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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

LÍVIA MACIEL SANTIAGO DOS SANTOS

DIGA NÃO AO BULLYING!

Barreiras- Bahia
2012
LÍVIA MACIEL SANTIAGO DOS SANTOS

DIGA NÃO AO BULLYING!

SUMÁo
SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO.............................................................................................3
II. OBJETIVOS.................................................................................................4
2.1 Objetivo Geral 4
2.2 Objetivos os Específicos 4

3.2.3 Testemunhas de bullying 8 Trabalho apresentado à disciplina de


3.2.4 Alvos/autores de bullying 8 Estágio Curricular Obrigatório II,
3.3 Conseqüências 9 Coordenadora do curso: Profª Adarly
3.4 Fatores de Risco 10 Rosana Moreira Goes.
3.5 Bulliyng no Trabalho 11
3.5.1 Tipos de Bulliyng no Trabalho Orientadoras: 12 Supervisora de Campo
Maria Santana Alves, Orientadora
IV. METODOLOGIA.......................................................................................13
Acadêmica Custódia Francisca Aires
V. REFERÊNCIAS.........................................................................................14
da Silva.
1.1

Barreiras - Bahia
SUMÁRIO
2012
1. APRESENTAÇÃO.....................................................................................04
2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................09
3. OBJETIVOS .............................................................................................09
3.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................09
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................09
5. PÚBLICO ALVO..........................................................................................10
6. METAS A ATINGIR.................................................................................... 10
7 METODOLOGIA..........................................................................................10
8. RECURSOS HUMANOS............................................................................10
9 AVALIAÇÃO................................................................................................10
10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................11
11. BIBLIOGRAFIA REFERENCIADA...........................................................12
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1. APRESENTAÇÃO

O fenômeno da violência teve o seu alicerce na forma de sobrevivência do


homem primitivo, para superar a hostilidade da natureza no início dos tempos.
Entretanto, hoje, ele assume uma nova face: a de continuar existindo como
conseqüência da organização humana no espaço. Tanto no passado quanto no
presente, retrata o ser humano diante das desigualdades na relação entre superior e
inferior, utilizando o poder com fins de dominação, exploração, opressão e morte.

Atualmente, a violência é vista como um problema de ordem pública, que tem


chamado a atenção de todos pelas sérias conseqüências individuais e sociais,
podendo aparecer sob diversas formas: a física, a doméstica, a psicológica, a sexual
e, mais recentemente, o bullying.

O Bullying apresenta-se através de diversas formas de atitudes agressivas,


intencionais e repetidas, ocorrendo sem ou com motivação banal, adotada por um
ou mais estudantes contra outro(s), não só nas escolas, mas pode ser vivenciado
em qualquer lugar, causando os mais variados tipos de sentimentos desagradáveis
ao ser humano como, dor, angústia, medo, entre outros. Ele é um problema que
pode ser encontrado em qualquer instituição, não estando restrito a apenas uma
específica, pode ser em instituição primária ou secundária, pública ou privada, rural
ou urbana.
Nesta linha de intervenção surge o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social – CREAS, serviço que tem por finalidade cumprir as linhas de
ação da política de atendimento estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), bem como, atingir as metas estabelecidas pelo Planto Nacional
de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária.

Sabendo que o comportamento violento, que causa tanta preocupação e


temor, resulta da interação entre o desenvolvimento individual e os contextos
sociais, como a família, a escola e a comunidade. Cabe ao CREAS intervir nestes
meios através de ações de prevenção, combate e tratamento, fazendo com que
estes contextos não deixem de ser ambientes seguros e se transformem em
espaços onde há violência, sofrimento e medo.
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Diante da realidade vivenciada enquanto estagiária de Serviço Social no


CREAS foi percebido a necessidade de olhar mais atentamente para este direito
violado por parte de muitas crianças e adolescentes usuárias do serviço. Daí então
veio à idéia do Projeto DIGA NÃO AO BULLYING que será trabalhado com os
usuários do serviço.

Quem não conhece casos de estudantes tímidos, intimidados pelos alunos


mais fortes e desinibidos da escola?

