Vous êtes sur la page 1sur 5

1.

INTRODUÇÃO

Vivemos hoje em dia num mundo caracterizado por uma profunda interconexão
digital, de grande mobilidade e acesso à informação. Ao mesmo tempo, algumas questões
globais como alterações climáticas e preocupações ambientais, diversidade e igualdade,
tornaram-se discussões importantes que levaram aos clientes e stakeholders a exigir uma
maior transparência e responsabilidade por parte da indústria (FONSECA, 2018). Juntamente
com grandes avanços na tecnologia e um mercado cada vez mais global e dinâmico, tais
fatores pressionaram a indústria a abandonar métodos clássicos de produção para atender às
exigências do mercado. As mudanças estão sendo tamanhas que pode-se considerar que
estamos vivenciando o começo de uma nova revolução industrial. (HERMANN, 2016;
HOZDIĆ, 2015).

Este artigo tem por objetivo, através de um revisão de literatura, embasar e expor o
atual contexto que a indústria está vivenciando e apresentar...

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Evolução Histórica

A primeira revolução industrial ocorreu na Inglaterra gradualmente entre os anos de


1760 e 1840 com a substituição progressiva dos métodos de logística e produção artesanais
por máquinas e ferramentas movidas principalmente à vapor. Além do impacto na
produtividade e qualidade do produto, a mecanização da produção trouxe alterações
significativas em nível econômico e social. (COELHO, 2016). Os trabalhadores passaram a
ser organizados de acordo com suas habilidades e especialidades, visto que o trabalho exigia
menos esforço humano, e agrupados num mesmo estabelecimento, surgindo a necessidade de
estruturar e gerir esse novo sistema: nasciam as primeiras fábricas (SCHLÖTZER, 2015).
Já no início do século XX a aceleração do ritmo industrial e produção em massa são
elevadas a outros níveis com o uso da energia elétrica. Enquanto na primeira revolução os
avanços estavam mais voltados à área têxtil, nas décadas que seguiram até o fim da segunda
guerra mundial, as evoluções são bastante significativas na área elétrica, química, petróleo e
do aço (COELHO, 2016).
A busca pelo aprimoramento contínuo uniu ciência e tecnologia à indústria e
manufatura, não somente no surgimento de novos equipamentos bem como aprimoramento
dos já existentes, mas também no uso do pensamento científico para a coleta e estudo de
dados para elaboração de estratégias de produtividade. Um dos maiores impactos dessa época
foi a implementação da primeira linha de montagem por Henry Ford em 1913 baseado nos
trabalhos de Frederick Taylor e Jules Henri Fayol. (SCHLÖTZER, 2015).
A forma de interação do homem com o trabalho foi modificada desde a primeira
revolução industrial que fez com que o homem deixasse de ser artesão e passasse o operador
de máquina. Na segunda revolução essa relação é intensificada por uma maior automação,
organização do trabalho em menores atividades e o surgimento das linhas de montagem.
O pensamento de redução do custo do processo e maior produtividade por parte do
patrão, levaram os trabalhadores a se organizarem em grupos para lutarem por melhores
condições de trabalho. Porém o surgimento e fortalecimento de tais uniões de trabalhadores
impulsionaram a indústria a buscar soluções tecnológicas que aumentasse ainda mais a
“independência” das máquinas, reduzindo os riscos ao trabalhador desmotivado, aumentado a
produtividade e qualidade do produto e tornando a produção mais previsível e consistente.
Tal cenário é o berço da terceira revolução industrial (SCHLÖTZER, 2015).
Chamada de Revolução Digital, a terceira revolução industrial é marcada pela
disseminação e uso dos semicondutores, desenvolvimento do transistor e do primeiro
controlador lógico programável nos entornos de 1970 (HERMANN, 2016; FONSECA, 2018).
O grande salto da eletrônica culmina com o desenvolvimento dos computadores digitais o que
impacta numa aceleração da automatização dos processos que passam a ser controlados por
computadores.
A automação não programável dos contatores, relés e chaves eletromecânicas dá lugar
a uma automação flexível com computadores e microprocessadores dedicados que, integrados
a sensores, medidores digitais e dispositivos controlados passam a guiar e/ou controlar os
sistemas produtivos (COUTINHO, 2016).
Tem início uma integração dos processos produtivos (CIM - Computer Integrated
Manufactuing). A introdução de comandos numéricos computadorizados (CNC) passam a
permitir o controle das máquinas operatrizes e o surgimento de robôs, possibilitando uma
programação otimizada e personalizada do processo produtivo (CAM - Computer Aided
Manufacturing). Posteriormente, com o desenvolvimento de computadores mais baratos e
poderosos, aliado à popularização, viabilizaram o início do desenvolvimento de ferramentas e
técnicas de desenho e engenharia auxiliados por computador (CAD - Computer Aided Design
e CAE - Computer Aided Engineering respectivamente). Outro marco da revolução digital foi
a descoberta da internet na década de 90, que juntamente com as tecnologias de
armazenamento digital revolucionou a tecnologia da informação e comunicação (ICT -
Information and communications technology) (COUTINHO, 2016)
Segundo Fonseca (2016) a evolução das novas tecnologias surgidas na revolução
digital trouxe exigências à indústria. Com a velocidade da troca de informações o mercado
passou a exigir um tempo de resposta mais curto na produção de novos produtos. Pelas novas
tecnologias de manufatura mais precisas e flexíveis, o mercado cobra aa produção de produtos
customizados, que satisfaçam individualmente o consumidor. Flexibilidade e eficiência para
se adaptar às exigências do cliente e ainda poupar recursos, tornou-se fator de sobrevivência.
Tais fatores têm forçado as organizações a repensarem o atual modelo operacional. Mudanças
estas que nos colocam no que tem sido chamado quarta revolução industrial.

