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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE PUPILOS BRILHANTES

APONTAMENTO DE TÉCNICAS DE ENFERMAGEM

PARA USO EXCLUSIVO DO

INSTITUTO MÉDIO DE SAÚDE PUPILOS BRILHANTES

ELABORADO POR:

ELIZETH PIMENTEL

&

MÁRCIO DA SILVA

2018
Vias de Administração de Medicamento

As vias de administração de medicamentos propiciam um meio capaz


do fármaco alcançar seu local de acção e produzir o efeito terapêutico
previsto.

Via de administração é o caminho pelo qual um medicamento é


levado ao organismo para exercer o seu efeito.

O método de administração dos medicamentos depende da rapidez


com que se deseja a acção da droga, natureza e condição da droga a ser
administrada e das condições do paciente. As condições do paciente
determinam muitas vezes, a via de administração de certas drogas.

As vias de administração de medicamentos são divididas em dois grupos:

1. Enteral: Efeito sistémico (não-local); recebe-se a substância via trato


digestivo.
2. Parenteral: consiste na aplicação de um fármaco de forma invasiva no
organismo através de uma agulha. Efeito sistémico; recebe-se a
substância por outra forma que não pelo trato digestivo.
Regras gerais

 Todo medicamento requer prescrição médica.


 O ideal é que a prescrição seja feita por escrito. Prescrições por ordem
verbais somente devem ocorrer em situações de risco de morte.
 Todo medicamento deve ter rótulo.
 Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade.
 Não administrar medicamento preparado por outro profissional.
 Informar-se sobre acção, dose e efeitos colaterais dos medicamentos.
 Em situações duvidosas, não administrar o medicamento.
 Os medicamentos devem ser armazenados em locais apropriados.
Cuidados gerais no preparo de medicamentos

 Não conversar durante o preparo de medicamentos.


 A prescrição médica deve ser mantida com o profissional no momento de
preparo do medicamento.
 Seguir critérios de segurança como os 5 Certos: medicamento certo, dose
certa, paciente certo, via certa e hora certa.
 Lavar as mãos antes e após o preparo do medicamento, a fim de
minimizar os riscos de contaminação.
 Checar a prescrição médica logo após a administração do medicamento.
 Anotar em prontuário qualquer alteração na administração de
medicamento, como recusas, reacções alérgicas e efeitos colaterais.
 Seguir protocolos da instituição sobre diluição de medicamentos
administrados por via oral ou endovenosa.
 Não misturar na mesma administração medicamentos diferentes, com
excepção dos casos prescritos pelos médicos.
 Administrar os medicamentos por via oral com água, excepto em casos
prescritos pelo médico.

Cuidados gerais em relação à anotação de enfermagem

 Observar e anotar reacções alérgicas decorrentes da administração de


medicamentos.
 Realizar anotações de enfermagem relacionadas à administração de
medicamento.
 As anotações de enfermagem devem conter data, horário, assinatura do
profissional.
 Justificar, em anotação de enfermagem, qualquer tipo de recusa da
administração pelo paciente ou a suspensão do medicamento. O horário
para administração, colocado em prescrição médica, deverá ser
determinado.
Vias de
Formas de administração Métodos
administração

Enteral Via oral Deglutição/Gavagem

Via sublingual Sublingual

Via rectal Irrigação ou lavagem

Enema ou clister

Supositórios

Parenteral Directas Subcutânea;

Intradérmica;
Intramuscular;
Intra-óssea;
Intra-articular; Injectável
Intra-Venosa ou
Endovenosa;

Via Intra-
arterial;

Intra-esternal;
Intra-cardiaca;
Intra-peritorial.

Indirectas Cutânea: Fricção, aplicação tópica

Respiratória; Inalação, instilação nasal,


nebolização, vaporização

Ocular; Instilação, lavagem,


aplicação tópica
Vaginal; Irrigação ou lavagem,
instilação, óvulos ou
comprimidos supositórios

Auricular. Instilação, lavagens

Via Oral

A administração de medicamentos pela via oral consiste em oferecero


medicamento que será deglutido ou não com auxílio de líquidos. Asformas de
apresentação dos fármacos para administração por via oral são: Comprimidos,
Cápsulas, Drágeas, Soluções, Suspensão, Pó.