A menina gorda, que carrega o apelido de baleia; o garoto de óculos,


conhecido por quatro olhos; o magrinho, que é chamado de palito. Esses são
apenas alguns exemplos de possíveis atitudes que ocorrem, e que podem causar
sofrimento e angústia.

Mas, muito embora essas situações não sejam novidades do mundo atual e
contemporâneo, somente a partir da década de 70 que estas situações começaram
a ser estudadas com atenção, por pesquisadores de diferentes países, como
integrantes de um fenômeno chamado bullying.( Olweus, 1993)

Segundo Fante (2005) o bullying se resume em insultos, intimidações,


apelidos constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações
injustas, atuações em grupo que hostilizam e ridicularizam a vida de outros alunos
levando-os à exclusão, além de prejuízos físicos, psíquicos e danos a
aprendizagem. Porém sabemos que o bullying não é praticado apenas no ambiente
escolar, mas também no ambiente familiar e comunitário.

O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não
se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de
apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a
propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. (FANTE,
2005, p.26)

Descritos por muitos psicólogos como um comportamento ligado a


agressividade física, verbal ou psicológica, exercida de maneira continua dentro de
qualquer ambiente, com mais freqüência no escolar, o bullying, palavra inglesa (do
inglês bully, que significa valentão, brigão etc) é um fenômeno encontrado nas

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relações entre pares, em especial entre estudantes e é definido como o “desejo
consciente e deliberado de maltratar uma pessoa e colocá-la sob tensão". (TATTUM
e HERBERT, 1993 apud DEBARBIEUX e BLAYA, 2002, p. 72).

A adoção universal do termo bullying foi decorrente da dificuldade em traduzi-


lo para diversas línguas. Durante a realização da Conferência Internacional Online
School Bullying and Violence, de maio a junho de 2005, ficou caracterizado que o
amplo conceito dado à palavra bullying dificulta a identificação de um termo nativo
correspondente em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil,
entre outros.

A partir deste encontro fica estabelecida a definição da palavra bullying como


estando ligada a todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorram
sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante contra outro(s),
causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de
poder. Trata-se de comportamentos agressivos que ocorrem e que são
tradicionalmente admitidos como naturais, sendo habitualmente ignorados ou não
valorizados, tanto por professores quanto pelos pais.

Uma nova forma de bullying, conhecida como cyberbullying, tem sido


observada com uma freqüência cada vez maior no mundo. Trata-se do uso da
tecnologia da informação e comunicação (e-mails, telefones celulares, mensagens
por pagers ou celulares, fotos digitais, sites pessoais difamatórios, ações
difamatórias online) como recurso para a adoção de comportamentos deliberados,
repetidos e hostis, de um indivíduo ou grupo, que pretende causar danos a outro(s).

Em geral a vítima, não dispõe de recursos, status ou habilidade para reagir ou


cessar o bullying. Geralmente, ela é pouco sociável, insegura e desesperançada
quanto à possibilidade de adequação ao grupo. Sua baixa auto-estima é agravada
por críticas dos adultos sobre a sua vida ou comportamento, dificultando a
possibilidade de ajuda. Tem poucos amigos, é passivo, retraído, infeliz e sofre com a
vergonha, medo, depressão e ansiedade. Sua auto-estima pode estar tão
comprometida que acredita ser merecedor dos maus-tratos sofridos.

O tempo e a regularidade das agressões contribuem fortemente para o


agravamento dos efeitos. O medo, a tensão e a preocupação com sua imagem
podem comprometer o desenvolvimento acadêmico, além de aumentar a ansiedade,

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insegurança e o conceito negativo de si mesmo. Pode evitar a escola e o convívio
social, prevenindo-se contra novas agressões.

Sinais e sintomas possíveis de serem observados em alvos de bullying:


enurese noturna, alterações do sono, cefaléia, dor epigástrica, desmaios, vômitos,
dores em extremidades, paralisias, hiperventilação, queixas visuais, síndrome do
intestino irritável, anorexia, bulimia, isolamento, tentativas de suicídio, irritabilidade,
agressividade, ansiedade, perda de memória, histeria, depressão, pânico, relatos de
medo, resistência em ir à escola, demonstrações de tristeza, insegurança por estar
na escola, mau rendimento escolar e atos deliberados de auto-agressão.

