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MANAUS
2018
RULIANE DE BRITO PAES
MANAUS
2018
O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE
MENTAL NO CENÁRIO BRASILEIRO
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
Eliane Patrícia Rodrigues de Oliveira (Orientadora).
Esp. em Docência do Ensino Superior.
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(Membro).
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(Membro).
AGRADECIMENTOS
(Nise da Silveira)
SUMÁRIO
INTRODUÇAO .......................................................................................................... 06
3.1. Meodologia............................................................................................................
3.2. Analise dos Resultados...........................................................................................
CONSIDERACÕES .................................................................................................. 19
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20
INTRODUÇÃO
The objective of this work is the theme: The professional practice of the social
worker in mental health in the Brazilian scenario, analyzing the challenges and
perspectives of the social worker's role in mental health, with the specific objective of
commenting on mental health in Brazil, points out the demands taken care of by
these professionals and to identify the attributions of the social worker in mental
health, using a methodological bibliographical line where the authors approach
through theoretical basis to explain such question, bringing answers to the thematic
approach. However, the research results reveal the importance of the social worker's
role in mental health that is directly inserted in this field.
Não só pelo que tenho observado por mim mesmo, mas segundo o que
tenho inquirido de médicos que, por muitos anos com grande reputação,
têm praticado nesta capital do Brasil, não se encontra febre alguma
contagiosa (...) o que na verdade maravilha a quem exercitou a clínica na
Europa, onde o contágio de algumas febres é conhecido até mesmo do
povo. (Ferreira, 1996, p. 96)
Este ponto foi abordado de forma muito sugestiva pelo médico norte-
americano Cyrus Edson, que, em fins do século XIX, apresentou o micróbio
como "nivelador social". As ações públicas de saúde seriam uma
decorrência do encadeamento de seres humanos e sociedades reveladoras
da “dimensão socialista do micróbio” (Hochman, 1996, p. 40).
Percebe-se que o médico propõe que a saúde fosse baseada conforme seus
status social, usando o termo micróbio social, para traçar níveis sociais onde as
doenças eram observadas ou resumidamente identificadas, assumiram-se
campanhas de enfrentamento.
Conforme com Eliana Labra (1988), as suas principais características sobre a
crítica ao modelo campanhista e à inversão dos termos propostos pelo movimento
sanitarista da Primeira República que enfatizava o papel da saúde no progresso e na
própria formação da nacionalidade brasileira.
De acordo com ( Madel Luz 1979, p. 43), essa corrente conseguiu formular:
definições básicas sobre como deveriam ser os Planos de Saúde, tendo por
base uma filosofia de ação calcada na demonstração das relações entre
saúde e economia, necessidade de uma estrutura permanente de saúde,
definição de que essa estrutura deveria ser de responsabilidade municipal
embora com assistência técnica e mesmo financeira de outras esferas de
governo.
Como afirma Henry Sigerist (apud Ferreira 2002: 3), ao propor a inclusão do
tema social nas discussões e práticas da saúde pública, a saúde promove-
se proporcionando condições de vida decentes, boas condições de trabalho,
educação, cultura física e formas de lazer [...] que se logra com o esforço
coordenado de políticos, setores sociais e empresariais, educadores e
médicos, cabendo a estes últimos, definir normas e fixar estândares.
A psicologia inserida junto ao campo de saúde ela tem como atenção prevenir
e diagnosticar os fatores que está fazendo uma pessoa adoecer, com isso fica claro
e também podemos percebemos que não é apenas o cuidar do corpo mais também
do psicológico para que possamos ter uma qualidade de vida melhor.
Alguns autores destacam que é fundamental importância à integração da
atenção à saúde. Dentre eles destacam-se, Souza e Moreira (2008).
O que o autor nos quer passar e que, se deve ter uma transformação no que
se refere aos alunos que estão no campo da saúde, para que eles possam perceber
as necessidades que o sistema único de saúde (SUS), enfrenta diante a toda uma
população que utiliza desse serviço, esse olhar voltado para essa transformação
tem como objetivo melhorar a ação desse profissional nesse campo de
multiprofissionalidade melhorando a ação desses profissionais da saúde.
