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Braga

cidade feliz
Make place, walking and cycling

MAKE
PLACE

WALKING

CYCLING

Este suplemento faz parte da edição do jornal Correio do Minho, de 21 de Setembro de 2015 e não pode ser vendido separadamente.
2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

Braga cidade feliz


Make place, walking and cycling

A REDE CICLÁVEL EM BRAGA

B
raga é uma Cidade plana alcançamos cerca de 100 dade do Minho, atravessando o capilaridade ao longo de toda a cia), zonas 30 e pistas cicláveis.
plana no eixo ao longo mil habitantes e ligamos os prin- centro histórico pela Zona Pe- Cidade plana, de 76 km, pela re- Com a elaboração do Plano
do Rio Este. Percor- cipais equipamentos e pólos ger- donal e a ligação entre Ferreiros formulação da rede viária que Diretor Pedonal e Ciclável, a im-
rendo a Cidade, que adores de tráfego, neles se in- e S. Pedro D’Este, utilizando to- inclui a criação de zonas de 20 e plementação da rede ciclável irá
começa em São Pedro cluindo a Universidade do Mi- da a Rodovia e parte da Variante de 30 km/h. seguir os critérios definidos para
D’Este e termina em Ferreiros e nho, a Central de Camionagem e do Fojo assim como as vias que Por forma a aumentar o nú- possuirmos uma rede bem de-
se estende desde as Sete Fontes a Estação da CP. as unem (Rua do Caires, Av. da mero de utilizadores da bicicleta senhada, com as dimensões cor-
até ao Estádio 1.º de Maio, nota- Para incrementar o uso da bici- Liberdade, Av. 31 de Janeiro, como meio de transporte, vão retas e que seja capaz de captar o
mos que este território apresenta cleta há que construir uma rede Av. Padre Júlio Fragata, Av. de ser criados 76 km de vias ciclá- maior número de pessoas para
maioritariamente declives abai- de vias cicláveis que respeite os Gualtar, Avenida da Paz). veis. Estas vias contemplarão este meio de transporte alcan-
xo dos 6%, ou seja, a Cidade é critérios funcionais. Esta rede ci- Estas oito vias constituem a zonas de coexistência entre çando a meta de 10 mil utiliza-
perfeitamente ciclável. clável compreende a ligação en- base estruturante da rede ciclá- peões, ciclistas e transportes dores regulares de bicicleta em
Criando uma rede na Cidade tre a estação da CP e a Universi- vel fundamental que permitirá públicos (zonas de coexistên- 2025.

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2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

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VIAS ROMANAS
A
necessidade de conseguir um trans- Bracara Augusta pelos Itinerários XX, Bouro), assim como a sua candidatura a
porte rápido e eficaz de pessoas e XIX, XVIII e XVII. Património da Humanidade.
bens ao longo do império, levou os Passando Limia, atual Ponte de Lima, A quarta ligação a Asturica era efetuada
romanos a construir uma rede viária ex- através do Itinerário XIX. O  traçado pelo Itinerário XVII. O levantamento do
tremamente eficiente e duradoura. Desde do Itinerário XIX  está relativamente bem traçado da via em 2005 no âmbito do pro-
a Britannia ao Egipto, da Lusitania à Cap- estudado dado o elevado número de mi- jecto «Vias Augustas» trouxe muita infor-
padocia, as vias romanas foram um dos liários existentes. Este itinerário corre- mação nova sobre a via e um modelo de
pilares do seu sucesso. sponde em grande parte ao Caminho de valorização turística que contou com a
Eram cinco as vias romanas que liga- Santiago pelo que existe sinalização do participação dos municípios portugueses
vam o império romano a Bracara Augusta percurso (setas amarelas), embora nem abrangidos que resultou na limpeza e
(Braga). sempre o caminho proposto siga pela via sinalização da via para uso público.
Olisipo (Lisboa) ligava-se a Bracara Au- romana. A Via XVII ganha principal importância
gusta através do Itinerário XVI. Esta via Através do Itinerário XX que efetuava a para a cidade pois parte da mesma é uti-
estabeleceu a rota definitiva entre as duas mesma ligação, mas pela orla marítima. lizada para diversas funções.
cidades que subsiste até hoje, sobrepon- O Itinerário XVIII, a chamada Via Nova Todas as vias partiam do antigo Fórum
do-se sucessivamente a Estrada Real, a ou Geira Romana, é a via romana melhor Romano, situado no Largo Paulo Orósio.
Estrada Nacional EN1 e a Autoestrada preservada em Portugal e, caso único no A Via XVII, seguia pela decumanus que cavado um troço da via debaixo do antigo
A1. Estas seguem paralelas ou mesmo co- mundo, conta com mais de 230 miliários corresponde aproximadamente à atual rua edifício dos CTT, continua pelo rua do
incidentes em alguns pontos até Conim- ao longo do seu percurso até Astorga. Nos do Alcaide, continuando pela rua dos Fal- Raio, passa na Igreja de S. Vítor, rua D.
briga. O troço de Braga ao Porto está bem últimos anos, esta via foi alvo de um cões até à antiga porta da cidade situada a Pedro V e rua Nova de Sta. Cruz que de-
documentado por inúmeros miliários grande  projecto de reabilitação e va- sul do Largo Carlos Amarante, cuja área pois passa a EN103; a via continuaria ao
(com pelo menos 25 referências), mas a lorização turística que resultou na sua corresponde à grande Necrópole da Via longo da margem direita do Rio Este pela
partir do Porto os vestígios começam a classificação como Monumento Nacional XVII, tomando depois a rua do Raio, pas- «estrada velha», paralela à EN103 que no
escassear. e à construção do ‘Museu da Geira Ro- sa junto da Fonte do Ídolo, atravessa a Av. essencial acompanha a rota romana para
Asturica, atual Astorga, ligava-se a mana’ em Campo do Gerês (Terras de da Liberdade, onde recentemente foi es- Chaves.

