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Campos do Jordão

A cidade de Campos do Jordão está localizada na serra da Mantiqueira, à 173 km da


cidade de São Paulo, à 350 km do Rio de Janeiro e a 500 km de Belo Horizonte. Está
localizado no Estado de São Paulo, possui limites municipais que se confrontam com os
municípios de São Bento do Sapucaí, Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal e
Guaratinguetá e no estado de Minas Gerais com Piranguçu, Delfin Moreira e Wenceslau
Brás, conforme pode ser visto na Figura 1.

Figura 1: localização de Campos do Jordão

A cidade fica à altitude de 1.628 metros, sendo, portanto, o mais alto município
brasileiro, considerando a altitude da sede. De acordo com Emplasa (2013), o município
possui área total de 290,52 km², com taxa de urbanização de 99,4%, com 47.789
habitantes e densidade de 164,49 hab/km².
A cidade de Campos do Jordão foi fundamentada, deste os primórdios de seu processo de
urbanização, no vale do Ribeirão Capivari. Este rio, como fornecedor de um recurso
natural imprescindível a vida, oferecia a água como elemento necessário à sobrevivência.
Seu vale, uma amenidade do relevo acidentado da cidade, era um facilitador de percursos
e favorecia o uso do solo. As condições físicas do território determinaram a escolha do
sítio e o início da ocupação. Conforme conta a história, sua estrutura resultou em torno
de elementos primários, iniciando um núcleo urbano (PAULO FILHO, 1986). Os
aspectos físicos da natureza nortearam a ocupação da cidade, formando também um eixo
estruturante de mobilidade urbana, originando um traçado com eixo linear, no qual foram
implantadas a ferrovia e as principais vias de acesso. Este eixo principal e de relevo
brando se ramificaram de forma sinuosa se adequando ao relevo mais acidentado de sua
bacia hidrográfica.
Em 1878, foi fundada a Primeira Casa de Saúde, para o tratamento de tuberculose na
cidade, espalhou-se a notícia de que o clima era favorável à cura e possuía ação
terapêutica, dando início ao ciclo de cura, com a construção de numerosos sanatórios
(PAULO FILHO, 1986).
No final do século XIX, o município era procurado como local ideal para o tratamento da
tuberculose. Neste período houve construções de vários sanatórios e a ocupação urbana
possuía preocupações higienistas (Paulo Filho, 1986). Já na primeira metade do século
XX, a intencionalidade do desenvolvimento urbano focava a expansão sanatorial
conciliada com o turismo. As orientações voltaram-se ao crescimento da cidade, com
baixa densidade habitacional, ocupação territorial de forma dispersa, o espraiamento do
tecido urbano e a setorização e segregação espacial de classes sociais, definindo bairros
para a população residente e turista. Em 1915, foi criado o distrito de Campos do Jordão,
pela Lei Estadual n° 1.471, no município de São Bento do Sapucaí, com sede na Povoação
de Vila Jaguaribe. A Vila Abernéssia foi fundada em 1919 pelo escocês Robert John Reid,
(agrimensor12 na ação da divisão judicial da Fazenda Natal). Na época, chamada de Vila
Nova, foi impulsionada pela Estação de Ferro. O mesmo edificou uma pequena usina
hidrelétrica neste bairro e a Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, a qual
construiu por volta de 1930, a Usina do Fojo, que abasteceram a cidade por longa data.

Figura 2: - Foto da Vila Jaguaribe. Data provável: 1912. Fonte: Arquivo pessoal de Rossi, 2014.

Figura 3: - Foto da Vila Jaguaribe. Data: década de 20. Fonte: Arquivo pessoal de Rossi, 2014.
A Prefeitura Sanitária de Campos do Jordão foi criada em 1926, sendo subordinada à
Secretaria do Interior. A criação do município foi em 16 de junho de 1934, quando se
desmembrou da cidade de São Bento do Sapucaí e foi incorporado o Distrito de Santo
Antônio do Pinhal. O quadro que se manteve até 1944, data que foi criada a comarca de
Campos do Jordão com sede no município do mesmo nome, pelo Decreto-lei n° 14.334
(IBGE, 2010).
Em 1931, havia em funcionamento 9 sanatórios, 13 pensões oficializadas com regime
sanatorial e um ambulatório. A prefeitura sanitária doava terrenos a todas entidades que
apresentassem projetos para a construção de casas de saúde. Com a promessa de cura
pelos ares frios, mesmo os enfermos que não possuíam condições financeiras de pagar
pelo tratamento, eram atraídos para a cidade, o que proliferou as construções precárias e
pensões clandestinas, gerando um estado sanitário caótico (BERTOLLI FILHO, 2001).
Por volta de 1936, foram iniciados os trabalhos da abertura da atual rodovia SP-50, que
interliga São José dos Campos a Campos do Jordão. A construção desta rodovia
incentivou o ciclo do turismo, consequentemente, a estrutura hoteleira começou a se
instalar na cidade.
O governador do Estado de São Paulo, criou uma comissão compostas por médicos e
urbanistas, para estudar a urbanização de Campos do Jordão, com foco na expansão
sanatorial conciliada com o turismo. Os quatro pilares desta proposta eram: A
tuberculose; doenças diversas; descanso e recreio e o jogo. Foi criado um zoneamento
sanatorial, com preocupações higienistas, evitando a ocupação excessiva do solo, a
restrição de instalação de indústrias e o adensamento populacional. Este estudo gerou o
Plano de Urbanização de Campos do Jordão, Projeto de Lei n° 193, que foi aprovado pela
Câmara Estadual. Baseado nas características topográficas, o crescimento proposto era
predominantemente linear. Segundo Paulo Filho (1986), com esta finalidade foram
introduzidas as seguintes diretrizes:
 Tratamento da artéria principal, via e eletrovia - A via que margeava a Estrada de Ferro
de Campos do Jordão (EFCJ) era chamada de Avenida de Ligação (Hoje Av. Frei Orestes
Girardi), na época, seu traçado ainda era irregular, deveria ser concluído, remodelado para
o existente e duplicado, abrindo a atual Avenida Januário Miráglia;
 Limitação transversal, seccionando o comércio e administração no eixo, ao longo da
ferrovia, principalmente próximo às paradas e em Vila Abernéssia. Destaca-se a
orientação para o desenvolvimento predominantemente linear;
 Residências na faixa imediata à via principal, chácaras na seguinte, agricultura ou
florestas na periferia e indústrias em pontos isolados. As residências de primeira classe
deveriam se estabelecer em Vila Capivari e residências operárias em 2 ou 3 vales
afluentes. Destaca-se a segregação de classes sociais. E 65
 A EFCJ deveria oferecer uma linha rápida de tráfego contínuo e previa-se seu
prolongamento até Itajubá. Impunham-se melhorias nas estradas que ligavam a cidade a
Pindamonhangaba e São José dos Campos.
Na década de 1950, foi instituído o Centro de Planejamento de Campos do Jordão,
entidade da sociedade civil, não partidária, que opinou em empreendimentos em diversas
gestões municipais e a Comissão Técnica do Plano Diretor, resultando em 1959, no
primeiro Plano Piloto do Plano Diretor. Este estabeleceu zoneamentos, locais de centro
cívico e interesse de comunicação da cidade. Foi uma iniciativa do Governador do Estado
de São Paulo, que se realizasse o planejamento das estâncias do estado de São Paulo em
um convênio com as prefeituras municipais (Departamento de Obras Sanitárias da
Secretaria de Viação e Obras Públicas) e a Reitoria da Universidade de São Paulo. Este
documento foi oficializado em 1962, pela Lei Municipal nº 430, juntamente com o
Código de Obras do município.

Figura 4: Foto da Vila Abernéssia. Data: década de 1930. Fonte: Arquivo pessoal de Rossi, 2014

Algumas instituições e hotéis foram construídos para reforçar o caráter turístico, cultural
e elitista da cidade. Como o Palácio Boa Vista que serve de residência de inverno do
Governador do Estado, o Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro de Campos
do Jordão, que recebe o Festival de Inverno da cidade, e outros eventos. Entre os Hotéis
destacamse o Hotel Toriba e o Grande Hotel, que na data de inauguração também
funcionava como cassino. O Escritório Técnico do Planejamento (ETEPLA) reformulou
e adaptou o Plano Diretor à realidade local e elaborou o Plano de Desenvolvimento
Integrado. Foram elaborados os seguintes documentos: preservação da paisagem,
manutenção da densidade demográfica baixa, uso do solo, disciplina dos loteamentos,
revisão do código de edificação, mapas e revisão do sistema viário básico. Na década de
1970 a cidade recebeu estudos urbanísticos como o Código de Diretrizes do Sistema
Viário, Código de Usos do Solo e Proteção da Paisagem, Código de Edificações (Lei nº
1097 de 1978) e Código do Parcelamento do Solo. Em 1978, o Governo do Estado de São
Paulo, passou o município de estância hidromineral para estância turística, o que
restabeleceu a autonomia política administrativa. Em 1979, a administração proibiu a
aprovação de loteamentos com o intuito de cessar a devastação da natureza. Houve
intervenções urbanísticas na Vila Fracalanza e Jardim Marcia. Foi instituída a EMUHAB
(Empresa Municipal de Habitação) para construções de habitacões populares no sistema
de mutirão na Vila Floriano Pinheiro. Segundo Pedro Paulo (1986), na década de 1980 a
cidade sofreu uma alta especulação imobiliária, através da implantação indiscriminada de
loteamentos. Este fato, segundo o autor, foi ocasionado pela expressão turística do
município com a construção de casas de turistas. As obras do portal da cidade se iniciaram
em 1984. A construção tinha como intuito orientar o estacionamento de ônibus e veículos
de turistas, funcionando como um ponto receptivo.
Figura 5: Mapa da área urbana de Campos do Jordão com a localização das vilas e o eixo viário
principal.

