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FOLHA DE APROVAÇÃO
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RESUMO
ABSTRACT
This study sought to understand the management practices applied in a cooperative. To that utilized a
case study on a cooperative of independent carriers loads of the Alto Tiete region / SP, used the field
of research, quantitative and qualitative, exploratory and descriptive, with 25 cooperative partners. The
research identified that the company is more than 20 years in the market, the average age of its
members is 56.4 years old, are professionals with many experiences. The result showed that 60% of
the cooperative does not have a constant participation in the cooperative management, and 56% only
prioritize self-interest, perceive the cooperative as a common trading company. Since the leaders are
people who know and apply the laws of the cooperative, the cooperative provided all the necessary
resources for a competitive professional life and personal well-being. We can deduce that the
cooperative while not having an active participation of all members of its management practices are
efficient and effective, making it a respected and competitive company for more than 2 decades.
1. INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
farinha, açúcar, manteiga e aveia. Chamaram de Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale
Ltda. (LIMA NETO, 2011).
De acordo com o mesmo autor, no século XIX, encontramos cinco modalidades ou
classes de cooperativas; cooperativas de consumo, cuja origem foi a de Rochdale,
cooperativas de trabalho, que tiveram seu primeiro impulso na França, cooperativas de
crédito, com surgimento na Alemanha, cooperativas agrícolas, com origem na Dinamarca e na
Alemanha, cooperativas de serviço, como as de moradia e saúde, que surgiram em diferentes
países da Europa.
Cooperativismo é uma forma de organização voltada à promoção, desenvolvimento
econômico e o bem - estar social. Sua base é moldada na união de pessoas com o mesmo
objetivo. Ele visa às necessidades do grupo e não ao lucro, busca a prosperidade conjunta e
não a individual. Por sua natureza e particularidades, o cooperativismo alia o economicamente
viável ao ecologicamente correto e ao socialmente justo. OCB (2015).
Para Frantz (2012), através do cooperativismo é possível mudar o modelo capitalista
de organização que a sociedade está sujeita. O cooperativismo é um movimento que acontece
ao redor do mundo, capaz de unir o desenvolvimento econômico com o bem-estar das pessoas
e necessita da colaboração e associação de pessoas com os mesmos interesses e tem como
principais referências à participação democrática, a solidariedade, a independência e a
autonomia.
O cooperativismo no mundo está representado pela Aliança Cooperativista
Internacional (ACI) e no continente americano pela Aliança Cooperativista Internacional –
Américas (ACI- Américas).
No Brasil, o movimento é representado nacionalmente pelo Sistema OCB, composto
da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederação Nacional das
Cooperativas (CNCoop) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop), cada qual com um objetivo específico, mas todos voltados para o desenvolvimento
das cooperativas. (OCB, p.09 2015).
Segundo a OCB (2015), nos dias de hoje existem mais de 6.800 cooperativas no
Brasil, com 11,5 milhões de associados em treze setores da economia; Agropecuário,
Consumo, Crédito, Educacional, Especial, Habitacional, Infraestrutura, Mineral, Produção,
Saúde, Trabalho, Transporte, Turismo e Lazer.
Conforme a OCB (2015), o cooperativismo tem sete princípios básicos que são
adotados e seguidos pelas cooperativas, são eles; 1º Adesão voluntária e livre; 2º Gestão
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Pela legislação brasileira (Lei 5.764/71), para uma cooperativa constituir-se são
necessárias 20 (vinte) pessoas que se obriguem a contribuir para o exercício de uma atividade
econômica de proveito comum, sem o objetivo de remunerar o capital de seus sócios, ou seja,
sem finalidade de lucro. A cooperativa é criada para gerar benefícios aos seus sócios, tendo
características legais e doutrinarias própria. (VIEIRA, 2014)
O modelo de transporte rodoviário no Brasil iniciou-se no século 20, com apenas 500
km de estradas. Uma viagem de caminhão de São Paulo ao Rio de Janeiro durava 33 dias. No
ano de 1926, o discurso de posse do presidente Washington Luiz, foi “Governar é abrir
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estradas”. Porém foi no governo de Juscelino Kubitchek (1956 - 1960), a partir do plano de
metas, chamado de “50 anos em 5”, que o modelo rodoviário deu um grande salto:
impulsionado pelas indústrias automotivas, que pressionavam o governo a construir estradas
e, ao mesmo tempo, estimulavam o uso de veículos. (UEDA, 2014).
Para que o progresso rodoviário desse certo, a cada dia foi surgindo empresas e
profissionais autônomos, “caminhoneiros”, incumbidos de levar, trazer, carregar, descarregar,
diversos tipos de produtos e pessoas.
Estes profissionais somente foram reconhecidos a partir a Lei 11.442, de 05 de janeiro
de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros e mediante
remuneração; define o Transportador Autônomo de Cargas (TAC) como sendo, “a pessoa
física que tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional”. Em seu
artigo 4°, parágrafos 1° e 2°, a referida Lei reconhece “a existência de duas espécies de TAC:
Agregado e Independe”. Diário Oficial da União de 08 de janeiro de 2007
A fiscalização fica por conta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),
É necessário, estar legalmente cadastrado, e atender aos seguintes requisitos, Possuir Cadastro
de Pessoa Física - CPF ativo, possuir documento oficial de identidade, ter sido aprovado em
curso específico ou ter ao menos três anos de experiência na atividade, estar em dia, com sua
contribuição sindical (SINDICAM - Sindicato de caminhoneiros), ser proprietário,
coproprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo ou uma combinação de veículos, de
tração e de cargas com Capacidade de Carga Útil - CCU, igual ou superior a quinhentos
quilos; registrados em seu nome no órgão de trânsito como de categoria “aluguel”, na forma
regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.
