Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
br
SUBWOOFER H.SETTE
2X18” SW6000ND
O passo a passo do mais recente
projeto do Prof. Homero Sette
PROJETOS DE ACÚSTICA,
ÁUDIO E VÍDEO
do Santuário de Adoração T E M A S DE
SI S
Perpétua, em Caratinga-MG N O R I Z AÇÃO
SO
MIXAGEM PARTte:Ea p1ró7xima
Ambien tapa
e
Preparando uma sessão para mix
A luz de 220 Volts, espetáculo do comediante Paulo Gustavo
A
CEN
Atalhos para a aplicação de marcas d’água no Final Cut áudio música e tecnologia | 1
2 | áudio música e tecnologia
áudio música e tecnologia | 1
ISSN 1414-2821
edITorIaL
Áudio música & Tecnologia
ano XXVI – Nº 277 /outubro de 2014
Fundador: Sólon do Valle
qualidade e quantidade
consultoria de Pa: carlos Pedruzzi
No caderno Luz & Cena a capa vai par a a luz do espetáculo 220 Volts, do Website: www.musitec.com.br
comediante Paulo Gustavo, e outro destaque é a supercobertura da edição
de estreia da SET Expo, que já nasce como a maior feira de broadcast & new distribuição exclusiva para todo o Brasil
media da América Latina. Se você não pôde ir ao evento, terá a oportunidade pela dinap S/a – distribuidora Nacional de
de ver tudo o que de mais importante aconteceu lá. Publicações, rua dr. Kenkiti Shimomoto, nº
1678, ceP 06045-390 – São Paulo – SP”
Boa leitura!
Não é permitida a reprodução total ou
parcial das matérias publicadas nesta revista.
Marcio Teixeira
am&T não se responsabiliza pelas opiniões
de seus colaboradores e nem pelo conteúdo
2 | áudio música e tecnologia dos anúncios veiculados.
áudio música e tecnologia | 3
32 44 santuário de adoração Perpétua
em detalhes, os projetos de acústica,
áudio e vídeo do grandioso ponto turístico
soM PRa da cidade mineira de caratinga
denio costa
GaLERa
Tudo sobre o universo
do técnico de Pa
50 criando o subwoofer H.sette 2x18” sW6000nd (Parte 1)
o passo a passo do mais recente projeto
rodrigo Sabatinelli
do Professor Homero Sette
Homero Sette e mauro Ludovico
56 Mixagem
Preparando uma sessão pra mix:
a criatividade é como um rio: fluida!
14 Em casa
conexões analógicas (Parte 1): cabos Walter costa
Lucas ramos
60 sonar
20 Plug-ins
Waves H-eQ Hybrid equalizer: Seria
equalizador Quadcurve do Sonar X3 Producer:
View/mIdI microscope
este o seu último equalizador? Luciano alves
cristiano moura
96 Lugar da Verdade
26 notícias do Front
as Partes de um Sistema de Sonorização (Parte 17):
Fora de moda (mas com estilo)
enrico de Paoli
o ambiente – a próxima etapa do sistema
renato muñoz
69 76
evento
SeT expo 2014: os destaques da edição de estreia
capa da feira de equipamentos e tecnologias para TV,
rádio e telecomunicações
alta Voltagem: Tudo sobre a por marcio Teixeira
luz de 220 Volts, espetáculo do
comediante Paulo Gustavo
por rodrigo Sabatinelli
90
final cut
ProdUToS ........................................... 64 marca d’água: atalhos para a sua aplicação
em Foco .............................................. 66 por ricardo Honório
notícias de mercado
Divulgação
a realização do primeiro Áudio & Música Brasil, evento
promovido pelas principais empresas do Grupo Renaer
– Staner, Eros, Sonotec e Musimax. Para a realização do
evento, o Grupo Renaer reuniu diversas frentes de traba-
lho das empresas que, de forma integrada, contribuíram
com o suporte para todo o evento.
Além da interatividade proporcionada aos lojistas, o Áudio & Música Brasil teve como seu principal objetivo oferecer condi-
ções especiais de negociação. Nos dias 21 e 23 foram realizadas rodadas de negócios entre lojistas e representantes de cada
uma das quatro empresas, de forma personalizada, em uma sala totalmente voltada para o business to business. Estiveram
presentes no evento os representantes internacionais da marca Takamine, Daisuke Uegaki e Makoto, e das marcas Charvel,
KAT e Gretsch, Mark DeCaterino.
Após o jantar nos dias de negociação, os convidados foram recepcionados no teatro do hotel pela diretoria do Grupo Renaer.
Em um breve pronunciamento, Sr. Renato Silva, fun-
Divulgação
Reprodução
atualizou seu aplicativo para oferecer um servi-
ço de rádio gratuito, apresentando também um
novo conjunto de funcionalidades, que torna
ainda mais fácil escutar música da forma que o
usuário preferir, desde as estações até álbuns
completos e playlists. As novas estações gra-
tuitas do Rdio oferecerão 15 vezes mais músi-
cas do que o disponível hoje em rádios onlines
do mercado e uma vasta variedade de esta-
ções utilizando algoritmo de recomendação por
artista, gênero, música; assim como estações
com curadoria de pessoas para adequar-se a
qualquer humor ou atividade; e estações pes-
soais baseadas nos gostos dos usuários, passando um usuário a ter uma estação com o seu próprio nome tocando todas as músicas
que mais gosta de ouvir ou estações baseadas em influenciadores do Rdio.
Todos os usuários passam a poder apreciar as estações grátis – sem a necessidade de assinatura – e a aproveitar todas as no-
vidades multiplataforma. Entre as novidades, estão um novo feed musical personalizado, baseado no que o usuário ouve, nas
atividades dos seus amigos, nossas recomendações, músicas exclusivas e muito mais. É possível, ainda, ver quais estações,
músicas, álbuns, artistas e playlists são mais populares no Rdio no momento. Através da opção Browse a pessoa pode explorar
uma infinidade de estações, mergulhando em um mundo com mais de 30 milhões de músicas, e tudo de graça.
“Estamos apenas no início da era do streaming musical. Essa é uma grande oportunidade de levar esta experiência para pesso-
as em todo o mundo”, afirma Anthony Bay, CEO do Rdio. “Pela primeira vez é possível acessar toda música do mundo através
de uma única ferramenta – a qualquer hora e em qualquer lugar – sintonizada em você”, acrescentou. No Brasil, o serviço terá
uma parceria inovadora com o Grupo Bandeirantes, e, que a rede de televisão, tv por assinatura, jornais, OOH e emissoras
de rádio irão apoiar o lançamento e promover continuamente o serviço com campanhas publicitárias. Para mais informações
sobre planos e assinaturas, visite http://www.rdio.com.
A Sabian foi o grande destaque com os produtos 16” AAX XPLOSION na categoria Hi Hat, 18” AAX Freq Crash na categoria
melhor Crash e 19” Limited Edition Chad Smith RHCP-Edition Holy China na categoria China e efeitos. Os destaques da Tama
ficaram por conta da estande de Hi Hat Iron Cobra 605 na categoria Hi Hat Stand e o Tama Speed Cobra Limited Edition Mid-
night Special na categoria pedal de bumbo. Já a Vater teve quatro de seus endorsers vencedores como melhores bateristas
nas categorias Pop com Chad Smith, Extreme Metal com Derek Roddy, Rising Star com Hannah Ford e Country com Jim Riley.
O artista Mike Portnoy (conjunto de tambores), endorser Sabian e Tama, levou para casa o prêmio mais importante no Drummie
2014: o de melhor baterista do ano, pela terceira vez. Portnoy também levou honras de topo na categoria Progressive Drummer.
Fundada em 1990, a Equipo é hoje uma das mais importantes empresas do segmento de instrumentos musicais, áudio profissional
e iluminação. Atua como distribuidora exclusiva de mais de 20 marcas em todo país. Entre elas, destacam-se gigantes internacionais
da indústria, como Cort, Hartke, Ibanez, Koss, Kurzweil, Laney, Medeli, Sabian, Samson, Tama, além da marca brasileira Waldman.
e nítida. Otimizada para uso como PA, para entrada de leitores de CD ou entra-
monitor de palco e instalações fixas, das de linha estéreo.
a série DBR usa amplificadores pro-
fissionais, obtendo assim uma opera- www.yamaha.com
ção confiável mesmo durante um uso br.yamaha.com
Apresentada pelo engenheiro Fabricio Neiva, especialista de produtos da Decomac, a CDC Eight tem, de acordo com o próprio, dentre
suas características, a facilidade operacional e uma sonoridade quente.