Para Fante (2005), o tempo e a regularidade das agressões contribuem


fortemente para o agravamento dos efeitos. O medo, a tensão e a preocupação com
sua imagem podem comprometer o desenvolvimento acadêmico, além de aumentar
a ansiedade, insegurança e o conceito negativo de si mesmo.

Algumas condições familiares adversas parecem favorecer o


desenvolvimento da agressividade nas crianças. Pode-se identificar a
desestruturação familiar, o relacionamento afetivo pobre, o excesso de tolerância ou
de permissividade e a prática de maus-tratos físicos ou explosões emocionais como
forma de afirmação de poder dos pais. (FANTE, 2005).

De acordo com Neto (2004), o autor de bullying é tipicamente popular; tende


a envolver-se em uma variedade de comportamentos anti-sociais; pode mostrar-se
agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; vê sua agressividade como
qualidade; tem opiniões positivas sobre si mesmo; é geralmente mais forte que seu
alvo; sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a
outros.

Além disso, pode existir um "componente benefício" em sua conduta, como


ganhos sociais e materiais. São menos satisfeitos com a escola e a família, mais
propensos ao absenteísmo e à evasão escolar e têm uma tendência maior para
apresentarem comportamentos de risco (consumir tabaco, álcool ou outras drogas,
portar armas, brigar, etc).

De acordo com Fante (20050, o autor pode manter um pequeno grupo em


torno de si, que atua como auxiliar em suas agressões ou é indicado para agredir o
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alvo. Dessa forma, o autor dilui a responsabilidade por todos ou a transfere para os
seus liderados. Esses pessoas, identificados como assistentes ou seguidores,
raramente tomam a iniciativa da agressão, são inseguros ou ansiosos e se
subordinam à liderança do autor para se proteger ou pelo prazer de pertencer ao
grupo dominante.

(...) a forma como reagem ao bullying permite classificá-los como auxiliares


(participam da agressão), incentivadores (incentivam e estimulam o autor),
observadores (só observam ou se afastam) ou defensores (protegem o alvo ou
chamam um adulto para interromper) (NETO. 2004.p.52)
De acordo com Fante (2005), a grande parte das testemunhas sente simpatia
pelos alvos, tende a não culpá-los pelo ocorrido, condena o comportamento dos
autores e deseja que os professores intervenham mais efetivamente.

Muitas testemunhas acabam acreditando que o uso de comportamentos


agressivos contra os colegas é o melhor caminho para alcançarem a popularidade e
o poder e, por isso, tornam-se autores de bullying. Outros podem apresentar
prejuízo no aprendizado; receiam ser relacionados à figura do alvo, perdendo seu
status e tornando-se alvos também; ou aderem ao bullying por pressão dos colegas.
(NETO, 2004)

Quando as testemunhas interferem e tentam cessar o bullying, essas ações


são efetivas na maioria dos casos. Portanto, é importante incentivar o uso desse
poder advindo do grupo, fazendo com que os autores se sintam sem o apoio social
necessário.

Ao contrário do que muitos pensam, não é somente os alvos do bullying que


sofrem as conseqüências, os autores e as testemunhas também podem sofrer as
conseqüências tanto no âmbito emocional quanto na aprendizagem.

De acordo com Fante (2005) as conseqüências relativas ao bullying são


inúmeras, dependendo de como as vítimas recebem as agressões, de como reagem
a seus agressores.

Já as testemunhas de atos de bullying, que abrange a maioria dos alunos,


estes podem sentir- se inseguros e ansiosos, podendo desta forma comprometer o
seu processo socioeducacional.

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As famílias, tanto dos alvos como dos autores, devem ser ajudadas a
entender o problema, expondo a elas todas as possíveis conseqüências advindas do
bullying. Os pais devem ser orientados para que busquem a parceria da escola,
conversando com um gestor ou um professor que lhes pareça mais sensível e
receptivo ao problema.

