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Apresentação
A compostagem é um processo na-
tural de decomposição da matéria
orgânica por micro-organismos em condições
ção e Engajamento, Mitigação de Riscos e Ne-
gócios Sustentáveis e está presente em todos
os biomas brasileiros, com projetos em sete
bem definidas. Matérias primas tais como re- bacias hidrográficas e cinco cidades. Estas cin-
síduos de cultivos, resíduos animais, restos ali- co cidades piloto - Belo Horizonte (MG), Caxias
mentares e os resíduos industriais apropriados do Sul (RS), Natal (RN), Pirenópolis (GO) e Rio
podem ser utilizadas para serem compostadas Branco (AC) foram selecionadas de forma a
e em seguida, serem aplicadas ao solo como contemplar as cinco regiões geográficas do
adubos naturais. país, e contemplar diferentes portes, para que
O tema “compostagem” tem crescen- as ações sejam replicadas em outros municí-
temente ocupado a atenção dos que vivem pios brasileiros.
nas cidades brasileiras e dos responsáveis por O Água Brasil vem tendo um papel fun-
sua gestão. Isto é decorrência das pressões damental no apoio a estas prefeituras munici-
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1Introdução
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
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rgânicos
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Resíduos O
TOTAL
51% DO rbanos
s Sólidos U
De Resíduo
OS
COLETAD
diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos, Clima (PNMC) definiu metas para a recupera- belecidos pela Lei 12.305 é a ordem de priori- partilhada pelo ciclo de vida dos produtos deve
por meio da Política Nacional de Resíduos Só- ção do metano em instalações de tratamento dade para a gestão dos resíduos, que deixa de estar presente no planejamento das ações e
lidos (Lei nº 12.305/2010), e para a prestação de resíduos urbanos e para ampliação da re- ser voluntária e passa a ser obrigatória: não nos planos municipais é exigido, clara e espe-
dos serviços públicos de limpeza urbana e ma- ciclagem de resíduos sólidos. Coerentemente, geração, redução, reutilização, reciclagem, cificamente dos titulares dos serviços públicos
nejo de resíduos por meio da Lei Federal de a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tratamento dos resíduos sólidos e disposição de limpeza urbana e de manejo de resíduos
Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007). O definiu entre os seus objetivos a adoção, o de- final ambientalmente adequada apenas dos sólidos: i) estabelecer sistema de coleta sele-
Brasil conta também, desde 2005, com a Lei senvolvimento e o aprimoramento de tecnolo- rejeitos – os resíduos para os quais não exis- tiva, e; ii) implantar sistema de compostagem
de Consórcios Públicos (Lei nº 11.107/2005) gias limpas como forma de minimizar impactos tam processos viáveis dos pontos de vista tec- para resíduos sólidos orgânicos e articular com
que permite estabilizar relações de cooperação ambientais – tais como a compostagem. nológico e econômico. os agentes econômicos e sociais formas de uti-
federativa para a prestação desses serviços. O principal documento legal referente à Pela Política Nacional de Resíduos Só- lização do composto produzido (Art.36). Não
Especificamente sobre a relação entre gestão dos resíduos é a Lei 12.305, da Política lidos (PNRS) as coletas seletivas deverão ser poderia ser de outra forma, se na média bra-
resíduos e mudanças climáticas estão defini- Nacional de Resíduos Sólidos. Ela estabelece implementadas mediante a separação prévia sileira os resíduos úmidos superam 51% em
das, na Política Nacional sobre Mudança do princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes dos resíduos sólidos nos locais onde são gera- massa do total dos resíduos sólidos urbanos
Clima (Lei nº 12.187/2009), as diretrizes e ob- para a gestão integrada e gerenciamento dos dos, quaisquer que sejam seus tipos - úmidos, coletados.
Mudanças do Clima
jetivos que devem ser perseguidos. resíduos sólidos, indicando as responsabilidades secos, industriais, da saúde, da construção As ações para mitigação das emissões
Em alguns países, 20% da geração an- dos geradores, do poder público, e dos consu- civil etc. A implantação do sistema de coleta de gases são extremamente necessárias para
tropogênica do gás metano (CH4) é oriunda midores. Define também princípios importantes seletiva, responsabilidade compartilhada en- a minimização dos impactos no clima, que já
dos resíduos humanos. O metano, gás de efei- como o da prevenção e precaução, do poluidor tre todos os agentes, é instrumento essencial são claramente observados. Os municípios,
to estufa, é um gás com potencial de aque- -pagador, da ecoeficiência, da responsabilidade para a recuperação e valorização dos resíduos, desta forma, compartilharão com a União os
cimento global 21 vezes maior que o do gás compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, de qualquer tipo e origem. esforços para a efetivação dos compromissos
carbônico (CO2) e é emitido em grande escala do reconhecimento do resíduo como bem eco- A exigência do preparo de planos está internacionais já assumidos para redução das
durante o processo de degradação e aterra- nômico e de valor social, do direito à informa- presente em toda esta nova legislação. Na emissões nacionais.
mento de rejeitos e resíduos orgânicos. A alta ção e ao controle social, entre outros. PNRS são exigidos o Plano Nacional de Resídu- Entre estas ações deverão estar as re-
geração do biogás nos aterros - uma mistura Um dos objetivos fundamentais esta- os Sólidos, os Planos Estaduais, os Municipais lacionadas à compostagem (reduzindo-se a
de gases provenientes de material orgânico, e os Planos de Gerenciamento de Resíduos emissão de metano em aterros), mas também
que tem como principal componente o metano NÃO
Sólidos de alguns geradores específicos. Para aquelas que buscam redução do transporte de
REUTILIZAÇÃO TRATAMENTO
– ocorre normalmente durante um período em GERAÇÃO estados e municípios a ausência do planeja- resíduos em geral (reduzindo-se a emissão de
torno de 15 anos, podendo durar até 50 anos. mento veda o acesso aos recursos federais. CO2 pela queima de combustíveis), para a qual
DISPOSIÇÃO
O Plano Nacional sobre Mudanças do REDUÇÃO RECICLAGEM FINAL O princípio da responsabilidade com- colaborarão intensamente as ações de reten-
ADEQUADA
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2
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Panorama
ção de resíduos na fonte geradora, com uso de Panorama geral dos tagem; os 98,4% restante estão gerando im- também concentradas nas regiões sul e sudes-
composteiras locais. sistemas de compostagem pactos em lixões e em aterros sanitários. te (BELTRAME, 2014).
Mas estas iniciativas dificilmente têm no Brasil Há uma notável concentração das ini-
Análise pela
O
sucesso e se estabilizam se não são equacio- cenário atual e o histórico recente ciativas públicas na região sul e sudeste do
nadas as condições de gestão dos processos. país, com 200 das 211 instalações detectadas capacidade produtiva
dos esforços pela implantação de
Esta é uma fragilidade histórica dos municí- iniciativas de compostagem não são condizen- em 2008 (destas 78 em Minas Gerais e 66 no Sistematicamente as instalações públi-
pios, à qual toda a nova legislação deu aten- tes com a dimensão do desafio que é promo- Rio Grande do Sul). A Associação Brasileira das cas são de pequeno porte, processando parcela
ção significativa, avançando-se até a formula- ver a destinação adequada de 29 milhões de Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal pouco significativa dos resíduos urbanos gera-
ção da Lei Federal de Consórcios Públicos (Lei toneladas anuais de resíduos orgânicos. (Abisolo) aponta a existência atual de 189 dos, o que reflete uma descrença com a possi-
nº 11.107/2005). Por esta lei, os municípios empresas produzindo fertilizantes orgânicos, bilidade de sucesso neste tipo de tratamento.
As novas políticas públicas vêm impon-
pequenos quando associados, de preferência do melhorias, tal como a redução do volume
com os de maior porte, podem superar as fra- de resíduos dispostos inadequadamente, de- Figura 1: Presença das instalações públicas (PNSB, 2008) e privadas (Abisolo, 2015) nas UF.
gilidades da gestão, racionalizar e ampliar a tectáveis nas Pesquisas Nacionais de Sanea-
escala no tratamento dos resíduos sólidos, e mento Básico (PNSB) conduzidas pelo Institu-
ter um órgão preparado para administrar os to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
serviços planejados. Assim, consórcios que Entre a PNSB de 2000 e a de 2008 este volume
integrem diversos municípios, com equipes reduziu-se de 58 para 39%, e atualmente é
AM 1 PA 2 CE
técnicas capacitadas e permanentes serão os certamente menor. 1
PE 1 PE 1
gestores das instalações necessárias. AL 1
A alteração vem também ocorrendo no
A formação de consórcios públicos, número de instalações de compostagem em BA 1
MT 2 MT 2 BA 1
que vem sendo estimulada pelo Governo Fe- operação no país. As PNSB de 1989, 2000 e DF 1 DF 1
deral e por muitos dos Estados, ampliará a 2008 detectaram respectivamente 80, 140 e MG 78
GO 1
MG 7
possibilidade de superação da fragilidade de 211 instalações públicas - número muito aquém ES 2
SP 18 SP 38
gestão dos municípios, muito patente quando do necessário para a destinação de fração tão RJ 12 PR 12
PR 10
se analisa o histórico dos esforços pela com- importante dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Instalações Instalações
Públicas SC 16 Privadas
postagem no Brasil, e permitirá que aconteça dos 5.570 municípios. Conforme estimativa do RS 66 RS 4
o necessário salto de qualidade na gestão dos IPEA (INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA (PNSB, 2008) (Abisolo, 2015)
serviços públicos, em prol do desenvolvimento APLICADA, 2012), apenas 1,6% dos resíduos
sustentável do país. orgânicos é levado ao tratamento por compos-
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%
ApenSÍDaUsOS1OR,G6ÂNICOS
DOS RE
TA DOS POR
SÃO TRA
agem
CompoSsStO PAÍS
EM NO
muns, a céu aberto, com reviramento mecânico provavelmente ditou a pequena oferta de dis-
continuado. Há exemplos de instalações ope- positivos de compostagem no mercado nacio-
rando com aeração forçada e exemplo de ins- nal.