Dotada de duas grandes telas touch screen que permitem ao usuário acesso
direto aos inúmeros parâmetros, ela conta, ainda, com 16 máquinas de efei-
tos – reverbs, delays, moduladores – e trabalha com stage boxes, chegando
a 128 canais de entrada e 96 de saída. Apesar de ser um console digital, a
CDC Eight está mais próxima do universo analógico.
www.cadac-sound.com
www.decomacbrasil.com
EQUIPAMENTOS PARA
UM HOME STUDIO
CONEXÕES ANALÓGICAS (PARTE 1): CABOS
Na edição passada finalizamos o tópico de patchbays, se isolante há uma blindagem de algum tipo, que tem
após passar por microfones, pré-amplificadores, moni- o objetivo de minimizar a indução de ruídos ao sinal de
tores e mais uma série de outros tipos de equipamentos áudio. Por último, há outra camada isolante (geralmente
para um homestudio. Mas nenhum desses dispositivos de borracha) que isola o cabo como um todo, para que
poderia ser utilizado sem o equipamento mais importan- seja possível o manuseio do mesmo sem interferir com o
te, porém o mais menosprezado, de um estúdio: o cabo! sinal. O nome coaxial foi dado pois as múltiplas camadas
Nessa edição do Em Casa vamos iniciar uma série sobre compartilham o mesmo eixo (axis) geométrico.
as conexões analógicas de um homestudio, começando
(é claro) pelo injustiçado cabo. BALANCEADO VS NÃO-BALANCEADO
É muito comum ver pessoas investindo alto em microfones, As conexões analógicas são divididas em duas catego-
pré-amplificadores, monitores, computadores etc. quando rias: balanceadas e não-balanceadas. A diferença entre
estão montando os seus homestudios. E na hora de comprar ambas está relacionada à redução de ruídos nos sinais
os cabos, procuram os mais baratos possíveis para econo- de áudio, gerados por interferências externas.
mizar, como se os cabos não influenciassem na qualidade
do sinal que passa pelos mesmos. E esse equívoco é grave. As conexões não-balanceados utilizam um único con-
Por isso costumamos dizer que o elo mais fraco de qualquer dutor que carrega o sinal de áudio. Dessa forma, qual-
estúdio é os cabos. Vamos tentar mudar isso! quer interferência (ruído) induzida ao longo do cabo será
acrescentada diretamente ao sinal de áudio.
CABOS COAXIAIS
Já as conexões balanceadas utilizam dois condutores que
Para as conexões de áudio, é essencial o uso de cabos carregam o sinal de áudio, chamados de “hot” (quente)
coaxiais. Esse tipo de cabo é composto por múltiplas ca- e “cold” (frio). Os equipamentos de áudio que utilizam
madas, cada uma com uma função específica. O condu- outputs (saídas) balanceados enviam o sinal de áudio
tor (ou condutores) carrega o sinal de áudio, e é envolto normal para o condutor “hot” e enviam o mesmo sinal
por um isolante (tipo de plástico ou borracha) para, isso para o conector “cold”, mas e com a fase invertida (180º).
mesmo, isolar o sinal das outras camadas. Em torno des- Nos inputs (entradas) dos equipamentos, a fase do sinal
do condutor “cold” é novamente invertida e somada ao
sinal do condutor “hot”, cancelando o ruído induzido ao
longo do cabo através do cancelamento de fase. Por isso,
as conexões balanceadas reduzem consideravelmente o
nível de ruído induzido em cabos de áudio, e são mais
recomendáveis para as ligações de um estúdio.
Ruídos
Há dois tipos mais comuns de interferências externas ângulo de 90º, minimizando assim a área de contato
que geram ruídos: interferência eletromagnética (EMI) entre o cabo de áudio e o campo eletromagnético (mi-
e interferência de radiofrequência (RFI). nimizando o ruído induzido).
As correntes elétricas nos fios de eletricidade dos As ondas de rádio transmitidas e presentes no ar podem
equipamentos e tomadas criam campos eletromag- ser induzidas em cabos de áudio, especialmente em ca-
néticos que geram ruído nos cabos de áudio que es- bos mais longos (é possível até ouvir programas de rá-
tiverem próximos. Por isso é recomendável sempre dio!). Os cabos de áudio se “transformam” em antenas
posicionar os cabos de áudio o mais longe possível e captam as ondas de rádio do ar. Quanto mais longo
dos fios de eletricidade dos equipamentos. Quando o cabo, maior será a captação dessa ondas (como uma
for inevitável o contato entre um cabo de áudio e um antena mais longa). Por isso é recomendável sempre
fio de eletricidade, posicione-os atravessados em um manter o comprimento dos cabos o mais baixo possível.
Híbridos - Alguns cabos utilizam até dois tipos de blinda- Até lá!
Lucas ramos é tricolor de coração, engenheiro de áudio, produtor musical e professor do IaTec. Formado em engenharia de Áudio pela Sae
(School of audio engineering), dispõe de certificações oficiais como Pro Tools certified operator, apple Logic certified Trainer e ableton Live
certified Trainer. e-mail: lucas@musitec.com.br
WAVES
H-EQ HYBRID
EQUALIZER
SERIA ESTE O SEU ÚLTIMO EQUALIZADOR?
Equalização é, sem dúvida, algo que estamos acos- e com esta experiência, e desenvolveu um “tudo em
tumados a mexer mesmo antes de trabalhar com um” chamado Hybrid Equalizer. Neste artigo, vamos
áudio. Um rádio de carro e o próprio iTunes têm um mergulhar mais a fundo neste equalizador.
equalizador (fig. 1) para tentar melhorar nossa ex-
periência auditiva. ARQUITETURA BÁSICA
Mais que isso, a equalização é um dos alicerces de O Hybrid Equalizer possui uma configuração simi-
uma boa mixagem. Existe uma gama de processa- lar a de muitos outros equalizadores, sendo muito
dores bem mais sofisticados, como compressão mul- simples de se acostumar. São dois filtros passivos e
tibanda, reverberadores de convolução, Transient mais cinco ativos, sendo dois deles intercambeáveis
entre Peaking/bell ou Shelving. A parte interessante
Designers, emulações de todos os tipos, e pouco
do projeto é que cada filtro pode funcionar de acor-
espaço para discutir que nenhum deles é capaz de
do com sete estilos/tipos de equalizadores (fig. 2).
mudar a história de uma mixagem mal equalizada.
Mid e Right/Side, respectivamente. Ainda temos o Para isso, à esquerda basta escolher o modo de ope-
botão “freeze”, que para o movimento do analisador, ração. O padrão é estéreo, mas, ao pressionar este
e o “Peakhold”, que mantem marcado os pontos de botão, ele se torna Mid/Side. Repare que o input
maior intensidade. também não se comporta mais como L/R, e sim
como M/S. Ou seja, o usuário pode regular a pro-
PONTOS INTERESSANTES - M/S porção do M/S (fig. 3).
Caso o canal seja estéreo, através de uma Matriz Quando, em M/S, a curva laranja do equalizador
M/S integrada: este não é um modo de opera- representa o “Mid” e a curva verde representa o
ção muito conhecido, porém muito eficiente para “Side” (fig. 4).
manter compa-
tibilidade da sua
mixagem com
sistema Mono e,
em muitos casos,
possibilita mais
nitidez no campo
estereofônico.
PONTOS INTERESSANTES -
FILTRO ASSIMÉTRICO
cristiano moura é produtor musical e instrutor certificado da avid. atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves,
Sibelius e os treinamentos em mixagem na Proclass. Também é professor da UFrj, onde ministra as disciplinas edição de
Trilha Sonora, Gravação e mixagem de Áudio e elementos da Linguagem musical. email: cmoura@proclass.com.br
As partes de
um sistema de
sonorização (Parte 17)
O ambiente: a próxima etapa do sistema
O ambiente no qual o sistema de sonorização irá dis- çar um projeto. Dependendo da resposta, diversas
tribuir a mixagem do programa pode ser chamado características de desenho poderão ser aplicadas
de “o próximo passo”, já que depois de passar pelos naquele projeto (a segunda pergunta deveria ser
transdutores do sistema (neste caso, falantes e dri- “para qual plateia?”, porém este assunto veremos
ves), não existe mais como controlar o sinal de áudio. no próximo artigo).
