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1. Signo
Conceito: Brigar com a minha consciência para lembrar – para inibir a vagueza mental.
Entender a língua geral da humanidade às vezes torna-se mais fácil do que chegar a
compreender a língua pessoal de um “humano mortal” = idioleto1, e quando eu
compreendo a língua pessoal de um “humano mortal”, isto convertesse a uma
cumplicidade pessoal. Ex.: os humoristas: os seus humores fazem-nos rir a custa de tipo,
nos castra2 (reduz).
2. Representação
Ilusão óptica3 = muda de sentido de acordo com o ponto de vista em que nos decidimos
por para olhar: pode ser representativa ou arbitractiva.
3. Alegoria do tempo
4. Símiles5
O mundo inteiro de ponta a ponta não passa de desfile de copias [filosofia é idêntica a
de Flaubert6]
5. Charlie Chaplin
Existem coisas que nos liberta enquanto artista de dois infernos opostos: primeiro a
vulgaridade7 e segundo o esoterismo8, isto é, o primeiro consiste em assumir sem
constrangimento a liberdade e a particularidade do próprio olhar - portanto comunicar-
se com todo mundo; segundo consiste em falar sua própria linguagem (uma linguagem
própria) e ao mesmo time falar a linguagem dos outros. “Prazer sem comprazer”.
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6. Gato9
7. Transgressão
Transgredir é ultrapassar um limite proibido, desde a criação diz o livro dos cristãos
temos a imagem de Éden11 como o limite e os nossos pais – Adão12 e Eva13
transgredindo foram postos sem limite e penso que isso acaba a construir o grande
horizonte de liberdade que estes têm.
8. Coleção
Num sentido muito criativo e presente, às vezes o amor “se solidifica” e, sobretudo “se
cristaliza”, tal como um ramo mergulhado na água de salzburgo14 fica coberto por mil
cristalizinhos; e está cristalização do amor o meu amigo Stendhal designa-a esta
espécie de investimento brusco e tenaz que liga o sujeito a algum objecto eleito por
capricho15.
9. Para ler
Algo que tem sentido é legível e permite fazer uma leitura a padrão aceitável, pois nos
da margem até de desencadearmos em múltiplos sentidos, extravasando as letras,
algumas delas fininhas e outras gordas: pois algo que tem sentido reside nela uma
superabundância de sentidos abarrotada de conotações e denotações.
“cheios não contradiz a falta, e até mesmo um que designa o outro” tautologicamente
falando.
10. Sombra
Miticamente, a ausência de sombra faz seres inumanos fora da natureza (o homem que
perdeu a sombra é marcado pelo Diabo e a mulher sem sombra é estéril). Só para termos
a idéia o quanto a sombra é importante a opinião corrente (os hábitos da representação
pictórica) diz que todo objecto é sombreado, tirar a sombra de uma sombra torna-se
paradoxo de um paradoxo, porque o “Homem é o sonho de uma sombra” 16.
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11. Ilegível
12. Máscaras
13. A burrice
A burrice é indizível (indescritível), mas pode ser figurada - por Homem que possuem
perfil obtuso: de óculos, cabelos e repuxados, nariz recto que sai da testa, observa ou
olha com superioridade e não entende um quadro abstracto: o que há de mais burro
neste ser é o paletozinho, são as mãozinhas: achatadas.
14. Rébus18
Existem coisas que ocorrem que eu e você não sabemos: que as letras do alfabeto
atravessam uma casa, que o 5 e o 2 fazem amor numa cama. Os rébus não são apenas
adivinhações que excitam o espírito, são composições que realizam o grande casamento
da letra com a imagem e que sempre foi obsessão dos artistas barrocos. Um desenhista
só pode ficar fascinado com letra, e um grafista é sempre um desenhista criador do
rébus sem solução: as praticas que se convertem no cruzamento de três praticas:
primeiro enigmista (a esfinge), segundo a do geômetra (criador de traços) e o terceiro a
do escriba.