CAMINHOS DE SANTIAGO
E
ntre os vários caminhos que desem- postela. Em Braga existe a Associação testemunhos.
bocam em Santiago de Compostela, dos Amigos do Caminho de Santiago de Hoje em dia ainda existem peregrinos
Braga faz parte de um importante Braga e a Associação Espaço Jacobeus e que vão a Santiago a cavalo e cuja tra-
itinerário denominado o Caminho Por- um albergue de peregrinos – a “Casa da dição se relaciona com uma lenda por-
tuguês do Interior, já conhecido na Idade Roda” - situado no centro da cidade ao la- tuguesa segundo a qual um cavaleiro, de
Media, que parte de Guimarães e que, a do da Sé, o que revela a sua ligação, no entre Douro e Minho, que fazia essa pere-
par do Caminho Português do Norte (ou tempo presente, a Santiago. Além disso, grinação teria encontrado o próprio Após-
noroeste, ou litoral), acaba por consti- vários elementos urbanos seculares da tolo nessa cavalgada.
tuir um ponto para o qual convergem própria cidade denunciam essa ligação: A maior dificuldade destes peregri-
muitos outros caminhos com origem em a Igreja de Santiago da Cividade, datada nos é a de encontrar locais que tenham
várias zonas do país, conforme as origens do século XII; a Torre de Santiago, tam- condições adequadas para os seus ani-
geográficas dos peregrinos e camin- bém da época medieval, e a porta homón- mais.
hantes. ima por onde entravam os peregrinos que Além da peregrinação a pé e a cavalo é
Braga está ligada, há séculos, a esta se dirigiam a Compostela; a fonte de cada vez mais frequente verem-se grupos
peregrinação, e consequentemente evi- Santiago, junto à Sé, do século XVI, o a fazerem este percurso de Bicicleta, tal
dencia vários testemunhos da presença seminário de Santiago que pertenceu à como acontece já há muitos anos noutros
remota da devoção a Santiago de Com- Companhia de Jesus constituem outros caminhos.
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4 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

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REGENERAÇÃO URBANA
FAZER CIDADE MODERNIZANDO A MEMÓRIA

DR DR
A ligação entre a Rua D. Pedro V e a Rua Nova de Santa Cruz deve ser feita modernizando a memória do sítio, A Peregrinação ao Sameiro "perde-se" pela rodovia por causa da barreira que é a Avenida Padre Júlio Fragata
valorizando as pré-existências

A
regeneração urbana da cidade terá rar seriamente a dimensão cultural e a sa, onde estão as pessoas. Hoje segue percurso histórico da peregrinação ao
que ter sempre presente a moder- parte económica do excecional legado pela rodovia "perdendo-se" quando en- Sameiro. Muitos são os alunos que che-
nização da memória, não só pela ad- da História da cidade neles se incluindo contra a Avenida Padre Júlio Fragata. gam e partem da Central de Camiona-
equação das atividades a desenvolver as vias de ligação de Bracara Augusta a A ligação entre a Rua D. Pedro V e a gem e que seguem a pé com o seu trol-
como pelo reforço das imagens tradicio- Roma, o percurso da peregrinação ao Rua Nova de Santa Cruz deve ser feita ley através deste percurso, tendo como
nais através da invenção de novas referên- Sameiro, o caminho da cidade histórica modernizando a memória do sítio, valo- partida ou destino a Universidade do
cias culturais, económicas e sociais. à sua Universidade, os caminhos que cru- rizando as pré-existências Minho.
A modernidade poderá ser alcançada zam a cidade em direção a Santiago de Uma das ligações a Roma, a Via XVII, Braga está de porta aberta para o único
instituindo uma articulação dinâmica en- Compostela e os que nos ligam até São era feita também por um percurso muito Parque Nacional de Portugal, o da Pene-
tre os ‘novos lugares’ e a cidade. Bento da Porta Aberta, Padroeiro da Eu- semelhante ao da peregrinação ao Samei- da-Gerês. O Gerês, terra da vaca caxena
A regeneração urbana deve fazer parte ropa, em Terras de Bouro. ro. As pré-existências que vamos encon- e dos cavalos garranos, os preferidos dos
de um projeto que integra os compo- A peregrinação ao Sameiro tem o seu trando ao longo deste eixo são já dos tem- romanos, pois com eles podiam percor-
nentes históricos, paisagísticos e eco- início com uma saída grandiosa da Sé e pos romanos e também essas merecem rer longos percursos sem se cansarem,
nómicos na procura geral de complemen- uma entrada sumptuosa pelo Arco da Por- ser preservadas e modernizadas, respei- devido à sua forma de marcha peculiar.
taridade, de continuidade e de sinergias. ta Nova, a porta da cidade. tando-as. Aquando da reposição da tra- Lugar onde as águas correm cristalinas
Regenerar é intervir sobre a memória, A Peregrinação ao Sameiro "perde-se" vessia da Avenida Padre Júlio Fragata ou pelos ribeiros e o ar puro proporciona
sob a "alma" de lugares únicos. Para fazer pela rodovia por causa da barreira que é a da criação do Interface do Novainho, a calma e prazer. Terra da Senhora da
cidade é necessário que se tenham em Avenida Padre Júlio Fragata memória da Via XVII deve ser tida em Peneda e da Senhora da Abadia e do
conta os variadíssimos elementos que No seu trajeto histórico, passando pela conta. Padroeiro da Europa, o São Bento da
constituem os alicerces destes lugares. Rua D. Pedro V, seguia pela Rua Nova de O caminho para o conhecimento é tam- Porta Aberta, que tantos peregrinos re-
Nada pode ser regenerado sem se enca- Santa Cruz sempre através da cidade den- bém feito através de parte do mesmo cebe saídos de Braga.
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2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 5