Uma vez que atinge o ar e imediatamente depois o
ambiente que será sonorizado, o nosso controle sobre Olhando do lado do projetista do sistema de sonori-
o som fica muito limitado. A partir deste momento fi- zação, uma outra questão também é de vital impor-
camos a maior parte do tempo à mercê das condições tância: este sistema será fixo ou móvel? Ele ficará
climáticas (se o ambiente for aberto) e das condições instalado em um mesmo ambiente por um longo pe-
acústicas (se o ambiente for fechado). ríodo de tempo ou ele será móvel (ou seja, poderá
ser instalado em diversos tipos de ambientes num
A falta de controle sobre o som depois que ele sai pequeno espaço de tempo)?
das caixas do sistema é um problema que vem sen-
do combatido há muito pelos projetistas de siste- Não precisamos ser excepcionais projetistas de
mas. Muito já foi descoberto e aperfeiçoado, porém sistemas para sabermos que, quando trabalhamos
os grandes avanços são sempre até o sistemas de com sistemas fixos, as coisas podem ser mais fá-
caixas, nunca depois (não estou considerando o tra- ceis. Toda a estrutura para receber aquele sistema
tamento acústico das salas). já deve existir (e, se possível, foi projetada para
isso), o acesso e a manutenção são mais fáceis, as-
O que veremos neste artigo será a diferença entre sim como correções podem ser feitas rapidamente.
os ambiente que podem ser sonorizados, as princi- Por outro lado, quando vamos desenhar um sistema
pais diferenças entre estes ambiente, além de dicas de sonorização para diferentes salas, podemos não
que podem ser aplicadas para que o nosso trabalho ter a infraestrutura ideal para as nossas necessida-
de sonorização não seja muito prejudicado quando des, assim como provavelmente não teremos muito
encontramos adversidades pelo caminho. tempo para corrigir algum tipo de imperfeição que
seja detectada durante o trabalho.
QUAL É O AMBIENTE QUE
SERÁ SONORIZADO? SISTEMAS FIXOS
Esta é a primeira pergunta que um bom projetista de Antes de mais nada, é sempre bom lembrar de que
sistemas de sonorização deve fazer antes de come- quando falo de sistemas de sonorização, na maioria
OS SISTEMAS MÓVEIS
Depois disso, as características acústicas do am- Experimente conversar com uma pessoa de frente ou
biente serão a próxima dificuldade a ser superada. de lado para um ventilador. Dependendo do ângulo que
Para vencer esta etapa, seriam necessárias algumas o vento atinge as pressões de ondas sonoras que saem
informações, como uma planta do local, a disposi- da sua boca, é possível que a outra pessoa não entenda
ção da plateia no local e, se possível, as caracterís- o que você falou. O que acontece é que o vento manda
ticas acústicas da sala, como, por exemplo, o tempo as “partículas de som” para longe do público.
de reverberação. Mas não se iluda: a probabilidade
de você obter todas estas informações é muito pe-
quena. Aqui uma coisa será muito importante para
você, que é o técnico do sistema responsável pela
implementação dele: você deve estar preparado
para conseguir o maior número de informações pos-
síveis por conta própria.
AMBIENTE ABERTO
Sistemas móveis merecem atenção total sempre
Muitos técnicos que conheço concordam, sem dú- que são colocados em ambientes diferentes
EASE Focus: um dos softwares de desenho de sistemas mais utilizados hoje em dia
Para quem está mixando em lugares ao ar livre e porque alguns técnicos partem do principio de que
com muito vento, a impressão que se tem é que o os lugares fechados foram preparados corretamente
PA simplesmente parou de funcionar. Mesmo even- para receber sistemas de sonorização, física e acus-
tos como o Rock in Rio, em que o sistema de sono- ticamente (o que não é uma verdade).
rização é muito bem dimensionado e com bastante
potência, este fenômeno ocorre com frequência. Uma das coisas mais “interessantes” que eu já
ouvi de um produtor de show foi “este teatro tem
AMBIENTE FECHADO uma acústica péssima”. E eu fiquei pensando...
“alguém projetou a acústica do teatro para que os
Os ambientes fechados podem ser tão ou mais peri-
atores possam falar em cima do palco e todos na
gosos do que os ambientes abertos, principalmente
plateia possam ouvir perfeitamente bem (o que
era o caso) e o teatro tem uma acústica ruim?”.
Uma boa parte dos lugares onde shows são reali-
zados não foram projetados para trabalharem com
sistemas de sonorização, por isso tantos resulta-
dos ruins. Vejam o exemplo de uma igreja tradi-
cional: toda a acústica foi planejada em relação ao
programa (missas antigas eram cantadas).
Renato Muñoz é formado em Comunicação Social e atua como instrutor do IATEC e técnico de gravação e PA.
Iniciou sua carreira em 1990 e desde 2003 trabalha com o Skank. E-mail: renatomunoz@musitec.com.br
SOM
PRA
GALERA
Tudo sobre o universo do técnico de PA
“Muito obrigado a todos que estiveram aqui, cia ao dia a dia na estrada, mostraremos
nesta noite, nos assistindo. Obrigado, tam- como é a vida do verdadeiro responsável
bém a todo o pessoal da nossa equipe técni- por “levar” artistas e bandas aos ouvidos
ca. Sem eles, esse show não seria possível. do público em um show ao vivo.
Até a próxima! Tchau!”
O CONHECIMENTO MUSICAL
Hoje em dia, ao final de um show, é comum COMO DIFERENCIAL
ouvir, do artista que está se apresentando,
agradecimentos desse tipo. E faz sentido. Como sabemos, o técnico de PA cuida, ex-
Afinal de contas, trata-se de um reconheci- clusivamente, do que a plateia ouve. Se
mento mais do que merecido, visto que, por num show o som está bom ou ruim, alto
trás dele, o artista, estão diversos outros, ou baixo, grave ou agudo, a “culpa” é toda
digamos, “invisíveis artistas”. Para que um dele! Brincadeiras à parte, este personagem
show ou um festival de música se realize, é, indiscutivelmente, um dos mais impor-
é preciso que dezenas – por vezes, cente- tantes dentro do “mapa” de um espetáculo
nas – de profissionais se envolvam e deem musical, e, sim, o sucesso ou o fracasso do
seu melhor em prol do resultado. A estrela evento, do ponto de vista da mixagem de
está no palco, obviamente, porém, para que som, está, em partes, nas suas mãos.
ela “brilhe”, tudo tem que estar em perfeito
funcionamento: em se tratando de áudio, do Musicalmente falando, o trabalho do técnico
backstage à house mix. de PA que viaja com um artista começa an-
tes mesmo deste artista cair na estrada com
As funções presentes no show business uma nova turnê. Faz parte de seu ofício,
são diversas. Ali, dando duro desde muito durante a pré-produção do show em ques-
antes de o artista subir ao palco estão car- tão, mergulhar fundo no repertório que está
regadores, roadies, produtores técnicos, sendo escolhido para que este seja repro-
operadores de PA e monitor, gerenciado- duzido ao vivo da melhor maneira possível.
res de RF, diretores de palco... Ou seja, Geralmente, o artista busca ser fiel às suas
profissionais que, juntos, fazem, de fato, o gravações originais – preservando muito de
espetáculo acontecer. suas características – e, consequentemen-
te, isso acaba facilitando a vida do técnico,
Nas próximas páginas – e em edições que ouve os CDs e já sabe o que fará diante
seguintes, nas quais haverá desdobra- da mesa quando cair na estrada. No entan-
mentos para outros personagens, numa to, quando novos arranjos dão cores a es-
espécie de mapeamento profissional de sas canções, é fundamental que o técnico
eventos musicais – falaremos do técnico “embarque” juntamente à trupe – músicos
de PA. Dos principais “caminhos” para in- e produtores, em especial – nessa incrível
gressar na carreira e se tornar referên- “viagem” e desenvolva algo mais “pessoal”.
diego matheus
Na passagem de som, o técnico faz todos os
ajustes necessários para que o espetáculo ofereça
ao público o melhor em termos de sonoridade
Quanto mais “musical” for o técnico, consequentemente
mais apurada será sua mixagem, ou seja, melhor será a
execução de entradas, nuances e saídas das músicas to-
cadas ao vivo, a exemplo do que, em estúdio, costumam
fazer os técnicos de mixagem de discos, que literalmente
“pilotam” suas plataformas e mesas a serviço dos melhores
resultados musicais/artísticos.
diego matheus
Com o repertório definido, o artista bota o bloco na rua. E é aí
que, de fato, o trabalho “pesado” do técnico de PA começa. Ao
chegar ao local de cada show ele tem que se dedicar a uma sé-
rie de questões. A primeira delas é conferir se suas solicitações
foram atendidas pelo locador. Geralmente, o técnico pede que
a empresa responsável pela sonorização do show disponibilize
determinados equipamentos, como, por exemplo, microfones
e consoles a seu gosto. Entretanto, há profissionais que viajam
com seus próprios equipamentos e, em razão disso, já chegam
ao local do show “de olho” nos próximos passos.
