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Marabá - PA
2016
AMANDA MARIA MACHADO DE OLIVEIRA Nº 201040606029
GABRIELA LIMA DE MIRANDA Nº 201140606029
LEONARDO VILARINHO ANTUNES JUNIOR Nº 201140606017
LORENA MONIQUE DA SILVA MELO Nº 201140606010
MANOELA COÊLHO FREITAS Nº 201140606013
PEDRO HENRIQUE CARVALHO PEREIRA Nº 201040606028
Marabá - PA
2016
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 5
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 6
2.1 Influência dos elementos de liga .................................................................................. 6
2.2 Normalização ................................................................................................................. 6
2.3 Têmpera ......................................................................................................................... 7
2.4 Revenimento .................................................................................................................. 8
2.5 Ensaio de dureza rockwell ........................................................................................... 8
2.6 Martensita ..................................................................................................................... 9
2.7 Austenita ...................................................................................................................... 10
2.8 Ferrita .......................................................................................................................... 10
2.9 Método Jominy............................................................................................................ 11
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 13
3.1 Corpos de prova .......................................................................................................... 13
3.2 Análise metalográfica ................................................................................................. 14
3.3 Tratamentos térmicos ................................................................................................. 15
3.3.1 Normalização ................................................................................................................ 16
3.3.2 Têmpera ........................................................................................................................ 17
3.3.3 Revenimento ................................................................................................................. 17
3.4 Ensaio Jominy ............................................................................................................. 17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 18
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24
5
1 INTRODUÇÃO
As ligas ferrosas são as mais utilizadas dentre todas as ligas metálicas. O ferro é um
metal de fácil processamento, abundante na crosta terrestre e caracteriza-se por ligar-se com
muitos elementos metálicos e não metálicos, o principal dos quais é o carbono [1].
A característica polimórfica do ferro é outro fator importante que explica a sua ampla
utilização em todos os setores da engenharia e da indústria. Essa propriedade permite que as
ligas ferrosas sejam submetidas a operações de tratamento térmico que modificam
profundamente as suas propriedades mecânicas e possibilita sua aplicação sob as mais
diversas condições de serviço [1].
A correta aplicação das ligas ferrosas exige um conhecimento adequado das suas
características estruturais e mecânicas e dos fatores que podem afetá-las, desde as condições
de fabricação, os elementos de liga básicos ou especialmente adicionados, até os efeitos dos
tratamentos térmicos a que são geralmente submetidos [1].
Tratamento térmico é um processo que visa aquecer e resfriar ligas metálicas,
buscando alterar as suas propriedades em três fases distintas: aquecimento, manutenção da
temperatura e resfriamento. Dependendo do componente metálico que está sendo tratado é
preciso configurar a temperatura de aquecimento, o tempo e a forma de aquecimento e de
resfriamento, de acordo com as condições requeridas, garantindo as alterações
microestruturais desejadas, uma vez que o resfriamento e o aquecimento dos aços nos
tratamentos térmicos têm influência direta sobre a mudança da microestrutura e,
consequentemente, sobre as características mecânicas da peça produzida [2].
No presente trabalho foi realizada a caracterização metalográfica, mecânica e
levantamento da temperabilidade de um aço médio carbono, visando a obtenção de suas
propriedades características, por meio de ensaios de dureza, análises microestruturais e pelo
ensaio de temperabilidade Jominy.
6
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.2 Normalização
Fonte: [6].
2.3 Têmpera
Fonte: [6].
8
2.4 Revenimento
A martensita é extremamente dura e frágil, uma vez que estas peças permaneçam
nessa condição de alta tensão interna o risco de trincar é grande. Por este motivo após a
têmpera recomenda-se a realização do revenimento que aquece uniformemente até uma
temperatura abaixo da austenitização, mantendo o aço por tempo suficiente para a equalização
[5]
da temperatura e obtenção do grau desejado de alívio de tensões internas . A Figura 03
ilustra o processo de revenimento realizado após a têmpera.
Como já citado anteriormente a martensita é uma fase metaestável, e uma vez
aquecida busca o equilíbrio. Esta metaestabilidade é caracterizada pela presença de átomos de
carbono nos interstícios onde se encontrava a austenita, com o acréscimo de energia para a
difusão, que é o revenimento, o carbono sairá da supersaturação e irá precipitar na forma de
carbonetos, este fato leva a diminuição da dureza [5].
Fonte: [5].
a dureza Rokcwell podem ser de 60, 100 e 150 kg e cada escala é representada por uma letra,
que no caso deste tipo de dureza é de A a K [8]. Na Figura 04 e na Tabela 01 pode-se observar
as cargas e as letras, respectivamente correspondentes à determinação da dureza Rockwell.
Fonte: [8].
2.6 Martensita
2.7 Austenita
Fonte: [11].
2.8 Ferrita
podem ser revelados facilmente com o microscópio, depois de um ataque com ácido nítrico
diluído. Os grãos são equiaxiais [10].
Fonte: [11]
Fonte: [12].
prova resfria com uma velocidade diferente e sofre diferentes transformações. A Figura 08
mostra as diferentes durezas superpostas a um diagrama TTT [12].
Para aços em que a curva Jominy é conhecida, é possível estimar, para determinada
posição em peça de dimensão e geometria conhecida, qual seria sua dureza na condição de
“como temperado” [12].
Fonte: [12].
13
3 METODOLOGIA
O aço utilizado neste trabalho trata-se de um aço médio carbono. Foram retiradas de
um tarugo, duas amostras para que fossem realizados os tratamentos térmicos propostos, os
quais foram: normalização e têmpera e têmpera e revenido. A Figura 09 apresenta as duas
amostras que foram analisadas.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
14
Fonte: Autor.
Para o corpo de prova de Jominy, o ensaio de dureza foi realizado apenas após o fim
do ensaio de Jominy, onde foram feitas quinze identações em quatro regiões. Estas identações
foram feitas da extremidade da peça à metade do comprimento do corpo de prova, ou seja, 50
mm. Foi utilizada também uma lima a fim de garantir uma superfície lisa e plana para a
realização do ensaio de dureza, esse procedimento pode ser observado na Figura 12.
15
Fonte: Autor.
Para a realização dos tratamentos térmicos, foi utilizado forno mufla Magnus, que
pode ser observado na Figura 13.
16
Fonte: Autor.
3.3.1 Normalização
Fonte: Autor.
17
Fonte: Autor.
3.3.2 Têmpera
Para elevar a dureza do aço foi realizado um tratamento térmico de têmpera nas
amostras 1, 2 e no corpo de prova de Jominy, conforme já descrito na Tabela 2. A temperatura
utilizada para este tratamento foi de 850° C durante 1 hora com um arrefecimento em água,
para os corpos de prova.
3.3.3 Revenimento
Fonte: Autor.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 17: Microestrutura do aço médio carbono antes dos tratamentos térmicos (Ampliação 50x).
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Figura 20: Microestrutura aço médio carbono, temperado e revenido (Ampliação 50x)
Fonte: Autor.
21
Fonte: Autor.
5 CONCLUSÃO
Com esta prática podemos observar o comportamento de um aço médio carbono nos
diferentes tipos de tratamentos térmicos realizados. Na normalização realizada na amostra foi
obtida uma microestrutura refinada como o esperado para que pudesse posteriormente receber
o tratamento de têmpera, por ser o mesmo material supõe-se que o corpo de prova Jominy,
que também foi normalizado, apresentou o mesmo tipo de microestrutura.
A amostra 1 normalizada e temperada apresentou uma dureza de 120, 27 HRB, a
amostra 2 temperada e revenida 115, 9 HRB, valor este abaixo valor obtido na primeira
amostra pode ser explicado pelo alívio de tensões do revenimento o que consequentemente
diminuiu a dureza da mesma.
Mediante a análise da curva de Jominy e desconsiderando os pontos discrepantes, tem-
se um comportamento esperado, visto que a dureza diminui ao longo da extensão do corpo de
prova devido justamente ao tipo de resfriamento direcionado da extremidade inferior para a
superior.
É importante destacar também que de acordo com literaturas consultadas, o aço
estudado apresenta semelhanças com os aços 1045 e 1644. Porém, não é possível afirmar com
grande certeza, pois para tal seria necessário uma ratificação através de análise da composição
química que neste trabalho não foi realizada.
A literatura descreve que para tratamento em têmpera deve-se normalizar
primeiramente o material a fim de se obter uma granulometria mais refinada e homogênea, e é
indispensável o tratamento posterior de revenimento, visto que a têmpera causa tensões
internas na peça. Desta forma a união destes três tratamentos é primordial e mais favorável
quando utilizado juntos. Mediante ao estudo dos três tratamentos propostos, foi analisado que
o tratamento de Normalização e Têmpera apresentou os melhores resultados relacionados ao
aumento da dureza do material, porém torna-se um material frágil. Mas vale enfatizar da
importância do revenido.
24
REFERÊNCIAS
[1] CHIAVERINI, V. Aços e ferros fundidos. 7. ed. São Paulo: ABM, 2012.
[2] CORRÊA, F. J. et al. Comparação das propriedades mecânicas do aço AISI 4140 no
estado recozido e no estado normalizado. 2013.
[4] SOUZA, S. A., Composição química dos aços. 1ª edição. Editora Edgard Blucher LTDA.
São Paulo, 1989.
[5] SILVA, A. L. V. C. Aços e ligas especiais. 2ª edição. Editora Edgard Blucher. São Paulo,
2006.
[8] CALLISTER JR, W.D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma introdução. 7. ed. Rio
de Janeiro, RJ: LTC, 2006.
[9] SHACKELFORD, J. F. Ciência dos materiais. 6ª edição, Editora Pearson Prentice Hall.
São Paulo, 2008.
[10] Ferro e Aço: Conceitos. Constituintes estruturais de equilíbrio dos aços. Disponível
em: <http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasivan/FerroAcoConceitos13.pdf.> Acessado em
24 de Abril de 2016.
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[14] SAPPER, C. B., PEIXOTO, L., ROHDE, R. A., HENNIG, V. Efeitos da temperatura
de austenitização do aço 4140. Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai. Rio Grande do Sul.