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Data: 22/01/2010
Equipe Interdisciplinar: MASP Assinatura
Amara Borges Amaral 598.804-3
Evandro de Abreu Fernandes Júnior 1.155.586-9
Adrian Franco Silva 1.197.554-7
Arlene Cortes da Rocha 1.148.094-4
Aila Rios de Souza 1.211.417-9
Amilton Alves Filho 1.146.912-9
Janaína de Souza Mendes 1.200.568-2
Kamila Borges Alves 1.151.726-5
Ciente: Rodrigo Angelis Alvarez 1.191.774-7
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
- adquirir uma área não inferior ao dobro daquela impactada, na mesma bacia,
preferencialmente na área de entorno do empreendimento e com vegetação nativa. Caso
não seja possível a aquisição de uma área com estas características, deverá ser
recomposta mediante apresentação de um PTRF – Projeto Técnico de Recomposição
Florestal à SUPRAM TM/AP.
- esta área deverá ser averbada à margem da matrícula do imóvel, somando a área de
reserva legal do empreendimento, vedada sua exploração salvo com anuência prévia do
órgão ambiental. Ainda, deverá constar na citada averbação que esta área refere-se à
medida compensatória imposta pelas intervenções em APP.
Ademais, o acompanhamento das atividades de recomposição desenvolvidas nesta
medida compensatória, caso necessárias, deverá constar em relatório técnico a ser
protocolado anualmente na SUPRAM TM/AP.
Para os mamíferos voadores foram instaladas redes de neblina mist-nets para captura nos
meses de agosto-setembro/2008, novembro/2008, março/2009 e maio/2009.
Das 28 espécies identificadas na área, quatro delas foram citadas somente em entrevistas.
Cita-se algumas das espécies identificadas: Cerdocyon thous (cachorro-do-mato), Eira
barbara (irara), Conepatus semistriatus (jeritataca), Galictis sp. (furão), Procyon
cancrivorus (mão-pelada), Nasua nasua (quati), Dasypus novemcinctus (tatu-galinha),
Euphractus sexcinctus (tatu-peba), Mazama sp. (veado), Cuniculus paca (paca),
Dasyprocta azarae (cutia), Coendou prehensilis (ouriço-cacheiro), Hydrochaeris
hydrochaeris (capivara), Callithrix penicillata (mico-estrela), Cebus apella (macaco-prego).
Para uma melhor caracterização da avifauna local foram utilizadas três metodologias
complementares: amostragem por observação direta, amostragem pelo método de censo
por ponto de escuta e amostragem com redes de neblina. As campanhas ocorreram nos
meses de setembro/2008, dezembro/2008-janeiro/2009, março/2009 e maio/2009.
De acordo com o relatório deste projeto, algumas espécies aquáticas registradas nas
lagoas temporárias que se formam na área de influência da PCH Malagone, tais como:
Tachybaptus dominicus (mergulhão-pequeno) e Podilymbus podiceps (mergulhão-
caçador), são espécies migratórias na região que se beneficiam das áreas formadas em
épocas de chuva, importantes locais para reprodução.
Este projeto foi coordenado e executado pelas Biólogas Jacqueline Bonfim Vasques,
CRBio 44376/04-D, e Khelma Torga dos Santos, CRBio 49931/04-D.
Este estudo foi desenvolvido e coordenado pelo Biólogo Frederico Innecco Alves Garcia,
CRBio n. 44078/04-D.
Este projeto tem duas fases distintas: durante o desmatamento da bacia de acumulação e
durante o enchimento do reservatório.
O relatório completo a que se refere este projeto será entregue após o desenvolvimento
das atividades previstas para enchimento do reservatório.
cachoeira Malagone, na confluência do rio Uberabinha com o rio das Pedras e no rio das
Pedras.