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UMA CIDADE DENSA


E REGENERADA

T
ornar as nossas cidades verdadeira- lhor modo de se conseguir uma cidade
mente sustentáveis para o futuro, im- amiga do ambiente. Acresce que essa “ar-
plica uma importante alteração do ma” está ao alcance de todos nós: está ao
nosso estilo de vida. Ano após ano, vemos alcance dos autarcas criar regulamentos
uma maior consciencialização quanto à que evitem o alargar da área urbana sem
necessidade de procurar soluções de efi- limite e criar incentivos que facilitem a
ciência energética, abrangendo tanto o regeneração; mas também está ao alcance
sector industrial, os transportes, chegando de cada um de nós procurar estilos de vi-
mesmo até às nossas casas. da mais saudáveis, evitar viagens de au-
Tornou-se comum para todos nós por- tomóvel, caminhar ou andar de bicicleta
tugueses, escolher eletrodomésticos com nalgumas das deslocações diárias. Não
base na sua classificação de eficiência necessitamos de esperar por mais desen-
energética, trocar lâmpadas incandes- volvimentos tecnológicos: está nas nossas
centes por outras de menor consumo, ou mãos!
até comparar automóveis segundo os va- Segundo o INE (dados de 2012), a des- nos e que encorajam o uso dos modos
lores de emissões nocivas. A poluição pesa total anual dos agregados familiares suaves não motorizados e dos transportes Cidade 100% acessível
atmosférica faz mais vítimas do que os é, em média, 20.391eur. Ainda segundo públicos, mantêm uma economia viva e e Quarteirões com Vida
acidentes de viação, tornando-se a mais esse estudo, cerca de 14,5% dessa despe- que conseguem captar investimentos mas,
importante causa de morte prematura na sa anual é gasta em transportes, ou seja, acima de tudo, conseguem cativar e fixar Procurando uma melhoria continua
União Europeia. aproximadamente 3.000 euros anuais, o população. Fixar os jovens e dar condi- das condições de acessibilidade de
Essa consciencialização será, sem dúvi- que dá 250 euros por mês. Deste valor, ções de vida confortável aos séniores é Pessoas de Mobilidade Reduzida
da, um importante passo no sentido de vir pelo menos 85% não fica na economia lo- um dos principais desafios do planeamen- (PMR's) em Braga, e sendo
a proporcionar um futuro melhor às pró- cal; é entregue às petrolíferas, às segu- to urbanístico actual. No longo prazo, es- impraticável implementar todas as
ximas gerações. No entanto, é importante radoras, ou ao Estado, em impostos. Cada sas cidades serão economicamente mais alterações necessárias de uma só vez,
notar que hoje em dia, mais de metade da agregado, ou cada cidadão, que con- competitivas e ambientalmente susten- a sua execução será de modo faseado,
população mundial vive em cidades e que seguirmos convencer a deixar o trans- táveis mas serão também, sobretudo, mas paulatinamente.
essa percentagem irá aumentar forte- porte individual, ficará com uma parte cidades socialmente mais justas. A Universidade pode desempenhar
mente nas próximas décadas. Com mais significativa do seu rendimento disponí- Regenerar o centro e procurar manter um papel relevante, no programa
população, maior será a utilização dos vel para outras finalidades. Muito prova- Braga como uma cidade compacta, é uma “Ruas Acessíveis e Quarteirões Com
transportes – que são, de longe, a maior velmente será gasto na economia local, oportunidade de futuro que irá conseguir Vida”, onde os alunos poderão desen-
causa de emissões poluentes nas cidades. tanto em lazer, cultura ou restauração. com que uma larga percentagem da popu- volver trabalhos que vão desde a au-
Para além disso, as cidades não poderão Baixar o nosso consumo de com- lação diminua a dependência no au- ditoria às condições de acessibilidade
continuar a crescer em área, com a conse- bustíveis fósseis irá melhorar a nossa tomóvel e, com isso baixe a sua respon- nas ruas da Cidade até à elaboração
quente extensão das infraestruturas bási- qualidade de vida. Uma mudança para um sabilidade em termos de emissões de relatórios com propostas concretas
cas, deixando os seus centros históricos estilo de vida sustentável, com gastos em nocivas. Se esse desenho de cidade con- para tornar as ruas 100% acessíveis.
sujeitos à degradação e desertificação. transporte muito menores, menores cus- tar, também com um bom sistema de A implementação destas melhorias
Assim, há que encarar o Urbanismo co- tos com aquecimento e com iluminação, transportes de alta capacidade – como poderá ser programada seguindo uma
mo provavelmente a “arma” mais eficaz maior atividade comunitária, menos via- aquele que já está na agenda Bracarense – estratégia de “mancha de óleo”, do
contra as alterações climáticas. Repensar gens motorizadas e mais percursos pe- a cidade conseguirá garantir uma melhor centro para a periferia e priorizando
as nossas cidades de modo a regenerar o donais ou de bicicleta, vão ter como con- qualidade de vida aos seus habitantes, as envolventes aos principais
tecido urbano que existe, reabilitar os sequência uma vida mais saudável e através de melhor acessibilidade, redu- equipamentos e edifícios públicos da
centros históricos, evitar o crescimento maior longevidade. São estas as virtudes ção do consumo energético, contribuindo Cidade, de modo a acrescentar s
dos subúrbios e procurar reduzir necessi- da cidade compacta. para um rejuvenescimento da área ur- empre mais área a um centro urbano
dade de viagens da população, será o me- Cidades de curtas distâncias entre desti- bana. 100% acessível.
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6 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

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PLANO ESTRATÉGICO DOS PERCURSOS


PEDONAIS E CICLÁVEIS
É
necessário que a Cidade tos diretos, convenientes e úteis.
disponha de um plano es- O planeamento das ruas e a cri-
tratégico de percursos pe- ação de percursos que permitam
donais e cicláveis. Este plano es- o cruzamento prático e direto de
tratégico deve ter como pres- barreiras físicas provocadas pelo
suposto critérios de projeto, que ambiente natural ou construído,
considerem as condições especí- e outros modos de transporte.
ficas da Cidade, nomeadamente Continuidade: para alcançar
o clima e a orografia. um alto nível de conveniência,
Estes percursos devem ser per- os percursos devem evitar a ne-
ceptíveis, ter referências visuais, cessidade de parar e reiniciar
dar a perceção de segurança, (especialmente para os ciclistas,
valorizar as pré-existências e as pois isso desperdiça energia).
referências culturais. Onde estão os obstáculos, tais
Os percursos pedonais e ci- como cruzamentos, as paragens
cláveis terão ainda que conside- devem ser minimizadas.
rar, entre outros, a colocação de Cruzamentos: criar percursos
abrigos de transpores coletivos, com passagens de nível e reduzir
árvores e caldeiras, bancos de os tempos de viagem a pé e de
descanso, bocas de incêndio, bicicleta para incentivar essas
cabines telefónicas, caixas de ar- deslocações.
mário (Eletricidade, Gás, etc.), Movimento de Vizinhança:
candeeiros de iluminação públi- nas ruas que reduzem o tráfego
ca, contentores do lixo, degraus automóvel pode-se restabelecer
e rampas, floreiras, marcos do percursos para peões e ciclistas, considerar o clima e ser apoia- de segurança. lugares para as pessoas se en-
correio, mupis, obras e tapumes, a identificação do uso do solo é dos por infraestruturas coer- Legibilidade: os percursos de- contrarem, interagir e desfrutar,
obstáculos comerciais, pape- uma ferramenta chave para iden- entes, suficientemente largas, vem ter ligações claras e diretas, assim como se movimentar. Se a
leiras, parquímetros, passadei- tificar o nível de procura e proje- sem obstruções e que incen- através das ruas que facilitam rua é projetada para baixas ve-
ras, placas toponímicas, gra- tar a mobilidade. Zonas residen- tivem a população a andar de bi- uma rede legível dos percursos locidades do tráfego automóvel,
deamentos, quiosques, rebaixa- ciais com equipamentos comu- cicleta. que as pessoas seguem. Criar in- os peões, os ciclistas e outros
mento dos passeios, semáforos e nitários, tais como igrejas, esco- Segurança: os percursos de- terfaces peões - bicicletas com utilizadores da rua podem inter-
sinais de trânsito, esplanadas, las e lojas, são importantes para vem ser lugares onde as pessoas ligações visuais e novas referên- agir de forma segura.
WC’s públicas. incentivar as deslocações a pé e estão seguras e se sentem se- cias na Cidade sempre que Atratividade: os percursos de-
Critérios Funcionais a Salva- de bicicleta. Em Braga também guras. Os utilizadores tendem a necessário. vem ser apoiados por ambientes
guardar para desenho de percur- as instalações desportivas e cen- usar percursos que são compro- Conveniência: os percursos atraentes, alegres e proporcionar
sos pedonais e cicláveis tros de saúde são pontos a servir. vadamente mais seguros e pro- devem ser facilmente acessíveis, uma sensação de lugar con-
Usos do solo: na escolha de Conforto: os percursos devem porcionam uma maior perceção contínuos e dispor de cruzamen- vivial.
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2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 7

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A MOBILIDADE É UMA R
icardo Rio e a Câmara Municipal de Braga
prepara um documento estratégico para criar
uma cidade acessível para todos. Nesse capítulo

QUESTÃO CENTRAL
os meios de transporte suaves - bicicleta e andar
a pé - vão assumir o papel principal no dia-à-dia
dos bracarenses. Até 2025 há o claro objectivo de ter dez
mil habitantes que utilizem a bicicleta como meio de

PARA VIVER EM BRAGA


transporte preferencial. O presidente do munícipio sente
que “ainda há muito a fazer”, principalmente na acultura-
ção dos bracarenses, todavia coloca a questão da mobilida-
de como factor central na vivência do concelho. Em entre-
vista ao Correio do Minho considera que se as ideias
passarem à prática, Braga vai ser “mais feliz”.

