 3 O ato de lembrar é individual, onde as
lembranças estão relacionadas com o grupo social do qual faz parte, onde a memória pode ser vista
como exercício da rememoração que constitui a recuperação de imagens e dados armazenados nas
lembranças dos indivíduos.
No intuito de conhecer alguns desses sujeitos ainda na fase exploratória desta pesquisa foram
realizadas algumas entrevistas dentre os quais se destacam: Afonso Lima(ator, diretor, autor; com quem
mantemos diálogo constante e nos fornece grande material documental; Lari Sales e Carmem Lúcia
(atrizes); Fábio Costa (ator, diretor); Adalmir Miranda (ator, diretor e pesquisador do teatro); Açaí

1
HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Editora Martins Fontes.1992
2
NASCIMENTO, Francisco Alcides. Fios de memória: história do rádio. In: História: cultura, sociedade e
cidade. Recife. Editora Bagaço, 2005
3
NORA, Pierre. Entre memória e história, a problemática dos lugares. In: Projeto História. São Paulo, 199,
p.11.
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Campelo (iluminador); Maneco Nascimento (ato), Luciano Melo (ator, diretor, produtor, professor da
Universidade Estadual do Piauí).
Estas entrevistas foram realizadas entre os anos de 2006 e 2009. De acordo com a necessidade
deste trabalho, surgirão novos personagens e questionamentos que irão nos ajudar a compor este
estudo. Como se pretende que os atores sociais selecionados narrem as suas experiências de vida, o
formato de entrevista escolhido é o da trajetória de vida, o qual é intermediário entre a história de vida e
a entrevista temática. Esse formato se caracteriza pela entrevista não ser tão longa quanto à entrevista
de vida e nem marcada por um único tema, como na entrevista temática.
Outro procedimento a ser adotado será a análise de alguns documentos pessoais e fotografias
que fazem parte do acervo pessoal de alguns dos sujeitos que compõem esta pesquisa dentre os quais
este proponente já tem acesso:
Do arquivo de Afonso Lima; Os textos originais das peças “Guerra dos cupins” (1979), e “Itararé
a República dos Desvalidos” (1983); atas de reuniões do grupo de teatro GRUTEPI (1977, 1978, 1979);
os certificados de liberação de peças expedidos pelo departamento de censura (1977 – 1979); notas
oficiais da Federação de Teatro Amador do Piauí- FETAPI (1977 a 1979); correspondências
“codificadas”, pois como o período em questão remete a ditadura militar alguns sujeitos que faziam parte
da cena artística em Teresina se comunicavam através de códigos. Estas cartas são referentes aos
meses de maio, agosto e outubro de 1975, como também aos meses de junho, julho e agosto de 1976.
Do arquivo de Lari Sales, extraímos fotografias do período em questão e dos ensaios do grupo
de Teatro CEPI e GRUTEPI entre os anos 1977 e 1979. Serão consultados também os rabiscos de
alguns textos que foram censurados.
Este trabalho de pesquisa se estruturará por meio do seguinte percurso:
1. Leitura e fichamento da produção bibliográfica mais relevante referente ao tema, visando a uma
maior aproximação com o objeto de estudo;
2. Identificação das matérias jornalísticas e crônicas que tenham como tema as relações entre
teatro e política no Piauí entre os anos de 1964 e 1980;
3. Registro fotográfico e digitalização de todas as matérias e crônicas levantadas da etapa anterior;
4. Montagem, tendo como material de apoio a pesquisa nos jornais, do roteiro geral de entrevistas,
a partir do qual serão feitos os roteiros individuais; proximidades do centro da cidade;
5. Realização de entrevistas de trajetórias de vida com os atores sociais que fizeram parte dos
movimentos culturais no período em questão;
6. Leitura das portarias fixadas pelo governo do Estado do Piauí no que diz respeito a cultura
principalmente voltadas as trabalho.
7. Analisar os atos de criação e reunião dos principais grupos de teatros que atuaram no período
proposto.
8. Fazer paralelo entre a política cultural adotado no Estado do Piauí, com as que foram adotadas
em outros centros ou pólo cultural.
9. Redação e encaminhamento de artigo a uma revista Qualis A nacional, comunicando os
resultados da pesquisa;
10. Depósito de todo o material resultante da pesquisa no Núcleo de História Oral, como também no
núcleo de Educação, História e Memória. E no grupo de estudo história, teatro e estética, todos
institucionalizados na Universidade Federal do Piauí– UFPI.
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4. Resultados e Impactos Esperados (máximo de 1 página)

