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FRATURAS DA URBANIZAÇÃO
INTRODUÇÃO:
Com perdão da licença poética, a imagem vale mais que palavras, nesse nosso
caso para falar de urbanismo. Ao que parece, na verdade, o que se alastrou de
modo imensurável foi a ocupação urbana, aqui no caso a imagem é da cidade do
Rio de Janeiro, mas que pode ser estendida a cidade de São Paulo ou qualquer
1.1 Arquitetura e urbanismo, 3º ano, Universidade Estadual Paulista.
1.2 Arquitetura e Urbanismo, Doutor pela Universidade de São Paulo, Professor e Chefe do Departamento de
Arquitetura, Urbanismo e Paisagismoda Universidade Estadual Paulista, Universidade de Guarulhos.
1.3 Sei Lá, Mangueira – Música de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho.
outra capital brasileira. Feita essa primeira aproximação com o nosso objeto de
estudo, vamos tratar nesse trabalho da derrota do urbanismo tradicional, no trato das
questões urbanas. Em que pese os avanços teóricos sobre a questão do urbanismo,
o “urbanismo real” se impôs de tal forma violentamente, que hoje seguramente nada
mais resta fazer. Nossas cidades sucumbiram diante dele, nada restando,
principalmente ao poder público, para tornar nossas cidades em um ambiente
urbano positivo. Atitudes quixotescas de urbanização de tais espaços assemelham-
se a postura da confecção voluntária de casaquinhos de lã em épocas de inverno,
para populações carentes.
Abordar essa temática sob o ponto de vista apontado acima implica em
assumir posturas que vão e ou estão de encontro, em sentido contrário, a
abordagem comumente aceita de que há muito que fazer. Nesse sentido, não temos
a pretensão de sermos uma voz contrária e solitária, apenas, que um outro viés
sobre o tema – urbanismo - é necessário, até mesmo, para que ao final tenhamos
nossa hipótese submetida ao crivo da própria investigação ao longo do trabalho.
Como fulcro da nossa pesquisa temos um dado que por si só a justificaria, e
está a justificar várias abordagens do tema, que é o fato concreto de que temos
cerca de 80% da população brasileira vivendo em cidades, ou seja, temos uma das
maiores populações urbanas do planeta e por conseguinte, toda sorte de mazelas
que atingem essas populações.
O fato de termos um grande contingente da população urbana, por si não seria
realmente motivo de grande preocupação, no entanto, em se tratando de um país
como o nosso, capitalista periférico dependente, as condições de vida a que essa
grande parcela da população está submetida faz com que nós busquemos apontar
as causas da ineficiência do urbanismo.
Os objetivos desse projeto de pesquisa em iniciação científica são ao menos
dois. O primeiro é permitir ao aluno desenvolver sua visão dos problemas urbanos a
partir de uma abordagem crítica e o segundo, de natureza operacional, é
desenvolver habilidades nos levantamentos e tratamento dos dados adquiridos no
decorrer da pesquisa.
Quanto ao primeiro, pretendemos que o aluno apreenda através da análise
bibliográfica produzida por diversos autores, em que esses apontam ou fornecem o
embasamento teórico e conceitual da disciplina, apontados na bibliografia desse
plano e considerados como referência fundamental para o que se pretende.
Sobre o segundo objetivo, de natureza operacional, busca-se permitir que o
aluno desse projeto possa deter o controle da metodologia, em outros termos,
significa dizer, orientar o aluno no sentido de que este detenha com segurança o
conhecimento das etapas e ações a serem feitas. Assim, caberá ao aluno desse
projeto, identificar e definir as “fraturas da urbanização’ à luz da referência
bibliográfica e, no contexto das áreas estudadas.
Para a realização desse projeto de pesquisa teremos como área de recorte a
cidade de Bauru, por duas razões que consideramos principais. A primeira é
estratégica, pois diz respeito a própria localização da estudante na cidade de Bauru,
o que facilita a visita nos locais para uma melhor elaboração da análise da realidade
do local. A outra razão, é que mesmo estando em outra escala, a cidade de Bauru,
no geral, demonstra os mesmos “problemas urbanos” que ocorrem em outras
cidades maiores e/ou metrópoles brasileiras.
MATERIAL E MÉTODOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: