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Definição
É a disfunção generalizada do tecido conjuntivo, progressiva e de etiologia
desconhecida. É caracterizada por alterações inflamatórias crônicas, que causam
espessamento, fibrose cutânea e de tecidos moles, e é associada a alterações vasculares
periféricas e viscerais (ateriosclerose fibrótica), com manifestações osteomusculares e
sistêmicas diversas, podendo ser fatal. (GULKO, et. al., 1990; UZIEL, Y. et al.,
1995SKARE, T.L. 1999, BORGES, C., 2000)
Classificação:
Sistêmica Localizada
Difusa Linear
Limitada (CREST) Morféia
Overlapp ou sobreposição Generalizada
Visceral
Epidemiologia
Doença rara - Devido à baixa expectativa de vida há grande dificuldade em
estudá-la
Predomínio no sexo feminino (8:1) podendo aumentar p/ 15:1 em mulheres com
faixa etária entre 15 e 50a (período fértil)
Prevalência 126 casos por milhão de habitantes
Início ocorre ente 30 e 60a
Não há predileção por raça
Etiologia
Genéticos: relação entre o antígeno leucocitário humano (HLA) e a ES
controversa; a doença não é freqüente em membros da mesma família.
Predomínio mulheres - influência hormonal
Fatores imunológicos - linfócitos T ativos na ES. Ativação em predispostos =
fibrose
Fatores ambientais solventes orgânicos, silicone (próteses mamárias), drogas
(inibidores de apetite, L-triptofano, etc.) e vírus.
Patogênese
Eventos que causam a doença são pouco conhecidos
Explicação mais aceita = episódios repetidos de lesões endoteliais de vasos e
microvasos:
Patogênese
↑ Síntese de colágeno
Lesão proliferativa
Isquemia
Quadro Clínico
Variável inicialmente:
Paciente com a forma difusa tem curso clínico diferente dos q tem formas
limitadas: progressão rápida comprometimento cutâneo e maior risco de lesões
renais, cardíacas e pulmonares nos cinco primeiros anos da doença
Edemas nas mãos e fenômeno de Raynaud (isquemia localizada,
Vasoespasmo, cianose reativa ao retorno do fluxo
Parestesias nas mãos e rigidez matinal.
Manifestações cutâneas
Espessamento (escleroderma) característico da doença
Manifestações ocorrem fases:
Edematosa pele espessada, brilhante, edema difuso em mãos e
pés, progressão centrípeta
Indurativa: inicia após alguns - meses pele endurecida, inelástica
e aderida aos planos profundos – ocorrem ulcerações com
facilidade, além de diminuição da mobilidade articular
Desaparecem as rugas de expressão da face
Nariz e comissura labial afilam-se (microstomia)
Anexos cutâneos diminuídos: pele seca, áspera e sem pêlos
Leucomelanodermia: lesões esbranquiçadas e lesões escuras
Calcinose cristais de cálcio ou hidroxiapatita (locais de uso excessivo ou
tramautismos (cotovelos, joelhos, dorso das mãos) e locais afetados pelo
fenômeno de Raynaud.
Telangiectasias: dilatações de capilares e arteríolas que acometem face, lábios,
língua, dedos das mãos, áreas pereungueais e membranas mucosas.
Fase atrófica com do caráter fibrótico e inflamatório: a pele torna-se mais
pregueada, frágil, fina e macia.
Podem ocorrer ulcerações da pele: traumas (cotovelos e áreas contraturas em
flexão)
Manifestações gatrointestinais
Determinante da morbidade e mortalidade
Disfunção esofagiana atrofia e fibrose da camada muscular e submucosa
Disfagia no início da doença
Refluxo esofágico
Gastroparesia com náuseas, vômitos.
Afilamento dos lábios, telangienctasias ao redor dos lábios, da língua e
membrana mucosa; rigidez da língua, espessamento e encurtamento do freno.
Acometimento do intestino delgado: cólicas abdominais, diarréia e má absorção
Manifestações pulmonares
Doença intersticial pulmonar e hipertensão pulmonar são mais freqüentes
Doença intersticial pulmonar (dispnéia, tosse não produtiva e dor pleural), à
ausculta encontra-se estertores em base do pulmão
Hipertensão pulmonar (pacientes na forma limitada): achados de dispnéia ao
repouso e ao esforço, além de edemas nos pés.
Manifestações cardíacas
São menos freqüentes
Pode ocorrer pericardite ou arritmias (alterações vasos coronarianos ou fibrose
miocárdica)
H.A secundária ao acometimento renal ou hipertensão pulmonar
Manifestações Renais
Lesões glomerulares alterações pequenos vasos
Mais freqüente na forma difusa
Doença evolui para proteinúria HA e insuficiência renal
Crise renal esclerodérmica é a manifestação visceral mais grave (20-25%),
ocorrem normalmente nos primeiros cinco anos da doença.
Diagnóstico
Em 1980 o American College of Rheumatology (ACR), estabeleceu os critérios
diagnósticos para classificação da ES. Para o diagnóstico é necessário a presença do
critério maior ou na sua ausência, de dois critérios menores.
Tratamento medicamentoso
AINH (manifestações articulares)
Inibidores da bomba próton ou inibidores de H2 p/ esofagite de refluxo
Corticóides (manifestações inflamatórias c/ serosite, artrite e fase edematosa)
Colchicina
Drogas vasoativas (controle fenômeno de Rayanaud)
Imunossupressores
Bloqueadores de canal de cálcio
Tratamento Fisioterapêutico
Avaliação (histórico de aparecimentos de sintomas; avaliação física e funcional)
Objetivos
Aumento e manutenção da ADM
Aumento e manutenção da FM
Treino de equilíbrio e marcha
Melhorar a consciência corporal
Orientações gerais sobre a doença e sua evolução
Tratamento Fisioterapêutico
Exercícios passivos; ativos
Estímulos proprioceptivos
Treino de equilíbrio e marcha
Exercícios respiratórios
Massoterapia
Hidroterapia precauções
Laser
Atividades lúdicas = entreter o paciente
Orientações (gerais e proteção articular e conservação de energia)