15. Antes/depois
16. Quaestio
Questão segundo o dicionário: Caldas Aulete19: interrogação sob tortura feita a alguém
para lhe extorquir uma confissão. Na retórica antiga este conceito reúne (algo temível +
interrogação e tortura): primeiro quaestio é o ponto de debate, o “assunto” (tópico) que
se deve tratar (como um mineral) ou “sovar” (como uma criança recalcitrante) – a
questão sova para tirar a sujeira das “roupas” e não alarga antes de tirar-las por com
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completo. Portanto, a inversão consiste em trabalhar não no seu sentido reúne oriunda
da sua etimologia latina tripalium feixe de três estacas ao qual se suspendia o animal de
corte para esquartejá-lo.
18. Método
20. Metamorfoses22
21. Antítese
Antítese torna o discurso vivo, mas não faz rir – produz em alguns casos uma
heterologia fina, um esfregaço. Um tanto acido de cóoligos muito diferentes: atualizar
de forma aplausível.
22. Armadura...
23. Etc.
Dizia o meu amigo Valéry23, na natureza não há “ET Cetera”, pois a natureza diz tudo,
só o homem se dá o poder desenvolto e exorbitante de munir a seqüência das coisas com
esse apêndice preguiçoso que não quer dizer nada mais o escusa, pois ele (homem)
ainda leva o cinismo a ponto de reduzir esse resumo a três letras expeditivas: “etc.” e
ainda pronuncia mal.
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24. Tapeçaria24
25. Originalidade
26. Mundano
A quem defende elegantemente que a fala e a fumaça são a mesma coisa: tudo se
confunde num mesmo filactério que sai da boca e do dedo de cada um: apêndice
expiratório – todos os seres que só repetem são mundanos.
27. A exceção...
28. Lógica
A “rã come a mosca”; “rã é o referente, o animal concreto ela remete; é uma palavra
transparente”.
29. Autonomia I
30. Autonomia II
31. Autonomia III
32. Impertinência
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34. Intertexto
A teoria moderna do texto tem como prespectiva – levar em consideração o que o artista
toma, seja inconscientemente, parodicamente, neste sentido o intertexto correspondem
às linguagens de origem diferentes que permeiam a obra.
35. Desterro26
Desterro: é resultante do jogo de intertexto que produz uma categoria critica muito
forte: mas não destruía cultura, mas subverte-a.
“A verdade de uma obra – talvez mesmo de toda imagem, não está no que a ela
representa, mas na maneira como a representação é feita e afirmada”. É verdade aquilo
que a obra representa, pensa e diz. Frege27 exclama “Mas porque, por que queremos que
todo nome próprio tenha denotação além do sentido? Porque o pensamento não nos
basta?”, portanto, a denotação é o estado fundamental comum do signo, enquanto a
conotação apenas desvenda sentidos acrescidos, acessórios [o nome próprio é a
denotação].
A uma cadencia que enquanto artista (professor) temos de ter em conta: o uno tenore
que implica a segurança, a segurança implica maestria, e a maestria implica
premeditação [segurança↔ maestria ↔premeditação].
39. Didáctica
40. Fino/grosso
“Gozo gordo”. O indicador é o dedo mais inteligente, pois ele mostra, dirige, esclarece
– para onde vades?
Temos dois momentos da escrita que merece ser realçado com tom de coelho: uma a
escrita paleográfica e a outra a escrita moderna – impressa (que os meus cassules
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43. Timbres
Timbre é o símbolo absoluto da burguesia [assina, rubrica, carimbo sem descanso]: este
funciona como lembrete das vaidades sociais: legislação, medalhas, dinheiros, etc.
44. Tema?...
45. Labirinto
Labirinto é um lugar abarrotado de objectos heteróclitos no meio dos quais não nos
encontramos. “o mundo basta-se a si mesmo, o mundo não precisa de mim: “All except
you”.
46. Leituras
Pensamos que a leitura até certo ponto nos torna Aquiles, que nunca consegue alcançar
a tartaruga, nos torna flecha de Zenão de Eléia “que voa e não voa”, aproximando-se do
objecto numa distancia irredutível, porque infinitamente friccionável.