Por outro lado, para aquele que opta pelas mesas analógi- ção de DVDs de artistas “grandes”, é comum o técnico do
cas, não há outra saída a não ser levantar fader a fader e artista dividir a mixagem do espetáculo a ser gravado com
promover todos os ajustes necessários em vozes e instru- um profissional de sua confiança. Nesses casos, o técnico
mentos captados, além daqueles plugados via direct box, do artista, por conhecer mais do show que será registrado,
para que sua mix seja a melhor possível. Metodologias à se encarrega de mixar a maioria dos elementos, deixando
parte, cada um dos universos tem algo, digamos, “diferen- para o amigo convidado, não menos responsável que o pró-
te” para oferecer a esse profissional, seja a sonoridade ou prio, uma pequena parte deles.
a praticidade. As duas, quem sabe?
Vale lembrar que, em gravações de DVD ou mesmo CDs
E quando o cantor está lá, em cima do palco, mostrando ao vivo, o técnico de PA, que geralmente “toca” junto
o que de melhor sabe fazer, o técnico está na house mix da banda, inserindo efeitos em determinados momentos,
fazendo sua parte para que este “melhor” chegue ao pú- manipulando instrumentos em horas específicas, faz um
blico. Do momento em que o cantor recebe o microfone, trabalho mais simples, não muito detalhado. O motivo?
ainda atrás das cortinas, até a hora em que se despede do Ele não pode “colocar em risco” o produto que está sendo
palco, geralmente, após dar o bis, ele, o técnico, está de registrado. Lembra do ditado “menos é mais”? Então...
olhos abertos e orelhas em pé. O prêmio pelo trabalho é,
de acordo com a maioria deles, olhar para os lados e notar O OLHO NA “VIDA” DOS EQUIPAMENTOS
a alegria e a satisfação da plateia.
Também cabe ao técnico de PA que viaja com seus equipa-
O TRABALHO A QUATRO MÃOS: mentos avaliar, durante a turnê, se eles estão em perfeito
EXPERIÊNCIA EVENTUAL estado e se podem continuar a ser usados nos shows.
É sabido que a durabilidade de consoles e microfones,
Vimos aqui que o técnico de PA cuida sozinho da mi- entre outros, depende muito dos cuidados tomados pelo
xagem do show, ou seja, como brincamos no início do técnico e sua equipe, formada por carregadores, roadies
texto, ele é o único “culpado”, é quem colhe louros e etc. Mas a qualidade da fabricação destes equipamentos
críticas pelo som do espetáculo. Mas não estranhe se um é, sem dúvida, o grande diferencial. Por conta disso,
dia você olhar para a mesa de som e vir ele trabalhando alguns técnicos, especialmente os mais conceituados,
em dupla com outro técnico. Não, ele não pediu ajuda têm contratos de endorsement com fabricantes e/ou re-
aos universitários. Explico! presentantes comerciais de marcas consagradas, o que
lhes assegura longevidade e excelência no que diz res-
Em determinadas situações, como, por exemplo, a grava- peito ao operacional do som ao vivo.
acervo Pessoal
de publicar artigos técnicos e colunas
que abordam o tema com profundida-
de, contribuindo para a profissionali-
zação do meio.
acervo Pessoal
do evento que e 17 de agosto nomes como os de Pepeu Gomes, Carlos Malta e Pife
Muderno, Marcus Miller, Al Jarreau e Jeff Berlin, entre muitos outros.
Região dos Lagos, passada, ficou a cargo da locadora Pro-3, que pertence a Alexandre
Magno e tem sede em Macaé, também no Rio. Dentre os equipamen-
no Rio de Janeiro tos disponibilizados pela empresa – na ocasião, gerenciada por Jerubal
Liasch –, estiveram os sistemas LS Audio e NBA, os consoles Midas,
Behringer e Soundcraft e os microfones Shure, AKG e Sennheiser.
Por ser tratar do ambiente mais procurado pelo público, foi ne-
cessário instalar, em suas imediações, torres de delay capazes de
levar o som a maiores distâncias. Essas torres foram compostas,
cada uma, por quatro Slinpec 4260, empurradas por amplificado-
res PMS 4 DSP, também da marca.
SIMPLICIDADE NA
CONCHA ACÚSTICA
Anderson Pereira
“Eu fazia os monitores na própria mesa e, em segui-
da, por meio de um iPad rodando o software próprio
da Behringer, fazia o PA. O software é bastante intui-
tivo e oferece muita autonomia ao técnico, o que faz
dele uma interessante ferramenta para quem tem
acúmulos de função, como tive, nesse caso”, disse
Anderson, que utilizou o processamento interno da
mesa, abrindo mão de todo e qualquer outboard.
“Minha intenção era trabalhar com o menor número
de processamento possível, explorando o som natu-
ral dos instrumentos”, acrescentou ele.
No detalhe, o line array LS Audio,
usado no palco principal do festival Para captar os instrumentos, o técnico lançou mão
de um kit básico. Nas vozes utilizadas pelos artistas
de quatro caixas de subgraves no L/R e quatro no para a comunicação com o público, já que os shows
outfill, todos empurrados por potências Next Pro, o eram instrumentais, ele trabalhou com os Shure Beta
palco ficou a cargo do técnico Anderson Pereira, que 58. Com os Beta 57, também da marca, captou gui-
mixou o PA e os monitores de todos os artistas em tarras, percussões e alguns instrumentos do naipe de
um console digital Behringer X32. sopro, também captado pelos Beta 98. Para o bumbo
Para o PA e os monitores do palco Costa Azul, esti- tamento de marketing da ProShows, distribuidora na-
veram disponíveis duas consoles Midas Pro6. Técnico cional da marca, o projeto Midas Vai Ao Seu Show
de mixagem dos shows de alguns dos artistas que tem rodado o país disponibilizando mesas Midas para
passaram por esse ambiente, Emerson Duarte contou a “degustação” dos técnicos.
que o festival foi a oportunidade de colocar em prática
um pouco do conhecimento que adquiriu ao longo dos “Os técnicos dos artistas que não as conhecem têm
últimos anos, afinal de contas, trabalhar com sonori- a oportunidade de usá-las, e, com isso, passam a
dades tão distintas num mesmo ambiente não é algo pedi-las em seus futuros riders. Esse é o objetivo:
que, segundo ele, pode ser considerado tão simples. democratizar a família Midas, que tem um operacio-
nal intuitivo, semelhante ao analógico, e qualidade no
“Cada um dos artistas tinha a sua particularidade. No que diz respeito a equalização e efeitos”, completou.
show do The Jig, por exemplo, por reco-
mendação do produtor deles, não usei
Anderson Pereira
Anderson Pereira
Digilite 6.4 e os subs ficaram com os Digilite 8.0. O
processamento do sistema principal, bem como do
outfill, ficou a cargo dos processadores dbx.
ENGENHEIROS ESTRANGEIROS
Composto por elementos Beyma, o line NBA foi usado APROVAM ESTRUTURA
na sonorização da Concha Acústica da Praça São Pedro
da bateria, a opção foi o Beta 91A, e para a gaita o Há sete anos no comando do PA de Al Jarreau, Mark
shure SM 56. “Em festivais como esse, a captação é Deadman chegou ao festival com o backline com-
bastante simples. Não tem mistério. Se inventar mui- pleto da banda que acompanha o músico e um kit
to, atrapalha. O básico é o que salva”, disse. de microfones Shure para a captação destes instru-
mentos, contendo SM 57 para a caixa de bateria,
SIMILARIDADE NO PALCO IRIRY SM98 para os tons, Beta 58 para os vocais e SM 58
para a voz principal, entre outros.
A exemplo do que ocorreu na Concha Acústica, no
Palco Iriry, por onde passaram Pepeu Gomes e Rick
Estrin & The Nightcats, dentre outros, o sistema dis-
ponibilizado também foi o NBA, sendo este compos-
to por seis elementos por lado, no line principal, e
quatro por lado, no outfill, além de quatro subs para
o L/R e quatro para os outs.