talação inovando na forma de apresentação do Exceção nesta situação é a iniciativa da
produto, produzindo fertilizante organo mineral administração de São Paulo que, após traçar no
na forma de peletes que ampliam o tempo de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sóli-
disponibilização dos nutrientes para as culturas dos (PGIRS) a meta de retenção dos orgânicos
(Uberlândia/MG). gerados em 30% dos domicílios, em 20 anos,
iniciou programa com distribuição gratuita de
Análise pelo composteiras (duas mil iniciais) que resultará
tempo de existência em significativa redução dos custos de mane-
jo desta fração importante dos resíduos (SÃO Figura 6:
A história de fracassos é recorrente, Figura 5: Usina Belo Horizonte/MG (SLU, 1996) e
PAULO, 2014). Unidades de pequeno porte em Tibagi/PR e
em todos os estados brasileiros, mas há alguns Usina Porto Alegre/RS (DMLU, 2000). Biturana/PR.
exemplos de instalações que resistiram ao tem-
po - a de Brasília, operando desde 1963, a de Análise pela
Belo Horizonte operando desde 1996, a de Por- forma de gestão adotada
to Alegre operando desde 2000. Entre as instalações públicas que podem
No panorama nacional pode ser ressal- ser consideradas significativas, ocorre a gestão
tada a ausência de iniciativas públicas para a direta por prefeituras (Tibagi e Biturana, am-
retenção dos resíduos orgânicos junto às fon- bas no Paraná), por órgãos locais estruturados
tes geradoras. Não tem havido iniciativas além para o gerenciamento de resíduos (SLU de Belo
da defesa genérica, em vários municípios, das Horizonte, DMLU de Porto Alegre e Comcap de
vantagens da compostagem doméstica, o que Florianópolis), por Consórcio Público (Cigres, no
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Rio Grande do Sul) e por convênio com asso- Convivendo com alguns bons exemplos
ciação local de recicladores (Sauípe/BA, Santa de gestão eficiente, há um quadro significativo
Cecília do Sul/RS e Florianópolis/SC). de fracassos nas iniciativas por todo o país, com
Algumas das experiências públicas sig- perda de investimentos realizados. Os bons
nificativas devem parte de sua estabilidade à exemplos provêm de prefeituras compromissa-
sua integração com outras atividades de mane- das, de órgãos locais bem estruturados e, novi-
jo como a triagem de resíduos secos e o aterra- dade, da presença de consórcio público gestor
mento local de rejeitos. do processo. E há exemplo de gestão eficaz
É o caso de Rio Branco, no Acre, com promovida por associação local de recicladores
a compostagem inserida em uma Unidade de envolvida no processo. Conclui-se que consti-
Tratamento de Resíduos, de Catas Altas em Mi- tuir atualmente uma iniciativa significativa no
nas Gerais, operando ao lado do complexo de território nacional decorreu antes do mais, da
Figura 7:
valas que recebe os rejeitos locais, de Tibagi e Unidades integradas em Rio Branco/AC e presença local de solução de gestão que permi-
Biturana, no Paraná (Figura 6). Catas Altas/MG. tiu a eficácia e a sobrevivência do investimento,
independente da tecnologia utilizada.
A hipótese que pode ser lançada é que
perseguindo-se e privilegiando-se uma solução
estável de gestão, a opção por técnicas menos
complicadas de processamento dos resíduos
orgânicos possibilitará uma ampliação do grau
de sucesso destas iniciativas - este é o intuito
deste Guia de Orientação.
Figura 8:
Unidades abandonadas por incapacidade de gestão
(RIO GRANDE DO NORTE, 2012).
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3 Legislação
Legislação, normas e
programas brasileiros
relacionados ao tema
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4 Princípios
presença de oxigênio) e demais parâmetros, entre Carbono e Nitrogênio, e granulometria de água arrasta outros compostos como NH3 e
desenvolvido em duas etapas distintas: uma (textura) transformam os resíduos degradá- SO4).
Princípios básicos da de degradação ativa e outra de maturação. A veis em um produto “estável” e higienizado, Calor
etapa de maturação é definida como o proces- aplicável ao solo como fertilizante ou substrato
compostagem Água CO2
so bioquímico de humificação (conversão do (YU; CLARK; LEONARD, 2008). Matéria Orgânica Matéria Orgânica
4.1. Definição de compostagem resíduo em húmus – componente orgânico do 4.2. O processo da compostagem Minerais Minerais
solo, de coloração marrom-escura). Água Água
A Política Nacional de Resíduos Sóli- A partir de uma quantidade adequa- Microorganismo COMPOSTAGEM Microorganismo
dos desde 2010 definiu entre seus objetivos a O mesmo documento define o produ- da de resíduos orgânicos, estarão presentes
adoção, desenvolvimento e aprimoramento de to final da compostagem como “composto”, a matéria orgânica, minerais e micro-organis-
Ar
tecnologias limpas como forma de minimizar um termo genérico usado para designação do mos para que nas condições de aeração e umi-
produto maturado (bioestabilizado, curado ou Matéria Orgânica Mesclada
impactos ambientais. Estabeleceu como res- dade apropriadas, se produzam as reações de
Figura 9: Processo de compostagem
ponsabilidade dos titulares dos serviços públi- estabilizado), proveniente da biodigestão da decomposição. (TRAUTMANN; KRASNY, 1997)
cos de limpeza urbana e de manejo de resídu- fração orgânica biodegradável. Reserva, no
Na pilha de resíduos, os diferentes gru-
os sólidos a implantação de sistema de coleta entanto, para os produtos da compostagem
pos de micro-organismos começam a trabalhar Durante o processo, como consequên-
seletiva (válida também para os orgânicos) e que atendem à legislação vigente (do Ministé-
rompendo as moléculas das mais simples às cia da oxidação do carbono sendo transforma-
de sistema de compostagem, articulando com rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
mais complexas, transformando-as em com- do em CO2, se produz energia em forma de
os agentes econômicos e sociais formas de uti- o termo “composto orgânico” ou “fertilizante
posto. Trata-se de um processo natural, assim calor. Este calor é mantido na massa de resí-
lização do composto produzido. orgânico composto”.
como em uma mata as folhas secas se con- duos em transformação, aquecendo o material
A compostagem, juntamente com a Pela norma brasileira os processos vertem em húmus. O homem, pela composta- a temperaturas que podem alcançar 75°C nas
vermicompostagem (minhocultura) e a biodi- são classificados em “compostagem natural”, gem, somente trata de propiciar as condições áreas interiores da pilha de compostagem; a
gestão, se constitui em uma das alternativas método de compostagem que utiliza exclusi- adequadas para acelerar um processo que vai temperatura varia em função da dimensão da
para aproveitamento de resíduos orgânicos. vamente aeração natural, ou “compostagem gerar um produto de cor escura, de consistên-
pilha e do tipo de resíduo.
A norma técnica brasileira NBR 13591 (ASSO- acelerada”, método de compostagem que utili- cia leve e cheiro de terra, sem nenhuma simi-
za equipamentos eletro-mecânicos, objetivan- laridade com os materiais que o originaram. 4.3. Etapas da compostagem
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
1996) define a compostagem como o processo do acelerar o início do processo biológico, com Preparação
Em termos de fluxo de materiais, com
de decomposição biológica da fração orgâni- a manutenção de um ambiente controlado. Os resíduos orgânicos excedentes dos alimen-
100kg de resíduos orgânicos se obtém entre
ca biodegradável dos resíduos, efetuado por São, de qualquer forma, processos que 30 e 40kg de composto, menos da metade do tos durante sua preparação: cascas de frutas,
uma população diversificada de organismos, pela ação de micro-organismos em condições material inicial; o resto se transforma princi- verduras, assim como as sobras sólidas de ali-
em condições controladas de aerobiose (com controladas de aeração, umidade, relação palmente em CO2 e vapor de água (o vapor mentos já preparados, de todo tipo de carnes
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e outros, são separados e armazenados em cm (como um bagaço de laranja). Em geral, hemiceluloses. Esta fase dura de 12 a 16 dias, Refinamento
recipientes com tampa (estes resíduos nor- não há necessidade de picar os resíduos, salvo quando a temperatura começa a se reduzir. Se realiza com um peneiramento para
malmente são muito úmidos, com umidade na alguns de grande tamanho como a parte su- Decomposição Mesófila de homogeinizar e melhorar o tamanho de partí-
faixa entre 75 e 85%). Folhas de podas do jar- perior do abacaxi, cascas de melancia ou ma- Esfriamento culas do composto (sua granulometria), para
dim, flores e caules picados, também podem mões inteiros etc. regular a umidade a valores menores que 40%
Com a temperatura se reduzindo para
ser separados e armazenados. Estes resíduos, As fases a seguir correspondem ao de- e remover o resíduo não compostado ou impu-
menos que 40 ou 45°C reaparecem os fungos
antes que se inicie a compostagem, devem ser senvolvimento sucessivo de diferentes comu- rezas. Neste momento, quando necessário,
termófilos, que reinvadem a parte superior do
preparados para se controlar sua umidade (o nidades microbianas, essencialmente bacté- coletam-se amostras para análise de laborató-
resíduo (cobertura) e conseguem decompor
A umidade, que deve ser estabelecida em dois a três dias, e se produzem ácidos or- 15 dias de processo, que pode (10-40ºC)
60
(< 40ºC) (10-40ºC)
TEMPERATURA (ºC)
40°C e sobe até alcançar 60° a 65°C. Micro-or-
seco, ou uma mescla destes vários materiais. produzem reações secundárias
ganismos, chamados termófilos, transformam
A mistura, de extrema importância para a es- de condensação e polimerização 30
o nitrogênio (N) em amoníaco (NH3), alteran-
tabilidade do processo, deve ser feita na pro- do o pH para alcalino. Entre os 60° e 65°C, es- do húmus; o consumo de oxigê-
porção de 2 ou 3 volumes de alimentos, por tes fungos termófilos desaparecem e surgem nio diminui e a fitotoxidade do 20
um volume dos materiais indicados. os esporos bacterianos e os actinomicetos, composto deve estar controlada; Consumo
10
O tamanho das partes dos resíduos a que tem capacidade para decompor substân- a relação C/N baixa a valores en- dosacelerado
açucares
Quebra de proteínas, gorduras,
hemicelulose e celulose
Longa e lenta degradação da lignina e de outros
compostos de alta resistência; formação de
serem compostados pode estar entre 1 a 10 cias orgânicas como as ceras, as proteínas e as tre 15 e 20. e amidos
solúveis
mistura orgânica resistente chamada húmus
3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33
TEMPO (dias)
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Quanto maior é a quantidade de resí- e) manter uma temperatura adequada Figura 11: redução ou eliminação do revolvimen-
Importância do
duos que se composta, maior é a energia libe- (maior ou igual a 55°C). material to do material;
rada, favorecendo o aumento da temperatura. estruturante b) com reviramento manual: no caso
A mistura homogênea de diferentes ti- (TRAUTMANN;
Este ponto do processo é muito importante de se fazer leiras ou pilhas pequenas
pos de resíduos orgânicos equilibra a umidade KRASNY, 1997)
para que as altas temperaturas alcançadas hi- (comumente com 1,5m de altura e
do conjunto – os restos de cozinha, folhas e
gienizem o material (quando acima de 55°C), 2,5m de largura) se pode realizar revi-
outros materiais úmidos, devem ser mistura-
ou seja, sejam destruídos os patógenos, pro- ramento manual da pilha a cada 2 ou
dos com ramos, arbustos e outros restos de
tozoários e sementes que possam ser prejudi- 3 dias;
poda mais secos e estruturantes, com tama-
ciais para a saúde ou para os cultivos. fluxo de ar
nhos entre 2 e 6cm, ou ainda com serragem e c) com aeração forçada: instalações
Se o processo se desenvolve correta- aparas de madeira. partículas projetadas para tratar resíduos a partir
mente, quando as moléculas se decompõem, água de 1 tonelada diária, em pilhas mais
4.4.1. Aeração
a atividade microbiana diminue e volta a bai- elevadas (em torno de 2,5m de altura),
xar a temperatura do material até atingir equi- Com a finalidade de obter uma com-
líbrio com a temperatura ambiente. postagem em boas condições e que se realize
Existem várias alternativas de aeração Figura 12: Processos de aeração na compostagem
4.4. Condições do processo de maneira eficiente e rápida, evitando mau (Acodal Noroccidente, Acodal Noroccidente,
dos resíduos em compostagem:
odor, é imprescindível assegurar a presença de Geociclo, PM Catas Altas)
Os protagonistas da compostagem são a) por convecção natural: compos-
oxigênio, necessário para a evolução do pro-
os micro-organismos e para que estes possam teiras pequenas, de poucos litros até
cesso de decomposição aeróbia. O oxigênio
trabalhar nas melhores condições deve-se: 5m3, podem ser projetadas e produzi-
deve ser suficiente para manter a atividade
a) preparar uma mistura de resíduos microbiana e em nenhum caso deve se che- das de forma que:
homogênea e porosa; gar a condições anaeróbias, já que resultariam • se proporcione entrada de ar pelo
b) fornecer matéria orgânica de com- em uma queda no rendimento e gerariam mau piso – mantendo-o elevado, e usando
posição diversificada e na relação C/N odor. um piso perfurado ou com aplicação
adequada (em torno de 30); de uma tela;
Para conseguir uma boa distribuição de
c) dispor de oxigênio suficiente (ar oxigênio em toda a massa, se faz necessária a • se permita a aeração lateral – com
com teor de oxigênio igual ou superior adição de um material de suporte (folhas, tri- perfurações ou usando tela na constru-
a 10%); turado de poda ou de madeira, sempre secos) ção das composteiras;
d) contar com um teor de umidade que proporcione a estrutura e porosidade para Desta forma o ar penetra na massa de
adequado (em torno de 60%); os resíduos compostarem. resíduos misturados e isto permite a
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podem ser aeradas por meio de uma (CO2) varia de 0,5 a 5%. Com o progresso da Outros sistemas requerem a aeração Em geral, os materiais que são verdes
bomba sopradora; a bomba deve ter atividade biológica, diminui a concentração ativa, com sopradores ou viradas da pilha. Na e úmidos tendem a ser ricos em nitrogênio,
capacidade de prover 500m3 diários de O2 e aumenta a concentração de CO2. Se Figura 13, observa-se a distribuição desigual e os que são marrons e secos são ricos em
de ar para cada tonelada de resíduo a concentração média de O2 no material for da concentração de oxigênio em uma pilha. carbono. Os materiais ricos em nitrogênio in-
misturado; menor que 5%, a decomposição do material cluem a grama, as podas de plantas e os res-
4.4.2. Relação
d) por meio de máquinas reviradoras, torna-se anaeróbia (SZTERN; MGA y PRAVIA, tos de frutas. Os materiais de cor café, tais
Carbono/Nitrogênio
especializadas neste serviço. 1999). como as folhas secas, as aparas de madeira,
Uma das primeiras tarefas para desen- serragem e o papel, são ricos em carbono.
As concentrações de oxigênio acima
No princípio da atividade dos micro-or- volver com êxito uma atividade de compos-
dos 10% são consideradas ótimas para manter Na Tabela 1 são apresentados os valo-
ganismos aeróbios, a concentração de oxigênio tagem é alcançar a correta combinação dos
a pilha de resíduos em um meio aeróbio. Al- res de carbono e nitrogênio para alguns resí-
ingredientes iniciais, especialmente a relação
(O2) nos espaços porosos é aproximadamente guns sistemas de compostagem podem man- duos sólidos orgânicos específicos e sua umi-
entre carbono e nitrogênio (C/N). A relação
de 15 a 20% (similar à composição normal do ter um nível de oxigênio adequado mediante dade típica, pelos quais pode-se ajustar uma
ideal é entre 25 e 30 por 1 e decrescerá a 15
ar) e a concentração de dióxido de carbono mecanismos passivos ou naturais de aeração. fórmula inicial. Estes valores são orientativos.
por 1 no composto final (a relação C/N dimi-
Para maior precisão, em aplicações industriais
nue 2/3 com o tempo porque parte do carbo-
Figura 13: Concentração de oxigênio em uma pilha de compostagem. onde é necessário calcular a relação C/N da
no se perde como CO2 durante o processo de
mistura a ser compostada, recomenda-se re-
compostagem). A relação entre carbono (C) e
2 alizar a caracterização dos materiais mediante
nitrogênio (N), se necessário, pode ser ajusta-
ensaios laboratoriais dos parâmetros mencio-
da com resíduos ricos em N, como o esterco
nados.
Altura (metros)
30 31
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
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Guia para a Compostagem
ainda que alguns autores indiquem que a má- ção de amoníaco pela degradação das proteí-
xima produção de CO2 se dê entre 60 e 65°C, nas (DÍAZ, 2010). Valores de pH ácido indicam
o que resultaria na máxima velocidade de com- ausência de maturação devido, geralmente, a
postagem (EPSTEIN, 1997). um tempo de compostagem muito curto ou à
4.4.5. pH ocorrência de processos anaeróbios na massa.
O pH (potencial hidrogeniônico) é um O processo de compostagem se realiza
bom indicador da forma como evoluiu o proces- dentro de uma faixa ampla de valores de pH.
so de decomposição. Na compostagem, o pH Os valores ótimos para a mistura de início estão
normalmente baixa ligeiramente durante as pri- entre 5,5 e 8,0, levando em consideração que
meiras etapas do processo (em torno de 5) de- as bactérias preferem um pH próximo do neu-
vido à formação de CO2 e ácidos orgânicos. Os tro, enquanto os fungos preferem as condições
ácidos servem como substratos para as futuras ácidas (CHIUMENTI; CHIUMENTI; DIAZ; SAVA-
populações microbianas. Posteriormente, o pH GE; EGGERTH; GOLDSTEIN, 2005).
começa a subir, e pode chegar a níveis tão altos Em resumo, as melhores condições para
quanto 8 e 9, como consequência da liberação o desenvolvimento do processo são as sinteti-
de CO2, da aeração da biomassa e da produ- zadas na tabela a seguir.
Tabela 2: Níveis aceitáveis dos fatores físico químicos para a compostagem e os valores ótimos (CHIUMENTI;
CHIUMENTI; DIAZ; SAVAGE; EGGERTH; GOLDSTEIN, 2005).
Nº Fator considerado Intervalo aceitável Valor ótimo
em geral de 1 a 5 cm e para
6 Tamanho das partículas do material (cm) 1 a 2 cm
materiais lenhosos, 1 a 2 cm
34
COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
5 Tipos
Tipos de compostagem
35
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
36 37
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Os processos em túneis e conteineres unidades conforme a necessidade. Nestes pro- tenção etc., podem ser controladas, dirigidas
são modulares e permitem ampliar a capacida- cessos, e nos baseados em reatores rotativos, e otimizadas. Isto implica numa degradação
de de tratamento, pois podem ser adicionadas é comum o uso da ventilação forçada. mais rápida e completa com mínima contami-
nação das áreas circundantes.
Esta evolução da compostagem para
sistemas fechados se manifesta também em
processos de média escala, vocacionados ao
atendimento das demandas de localidades
menores, como as soluções colombianas com
painéis padronizados que operam com aera-
ção passiva e aeração forçada, sempre sob es-
paços cobertos.
Figura 20: Processo de compostagem com
aeração mista, Earthgreen (Colômbia).
Figura 18: Sistemas de compostagem em túneis (Marseille, França) e em reatores rotativos (Maiorca, Espanha).