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8 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 9

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Estamos na Semana da Mobilidade, fac- que tem sido feito com outras estruturas, co- Câmara Municipal de Braga preconiza a
to que Braga tem dado bastante relevo mo é o caso da própria Ferroviária. Tem criação de 76 quilómetros de vias ci-
quer sob o ponto de vista das acções, quer havido um esforço crescente de interligação cláveis. Qual é o horizonte temporal pre-
na construção de uma cidade diferente. É dos serviços. Nesse caso concreto, há que visto para a implementação desta rede?
essa uma das principais preocupações da registar um aumento de frequência de auto- Esta nunca poderia ser a concretização de
autarquia? carros na Central de Camionagem e, no fu- uma matéria a curto prazo e por isso aponta-
A questão da mobilidade é central em turo, esperamos que isso seja um factor da mos para o ano de 2025. Traçamos esse ob-
vários domínios que, para nós, são rele- própria regeneração de um edifício, que jectivo no prazo de uma década, até porque
vantes: ao nível ambiental, porque a con- carece de reactivação até do ponto de vista não podemos colocar de parte que alguns
vivência do automóvel e dos meios de trans- económico. desses financiamentos terão que ter o apoio
portes com a cidade é um factor determi- de fundos comunitários. Esperamos que, até
nante na qualidade de vida; sob o ponto de A abertura dessa loja afasta o cenário de essa data, as vias estejam mais próximos dos
vista económico, porque temos que criar deslocamento da Central de Camionagem cidadãos. Se possível à porta de sua casa.
meios de acesso às pessoas para usufruírem daquela zona da cidade? Este é um projecto que iremos trabalhar de
de todas as valências que a cidade tem para Temos que olhar para as questões de uma forma faseada, com projectos-piloto em zo-
oferecer; no capítulo do ordenamento do ter- forma faseada. Havia uma necessidade pre- nas mais aptas para a circulação das bici-
ritório, no sentido de combater a existência mente de criar esse espaço e o local natural cletas.
de zonas abandonadas ou até ghetos. Acima para instalar essa loja é na própria Central de
de tudo é relevante que as infraestruturas e Camionagem e no Campo da Vinha. Isso não Vai implementar zonas 30 na cidade, isto
os meios de transporte contribuam para con- põe em causa que no futuro, se viermos a en- é, zonas onde os carros andam com menos
cretizar objectivos nestas áreas. contrar soluções para viabilizar essa solução, velocidade?
seja criado um pólo verdadeiramente inter- As zonas 30 são uma forma de promover
Pode concretizar algumas… modal que agregue a Rodoviária com os uma convivência sadia entre automóveis,
Seja no aproximar da cidade à Universi- serviços colectivos que afluem à nossa peões e meios de transporte alternativos e
dade, de potenciar uma vivência diferencia- cidade numa zona próxima da actual estação, tem um impacto ambiental positivo. Não
da a quem nos visita e, acima de tudo, para ou até o projecto que não deixamos de aca- colocamos de parte que, paulatinamente,
criar melhores condições para quem vive na rinhar e que iremos continuar a bater-nos por podemos criar esse tipo de zonas.
nossa cidade. ele, da criação de um bypass ferroviária, que
permita a ligação directa a Barcelos. A autarquia tem levado a cabo diversas
Nessa perspetiva está em marcha a cri- acções de promoção de vida saudável e fez
ação de uma atmosfera diferente em Bra- Falamos sobre circulação pedonal, sobre regressar a Volta a Portugal às ruas de
ga e que seja acessível para todos… circulação automóvel e as bicicletas? Bra- Braga. Isso faz parte deste projecto?
Temos plena consciência que ainda há ga quer entrar por esse caminho? Nada acontece por acaso. Muitas acções
muito trabalho para fazer. Temos o objectivo Em muitas cidades europeias a bicicleta é têm objectivos mais ambiciosos por trás da
de elaborar, a muito curto prazo, um docu- um factor estrutural com o qual os cidadãos sua concretização. Muitas das iniciativas que
mento estratégico sobre esta matéria, isto é, convivem no seu dia-à-dia e utilizam como o pelouro do Desporto tem vindo da desen-
um plano de acessibilidades pedonal que meio prioritário de transporte. Braga, no cen- volver são formas de criarmos outra apetên-
efetivamente permita que todos os cidadãos tro da cidade, acaba por ter condições para cia nas pessoas. Seja pela via competitiva ou
especiais e as próprias famílias possam cir- potenciar um crescimento muito significati- pelo simples facto de o desporto ser um ele-
cular em todas as artérias da cidade e no vo da utilização da bicicleta como meio de mento capaz de potenciar uma nova cultura
acesso aos edifícios públicos. Este documen- transporte. Aspiramos a que até 2025 sejam de vida em Braga. É curioso que falava com
to não visará apenas o centro histórico, mas dez mil os bracarenses que utilizem diaria- amigos do Porto que não deixariam de vir
também toda a periferia. É um trabalho que mente a bicicleta como meio de transporte utilizar a própria cidade de Braga nos percur-
deve ser feito em ‘mancha de óleo’, come- preferencial. Vamos investir na criação de sos que iriam ser utilizados para provas ofici-
çando das artérias mais centrais e mais pe- novas ciclovias, nomeadamente em contexto ais. Isto é sintomático que o desporto é tam-
donalizadas até atingirmos as restantes. Este urbano. Há que salientar aqui o trabalho que bém um factor de promoção turística muito
é um trabalho que exige recursos muito con- está a ser desenvolvido na CIM do Cávado signifcativo.
sideráveis, porque há obstáculos a suprimir, nos estudos de planeamento nessa área. Um
há vias a criar, alargamentos de passeios a re- projecto que acarinho particularmente é o da E no âmbito educativo?
alizar e, acima de tudo, o que queremos é ter ecovia do Cávaco, que, quando for con- O Município de Braga já trabalhava nessa
esse documento estratégico para termos cretizado, vai ser uma referência ao nível na- área, com a Escola de Educação Rodoviá-
sinalizadas todas as situações, podermos pe- cional. ria. Em 2014 Braga foi a Capital Jovem da
riodizá-las e passarmos à acção. Segurança Rodoviária. Contudo Braga ain-

OS TRANSPORTES
essas sejam vias integradas na vivência da acaso que temos seguido uma política co- Essas medidas representam um forte in- da não é uma cidade onde se promove uma
Ainda sobre a circulação pedonal, o cen- cidade. Reduzindo a velocidade de circu- mercial agressiva, não só no congelamento vestimento por parte da autarquia? cultura de segurança para todos que nela cir-
tro histórico está como que 'cercado' por lação, criando maiores condições de segu- dos tarifários, mas nomeadamente em políti- O da ecovia sim, porque estamos a falar de culam. Como tal vamos continuar e essen-
vias de trânsito rápido que prejudicam es- rança para os peões, suprimindo passagens cas de captação de novos públicos e também um projecto de raiz. Em contexto urbano a cialmente nas idades mais jovens.