Anderson Pereira
LabGruppen, atenderam aos drivers e aos falantes
de 6”, enquanto que os falantes de 12” receberam os
Anderson Pereira
Após o show de
Marcus Miller,
os técnicos
Anderson
Pereira,
Rebekah Foster
e Byron West
comemoram
a passagem
vitoriosa do
músico pelo
festival
Santuário de
divulgação
Santuário: vista aérea geral
Em 2011 tivemos uma reunião no Santuário, a por meio de luminárias bidirecionais. A mistura
convite do Sr. Max Araújo, que conhecera um de destes materiais nos proporcionou maior absor-
nossos projetos em Belo Horizonte. Alguns anos ti- ção das médias baixas frequências, região crítica
nham se passado e o Pe. Vitório Felice Baggi, atual dentro do ambiente.
pároco, juntamente com a comissão de obras da
igreja, nos contratou para a elaboração dos proje- No mezanino, substituímos as esquadrias das janelas
tos de acústica, áudio e vídeo. Desde o primeiro para obtermos maior vão livre e aumentar a visibili-
momento decidimos não interferir na arquitetura dade dos fiéis neste setor. Ali também serão constru-
da nave. Na nossa opinião, seria importante não ídas duas salas técnicas, sendo uma para áudio e ví-
chocar os fiéis com intervenções desnecessárias deo e outra específica para filmagens e transmissões,
e manter as características daquele ambiente de que são realizadas pelas emissoras de rádio e TV lo-
adoração. Assim, mantivemos as vigas aparen- cais. No forro do mezanino serão instaladas espumas
tes e, 60 cm abaixo da laje, especificamos gesso lisas classe AII de flamabilidade, espessura de 35
acartonado, que possui tratamento contra odores mm, densidade de 11 kg/m³ e NRC 0,65. A superfície
e com 23% de perfuração quadrada. No entreforro desta espuma proporciona a difração do som, e, por
indicamos manta do tipo fibrosa, com densidade ser do tipo porosa, gera absorção por meio de atrito
de 10 kg/m³, fabricada em poliéster e cuja maté- e consequente dissipação de energia.
ria-prima são garrafas pet recicladas.
Mantivemos os mesmos bancos, porém com um tra-
Para absorver as reflexões das paredes do fundo tamento na cor freijó para deixá-los mais claros e com
da nave, foram especificados painéis com lã de absorção em sua parte inferior, reduzindo os efeitos de
vidro, revestidos com tecido sintético, densidade reflexão no piso. Para o altar foi criada uma área espe-
de 80 kg/m³ e NRC 0,80. Na parte inferior das cífica de absorção acústica no forro. Isso para preser-
paredes, mantivemos o mármore existente. Os var as pinturas do altar e das laterais da nave.Todas as
quadros da Via-Sacra serão instalados à frente alvenarias e gesso aparentes receberão pintura branco
destes painéis acústicos e receberão iluminação gelo. O objetivo é deixar o ambiente mais claro.
SONORIZAÇÃO
altura, mas apenas 11 cm de largura e 13 cm de Impedância nominal de oito ohms e resposta em fre-
profundidade. O peso total do arranjo é de 45 kg. quência de 60 a 18 kHz. Loud Audio LB5-80.
Foi necessário uma pequena inclinação do bloco
para otimizar a cobertura vertical. Para monitoração do altar serão utilizadas duas co-
lunas Bose, uma em cada lateral. Esta escolha se
Segundo o fabricante, a cobertura horizontal de deu em função da cobertura horizontal e vertical,
cada coluna é de 160º. Como sabemos, a cobertura além da sonoridade ser a mesma das caixas de re-
varia com a frequência. A especificação de cobertura forço sonoro no ambiente (PA). Já para a monito-
HxV não nos fornece muita informação para projeto, ração dos músicos a escolha das caixas acústicas
e, por isso, preferimos trabalhar tendo como base se deu pela sonoridade, dispersão, pressão sonora,
os gráficos de beamwidth x frequência, balloon 3D, amplificação, circuitos de proteção e dimensões. São
gráficos isobários (variação de pressão x frequência) utilizados monitores ativos M112D da linha Vertcon,
ou até mesmo os diagramas polares por frequência. da Attack, que apresentam cobertura de 50 x 70º;
Em função de nossas medições, estamos conside- contam com cabo de energia e áudio em ambas
rando cobertura de 140º no eixo horizontal. as laterais, o que facilita sua instalação; permitem
ajuste da inclinação horizontal em 35º, 40º e 45º,
Sobre o altar, onde ficará o microfone do celebrante, maximizando a cobertura sonora.
temos na ordem de -14 dB em relação à pressão so-
nora no eixo das colunas. Uma diferença considerá- São compostos ainda por um alto-falante de 12” e
vel para o controle das realimentações. Para reforço um driver de 1,4”. Vem equipado com um amplifi-
das médias e altas frequências no fundo da nave, cador classe D para cada via, capazes de fornecer
serão utilizadas mais quatro colunas MA12. 1100 e 250 W RMS, respectivamente. Os limiters
são adaptativos e independentes por via. A sensibi-
A sonorização do mezanino e hall de entrada utilizará lidade é de 132 dB SPL/Volt. Operam de 100 a 260
sistema de amplificação em linha de tensão constan- V. Para maior flexibilidade, foi incluído sistema com-
te de 70,7 V, modelo SL1300 Sansara. Para este re- plementar de monitoração via amplificador e fones
forço sonoro utilizamos caixas acústicas de sobrepor, de ouvido. Os fones escolhidos foram Koss Porta Pro
injetadas em ABS e telas frontais em alumínio com e AKG K44 Perception.
pintura eletrostática. Alto-falantes de 5” com cone de
propileno metalizado, tweeters com pastilha de neo- Serão utilizados microfones tipo gooseneck, de mão
dímio de 1” e membrana de seda. Suportam até 80 sem fio e com fio, além dos microfones dedicados
W, cada. Sensibilidade de 89 dB SPL @ 1 W/1 m. aos instrumentos. Para captação de sinal de nível
de linha e instrumentos serão utilizados os
direct box passivos, Wireconex.
VÍDEO
denio costa é diretor da dGc Áudio, Vídeo e acústica, empresa especializada em projetos nessas áreas, e do NFP - Núcleo
de Formação Profissional, por meio do qual ministra cursos de áudio em Belo Horizonte e em todo o Brasil. Também oferece
consultoria para P&d de novos produtos de áudio profissional e realiza otimização de sistemas de sonorização. Site: www.
dgcaudio.com.br. e-mail: deniocosta@dgcaudio.com.br.
1. Ser utilizada como a via de sub graves, em qual- 2. Compor visual agradável com a caixa de altas
quer sistema de som, principalmente em grandes 2x15+TI, já desenvolvida.
aplicações, com alta eficiência, posicionada na hori-
zontal, sendo que diversas (quando deitadas) pode- DIMENSÕES E VOLUME
rão ser empilhadas na vertical, tendo sido os dutos Medidas externas (cm): 126 x 70 x 60 (L x P x A)
projetados para maximizar o acoplamento; Volume externo: 529 litros
Espessura da madeira: 20 mm
2. Acompanhar a caixa full range 2 x 15” + driver de
titânio, formando um conjunto harmônico inclusive
no visual, podendo ser usada na vertical, ladeando PREMISSAS TEÓRICAS
a full range;
O projeto foi todo assentado em bases sólidas e,
ESTRATÉGIA para uma perfeita avaliação do mesmo, convém
apresentarmos os principais conceitos que determi-
1. Utilizar dutos com o máximo de área possível, naram a diretriz adotada.
tendo como limite uma área igual à do cone do falan-
te, no caso, 1210 cm³, tanto para o B&C 18SW100 Volume, eficiência e resposta
(neodímio) quanto para B&C 18TBW100 (ferrite),
para reduzir ao máximo a compressão de potência Todos desejam uma caixa acústica muito eficiente,
no duto quando grandes volumes forem deslocados. pequena, reproduzindo baixíssimas freqüências. No
entanto essas variáveis estão ligadas matematica-
O fator limitante tornou-se o comprimento do duto
mente através da equação
(que aumenta com a área, para uma mesma fre-
quência de sintonia Fb) e não a acomodação da
Isso significa que, uma vez determinado o tipo da
caixa (certamente bass reflex, para uso profissio-
nal, devido ao maior valor de , que proporciona
maior eficiência), ao escolhermos duas das três va-
riáveis restantes, a terceira já estará definida pela
relação matemática que as une, não podendo mais
ser arbitrada. Assim, se escolhermos a eficiência e a
frequência de corte, o volume da caixa já estará au-
tomaticamente determinado; escolhendo o volume
e a resposta de graves, , teremos que aceitar a
Fig. 1 – Desenho simplificado
eficiência resultante.
do Sub 2x18 H.Sette SW6000nd
Normalmente desejamos elevada eficiência e frequên- tos corretamente dimensionados. Por isso, também,
cia de corte baixa (maior extensão de graves), o que a SW6000nd é uma caixa grande!
faz com que o cociente / cresça, o que leva a
volumes grandes, conforme obriga a equação. Ondas estacionárias
Assim, alta eficiência e baixas frequências não ca-
bem em volumes pequenos. Por isso a SW6000nd é Muitas vezes, por razões práticas ou até estéticas,
uma caixa grande: é eficiente e responde a partir de não podemos construir o gabinete respeitando as
35 Hz. Dois bons motivos. recomendadas proporções 1 : 1,6 : 2,3 que mi-
nimizam ou previnem a ocorrência de ondas es-
Área do duto tacionárias. Desse modo, quando isso acontece,
podem surgir ondas estacionárias que provocam
O duto tem comportamento indutivo desde que o ar cancelamentos na curva de resposta. Para con-
passe livremente por ele. Caso contrário, comporta- tornar esse problema podemos utilizar material
-se como um resistor, que introduz perdas (transfor- absorvente no interior da caixa, com o cuidado de
mando energia em calor. e não em som) e deixa de não obstruir o duto.
sintonizar o volume (capacitivo), transformando
a caixa bass reflex em uma caixa selada, que é mui- Muitos dos materiais que vemos serem utilizados
to menos eficiente nos graves. não oferecem benefício e até interferem negati-
vamente no desempenho da caixa. De posse do
Dutos de pequena área, como tubos com quatro material absorvente correto, ou seja, que trans-
polegadas de diâmetro, podem funcionar bem com forma energia acústica em calor, sem impedir o
baixos níveis de SPL, mas não com as potências ele- fluxo das partículas de ar em movimento, resta
vadas, próprias dos subwoofers, usados profissio- colocá-lo em local adequado, onde a velocidade
nalmente. Por esse motivo o duto precisa ter área do fluxo de ar é máxima, e não encostado nas
suficiente para escoar o volume de ar, deslocado paredes, como vemos frequentemente, pois ali a
pelo falante, com baixa velocidade, em um fluxo la- velocidade da onda é zero, tornando insignifican-
melar, e não turbilhonar, este último com suas per- te a absorção pelo material.
das e distorções indesejáveis.
INÍCIO DO PROJETO
O projeto começou com a escolha dos falantes. Opta-
mos por dois modelos da B&C, o 18SW100, com ímã de
neodímio e o 18TBW100, com ferrite. Esses transduto-
res, além dos valores adequados de Fs, Qts, potência
e deslocamento do cone, possuem uma peculiaridade
muito interessante: embora com tecnologias magnéti-
cas diferentes, e a consequente diferença significativa
de peso, possuem parâmetros muito semelhantes, o
que permite a troca de um pelo outro, praticamente
sem nenhuma alteração na curva de resposta. Falante B&C 18SW100 (neodímio)
Nominal diameter 460 mm (18.0 in)
Na tabela 1 vemos a grande semelhança entre os
Nominal impedance 8Ω
parâmetros divulgados em catálogo, dos dois mo-
Minimum impedance 6.5 Ω
delos, e a excelente concordância com os valores
por nós medidos, utilizando o CLIO 11 no 18SW100. Nominal power handling1 1500 W
A figura 4 permite a obtenção gráfica dos parâme- Continuous power handling2 3000 W
tros da caixa, para o caso do volume ótimo, ou seja, Sensitivity (1W/1m)3 97.0 dB
o que produz a resposta mais plana possível. O Qts
Frequency range 35 - 1000 Hz
do falante situou a resposta muito perto da de But-
Voice coil diameter 100 mm (4.0 in)
terworth, na interseção das curvas de , Fb e Vb.
Winding material Copper
Former material Glass Fibre
Winding depth 32 mm (1.26 in)
Magnetic gap depth 14 mm (0.55 in)
Flux density 1.15 T
Surround shape Triple Roll
Cone shape Radial
Magnet material Neodymium Inside Slug
Homero Sette é gerente de desenvolvimento e aplicações da 4VIaS Pro audio (homero.sette@4VIaS.com.br). mauro Ludovico é
gerente de planejamento da companhia (4VIaS@4VIaS.com.br).
PREPARANDO UMA
SESSÃO PRA MIX
Figura 1 – Sessão original: reparem nos nomes genéricos e edições sem crossfades
FORMA DE TRABALHO
Eu sempre peço para me mandarem as sessões com reconhecer o master do grupo (no caso, o “+Vo-
uma mix que represente a intenção criativa do ar- cais”) numa mesa controladora se você colocar al-
tista. É muito importante compreender o peso e a gum tipo de sinal distinto logo no início do nome.
importância que os diversos instrumentos têm para
a música, na visão do artista e do produtor. Afinal, Por esse mesmo motivo eu nomeio todos os meus
estamos aqui para colaborar. Muitas vezes também inputs, outputs, inserts e auxiliares. Numa sessão
peço para me mandarem alguma referência de so- que tenha trabalhado, você nunca vai encontrar
noridade, alguma música já mixada. “aux 1” ou “out 1e 2”. Documentação! Eu sempre
penso que essa mesma sessão pode ser aberta al-
3º - Arrumo a sessão na seguinte ordem: Bate- guns anos depois e quanto melhor documentada
ria – Percussão – Baixo – Cordas (violão, guitarra estiver, mais fácil será entender o que foi feito ali.
etc) – Piano – Teclados – Naipes (cordas, metais
etc) – Voz – Vocais e, por fim, minha sessão de Inclusive, para facilitar ainda mais a organização
auxiliares de efeitos. dos auxiliares, eu uso os primeiros bus (1, 2, 3
etc.) para auxiliares de efeitos e os últimos, come-
Se houver grupos de instrumentos, sempre antes çando do último (bus 127 e 128), para auxiliares
dos instrumentos que compõem esse grupo. O nome de grupo. Assim eu sei que ambos nunca vão se
desse grupo é sempre precedido pelo sinal de +, ou misturar, por mais complexa que a sessão venha a
seja, se tenho seis canais de vocais e quero agrupá- ficar. Além de tornar a navegação mais fácil.
-los, coloco um grupo antes desses canais, que vai
se chamar “+Vocais”. 4º - Renomeio todos os canais de forma mais
apropriada. Na verdade, essa é uma etapa que eu
Por que? Simples, porque fica bem mais fácil você não deveria ter que passar. Nada desperta tanto
Uma vez tudo isso feito, posso começar a mixar com a certeza de
que não vou ter que me preocupar com nada, fora a mix, por bas-
tante tempo.
Abraços!
EQUALIZADOR
QUADCURVE DO
SONAR X3 PRODUCER
View/MIDI Microscope
No início deste ano iniciei o detalhamento dos re- trabalhar. Em um sequenciamento de piano, que
cursos do Piano Roll do Sonar X2. Contudo, tor- contém muitas barras representativas das notas
nou-se necessário deixar este assunto na fila de executadas, esta visualização com zoom reduzido
espera em virtude do lançamento do Sonar X3, permite que se identifiquem as notas e os acor-
o qual demandou diversos números desta coluna des rapidamente. Contudo, quando as barras es-
da AM&T. tão com tamanho muito reduzido, é difícil editar
o conteúdo.
Os recursos já descritos do Piano Roll do Sonar
X2 também se aplicam no X3. Portanto, prosse- Tente modificar a altura, a duração ou o posicio-
guirei do ponto em que parei, sendo que, a partir namento de uma nota com o mouse diretamente
de agora, o foco é para a versão X3. Os itens nas barras com tamanhos muito reduzidos. Re-
do menu do Piano Roll já detalhados foram View/ pare que é muito difícil apontar o mouse direta-
Show-Hide Track Pane, View/Show-Hide Control-
mente numa nota e editá-la. O cursor tem que
ler Pane, View/Show-Hide Drum Pane e View/Fit
ser posicionado exatamente em cima da nota a
MIDI Content. Dando continuidade, veremos o
ser modificada. Mas como fica muito pequena na
recurso View / MIDI Mi-
croscope.
VIEW/MIDI
MICROSCOPE
(VISUALIZADOR DO
MICROSCÓPIO DE
MIDI)
tela, o cursor não atinge a nota facilmente. Por forma de visualizar e editar as barras represen-
isso, costumamos trabalhar com um zoom am- tativas das notas mudou consideravelmente. Uti-
pliado para que se torne mais fácil a seleção de lizando o microscópio é possível trabalhar visu-
uma barra ou grupo de barras com o mouse. alizando muitas oitavas e inúmeros compassos,
e, no momento de editar uma ou mais barras,
O zoom ampliado facilita a seleção e a edição das automaticamente as mesmas são ampliadas.
barras, mas, por outro lado, cria um outro pro-
blema: pouco conteúdo de notas e acordes são Para ativar o microscópio, basta clicar na aba
mostrados. Assim, é necessário ajustar o zoom a Menu/View/MIDI Microscope. Arraste o mouse
todo momento. Quando se deseja visualizar mui- por cima das barras e repare que estas são mos-
to conteúdo, diminui-se o zoom, e, para editar as tradas de forma ampliada. Logo você concluirá
barras, é necessário ampliá-lo. Este procedimen- que o microscópio é providencial para editar no-
to faz parte do processo de edição de notas de tas isoladas, mas para acordes não funciona tão
MIDI desde o momento em que foi implementado bem. Por isso é mais utilizado em edição de notas
o Piano Roll nos sequenciadores. No Sonar, esta de bateria e de baixo. Para editar execução de
técnica engloba o uso das teclas Ctrl + seta para acordes, a técnica antiga ainda é mais utilizada.
a esquerda e direita (para modificar o zoom no
sentido horizontal) e Crtl + seta para cima e para Por padrão, o microscópio só fica ativo com zoom
baixo (para modificar no vertical). horizontal e vertical muito reduzido. Se você de-
sejar que ele atue em um nível diferente do pa-
Com a implementação do MIDI Microscope, a drão, é necessário editar o arquivo Cakewalk.ini.
Os parâmetros a serem acres-
centados ou modificados sob o
item [WinCake] são: Microsco-
peHZoomThreshold=<1..20>
e MicroscopeHZoomMax=<2.0
– 8.0>.
Luciano Alves é tecladista, compositor e autor do livro Fazendo Música no Computador. Fundou, em 2003, a escola de música e
tecnologia CTMLA – Centro de Tecnologia Musical Luciano Alves (www.ctmla.com.br), que dispõe de seis salas de aula e um estúdio.
Divulgação
BMFL (sigla em inglês para Bright Multi- como proprietários de empresas locadoras e
-Functional Luminaire) foi lançada através gerentes de projeto.
de uma transmissão de vídeo ao vivo para
todo o mundo, em três fusos horários dife- Assistido por mais de 11 mil pessoas, o
rentes. De acordo com a companhia, trata- evento de lançamento mostrou o CEO da
-se de um equipamento único, com uma Robe, Josef Valchar, apresentando o BMFL
série de recursos inovadores, “projetado 1700W. “Eu acho que é o melhor apare-
para uma verdadeira mudança no jogo da lho que já fizemos”, resumiu o executivo
indústria de moving lights”. a certa altura de sua fala. Como parte de
uma grande estratégia de divulgação, a
O BMFL é bastante brilhante, leve para a Robe anunciou que o produto rodará o
sua intensidade e oferece grande versatili- planeta numa tour mundial.
dade. O aparelho é o resultado de três anos
de desenvolvimento e pesquisas, numa es- www.robe.cz
treita comunicação com alguns dos princi- www.tacciluminacao.com.br
Divulgação
K e alto Índice de Reprodução de Cor (IRC de 95). mente silencioso em operação e já
inclui o Barn Door, bem como um
Com 60 W de potência, o dispositivo entrega um fluxo quadro de gel colorido tamanho pa-
luminoso de 3000 lm e rendimento equivalente à uma drão (9,5 cm/3.75) para proporcio-
lâmpada halógena de 250 W. Além disso, o Kreios SL nar efeitos de iluminação ao usuário.
proporciona flexibilidade na instalação, devido à com-
pacta fonte de alimentação e várias possibilidades de www.osram.com.br
conexão ao suporte de fixação. www.gobos.com.br
www.kupogrip.com
www.gobos.com.br
64 | áudio música e tecnologia
áudio música e tecnologia | 65
em fo c o
Reprodução
revelar novos talentos. O único pré-requisito é que o partici-
pante esteja matriculado em qualquer curso de graduação, em
qualquer semestre, área de atuação, estado ou mesmo país
Alta
Divulgação
Voltagem
Páprica Fotografia
ving lights Beam LED 140, da Holle, além de 84 mó-
dulos de LED P06mm SMD Black Beauty, da LEDCom.
Páprica Fotografia
unidades, os movings DTS são usados para preencher
e iluminar diversos espaços do ambiente e, claro, para
produzir movimentos de luz, “graças à sua velocidade e
sua boa resposta aos comandos”, diz o iluminador.
Páprica Fotografia
como as abstratas, que servem a diversas ce-
nas do espetáculo, e os vídeos registrados com
câmeras digitais, para cenas específicas”, conta.
Páprica Fotografia
tem aquela estética brega, cafona, e
para valorizar isso, a apresentado-
ra “dialoga” com os painéis de LED,
que recebem imagens como as de
uma bomba e de um telefone.
Juliano conta, ainda, que a última cena da peça – grande variação operacional. Para o iluminador,
na qual Paulo Gustavo interpreta uma moradora de trata-se de outro show.
uma comunidade carente que sonha em, um dia,
ser rainha de bateria de uma escola de samba – é, “Começamos com a iluminação do balé, na qual
assim como a cena de abertura, um momento de utilizo, exclusivamente, os Holle. Depois, quan-
do abrimos as cortinas, os painéis de LED exibem balcão de boteco, dão o clima ao ambiente, que
imagens noturnas de uma favela, que, juntamente recebe massas de luzes paradas. E, por fim, na
ao cenário, formado por um varal de roupas e um despedida de Paulo, quando ele sai de cena em
direção à coxia, entramos com um vídeo
do apresentador André Marques, como se
Páprica Fotografia
Marcelo MC: Olha, se fosse enumerar os espetá- L&C: dentre os equipamentos locados para
culos que já fizemos, precisaríamos de muitas pá- a temporada de 220 Volts, os Beam LEd
ginas de revista. Desses 15 anos, os últimos oito 140, da Holle, marca distribuída pela Lerche,
foram dedicados, em parte, ao teatro. Atualmen- são uma novidade até mesmo para Juliano,
te, temos 220 Volts, Cazuza, O Musical, enfim, iluminador da peça. Qual é a sua opinião so-
Tem bastante coisa rolando. bre o equipamento?
L&C: Alguns dos equipamentos usados nessa Marcelo: Há três anos tenho uma parceria com
produção são à base de LEd. O seu investi- a Lerche, que nos atende muito bem e distribui
mento nessa linha de produtos se dá em ra- equipamentos de muita qualidade. E os Beam
zão do movimento do mercado? LED são alguns destes equipamentos. Com uma
grande luminosidade, semelhante a dos Sharpy,
Marcelo: Também. Aqui na empresa, a gente se nos oferece ainda uma grande economia no
preocupa muito com a segurança dos projetos. consumo de energia. Além disso, tem zero recall.
Numa peça de teatro, por exemplo, usa-se muito E se tivesse recall, em se tratando da Lerche, fica-
tecido, papel, ou seja, muito material que pega ria tranquilo, pois a empresa se programou para,
fogo com facilidade, então, se você trabalha com além da pronta-entrega, repor os itens.
SET Expo
2014
Entre 24 e 27 de agosto de 2013, o Pavilhão Azul do A cerimônia oficial de abertura, que aconteceu na ma-
Expo Center Norte, em São Paulo, foi palco da primeira nhã do dia 25, contou com a presença do ministro das
edição da SET Expo 2014, maior evento de negócios e Comunicações Paulo Bernardo Silva e do presidente da
tecnologia de radiodifusão e novas mídias da América SET Olímpio José Franco. Conforme havia sido prome-
Latina. Promovido pela Sociedade Brasileira de Enge- tido, o ministro, durante o evento, assinou o termo de
nharia de Televisão (SET), o encontro, além de receber adaptação de outorga das primeiras rádios que migra-
uma feira de equipamentos e serviços com novidades ram do sistema AM para o FM, tendo sido autorizadas
nacionais e internacionais do mercado de broadcas- oito rádios do Rio Grande do Norte, que passarão a
ting, também abrigou o 25º Congresso Anual da SET, operar na faixa FM, de 88 a 108 MHz. Já Olímpio José
que contou com um total de 44 palestras. Franco destacou o desafio que foi organizar a feira da
Canon EOS C500 e Fabrízio Reis: câmera Rickel Fittipaldi ao lado de modelo
digital de cinema 4K disponível em da linha TV da Leyard – ao fundo, um
formatos Canon EF ou PL gigantesco painel da linha NV
MESAS, SISTEMAS E
UNIDADE MÓVEL
Max Noach e a mesa SSL C10 HD Plus,
No espaço destinado à Libor, o especialista técnico com 160 canais de processamento
Carlos Latorre apresentou o console Studer Vista X,
lançamento na área de mixagem para aplicações de dade, a SSL apresentou o console C10 HD Plus, com
broadcast. Segundo Latorre, é uma mesa revolucio- 160 canais de processamento, o que, segundo ele, “é
nária por não ter um ponto de falha em nenhuma muito para uma mesa tão compacta, que colocamos
das partes de sua superfície e nem do processamen- em unidades móveis para fazer transmissões de noti-
to do core. “Ela trabalha com 400 ou 800 canais, ciários, eventos esportivos e shows”, enfatizou, lem-
sendo que você consegue até 5 mil busses ao inter- brando que uma das UMs equipadas com uma mesa
ligar os cores entre si”, afirma. “Sendo que agora, SSL estava a 20 metros dali: a Mix2Go, de proprie-
com a nova placa que conecta no processamento dade de Beto Neves, Daniel Reis e Eduardo Ayrosa.