Foram capturados 1569 indivíduos pertencentes a 20 espécies; dentre elas, seis espécies
são consideradas migradoras: Myleus tiete (pacu-prata), Leporinus friderici (piau-três-
pintas), Leporinus obtusidens (piapara), Schizodon nasutus (taguara), Pimelodus
maculatus (mandi-amarelo) e Rhamdia quellen (bagre). Duas espécies são exóticas:
Oreochromis niloticus (tilápia) e Clarias gariepinus (bagre africano).
Diante da análise dos dados referentes a este projeto, condiciona-se a este Parecer que o
monitoramento da ictiofauna à montante e à jusante do barramento seja desenvolvido
durante a fase de operação do empreendimento.
Este projeto foi desenvolvido pelos Biólogos Dr. José Fernando Pinese, MSc. Ana Carolina
Lacerda Rêgo, MSc. Olívia Penatti Pinese e pelo Geógrafo José Fernando Pinese Júnior.
A captura foi realizada por meio de redes de arrasto, tarrafas, peneiras e puçás, de acordo
com as características das poças d’água (tamanho, profundidade). Periodicamente
monitorava-se a temperatura e oxigenação nas águas empoçadas.
Ao final das atividades de resgate foram capturados e soltos 540 indivíduos pertencentes a
10 espécies de peixe de pequeno e médio porte. A maioria dos indivíduos pertence às
espécies Hypostomus sp. (cascudo), Rhamdia quelen (bagre), Synbranchus marmoratus
(muçum), Gymnotus carapo (tuvira) e Hoplias lacerdae (trairão).
Este projeto se desenvolveu sob coordenação do Biólogo Prof. Dr. José Fernando Pinese.
Este projeto teve por objetivo apresentar informações sobre a distribuição de Myleus tiete
ao longo do rio Uberabinha, na área de influência da PCH Malagone, além de fornecer
dados sobre biologia e ecologia da espécie.
Apesar dos esforços de captura, somente um exemplar de pacu-prata foi capturado ponto
à jusante da cachoeira Malagone. Tratava-se de uma fêmea com gônadas maduras e
estômago cheio.
Este estudo não foi conclusivo, entre as justificativas para a captura de somente um
indivíduo da espécie monitorada pode-se citar o ciclo de chuvas atípico que vem ocorrendo
na região, que apenas iniciou-se em dezembro, resultando em vazões muito baixas para o
rio Uberabinha. O atraso nas cheias ocorrido durante o período de estudos teria impedido
o desencadeamento da migração reprodutiva que, provavelmente, se manteve no
reservatório da UHE de Itumbiara.
Desta forma, sugere-se que este projeto tenha continuidade nos dois primeiros anos de
operação da PCH Malagone, com campanhas trimestrais e relatórios anuais. Quando
então serão propostas novas ações, caso necessário.
Este projeto foi coordenado pelo Biólogo Prof. Dr. José Fernando Pinese.
- Projeto de Saúde
Este projeto teve por objetivo principal estabelecer as medidas de segurança e alerta a
serem tomadas durante a implantação e a operação do empreendimento, visando a
prevenção de ocorrência de acidentes durante a construção, enchimento do reservatório e
operação da PCH Malagone.
Todo o horizonte de solo orgânico removido antes do início das obras foi estocado em
leiras fora da área de inundação, identificadas por placas. Com o início do programa de
recuperação de áreas degradadas, este material será utilizado.
Ressalta-se que a execução deste projeto ainda não teve início pois se dará concomitante
à desmobilização do canteiro de obras.
Este Programa tem por objetivo acompanhar e monitorar as feições erosivas, cuja
metodologia a ser adotada será o preenchimento de ficha cadastral para cada foco erosivo
com observações do perfil dos solos, relatório fotográfico e diagnóstico das causas do
movimento de massa. Serão utilizados critérios para descrever o processo erosivo como
uso do solo, declividade, severidade, etc.