Contra-indicações:

• Pacientes inconscientes.
• Pacientes com dificuldade de deglutição.
• Vómito.
• Pacientes em jejum para cirurgias e exames
Vantagens e desvantagens da administração de medicamentos por via oral.

Vantagens Desvantagens
Facilidade para administração. Paladar desagradável de alguns
Medicamentos, Irritação da mucosa
gástrica, dificuldade de deglutir.
Dispensa acompanhamento de Incerteza de dosagem absorvida pelo
Profissional qualificado. Organismo
Baixo custo financeiro, mas seguro, A acção da droga não é imediata,
mais conveniente. necessitando absorção gástrica ou
enteral.
Método não invasivo para Dificuldade de fraccionamento de
administração. cápsulas, drágeas e comprimidos

Material:

 Bandeja inox contendo:


 Prescrição médica.
 Copo descartável para colocar o medicamento;
 Copo com água;
 Conta-gotas, se necessário.
 Espátula de madeira (se necessário para medicações pastosase pó).
 Etiqueta para identificação da medicação.
 Uma colher (S.O.S)
 Guardanapo;
 Comprimido ou frasco de medicamento (xarope).

Técnica:

 Higienizar as mãos.
 Reunir a medicação conferindo a regra dos 5 Certos: medicamentocerto,
dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
 Identificar o recipiente com o nome do paciente, número de leito
medicamento e dose.
 Colocar o medicamento no copo descartável sem retirar do Invólucro.
 Identificar o paciente, verificando o nome com a prescrição médica
 Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
 Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente ou de seu
acompanhante.
 Deixar o paciente confortável, com a cabeceira elevada (posição de
fowler).
 Oferecer o medicamento ao paciente, retirando-o do invólucro, com
copo com água para deglutição. Caso não seja possível, auxiliar o
paciente, colocando o medicamento na cavidade oral.
 Observar e certificar-se de que o paciente deglutiu o medicamento.
 Oferecer mais líquido, se necessário.
 Após a administração oferecer guardanapo ao paciente para secar a boca
 Deixar o paciente confortável.
 Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
 Higienizar as mãos.
 Checar o horário e fazer a anotação.
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao medicamento administrado.

Posição de fowler

Via sublingual (SL)

São colocados por debaixo da língua para serem absorvidos directamente


pelos pequenos vasos sanguíneos.

 A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é


utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e
o medicamento ingressa directamente na circulação geral, sem passar
através da parede intestinal e pelo fígado.
 A maioria dos medicamentos não podem ser administrados por essa via,
porque a absorção é em geral, incompleta.
Vantagens e desvantagens da administração de medicamentos por via
sublingual

Vantagens Desvantagens
Número reduzido de medicamentos
Facilidade de administração disponíveis para administração
sublingual
Rapidez na absorção.
Método não invasivo para
administração
Utilizada em pacientes conscientes

Baixo custo financeiro.

Via retal (VR)

É a via utilizada quando o paciente não apresenta condições de deglutir


fármacos ou em casos nos quais é necessário que o medicamento não tenha
contacto com a circulação ou com o suco gástrico. O medicamento será
introduzido na região anal do paciente, apresentação do medicamento será em
forma de supositórios ou clister medicamentoso.

Finalidade:
Aliviar a distensão abdominal;
Aliviar a flatulência, constipação;
Preparo para cirurgias ou exames.
Observação:

Na posição SIMS, o paciente fica em decúbito lateral esquerdo com os


membros inferiores flexionados. Caso o medicamento seja indicado para
esvaziamento intestinal, deve-se auxiliar o paciente a ir ao banheiro ou colocar
a comadre. Deve-se sempre observar e anotar o aspecto das fezes (cor,
consistência e quantidade).

Vantagens e desvantagens da administração de medicamentos por via retal.

Vantagens Desvantagens
Proporciona conforto, após a
Posição desconfortável para o paciente.
aplicação
Rápida absorção Desconforto na hora da aplicação
Opção considerada não invasiva Irritação da mucosa rectal e intolerância ao
quando não puder administrada uso de medicação, aplicado com frequência
por via oral. causa dependência.