38 39
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
5.2. Compostagem 5.2.2. Compostagem doméstica les os resíduos, previamente mesclados, são
em pequena escala A compostagem doméstica é realizada introduzidos continuamente, conforme são ge-
no âmbito familiar, em jardins, terraços, áre- rados, até alcançar sua capacidade máxima.
5.2.1 Compostagem comunitária No recipiente pode-se encontrar resíduos fres-
as de serviço, hortas ou qualquer outro local
Pode ser considerada uma opção in- apropriado, com quantidades pequenas de re- cos, resíduos parcialmente decompostos e ma-
termediária entre a compostagem industrial e síduos e utilizando sistemas mais simples. terial completamente degradado, o qual pode
a doméstica, tanto quanto em relação ao vo- ser extraído ma-
Empreender a prática de composta-
lume de resíduos compostados (em torno de nualmente pela
gem doméstica significa uma contribuição
uma ou duas t/dia), como ao número de pes- parte inferior
importante tendo em vista a preservação do
soas envolvidas. Pode ser realizada em jardins em um procedi-
meio ambiente e traz, sem dúvida, uma satis-
ou área comum de condomínios, em espaços mento contínuo
fação pessoal, porque permite fechar o ciclo
livres em comunidades urbanas, unidades des- Figura 21: Pilhas estáticas em Florianópolis (Cepagro) de multiplicação
da matéria orgânica e colaborar com solução
portivas e recreativas, instituições educativas, e em Visconde de Mauá. das bactérias e
para um dos aspectos mais conflitivos do apro-
parques e jardins urbanos, entre outras. demais micro-
veitamento de resíduos.
Este tipo de compostagem constitui organismos de-
uma prática social interessante e educativa, 5.3 Tipos de composteiras compositores.
mas implica em certa organização de recur- para pequena escala
sos e pessoas. O composto produzido pode Para a compostagem em pequena es-
ser utilizado para a manutenção e cuidado das cala em residências e espaços comunitários
próprias zonas comunitárias. existe grande variedade de composteiras, de
Figura 22:
No Brasil, recentemente, grupos difu- fabricação artesanal ou industrializada, com os
Composteiras
sores de métodos de agricultura urbana apri- processos sendo desenvolvidos em recipientes construídas em
moraram um processo de compostagem em simples ou em dispositivos mecânicos ou auto- tela metálica
que as pilhas, estáticas, são montadas sobre máticos. (Morada da Flo-
5.3.1 Compostagem resta), madeira e
galharia ou outro material que permita e otimi- Estes sistemas, se expostos à chuva, têm al- em recipientes
ze a aeração passiva. São iniciativas bastante em recipientes simples plásticos com
guns riscos associados à falta de controle da
significativas, presentes em Florianópolis/SC e umidade, a formação de lixiviados, ao tempo Estas composteiras são feitas de plás- malhas e buracos
Visconde de Mauá/RJ, entre outras localida- tico, madeira, alvenaria ou metal, em diversos que permitam a
de biodegradação (90 a 120 dias) e presença
des. formatos. São dispositivos de baixo custo e ne- aeração passiva.
de vetores.
40 41
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Figuras 25:
“Minhocário” individual
e em bateria
(Ecoisas, Morada da Floresta)
Figuras 24: Produção de fardos digestores (Acodal, Colômbia)
42 43
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
44 45
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
6 Guia para o
aproveitamento
o st a g em em média escala:
a com p inha
Guia para o Soluções para em se desenvolvendo na viz cidade e
aproveitamento de prática que v ra que ao lado da simpli ixos.
resíduos orgânicos em onst te ba
projetos de pequena e Colômbia dem stos são significativamen
cu
média escala eficiência, os
6.1. Uma nova estratégia
46 47
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Tabela 3: Combinação de diferentes dimensões, público alvo e exigências para definir Tabela 3 (continuação): Combinação de diferentes dimensões, público alvo e exigências
programas de compostagem de resíduos orgânicos separados na fonte. para definir programas de compostagem de resíduos orgânicos separados na fonte.
N° Dimensão do
sistema de
Aplicação e
área requerida
Exigências sócio ambientais e logísticas
N° Dimensão do Aplicação e Exigências sócio ambientais e logísticas
sistema de área requerida
compostagem compostagem
Compostagem na Residência, Programas de segregação na fonte, coleta porta a porta, Compostagem Setores da cidade,
1
Programas de segregação na fonte, coleta porta a porta e
fonte (in situ) em
pequena escala
condomínio, conjunto
habitacional, bairro,
cartilhas, manuais, minicursos, aplicativos em página Web,
divulgação de perguntas e respostas frequentes, programas de
3 coletiva em média
escala,
distritos, municípios
de 10 mil até 100 mil
instituição por instituição, cartilhas, manuais, minicursos, aplicativos
em página Web, divulgação de perguntas e respostas frequentes,
escola, colégio, radio e TV, concursos, mostras e feiras cidadãs, difusão das hab. programas de radio e TV, concursos, mostras e feiras cidadãs,
universidade, centros melhores práticas. difusão das melhores práticas.
1kg a 500kg/dia de saúde, de atenção 5t a 50t/dia
ao menor e à terceira Assistência técnica para construção de composteiras com Assistência técnica para construção de sistema de
qualidade técnica. Pesquisa da disponibilidade de áreas e do Área – 1.500 a
idade, hospital, hotel, 15.000m2 compostagem com qualidade técnica. Investigação da
parque, fábrica e investimento para adequação de espaços como centro ou sala de disponibilidade de áreas e do investimento para adequação de
outras. compostagem. espaços como centro de compostagem.
Termo de compromisso de participação e uso adequado Pesquisa de percepção e da disposição em participar,
das composteiras se forem cedidas pela administração municipal segregar na fonte e entregar com disciplina ao veículo coletor. Deve
Área - 1m2 a 300m2
ser feita amostragem por tipo de usuário.
Compostagem Grupo de bairros, Programas de segregação na fonte e educação continuada,
2 coletiva na fonte comunidade,
distritos, bairros com
coleta porta a porta e instituição por instituição, cartilhas, manuais,
minicursos, aplicativos em página Web, divulgação de perguntas e 4
Compostagem
coletiva em grande
Setores da cidade,
municípios acima de
Programas de segregação na fonte, coleta porta a porta e
instituição por instituição, cartilhas, manuais, minicursos, aplicativos
(in situ), escala, 100 mil hab. em página Web, divulgação de perguntas e respostas frequentes,
dificuldade de acesso respostas frequentes, programas de radio e TV, concursos, mostras
a serviços e feiras cidadãs, difusão das melhores práticas. programas de radio e TV, concursos, mostras e feiras cidadãs,
convencionais de difusão das melhores práticas.
0,5t a 5t/dia coleta, grandes Assistência técnica para construção de sistema de 50t a 200t/dia Área – 15.000 a
compostagem com qualidade técnica. Pesquisa da disponibilidade 50.000m2 Assistência técnica para construção de sistema de
conjuntos compostagem com qualidade técnica. Investigação da
habitacionais, de áreas e do investimento para adequação de espaços como
centro de compostagem. disponibilidade de áreas e do investimento para adequação de
municípios até 10 mil espaços como centro de compostagem com operação mecanizada.
hab. Termo de compromisso de participação e uso adequado
das composteiras se forem cedidas pela administração municipal Pesquisa de percepção e da disposição em participar,
segregar na fonte e entregar com disciplina ao veículo coletor. Deve
Área - 300 a 1.500m2 ser feita amostragem por tipo de usuário.
48 49
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
:1
u ma relação 3 , zer
tes dem o n st r a m
nsporte im p o rtância de fa ando
Estudos recen convencionais (coleta, tra antes lt a d a a
Deve ser ressavas em várias escalas, so is, com
m
s lt
entre os custo os custos municipais resu cnica ti ca
conviver inicianas residências e outros loe manejo
e té
ater ramento) mposteiras e assistência os. os resultados desenvolvidas nas áreas d
co ic
da doação de retém seus resíduos or gân as práticas unicipais ou regionais.
àqueles qu e m
Soluções mais sofisticadas, em capi- de parques, jardins e áreas públicas. O uso dições gerais precisam ser estabelecidas para sala de compostagem; o local utilizado
tais e regiões metropolitanas, exigirão maior do composto orgânico resultante dificilmente se realizar o aproveitamento de resíduos orgâ- deve estar adequado, com boa drena-
investimento, mas para a compostagem em demandará mais que 5% das áreas agricultu- nicos de uma forma eficiente: gem e com fácil acesso; na pequena
média escala, objeto deste guia, a prática que ráveis do entorno consumindo-o em processos a) organizar um programa de orienta- escala, é recomendável uma superfície
vem se desenvolvendo na vizinha Colômbia produtivos. ção para a segregação de resíduos na plana, com cobertura, e preferencial-
demonstra que ao lado da simplicidade e efici- Novamente deve ser ressaltada a im- fonte e uso correto das composteiras; mente em jardins, hortas, terraços e
ência, os custos são significativamente baixos, portância de fazer conviver iniciativas em vá- o material para compostar deve ser áreas verdes;
inibindo os argumentos para não cumprimen- rias escalas, como demonstradas nos próximos adequadamente selecionado, sendo e) orientar o correto dimensionamento
to das diretrizes nacionais que já estão colo- itens deste guia, somando estrategicamente que a separação dos resíduos orgâ- do espaço para que seja suficiente para
cadas. Aplicável em várias escalas, atingindo os resultados conquistáveis nas residências e nicos na fonte é fundamental para a a quantidade de resíduos gerados (uma
com segurança as 30 toneladas diárias, pode outros locais retendo seus resíduos, com os al- obtenção de um composto de melhor composteira residencial? composteiras
ser solução para 90% dos municípios brasilei- cançáveis nas práticas seguras desenvolvidas qualidade; em condomínio? ou em comunidade?)
ros – aqueles com população até 75 mil habi- nas áreas de manejo municipais ou regionais. b) orientar uso obrigatório de recipien- e com uma área adicional para o mane-
tantes – e mesmo ultrapassar este limite, por 6.2 Condições para o te com tampa para armazenamento jo (mistura, estoques etc.);
meio de unidades descentralizadas. aproveitamento de resíduos dos resíduos separados na residência f) orientar para que os sistemas de
São processos que apontarão soluções orgânicos em pequena ou outro local de geração; compostagem sejam calculados com
seguras para dois tipos de resíduos bastante e média escala c) firmar termo de compromisso de funcionamento contínuo, de tal forma
problemáticos no ambiente urbano: o resíduo Com os métodos de compostagem participação e disposição à capacitação; que sempre se tenha espaço disponí-
orgânico componente dos resíduos domicilia- expressos neste guia, que não requerem re- d) estabelecer compromisso de ade- vel para tratar os resíduos que sejam
res e o resíduo verde gerado na manutenção viramento contínuo da mistura, algumas con- quar ou construir o ambiente para a separados no dia.