Num primeiro momento, foram realizadas campanhas de campo para identificação das
matrizes, as quais foram georreferenciadas e tiveram sua altura e diâmetro medidos. O
relatório referente a este projeto traz uma tabela constando uma lista com 160 matrizes
pertencentes a 52 espécies.
Este projeto foi coordenado e executado pelo Biólogo Sérgio de Faria Lopes, CRBio
37.897/04.
De acordo com o Parecer Único SUPRAM CM 022/2008, o objetivo central deste projeto é
garantir a manutenção da integridade das espécies ameaçadas de extinção registradas na
área de inserção do empreendimento.
Não consta no relatório referente a este projeto se houve ou não nova identificação de
alguma espécie destes gêneros na área do empreendimento PCH Malagone.
Para o gênero Mikania, consta no relatório que se optou pela não coleta uma vez que se
trata de um grupo de lianas não sugeridas para projetos de recuperação/revegetação de
áreas.
Conforme mencionado no relatório, pág. 6, “da família Flacourtiaceae [...] foi coeltado
sementes da espécie Casearia gossypiosperma” (cambroé). No entanto, este registro não
consta no relatório do Projeto de Coleta de Sementes e Germoplasma.
A espécie Gloxinia sarmentiana foi encontrada nos paredões da cahoeira Miné, localizada
na área de influência da PCH Malagone. Conforme consta no relatório, optou-se por não
realocá-la em virtude desta área não sofrer nenhum tipo de interferência pelo
empreendimento.
A que se considerar, contudo, que existe outro empreendimento (PCH Miné) com Licença
de Instalação concedida para o referido local. Desta forma, caso sejam iniciadas as obras
do referido empreendimento, este espécime deverá ser coletado e realocado.
A equipe de análise considera que este programa não atendeu ao seu objetivo central uma
vez que não foram apresentadas quais medidas/ações serão adotadas para garantir a
conservação destas espécies e também não foram contempladas no Projeto de Coleta de
Sementes e Germoplasma. Ressalta-se que estas premissas deverão ser incorporadas ao
próximo relatório.
Este projeto tem como finalidade a produção e o fornecimento de mudas para formação e
incentivo à reconstituição de flora ciliar no entorno do futuro reservatório.
A princípio, a demanda por mudas seria suprida por uma parceria com a Escola
Agrotécnica Federal de Uberlândia – EAFUDI, para onde foram encaminhadas as
sementes coletadas no Projeto de Coleta de Sementes e Germoplasma.
Este programa foi coordenado pela Bióloga Jacqueline Bonfim Vasques e executado pelos
Biólogos Júlio César de Oliveira Filho, Fernanda Cavalcanti de Azevedo e Sérgio de Faria
Lopes. Contou ainda com a colaboração de seis auxiliares de campo.
Quanto à flora, foram coletados 140 indivíduos pertencentes a sete espécies: quatro
bromeliáceas, uma cactácea e duas orquidáceas.
Este projeto tem como objetivo promover a regeneração natural da vegetação ciliar na
Área de Preservação Permanente – APP do futuro lago formado pela instalação do
empreendimento. De acordo com o Parecer Único SUPRAM CM n. 022/2008, a área a ser
considerada por este projeto tem largura em 50m, em projeção horizontal, medida a partir
do NA máximo normal.
No primeiro ano, o plantio foi na margem direita do rio Uberabinha, cerca de 4km à
montante do canteiro de obras, onde foram plantadas cerca de 11.000 mudas com
espaçamento de 2,00 x 2,50m, numa área de 5,5ha. As espécies utilizadas foram:
pororoca, cafezinho, cutieira, ipê amarelo, ipê roxo, ipê rosa, jacarandá, aroeira, baru,
cabriúva, guapeva, goiabinha, peroba.
ambiente lótico em ambiente lêntico, e ser utilizado como instrumento para verificar o grau
de eficiência dos sistemas de minimização dos possíveis efeitos negativos à qualidade das
águas.