Material:

 Bandeja ou tabuleiro inox contendo:


 Luva de procedimento;
 Gazes não esterilizadas;
 Supositórios;
 Comadre (SN);
 Saco plástico

Técnica:
 Higienizar as mãos.
 Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medicamentocerto,
dose certa, paciente certo, via certa e hora certa
 Explicar o procedimento ao paciente.
 Calçar luvas;
 Colocar o paciente em posição de SIMS;
 Com o polegar e indicador da mão dominante, entreabrir as nádegas;
 Introduzir o supositório no recto, delicadamente, e pedir ao paciente que
o retenha por alguns minutos;
 Colocar o material em ordem;
 Retirar as luvas e lavar as mãos;
 Anotar os cuidados prestados, no prontuário do paciente.
Observação:
1. O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio do enfermeiro, desde
que seja orientado.
2. Em caso de criança ou adulto incapacitado para retê-lo, comprimir
levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.
3. É necessário colocar a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro.

Via vaginal

É a via de administração pela qual o medicamento é aplicado


directamente no canal vaginal. A acção do medicamento é local, e são
administrados cremes, óvulos, géis, tampões, supositórios e pomadas
comprimidos, emulsões.

Finalidade
Diminuir infecção vaginal, prevenir infecções, preparar a paciente para
cirurgia dos órgãos genitais realizar a contracepção e fazer a reposição
hormonal.
Vantagens e desvantagens

Vantagens Desvantagens
Efeito local Técnica asséptica
Acção rápida Incomodo local
Evita a passagem do fármaco no sistema porta-
Isolamento
hepatico
É uma área de grande irrigação sanguínea
Efeito de primeira
Permite ingestão de quantidades menores, com isso
passagem
diminui os efeitos colaterais

Material:
 Bandeja inox contendo.
 Luvas de procedimento.
 Aplicador vaginal.
 Comadre, se necessário.
 Medicamento prescrito;
 Gaze;
 Vaselina.
 Absorvente higiénico;
 Biombos, quando necessário;
 Compressa não estéril;
Técnica:

 Explicar o procedimento a paciente;


 Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medicamento certo,
dose certa, paciente certo, via certa e hora certa;
 Higienizar as mãos;
 Cercar o leito com biombo;
 Colocar a paciente em posição ginecológica;
 Com auxílio da gaze afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e
polegar, expor o orifício vaginal e introduzir o aplicador com o
medicamento. O aplicador deve ser introduzido em direcção ao sacro,
para baixo e para trás, cerca de5 cm, a fim de introduzir o medicamento
na parede posterior da vagina.
 Com a outra mão Pressionar o êmbolo, introduzindo o medicamento.
Pedir para que a paciente permaneça em decúbito dorsal, por
aproximadamente 15 minutos.
 Retirar a luva.
 Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
 Higienizar as mãos.
 Checar o procedimento em prescrição médica conforme rotina da
instituição.
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao medicamento administrado.
Via tópica

É a aplicação do medicamento na pele, sob forma de pomada ou cremes.


Sua acção pode ser local ou geral.

Material:

 Uma bandeja contendo:


 Medicamento prescrito;
 Gaze;
 Luvas de procedimentos.

Técnica:

 Explicar o procedimento e realizar a higiene local;


 Organizar o material;
 Lavar as mãos;
 Calçar luvas;
 Expor o local;
 Colocar o medicamento na pele, massageando delicadamente
Via nasal

É a instilação de medicamentos directamente nas narinas, para obtenção


de efeito local e no sistema respiratório. Via muito utilizada para aplicação de
descongestionantes nasais e broncodilatadores.

Material:

Bandeja inox contendo:

 Gazes para limpar excesso de medicamento.


 Medicamento;
 Conta gotas.
 Cuba-rim.