50 51
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
FLUXOGRAMA DO PROCESSO
ff
52 53
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
6.4. Materiais que não se pode Quando se trabalha com pequenos -los ao processo pouco a pouco, em uma mistura adequada dos materiais
incluir no processo de volumes, sem a segurança de alcançar altas função das necessidades; de acordo com suas propriedades, ga-
compostagem temperaturas durante a compostagem (acima b) os restos da cozinha devem ser in- rantindo-se a umidade adequada (en-
São os resíduos de origem inorgânica de 55ºC), pode ocorrer uma insuficiente hi- corporados ao processo o quanto an- tre 55 e 65%) e a textura interna que
ou não biodegradáveis e os que, mesmo sendo gienização e, nesse caso, devem ser evitados tes, já que se decompõem muito ra- permita acesso fácil ao oxigênio;
orgânicos, sejam uma possível fonte de con- os excrementos de animais domésticos. Eles pidamente e podem produzir odores e f) garantir a entrada de ar na base
taminação para o produto final que, em uso, podem conter patógenos que, se não houver atrair moscas; do dispositivo de compostagem, as-
será aplicado ao solo: uma boa descontaminação durante o proces- segurando uma boa circulação de ar
c) a correta mistura e a homogeneiza-
• vidro, metais, plásticos, embalagens so, causariam problemas na aplicação em mu- e portanto do oxigênio necessário ao
ção dos materiais configurará uma boa
multicamadas com papel e outros das de hortaliças e vegetais; por este fato, os processo.
estrutura e um processo mais eficiente
materiais; excrementos devem ser evitados.
e rápido; É essencial que o dispositivo de com-
• fraldas descartáveis e absorventes; d) para propiciar as melhores condi- postagem tenha uma boa solução de aeração
6.5. Considerações adicionais
• papel higiênico; ções do processo é importante que os e seja funcional, permitindo com facilidade a
para a compostagem doméstica
• excrementos de animais domésticos materiais tenham um tamanho de par- carga da mistura de resíduos e a retirada do
Antes de misturar os materiais e incor- tícula reduzido e homogêneo - com os composto. Para isso, será importante a orien-
(cães e gatos);
porá-los ao processo de compostagem, deve- resíduos orgânicos domésticos, geral- tação dos próximos itens.
• medicamentos;
se levar em conta os seguintes fatores: mente não é necessário reduzir o ta-
• filtro de cigarros;
a) os restos de jardim não se degra- manho da partícula;
• produto da varrição (exceto as dam facilmente, por isso podem ser e) para um processo mais rápido e com
folhas). guardados em pilhas para incorporá bons resultados, recomenda-se fazer
54 55
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
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Passo 3 Passo 4
Preparação da base Montagem do módulo
58 59
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Figura 37:
Passo 5 Passo 6 Enchimento das caixas plásticas.
=
A mistura deve ser realizada na proporção 3 por 1 em volume.
+
sita-se o material na composteira, por cima,
com o cuidado de preparar uma camada pré- dias, o resíduo alimentado na parte superior.
via de material seco no fundo do módulo. Ao Se a função da composteira é atender
término do preenchimento, uma tampa deverá um prédio ou condomínio, ela deve funcionar
ser providenciada para que não exista risco de como um dos módulos.
Figura 35: Mistura de resíduos orgânicos e materiais secos. ingresso de chuva e vetores. A composteira
Devem ser preparados vários módulos,
deverá ficar em um local coberto.
Para cada Deverá ser adicionado preferencialmente 5 deles, para preenchimento
Se a função da composteira for o aten- de cada um semanalmente.
3 volumes de resíduos domésticos 1 volume de
dimento de uma residência, ela será preenchi-
(resíduos orgânicos das cozinhas) resíduo estruturante seco Ao esgotar-se o volume do quinto mó-
da pouco a pouco com a mistura, até atingir- dulo, a mistura colocada no topo do primeiro
(folhas e podas picotadas, serragem,
se o topo. Isto não poderá ocorrer antes dos módulo estará com quatro semanas de trata-
cavacos finos, maravalha etc.).
30 dias, aproximadamente. A partir do preen- mento, permitindo o esvaziamento de toda a
va r ia r u m pouco para chimento total, a porção inferior da mistura, primeira composteira com segurança. A partir
s podem íduo. a primeira recebida pela composteira, deverá
As proporçõuemidade excessiva no res
daí o ciclo deverá repetir-se, continuamente.
ser retirada pela porta preparada na lateral,
se evitar e v e s e r cuidadosa e O material retirado dos módulos deverá
a çã o d er criando-se novo espaço com o rebaixamento
A homogenelíizquido que exista deve .s
ser colocado em repouso para que se elimine o
Figura 36: da carga existente.
qualquer o com o material seco
Mistura e excesso de umidade e o composto se estabilize.
Em um ciclo contínuo, a composteira
homogeneização.
absor vid funcionará como um ambiente de tratamento
Este processo de maturação, também realizado
em caixas plásticas, em local coberto, deve ocor
do resíduo, entregando na base, depois de 30 -rer por um período mínimo de 15 dias.
60 61
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Figura 38:
Forma de disposição dos paletes
Figura 39:
Colocação da tela nos paletes
62 63
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64 65
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Depois de realizar o processo de mis- O material retirado dos compartimen- O composto deve ser peneirado e o
tura, o material é depositado em um dos com- Figura 42: Preenchimento. tos deve: material mais grosso deve ser retirado e incor-
partimentos da composteira, com o cuidado de - ser colocado em caixas plásticas porado novamente ao processo de composta-
preparar uma camada prévia de material seco (ou recipiente similar); gem como material de mistura. Opcionalmen-
no fundo. É recomendável o preenchimento te, o material mais grosso pode ser moído para
- ser deixado em repouso para que
de um compartimento a cada semana; desta atingir a granulometria desejada.
diminua o excesso de umidade, dimi-
forma, os resíduos se decompõem uniforme- O peneiramento pode ser feito com a
nua a temperatura e o composto se
mente e o controle fica mais fácil. Terminado própria caixa plástica, se for suficientemente
estabilize.
o preenchimento do primeiro compartimento, furada, ou com uma peneira comum. O mate-
segue-se com o preenchimento do segundo e O processo de maturação, em local co- rial poderá ser embalado para facilitar o arma-
assim sucessivamente, em cada semana, até o berto, é recomendado por um período mínimo zenamento, se necessário.
término dos quatro compartimentos em torno de 15 dias.
dos 30 dias.
Figura 43: Esvaziamento do compartimento e estocagem Figura 44: Peneiramento.
Após os 30 dias, o primeiro comparti- para maturação.
mento deve ser desocupado, reiniciando-se o
preenchimento consecutivo, em um ciclo con-
tínuo.
Todos os compartimentos devem ser
fechados com tampas.
Convém realizar o controle dos mate-
riais envolvidos, pesando-se os resíduos ori-
ginais, a mescla e o produto final, realizando
um registro que auxiliará posteriormente na
tomada de decisões.
66 67
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
A tabela que segue pode auxiliar na 6.7. Sistema modular de precisam ser construídas para se estabelecer
definição das dimensões do sistema de com- compostagem em baias, um ciclo contínuo de tratamento que garanta
postagem em condomínios ou conjuntos habi- em média escala, sempre a capacidade de recepção dos resídu-
tacionais, considerando-se o número de usuá- Tabela 5: Parâmetros para dimensionamento com aeração forçada os gerados no dia. O passo a passo a seguir
rios a satisfazer. de composteiras (adaptados do catálogo de A aeração forçada, por meio de tubos apresenta a construção de uma pequena uni-
serviços Earthgreen Colômbia) e bomba sopradora de ar, possibilita o trata- dade, mas as baias podem ser dimensionadas
Total de Número Geração de Geração Volume para Volume total mento de volumes muito maiores de resíduos, para compostagem de dezenas de toneladas,
residências aproximado orgânicos em volume o material para 1 mês em pilhas estáticas. Em função da quantidade operando-se com equipamento mecânico de
ou de habitantes nas (litros/dia) mesclado (litros)
de resíduos a ser absorvida, baias modulares carga nas maiores instalações.
apartamentos residências (litros/dia)
(kg/dia) Figura 45: Compostagem em baias em municípios colombianos
3 10 1,5 3 5 120
10 32 5 10 16 400
25 80 12 24 40 1.000
50 160 24 48 80 2.000
75 240 36 72 120 3.000
100 320 48 96 160 4.000
Obs.: Adotada a massa específica aparente de 0,5kg/l para os resíduos orgânicos e 0,4kg/l
para a mescla dos orgânicos com material estruturante seco.
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Passo 3 Passo 4
Os tubos devem receber furos espaça-
Colocação da tela Preparação da tubulação
dos para a saída do ar.
72 73
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O diagrama a seguir indica como podem ser organizadas tes que rebaixem as temperaturas atingidas no
as atividades em uma “sala de compostagem” estabeleci-
C1 C2 C3 C4
processo. É conveniente garantir que, na fase
da em um condomínio, com piso e cobertura adequadas. ZONA ZONA termófila, a temperatura possa atingir os 60°C.