2.2. Indústria 4.0

Mesmo após a revolução digital e toda sua automação, o processo prod


A internet possibilitou não só a integração interna da empresa, com redes de coleta e
comunicação de dados, mas impactou em todas as dimensões econômico, político e social da
mesma.

Tecnologias primordiais para a Indústria 4.0.


Figura 1 – Linha do tempo das Revoluções Industriais

Sistemas Ciber-físicos
Eletrônicos e
TI
Linhas de 4ª Revolução
Montagem Industrial

Revoluções Industriais
Mecanização
3ª Revolução
Industrial

2ª Revolução
Industrial

1ª Revolução
Industrial

Final do séc. Início do Década de Dias atuais


XVIII séc. XX 70

Fonte: Adaptado de POSADA (2015)

3. CONCLUSÃO

4. REFERÊNCIAS

COELHO, Pedro M. Rumo à indústria 4.0. Dissertação de mestrado - Universidade de


Coimbra. Coimbra, p. 65. 2016.

COUTINHO, Luciano. A terceira revolução industrial e tecnológica. As grandes tendências


das mudanças. Economia e Sociedade, , v. 1, n. 1, p. 69-87, 2016.

FONSECA, Luis M. Industry 4.0 and the digital society: concepts, dimensions and envisioned
benefits. In: Proceedings of the 12th International Conference on Business
Excellence. 2018. p. 386-397.

HERMANN, Mario; PENTEK, Tobias; OTTO, Boris. Design principles for industrie 4.0
scenarios. In: System Sciences (HICSS), 2016 49th Hawaii International Conference on.
IEEE, 2016. p. 3928-3937.
HOZDIĆ, Elvis. Smart factory for industry 4.0: A review. International Journal of Modern
Manufacturing Technologies, v. 8, n. 1, p. 28-35, 2015.
SCHLÖTZER, Fabian. Industry 4.0: The World of Smart Factories. 2015. Tese de
Doutorado - Copenhagen Business School. Copenhagen, p. 124. 2015.

Vous aimerez peut-être aussi