Noção de fascinação romântica que governa o que dizemos
sobre o amor, o que dizemos àqueles que amamos, o que esperamos
que eles nos digam (...), como agimos e esperamos que eles ajam, como negociamos nossa relação com o social – em resumo, a higiene que governa nossa imaginação erótica até a escolha de quem amamos ou as posições físicas que usamos para exprimir isso – não existia na tradição judaica, germânica, árabe ou hispânica, na Grécia ou na Roma clássica, ou no início da Idade Média. O amor romântico tal como o conhecemos não surgiu até aquilo que algumas vezes se chama a renascença do século XII.