6.8.2. Organização da área de passará a ser o destino dos resíduos orgânicos pré-fabricadas com cobertura têxtil ou cober-
manejo para a compostagem em que não mais irão para o aterro sanitário. turas com maior vida útil, com estruturas me-
média escala O ”Galpão de Compostagem” poderá tálicas ou em concreto e telhas em fibrocimen-
Figura 54:
O primeiro passo para o sucesso do ser implantado em conjunto com outras ativi- to, todas facilmente encontráveis nas diversas Diversos tipos de cobertura
processo de compostagem em média escala, dades, constituindo um centro de tratamento regiões brasileiras. podem ser definidos para o
como parte do serviço público de manejo de de resíduos que concentre os impactos decor- Galpão de Compostagem
resíduos sólidos, é o planejamento da coleta rentes e que possibilite o compartilhamento
seletiva dos resíduos orgânicos. A segregação de equipamentos e pessoal. A área deve ser
dos resíduos na fonte geradora é um fator de cercada de maneira eficiente, impedindo a en-
sucesso reconhecido em todos os países que trada de estranhos e de grandes animais.
já praticam a compostagem em larga escala. O Galpão de Compostagem deve rece-
A implantação desta coleta diferen- ber os cuidados já descritos para o preparo do
ciada pode se iniciar naqueles geradores de piso e da cobertura, e que são imprescindíveis.
maior porte, como feiras e mercados, avan- Diferentemente dos antigos processos de com-
Galpão Galpão Galpão leve
çando depois para a coleta estruturada porta postagem com leiras a céu aberto, nesta nova cobertura têxtil em estrutura metálica em lona plástica
a porta, recomendando-se um planejamento estratégia todas as atividades são desenvolvi-
do avanço bairro por bairro. Logicamente ha- das longe de intempéries e em pilhas estáticas
verá a necessidade de equacionar localmente organizadas nas baias que serão construídas. A organização interna do galpão pode- produção, principalmente na época de chuvas
a forma de coleta dos resíduos secos e dos O piso deverá ser projetado e executado con- rá seguir basicamente a descrita no item ante- intensas.
rejeitos também presentes nos resíduos domi- siderando a presença ou não de equipamentos rior, definindo-se: Zona de seleção e mistura
ciliares. Estas decisões são inevitáveis diante mecânicos de carga, e com os cuidados ne- Zona de armazenamento dos A descontaminação dos resíduos orgâ-
das exigências da Política Nacional de Resí- cessários para que não ocorra a penetração de resíduos recebidos e do material nicos é necessária – quanto mais homogêneo
duos Sólidos. Em vários municípios brasileiros águas de chuva. estruturante estiver o material, maior será a facilidade de
vem tomando a forma de um Plano de Coletas A cobertura do galpão poderá ser exe- Nesta zona também poderá ocorrer colocação do composto produzido no mercado
Seletivas e de Redução de Resíduos em Aterro, cutada de diversas formas, conforme a decisão o picotamento de resíduos verdes recolhidos local. A mistura poderá ser feita de forma ma-
incorporado no PGIRS que os municípios obri- da equipe técnica local. Podem ser executa- em atividades públicas de limpeza urbana e nual ou mecânica, a depender da quantidade
gatoriamente têm que desenvolver. das, como apresentadas na Figura 55, cober- manutenção de áreas ajardinadas. O armaze- de resíduos que serão tratados. Há a possibili-
O segundo passo refere-se ao preparo turas leves, em lona plástica sobre estrutura namento deverá ocorrer prevendo-se material dade de uma melhor qualificação do composto
da área de manejo municipal ou regional que de bambu, madeira ou metálica, estruturas de mistura com folga para diversos dias de final agregando-se à mistura gesso e outros
80 81
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
minerais, ureia, estercos diversos e outros pro- rante o processo é ainda mais desejável, pro- Em todas estas etapas do processo pelo peso, principalmente dos resíduos orgâni-
dutos, que deverão ser definidos por um técni- videnciando-se a cobertura da baia com lona será sempre importante estabelecer um con- cos e secos entrantes, e do composto retirado
co local. caso a temperatura não atinja as faixas reco- trole das quantidades processadas, se possível da instalação.
Zona de compostagem mendadas.
É o espaço onde estarão instaladas as Zona de maturação População Quantidade Massa total Volume Área para Área para
e peneiramento urbana de de orgânicos em 15 dias resultante pilha de 15 3 pilhas em
Forma de
operação
baias, a tubulação e bombas para a aeração referência recuperada em 15 dias dias 45 dias
forçada. O projeto deverá decidir a disposição A maturação nesta escala deverá se (1) (2) (3) (4) (5)
3 2 2
das baias, definir o número delas para que se dar em pilhas e, para o rebaixamento da tem- hab t/dia t m m m
complete com segurança o ciclo com duração peratura e perfeita estabilização do material,
serventes serventes
2500 1,2 18,0 36 20 60
até 2
mínima de 30 dias, decidir se as baias recebe- a pilha deverá ser revirada a cada 3 dias até 5000 2,4 36,0 72 40 119
rão divisórias internas, reservar os espaços ne- completar-se um período entre 5 e 30 dias 7500 3,6 54,1 108 60 179
cessários para a movimentação dos materiais para esta escala de projeto, podendo se esten- 10000 4,8 72,1 144 80 239
até 4
por via manual ou mecânica etc. der até 60 dias a depender do tipo de resíduo 12500 6,0 90,1 180 99 298
15000 7,2 108,1 216 119 358
Todos os cuidados já descritos para e do volume total.
17500 8,4 126,2 252 139 418
afastamento da operação em relação às chu- Após este período, o composto poderá
serventes
20000 9,6 144,2 288 159 477
até 6
vas têm que ser tomados. Quaisquer resíduos ser conduzido à peneiração, preferencialmen-
22500 10,8 162,2 324 179 537
líquidos que surjam devem ser transformados te mecânica, em equipamento que, em função
25000 12,0 180,2 360 199 597
em material sólido com uma mistura intensa da quantidade que será processada, pode ser
de material estruturante seco – o resultado mais ou menos sofisticado. O material grosso 30000 14,4 216,3 433 239 716
prever pessoal
será colocado na baia em operação. oriundo da peneira deverá ser reservado para
mecanizada
40000 19,2 288,4 577 318 955
Operação
de apoio
As bases das baias devem receber a uso nas atividades já descritas. 50000 24,0 360,4 721 398 1193
camada protetora de material estruturante, já Zona de armazenamento 60000 28,8 432,5 865 477 1432
descrita; da mesma forma se procede em rela- A forma de armazenamento menos di- 70000 33,6 504,6 1009 557 1670
ção às capas finais. Também na compostagem ficultosa é a colocação do composto em pilhas (1) taxa de geração de resíduos domiciliares adotada – 1,1kg diários per capita (IPEA, PNRS 2012);
de média escala será importante a junção de altas, em local ventilado e preferencialmente Tabela 6: (2) % de orgânicos presente – 51,4% (IPEA, PNRS 2012);
composto pronto na mistura da primeira cama- coberto. Os usuários do composto já devem Dados gerais para (3) % de orgânicos recuperada – 85%;
Em instalações para compostagem em damente se dê vazão ao material, liberando es- municipais ou (5) área da base considerando pilha trapezoidal com largura em torno de 4,5m, altura total de 2,4m;
média escala, o controle de temperaturas du- paço de trabalho no Galpão de Compostagem. regionais. Obs.: Redução estimada do volume até final da maturação = 70%.
82 83
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Deve ainda ser considerada a inclu- no local utilizado: para o sucesso desta nova estratégia de apro- cada etapa. Devem ser orientados também
são, a partir das informações da Tabela 6, das • Escritório – mínimo de 12m2; veitamento dos resíduos orgânicos: para:
áreas descritas nas zonas de trabalho já apre- • manter continuamente limpos o local
• Refeitório – prever no mínimo 1,0m2 Cuidado 1
sentadas, com as operações prévias e poste- de trabalho e os equipamentos;
por usuário, com instalação de pia, Sinalização das áreas do processo
riores ao processo em si de compostagem (ar-
bebedouro, aquecedor de marmitas e Como parte do planejamento das ati- • operar os equipamentos adequada-
mazenamento, mistura, maturação etc.); esta
fogão; vidades, as diversas áreas de trabalho devem mente e cumprir as exigências de se-
inclusão pode dobrar a área total de galpão
ser identificadas de maneira bastante visível gurança no trabalho (óculos de prote-
demandada pelo processo. • Sanitário e Vestiário: deve ser con-
no Galpão, para que se dê ordem e controle ção, avental, luvas e máscara);
Além deste conjunto de áreas, preci- sultada a NR 24/78 do Ministério do
ao processo. As áreas podem ser sinalizadas • realizar a manutenção preventiva e
sam ser providenciados os espaços para as ati- Trabalho e Emprego e observar-se os
como segue: corretiva da composteira ou baia, equi-
vidades de apoio, caso elas ainda não existam parâmetros da Tabela 7.
• Área 1 – armazenamento do material pamentos e demais dispositivos;
Tabela 7: Parâmetros para dimensionamento de sanitários e vestiários. estruturante seco; • informar sobre anomalias apresenta-
• Área 2 – de misturação; das na operação;
Equipamento Parâmetro Referência • Área 3 – de compostagem; • registrar a informação de entrada de
2 • Área 4 – de maturação; resíduos e de saída de composto nos
vaso sanitário 1 para cada 20 usuários box mínimo 1,0m
• Área 5 – de peneiração e empacota- formulários recebidos.
lavatório 1 para cada 20 usuários largura mínima 0,60m mento;
chuveiro 1 para cada 10 usuários - • Área 6 – de estoque do produto ter- Cuidado 3
2 minado; Monitoramento do processo
vestiário armários individuais 1,50m por usuário
• Área 7 – de ferramentas; O monitoramento do processo de com-
armário compartimento duplo h = 0,90m, l = 0,30m, p = 0,40m • Área 8 – oficinas; postagem deve ser realizado de forma contí-
• Área 9 – circulação interna; nua, controlando-se:
• Área 10 – circulação externa e esta-
• os processos de separação de resí-
Caso o porte da instalação determi- manutenção. Deverão ser consideradas ainda cionamento.
duos na fonte, retornando informação
ne o uso de equipamentos mecânicos para o as áreas de manobra e de trânsito de veículos
Cuidado 2 aos geradores para correção de proce-
manejo dos materiais (pá carregadeira, por e equipamentos.