Nesta perspectiva como representantes das pessoas com direitos violados o


CREAS, tem Profissionais e mecanismos para orientar as vítimas, seus familiares,
escola e toda a comunidade, objetivando afirmar a importância de criar ambientes
onde seja valorizada a amizade, solidariedade e o respeito à diversidade cultural.

2. JUSTIFICATIVA

O Projeto de ação será desenvolvido no Centro de Referência Especializado


de Assistência Social (CREAS), porque existe uma demanda a ser atendida, com os
próprios usuários do serviço, para que estes venham, a partir do mesmo, ter
conhecimento suficiente sobre os efeitos que o Bullying ocasiona, tanto nos seus
alvos e autores quanto nos autores/alvos, fazendo com que eles não mais venham a
praticar ou serem vítimas de bullying.
3. OBJETIVO GERAL:

Reduzir significativamente as agressões ocasionadas pelo bullying, buscando


fortalecer os vínculos afetivos e a aceitação das diferenças existentes, pois todos
nós somos iguais perante a lei, dignos de todo o respeito.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Verificar as estratégias de prevenção pelas famílias em relação ao


bullying;

 Identificar as conseqüências físicas, psicológicas e sociais do bullying


nas pessoas afetadas;

 Desenvolver ações sociais que visem à prevenção, combate e


controle do bullying, bem como o fortalecimento da auto-estima dos
envolvidos nesse tipo de violência;

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5. PÚBLICO ALVO:

O projeto será direcionado para as crianças e adolescentes assistidos pelo


CREAS de Luis Eduardo Magalhães que estejam passando por situações de
bullying e prevenir a sua utilização por parte de todos.

8. METAS

O trabalho proposto visa orientar as crianças e adolescentes, público-alvo,


sobre as conseqüências causadas aos alvos, autores e alvos/autores de bullying,
para que eles não venham a ser alvos, nem autores de bullying.

9. METODOLOGIA

As ações serão realizadas através de palestras com materiais adequados


para o público-alvo, utilizando vídeos e apresentação de slides explicativos,
desenvolvendo atividades relacionadas ao tema.

10. RECURSOS MATERIAIS

Projetor multimídia; notebook; microfone; som portátil; folders; vídeos


informativos cartazes e aparelho de DVD com televisor.

11. RECURSOS HUMANOS

As atividades serão desenvolvidas pela estagiária do curso de Serviço Social,


autora do presente projeto, juntamente com a Assistente Social e a Psicóloga do
CREAS com vasto conhecimento no tema em comento.

12. AVALIAÇÃO

Será feita através de questionário individual onde os envolvidos tanto o autor


quanto a vítima possam confirmar as mudanças que foram realizadas em suas vidas
após o projeto, com a ajuda da família que presencia na maior parte do tempo, as
alterações ocorridas.

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13. CRONOGRAMA

2012

ATIVIDADE SETEMBRO OUTUBRO

1. Elaboração dos materiais Do dia 18 a 21


informativos

2. Visita nas residências dos usuários Do dia 25 a 28


para entrevista com a família sobre
casos de bullying.

3. Exibição de filmes sobre o bullying e Do dia 02 a 05


suas conseqüências.

4. Debates sobre o bullying, Do dia 09 a 11


desenvolvendo a consciência crítica
sobre o tema abordado.

5. Reflexão do que pode ser Do dia 16 a 19


melhorado no comportamento
das crianças e adolescentes quanto a
prática do bullying.

6. Fechamento do projeto com palestras Do dia 23 a 26


da Pscicóloga Clarissa Zanchet
Fagan.

7. Avaliação dos resultados obtidos Dias 30 e 31

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas
e educar para a paz. Campinas –SP: Verus Editora, 2005.

 FANTE, Cleo e PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas e


respostas. Porto Alegre-RS: Artmed, 2008.

 MACHIDA, Érica Emília Rodrigues. Fenômeno Bullying e a ética do saber


cuidar. Dissertação de mestrado. Mestrado em Teologia. São Leopoldo – RS:
EST/IEPG, 2007.

 Neto AA, Saavedra LH. Diga NÃO para o Bullying. Rio de Janeiro:ABRAPI;
20

 Brasil. Constituição Federal. 1998.

 Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990.

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