URBANOS DE BRAGA
sa circulação. de atravessamento áereo, de modo a voltar a no aumento e frequência do serviço. O aces- questão não se coloca nesses termos, porque
Isso tem a ver com uma política que foi 'cozer' a cidade, reaproximando-a. so à porta do hospital, o atravessamento à muitas vezes basta reforçar a sinalização, Se Ricardo Rio ficar doze anos à frente
seguida durante muitos anos, numa orien- Universidade do Minho e, agora, a nova li- adaptar o próprio piso e o investimento será dos destinos do município, o que poderá
tação para a circulação automóvel. Temos al- Falamos de circulação pedonal. Contudo gação à Ponte Pedrinha e a Real, que vai ser- irrelevante. Agora, o que vai merecer grande acontecer a Braga em 2025?
gumas vias que são verdadeiras cicatrizes no onde é que entram aqui os transportes vir uma franja muita considerável da po- esforço e atenção é o da aculturação. Temos Seja eu o protagonista ou qualquer outro

ESTÃO A VIVER UMA


coração da cidade. Muitas pessoas têm difi- públicos? pulação, isso tudo são formas de qualificar que estimular os seus utilizadores, mas que o venha a concretizar, é incontornável
culdade em chegar ao centro porque são vias Diria que os transportes urbanos de Braga o serviço e aumentar o número de utiliza- temos que criar outra cultura. Temos que cri- que Braga tem todo o potencial para se posi-
de atravessamento. É um trabalho que temos estão a viver uma revolução silenciosa. Sem dores. ar outros factores de qualificação. Um caso cionar como uma cidade em que a mobili-
que fazer, até sob o ponto de vista da sinali- grande agitação, sem nunca colocar em bem evidente, inserido nesta semana da mo- dade é um elemento infraestruturante da pro-

REVOLUÇÃO SILENCIOSA
zação. Olhando para as avenidas que vão do causa o serviço público, tem havido um es- Dentro deste cenário, que papel terá a bilidade, prende-se com a criação de novos moção da qualidade de vida das pessoas. E
Minho Center até ao Bragaparque, a Avenida forço enorme de todos os agentes - desde a Central de Camionagem em Braga? postos de estacionamento para bicicletas. se isso acontecer Braga será mais feliz,
Padre Júlio Fragata, toda a rodovia, a Aveni- administração aos seus profissionais e Temos a registar desde logo a abertura da Braga tinha apenas sete e agora passamos poderá ser uma referência ao nível nacional e
da General Norton de Matos, a variante do serviços - na articulação com a Câmara Mu- nova loja dos Transportes Urbanos de Braga, para 22. será certamente uma cidade inteligente que
Fojo são vias que potenciam a circulação au- nicipal de Braga de modo a que sejam uma que será um interface importante e directo usa a mobilidade e sensibilidade como for-
tomóvel. Temos que criar condições para que solução cada vez mais credível. Não é por para um público muito considerável. É algo Na revisão do Plano Diretor Municipal, a mas de desenvolvimento.
10 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

Braga cidade feliz


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TIPOS DE BICICLETAS

Quando falamos em utilizadores diários


de bicicletas não falamos só dessas bici-

A Economia cletas. Claro que as bicicletas de estrada -


de roda fina - e de BTT estarão sempre

da Bicicleta
presentes na cidade, mas as utilitárias, as
dobráveis, as tandem, as de carga são al-
guns dos modelos que podemos ver nas
cidades. Claro que a adornar a bicicleta
teremos coisas como cestos, alforges,

N
uma das zonas mais nobres de campainhas, guarda correntes, guarda
Nova Iorque existia uma lamas, guarda saias e outros mil e um
pastelaria que, em tempos de acessórios que personalizam a bicicleta.
crise, se viu obrigada a deslocar-se.
Optou por uma rua com lojas devolu-
tas e sombrias situada fora da zona
nobre da cidade. Ao se deslocar para
esta rua a pastelaria ficou localizada
na esquina de um cruzamento se-
maforizado. Os donos da mesma de-
cidiram pintar uma faixa ciclável ao
longo de toda a rua. Com o passar do
tempo as pessoas que ali passavam de
bicicleta e paravam no semáforo iam
sentindo o cheiro dos bolos acabados
de confeccionar e acabavam por en-
trar na pastelaria. Esta via ciclável e
este negócio da pastelaria levou a que
outros negócios se instalassem na rua
e a mesma ganhasse vida.
Os americanos começaram a reparar
que onde aumentava o número de
pessoas a utilizarem a bicicleta como
meio de transporte os negócios pros-
peravam e decidiram aprofundar a
razão destes acontecimentos. Daí
surgiu o livro ‘Protected Bike Lane
Mean Business’ - Vias Cicláveis Pro-
tegidas Significam Negócio.

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2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 11

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Make place, walking and cycling

