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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Curitiba, 26 de novembro de 2018

Resenha do estudo de caso:

A INTEGRAÇÃO MRP E KANBAN: UM ESTUDO DE


CASO EM UMA INDÚSTRIA DE
ELETROELETRÔNICOS

ADAMANTE, L.

JENSEN, K.

PELANDA, M.
O objetivo do estudo de caso foi a análise do funcionamento integrado de dois sistemas de
coordenação de ordens (SCO) utilizando como base o ​Material Requirements Planning
(MRP) e o kanban, visando o planejamento e controle de produção de uma indústria de
eletroeletrônicos, afim de aperfeiçoar processos e reduzir desperdícios.

O MRP pode ser entendido como uma ferramenta de planejamento e controle da produção,
baseada na demanda original advinda do Programa Mestre de Produção, caracterizando-se
como um sistema de produção empurrada. Já o kanban, possui o objetivo de
operacionalizar a produção puxada, com o objetivo de reduzir estoques, trabalhando a partir
da demanda real, evitando assim a parada das células de produção por falta de
matéria-prima . Como ambos são sistemas de coordenação de Ordens (SCOs), podem
operar de maneira integrada.

Em sistemas de produção empurrada, as estações de trabalho operam conforme a previsão


de demanda, que pode ou não ser efetuada, portanto, se a demanda real for menor do que
a prevista, ocorre a geração de estoques. Já no sistema de produção puxada, os postos
fabricam conforme a demanda real. Nesse contexto, a produção puxada possui,
naturalmente, pontos positivos e negativos, sendo uma boa opção para controle e ruim para
planejamento. Já o sistema de produção empurrada, como é o caso do MRP, é excelente
para planejamento e ruim para controle. É fácil perceber então que os dois sistemas podem
se complementar.

Como funciona a integração entre os dois sistemas?

A partir da previsão de demandas e da carteira de pedidos, utiliza-se o MRP para projetar


as necessidades de montagem final dos produtos e gerar as ordens de compra dos
componentes. A partir daí, o ​kanban ​é utilizado como um regulador para puxadas de
materiais e peças pré-montadas.

Com base na empresa estudada pelos autores, a integração pode acontecer da seguinte
maneira:

Primeiramente, os setores de planejamento definem um ​Forecast para os próximos 3


meses, do qual também surge o plano para o mês seguinte. A partir desse plano de
produção, obtém-se o Plano Mestre de Produção (MPS).

Com base no MPS, nos relatórios de estoque e nas listas de materiais, aplica-se o MRP,
que tem como saída as necessidades de compra, com informações a respeito de datas e
quantidades necessárias de cada ítem a ser comprado.

A compra dos itens pode ser controlada por “KANBAN” ou “PEDIDO”, sendo que o ​kanban
é aplicado em itens de produção frequente (mais do que 1000 peças/mês), e o sistema de
pedido é utilizado para produtos de produção esporádica, ou para componentes importados,
cuja entrega é programada com meses de antecedência. Dessa forma, os itens comprados
por pedido, são empurrados pelos fornecedores seguindo as datas geradas pelo MRP. Já
os itens ​kanban são controlados por cartões anexados aos materiais quando são recebidos,
que após atingirem o ponto de reposição a medida em que são consumidos, são novamente
requisitados ao fornecedor.

A programação detalhada é feita semanalmente, levando-se em conta as datas geradas


pelo MRP para os itens pedidos, os níveis dimensionados para os itens ​kanbans, ​as horas
disponíveis para produção e a matriz de habilidade dos trabalhadores.

Após serem produzidas, as peças são levadas diretamente ao Centro de Distribuição,


havendo pedido em carteira ou não, o que caracteriza essa etapa como um sistema
empurrado de produção, uma vez que é feito com base em previsões de demanda e não
nas vendas propriamente ditas.

Quais foram os impactos para a empresa gerados por essa integração de sistemas de
produção?

A utilização dos sistemas de maneira integrada resultou em uma considerável diminuição


dos níveis de estoque. Quando utilizava somente o MRP, a empresa possuía em média
120% do valor de estoque necessário para atender ao plano de produção mensal. Após a
integração, esse percentual diminuiu em 35%, o que significa um grande avanço em prol da
saúde financeira da empresa, uma vez que estoques representam custos consideráveis.
Referências

BERNARDO, Kleber. ​Kanban​​: Do início ao fim!. Cultura Ágil, Dez. 2014. Disponível em: .
Acesso em Janeiro, 2016.

SILVA, N. F. et al. ​A Integração MRP e Kanban​​: Um Estudo de Caso em uma Indústria de


Eletroeletrônicos. Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

SOUZA, L. C. ​Avaliação do Processo de Implantação e Utilização do Sistema MRP


como Ferramenta para o Planejamento e Controle da Produção: o Caso da LabTest
Diagnóstica. 60 f. Monografia (Graduação) - Universidade Federal de Ouro Preto, Minas
Gerais, 2003.

VOLLMANN, et al. ​Sistemas de Planejamento e Controle da Produção para o


Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos​​. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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