Técnica:
 Levar o material e explicar o procedimento;
 Separar a medicação seguindo os 5 Certos: medicamento certo, dose
certa, paciente certo, via certa e hora certa.
 Lavar as mãos.
 Orientar o paciente para a higienização nasal.
 Posicionar o paciente com a cabeça para traz, fazendo hiper extensão do
pescoço.
 Instilar a medicação em uma narina de cada vez.
 Solicitar que o paciente aguarde nessa posição aproximadamente um
minuto.
 Deixar o paciente confortável.
 Lavar as mãos.
 Anotar no prontuário.
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao fármaco administrado.
Via ocular

A instilação ocular consiste na aplicação de colírios ou pomadas na


conjuntiva ocular. Antes de aplicar o colírio, deve-se verificar o prazo de
validade e a ausência de partículas em suspensão.

Quando mais de um produto é prescrito para uso no mesmo olho, deve-se


dar um intervalo mínimo de 5 minutos entre eles. Em casos de pomadas e
colírios, deve-se administrar primeiro o colírio e, depois de 5 minutos, a
pomada. É importante lembrar que a pomada pode causar aderência à superfície
ocular, impedindo o contacto do colírio.

Material:

Uma bandeja contendo:

 Algodão, gaze ou lenço;


 Colírio ou pomada;
 Conta gotas;
 Espátula.

Técnica:

 Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medicamento certo,


dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
 Lavar as mãos.
 Calçar luvas de procedimentos em caso de conjuntivite.
 Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
 Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás;
 Antes de aplicar, realizar higiene ocular;
 Afastar delicadamente a pálpebra inferior para baixo utilizando o dedo
indicador.
 Desprezar a primeira porção da pomada ou gota de colírio;
 Pingar o colírio sem encostar o aplicador no olho.
 Fechar o olho devagar.
 Com o olho do paciente fechado, fazer ligeira pressão no canto do olho
próximo ao nariz. Essa pressão evitará que o colírio escorra para os
canais de comunicação do olho, como nariz e garganta, o que poderia
aumentar o surgimento de efeitos colaterais.
 Remover possíveis resíduos do medicamento com auxílio de lenço de
papel.
 Deixar o paciente confortável.
 Desprezar o material.
 Lavar as mãos e anotar.

Via auricular

Essa via de administração consiste em aplicar o medicamento


directamente no ouvido. É utilizada em casos de antibióticos, analgésicos e para
remoção de cerume, sendo esta a situação mais comum.

Material:

Bandeja contendo:

 Medicamento;
 Conta gotas;
 Cuba-rim;
 Gaze.

Técnica:

 Separar a medicação seguindo os 5 Certos: medicamento certo, dose


certa, paciente certo, via certa e hora certa.
 Higienizar as mãos.
 Orientar o paciente.
 Posicionar a cabeça do paciente lateralizada.
 Entreabrir a orelha e Instilar o medicamento na dosagem prescrita.
 Aguardar aproximadamente cinco minutos para posicionar a cabeça para
o outro lado, caso a prescrição seja para os dois ouvidos.
 Deixar o paciente confortável.
 Desprezar o material.
 Lavar as mãos.
 Anotar no prontuário.
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao fármaco administrado.
VIA PARENTERAL

Conceito: Consiste na aplicação de um fármaco de forma invasiva no


organismo através de uma agulha.

A via parenteral pode ser dividida em diversas vias de


administração, considerando como as mais importantes:

1- Via Intradérmica;
2- Via Subcutânea;
3- Via Intramuscular;
4- Via Intravenosa.
Via intradérmica (ID)

É a via de administração pela qual a droga é injectada na derme. É pouco


utilizada – somente para casos de testes alérgicos, testes de tuberculose, vacinas
e doses pequenas de fármacos, como adrenalina. Essa via resulta em pouca
absorção sistêmica, produz efeito principalmente local.
A área de aplicação é a face interna do antebraço. A vacina de BCG é
aplicada na área de inserção inferior do músculo deltóide direito.
O máximo de volume indicado para essa via é de 0,1 até 0,5 ml.

Material:

 Bandeja para apoiar o material e o medicamento;


 Seringa de 1 ml ou insulina;
 Medicação a ser aspirada;
 Agulha para aspiração da medicação: 25 x 8;
 Agulha para administrar: 13 x 4,5;
 Algodão com álcool.