A AUTORIDADE
J E A BICICLETA
á não tenho bem presente qual foi o (Ruben A.)…completamente embasbaca-
escritor que referiu que “até a bicicle- do com o espectáculo - que não era - de
ta anda depressa demais para se co- ciclistas a que assisti…
nhecer o que quer que seja”; aliás, não sei Tínhamos chegado de madrugada a
bem se são aquelas as palavras exactas, Copenhaga, cheios de fome, depois de
mas a ideia é…!Talvez tenha sido Somer- uma estirada nocturna que lá nos levou
set Maugham. directamente de Tournay (Bélgica). As
Talvez isso fosse verdade no seu tempo, ruas estavam completamente desertas. A
onde a vida era mais lenta; hoje, pode única loja aberta era uma padaria!
dizer-se que a bicicleta é um bom meio de Entrámos e durante mais ou menos uma
transporte para se conhecer muito, sobre- hora estivemos a saciar-nos duplamente:
tudo nas cidades, onde por entre o quase a fome com bom pão e café com leite e as
sempre caótico tráfego a bicicleta nos “vistinhas" com as belas padeiras que nos
oferece uma liberdade só equiparável ao serviram… Foi um gozo!
andar a pé…mas mais rápida, ainda as- À saída da padaria - íamos conhecer a
sim. cidade, a pé - o espectáculo foi contun-
Sim. A bicicleta é um meio de trans- dente!
porte; um bom meio de transporte. As ruas estavam pejadas de ciclistas que
Nasceu como tal, perdeu em tempos nunca tinha visto: homens de fato, com o
esse estatuto para o automóvel e rega- computador às costas, mães que trans-
nhou-o recentemente com a perceção, portavam as crianças, num atrelado, a
por parte de muita gente, que para além caminho do infantário, jovens que, no
de fazer bem à saúde é, de facto, um meio cruzamento seguinte se despediam dos
de transporte, quer dizer leva-nos de um pais, indo para escola, até uma bela mu-
ponto a outro com alguma facilidade, de- lher de vestido comprido branco e salto
pendendo apenas das pernas do ciclista e Ía-se para todo o lado de bicicleta… e cença? Para quê? A bicicleta anda tão alto…! Todos iam de bicicleta. E ordeira-
do àvontade com que se chega… Mas até eram bicicletas de ferro. bem sem ela!… e mais uma vez a autori- mente! em caminhos dedicados, respei-
a maior ou menor facilidade com que No meio de todas tropelias e viagens dade ficava a “ver passar os comboios”… tando os sinais luminosos, os atravessa-
se chega está facilitada hoje em dia com o que se fazia com elas, a autoridade - o fis- Com o passar dos anos, a bicicleta foi mentos, os peões, cumprimentando os
apoio de tecnologia de ponta: seja a le- cal da câmara - nunca nos apanhou; bem sendo encostada…apareceram as Casal que conheciam, sorridentes uns, outros
veza dos quadros, as relações de trans- tentava, era sua obrigação verificar a va- Boss, a V5 e as FAMEL XF 17 Super, ainda estremunhados do sono, uns mais
missão especialíssimas, o apoio de mo- lidade da ‘Licença’…o fiscal não tinha com radiador…Que máquina! relaxados, outros com mais pressa -
tores elétricos…. bicicleta - andava a pé - e nesse sentido, Só alguns dos ciclistas passaram essa talvez já um pouco atrasados - um con-
A bicicleta é cada vez mais um bom esta sempre se furtou àquela…à autori- fase. Era demasiado caro! vívio matinal inopinado e impossível se
meio de transporte! dade! E aí ficávamos nós a ver passar a fosse feito de automóvel. Aliás, poucos
Quem viveu a sua infância nos anos 70 e Chegaram depois mais exigências…o FAMEL do Júlio, a conduzir com o ca- automóveis havia!
80 sabe bem disso. capacete obrigatório…eheheheh….A pacete debaixo do braço e a ver no retro- Disto, dois factos me marcaram, para
Os grupos que se formavam nas férias “autoridade” tinha já o apoio da GNR e visor o carro da GNR em sua perse- além do resto: 1.º - não ouvi uma única
grandes - quando estas eram mesmo dos seus automóveis verdes todo-ter- guição…! A mesma liberdade do ciclista campainha de bicicleta, era sinal ausente
grandes e se iniciavam por alturas do S. reno…mas nem assim; no meio urbano, passou para as motorizadas! naquela hora de ponta, e sinal também da
João e só acabavam depois, bem depois, quer dizer, na vila, os carros da GNR não Só quando tinha já encostado a bicicleta ordem perfeita onde cada um sabia o seu
do S. Miguel, para que os escolares passavam nas vielas em que nós circulá- em definitivo - pois tinha passado para o lugar e respeitava o ritmo dos outros; 2º -
pudessem ajudar nas vindimas - aqueles vamos facilmente…no monte, a caminho automóvel - é que, por um capricho qual- o ‘fiscal’ da câmara não ia atrás deles!
grupos, eram sobretudo grupos de amigos do rio, não se atreviam nos caminhos ín- quer foi aos Paços do Concelho tirar a ‘li- Como era possível isto na minha terra,
ciclistas; não havia dia em que não nos gremes em que enfileirávamos (nem era cença’ de bicicleta…E, já casado, confes- no meu país?
transportássemos em bicicleta…e o nosso verdadeiro atrevimento…era assim…)! so que saí de lá orgulhoso….Tiro a Sendo a bicicleta o único meio de trans-
raio de alcance aumentava umas dezenas Não se tratava de grupos de delin- licença, porque já não preciso dela! porte de tração animal onde este puxa
de quilómetros! A bicicleta era montada quentes que não queriam ir à câmara tirar Mais tarde, muito mais tarde, num pas- sentado, a resposta não estará no próprio
no início das férias e só colocada no pa- a licença…tratava-se apenas de uma seio de carro que fiz pela Europa, fiquei “animal”? Estará concerteza, bem como
lheiro aquando do início do ano lecti- liberdade do ciclista, um reduto que tí- “como se entrasse, de surpresa, numa nas condições urbanas que se lhes dê para
vo…mas às vezes, nem isso. nhamos honra em proteger…Tirar li- agência funerária, sem tirar o chapéu” que possam livremente optar por ela.
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12 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

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NÃO HÁ MAU TEMPO,


HÁ MAU EQUIPAMENTO
É
comum dizer-se que Braga é uma de chuva, ou para Copenhaga, com 151 é que as pessoas fazem nas cidades onde
cidade em que chove muito, tanto dias de chuva, e onde sabemos que neva chove mais do que em Braga e ainda as-
que até ganhou a alcunha de penico durante 3 meses seguidos, ou para o Abu sim as pessoas usam a bicicleta como
de Portugal. Dhabi, capital do Dubai, com tempera- meio de transporte. Estudar como fazem
A verdade é que, quando pesquisamos turas altíssimas e que acaba de pôr em as pessoas em Vitoria-Gasteiz, Min-
os valores de pluviosidade, os dias de prática o seu ‘Walking and Cycling Mas- neapolis, Berna, Nova Iorque, Curitiba,
chuva e os índices modais no que diz res- ter Plan’, depressa ultrapassamos esse Amesterdão, Portland, Bogotá, San Se-
peito ao uso da bicicleta como meio de problema em Braga, com 195 dias de sol. bastian, Seattle, Londres, Montreal, Basel
transporte acabamos surpreendidos e ve- De qualquer modo para os 170 dias de ou Berlim é fundamental para podermos
rificamos que a alcunha talvez não faça chuva bracarenses aplica-se a célebre também utilizar os mesmos recursos, em
tanto sentido. frase do Sir Ranulph Fiennes ‘There is no dia de chuva, em Braga. Em todas estas
Nos 365 dias do ano, Braga tem, em mé- bad weather, only inappropriate clothing.’ cidades chove tanto ou mais do que em
dia, 170 dias de chuva, ou seja, 195 dias - "Não existe mau tempo, apenas roupa Braga e existe um maior número de uti-
sem chuva. Se olharmos para cidades co- inapropriada.". lizadores diários da bicicleta como meio
mo Basel, nos Alpes Suiços, com 228 dias Posto isto precisamos de perceber como de transporte.

