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RESENHA CRÍTICA – ECA

(Institucionalização e o direito a convivência familiar).

Ao debruçarmos sobre os assuntos referentes ao direito da criança e do


adolescente tutelado pelo ECA – (Estatuto da Criança e do Adolescente),
percebemos o quanto somos ignorantes e as vezes insensíveis com os
interesses coletivos, até então visto como problemas particulares na sociedade
em que vivemos, ao mesmo tempo é perceptível as falhas, as indiferenças e
contradições trazidas pela medida de acolhimento institucional entre o direito a
convivência familiar e a supressão dessa convivência como condição para
restaurar esse mesmo direito à convivência.

As transformações das concepções de proteção a criança , aos adolescentes


e a sua família, se encontra a presença de praticas assistencialistas para com
as famílias pobres e necessitados, ficando à margem sujeitos e cidadãos,
criando uma desvalorização e sentimentos de menos-valia, causando com isso
revolta e recusa para receber qualquer ajuda.

A lei de adoção (Lei n. 12,010) traz hoje um rol de nove medidas protetivas
para a criança e o adolescente, como a inclusão em programa de acolhimento
familiar, e fica-se um porque de os atores de assistencialismo a essas famílias
usarem como primeira medida em meios aos conflitos familiares, aquela que
deveria ser a sétima tomada. Conforme a Constituição Federal de 1988, “a
família é considerada a base da sociedade” (art. 226), competindo à família
assegurar a criança e ao adolescente o exercício de seus direitos fundamentais
(art. 227), o Estatuto da Criança e do Adolescente também reafirma o papel da
família, como elemento basilar como garantia e animação dos direitos da
criança e do adolescente, com o dever de prover-lhes as condições
necessárias para seu desenvolvimento saudável e para o exercício pleno de
sua cidadania.

Por outro lado vemos que o Estado também deve nos casos de vulnerabilidade
social, garantir às famílias as condições necessárias para que possam cumprir
o seu dever. O ECA nos diz que a convivência familiar é um dos direitos da
criança e do adolescente (art. 19), onde diz que toda criança e adolescente tem
direito de ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária.

Diante de todos esses textos belos elencados pela CF/1988 e reafirmado pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente, nos fica uma pergunta inquietante como
nosso governo tem visto ou que importância tem a família para a construção de
uma sociedade de cidadãos de direitos e equilíbrio social, parece que diante de
tantos furtos e desvios de verbas, muitas destinadas à assistência social, o
importante não é a garantia das condições necessárias para que possam
cumprir o seu dever, deixando as mesmas em mais profunda vulnerabilidade
social como a pobreza, como se essa maioria não fosse sujeitos de direito, e
sim a elite formada pelos políticos escolhidos por esses cidadãos na esperança
de condições justas e equilibradas para todos.

Será que um dia poderemos experimentar de fato todos os direitos e garantias


presentes na Carta Magna? Será que um dia poderemos diante de tanta
indiferença àquela que é vista e tutelada como base da sociedade, como
formadora de cidadãos e sujeitos de direito? Penso que nos resta ficar com a
utopia, nunca desistindo de fazer valer o que é essencial e direito para todos
independente de posição social ou raça.

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