Técnica:

 Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medicamento certo,


dose certa, paciente certo, via certa e hora certa;
 Separar o material necessário;
 Lavar as mãos;
 Preparar o medicamento;
 Escolher o local de acesso, normalmente membros superiores (MMSS),
na face interior;
 Fazer Anti-Sépsia com álcool a 70%;
 Aguardar secar o local da aplicação;
 Introduzir a agulha com bisel para cima, em ângulo de 15º;
 Introduzir a medicação, não realize aspiração, aplique o medicamento de
forma lenta e suave, observando a formação da pápula;
 Retirar a agulha e não massagear;
 Deixar o paciente confortável;
 Desprezar o material;
 Lavar as mãos;
 Anotar no prontuário;
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao fármaco administrado.
Via subcutânea (SC)

A via subcutânea é a administração de medicamento no tecido


subcutâneo. É utilizada para administração de hipoglicemiantes (insulina),
anticoagulantes (heparina), algumas vacinas (Anti-rábica, Anti-sarampo),
adrenalina e hormônios. Essa via faz com que o fármaco seja absorvido
lentamente a partir do tecido subcutâneo, prolongando assim seus efeitos.
Pode ser feita em várias regiões do corpo, em que haja camada
substancial de tecido gorduroso. Os locais de preferência são: região dorsal,
periumbilical e na face externa lateral do braço, próximo ao músculo deltóide.
É uma via utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em
tratamentos de longa duração (Diabetes), em pós-operatório, na profilaxia de
ocorrências vasculares obstrutivas. Essa via não pode ser usada quando o cliente
tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois a circulação
periférica diminuída retarda a absorção do fármaco.
O volume indicado para essa via até 0,1 ml até 2,0 ml.

Vantagens e desvantagens da administração de medicamentos


por via subcutânea

Vantagens Desvantagens
Absorção lenta e uniforme. Pode causar lipodistrofia.
Efeito constante do
Procedimento invasivo.
medicamento.
Fácil aplicação. Requer treinamento do profissional e
Permite auto aplicação. paciente

Material:

 Bandeja para acondicionar o material e o medicamento;


 Luvas de procedimento;
 Seringa de 1 ml = 100 UI;
 Agulha para aspiração da medicação 25/6 ou 25/8;
 Medicação a ser aspirada;
 Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 13/4,0;
 Algodão com álcool a 70%.
Técnica:

 Higienizar as mãos;
 Separar o material necessário;
 Preparar a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medicamento certo,
dose certa, paciente certo, via certa e hora certa;
 Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado;
 Higienizar as mãos e calçar as luvas;
 Realizar Anti-Sépsia ampla no local, com compressa embebida em álcool
a 70%, com movimento único de cima para baixo;
 Manter a compressa entre os dedos mínimo e anular da mão que vai
expor a região delimitada;
 Realizar prega cutânea de aproximadamente 2,5 cm com os dedos
indicador e polegar;
 Inserir a agulha com a mão dominante no ângulo de 90º com agulha
13x4,0 ou 13x4,5 e 45º com agulha 25x7 ou 25x8, mantendo a prega
cutânea durante toda a aplicação do medicamento;
 Não realize aspiração nem massagem, no caso da Heparina, pois pode
ocorrer a formação de hematomas no local de aplicação;
 Para outras medicações, inclusive Insulina, é recomendada a aspiração,
após a introdução da agulha, certificando-se de que não houve punção de
vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação,
desprezando o medicamento, preparar novamente e aplicar;
 Realizar a aplicação do medicamento após aspiração local;
 Não realize massagem no caso de Insulina, pois pode ocorrer aceleração
no processo de absorção do medicamento;
 Em caso de medicamentos que não tenham acção prolongada e que não
actuem na coagulação sanguínea, uma massagem leve pode propiciar
melhor distribuição e absorção do medicamento;
 Injectar lentamente o conteúdo da seringa;
 Retirar a agulha realizando movimento único, rápido e firme;
 Soltar a prega cutânea;
 Fazer discreta compressão no local com compressa embebida em álcool,
sem massageá-lo;
 Reunir o material e deixar a unidade em ordem;
 Descartar o material;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos;
 Checar o procedimento em prescrição médica;
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao medicamento administrado.
Via Intramuscular (I.M)