Além dos objetivos indicados, espera-se, no final da pesquisa, ser possível comunicar os
resultados em eventos como o Simpósio das ANPUH e o Encontro Nacional de História Oral – ABHO,
bem como publicar (em)-se artigo(s) com o mesmo objetivo. Como já se informou antes, todo o material
resultante da pesquisa (dados e entrevistas) passará a fazer parte do acervo do Núcleo de História Oral
da Universidade Federal do Piauí, e, depois de organizado, deverá ser disponibilizado à consulta de
pesquisadores interessados no tema. Essa iniciativa poderá ajudar na consolidação da linha de pesquisa
Cultura e Arte no Brasil, do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil/UFPI.
Espera-se também que a pesquisa fortaleça o trabalho do grupo de pesquisa História, Teatro e
Estética, do qual assumimos a liderança, e que possa agregar mais pesquisadores que pesquisam teatro
no campo da história e de todas as áreas do conhecimento, interessados nessa discussão.
Deseja-se também que as fontes audiovisuais, como fotografias de espetáculos, entrevistas
gravadas e filmadas sejam disponibilizadas em endereço eletrônico, para que mais pesquisadores de
todo Brasil e do mundo conheçam as experiências teatrais vivenciadas no Estado do Piauí.
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5. Riscos e Dificuldades (máximo de 1 página)

6. Melhores práticas do grupo no tema ou área proposta (máximo de 1 página)


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7. Plano (s) de trabalho do (s) bolsista (s)

No plano de trabalho de cada bolsista deve constar: título; nome do bolsista; nome do orientador;
(1) tópicos a serem desenvolvidos, de modo a ficar clara a conexão entre o Plano de Trabalho do aluno e
o projeto do orientador; (2) a definição dos objetivos do trabalho do aluno; (3) o detalhamento da
metodologia correspondente; (4) a relevância da participação do aluno no projeto (5) o treinamento
visado em relação ao bolsista e (6) cronograma de atividades para 1 (um) ano.
O Plano de Trabalho do aluno deverá ainda ser dimensionado para um ano de bolsa, com vistas a
gerar resultados a serem apresentados pelo bolsista, na forma de Relatórios Parcial e Final, e
apresentação, por ocasião do Seminário de Iniciação Científica da UFPI, que poderá ocorrer na forma de
pôster ou oral.

PLANO TRABALHO

- Titulo do Projeto: História e Memória de Antonio Coelho Rodrigues: sua vida e sua obra.

- Nome do Bolsista: Jandielle Alves Pinheiro (Licenciatura Plena em História)

- Nome do Orientador: Prof. Dr. Johny Santana de Araújo (Curso de História, Campus Senador Helvidio
Nunes de Barros) (Mat: 5458-2; SIAPE: 1551249)

- Resumo dos objetivos do trabalho:

Este projeto tem por objetivo principal investigar a atividade política, jornalística e de pesquisador
de Antonio Coelho Rodrigues, através dos seus trabalhos dedicados a História como um esforço de
entendimento dos papéis e lugares sociais de um dos mais significativos intelectuais do Piauí.
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O trabalho de igual forma pretende a leitura de sua produção, procurando privilegiar a sua
contribuição no campo da História uma vez que sua trajetória no campo da jurisprudência sempre foi
mais efetiva muito embora encontra-se restrito ao campo do direito. Seus trabalhos e sua contribuição ao
campo da História ainda tem sido muito pouco explorado ou encontra-se quase desconhecidos.
Após tomar conhecimento da bibliografia especializada para a compreensão do tema, o aluno sob
orientação do coordenador da pesquisa, iniciara o levantamento do corpo documental disponível bem
como sobre a produção literária de Antonio Coelho Rodrigues no período compreendido entre 1866 e
1912, ano de sua morte a fim de processar um conjunto de analises do referido corpo.
No segundo momento da mesma forma sob orientação do coordenador da pesquisa será
elaborado um roteiro de entrevistas, para esta atividade será dado enfoque principal a perspectiva da
metodologia da história oral para a compreensão da memória do sujeito histórico Antonio Coelho
Rodrigues a partir das entrevistas com os remanescentes de sua família ainda residentes na cidade de
Picos.
Feito ambos os levantamentos, os dados assim coletados fornecerão as informações qualitativas
sobre a construção social da história e memória de Antonio Coelho Rodrigues os resultados da análise
nos possibilitará redigir os artigos onde poderemos avaliar: qual seria a extensão da contribuição de suas
obras para a compreensão da História das Ideais políticas e sociais no Brasil e no Piauí.

8. Cronograma de Execução

- Revisão da bibliografia (geral e especifica do projeto): de setembro a novembro de 2010.


- Elaboração dos instrumentos de investigação: novembro de 2010.
- Levantamento do corpo documental e do acervo referente ao objeto: dezembro de 2010 a fevereiro de
2011.
- Entrevistas de campo, e primeiras analises das fontes: fevereiro de 2011.
- Entrega do relatório parcial – data a ser confirmada pela Coordenadoria Geral de Pesquisa da Pro -
Reitoria de Pesquisa e Pós – Graduação.
- Analise das fontes levantadas tanto físicas como as orais e nova revisão bibliográfica: de março a junho
de 2011.
- Redação dos relatórios e artigos a serem publicados em revistas especializadas: de maio a julho de
2011.
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9. Referências Bibliográficas

10. ALBUQUERQUE, Júnior Durval Muniz. Um leque que respira: A questão do objeto em história.
Porto, Rio de Janeiro: 2000.
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12. ANDRADE,Thompson Almeida; SERRA, Rodrigo Valente. O Recente Desempenho das
Cidades Médias no Crescimento Populacional Urbano Brasileiro. IPEA. Núcleo de Estudos e
Modelos Espaciais, 1998. Disponível em: www.ipea.gov.br/pub/td/td0554.pdf.
13. BARROS, José D‟ Assunção. O campo da história: Especialidades e abordagens. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2004.
14. BURKE, Peter. A escrita da história. Novas perspectivas. São Paulo: EDUMESP, 1992.
15. CASTELO BRANCO, Edwar de A. A cidade que me guarda: Um estudo histórico sobre a
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fevereiro/ março de 2006. p. 01 a 13.
16. CALVINO, Ítalo. As cidades invisíveis. Trad. Diogo Maynard. Rio de Janeiro: O Globo. São
Paulo: Folha de S. Paulo, 2003.
17. CAMPELO, Ací. Dramaturgia do Teatro Piauiense. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor
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18. _____. O Novo Perfil do Teatro Piauiense. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves,
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19. CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano 1 – arte de fazer. 2. Ed. Petrópolis: Vozes,
1990.
20. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre prática e representações. Rio de Janeiro: Bertrand
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21. FAÇANHA, Antônio Cardoso. A evolução urbana de Teresina: agentes, processos e formas
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1998.
12

23. FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 5. ed. Tradução de Laura Fraga Sampaio, São
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24. _____. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
25. HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1992. 20
13

26. PATRIOTA, Rosângela. A escrita da história do teatro no Brasil: questões temáticas e


metodológicas. In: Revista Fênix, 2006.
27. _____. A crítica do teatro crítico. São Paulo: Hucitec, 1999.
28. PELBART, Peter Pál. A Vertigem por um fio: Políticas da Subjetividade Contemporânea. São
Paulo: Iluminuras/ FAPESP, 2000.
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2004.
30. MACIEL, L. C. Sartre: vida e obra. 5 ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1986.
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32. NORA, Pierre. Entre memória e história, a problemática dos lugares. In: Projeto História. São
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33. QUEIROZ, Teresinha. História Literatura Sociabilidade. Teresina: Fundação Cultural
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