Orientação aos funcionários dimentos;
exemplo), será necessário prever-se também Além dos cuidados para o dimensiona-
um espaço coberto para a guarda deste equi- • o armazenamento adequado e a ca-
mento e execução adequados do Galpão de Os funcionários devem compreender
pamento e execução de pequenas tarefas de tação interna dos resíduos orgânicos
Compostagem, outros devem ser tomados os motivos da organização e o objetivo de
84 85
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
eventualmente caídos para que se evi- • seu aspecto é homogêneo e não se- tada da área de peneiramento e prepa- obtido; deverão estar à disposição da
te atração de animais e maus odores; rão identificados os restos orgânicos ro do produto final, e deve incorporar fiscalização;
• o estoque adequado de material es- que foram incorporados; soluções para prevenir o risco de con- • as análises de laboratório para con-
truturante para apoio ao processo; • o produto é leve e fofo; taminação do produto final; trole de patógenos no produto final de-
• a penetração de chuvas ou a forma- • o produto esfarela facilmente nas • tomar medidas preventivas sistemá- vem ser realizados em um laboratório
ção de quaisquer líquidos; mãos e não se compacta ao ser pres- ticas contra roedores, insetos e outros certificado e devem ser arquivadas;
sionado. parasitas; para isto, deve-se desenvol- • os lotes de composto que não cum-
• o funcionamento das baias de com-
ver e aplicar um programa de controle pram as condições estabelecidas de
postagem com a medição de parâme-
Assim que se obtenha o composto ma- de pragas; higienização devem ser totalmente re-
tros como temperatura e umidade.
duro, é recomendável enviar amostras do pro- • garantir a presença de equipamentos processados, agregando-os a resíduos
Toda informação deve ser registrada duto obtido a um laboratório, com a finalidade e produtos de limpeza adequados; o recém recebidos na instalação.
em formulários específicos a serem prepara- de garantir, aos usuários, um produto descon- controle da higiene deve incluir inspe-
dos pela gerência do processo. taminado e de boa qualidade, que possa ser ções periódicas do entorno e diária do 6.9. Desafios e
utilizado com segurança. Qualquer anormali- Galpão de Compostagem; considerações finais
Cuidado 4 dade indicada por esta análise deverá implicar
Verificação do produto final • a manipulação e armazenamento do
em uma mudança de procedimentos para me- Este guia apresentou processos
composto pronto devem ser realizadas
O produto final deve estar completa- lhoria do processo. completamente seguros, confiáveis, eco-
de forma a evitar sua contaminação;
mente estabilizado. As características físicas nômicos e eficientes para o aproveitamen-
do material variam durante as fases do pro- Cuidado 5 • os processos devem ser organiza- to de resíduos orgânicos em residências,
cesso, adquirindo aspectos diferentes. Se re- Procedimentos para obtenção de dos de tal forma que todo os resíduos condomínios e conjuntos habitacionais,
conhece quando o produto está maduro pelos um produto de boa qualidade recebidos na instalação alcancem os instituições diversas e nas áreas munici-
seguintes aspectos: parâmetros de tempo e temperatura pais de manejo de resíduos.
Deve haver uma preocupação contínua
exigidos para alcançar a higienização;
• sua temperatura é a mesma do am- e disciplinada com os seguintes procedimentos: No entanto, a possibilidade de so-
biente e seu volume reduziu-se a um • recomenda-se medições sistemáticas luções simples e eficazes nada significará
• limpar os recipientes utilizados para o
terço do volume original; da temperatura em todas as baias; se não forem estabelecidas as condições
transporte de material não tratado em
• sua cor será marrom escuro ou pre- uma área especificamente designada • os registros devem ser anotados de gestão técnica perenizada dos proces-
ta e terá um odor agradável, parecido para isto; identificando as baias, as datas e ainda sos, superando aquilo que é uma fragilida-
com terra; • a área de mistura dos materiais (re-
os demais dados relativos aos resídu- de histórica dos municípios. Para isso, um
síduos e estruturante) deve estar afas-
os orgânicos recebidos e ao composto instrumento essencial será a aplicação da
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Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Referências
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Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
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90 91
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Tabela 1 (continuação)
Anexo Âmbito Federal
Normativo para a gestão e o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos no Brasil.
uma
c ia é a p resentada Leis Descrição
uên tão e
Nesta seq o r m a s para ges Decreto Federal nº 7.404, de Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política
s n s
síntese da d e re s íd uos sólido 23 de dezembro de 2010 Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política
ento l.
aproveitam o Âmbito Federa Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos
n
orgânicos Sistemas de Logística Reversa.
Tabela 1 Decreto Federal nº 8.059, de Altera o Anexo ao Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que aprova o
26 de julho de 2013 Regulamento da Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980.
Âmbito Federal
Normativo para a gestão e o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos no Brasil.
Decreto Federal nº 8.384, de Também altera o Anexo ao Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que
Leis Descrição 29 de dezembro de 2014 aprova o Regulamento da Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980.
Lei Federal nº 11.445, de 5 Estabelece Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, incluso o manejo Resolução Conama nº 404, Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro
de janeiro de 2007 de resíduos sólidos e a limpeza urbana. de 11 de novembro de 2008 sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.
Lei Federal nº 12.187, de 29 Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras ABNT NBR 13.591:1996 Objetivo: esta norma define os termos empregados exclusivamente em
de dezembro de 2009 providências. relação à compostagem de resíduos sólidos domiciliares.
Lei Federal nº 12.305, de 2 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dá outras providências.
de agosto de 2010 ABNT NBR 10.004: 2004 Objetivo: esta norma classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser
Lei Federal nº 6.894, de 16 Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de gerenciados adequadamente.
de dezembro de 1980 fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes,
remineralizadores e substratos para plantas, destinados à agricultura, e dá Instrução Normativa SARC Dispõe sobre importações de fertilizantes, corretivos, inoculantes e
outras providências. (Redação dada pela Lei nº 12.890, de 2013) nº 14, de 16 de outubro de biofertilizantes, e suas respectivas matérias-primas.
2003
Decreto Federal nº 4.954 de Regulamenta a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre
14 de janeiro de 2004 inspeção e fiscalização para fertilizantes, corretivos e outros. Instrução Normativa SDA Aprova definições, especificações e as garantias dos fertilizantes orgânicos.
nº 23, de 31 de agosto de
Decreto Federal nº 7.217, de Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece 2005
21 de junho de 2010 diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Instrução Normativa SDA Dispõe sobre a importação ou comercialização, para produção, de
Decreto Federal nº 7.390, de Regulamenta os artigos. 6º, 11 e 12 da Lei n° 12.187, de 29 de dezembro de nº 27, de 05 de Junho de fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes.
9 de dezembro de 2010 2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC. 2006
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Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
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Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
a
é a p re s entada um
uência vei-
Nesta seq o r m a s p ara o apro s
sn e do Tabela 2 (continuação)
síntese da u o s em geral
e re s íd dual. Âmbito Estadual
tamento d  m bito Esta Normativo para a gestão e o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos.
o s n o
orgânic
Tabela 2 UF Normativo Origem Descrição
Âmbito Estadual MS Resolução Semac nº Secretaria de Estado de Estabelece normas e procedimentos para o
Normativo para a gestão e o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos. 008, de 31 de maio de Meio Ambiente, do licenciamento ambiental estadual, e dá outras
2011 Planejamento, da Ciência providências.
UF Normativo Origem Descrição e da Tecnologia do Mato
AM Lei Estadual nº 3.219, Governo do Estado do Dispõe sobre o licenciamento ambiental no Grosso do Sul
de 28 de dezembro de Amazonas Estado do Amazonas e dá outras providências MS Lei Estadual nº 4.106, Governo do Estado do Dispõe sobre a agroecologia e a agricultura
2007 de 27 de outubro de Mato Grosso do Sul orgânica na agricultura familiar no Estado de
2011 Mato Grosso do Sul, dá outras providências.
ES Instrução Normativa Instituto Estadual de Dispõe sobre a exigência ou dispensa do RAP
nº 10, de 28 de Meio Ambiente e para aterros e usinas de reciclagem e PA Lei Estadual nº 6.918, Governo do Estado do Dispõe sobre a Política Estadual de
dezembro de 2010 Recursos Naturais do compostagem. 10 de outubro de 2006 Pará Reciclagem de Materiais e dá outras
Espírito Santo providências.
MG Lei Estadual nº 13.766, Assembleia Legislativa de Dispõe sobre a política estadual de apoio e PA Resolução Coema n° Conselho Estadual de Estabelece a alteração da tabela de
de 30 de novembro de Minas Gerais incentivo à coleta seletiva de lixo. 110, de 10 de outubro Meio Ambiente do Pará enquadramento das atividades sujeitas à
2000 de 2013 cobrança de taxas pelo exercício regular do
MG Deliberação Conselho de Política Altera os artigos 2º, 3º e 4º da Deliberação poder de polícia administrativa ambiental.
Normativa Copam Ambiental de Minas Normativa 52/2001, estabelece novas PA Resolução Coema n° Conselho Estadual de Dispõe sobre as atividades de impacto
nº118, 27 de junho de Gerais diretrizes para adequação da disposição final 116, de 3 de julho de Meio Ambiente do Pará ambiental local de competência dos
2008 de resíduos sólidos urbanos no Estado, e dá 2014 municípios, e dá outras providências.
outras providências.