É a administração de medicamento no músculo. Os músculos de escolha


são o grande glúteo, o glúteo médio e o vasto lateral da coxa. O músculo bíceps
somente é utilizado para vacinação. Esta via geralmente é usada para
administrar suspensões aquosas e soluções oleosas, garantindo sua absorção a
longo prazo.
Devemos estar atentos quanto a quantidade a ser administrada em cada
músculo. Um cliente adulto com massa muscular dentro de parâmetros de
normalidade pode tolerar bem 3 ml e idosos ou crianças podem tolerar bem 2
ml; as literaturas indicam que, no deltóide, o volume máximo é de 2 ml; a
região glútea e o vasto lateral da coxa podem tolerar bem até 5ml, é necessário
que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do
volume que esse local possa receber.
Atenção: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular
do cliente, quanto menor a dose aplicada, menor o risco de possíveis
complicações.

Vantagens e desvantagens da administração de medicamentos


por via intramuscular

Vantagens Desvantagens
Acção mais rápida da droga, Permite infusão de pequenos
comparando-se à administração por volumes de medicamento, no
via oral. máximo até 5 ml.
Facilidade de visualização e acesso ao Pode causar dor no paciente, pois é
músculo. um procedimento invasivo.
Requer profissional capacitado para o
procedimento
Menor custo, comparando-se à via
Aplicações inadequadas podem
endovenosa.
causar lesões em músculos e nervos.
Podem aparecer hematomas.

Material:

 Bandeja inox para acondicionar material e medicamento;


 Luvas de procedimento;
 Uma seringa de 3 ou 5 ml (dependendo do volume do medicamento);
 Uma agulha 40 x 12 – para aspirar a medicação;
 Uma agulha 30 x 7 ou 25 x 7 – para injectar o medicamento no músculo;
 Algodão com álcool a 70%.
Técnica:

 Lavar as mãos antes e após o procedimento;


 Separar o material necessário;
 Preparar a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medicamento certo,
dose certa, paciente certo, via certa e hora certa;
 Aspirar o medicamento com agulha 40 x 12 e seringa adequada;
 Trocar a agulha 40 x 12 por agulha 30 x 7 ou 25 x 7;
 Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado;
 Posicionar o paciente conforme local escolhido, deixando-o confortável;
 Realizar Anti-Sépsia ampla no local, com compressa embebida em álcool
a 70%, com movimento único de cima para baixo;
 Com sua mão não dominante, segure firmemente o músculo para
aplicação da injecção;
 Introduzir a agulha com o bizel lateralizado em ângulo de 90º;
 Aspirar, puxando o êmbolo para certificar-se de que não haja refluxo de
sangue. Em caso de refluxo, retirar a agulha e reiniciar todo o preparo da
medicação, escolhendo outro local para realizar o procedimento;
 Injectar a medicação em velocidade constante;
 Retirar a agulha e seringa;
 Realize massagem leve, isso pode propiciar melhor distribuição do
medicamento;
 Não realize massagem em medicamentos com contra-indicações por
acção prolongada (Exemplo: Anticoncepcionais injectáveis);
 Descarte o material, seguindo as precauções padrão, lave as mãos e
proceda à anotação de enfermagem, descrevendo o local da aplicação;
 Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao medicamento administrado.

IMAGEM
Dimensões de agulhas em relação ao grupo etário

Magro Normal Obeso

25 x 6 30 x 6 40 x 6

Adulto 25 x 7 30 x 7 40 x 7

25 x 8 30 x 8 40 x 8

20 x 6
25 x 6 30 x 6
Criança 20 x 7
25 x 7 30 x 7
20 x 8
25 x 8 30 x 8

Região dorso-glútea

Dividir mentalmente o glúteo em quatro partes e aplicar no quadrante


superior externo. O paciente deve ser colocado em decúbito ventral, com a
cabeça lateralizada para o lado do profissional, com os braços ao longo do
corpo.

Quando não devemos usar a região glútea

 Não utilizar a região glútea a crianças menores de 2 anos;


 Pacientes com atrofia muscular;
 Paralisia de membros inferiores.