Dentre os parâmetros acima citados, chama atenção os parâmetros Fósforo Total e Nitrato
(parâmetro pertencente à série de Nitrogênio – amônia, nitrato, nitrito e nitrogênio
orgânico), pois estes são considerados os principais nutrientes responsáveis pela
eutrofização de corpos d’água.
Para Resolução 357/2005 do CONAMA, as águas doces classe 2 (podem ser destinadas
ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional, à proteção das
comunidades aquáticas, à recreação de contato primário, à irrigação de hortaliças, plantas
frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa a
vir ter contato direto, à aqüicultura e à atividade de pesca) devem apresentar as seguintes
condições quanto aos parâmetros Fósforo e Série de Nitrogênio, conforme tabela abaixo:
TABELA 1: Padrões dos parâmetros Fósforo Total e Série de Nitrogênio, estabelecidos para águas doces
Classe 2.
Fósforo Total
Ambientes Intermediários (tempo de
Ambientes Lóticos e Tributários Ambientes
residência entre 2 e 40 dias, e tributários
de Ambientes Intermediários Lênticos
diretos de ambiente lêntico)
0,1mg/L P 0,050mg/L 0,03mg/L
Série Nitrogênio
Nitrato 10,0mg/L
Nitrito 1,0mg/L
Nitrogênio Amoniacal Total
pH ≤ 7,5 7,5 < pH ≤8,0 8,0 < pH ≤8,5 pH > 8,5
3,7mg/L 2,0mg/L 1,0mg/L 0,5mg/L
De acordo com a Tabela 01 – resultado das análises dos parâmetros físicos, químicos e
bacteriológicos avaliados nas estações de amostragem, do Programa de Qualidade das
Águas, Hidrelétrica MALAGONE, Julho de 2009, os parâmetros pH, Fósforo Total,
Nitrogênio Amoniacal Total e Nitratos apresentaram as seguintes concentrações:
TABELA 2: Resultado das análises para o parâmetro Nitrogênio Total em mg/L Os valores estabelecidos pela
Resolução CONAMA dizem respeito aos padrões da Classe 1.
P (mg/L) N2 Amoniacal
Período Estações pH Nitrato (mg/L)
Total Total (mg/L)
UBE 04 7,2 0,02 0,05 0,40
Abril/2008 UBE 05a 7,14 0,11 0,69 0,90
UBE 05 7,27 0,10 0,82 1,00
UBE 04 6,73 0,29 <0,01 30,0
Julho/2008 UBE 05a 6,89 0,39 0,05 30,0
UBE 05 6,73 0,18 0,09 14,0
UBE 04 7,15 0,19 0,95 1,20
Novembro/
UBE 05a 7,31 0,16 0,88 1,20
2008
UBE 05 7,66 0,14 0,85 1,00
UBE 04 6,84 0,03 0,09 0,40
Fevereiro/
UBE 05a 7,11 0,08 1,2 0,90
2009
UBE 05 6,8 0,08 0,84 0,90
UBE 04 7,16 0,22 2,13 0,80
Junho/
UBE 05a 7,2 0,22 2,06 0,90
2009
UBE 05 7,44 0,24 2,14 1,00
A tabela abaixo expõe os resultados obtidos para este parâmetro durante a campanha
realizada em atendimento ao PQA.
TABELA 3: Resultado das análises para o parâmetro Nitrogênio Total em mg/L Os valores estabelecidos pela
Resolução CONAMA dizem respeito aos padrões da Classe 1.
