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Formado, Aarão Brito veio fazer carreira no Maranhão, sendo nomeado Promotor
Público de Viana, em 11 de novembro de 1891. Foi também Juiz Municipal e de
Órfãos do Baixo Mearim e Juiz de Direito da Comarca de Imperatriz, de 1896 a
1900.
O Dr. Aarão Brito deixa a Comarca de Barra do Corda, seguindo para a de Viana,
para a qual havia sido transferido, no dia 7 de julho de 1902, a apenas uma semana
de seu casamento, causando profunda comoção a todos os seus moradores. O
mesmo jornal O Norte, de 12 de julho de 1902, noticiando o ocorrido, assim
exprimiu-se:
“Informa-se que está nomeado Chefe de Polícia do Estado, o Sr. Dr. Aarão A. do
Rego Brito, Juiz da 2ª Vara, que ontem recusara esse cargo, conforme dissemos,
baseados em declarações feitas, sem reservas, por S. Ex.ª. Em matéria de segurança
pública, a guarda da propriedade, nada teremos que pedir ao novo funcionário,
pois S. Ex.ª lê os jornais, necessariamente, e sabe quais as necessidades da nossa
população. O Dr. Aarão Brito achará, na chefatura, o exemplo do seu antecessor, o
Dr. Lisboa, filho, a quem se não podem regatear elogios, pela correção com que se
manteve no cargo, elogios esses que, partindo de nós, são insuspeitos”.
Vale ressaltar que por duas vezes o Dr. Aarão Brito assumira este importante cargo
na Segurança Pública do Estado. A primeira no governo do Dr. João Costa
(1º.abr.1901 a 4.2.1902) , quando ainda Juiz de Direito em Barra do Corda, e esta
segunda, na administração do Dr. Luís Domingues.
Em 22 de abril de 1913, deixa o cargo de Chefe de Polícia por ter sido nomeado
Desembargador do Superior Tribunal de Justiça, em lugar do Des. Tasso Coelho. O
Estado do Pará, de 25 de abril de 1913, sob o título “Justa Nomeação”, tece os mais
estimados encômios ao Dr. Aarão Brito, em face de tal nomeação, enaltecendo-lhe
as qualidades de juiz, cujo vulto “se destacava, apesar da modéstia com que
procurava esconder sua invulgar capacidade intelectual”.
Carreira sempre ascendente, talvez uma das últimas promoções a que fora
laureadoo registrou O Jornal, S. Luís, de 23 de agosto de 1922, à pág. 4:
S. Exa. Dr. Raul Machado, Governador do Estado, decretou luto por três dias.
– Na ocasião de baixar ao túmulo o corpo do saudoso extinto, o Dr. Costa Gomes fez
uma comovente peroração, estudando a vida do morto ilustre.
O enterro, que esteve a cargo da conceituada casa Baltasar Pereira & Irmão,
realizou-se hoje pela manhã. Sobre o rico ataúde viam-se coroas com as seguintes
inscrições: “Ao pai extremoso, gratidão de Ademar e Waldemar”; “Saudade eterna
de sua mulher e filhos: Lágrimas de suas irmãs”; “Ao bom amigo Aarão Brito,
saudades de Raul Machado”; Dr. Mundico e família: “A Faculdade de Direito do
Maranhão ao seu catedrático Dr. Aarão Brito”; “O Superior Tribunal a Aarão Brito,
tributo de saudosa recordação e homenagem ao caráter e alevantadas virtudes do
inesquecível e leal companheiro”; “Ao Dr. Aarão, saudades de Wllysses Rodrigues”.