As centralidades da cidade foram distribuídas ao longo do eixo articulador, funcionando


como um cruzamento linear, uma sequência de nós das malhas secundárias, definido
pelos bairros Abernéssia, Jaguaribe e Capivari, os principais locais de troca de bens,
consumo e serviços. Os outros bairros que compõem a cidade são ramais deste eixo
principal que condicionou e articula as ramificações de expansão urbana horizontal do
município. Os serviços não encontrados nos dos bairros adjacentes, fazem com que estes
moradores necessitem atingir este eixo para ter acesso aos serviços principais da cidade,
pois estão concentrados nas avenidas Januário Miráglia e Frei Orestes Girardi, como
bancos, prefeitura, fórum e compras. As principais centralidades da cidade foram
distribuídas ao longo do eixo articulador, funcionando como um cruzamento linear, uma
sequência de nós das malhas secundárias. Estes nós, definidos aqui como os bairros de
Abernéssia, Jaguaribe e Capivari são os fundamentais locais de troca de bens da cidade,
consumo e serviços, podem ser visualizados na Figura 5. São também, decorrentes da
centralidade original da cidade, seus núcleos simbólicos, cada qual com seu significado.
Por fim, os aspectos físicos da natureza nortearam a ocupação da cidade, formando um
eixo estruturante de mobilidade urbana, originando um traçado urbano linear, no qual
foram implantadas a ferrovia e as principais vias de acesso.
São bento do Sapucaí
O Município da Estância Climática de São Bento do Sapucaí situa-se ao leste do Estado
de São Paulo, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, Região Vale do Paraíba, mais
especificamente no Alto Sapucaí. Compreende uma área de 279 km², dividindo em
perímetro urbano: 91.405 km2 e rural 187,595 km2, com uma população de 10.355 (censo
2000) habitantes, sendo 44,68% na zona urbana e 55,2% na zona rural. Seu clima é ameno
e saudável e o solo fértil permite uma agricultura diversificada que, ao lado da pecuária,
forma a base econômica do Município que também produz hortifrutigranjeiros.
A história de São Bento do Sapucaí, remonta ao tempo do bandeirantismo, quando os
paulistas de Taubaté galgavam a Serra da Mantiqueira e, pelo caminho velho do sertão,
seguindo o curso do Rio Sapucaí, alcançavam as regiões auríferas das Minas Gerais.
Gaspar Vaz da Cunha, o Oyaguara, foi um dos primeiros a se fixar no Vale do Sapucaí e
após ele muitos subiram a Serra e aqui se estabeleceram em vastas fazendas, onde
desenvolveram a criação e o comércio de gado na região, apesar das acirradas disputas
pelo domínio da terra conquistada pelos paulistas com os moradores da capitania de
Minas Gerais.
Entusiasmado com o solo fértil e o clima temperado que a região propiciava, Oyaguara
passou a convidar pessoas de São Paulo e Minas Gerais para se estabelecerem ali e assim
deu-se início ao povoamento.
Aos poucos com o declínio da exploração do ouro, os desbravadores foram percebendo a
riqueza do solo das Terras Altas so Sapucaí. Assim, o cultivo do fumo, da cana-de-açúcar
e do café foi dano espaço ao crescimento do lugarejo.
Dentre esses fazendeiros destacou-se José Pereira Alves, o fundador da cidade. Era
natural do Rio de Janeiro e morador de Pindamonhangaba. Adquiriu terras da região do
Sapucaí-Mirim e se instalou com os familiares e escravos.

Figura 6: foto da cidade de São Bento do Sapucaí. Fonte: http://saobentodosapucaisp.com.br/


Contando já o povoado com cerca de 270 pessoas divididos em grupos, fazia-se sentir a
necessidade de um padre que lhes ministrasse os sacramentos e de uma igreja para se
reunirem na celebração a religião. José Pereira Ale sua esposa Dona Ignez Leite de
Toledo, interpretando o sentimento dos sertanias, doaram uma grande extensão de terras
para ser erguida uma capela em louvor a São Bento, cuja imagem achava-se na capela da
Guarda Velha, um pouco distante do povoado e trouxe de Pindamonhangaba o Padre Júlio
Velho Columbreiro, que benzeu o local onde se acha hoje a Igreja de Nossa Senhora do
Rosário, colocando ali a cruz da Redenção e uma bandeira com os dizeres: “Nossa
Senhora Mãe dos Homens comovei os maus corações”. Mas o vigário de Pouso Alegre,
Padre José Bento de Melo, frustou-lhe os intentos, arrancando a cruz e a bandeira e
levando preso o padre Columbreiro. Pereira Alves não se deu por vencido e mandou que
se iniciasse a construção da capela, mas teve que sustar o trabalho para manter a paz e o
sossego com os conflitantes mineiros.
No dia 03 de fevereiro de 1832, o padre Manuel Alves Coelho, de Pindamonhangaba,
aqui chegou e tomou posse de seu rebanho, fazendo o primeiro batizado numa casa
particular, enquanto se construía a igrejinha para a qual foi transladada definitivamente a
imagem de São Bento, vinda da Guarda Velha. Construção, onde se encontra atualmente
a igreja Matriz, foi iniciada em 16 de maio de 1853, sob a responsabilidade de uma
comissão composta de vários residentes, e presidida pelo padre Pedro Nolasco César.

Figura 7: localização de São Bento do Sapucaí.


Fonte: http://saobentodosapucai.sp.gov.br/placas/Guia-completo.pdf

Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o Município de São Bento


do Sapucaí se compunha de 3 Distritos: São Bento do Sapucaí (São Bento do Sapucahy),
criado por Decreto de 16 de agosto de 1832; Santo Antônio do Pinhal e Candelária.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de São Bento do Sapucaí
compõe-se dos seguintes Distritos: São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão, Candelária
e Santo Antônio do Pinhal.
Pelo Decreto Lei nº 6501, de 19 de junho de 1934, desmembra de São Bento do Sapucaí
o Distrito de Campos do Jordão.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o Município de São Bento
do Sapucaí compreende o único termo judiciário da comarca de São Bento do Sapucaí e
se divide em 2 Distritos: São Bento do Sapucaí, Candelária e Santo Antônio do Pinhal.
Pela Lei nº 2694, de 03 de novembro de 1936, desmembra de São Bento do Sapucaí o
Distrito de Candelária.
No quadro anexo ao Decreto-lei Estadual n.º 9073, de 31 de março de 1938, o Município
de São Bento do Sapucaí compreende o único termo judiciário da comarca de São Bento
do Sapucaí e figura com 1 só Distrito, São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal.
No quadro fixado, pelo Decreto Estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1938-
1943, o Município de São Bento do Sapucaí é composto de 2 Distritos: São Bento do
Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal é termo da comarca de São Bento do Sapucaí, formada
de 1 único termo, São Bento do Sapucaí, formado pelos Municípios de São Bento do
Sapucaí e Campos do Jordão.
Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o
quadro territorial para vigorar em 1945-48, o Município de São Bento do Sapucaí compõe
dos Distritos de São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal, comarca de São Bento
do Sapucaí.
Constituído dos Distritos de São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal, no quadro
territorial fixado pela Lei Estadual nº 233, de 24-XII-1948 para vigorar em 1949-53,
assim permanece no fixado pela Lei Estadual n.º 2456, de 30-XII-1953 para 1954-58,
comarca de São Bento do Sapucaí.
Pela Lei Estadual nº 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembra de São Bento do
Sapucaí o Distrito de Santo Antônio do Pinhal.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o Município de São Bento do Sapucaí é
formado apenas do Distrito sede.
Em 1967, devido às condições climáticas e geográficas, São Bento do Sapucaí foi
oficialmente reconhecida como Estância Climática, pela Lei n.º 9700, de 26 de janeiro.