Estações de CONAMA
Nitrogênio CONAMA
Período Amostragem 357/2005
Total 357/2005 (Lótico)
(Lêntico)
UBE 04 0,5
Abril/2008 UBE 05a 1,6
UBE 05 1,9
UBE 04 3,4
Julho/2008 UBE 05a 4,4
UBE 05 3,7
UBE 04 2,4
Novembro/2008 UBE 05a 2,3 1,27mg/L 2,18mg/L
UBE 05 2,0
UBE 04 <1
Fevereiro/2009 UBE 05a 2,2
UBE 05 2
UBE 04 3,1
Junho/2009 UBE 05a 3,1
UBE 05 3,4
Quanto ao parâmetro Nitrito, este não foi monitorado, porém não reflete na qualidade das
informações apresentadas junto ao PQA, pois o nitrito é instável na presença de oxigênio,
normalmente encontrada em quantidades diminutas nas águas superficiais.
o empreendimento deverá continuar a monitorar estes parâmetros, pois este poderá refletir
no grau de eutrofização do mesmo.
Já o parâmetro cor, cujo limite estabelecido pela Resolução 357/2005 do CONAMA para
corpos d’água Classe 2 é de 75 UH, apresentou uma quantidade significativa de
inconformidades durante as cinco campanhas realizadas – 09 resultados de 15 análises
(3/campanha). Este parâmetro extrapolou o limite supracitado principalmente nas
campanhas de Novembro/2008 (UBE 04: 148 UH; UBE 05a: 135 UH; e UBE 05: 151 UH) e
Fevereiro/2009 (UBE 04: 97 UH; UBE 05a: 1050 UH; e UBE 05: 395 UH). Nas campanhas
de Abril/2008 (UBE 05a: 342 UH e UBE 05: 76 UH) e Junho/2009 (UBE 05: 80 UH), o
parâmetro cor foi avaliado fora do padrão estabelecido.
A cor de uma amostra de água, medida a partir da redução de intensidade que a luz sofre
ao atravessar uma coluna de água, é originada de forma natural, a partir da presença de
sólidos dissolvidos, da decomposição da matéria orgânica, principalmente dos vegetais –
ácidos húmicos e fúlvicos, além do ferro e manganês. A origem antropogênica surge dos
resíduos industriais e esgotos domésticos.
“Os parâmetros Ferro total e Ferro Solúvel indicam uma concentração significativa desse
elemento nas águas do rio Uberabinha, principalmente quando analisado o Ferro total,
independente do período hidrológico. A Resolução 357/2005 do CONAMA estabelece
limites somente para o Ferro Solúvel – 0,3mg/L. Dessa forma, em fevereiro/2009 (Período
chuvoso) e junho/2009 (Período de estiagem) houve violação desse limite”. (pg. 24,
AGETEL Suporte Ambiental e MLT Engenharia de Projetos Ambientais).
Quanto ao Índice de Qualidade das Águas elaborado a partir dos resultados obtidos das
campanhas de amostragem nas três estações ao longo do trecho do rio Uberabinha
diretamente afetado pelo remanso do reservatório, e da metodologia determinada pela
SEMAD, 2005, durante amostragem do mês de julho/2008, todas as estações registraram
IQA ruim. Em novembro, as águas do Rio Uberabinha foram classificadas como de
qualidade média nas três estações de amostragem e em fevereiro/2009 como de boa
qualidade na estação UBE 04 e média qualidade nas outras duas. Em junho/2009, já se
observa uma nova tendência de queda nessa classificação, com exceção da estação UBE
05a.
TABELA 4: Índice de qualidade das águas das estações de coleta do Rio Uberabinha; Bom (70<IQA<90);
Médio (50<IQA<70); e Ruim (25<IQA<50); SEMAD, 2005.
UBE 04 UBE 05ª UBE 05
Abril/2008 BOM (72,8) BOM (70,1) MÉDIO (69,9)
Julho/2008 RUIM (37) RUIM (46,9) RUIM (40,8)
Novembro/2008 MÉDIO (62,7) MÉDIO (61,2) MÉDIO (63,6)
Fevereiro/2009 BOM (73,6) MÉDIO (55,6) MÉDIO (62,6)
Junho/2009 MÉDIO (60,5) MÉDIO (60,4) MÉDIO (59,9)
TABELA 5: Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais no Estado de Minas Gerais, Relatório
Trimestral, Rio Uberabinha, PB 023/Martinésia. Limites DN COPAM/CERH nº. 01/2008 (Classe 2): pH, 6 a 9;
Cor Verdadeira, 75mg PT/L; Fósforo Total (limites para ambientes lóticos), 0,1mg/L; DBO, 5mg/L; Ferro
Dissolvido, 0,3mg/L.