do core, você consegue ter até 384 canais em um
único frame. No estande da distribuidora e locadora
Teleponto, o diretor técnico Antonio Pereira mostrou
dois modelos de sistemas de narração da Glensound
recentemente utilizados no país durante a Copa do
Mundo, ao passo que também destacou a presença
do headphones Beyerdynamic. “Um fato bacana é
você poder trabalhar em Dante, integrando tudo aos
sistemas de matrizes de comunicação”, observou.
No caminhão da Mix2Go, o próprio Beto Neves nos nos de um ano, para o mercado de broadcast, e está
recebeu e falou um pouco sobre a unidade, que é a sendo legal. A feira está bacana, com muitos lança-
primeira na América Latina a contar com um console mentos e empresas de nível internacional. Estamos
SSL Live L500. “Aqui estamos com uma configuração muito felizes por estarmos aqui”, concluiu.
de 128 inputs e 128 outputs, com tudo trafegado
através de fibra óptica militar. Temos monitoração e Emerson Jordão, gerente de contas da Avid Audio,
mixagem estéreo e 5.1 em tempo real, duas máqui- do espaço reservado à sua empresa no estande da
nas de gravação Apple Custom totalmente sólidas, CIS, apresentou duas soluções de áudio para emis-
geradores de timecode, de sincronia e clock, além soras de TV, produtoras e clientes de som em geral.
de um switch de vídeo de oito câmeras em HD para “Para gravação e mixagem de som ao vivo temos o
receber um multiview e um PGM para a gravação nosso sistema portátil e modular S3L. É um siste-
de DVDs e transmissões”, listou Beto. “Estamos aqui ma de som ao vivo, mas nele você também pode
apresentando nosso trabalho, que começou há me- gravar facilmente usando o Pro Tools que acompa-
nha a solução. Pode-se gravar até 64 tracks usan- Na Lumatek, o supervisor de vendas José A. Garcia
do apenas um cabo de rede conectado ao seu Mac destacou a troca de luzes frias por painéis LED, e
Book. Para emissoras de TV, reality shows, unidades apontou para o alto do estande para mostrar alguns
móveis, bandas mesmo, é algo muito interessante”, exemplos. Mais abaixo, exaltou, entre outros itens,
destacou Emerson, acrescentando que em setembro fresneis de LED da Dexel Lighting de 120, 200 e 250
sairia a versão 4.5, que permite ao usuário compar- W. “Também trabalhamos com outras marcas muito
tilhar o stage box com duas ou três mesas e com- prestigiadas, com a Mole-Richardson, que abastece
partilhar o ganho desse stage. os estúdios de Hollywood. A fábrica é em Los Ange-
les”, disse o Sr. Garcia, enquanto verificávamos um
Ainda no estande da CIS, Emerson nos conduziu à Daylite Par 1.2 K, da referida marca.
De volta ao estande da Eurobrás, Jeff Berg, ge- bem simples de configurar. Você tem dentro dele,
rente de vendas em Pró-Áudio da Sennheiser & incorporado, um analisador de frequência. Sele-
Neumann, falou conosco sobre o Sennheiser Di- cionando ‘Frequency Scan’ ele escaneia o meu
gital 9000 Wireless Microphone System. Berg ambiente. E você escolhe o range do seu recei-
destaca que se trata de um sistema 100% sem ver. Depois de concluir minha análise aqui, vi que
compressão de áudio, sem intermodulação e por no B1 tenho 19 canais livres, no B2 eu tenho 16,
meio do qual você consegue, num espaço muito no B3 eu tenho 21 e no B4 eu tenho 33. Então eu
pequeno, como 24 MHz, colocar até 40 canais de consigo colocar no B4 33 canais, 33 microfones
áudio. “Isso é o primordial. Você não precisa fi- funcionando simultaneamente”, conclui, enfati-
car quebrando a cabeça para achar frequência. E zando o grande número. •
PALESTRAS E PREMIADOS
Alguns dos temas que mais atraíram a atenção do a seguir, a lista dos vitoriosos:
público nas palestras do congresso foram Migração
AM: implantação, faixa estendida; Broadcasters: os Categoria 1: Soluções para Transmissão em ISDB-T
desafios do futuro; Como criar sua start up no mer- Vencedor: Hitachi Kokusai Linear Equipamentos Ele-
cado de TV; Recepção da TV digital; APP.segunda trônicos S/A.
tela; e Mercado de vídeos online; Switch off ana- Produto: Shelter Outdoor para Retransmissão ISDB-T
lógico: como operacionalizar o desligamento. Além
Categoria 2: Projeto de interatividade para televisão
disso, pesquisas realizadas por acadêmicos, cien-
Vencedor: Empresa Brasil de Comunicação
tistas e broadcasters também tiveram espaço na
Produto: Projeto BRASIL 4D – Distrito Federal
programação. A própria experiência da NHK com a
tecnologia 8K foi um dos pontos altos do congresso.
Categoria 3: Projeto de mobilidade para conteúdo
audiovisual
E como já é tradição no congresso promovido
Vencedor: ACERP – Associação de Comunicação
pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Tele-
Educativa Roquette Pinto
visão, foram anunciados os profissionais e proje- Produto: TV INES
tos escolhidos como os melhores do ano. Confira,
Categoria 4: Produto inovador
para produção e pós-produção
de conteúdo audiovisual
Vencedor: Sony Electronics
Produto: Integração Completa
em 4K
Figura 1
Neste tutorial iremos explorar uma edição que já Agora, vamos lá. Se você quer ver todo o con-
está pronta e veremos como colocar uma marca teúdo editado, que está ampliado ou reduzido,
d’água diretamente no Final Cut Pro X. basta utilizar o atalho shift + Z. Com essas
duas teclas sendo pressionadas juntas você
Para isto, montamos um pequeno trecho de uma verá todo o conteúdo que estava compactado
edição na timeline (figuras 1 e 2). (figuras 3 e 4) ou ampliado apenas no que diz
respeito a visualização. Isso te
ajudará para o próximo passo,
que é selecionar todo o conteúdo
(figura 4.1).
Figura 2
Figura 4
Figura 4.1
versível a qualquer momento e ajuda muito a manter a
organização e a criar alguns recursos que só serão possí-
veis se forem feitos com Compound Clip.
Figura 7
clipe. Repare que ao abri-lo (figura 8), será ini- novamente selecionar o clipe, só que agora é
ciado em uma nova timeline. Para voltar à sua um compound clip. Selecione com Command +
timeline normal, basta clicar nas setas e navegar A, e após selecionar, clique no teclado apenas
por ali (figura 9). com a tecla X. Repare que ele marcou o clipe
(figura 10), ou seja, a tecla X seleciona um
Agora que já sabemos navegar com o com- clipe inteiro. Isso funciona para o clipe em que
pound clip, vamos para a próxima etapa na estiverem posicionados em cima o play ou a
colocação da marca d’água. Para isso, vamos barra play.
Figura 8
Figura 11
Figura 12 Figura 13
Envie suas sugestões e dúvidas para ricardo@studiomotion.com.br. Seu e-mail poderá ser publicado na
revista.
94 | áudio música e tecnologia Até o mês que vem, com mais um caderno Luz & Cena!
INDÍCE DE ANUNCIANTES
Gigplace 59 www.gigplace.com.br
- Tom-toms com gate reverb - Muita gente usou isso nos anos Até mês que vem !
Enrico De Paoli é engenheiro de música premiado com Grammys. Créditos vão de Djavan a Ray Charles. Ministra os treinamentos
Mix Secrets. Visite www.EnricoDePaoli.com.