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Belo Horizonte
2018
FITRef
Faculdade Internacional de Teologia Reformada
Belo Horizonte
2018
“Se o ladrão for achado roubando, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será
culpado do sangue”. (Êxodo 22:2 – ACF)
“Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade
que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que
resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois
não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar
o que faz o mal”. (Romanos 13:1-4 - ACF)
1. Definição
Pena de morte é um processo legal pelo qual uma pessoa é morta pelo
Estado como punição por um crime cometido. A decisão judicial que condena
alguém à morte é denominada sentença de morte, enquanto que o processo que
leva à morte é denominado execução. Atualmente, 22 países adotam a pena de
morte como punição para crimes que de acordo com a legislação local é
classificado como passível de morte.
1
NUCCI, Guiherme de Souza. 2014.Manual de Direito Penal - (e-book).Rio de Janeiro : Forense, 2014.
A prática da pena de morte, também chamada pena capital, é um
instrumento jurídico pelo qual um ser humano é morto como punição por um
crime cometido. Segundo estudiosos do assunto, os egípcios (3800 a.C.)
utilizavam a pena de morte para refrear os crimes hediondos. A pena capital é
vista também à época da Lei de Talião (2000 a.C.) que foi posta para trazer
ordem e equilíbrio a sociedade na Mesopotâmia que dizia: “que o mal causado
a alguém deve ser proporcional ao castigo imposto: para tal crime, tal e qual a
pena”. Neste sentido, esta lei consistia na justa reciprocidade do crime e da pena.
A pena de morte no Brasil foi aplicada para crimes civis pela última vez
em 1876 e não é utilizada oficialmente desde a Proclamação da República em
1889. Historicamente, o Brasil é o segundo país das Américas a abolir a pena de
morte como forma de punição para crimes comuns, precedido pela Costa Rica,
que aboliu a prática em 1859. No entanto, a pena capital por fuzilamento continua
prevista na legislação do país, podendo ser utilizada em caso de guerra, e o
Brasil é o único país de língua portuguesa que prevê a pena de morte em sua
Constituição.
Desde sua primeira Constituição Republicana não aplica mais a pena de
morte para crimes comuns no Brasil, reservando a punição somente para crimes
militares em caso de Guerra Declarada.
Pode ser encontrado ainda o texto de João 19.11 "...nenhum poder terias
contra mim, se de cima te não fosse dado..". Jesus reconhece que o poder de
Pilatos de tirar a vida, vem do alto. Ele não contesta este poder, mas o considera
legitimo, ainda que aplicado ilegitimamente, no caso de Jesus, e possivelmente
fora da proporção dos parâmetros bíblicos, no caso de outras execuções.
6. Conclusão
Embora a pena de morte seja biblicamente reconhecida como
instrumento de Deus para punir o malfeitor e que os argumentos a favor da
instituição da pena capital encontrem maior embasamento, acredita-se que a
pena de morte no Brasil seria danosa para a nação em diversos aspectos pelos
seguintes motivos;