Parâmetros 20/03/2008 12/06/2008 11/09/2008 04/12/2008
pH 6,4 5,9 6,6 6,4
Cor Verdadeira 165 - 76 -
Fósforo Total 0,20 0,22 0,84 021
DBO 3 3 7 5
Coliformes Termotolerantes 17000 30000 40 160000
Ferro Dissolvido 0,16 0,13 2,44 0,21
IQA 51,1 (Médio) 49,7 (Ruim) 62,4 (Médio) 45,6 (Ruim)
Comunidade Fitoplanctônica
Contagem de comunidade fitoplanctônica para cada uma das três estações de coleta –
densidade total (expressa em porcentagem e indivíduos/ml), riqueza total (unidades
taxonômicas) e índice de diversidade de Shannon-Wienner. Coletas: 14/04/2008;
25/07/2008; 21/11/2008; 17/02/2009 e 08/06/2009.
Comunidade Zooplanctônica
Com relação à riqueza de espécies, ou de taxa, nota-se que houve maior riqueza na
primeira coleta (abril/2008), onde os valores ficaram entre 22 e 28 espécies, enquanto na
segunda coleta, a riqueza de espécies oscilou em torno de 20 espécies. A partir da terceira
campanha, a riqueza foi menor, com pico de 10 espécies na estação UBE 04, sendo que a
campanha de junho/2009 apresentou os menores resultados de riqueza, com mínimo de
03 espécies na estação UBE 05 e máximo de 06 na estação UBE 04. (pg. 44, PQA PCH
MALAGONE; AGETEL Suporte Ambiental e MLT Engenharia de Projetos)
Comunidade Bentônica
A análise das comunidades hidrobiológicas mostram se tratar de águas que abrigam uma
biota bastante complexa com espécies tolerantes e outras bastantes sensíveis a
ambientes impactados ocorrendo conjuntamente sem a ocorrência de dominâncias muito
pronunciadas, o que mostra que o Rio Uberabinha, mesmo recebendo efluentes, muitas
vezes in natura, possui capacidade de autodepuração acentuada. (PQA PCAH
MALAGONE, pg. 52; AGETEL Suporte Ambiental e MLT Engenharia de Projetos
Ambientais).
De acordo com os dados gerados pelo Programa de Qualidade das Águas – PQA, da PCH
MALAGONE, e com os dados disponibilizados pelo IGAM sobre o Monitoramento da
Qualidade das Águas Superficiais da Bacia do Rio Paranaíba, é possível concluir que as
águas do Rio Uberabinha apresentam disponibilidade de nutrientes limitantes ao processo
de eutrofização, principalmente fósforo e nitrogênio.
Reservatórios e lagos com longo tempo de retenção hidráulica, baixa profundidade média
e que estejam submetidas a elevados níveis de carga de nutrientes, são candidatos
potenciais ao aparecimento indesejável de florações de algas, cianobactérias e macrófitas
aquáticas com grande potencial de comprometimento de suas águas. Dentre os nutrientes
responsáveis pelo enriquecimento das águas, nitrogênio e fósforo parecem ser os mais
importantes.