Gestão de cooperativas.
As mudanças econômicas, culturais e sociais, fazem com que as empresas e
cooperativas desenvolvam novos modelos de gestões, com a utilização de modernos
instrumentos administrativos. Os métodos que cada empresa utiliza variam de acordo com a
realidade e as suas necessidades.
Entretanto, não pode esquecer que esse processo de adequação é fundamental para a
qualidade final de aplicação do modelo, pois executivos e profissionais da
cooperativa serão obrigados a analisar e a pensar fortemente a respeito do modelo de
gestão e de cada uma de suas partes componentes. (OLIVEIRA, 2015, p. 41)
do que acontece na cooperativa, contudo, a análise a ser feita não é uma tarefa de simples
execução e exige de quem a realiza, conhecimento amplo e aprofundado na área financeira,
contabilidade gerencial e cooperativismo.
Segundo o mesmo autor, existem diversas fórmulas e ferramentas para calcular e
apresentar os índices financeiros de uma cooperativa e permitir que sejam analisados os dados
da organização. Dessa forma, os dados que foram obtidos precisam de um tratamento especial
para sua interpretação, já que, o objetivo real das cooperativas não é lucros financeiros, mas
sim a valorização das pessoas. Apesar das cooperativas não visarem lucros, elas não podem
aceitar ter prejuízos constantes, pois isso afetar seus cooperados financeiramente.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após nove anos de existência, no dia vinte de março de 2004 foram obrigados por
força de lei a mudarem a razão social, pois uma grande cooperativa de transportadores do Rio
grande do Sul registrou sua marca e patente, forçando inúmeras cooperativas com nome
parecido ou semelhante a mudarem suas razões sociais. A partir deste fato a cooperativa passa
a ser chamada de Cooperativa N este para o efeito do trabalho aqui apresentado. O número de
sócios que integralizaram as novas cotas foi de 25 (vinte e cinco). (ESTATUTO SOCIAL,
2004)
A cooperativa N conta com profissionais do volante com muita experiência, 88% estão
na profissão a mais de 20 anos e muitos já transportavam pelo nosso país antes de se
associarem a Cooperativa. Devido a este fato conhecem a lei 11.442/07 e sabem que precisam
estar em dia com as exigências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
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Gráfico 2 – Como associado voce sabe que existe uma Lei especifica para as cooperativas?
Araújo (2011), afirma que as pessoas constituem, sem duvida, um dos ingredientes
mais importantes no cotidiano organizacional e por consequência precisam estar informados
sobre os assuntos de sua organização. O gráfico 6 mostrou que as informações sobre a gestão
da cooperativa N chegam em 88% dos seus cooperados apenas uma vez por ano, ou seja, a
diretoria apresenta nas assembleias seguindo fielmente o estatuto.
Seguindo este principio 48% dos cooperados acham que os lideres empregam um
estilo de liderança Democrática como mostra o gráfico 8, mas uma porcentagem 44% acha
que a liderança é Autocrática, os lideres não promovem a participação efetiva nos projetos,
toma sozinho a decisões e costuma oprimir seus subordinados enxergando neles concorrentes,
e não, colaboradores.
Gráfico 9 – Como cooperado o Sr(a) dá prioridade aos seus interesses ou aos interesses da cooperativa
como um todo?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste estudo de caso foi analisar as práticas de gestão de uma Cooperativa de
Transportadores autônomos de cargas da região do Alto Tietê / SP.
Percebeu-se que a falta de interesse em integrar o cooperativismo é muito grande por
parte dos cooperados; a maioria conhece a Lei especifica para o cooperativismo, o estatuto
social - tem cópia em casa para tirar dúvidas, participam de reuniões, mas não acompanham
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ou contribuem com idéia, encaram a cooperativa como sendo uma empresa comercial
qualquer, deixam claro que desconhecem o seu verdadeiro papel perante a cooperativa.
Seus dirigentes são voltados ao cooperativismo proporcionam aos cooperados todos os
recursos necessários a sua sobrevivência e o seu bem-estar, respeitam os atos cooperativistas,
mas falham na comunicação dos resultados; mesmo estando de acordo como o estatuto, por
apresentar apenas nas assembléias... “uma vez por ano”.
Como empresa de transporte a cooperativa tem no mercado a confiança e o respeito
por mais de 2 décadas de seus clientes e profissionais, o seu tempo de vida indica que suas
estratégias alcançam seus objetivos.
Para o cooperativismo a situação torna-se um desafio muito grande, pois precisará
resgatar a cultura cooperativista que vem sendo esquecida pelos seus membros, dando lugar
para os interesses particulares.
Como indicação de estudos futuros fica a sugestão de pesquisa comparativa em outras
cooperativas do mesmo ramo, com o intuito de comparar suas práticas de gestão e se a
participação de cooperado e muitos diferentes do encontrado no trabalho.
REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Manual de gestão das cooperativas: uma
abordagem prática. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2015.
VIERA, Paulo Gonçalves Lins; PINHEIRO, Andrea Mattos. Cooperativismo Passo a Passo.
Curitiba: Juruá, 2014.
Agradecimentos
Aos meus pais, minha esposa e meus filhos fonte de inspiração e determinação para continuar o caminho traçado
e muito sinuoso.
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Gerente Operacional – Cooperativa de trabalho dos transportadores autônomos de carga de Suzano. Graduado
em tecnologia em Gestão Comercial – Fatec Itaquaquecetuba. e mail: marcelotueda@bol.com.br