PI Lei Estadual nº 6.140, Governo do Estado do Institui a Política Estadual sobre Mudança do
MG Deliberação Conselho de Política Fixa os custos médios "per capita" para de 06 de dezembro de Piauí Clima e Combate à Pobreza - PEMCP e dá
Normativa Copam nº Ambiental de Minas estimativa de investimentos em sistemas de 2011 outras providências.
428, de 28 de junho de Gerais saneamento ambiental previstos no Art. 4º da
PR Lei Estadual nº 9.056, Governo do Estado do Dispõe sobre o prévio cadastramento de
2010 Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009.
de 02 de agosto de Paraná produtores, distribuidores e a comerciantes de
MG Deliberação Conselho de Política Institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de 1989 fertilizantes, corretivos, inoculantes, ou
Normativa Copam nº Ambiental de Minas Minas Gerais. biofertilizantes, na Secretaria de Estado da
172, de 22 de Gerais Agricultura e do Abastecimento e adota outras
dezembro de 2011 providências.
96 97
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Tabela 2 (continuação)
Tabela 2 (continuação) Âmbito Estadual
Âmbito Estadual Normativo para a gestão e o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos.
Normativo para a gestão e o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos.
UF Normativo Origem Descrição
UF Normativo Origem Descrição
PR Resolução Cema nº Conselho Estadual de Estabelece diretrizes e critérios para o
PR Decreto Estadual nº Governo do Estado do Aprova o Regulamento da Lei Estadual n° 0094 - 04 de Meio Ambiente do licenciamento e outorga, projeto, implantação,
6.710, de 04 de abril de Paraná 9.056, de 02 de agosto de 1989. Novembro de 2014 Paraná - CEMA operação e encerramento de aterros sanitários,
1990 e dá outras providências.
PR Resolução Sema nº 31, Secretaria do Meio Dispõe sobre o licenciamento ambiental, RJ Instrução Técnica IT- Fundação Estadual de Instrução Técnica para requerimento de
de 24 de agosto de Ambiente e Recursos autorização ambiental, autorização florestal e 1318.R-2 Engenharia do Meio licenças para unidades de reciclagem e
1998 Hídricos do Paraná anuência prévia para desmembramento e Ambiente do Rio de compostagem.
parcelamento de gleba rural. Janeiro
PR Resolução nº 060, de 2 Secretaria da Agricultura Dispõe sobre análises periciais em RJ Resolução INEA nº Instituto Estadual do Estabelece os novos códigos para o
de setembro de 2003 e do Abastecimento do fertilizantes, corretivos, inoculantes e 52, de 19 de março de Ambiente - INEA enquadramento de empreendimentos e
Estado do Paraná biofertilizantes 2012 atividades poluidores ou utilizadores de
recursos ambientais.
PR Resolução nº 008, de 6 Secretaria da Agricultura Dispõe sobre as informações inscritas em
de fevereiro de 2006 e do Abastecimento do notas fiscais de venda e em rótulos ou SC Portaria nº 002, de 09 Fundação do Meio Disciplina o ordenamento e a tramitação dos
Estado do Paraná etiquetas de embalagens fertilizantes, de janeiro de 2003 Ambiente - FATMA processos de licenciamento ambiental e dá
inoculantes e biofertilizantes. outras providências.
PR Instrução Normativa Secretaria da Agricultura Normas sobre as especificações e as garantias, SP Resolução SMA nº 51, Secretaria do Meio Dispõe sobre a exigência ou dispensa de
nº 25, de 23 de julho e do Abastecimento do as tolerâncias, o registro, a embalagem e a de 26 de julho de 1997 Ambiente do Estado de Relatório Ambiental Preliminar - RAP para os
de 2009 Estado do Paraná rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, São Paulo. aterros sanitários e usinas de reciclagem e
mistos, compostos, organominerais e compostagem de resíduos sólidos domésticos
biofertilizantes destinados à agricultura operados por municípios.
PR Lei Estadual nº 17.441, Governo do Estado do Estabelece diretrizes para o desenvolvimento SP Resolução SMA nº Secretaria do Meio Dispõe sobre licenciamento das unidades de
de 26 de dezembro de Paraná de agricultura com baixa emissão de carbono 075, de 31 de outubro Ambiente do Estado de armazenamento, transferência, triagem,
2012 no Estado do Paraná. de 2008 São Paulo. reciclagem, tratamento e disposição final de
resíduos sólidos e dá outras providências.
PR Resolução Cema nº Conselho Estadual de Estabelece condições, critérios e dá outras
090, de 03 de Meio Ambiente do providências, para empreendimentos de SP Resolução SMA nº Secretaria do Meio Dispõe sobre dispensa de licenciamento
dezembro de 2013 Paraná compostagem de resíduos sólidos de origem 102, 20 de dezembro Ambiente do Estado de ambiental para as atividades de compostagem
urbana e de grandes geradores e para o uso do de 2012 São Paulo. e vermicompostagem em instalações de
composto gerado. pequeno porte, sob condições determinadas.
98 99
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
ntados
u ê n c ia s ão aprese
Nesta seq s d e incentiv
oà
ra m a ral.
bito Fede
pro g
m n o  m
ge
composta
Tabela 3 Tabela 3 (continuação)
Âmbito Federal Âmbito Federal
Programas de incentivo à compostagem Programas de incentivo à compostagem
100 101
Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
tados
ê n c ia s ã o apresen à
u incentivo
Nesta seq a m a s d e
progr dual.
normas e n o  m bito Esta
gem
Tabela 4 composta Tabela 4 (continuação)
Âmbito Estadual Âmbito Estadual
Normativos e programas de incentivo à compostagem. Normativos e programas de incentivo à
UF Normativo/Programas Origem Descrição UF Normativo/Programas Origem Descrição
ES Lei Estadual nº 6.617, 06 de Governo do Estado do Cria o Programa Estadual de MG Lei nº 13.803, de 27 de Assembleia Legislativa Dispõe sobre a distribuição da
fevereiro de 2001 Espírito Santo Incentivo à utilização de dezembro de 2000 Minas Gerais parcela da receita do produto da
fertilizantes naturais, e dá outras arrecadação do ICMS
providências. pertencente aos municípios.
MG Lei Estadual nº 18.030, de 12 Assembleia Legislativa Também dispõe sobre a
DF Programa Abastecer Secretaria de Agricultura Implanta a Política de
de Janeiro de 2009 Minas Gerais distribuição da parcela da receita
e Desenvolvimento Integração e Regulamentação do produto da arrecadação do
Rural - SEAGRI dos Mercados de Orgânicos, ICMS pertencente aos
Flores e Pescado. municípios.
DF Programa Produzir Secretaria de Agricultura Implanta Programa de MG Programa Estruturador Fundação Estadual do Voltado à redução e valorização
e Desenvolvimento Desenvolvimento da Qualidade Ambiental Meio Ambiente - de resíduos, e à implantação e
Rural - SEAGRI Agricultura Orgânica. FEAM gestão do pagamento dos
serviços ambientais - Bolsa
ES Programa Vida no Campo Secretaria de Estado da Programa de Desenvolvimento Reciclagem
Agricultura, da Agricultura Familiar
Abastecimento, Capixaba PE Lei Estadual nº 12.432, de 29 Assembleia Legislativa Ajusta os critérios de
Aquicultura e Pesca - de setembro de 2003 Pernambuco distribuição de parte do ICMS
SEAG que cabe aos municípios.
PI Lei Estadual nº 5.813, de 03 Governo do Estado do Cria o ICMS ecológico para
GO Lei Estadual nº 14.385, de 09 Governo do Estado de Dispõe sobre a política estadual
de março de 2008 Piauí beneficiar municípios que se
de janeiro de 2003 Goiás para a promoção do uso de
destaquem na proteção ao meio
sistemas orgânicos de produção ambiente e dá outras
vegetal e animal. providências.
GO Decreto Estadual nº 5.873, Governo do Estado de Regulamenta a política estadual PR Decreto Estadual nº 5.631, Governo do Estado do Institui o Sistema de
de 09 de dezembro de 2003 Goiás para a promoção do uso de de 30 de Abril de 2002 Paraná Financiamento de Ações nos
sistemas orgânicos de produção Municípios do Estado do
vegetal e animal. Paraná-SFM.
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Guia para a Compostagem COBERTA SEM ODORES SEM LÍQUIDOS RÁPIDA
Tabela 4 (continuação)
Âmbito Estadual
Normativos e programas de incentivo à compostagem
UF Normativo/Programas Origem Descrição
PR Decreto Estadual nº 6.622, de Governo do Estado do Institui o Programa de
29 de novembro de 2012 Paraná Modernização da Infraestrutura
do Paraná – PROINFRA.
PR Decreto Estadual nº 12.431, Governo do Estado Institui o Programa Paraná
de 23 de outubro de 2014 do Paraná Agroecológico para promover e
apoiar ações integradas
referenciadas nos princípios da
agroecologia.
PR Programa Agroecologia – Governo do Estado Apoia ações fundamentadas nos
PAG do Paraná princípios da agroecologia,
visando ao desenvolvimento de
políticas públicas,
socioambientais, econômicas e
tecnológicas para a agricultura.
RJ Programa Cultivar Orgânico Governo do Estado Objetiva estimular a conversão
do Rio de Janeiro de práticas agrícolas
convencionais para a agricultura
orgânica e apoiar produtores
rurais que já trabalhem nesta
atividade.
RS Projeto de Unidades Secretaria do Apoia Unidades Produtivas de
Produtivas de Base Ecológica Desenvolvimento Agricultura de Base Ecológica
Rural, Pesca e (UPB’s) na produção e
Cooperativismo do agregação de valor à produção,
Governo do Estado inclusas melhorias ambientais da
do Rio Grande do Sul propriedade visando a transição
ou o redesenho de sistemas de
produção ecológicos.
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