Outro aspecto importante diz respeito à caracterização do sedimento de fundo, pois este,
freqüentemente, pode estar associado ao trofismo do meio aquático, visto que a
concentração da maioria dos elementos químicos é significativamente maior neste
compartimento, com possibilidade de liberação ao meio líquido. Também é onde ocorre a
maioria das reações físico-químicas e biológicas com relação à ciclagem de nutrientes –
reações de fixação e liberação para a coluna d’água – e ao fluxo de energia – deposição e
reciclagem de carbono. A fração orgânica dos sedimentos constitui a principal fonte de
energia para a população bentônica dos reservatórios. Neste sentido o empreendedor está
condicionado a realizar anualmente, a caracterização dos sedimentos do fundo do
reservatório em pontos de amostragem representativos do reservatório.
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 22/01/10
SUPRAM – TM e AP CEP 38400-170 – Tel: (34) 3237-3765 / 2983 Página: 33 /49
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
No entanto, solicita-se ao empreendedor que, após a geração deste resíduo, seja realizada
a análise e a classificação do mesmo segundo a ABNT NRB 10.004/04 para,
posteriormente, definir a destinação mais adequada.
• Temperatura do ar
• Velocidade e direção dos ventos
• Umidade do ar
• Pressão atmosférica
• Medição de quantidade de chuva
• Insolação
Este programa foi apresentado junto ao PCA na fase de Licença de Instalação. No entanto,
por se tratar de documento ainda genérico, solicita-se que seja feita uma revisão do
PACUERA e seja apresentado um cronograma detalhado. Ressalta-se que devem ser
observados os preceitos elencados na Resolução CONAMA n. 302, de 20 de março de
2002.
Conforme recomendação expedida pelo Ministério Público Estadual à SEMAD, deverá ser
realizada audiência pública para que o Programa seja discutido. A realização deste
procedimento deve ser comunicada ao Ministério Público com 30 dias de antecedência.
Outra recomendação é a necessidade de se ouvir o Comitê de Bacia Hidrográfica da área
do empreendimento sobre as questões relativas ao entorno dos reservatórios.
Condicionante atendida.
12. Apresentar solução para disposição dos resíduos da unidade de saúde, que não seja
no aterro controlado, atendendo a Resolução CONAMA 358/2005.
15. Qualquer serviço terceirizado de coleta e disposição final de resíduos e efluentes deve
ser realizado por empresas licenciadas junto aos órgãos competentes. Havendo esse tipo
de serviço, a comprovação dessas licenças deve ser apresentada à SUPRAM CENTRAL.
Condicionante atendida. Foi firmado Contrato de Prestação de Serviços com a empresa
A Limpar Logística Ltda. para sucção e transporte de efluentes e limpeza de fossa séptica.
A citada empresa possui Declaração de não Passível de Licenciamento n. 075687/2007
com vencimento em 21 de março de 2011.
16. Identificar qual empresa será responsável pela limpeza das fossas e informar qual será
o local de destino desse material.
Condicionante atendida. Foi firmado Contrato de Prestação de Serviços com a empresa
A Limpar Logística Ltda. para sucção e transporte de efluentes e limpeza de fossa séptica.
A citada empresa possui Declaração de não Passível de Licenciamento n. 075687/2007
com vencimento em 21 de março de 2011.
19. Apresentar ART’s dos responsáveis pela execução de cada um dos programas
propostos no PCA.
Condicionante atendida.
Av. Nicomedes Alves dos Santos, 136– Uberlândia – MG DATA: 22/01/10
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22. Apresentar convênio assinado com uma instituição de saúde de Uberlândia, com a
finalidade de absorver as demandas de atendimento médico e hospitalar para os
trabalhadores durante a instalação do empreendimento.
Condicionante atendida. Foi firmado convênio com o Hospital de Clínicas do Triângulo
Ltda., conforme cópia do contrato protocolada em 17/04/2008.
24. Apresentar convênio assinado com a Policia Militar do Estado de Minas Gerais para
assegurar o acréscimo dos serviços de segurança pública.
Condicionante atendida. Em 24 de março de 2008, firmou-se o Convênio n. 01/2008 de
cooperação mútua entre a Wanerg Energética Ltda. e a Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais.