IMAGEM
Face ântero-lateral da coxa

 Dividir a coxa em três partes;


 Traçar uma linha imaginária no terço médio da coxa;
 Posicionar o paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores em
extensão ou sentado com a perna flectida;
 O ângulo da agulha deve ser de 45º com relação ao músculo;
 Volume indicado é de até 3 ml.

IMAGEM

Ventro Glútea ou Glútea Ventral


É a aplicação do medicamento nos músculos glúteo médio e mínimo, é
uma aplicação profunda, distante de vasos sanguíneos calibrosos e nervos
grandes.
O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante
espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar
para a virilha e os outros dedos para a cabeça do cliente, colocar o indicador
sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca;
essa posição formará um V, o centro da letra V é o local da aplicação.

IMAGEM

Aplicação Método Trajecto Z

É uma técnica IM utilizada na aplicação de drogas irritativas para


protecção da pele e de tecidos subcutâneos adjacentes, é um método eficaz na
vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares.
Deve ser utilizada em grandes e profundos músculos, como Glúteo Dorsal
ou Ventral.

IMAGEM

Técnica
 Segure a pele esticada com a mão dominante;
 Realize introdução da agulha no músculo;
 Aspire a seringa após introdução da agulha no músculo sem soltar a pele;
 Atenção para o retorno do sangue que implica nova aplicação;
 Injecte o medicamento lentamente, ao término da injecção, permaneça
com a agulha introduzida aproximadamente por 10 segundos, permitindo
melhor distribuição do medicamento;
 Retire a agulha e solte a pele. A soltura da pele implicará vedação do
orifício da injecção, impedindo a saída do medicamento.

IMAGEM

Via intravenosa (IV) ou endovenosa (EV)

Na via de administração intravenosa, o medicamento é injectado na veia,


directamente na circulação sanguínea do paciente. A administração do
medicamento pode ser realizada por uma única dose até uma solução por
infusão contínua. Essa via é indicada em situações de emergência.

As veias de preferência para a colocação dos dispositivos para o acesso


venoso periférico são:
• Metacarpianas.
• Basílica.
• Cefálica e cefálica acessória.
• Veia intermédia do antebraço.
• Veia intermediária do cotovelo.
• Veia braquial.
IMAGEM
Rede venosa do braço Rede venosa da mão

Vantagens Desvantagens
Dor pela punção e irritação local
Absorção rápida causada por alguns medicamentos.
Lesão no paciente em caso de
falhas na punção.
Risco de infecção devido a
Obtenção de resultados mais seguros procedimentos invasivos.
Após a administração, a medicação não
poderá ser aspirada.
Via preferencial para infusão de
soluções hiper tónicas, devido à Contra-indicação para medicações
facilidade imediata de diluição no oleosas.
sangue.
A via intravenosa aceita grandes Requer profissional técnico capacitado.
quantidades de soluções na sua
Risco de promover flebites.
administração. As contra indicações
relacionadas ao volume estão
associadas com a patologia do
paciente.
Risco de transfixação
(atravessar/perfurar) da veia.
Risco de hematoma por trauma de
Maior precisão em determinar a dose punção.
desejada. Punção inadequada pode ocasionar
extravasamento de medicamento para o
espaço intersticial, desencadeando
lesões no paciente.

Veias utilizadas para a administração parenteral endovenosa:

1. Região Cervical
Pescoço: Jugular externa

2. Região dos membros superiores


Braço: Cefálica e Basílica
Antebraço: Intermédia cefálica; intermédia basílica; mediana radial e ulnar.
Mão: Veias metacarpianas.

3. Região dos membros inferiores


Perna: Safena
Pé: Veias do metatarso.
Punção Venosa

Material Necessário:

Bandeja contendo:
1. Campo asséptico:
 Medicamento prescrito;
 Seringa;
2. Luvas de procedimento;
3. Aparadeira para sujos;
4. Impermeável;
5. Uma taça com bolas de algodão secas e embebidas em álcool;
6. Dispositivo venoso adequado para a rede venosa (considerar o
tempo de permanência necessário);
7. Conector do sistema fechado;
8. Material para fixação: Fita adesiva hipoalergênica ou filme
transparente;
9. Garrote.