Figura 8: São Bento do Sapucaí


Durante muito tempo teve-se como data de fundação o dia 3 de fevereiro de 1828, sendo
seu centenário comemorado solenemente no ano de 1928. Posteriormente, adotou-se a
data de 16 de agosto, data da elevação a categoria de Freguesia, no ano de 1832. Tempos
depois a Freguesia passou a Vila, em 16 de abril de 1858, e quase uma década posterior,
mais precisamente em 30 de março de 1876, tornou-se Cidade pela Lei nº 48,
transformando-se em Estância Climática pela Lei Estadual de 26 de janeiro de 1976. O
nome da cidade e do município está ligado ao Rio Sapucaí, que, na linguagem indígena,
significa “rio que grita”. Logo foi escolhido o santo padroeiro do município, São Bento,
fundador da ordem dos Beneditinos, em franca expansão no Brasil na época da fundação
da cidade.
Segundo o anuário “ALMANACH”, a historia da construção da igreja matriz se registra
da seguinte maneira:

Figura 9: Praça da igreja. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0JF2Bo3wrOY

"Manoel Esteves de Jesus Junior, homem abastado que, com o Dr. João Renno
de França e Padre Pedro Nolasco Cesar, formavam o núcleo intelectual da
Freguesia. Foram criados estatutos para orientar a comissão encarregada do
levantamento do templo. Esses estatutos se compõe de 17 artigos extensos e
dizem o seguinte: "Os abaixo assinados, cônscios da necessidade de se
edificar um novo templo em honra e glória d o Glorioso Santo São Bento, que
deverá servir de matriz desta Freguesia de São Bento, a conselho do Frei
Eugenio Maria de Genova, missionário Apostólico Capuchinho, depois de
serem apresentados ao povo pelo mesmo Reverendíssimo Senhor e apregoado
pelo Reverendíssimo Padre Nolasco Cesar, Vigário Colado desta Freguesia,
na igreja, conscienciosamente se comprometem à edificação da obra da Igreja
Matriz, no lugar denominado PALMEIRAS, da maneira seguinte;...7
indivíduos para comporem a comissão, presididos pelo Padre Vigário.
Deveriam edificar a igreja a todo custo, ainda que durante a edificação
morresse ou retirasse metade ou mais da metade da Comissão. Os Estatutos
jamais poderiam ser revogados se as modificações viessem prejudicar a
arquitetura da obra.
Subscreveram os Estatutos: Padre Pedro Nolasco Cesar (Presidente), Frei
Eugenio Maria de Genova, Benedito Salgado Cesar, Manoel Esteves de Jesus
Junior (Secretário) Cap. Custódio Homem de Azeredo (Tesoureiro),
Cap.Antonio Modesto Monteiro Dias (Procurador), Do mingos dos Santos
Cezar e Francisco da Silva”.
O templo foi erguido com as doações dos fiéis, registradas em livro próprio,
pagas com algumas verbas do Governo Provincial e pelo subsídio literário,
um imposto cobrado sobre a fabricação de aguardente e o ab ate de gado de
corte para venda no varejo.
A Igreja Matriz foi construída por fora da antiga capela de pau -a-pique, de
modo que esta só foi demolida depois que o novo templo estava coberto, pois
era a única igreja em condições de se celebrar o culto divino em toda a
Freguesia. Pelas dificuldades e precariedade de trabalho próprias da época,
as obras se arrastaram por mais de meio século e só foram concluídas pelos
padres carmelitas em 1917, tomando as características que tinha até 1970.
A pintura artística foi feita pelo pintor e artista Luiz Teixeira, natural de
Itajubá, destacando-se os dois quadros na capela-mór, um representando A
TRANSVERBAÇÃO DE SANTA TEREZA e outro, NOSSA SENHORA DO
CARMO.

Figura 10: Igreja Matriz. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0JF2Bo3wrOY

O Engenheiro arquiteto foi MARINO DEL FAVERO, escultor italiano


residente em São Paulo. A construção dos altares esteve a cargo do artista
italiano, também residente em São Paulo, Sr. Francisco D’Araca.
Os carmelitas trouxeram da Itália, onde foram chamados para servir ao
exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial, do qual foram
dispensados por serem missionários, as imagens de Nossa Senhora do Carmo,
Nossa Senhora das Dores, Santa Tereza D"Avila e São J oão da Cruz, em 1916.
Os frades carmelitas chegaram a São Bento no ano de 1914 e sabe -se que
havia uma intenção de se estabelecer na cidade a Ordem dos Carmelitas
Descalços, pois aqui se encontrava Frei Seraphim D' Arpino, mencionado no
Livro do Tombo como Provincial dos Carmelitas Descalços de São Bento do
Sapucaí e com ele se achavam outros carmelitas. Toda a reforma feita na
Igreja Matriz tinha como meta torná-la um templo carmelita.
Foram por eles adquiridas as imagens do Nosso Senhor Morto, em tamanho
natural, Nosso Senhor Ressuscitado, Santo Antonio e 4 anjos decorativos de
1,10m de altura, do escultor Carton Piérre.
A inauguração das obras se deram no dia 16 de julho de 1917, dia de Nossa
Senhora.
Os carmelitas deixaram São Bento no ano de 1929, passa ndo a paróquia para
o comando do padre Pedro do Valle Monteiro.
Conforme consta do livro do Tombo os carmelitas deixaram escrito um termo
de doação referente às imagens vindas da Itália, e de um harmônio pequeno e
novo.
Como marca da presença deles nesta cidade ficou o estilo carmelita que
imprimiram no interior da Igreja Matriz.
A imagem de São Bento o padroeiro, só voltou a ocupar seu lugar no altar -
mor em 1934.

Figura 11: Igreja Matriz. Fonte: http://www.tursan.com.br/aniversario-da-cidade-de-sao-bento-


do-sapucai/
Santo Antônio do Pinhal

Figura 12: Mapa de Santo antonio do Pinhal.


Fonte: http://santoantoniopinhal.com.br/mapa/

Santo Antônio do Pinhal é um município brasileiro do estado de São Paulo, na Região


Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Sub-Região 2-Taubaté microrregião
de Campos do Jordão. Localiza-se a uma latitude 22º49'38" sul e a
umalongitude 45º39'45" oeste, estando a uma altitude de 1.080 metros.
Após índios e bandeirantes, ouro e escravos, no Sertão do Alto do Sapucaí Mirim em
1785 foi concedida a primeira sesmaria da região pela Capitania de São Paulo. Um
conflito se instalou por muitos anos, por causa da disputa da divisa entre as Capitanias de
São Paulo (1714) e Minas Gerais (1720). Sertão do alto da Serra para os Paulistas que
não aceitavam a divisa, e para os mineiros, seria no alto da Serra da Mantiqueira, região
denominada Sertão de Camanducaia.

Em 1809, foi aberto um caminho pelos mineiros em terras habitadas pelos paulistas da
Vila de Pindamonhangaba que já possuíam as Sesmarias na região, mas logo foi fechada
pelo então Capitão Mor Ignácio Marcondes do Amaral

.Após um acordo amigável em 1811, ficou combinado que continuaria aberta a estrada
com uma guarda mantida por São Paulo no lugar denominado sertão em terras de Claro
Monteiro do Amaral, cerca de 10 km acima de Sapucaí Mirim.

Na região onde existe hoje a Cidade de Sapucaí Mirim, estabeleceram-se diversos


moradores sob a proteção do Capitão Manoel Furquim de Almeida, representante de
Minas. Essas terras eram reclamadas pelo paulista Inácio Caetano Vieira de Carvalho,
antigo sesmeiro, que conseguiu reavê-las em 1813 com intervenção da câmara de
Pindamonhangaba a seu favor.
Em abril do ano seguinte, houve um contra movimento por parte de Minas retirando a
guarda do local combinado e, em julho foi instalado um quartel no alto da Serra da
Mantiqueira. Em 31 de agosto do mesmo ano, a Câmara de Pindamonhangaba obrigou os
mineiros a retirarem o quartel, que ficou abandonado até novembro quando foi queimado
pelas autoridades de Pindamonhangaba. A denominação “Quartel Queimado” figura nos
documentos de 1847 e no mapa de Minas de 1855.

Figura 13: Vista parcial da cidade.


Fonte: http://www.pinhalnet.com/site/a-cidade/historia/

Figura 14: Vista parcial da cidade.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=QVd1UzgZB3I
1814, em abril houve um contra movimento por parte de Minas retirando a guarda do
local combinado e em julho foi instalado um quartel no alto da Serra da Mantiqueira. Em
31 de agosto do mesmo ano, a Câmara de Pindamonhangaba obrigou os mineiros a
retirarem o quartel, que ficou abandonado até n o v e m b r o q u a n d o f o i
q u e i m a d o p e l a s a u t o r i d a d e s e Pindamonhangaba. A denominação
“Quartel Queimado” figuranos documentos de 1847 e no mapa de Minas de 1855.
Figura 15: Vista parcial da cidade. Fonte: https://pt.scribd.com/doc/110873331/Historia-
de-Santo-Antonio-Do-Pinhal-1785-2015

Com a abertura oficial da estrada em 1811, ligando as duas Capitanias, a região começou
a prosperar. Com a fundação da Freguesia de São Bento do Sapucaí em 1828, as terras
do alto da Serra ficaram pertencendo à nova freguesia.
Foram feitas muitas doações para a Capela de Santo Antonio no local denominado
Fazenda Pinhal. A mais conhecida delas ocorreu em 11 de de abril de 1856, quando o
senhor Antonio José de Oliveira e sua mulher doaram terras ao santo de devoção.

Após cem anos de submissão, os descendentes dos antigos povoadores decidiram


conquistar a independência. O antigo Bairro do Pinhal dependia unicamente de São Bento
do Sapucaí, mas graças aos esforços de heróis pinhalenses, após demandas judiciais,
comemorou-se a emancipação em 1960. Dessa data em diante a nova cidade prosperou e
transformou-se no “Charme da Serra”.