25. O Projeto de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos deve ter caráter contínuo
durante as fases de implantação do empreendimento, de enchimento do reservatório e no
primeiro ano após o enchimento, procurando registrar alterações e problemas que,
porventura, estejam ocorrendo e propor, caso necessário, medidas a serem
implementadas tempestivamente. Os resultados desse monitoramento – registros de
campo, planejamento e execução das medidas cabíveis – deverão constar em relatórios
semestrais a serem enviados a SUPRAM.
Condicionante atendida. Foram protocolados três relatórios contemplando as ações
desenvolvidas no âmbito deste Projeto.
27. Durante a fase de instalação da PCH Malagone deverão ser elaborados no âmbito do
Projeto de Comunicação Social e Projeto de Educação Ambiental relatórios
semestrais contendo todas as atividades desenvolvidas. Além disso, deverá ser entregue
até três meses após o término dos projetos um relatório final contemplando todas as
etapas.
Condicionante atendida. Foram protocolados três relatórios contemplando as ações
desenvolvidas no âmbito destes Projetos; as quais estão sucintamente relacionadas no
item 2.5 deste Parecer.
28. Apresentar registro dos imóveis adquiridos para instalação da infra-estrutura básica da
PCH, com respectivas reservas legais averbadas.
Condicionante atendida. Conforme documentos constantes nos autos foram
apresentados registro de imóvel, escritura pública de compra e venda e contrato de
compra venda, comprovando a propriedade e posse das sobreditas áreas.
Insta mencionar, que o Ministério Público da Comarca de Uberlândia ingressou com uma
Ação Civil Pública, processo nº 0702.09.576.316-6, em desfavor do empreendimento
Hidrelétrica Malagone e do Estado de Minas Gerais, tendo em vista as disposições
contidas na Lei Estadual nº 11.931/1995.
Importante destacar um trecho da decisão do Relator Dr. Des. Elias Camilo, em sede do
Agravo de Instrumento interposto pela PCH Malagone, que cassou a decisão de primeiro
grau que determinava a suspensão da obra:
3. CONCLUSÃO
De acordo com a análise técnica e jurídica, considerando que o empreendedor foi autuado
face às irregularidades vislumbradas durante a análise do processo, que estas mesmas
irregularidades são passíveis de regularização nesta fase, que o empreendimento
encontra-se totalmente instalado e, considerando ainda, que a fiel execução dos
programas tenderiam a mitigar os impactos ocasionados pela implantação e operação do
empreendimento; a equipe técnica sugere o deferimento da concessão da Licença de
Operação, com prazo de validade de 06 (seis) anos para o empreendimento
HIDRELÉTRICA MALAGONE S.A, desde que sejam atendidas às condicionantes listadas
no Anexo I, ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política
Ambiental do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção pelo
requerente de outras licenças legalmente exigíveis.
Ressalta-se ainda que as revalidações das licenças ambientais, tais como as de outorga,
deverão ser efetuadas 90 (noventa) dias antes de seu vencimento.
Opina-se que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Ambiental.
ANEXO I
ANEXO II
1. EFLUENTES LÍQUIDOS
Local de amostragem Parâmetros Freqüência
DBO, DQO, óleos e graxas, pH, sólidos
Caixa Separadora Água e Óleo da
suspensos totais, sólidos dissolvidos totais e Semestral
subestação
fenóis totais.
DBO, DQO, óleos e graxas, pH, sólidos
Fossa Séptica dos escritórios, casa
sedimentáveis, sólidos em suspensão, Semestral
de força e demais estruturas
detergentes.
2. EFLUENTE ATMOSFÉRICO
3. RESÍDUOS SÓLIDOS
Enviar semestralmente à SUPRAM TM/AP, até o dia 20 do mês subseqüente, os relatórios
de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, inclusive os resíduos Classe I.
Segue abaixo modelo. Anexar identificação, registro profissional e a assinatura do
responsável técnico pelas informações.