Técnica:

 Higienizar as mãos;
 Separar o material necessário;
 Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado;
 Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o
melhor local a ser puncionado;
 Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser
puncionado;
 Abrir o material com técnica asséptica;
 Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes,
mantendo a mão fechada até a obtenção do retorno venoso;
 Fazer Anti-Sépsia amplo no local com compressa embebida em
álcool a 70% com movimento único de baixo para cima;
 Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da
agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo do local
da punção.
 Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente
abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter e retirar a
mandril (cateter sobre agulha);
 Soltar o garrote;
 Adaptar conector de sistema fechado;
 Fixar o cateter com fita adesiva ou filme transparente;
 Reunir o material e deixar a unidade em ordem;
 Descartar o material;
 Retirar as luvas;
 Higienizar as mãos;
 Fazer a anotação de enfermagem, relatando o local da punção e
dispositivo utilizado.

Observação:
É necessário retirar o ar do dispositivo antes de realizar a punção venosa.
Isso pode ser feito injectando-se soro fisiológico (SF) 0,9% antes da punção no
dispositivo ou permitindo o refluxo de sangue no momento da punção até o
final do dispositivo.

Calibre do Calibre do
cateter cateter Indicações
agulhado sobre
agulha
Necessidade de infusão rápida; requer veia de
19 G 14, 16, 18 G
grande calibre.
21 G 20 G Maioria das infusões; uso comum.
Crianças maiores (escolares),
23 G 22 G adolescentes e idosos.
Veias de pequeno calibre e crianças
25 G 24 G menores, lactentes e pré-escolares.

27 G 26 G Neonatos e lactentes.

Infusão de soluções intravenosas

A infusão de soluções intravenosas é uma das formas de administração


parenteral, na qual o medicamento é introduzido directamente na rede venosa do
paciente.
Para essa administração são necessários dispositivos para punção venosa
e equipos injectores. O primeiro grupo é composto por:

Cateteres agulhados

Feitos de aço inox, com comprimento entre 1,25 e 3,0 cm. Seu tamanho é
dividido em números ímpares, variando do cateter de maior para o de menor
calibre. A numeração encontrada é: 17; 19; 21; 23; 25 e 27. Esses dispositivos
são utilizados para acesso venoso de curtíssima duração e administração de
doses únicas de medicamentos.
Cateteres agulhados

Cateter sobre agulha

São cateteres flexíveis e dispostos sobre agulhas. Após a punção venosa,


a agulha é retirada e o cateter permanece na veia do paciente. O comprimento
varia de 2,0 a 5,0 cm, e seu tamanho é dividido em números pares, entre 12 e
24, dos cateteres de maior para os de menor calibre. São utilizados para acesso
venoso de curta permanência, devendo ser substituídos em até 72 horas.

Cateter sobre agulha

Cateteres de linha média

São os cateteres inseridos na região antecubital, sendo indicados em casos


de acesso venoso de duração intermediária (média duas semanas). Seu
comprimento é de aproximadamente 15 cm.

Cateter periférico de duplo lúmen

São cateteres de inserção periférica, com dois canais para infusão distinta
de medicamentos.
Cateter duplo lúmen

Cateteres venosos centrais

São dispositivos de acesso venoso de longa permanência. Sua instalação é


feita por médicos (cateteres percutâneos e cateteres venosos centrais
tonalizados) e por enfermeiros (cateter central de inserção periférica).

Cateter central de inserção periférica

Os equipos injectores podem sem classificados em:

Equipo macrogotas

São utilizados para infusão de medicamentos em grandes volumes, por


sistema gravitacional. A velocidade de gotejamento é controlada por meio de
uma pinça rolete. Pode ter ou não injector lateral para medicamento.
Equipo macrogotas

Equipo microgotas

Próprios para infusão de medicamentos em pequenos volumes, por


sistema gravitacional. A velocidade do gotejamento também é controlada por
pinça rolete, tendo ou não injector lateral.

Equipo microgotas

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