Figura 16: Mapa turustico da cidade


Fonte: https://monterosacj.files.wordpress.com/2014/02/mapa-sbs.jpg
Ubatuba
Para quem vem da Baixada Santista pela Rodovia Dr. Manoel Hippólyto Rego (SP-055),
chega-se ao Município de Ubatuba após ladear a orla marítima e atravessar as áreas
urbanas, inclusive as centrais, dos municípios de São Sebastião e Caraguatatuba. Os
principais acessos regionais para a Baixada Santista a partir da Região Metropolitana de
São Paulo são as Rodovias Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160). Para quem vem do
Vale do Paraíba, chega-se ao Litoral Norte pela Rodovia Tamoios (SP-099), que liga o
Município de Caraguatatuba a São José dos Campos, e pela Rodovia Osvaldo Cruz (SP-
125), que liga Taubaté a Ubatuba. Outra entrada regional para o Litoral Norte encontra-
se na divisa com o Estado do Rio de Janeiro, na altura de Parati. Essa entrada ocorre pela
Rodovia Rio-Santos (BR-101) que segue para a Baixada Santista com o nome de Rodovia
Dr. Manoel Hippólyto Rego (SP-055). O eixo formado por essas duas rodovias atravessa
todos os municípios do Litoral Norte, exceto Ilhabela, interligando seus vários bairros
urbanos. Nesse eixo há problemas sérios de congestionamento de veículos causados, em
grande parte, pela sobreposição de tráfegos de caráter local e regional, principalmente
durante a temporada de férias e em feriados prolongados. Desse modo, conforme a figura
___ abaixo, o Município de Ubatuba se coloca como ponto de acesso ao Litoral Norte
para quem vem do Vale do Paraíba através da Rodovia Osvaldo Cruz (SP-125) e para
aqueles que vêm do litoral carioca, na altura de Parati, através da Rodovia Rio-Santos
(BR-101). Caraguatatuba também é um ponto de acesso ao Litoral Norte a partir do Vale
do Paraíba, através da Rodovia dos Tamoios (SP-099).

Figura 17: Regiões Metropolitanas de Campinas, São Paulo, Baixada Santista e do Vale do
Paraíba e Litoral Norte e Aglomerado Urbano de Jundiaí
No século XIX, Ubatuba possuía um porto que teve grande importância regional, pois
servia como ponto de escoamento da produção cafeeira desenvolvida no Vale do Paraíba.
Esse porto foi suplantado em importância pelo Porto de Santos que se fortaleceu com a
expansão da economia cafeeira para o interior do Estado de São Paulo na primeira metade
do século XX e com a consolidação das indústrias de Cubatão a partir de meados do
século XX. Hoje o porto de Ubatuba não tem a mesma importância do passado.
Ubatuba faz divisa com São Luis do Paraitinga a Norte, o Oceano Atlântico a Sul, Parati
(RJ) a Leste, Natividade da Serra e Caraguatatuba a Oeste e Cunha a Nordeste. Está na
Região de Governo de Caraguatatuba que faz parte da Região Administrativa de São José
dos Campos. As Regiões Administrativas do Estado de São Paulo foram instituídas pelo
Decreto Estadual nº 48.162 de 3 de julho de 1967, alterado pelo Decreto Estadual nº
52.576, de 12 de dezembro de 1970. A instituição dessas Regiões Administrativas visa
descentralizar a administração pública no Estado de São Paulo buscando melhor
articulação entre o governo estadual e os municípios paulistas. Nessa mesma linha, o
Decreto Estadual nº 22.970, de 29 de novembro de 1984, subdividiu as Regiões
Administrativas em Regiões de Governo.
De acordo com o IBGE, o município de Ubatuba se divide em dois distritos: distrito de
Ubatuba, que segue desde a divisa com Caraguatatuba, ao sul, até a praia de Promirim e;
o distrito de Picinguaba, que segue até a divisa com o Estado do Rio de Janeiro, ao norte
do município.

Figura 18: Divisão de distritos

O distrito de Ubatuba possui a maior extensão territorial, abrangendo a área central e


concentra a maior parte da população residente (97,5%). O distrito de Picinguaba
concentra apenas 2,5% da população residente do município.
O município de Ubatuba possui o maior território dentre os municípios da Baixada
Santista e do Litoral Norte, com mais de 71 mil hectares, sendo que a maior parte de seu
território, inserida em unidades de conservação, permanece não ocupada resultando em
uma densidade populacional total do município bastante baixa, de apenas 1,1 hab/ha. A
área urbanizada ocupa aproximadamente 3,5% do território, e sua densidade atinge 32
hab/ha.
A população residente de Ubatuba está distribuída ao longo da faixa litorânea com
concentrações um pouco maiores nos bairros centrais, especialmente entre a praia
Vermelha e Ponta Grossa. A densidade populacional é baixa de um modo geral. Poucos
setores censitários urbanizados apresentam densidade acima de 25hab/ha.
Na segunda metade do século XVII, a exploração do ouro em Minas Gerais foi mudando
a história do Sudeste. Cada espaço geográfico comeuçou a se especializar para atender ao
consumo de Minas. Ao sudeste litorâneo coubou produzir a aguardente e o açúcar,
gerando também outros cultivos de apoio. Nesse período existiram em Ubatuba 19
fazendas-engenhos, além defazendas produtoras de anil e fumo para serem trocados por
escravos na África. A produção de pesca era intensa neste período (em parte voltada para
o mercado mineiro), sobretudo a taínha no inverno. Com esta produção intensa a
população chega a 2.000 pessoas, sem contar os escravos. De Minas vinha o ouro trazido
por tropeiros para embarque no porto de Ubatuba e a ele chegavam as mercadorias
européias que atendiam os senhores coloniais de São Paulo e Minas Gerais. Durante o
Séc. XVII predominava em Ubatuba uma rustica agricultura de roça de alimentos que
cujo onde o trabalho escravo era central. Os escravos eram empregados na plantação de
cana de açucar para fabricação de aguardente. Nesta fase a população escrava
representava cerca de 20% da população total. Estaleiros construiam embarcações que
serviam para o comércio de toda a produção das fazendas, que utilizavam o mar ao longo
da costa como via hidroviária, ligando as várias fazendas proximas à costa. Em 1787,
entretanto, o presidente da Província de São Paulo decreta que todas as mercadorias da
capitania deveriam ser embarcadas por Santos, medida que ocasionou a decadência da
economia de cana e do porto de Ubatuba. A situação só iria melhorar com a abertura dos
portos em 1808 e o comércio ganharia novo impulso com o cultivo do café no município
e no Vale do Paraíba, que tornou-se economicamente próspero na segunda metade do
século. Neste novo contexto, Ubatuba passa a ser o porto exportador da região cafeeira,
chegando a receber anualmente cerca de 600 navios transatlânticos. A situação começa a
se modificar a partir de 1820 com o sucesso da agricultura cafeeira para exportação.
Ubatuba foi um dos primeiros municipios do Estado de São Paulo a se dedicar ao cultivo
do café e tornou-se um grande produtor. Neste contexto o porto de Ubatuba passa a ter
grande importância para exportação do café produzido e importação de escravos, além da
escoação de grande parte das mercadorias vindas do Vale do Paraíba e Norte de Minas,
que desciam a serra em lombo de burro. O re-surgimento das operaçoes poertuárias de
Ubatuba, no inicio do séc XIX, o municipios voltou com muita força ao cenário
economico nacional, levando a cidade a ocupar o primeiro lugar no Litoral Norte, na
exportação cafeeira. Este revigoramento também se deu na estrada que ligava Ubatuba ao
Vale do Paraíba. Apesar da grande precariedade desta estrada, o fluxo de tropas que
desciam do planalto era intenso. Vilas e cidades do Vale do Paraíba até o Sul de Minas
utilizavam esta estrada, descendo a serra até o porto de Ubatuba e voltando serra acima
com os produtos importados. A estrada foi melhorada pelo governo provincial e passou a
chamar-se Oswaldo Cruz, abrindo uma nova perspectiva economica para Ubatuba com o
turismo de paulistanos que vinham à região conhecer o Litoral Norte e suas belezas
naturais. Com isso, começam a vir para a cidade empresários do ramo hoteleiro iniciar
novos empreendimentos voltados ao turismo. A Vila de Ubatuba passa em 1855 à
categoria de cidade. A urbanização alcança o município, são construídos o cemitério,
novas igrejas, um teatro, mercado municipal, residências para abrigar a elite local e
instalações de infraestrutura para servir as construções de água encanada. Nesta época,
Ubatuba constava entre os municípios de maior renda da província.
O cultivo do café traz modificações profundas na paisagem física e urbana de Ubatuba:
as áreas planas crescem de valor e são devastadas; a demanda por construções mais
complexas (embarcações, casas e mobiliário, carros de boi) vai ocasionando o fim da
madeira de lei. Em meados do séc XX, entretanto, com a decadência da agricultura do
café em Ubatuba e a construção das estradas de ferro Santos-Jundiaí e Rio-São Paulo, o
porto de Ubatuba perde a importância. Com a marcha do café para o Oeste do estado de
São Paulo e a construção de ligações ferroviárias entre São Paulo e Rio de Janeiro e São
Paulo e Santos, a antiga estrada da "rota do café" que ligava o sul de Minas ao porto de
Ubatuba perdeu importância. As famílias de posses migraram e as terras perderam o valor,
permanecendo as populações pobres. Tentativas foram feitas para refrear a decadência da
cidade e de seu porto, com a construção não-concluída de uma estrada de ferro ligando
Ubatuba a Taubaté. Mas, não foi suficiente o levantamento inicial de fundos e o início
das obras. A suspensão do aval governamental, por parte do presidente Floriano Peixoto,
ao crédito para a compra de equipamentos ferroviários importados forçou a empresa à
falência, malogrando a iniciativa, abandonando as obras realizadas em cerca de 80
quilômetros e sepultando o projeto do corredor de exportação valeparaibano Somente a
partir da década de 1930 ocorreu um certo ressurgimento econômico no município ligado
ao turismo, com a abertura de estrada de rodagem entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga.
O rompimento das situações de isolamento e marginalização do Litoral Norte começou a
ocorrer em 1936, quando se iniciou a construção do Porto de São Sebastião. Em 1937, foi
inaugurada a rodovia SP-125, ligando Ubatuba a Taubaté. A ligação entre Caraguatatuba
e São Sebastiao foi aberta em 1938, e em 1939, foi aberta ao trafego, em condições
precárias, a rodovia Caraguatatuba - São Jose dos Campos (atual Rodovia dos Tamoios).
A rodovia SP-55 que faz a ligação de Caraguatatuba com Ubatuba ocorreu na década de
1950 quando se iniciou o fluxo turístico. O desenvolvimento destes eixos de circulação
conectou as cidades litorâneas com as cidades do Planalto. As rodovias passaram a
substituir os antigos caminhos e reativaram a economia, impulsionada pela atividade
turística e pela valorização imobiliária decorrente dessa atividade. A partir de 1960, com
o primeiro asfaltamento da rodovia estadual SP-55 e completadas as ligações entre São
Sebastião e Ubatuba, iniciou-se a fase de maior desenvolvimento da região. A partir de
fins dos anos 60 e inicio da década de 70 Ubatuba sofreu um boom de crescimento. As
paisagens naturais, o grande número e a beleza das praias, o clima quente, a existência de
matas e a facilidade de acesso com as aberturas das estradas, tornaram-se atrativos para
os turistas que passaram a frequentar mais a cidade, principalmente nos meses da
temporada de verão, e entre os meses de dezembro e fevereiro. Na década de 1970 a
economia de Ubatuba buscou estabilidade, em diferentes formas de exploração, como a
pesca, o turismo, o granito verde e horticultura, que eram bases de seu desenvolvimento.
Contudo, o turismo era a economia que mais aumentava, com índices de crescimento
muito superiores as demais economias, sendo considerado à epoca como mola profulsora
do crescimento local. Em 1973, Ubatuba foi designada pelo Conselho Nacional do
Turismo, por Decreto Federal, como Zona Prioritária de Interesse Turístico. Segundo
estimativa do DEER, neste ano Ubatuba apresentou frequência de 25.000 turistas na alta
temporada. A explosão da atividade turística no município causou uma série de
transformações sócio-espaciais, decorrentes do aumento da população residente e da
procura por residências secundárias, que inicialmente se verificou nas áreas contiguas às
praias mais conhecidas como as do Lázaro, Enseada, do Perequê-Açu, do Perequê-Mirim
e Maranduba. A partir do início da década de 70, verificou-se um intenso processo de
especulação imobiliária, determinando a expansão da parte rica da cidade em direção à
orla marítima. A parte sul do município, desde a divisa com Caraguatatuba até a área
central, foi ocupada quase que totalmente por loteamentos de segundas residências,
entremeados por pequenos núcleos de população fixa, comércio e serviços. O advento do
turismo trouxe consigo problemas relacionados ao uso inadequado do solo, decorrentes
desses primeiros parcelamentos destinados a população flutuante. O aumento da demanda
por áreas privilegiadas por sua localização perto da orla, por serviços e infraestrutura,
favoreceu a especulação com a terra, que sofreu uma intensa valorização, fazendo surgir,
ao longo da costa, os chamados “bairros praia”. Esses loteamentos foram, na sua maioria,
implantados sem qualquer organização e, em muitas vezes, clandestinamente, o que
acabou criando sérios problemas ao município, despreparado para o intensa ocupação
turístico. O sucessivo parcelamento do solo não levou em consideração as condições
fisiografias e sociais da cidade, pois não havia uma legislação municipal que
regulamentasse o uso e a ocupação do solo. Como exemplos desse processo, podemos
citar os “bairros-praia” da Fortaleza, Lazaro, Enseada e Itamambuca, onde os caiçaras,
segundo o interesse dos empreendedores da demanda turística, retalharam suas terras,
através da cessão de áreas, sem qualquer planejamento que previsse infraestrutura básica
e uso adequado do solo. As alterações no ambiente sócio cultural e paisagístico pelas
quais o município passou produziram impactos socioambientais e alteraram o modo de
vida local, provocando conflitos entre as populações locais e migrantes, na disputa pelo
espaço.

Figura 19: Mapa de ubatuba


O turismo então diversificou as atividades econômicas voltadas ao seu desenvolvimento,
porem sem diretrizes que ordenassem as mesmas no contexto de desenvolvimento global
da cidade. A praia do Itaguá, área de grande valor imobiliário, foi uma das primeiras áreas
a ser ocupada por loteamentos residenciais voltados para o turismo. A estrada organizou
nesse trecho uma atividade de serviços e comércio, junto da praia e dos caminhos para a
Praia do Tenório, esta também apresentando loteamento residencial já desde a década de
70. A praia do Perequê-Açu foi uma das primeiras praias a ser explorada pelos turistas,
principalmente os taubateanos, nas décadas de 60 e 70, fator que explica a grande
ocorrência de casas de segunda residência neste bairro por moradores de Taubaté. Por
volta de 1970 já se iniciava o movimento de destruição da economia caiçara e da expulsão
dos posseiros tradicionais. Com a vinda do capital imobiliário paulista, os caiçaras
venderam suas terras nas praias e foram viver na cidade, onde ocuparam moradias
pequenas moradias, algumas precárias. Acabaram marginalizados, pois só conheciam a
pesca e rudimentos de lavoura. Não tendo condições de obter um pedaço de terra próximo
aos serviços, foram levados para as periferias, onde o valor da terra é inferior e os serviços
precários. Contribuindo para agravar esse quadro, a construção civil decorrente da
demanda por segundas residências ocasionou uma atração de migrantes de outras regiões
empobrecidas do país, baseada na oferta de mão-de-obra barata e não especializada. Além
disso, o turismo por ser sazoinal, absorvendo uma grande massa de trabalhadores
informais, também atraiu um grande contingente de migrantes para trabalhar nas praias
que vieram em busca de melhores condições de vida no litoral. Foi grande o acréscimo
populacional ocasionado pelo fluxo migratório para o litoral, principalmente proveniente
do interior do Estado e de Minas Gerais, que de modo geral não foi absorvido pelo
mercado de trabalho. Em 1975 foi concluida a construção da BR- 101 (Estrada Rio-
Santos), que liga o Rio de Janeiro ao Porto de Santos, passando por Ubatuba. Esta estrada
deu as condições definitivas para o desenvolvimento do turismo e da ocupação de segunda
resindência no município. Como pode-se observar na figura 19, no começo da década de
1980, Ubatuba já apresentava manchas de urbanização ao longo de quase toda costa,
sendo esta urbanização desconcentrada e fragmentada e concentrada na porção do
território junto à orla, com concentrações ocupação em direção ao interior, apenas na área
central do município.

Figura 20: UBATUBA – Mancha Urbana – 1979/1980. Fonte: Imagens Landsat 1979, 1980.
Os reflexos da construção da BR-101 foram sentidos na urbanização da década de 1980
ocorrida em Ubatuba. Além de oportunizar uma maior ocupação de segundas residências
em Ubatuba, a construção desta estrada foi um importante elemento estruturador na
configuração territorial do município, contribuindo ainda mais para a segregação espacial
e formação de bairros que ocuparam o interior do município; pois dividiu a cidade,
ficando de um lado os bairros valorizados próximos à orla, e de outro os sertões, mal-
servidos de infra-estrutura e serviços. Na década de 1980, Ubatuba-se firma-se
definitivamente no mercado de exploração de turismo, contanto, ainda com muitas praias
intocadas. Nos anos 80 Ubatuba era responsável pela maior oferta de empregos no setor
de serviços ligados a construção civil no Litoral Norte, e já apresentava um grande índice
de crescimento percentual da população migratória. Essa população, sem condições de
adquirir moradias nas áreas centrais e próximas à orla, também foi levada a ocupar o
interior da planície litorânea da parte central do município, aglomerando-se nas encostas
de morros. A densidade demográfica aumentou significativamente de 1980 para 1990.
Sendo a década de 1980, como podese observar na figura___ abaixo, foi o período de
maior expansão urbana do municipio, fato que se observa em todo litoral norte do Estado
de São Paulo. A exploração imobiliária em Ubatuba, cada vez mais em expansão, se
expraiou ao longo do litoral com a construção de diversos condomínios de segunda
residência.

Figura 21: UBATUBA – Mancha Urbana – 1991/1992. Fonte: Imagens Landsat 1991, 1992.

Nesta década também se instituem algumas áreas de proteção, como reversas e parques
que contiveram a urbanização de certos pontos do território municipal de Ubatuba com a
imposição de leis de desefa e controle do meio ambiente. Contudo, nesta década ainda se
observou uma expansão significativa da mancha urbana. Esta expansão se deu tanto na
ocupação de áreas da orla que ainda não estava urbanizadas como a Praia de Fortaleza,
Enseada e intensificar a ocupação do Perequê-Açu e Praia Grande, como também se
expraiou, com mais intensidade, em direção ao sertão, subindo as escarpas da Serra do
Mar, tanto na região central como nas regiões sul e norte do município. Entre a década de
1960 e 1990, Ubatuba foi o municipio do litoral norte que mas expandiu seu território,
tendo um crescimento neste período de 570%, enquanto os outros municipios do litoral
norte cresceram 250%, em média.
Ná decada de 2000 a expansão urbana do município de Ubatuba perde a intensidade e
ocorrem aparecendo apenas poucas manchas novas, localizadas, em geral, no sertão, em
direção às encontas.
A configuração do sistema viário de Ubatuba, a exemplo dos demais municípios do
Litoral Norte, apresenta notável fragmentação, em função das características geográficas
das áreas urbanizadas do município, situadas junto às praias, intercaladas por elevações e
costões rochosos. Como ocorre com São Sebastião e Caraguatatuba, o eixo da SP-55/BR-
101 é a única via de ligação entre estas áreas e nelas assume características de via arterial
urbana, com intenso trânsito local, entrelaçando os deslocamentos regionais, de passagem
e locais em uma única via. Em Ubatuba, a rodovia Oswaldo Cruz, SP-125, entronca com
a rodovia Rio-Santos na área central do município, conforme se observa na figura a
seguir, que apresenta a configuração do sistema viário na área central do município. Esta
ligação viária com Taubaté, no Vale do Paraíba, induziu a um processo de urbanização
ao longo de seu eixo, na área de planície marinha localizada a noroeste da área central do
município. Esta ocupação, por avançar sobre o sopé da Serra do Mar, certamente implica
em pressão sobre a vegetação do Parque Estadual e na existência de situações de risco
associadas à penetração do sistema viário.

Figura 22: Mapa de Bens de Interesse Histórico e Cultural de Ubatuba.

Em relação ao patrimônio histórico material, Ubatuba conta com bens tombados pelos
órgãos federais (Iphan), estaduais (Condephaat) e por leis municipais de tombamento. Ao
todo, são 15 imóveis tombados em diferentes regiões do município, sendo que a maior
concentração destes imóveis localiza-se na porção central do municipio, conforme mostra
a figura 21. De acordo com a prefeitura, a Fundart deu início ao processo de restauro do
sobrado do Porto em articulação com o Condephaat.
Caraguatatuba

Figura 23: Localização de Caraguatatuba. Fonte:


http://mapasblog.blogspot.com.br/2012/01/mapas-de-caraguatatuba-sp.html

O Municipio de Caraguatatuba está no Litoral Norte, entre o Oceano Atlântico e a Serra


do Mar, onde nascem os principais rios que deságuam nas praias e onde se situa o Parque
Estadual da Serra do Mar. Para quem vem do Vale do Paraíba, chega-se ao Litoral Norte
pela Rodovia Tamoios (SP-099), que liga o Município de Caraguatatuba a São José dos
Campos, e pela Rodovia Osvaldo Cruz (SP-125), que liga Taubaté a Ubatuba. Outra
entrada regional para o Litoral Norte encontra-se na divisa com o Estado do Rio de
Janeiro, na altura de Parati. Essa entrada ocorre pela Rodovia Rio-Santos (BR-101), que
segue para a Baixada Santista com o nome de Rodovia Dr. Manoel Hippólyto Rego (SP-
055). Para quem vem da Baixada Santista pela Rodovia Dr. Manoel Hippólyto Rego (SP-
055), o Município de São Sebastião é uma das entradas para o Litoral Norte paulista. Os
principais acessos regionais para a Baixada Santista a partir da Região Metropolitana de
São Paulo são as Rodovias Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160). O eixo formado por
essas duas rodovias atravessa todos os municípios do Litoral Norte, exceto Ilhabela, que
só é acessada via mar. Caraguatatuba limita-se a norte com Natividade da Serra, a
nordeste com Ubatuba , a sudeste com o Oceano Atlântico, a sul com São Sebastião, a
oeste com Salesópolis, e a noroeste com Paraibuna. O município está localizado na
Região Administrativa de São José dos Campos e Região de Governo de Caraguatatuba,
no Litoral Norte, a cerca de 180 km da capital paulista. Ademais, Caraguatatuba faz parte
da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, recém instituída por meio
da Lei Estadual Complementar n° 1166 de 9 de janeiro de 2012. Esta divide-se ainda em
5 sub-regiões, sendo uma delas a Sub-Região Litoral Norte, que engloba São Sebastião,
Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba. O crescimento da mancha urbana de Caraguatatuba
seguiu, basicamente, dois vetores: um longitudinal, ao longo da rodovia SP-55, em
paralelo à orla marítima, e outro vetor transversal, da orla marítima em direção à Serra do
Mar. Esse padrão é verificado em outros municípios do litoral paulista cuja urbanização
se encaixa nas planícies localizadas entre o mar e as montanhas.

Figura 24: mapa de Caraguatatuba.

A mancha cresceu a partir da região central do município e o fenômeno está ligado ao


desenvolvimento do turismo na região, que começou a crescer a partir da década de 1950.
Porém, apenas na década de 1970 teve início um crescimento populacional mais acelerado
no município. A abertura ao tráfego da rodovia ligando São Sebastião-Caraguá-Ubatuba,
que ocorreu em 1955, foi o grande impulsionador do crescimento do turismo na região.
Em 1955 é criado o Porto de São Sebastião e ao longo da década de 1960 a Petrobras
constrói o Tebar (Terminal Almirante Barroso), para o transporte de petróleo e derivados.
Nesse mesmo período são consolidadas as ligações rodoviárias à região — Rodovia Rio-
Santos (parte da rodovia federal BR 101) e Rodovia dos Tamoios, que liga o litoral norte
ao Vale do Paraíba. Na década de 1970 assisti-se a um crescimento populacional
acelerado que é responsável pela ocupação de toda área central do município e de núcleos
dispersos ao Norte, na direção de Ubatuba, já como segunda residências para veraneio.
Já na década de 1980, o crescimento populacional se acentua e intensifica-se igualmente
o adensamento da macha urbana, agora atingindo a orla do centro, Prainha, Indaiá e
Palmeiras. Nota-se que regiões de núcleos de pescadores começam a ser ocupadas por
uma população que vem de outros municípios. Expande-se também a ocupação em
direção às áreas mais próximas das escarpas da Serra do Mar. Na década de 90, o
crescimento habitacional e populacional continou acelerado. Neste momento iniciam-se
as ocupações desordenadas de encostas de morros e de áreas ribeirinhas, produzindo
assentamentos precários em áreas de riscos. Por outro lado, termina-se de ocupar quase
toda a extensão da orla de Caraguatatuba, restanto apenas poucas regiões desocupadas,
com a área entre Indaiá e Palmeiras e entre Cocanha e Mococa. Intensifica-se, também, a
ocupação dos bairros ocupados na década anterior, principalmente na parte sul do
município, expandindo a mancha urbana mais ainda em direção à Serra do Mar. Avança-
se também para o interior, sobretudo a população de mais baixa renda e
predominantemente fixa, deixando as áreas mais próximas da orla para as construções de
segunda residência de alta renda. A década de 2000 foi marcada por uma expansão urbana
menos acelerada, junto aos locais já urbanizados em períodos anteriores. Entretanto, a
pouca expansão que ocorreu na década foi marcada pela ocupação das áreas junto as
encontas de morro, em direção a Serra do Mar. Neste período é implantada pela Petrobras
a Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), completamente
desconectada da malha urbana existente, ocupando uma região muito próxima à área de
proteção da Serra do Mar. O retrato da ocupação do município de Caraguatatuba em 2011
mostra a orla muito ocupada, contudo apresentando, ainda, uma ocupação fragmentada
composta por loteamentos e condomínios de alto padrão que não se conectam e deixam
muitas áreas vazias entre as áreas urbanizadas, o que sugere que o mercado imobiliário
ainda deve querer ocupar estas áreas, principalmente com imóveis para segunda
residência de alto padrão, nestes vazios que se valorizam mais a cada dia.
Caraguatatuba começou a ser povoada no início do século XVII, através das Sesmarias.
A 1ª que se conheceu ocupou a bacia do Rio Juqueriquerê, em 1609, foi doada aos
antigos moradores de Santos, Miguel Gonçalves Borba e Domingos Jorge. A partir
dessa data, começou a surgir o primeiro povoado da vila de Santo Antônio de
Caraguatatuba.
A fundação de Caraguatatuba tem suas origens nos anos de 1653/1654, quando João
Blau, capitão-governador da Capitania de Nossa Senhora de Itanhaém (1653-1656) da
qual era donatário a Condessa de Vimieiro, fundou a Vila de Santo Antonio de
Caraguatatuba.

Em 1664/1665, ocorreu a fundação de Caraguatatuba e seu fundador foi Manuel de


Faria Dória, provavelmente Capitão-Mor da Capitania de Itanhaém.

Em 1693, um violento surto de varíola vitimou parte da população da vila, o restante


dirigiu-se para a cidade de Ubatuba e São Sebastião, ficando então o local conhecido
como a “vila que desertou”. Devido a epidemia que se abateu sobre o povoado, o
pequeno vilarejo ficou deserto, permanecendo somente a capelinha de invocação a
Santo Antônio. Décadas depois, a Vila de Caraguatatuba foi sendo repovoada.

Não conhecendo de sua longa existência, por volta de 1770, o governador da Capitania
de São Paulo, determinou ao comandante do destacamento da Vila de São Sebastião que
fizesse erigir uma povoação na paragem chamada Caraguatatuba, juntando para ela todos
os moradores que puder, delineando o lugar para a Casa de Câmara, cadeias e mais
edifícios públicos, visto que já existia a Igreja para a invocação a Santo Antonio.
Em 1806, graças a uma correição pelas Vilas Marinhas e a dar-se crédito ao administrador
da Capela, a Vila de Santo Antonio de Caraguatatuba ficou conhecida como "Vila que
Desertou", mudando-se seus moradores para outros lugares. Após a correição, a Vila não
só resurgiu como progrediu tornando-se freguesia pela Lei nº 336, de 16 de março de
1847, elevando a categoria de município com a promulgação da Lei nº 581, de 20 de abril
de 1857. O município foi instalado em 23 de novembro de 1857.
No início do século XX, a maior parte dos moradores da cidade habitavam a zona rural
em agrupamentos de pescadores distribuídos pelas praias.
Em 1910, a vila de Caraguatatuba possuía 3.562 habitantes e em 1927 contava apenas
com uma praça e poucas ruas.

O ano de 1927 marcou o início das atividades da Fazenda São Sebastião, que passou a ser
conhecida como “Fazenda dos Ingleses”.

Desde seu início, a Fazenda dos Ingleses dedicou-se a bananicultura e a citricultura para
exportação exclusivamente para a Inglaterra.

Uma rede ferroviária interna que chegou a atingir 120 quilômetros de extensão, incluindo
40 ramais, foi de vital importância para a implantação do projeto agrícola.

Toda a produção era escoada para o cais particular situado no Bairro Porto Novo, de onde
se fazia o transporte até o canal de São Sebastião, em frente à Ilhabela, por uma frota de
sete lanchas e rebocadores que conduziam vinte chatões com capacidade de 55 toneladas
cada um, de propriedade da companhia de Fomento Mercantil. No canal, os navios da
companhia Blue Star Line aguardavam a chegada dos chatões para o transbordo da carga
e seu transporte para até um dos portos da Inglaterra.

Suas atividades se encerraram em 1967 quando ocorreu a grande catástrofe (tromba


d’água) que destruiu parte da cidade. Posteriormente a Fazenda foi vendida a Serveng
Civilsan. A Fazenda Serramar, antiga Fazenda dos Ingleses, passou a atuar
exclusivamente no ramo pecuário.

Com o crescimento da população, novos bairros e estradas foram surgindo.

No ano de 1938, começaram as ligações rodoviárias entre o Vale do Paraíba e Litoral


Norte. Nesta data, foi inaugurado o trecho entre São Sebastião e Caraguatatuba.

Em 1939, a estrada que liga Paraibuna à Caraguatatuba foi aberta ao tráfego e, em 1955,
a ligação de Caraguatatuba á Ubatuba.

Figura 25: Foto histórica de Caraguatatuba.


Fonte: http://visitelitoralnorte.tur.br/index.php/caragua-historia
Na década de 50, o número de turista aumenta e o turismo na região começa a se
desenvolver.

Em 30 de novembro de 1947, através da Lei nº 38, Caraguatatuba foi elevada à categoria


de Estância Balneária. A Comarca foi criada em 1959 pela Lei nº 5.282, e instalada em
23 de setembro de 1965.
Abrigando famílias de estrangeiros instaladas em casas de alvenaria, dentro de uma área
inicial de 4.020 alqueires, a Fazenda de São Sebastião era conhecida por Fazenda dos
Ingleses. Em 1927, a Fazenda dos Ingleses provocou mudanças no quadro geral da
situação de Caraguatatuba. Sob certos aspectos essas mudanças foram por ela mesmo
administradas, sob outros, foram por elas provocadas:
 Aumento significativo da população do município
 Especialização da mão de obra na agricultura
 Aumento representativo da atividade artesanal comercial
 Incremento do comércio dentro e fora da região
 Expansão dos meios de comunicação rapidamente
 Respeitável aumento da Receita Pública Municipal, Estadual e Federal

Figura 26: Foto histórica de Caraguatatuba.


Fonte: http://toninhofelix.blogspot.com.br/2012/01/fotos-de-caraguatatuba-antigas-anos-20.html

Para seu divertimento, os ingleses fizeram construir quadras de tênis, campos de golf e
pólo. Também jogavam cricket. No campo de futebol chegaram a disputar campeonatos
com 30 times. Jogavam ping-pong e assistiam documentários no cinema da fazenda.

A Fazenda dos Ingleses foi o principal fator de desenvolvimento da cidade até a chegada
dos turistas. Era uma das três maiores do gênero na América do Sul. Uma via férrea
interna, que chegou a ter 120 quilômetros de extensão, transportava as frutas para o porto,
no Rio Juqueriquerê, onde havia um cais de 100 metros. Dalí elas seguiam para os navios
atracados no canal de São Sebastião que as levavam até Londres.
Por volta de 1946, no final da II Guerra Mundial, a fazenda retomou a produção de
cítricos, voltando ao mercado inglês e sobreviveu mais 20 anos dessa cultura, apesar da
decadência paulatina. Com a catástrofe de 1967, metade da fazenda ficou debaixo da
lama. A retomada das atividades só ocorreu na década de 90, quando a Pecuária Serramar
instalou um projeto pecuário de alta tecnologia no mesmo local.

Caraguatatuba ficou mundialmente conhecida pela dramática catástrofe ocorrida em 18


de março de 1967, quando uma tempestade de poucas horas provocou centenas de
deslizamentos nas vertentes escarpadas da Serra do Mar. A serra avançou sobre
Caraguatatuba despejando milhares de toneladas de lama e vegetação. Mais de duas
décadas após a maior tragédia já ocorrida no Litoral Norte Paulista, Caraguatatuba
recuperou-se e cresceu. A dor deu lugar ao esforço de reconstrução, os turistas
retornaram, a vida voltou ao seu curso normal.

A cidade é hoje o centro mais populoso e importante comercialmente em todo Litoral


Norte. Apesar dos desentendimentos entre os políticos, o povo de Caraguatatuba realizou
um esforço de reconstrução e marketing turístico. Um bom exemplo é o texto publicado
pelo jornal "Folha de São Paulo" em 2 de fevereiro de 1968: "Caraguatatuba volta a sorrir.
A cidade já esqueceu a catástrofe do ano passado e experimenta nesta temporada, um
movimento desusado de turistas, superando até mesmo as espectativas dos mais otimistas
hoteleiros e comerciantes".

Figura 25: mapa das praias de Caraguatatuba.


Fonte: http://emcaragua.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html
São Sebastião
São Sebastião faz divisa com Salesópolis a norte, o Oceano Atlântico a sul, o Canal de
São Sebastião e Ilhabela a leste, Bertioga a oeste e Caraguatatuba a nordeste. O município
compõe a Região de Governo de Caraguatatuba, que faz parte da Região Administrativa
de São José dos Campos, e está inserido na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte, recém-instituída por meio da Lei Estadual Complementar n° 1.166 de
09/01/2012. Essa Região Metropolitana está subdividida em cinco Sub-Regiões, sendo
que São Sebastião encontra-se na Sub-Região Litoral Norte – junto com Ilhabela,
Caraguatatuba e Ubatuba. Além dos acessos regionais terrestres, é possível atingir os
municípios do Litoral Norte a partir do mar, nos pontos onde existem marinas e,
principalmente, no local onde se encontram as instalações do Porto de São Sebastião. Os
principais focos econômicos do Litoral Norte estão em São Sebastião e Caraguatatuba.
São Sebastião se destaca pelo porto de importância nacional junto ao qual se localiza o
Terminal Marítimo Almirante Barroso (TEBAR) da Petrobras, responsável pela
movimentação de mais de 60% do petróleo nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Figura 26: São Sebastião – Divisão de distritos Fonte: Censo Demográfico IBGE, 2010.
Elaboração Instituto Pólis, 2012.

De acordo com o IBGE, o município de São Sebastião se divide em três distritos: São
Francisco da Praia, ao norte, junto à divisa com Caraguatatuba; São Sebastião,
englobando área da região central até a praia de ToqueToque Pequeno e o distrito de
Maresias que segue até o limite com Bertioga, sendo o maior em extensão territorial e
com o mais intenso crescimento populacional na última década. Em 2010, esse distrito
passou a concentrar 42,2% da população residente de São Sebastião, superando o número
de residentes da região central, no distrito de São Sebastião.
O município de São Sebastião está inserido em uma região de domínio da Mata Atlântica,
sendo que 72,24% de sua área são recobertos por vegetação natural. É um município
bastante extenso, com mais de 40 mil hectares, permanecendo a maior parte de seu
território ainda não ocupado, constituindo importante área de proteção ambiental.
Convém salientar que São Sebastião apresenta planícies relativamente estreitas, onde se
intercalam inúmeras praias entre costões rochosos, além de muitos ambientes insulares
que são de extrema importância para a reprodução de aves marinhas. Os atributos
anteriormente descritos, somados à existência de uma riquíssima biota marinha,
justificaram a criação de diversas unidades de conservação em seu território. A
conformação mais estratégica desses atributos está o Parque Estadual da Serra do Mar,
onde se encontra o Núcleo São Sebastião. A densidade total do município é bastante
baixa, de apenas 1,8 hab/ha. Do ponto de vista da distribuição espacial dessa população
residente, nota-se forte concentração em áreas urbanizadas junto às orlas marítimas,
correspondendo a menos de 9% do território municipal e densidade média de 119 hab/ha.
Os núcleos urbanos consolidados que concentram a população residente de São Sebastião
são Jaraguá, São Francisco, Centro, Barequeçaba, Toque-Toque Pequeno, Boiçucanga,
Maresias, Camburi e Juquehy. Esses núcleos apresentam densidades que chegam a 750
hab/ha. Os setores censitários com alta densidade demográfica, entre 1.000 e 3.500
hab/ha, são ocupados por assentamentos precários e ausência de infraestrutura urbana.
A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do
território em Capitanias Hereditárias. Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu,
Gonçalo Pedroso a Francisco de Escobar Ortiz foram os sesmeiros que iniciaram a
povoação, desenvolvendo o local com agricultura a pesca. Nesta época a região contava
com dezenas de engenhos de cana de açúcar, responsáveis por um maior
desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo habitacional a político. Isto
possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em 16 de março de
1636.