Como bem nos assegura Arouca (2003), pode se dizer que a reforma
sanitária brasileira se constituiu no procedimento de ampla mobilização da
sociedade brasileira pela redemocratização, que se expressou a indignação da
sociedade frente às desigualdades da fertilização da saúde. Segundo (Paim 2007, p.
21) surgiu no Brasil em meados do decênio de 70, com o deslocamento postulando
a democratização da saúde, justamente num período no qual novos sujeitos sociais
emergiram nas lutas contra a autocracia militar.
Foi durante a primeira década do então regime militar que se intensificou um
novo sistema de atenção à saúde, que era mantido pelos recursos da previdência
social aborda que era abordada pelo ministério da saúde.
Segundo (Almeida et al, 2002), os constrangimentos impostos pelo
desenvolvimento das políticas de saúde no Brasil durante a última década século 20,
o País conseguiu manter os instrumentos legais que asseguram o direito à saúde,
particularmente no que se refere à universalização da atenção à saúde.
Para uma visão panorâmica da história da Opas, ver também Lima (2002).
Parte da história institucional da Opas na segunda metade do século XX foi
desenvolvida também em Pires-Alves, 2005, p. 22-26) e fração deste
trabalho foi retomada na elaboração deste capítulo. A saúde financeira da
organização no final dos anos 40, em que pesem restrições nas
contribuições por parte dos EUA, deveu-se principalmente à capacidade de
Fred Soper em mobilizar prestígio pessoal para a obtenção de recursos
complementares.
De acordo com Gerschman (2001), nos anos 1990 foi marcado por diversos
avanços nas instituições responsáveis pelas políticas de saúde. As inovações
ocorreram, principalmente, no mecanismo de descentralização das políticas
públicas, pela busca pela organizaçao do sistema com centralidade nos princípios
do Sistema Único de Saúde (SUS) e nesse processo de descentralização das ações
nas três esferas de governo. Que se observa assim as mudanças importantes nas
formas de gestão e organização do sistema de saúde, remodelando a
operacionalização do SUS. Essas alterações institucionais buscavam descentralizar
e democratizar a gestão e o acesso a bens, serviços e ações de saúde em todo o
país. O objetivo era identificar como e em que medida as inovações decorrentes de
normas, regras e pactos, relativos ao princípio da descentralização, foram
incorporadas na esfera municipal na região de fronteira com o Mercosul, conferindo
padrões de institucionalidade passíveis de garantir ou não o direito à saúde.
Starfield (2001:53):
destaca que, para haver mudança radical em relação ao modo asilar, não
basta que haja variações nos dispositivos institucionais, é necessário que
eles superem qualitativa e quantitativamente os recursos asilares e que se
estruturem segundo uma lógica oposta à do hospital psiquiátrico: a lógica da
desospitaliazação e da inclusão socio-familiar.
Para que este conhecimento científico fosse possível foi necessária “toda
uma reorganização do campo hospitalar, uma nova definição do estatuto do
doente na sociedade e a instauração de uma determinada relação entre a
assistência e a experiência, os socorros e o saber; foi preciso situar o
doente em um espaço coletivo e homogêneo" (Foucault, 1980, p.226). Tal
parâmetro tem raízes históricas, pois a exclusão do doente, do diferente,
data da Idade Média. Primeiro foram os leprosos, que foram enclausurados
nos chamados leprosários, a seguir as pessoas com alguma doença
venérea que por necessitarem de tratamento também foram excluídas, e
pôr fim a loucura juntou-se a estas doenças que recebiam o ónus da
exclusão (Foucault, 1989).
Paiva (2003) enfatiza que nos últimos anos, a de saúde mental tem sido
orientada com a seguinte direção:
Observamos, em todo o território nacional, que as mobilizações sociais no
campo da saúde mental são guiadas politicamente por uma luta de resgate
da cidadania e dos direitos humanos, especialmente por meio das práticas
de reabilitação psicossocial. Parte-se do pressuposto de que a operação
reabilitadora logrará restituir a cidadania plena a esses que foram excluídos
desse direito, desprezando um "paradoxo estrutural", como revela Birman
(1992, p.73).