MOBILIÁRIO URBANO
PARA BICICLETAS

A
criação de uma rede de 76 km de Como a bicicleta é um transporte porta-
vias cicláveis em Braga implica a a-porta há que dotar os locais para onde
necessidade de vário mobiliário as pessoas se deslocam de pontos de esta-
para bicicletas, próximo dos locais a cionamento, quer seja a residência, o lo-
servir. cal de trabalho, o café, a loja, a mercearia,
Ao nível do estacionamento, o tecnica- o supermercado ou outros locais.
mente adequado é o Sheffield que con- O número de pontos de apoio para as bi-
siste num U invertido, com uma barra na cicletas tem que ser adequados à procura.
horizontal a 10 cm do chão para proteção Para além de todo o centro histórico, onde
dos cegos e que permite prender a bicicle- a procura é grande, locais como a Central
ta em dois pontos distintos, garantindo a de Camionagem, Estação da CP, centros
sua segurança. de saúde, escolas, centros comerciais, possível, protegidos do sol e da chuva e de bicicleta em 2025, Braga terá que im-
Para este tipo de estacionamentos o uti- paragens de autocarro devem ser dota- aqui entra outro tipo de mobiliário ur- plantar 15 mil lugares de estacionamento
lizador deve prender sempre ambas as ro- dos de um número de pontos de esta- bano. Dentro da diversidade de mobi- de bicicletas.
das, de preferência com cadeados em for- cionamento que permita dar resposta às liário urbano disponível entram, por Para além dos estacionamentos para bi-
ma de U. Para evitar o furto de bicicletas necessidades de utilizadores de bicicleta e exemplo, coberturas ou mesmo cacifos cicletas, as oficinas, pontos com bombas
ou de componentes das mesmas a escolha prever expansões futuras. para bicicletas, já existentes, por exem- de ar ou pontos de lavagem self-service
do cadeado e o tipo de estacionamento Estes equipamentos devem ser coloca- plo, no Oceanário de Lisboa. são outros tipos de mobiliário urbano
público oferecido é fundamental. dos em locais bem visíveis e, sempre que Para dar resposta aos 10 mil utilizadores necessários numa cidade ciclável.

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2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 13

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BIKE SHARING
A
criação de um sistema de Bike adequada à procura, ou seja, nas zonas de de bicicletas há já empresas em Braga que
Sharing integrado no sistema de maior procura haverá maior número de oferecem este serviço onde os uti-
transportes públicos, faz com que a bicicletas disponíveis, permitindo assim lizadores dão o uso que entendem à bici-
bicicleta seja mais uma solução de trans- aos que utilizam a cidade uma forma sim- cleta de acordo com o "contratado".
porte público. A instalação deste sistema ples, rápida, segura, confortável e cómo- A estratégia Europa 2020 privilegia o
de transporte nas cidades leva a um au- da de se deslocarem. crescimento Inteligente, Inclusivo e Sus-
mento brutal do uso da bicicleta. O Bike Sharing permitirá, a título de tentável através da promoção de uma
Este sistema de bicicletas, integrado na exemplo, que quem chega à central de economia mais eficiente em termos de
rede de transportes de Braga e já incluído camionagem de autocarro e se pretende utilização dos recursos, mais ecológica e
no Plano Diretor Municipal (PDM), deslocar para o Largo Carlos Amarante mais competitiva. O Desenvolvimento
seguirá os critérios e as normas definidos ou para o Campus de Gualtar da Universi- Urbano Sustentável é um desafio que se
internacionalmente e já utilizados em dade do Minho, utilize a bicicleta. coloca às cidades que, de uma forma cres-
cidades como Paris, onde fabricantes por- Um sistema de Bike Sharing - Partilha cente, vão promovendo práticas mais sus-
tugueses deste tipo de sistema têm expe- de Bicicletas é diferente de um sistema de tentáveis, desenvolvendo os transportes
riência. aluguer de bicicletas. No Bike Sharing as públicos, mas também os meios de deslo-
A Mobilidade Urbana em Braga incluirá bicicletas ou estão em circulação ou cação a pé e de bicicleta como modos
um sistema de Bike Sharing largamente paradas numa estação disponíveis para complementares das pessoas efetuarem as
disseminado por toda a cidade com oferta quem dela necessitar. No caso do aluguer suas deslocações.

DEVOLVER A
CIDADE ÀS PESSOAS
- ZONAS 30
O
conceito de ‘Zonas 30’ está dis- entre outros. Atualmente existem cente-
seminado por toda a Europa há nas de zonas 30 por toda a Europa. A im-
vários anos e pretende, acima de plementação de zonas 30 é neste momen-
tudo, devolver o espaço público às pes- to aconselhada pela Comissão Europeia,
soas através de medidas de acalmia de Organização Mundial de Saúde e por
tráfego. Uma medida que não só traz inúmeros projetos e relatórios de boas-
benefícios à segurança dos peões, como práticas publicados regularmente por
também permite ter uma cidade com universidades, ONGs e instituições de
menos automóveis, menos poluída e com saúde.
maiores índices de mobilidade. Na vizi- Este tipo de medidas traz benefícios,
nha Espanha, praticamente todas as gran- pois os percursos pedonais seguros e con-
des cidades como Madrid, Barcelona, fortáveis são a “argamassa” fundamental
Valência ou Sevilha, viram ser implemen- para um sistema de transporte público efi-
tadas nos últimos anos as chamadas ciente e economicamente sustentável. À
‘Zonas 30’. medida que as ‘zonas 30’ são implemen-
As ‘Zonas 30’ são comuns em países co- tadas nos bairros de uma cidade e se torne
mo França, Suíça, Alemanha, Áustria, a velocidade padrão dentro da cidade, a
Itália, Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, fluidez de tráfego motorizado aumenta.

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14 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 3

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NÃO É A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA


UM POUCO COMO
A EVOLUÇÃO BIOLÓGICA?
V
á a um museu de tecnolo- princípios e componentes técni- a um mau funcionamento da ilu-
gia e veja as bicicletas. cos. minação pública, permitindo
Agora visite um museu de A mobilidade permite a inter- deste modo às entidades res-
arqueologia e veja as ferramen- ação de pessoas e bens com o es- ponsáveis uma rápida interven-
tas pré-históricas utilizadas para paço em que habitam ou onde se ção na resolução deste proble-
cultivar. Finalmente, vá a um deslocam. É um especto essen- ma.
museu de história natural e veja cial da qualidade de vida das E porquê os utilizadores dos
os diversos fósseis dos animais populações e um fator decisivo modos suaves? Porque pre-
que sempre acompanharam o ser para o desenvolvimento das cisamos daqueles que vivem a
humano. Em cada caso veremos regiões e para a coesão social e cidade.
uma sequência, ordenada no territorial. A partilha de informação é vi-
tempo, de mudança mas ao mes- Neste ser tecnológico que é a tal para alimentarmos uma
mo tempo bastante similares. Os cidade, é preciso incluir as pes- cidade e quem melhor que isso
fósseis, que conhecemos, são or- soas nesta equação. E porque do que o utilizador da cidade? É
denados pela história da família não torna-las no seu centro ner- importante valorizar-se o con-
biológica, são similares pois es- voso, um centro nervoso sempre hecimento local e das suas co-
tão relacionados com a sua de- em movimento e em constante munidades.
scendência. Estamos então a in- comunicação? Temos exemplos de sucesso
dicar que este desenvolvimento, Aliaríamos as pessoas e os mo- como o OpenStreetMap onde os
que ocorreu através de uma vari- dos suaves aos sistemas de in- seus utilizadores criam uma base
ação genética e seleção natural, formação e teríamos assim uma de informação atual que de outro
seja justificado por circunstân- fonte de informação baseada em modo seria impossível de criar e
cias exteriormente estáticas, diversos fatores, afetivos e lógi- manter. Existem diversas comu-
aparentemente espontâneas, ou cos, que permitiriam que toda nidades cujos membros são ávi-
como uma resposta adaptativa a a sociedade estivesse ligada, a dos contribuidores de infor-
um ambiente externo em mu- trabalhar em uníssono e em mação, de diversas áreas profis-
dança. tempo real, a adaptar-se quase sionais, motivados apenas pela
Pode a evolução tecnológica que instantaneamente, através qualidade da informação que
ser explicada em termos semel- da partilha de informação de, partilham e no impacto positivo
hantes aos anteriores? Será que por exemplo, uma estrada que que esta tem na sociedade.
todas as entidades culturais poderá apresentar alguma con- Está na altura de devolver o
evoluem neste sentido? Ou que dição que levasse à mudança da toque humano à vida das pes-
evoluem todas através dos mes- rotina de dezenas de pessoas. soas e nada melhor do que para
mos mecanismos? Como seria possível determinar isso devolvermos o fator hu-
É importante referir que, e de isso? Através dos wearables dos mano à tecnologia e aos sis-
acordo com Comissão Europeia, utilizadores dos modos suaves, temas que servem de suporte às
o termo tecnologia não se refere que rotineiramente utilizariam decisões. Por isso precisamos
apenas a objetos físicos, como um percurso e de um dia para o que os que vivem a cidade mos-
dispositivos ou equipamentos, outro teriam de alterar o seu per- trem o seu conhecimento da
mas sim, e de forma mais gené- curso, tendo para isso sido indi- mesma, mostrem que eles e as
rica, a produtos, contextos orga- cado, através do input do seu uti- suas pernas, as suas bicicletas,
nizacionais ou modos de agir, lizador ou de comunicação com são o meio para atingirmos esse
que encerram uma série de a comunidade, que tudo se devia toque humano.
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2 | SETEMBRO 2015 | Correio do Minho Correio do Minho | SETEMBRO 2015 | 15

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A História
da Bicicleta em Braga

A
Bicicleta em Braga tem uma longa
história. Não é de hoje o seu uso
mais frequente como meio de trans-
porte. Na década de 70, aquando da cons-
trução da Rodovia, foi construída tam-
bém a primeira Ciclovia em Braga. Essa
ciclovia ligava Celeirós ao Bom Jesus e
seguia sempre a par da rodovia. No local
da via de trânsito mais a sul da rodovia e
do passeio do lado sul da mesma existia
um largo passeio e uma larga ciclovia.
O automóvel acabou por conquistar o Rua do Souto
espaço da bicicleta e hoje aquela via re-
presenta bem a hegemonia, supremacia e Nesta foto da Rua do Souto podemos A Bicicleta
a ditadura do automóvel que hoje vive- verificar que a diferença entre 1960 e o
mos em Braga, uma cidade europeia cen-
trada no automóvel - muito ao estilo das
dia de hoje é apenas a existência de carris
e o desnivelamento entre o passeio e a
é o meio de transporte
cidades americanas.
Mas não era só na rodovia que as pes-
estrada. O transporte público, que à data
tinha uma frequência de 10 em 10 minu-
mais rápido na cidade
soas na altura se deslocavam de bicicleta. tos nesta rua, deixou de servir a mesma e
Subir e descer a então Avenida Marechal perdeu legibilidade no seu percurso. Segundo a Comissão Europeia, transporte público ano a ano.
Gomes da Costa era habitual, bem como num raio de 5 km a bicicleta é Em Braga o primeiro desafio
anteriormente a Rua das Águas. mais rápida do que qualquer intermodal aconteceu em
A par do elétrico, que ligava a Ponte de outro meio de deslocação. Setembro de 2014, o percurso
São João ao Cemitério de Monte D'Arcos, Desde 2006 que em várias cida- escolhido foi desde a Brasileira
passando em frente à Arcada seguiam des do mundo se faz o desafio até à Universidade do Minho e a
também as bicicletas. Nessa altura a co- intermodal. bicicleta revelou-se o transporte
existência era total, uma vez que o O Desafio Intermodal propõe-se a mais eficiente e sustentável em
número de automóveis era baixo, as pes- avaliar qual o meio de transporte comparação com a motorizada,
soas utilizavam toda a rua quer a pé, quer mais eficiente na cidade. o autocarro e o automóvel.
de bicicleta, mesmo partilhando a linha Utilizando diferentes formas de O desafio da mobilidade consiste
do elétrico. Mas não era só aqui que a bi- deslocação, são avaliados o em, partindo de um ponto comum
cicleta era usada. No coração da cidade, a Rainha Maria Pia na Serra de Sintra. tempo gasto para se chegar ao a pé, chegar até ao seu meio de
coexistência entre pessoas a pé, de bici- destino final, o custo e a emissão transporte, pegar nele, e
cleta, de transporte público e automóveis No século XIX a bicicleta era um trans- de gases de efeito de estufa. deslocar-se até próximo do ponto
era natural, até mesmo durante as festivi- porte de elites. Os veículos eram importa- Geralmente é realizada na de destino. Depois de estacionar,
dades da Semana Santa. dos diretamente da França e não era Semana Europeia da Mobilidade ou sair na paragem mais
acessível a todos. Alguns anos mais tarde sendo o maior objetivo do desafio próxima, deslocar-se a pé até ao
massificou-se o seu uso e Portugal teve demonstrar que existem outras ponto de encontro combinado.
uma das maiores produções mundiais de opções para além do automóvel Nunca nos devemos esquecer que
velocípedes. para se deslocar numa cidade, todos os meios de transporte têm
Hoje Portugal já é o 3.º maior exporta- estimulando a discussão sobre a sempre uma parte do seu
dor de bicicletas e pode voltar a ser o eficiência sustentável de cada percurso feita a pé.
maior produtor e exportador de bicicletas, deslocação e o desempenho do
‘ ajudando com isto a economia nacional.
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SETEMBRO 2015 | Correio do Minho
Arcada Nova - Comunicação, FOTOGRAFIA Arquivo CM

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