Figura 27: Casa grande e engenho de cana de açúcar.


Fonte: http://www.saosebastiao.tur.br/historia.html

O desenvolvimento econômico prossegue baseado em culturas como a cana de açúcar. O


café, o fumo e a pesca da baleia. O porto local, de grande calado natural, era utilizado
para o transporte de mercadorias a também pelos navios que faziam o transporte do ouro
das Minas Gerais, a também por piratas a contrabandistas. Na metade do século XIX a
região tinha fazendas, onde 2.185 escravos produziram 86 mil arrobas de café no ano de
1854.
A economia sebastianense entra em declínio com a abolição da escravatura e a abertura
da ferrovia Santos-São Paulo, o que aumentou a saída de mercadorias pelo porto de
Santos. É quando passam a predominar a pesca artesanal e a agricultura de subsistência,
com pequenas roças de mandioca, feijão a milho, características das comunidades
caiçaras isoladas mesmo nos dias de hoje.
Nos anos 40, implanta-se a infra-estrutura portuária e nos anos 60 a Pretrobras instala o
Terminal Marítimo Almirante Barroso/TEBAR, com capacidade de atracagem para
navios de até 400.000 toneladas. Esse fatores tornaram-se decisivos para a retomada do
desenvolvimento econômico.

A "descoberta" de São Sebastião como destino turístico ocorre após a abertura da rodovia
Rio-Santos no final dos anos 70, proporcionando ao município mais uma oportunidade
de desenvolvimento, agora baseada no turismo. De maneira controlada e ecológica, o
turismo hoje é a vocação assumida pelos sebastianenses como forma de movimentar sua
economia.

A Igreja Matriz é um marco na história do povo caiçara, sendo um importante símbolo de


religiosidade e desenvolvimento do município de São Sebastião. Em 1603 e 1609, com a
doação das terras localizadas em frente a ilha de São Sebastião (Ilhabela) aos sesmeiros,
foi cedido um terreno ao Santo Padroeiro local para ser erguida uma capela. Ainda no
século XVII, a igreja foi construída com pedra, cal de conchas e óleo de baleia, em estilo
jesuítico com composições renascentistas, moderadas e regulares, imbuídas do espírito
severo da Contra- Reforma. O frontão reto, triangular, mostra a transição entre o
Renascimento e o Barroco, e a capela- mor - mais estreita - é o modelo mais comum no
Brasil colonial.

Figura 28: Foto histórica. Fonte: http://www.saosebastiao.tur.br/historia.html

A cidade foi sendo formada ao redor do prédio, onde ruas e casas permanecem até hoje
originando um importante centro histórico, com 7 quarteirões tombados, a partir de 1970,
pelo Condephaat - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico
e Turístico do Estado de São Paulo.
Com o desenvolvimento do povoado e o reconhecimento da capela, o município de São
Sebastião foi elevado à categoria de vila e, em 1798, após a implantação da Casa de
Câmara e Cadeia - atualmente sede do 2º Batalhão da Polícia Militar -, os moradores
começaram a discutir a necessidade da reforma da igreja.

A primeira grande reforma ocorreu em 1819, custeada com recursos locais. Novas
intervenções ocorreram no século passado, nas décadas de 20 e 40, quando foi substituído
o altar- mor e a madeira por alvenaria.
A matriz ganhou vitrais em 1950 e três anos depois os altares laterais foram trocados por
altares de marmorite e gesso. As modificações continuaram em 1992 quando foram
demolidos os altares de cedro.
Do ponto de vista da sua história, São Sebastião foi elevado à categoria de município com
a mesma denominação atual, em 16 de março de 1636, como resultado de emancipação
político-administrativa de Santos, já constituído com seu atual Distrito-sede, São
Sebastião. Tal emancipação ocorreu devido à importância da atividade de engenhos de
cana de açúcar, responsável por um maior desenvolvimento econômico, ao crescimento
da produção agrícola, da pesca e da extração, bem como à sua caracterização como núcleo
habitacional e político. Na história de São Sebastião, tem importância o canal que se abre
sob a proteção de Ilhabela, constituindo um porto natural, que possibilitou a ocupação da
região; e a comunicação e o fluxo que se estabeleceu junto às regiões interiores, nos
períodos colonial e imperial. Até o século XVIII, a atividade de engenho de açúcar marca
um período de grande dinamismo econômico. No século XIX, com a passagem da cana
de açúcar para a cultura cafeeira, não se obteve a mesma rentabilidade das atividades
realizadas no interior, reduzindo o dinamismo da economia regional, ainda mais solapado
pela inauguração do porto de Santos, no final do século XIX. A partir daí, passam a
predominar, em São Sebastião, a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, com
pequenas roças de mandioca, feijão, milho e banana, características das comunidades
caiçaras isoladas. A partir da década de 1930, a implantação da infraestrutura portuária
municipal, concluída na década seguinte, e do Terminal Marítimo Almirante Barroso
(TEBAR) da Petrobras, nos anos 1960, foi decisiva para a retomada do desenvolvimento
econômico local, com a constituição de algumas empresas importantes, tanto no ramo dos
serviços de logística como de hospedagem e alimentação. A “descoberta” de São
Sebastião como destino turístico, após a abertura da rodovia Rio-Santos nos anos 1970,
fomenta sobremaneira as atividades relacionadas a esses serviços e à construção civil. Na
segunda metade do século XX, a urbanização acelerada de São Sebastião pode ser
dividida em duas fases: a primeira, entre as décadas de 1950 e 1980, e a segunda, entre a
década de 1980 e o momento atual. Na primeira fase (1950-1980), a formação de áreas
urbanas de São Sebastião se deu, principalmente, na porção leste do território municipal
(conhecida como Costa Norte). A década de 1950 pode ser tomada como um ponto de
inflexão no processo de urbaniza- ção do município, pois a urbanização da porção leste
de São Sebastião foi impulsionada também pelo asfaltamento da estrada que liga São José
dos Campos a São Sebastião, via Caraguatatuba. Na década de 1960, os armazéns ligados
ao Porto de São Sebastião se implantaram em direção à Vila Amélia, que acabou sendo
contornada pelas instalações do parque petroquímico. Esses grandes investimentos, que
se realizam a partir de meados do século XX, atraíram um enorme contingente de pessoas
que, ao longo da segunda metade do século, provocaram um crescimento espetacular da
população local. Esse processo foi marcado pela concentração de renda, exclusão social,
crescimento desordenado de uma cidade dividida em: norte, que abriga população
migrante e caiçara, nos bairros de Pontal da Cruz e São Francisco; centro, um aglomerado
urbano mais denso do ponto de vista econômico e demográfico; e sul, área de condições
díspares, entremeada por condomínios e segundas residências, localizados na orla, e de
assentamentos precários dispersos, geralmente, entre a rodovia SP – 055 e a Serra do Mar.
Até a década de 1980, a urbanização da Costa Sul de São Sebastião era incipiente e
aparecia principalmente em Barequeçaba, Guaecá e junto às praias de Maresias, Camburi,
Baleia e Juquehy.

Figura 29: Foto histórica. Fonte: http://turismo.saosebastiao.sp.gov.br/pt/explorando-a-


historia/sao-sebastiao-no-tempo/

Na segunda fase da urbanização do Município, ao longo da década de 1980, as áreas


urbanas localizadas junto àquelas praias se expandiram e avan- çaram em direção à Serra
do Mar, com destaque para Maresias, Boiçucanga e Juquehy. Na década de 1990, todos
os bairros da Costa Sul continuaram a se expandir em ritmos diferentes, sendo que foi
nessa década que Maresias, Boiçucanga, Camburi, Baleia, Barra do Sahy e Barra do Una
tiveram grandes acréscimos em suas áreas urbanas. Nos anos entre 2000 e 2010, o
crescimento urbano continua forte em Maresias, Boiçucanga, Camburi e Boracéia. Com
exceção desse último local, as áreas urbanas junto às demais praias da Costa Sul se
inserem em planícies estreitas e já atingiram as encostas de morros, algumas com grandes
declividades. O município de São Sebastião apresentou um acelerado crescimento
populacional entre 1991 e 2000 com uma taxa geométrica de crescimento anual (TGCA)
de 6,16% a.a., próxima a dos demais municí- pios do litoral paulista, que também
registraram altas taxas durante o mesmo período. Na década de 2000 a 2010, houve uma
diminuição na intensidade do crescimento populacional, acompanhando a tendência da
maior parte dos municípios do litoral paulista. Nesse período, São Sebastião saltou de
58.038 habitantes para 73.942, com TGCA de 2,48% a.a.

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