Podemos enfatizar que através dos anos a saúde mental tem seguido uma
linha diferente do que era retratada no passado, pois quando esses indivíduos que
sofriam com esse transtorno mental era internados nesses antigos manicômios eles
eram tratados como animais onde não tinha importância para a sociedade, seus
direitos eram violados e muitas das vezes até mesmo abandonados por seus
familiares, mas hoje com a mobilização social de saúde mental apoiada por politicas
que lutam para o resgate da cidadania e dos direitos, onde tem o apoio principal do
psicossocial para reabilitar esse individuo e prepara-lo para ser inserido na
sociedade com todo seus direitos de cidadão possam hoje viver uma vida digna e
longe do preconceito de viver exilados em manicômios e abandonados por aqueles
que deveriam estão diretamente os apoiando para que pudessem fugir do
preconceito e dos mãos tratos que eram vivenciados nesses manicômios.
Hoje o tratamento e totalmente diferente as pessoas que sofrem com
transtorno mental são amparados e as leis os asseguram para que esses indivíduos
possam ter uma qualidade de vida melhor, do que era ofertada na época dos
manicômios onde eles sofriam todos os tipos de abusos tanto físicos como também
psicológico, não bastava apenas serem exilados da sociedade como também eram
muitas das vezes esquecidos pelos seus próprios familiares.
Nesse cenário, já próximo aos anos 80, foram deflagradas graves violações
dos direitos dos pacientes internados, que começaram a ganhar corpo nos
movimentos sociais de trabalhadores, usuários e familiares, mais tarde
intitulado Movimento pela Reforma Psiquiátrica brasileira, reunido em torno
da utopia de uma sociedade sem manicômios (AMARANTE, 1995;
LOBOSQUE, 2001).
Celina Souza (2003), reporta-se que à aceitação da literatura
neoinstitucionalista por parte da ciência política brasileira, mencionando o fato de
que as possibilidades para que essa área obtenha um maior rigor teórico-
metodológico são mais amplas atualmente do que em um passado recente. Embora
ela ressalte o fato de não haver uma melhor definição de política pública.
Segundo Theodore Lowi (1985), política pública é uma regra formulada por
alguma autoridade governamental tem por influenciar o comportamento dos
cidadãos, por intermédio de ações negativas ou positivas. essas regras, em
verdade, definem padrões de comportamento dos atores políticos e regem os
processos decisórios de políticas públicas. Essas mudanças efetivadas nas regras
redefinem padrões de atuação e alteram o modo de interação entre os Poderes
Executivo e Legislativo, responsáveis diretos pela produção dessas políticas, bem
como a forma pela qual os outros atores políticos atuam nos processos decisórios
de políticas públicas.
Segundo Ellen Immergut (1996), as decisões políticas em sistemas
democráticos supõem que um acordo acerca de vários pontos das cadeias de
decisões existentes, de modo que:
Porem foi apenas no início dos anos 1960 que os sanitaristas começam
realmente começaram a formular as propostas para os serviços de saúde e tentar
mudar a realidade que o do Brasil vivenciava. Pois somente a expressão 'reforma
sanitária' vai aparecer no País apenas em 1973, pois antes disso era usada de
diversas formas.
é fonte de sentido para a vida humana, organiza nossa vida diária. Define o
tempo e a história humana [...] O trabalho nos revela para os outros e para
nós mesmos. Por meio dele construímos nossa identidade. A partir dele
descobrimos habilidades, poderes, limites, competências, alegrias, tristezas.
Criamos vínculos com as pessoas, com os ambientes, com a cidade e a
nação. O trabalho é o lugar privilegiado onde descobrimos, inclusive, para
que viemos e o que nos compete cuidar nesta vida. (Critelli, 2006, p. 2).
3.1 Metodologia
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