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Confrontem o art.

196 da Constituição Federal com o texto da


Judicialização das políticas de assistência farmacêutica: O caso do Distrito
Federal e o Financiamento das ações de saúde presentes no
caderno/apostila, e respondam: se é possível atender ao comando
constitucional (dado no artigo 196) e se o mesmo é justo?
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. Com essas palavras a Constituição Federal
de 1988 abre seu art. 196 para expressar o compromisso do Estado de garantir
a todos os cidadãos o pleno direito à saúde, sendo dever do Estado, garantir
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença
e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação. Porém as deficiências de natureza
gerencial, administrativa e orçamentária diminuem a capacidade dos órgãos e
entidades responsáveis pela sua efetivação, devido a isso os indivíduos adotam
a iniciativa de recorrer ao Poder Judiciário para garantirem o seu direito de
acesso aos meios e recursos necessários a melhoria de suas condições de
saúde. Para tanto o Estado mantém uma política nacional de assistência
farmacêutica para financiar, adquirir e distribuir os medicamentos, também os
utilizados no tratamento de patologias complexas, raras e crônicas
(medicamentos excepcionais). Porém, o fornecimento desses itens fica restrito
àqueles relacionados nas listas dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas
oficiais, que são elaboradas pelo próprio Estado.
Em 1988, por ocasião da promulgação da Constituição da República Federativa
do Brasil, foi instituído no país o Sistema Único de Saúde (SUS), que passou a
oferecer a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e gratuito a serviços
de saúde, sendo responsabilidades descentralizadas entre a União, Estados e
Municípios, cada um contendo suas obrigações recíprocas e solidárias entre si.
Todos estes entes possuem legitimidade para atender as demandas judiciais em
que se exige o fornecimento de medicamentos ou outras demandas. Porém a
gestão do SUS, tem se mostrado ineficiente em se fazer cumprir o artigo 196 da
Constituição Brasileira. De fato, “a efetivação do direito à saúde encontra
diversos obstáculo, quais sejam, de ausência de recursos, bem como de
ausência de políticas públicas ou de descumprimento das existentes”.
A prestação de assistência farmacêutica, ou, melhor dizendo, a falta ou a falha
na prestação da assistência farmacêutica é um fator que evidencia a ineficiência
da estrutura do SUS.
A prestação do serviço de saúde está subordinada à disponibilidade dos serviços
dentro do Sistema Único de Saúde, segundo o fluxo pré-estabelecido pelo órgão
gestor. A Maioria da população brasileira não possui recursos próprios que
permitam a aquisição de medicamentos para o tratamento de suas
enfermidades, surgindo a necessidade de socorrerem-se ao Estado na
esperança que suas doenças sejam tratadas a tempo, ou que, inexistindo cura,
seja garantida uma qualidade de vida por meio do tratamento medicamentoso.
Sabemos que o nível de informação da população ainda é muito aquém do
esperado e muitas vezes estas pessoas não sabem de seus direitos. Percebe-
se, principalmente nas parcelas mais humildes da população, um difícil acesso
às medicações mais caras bem como uma reduzida capacidade de buscar os
meios legais de ter seus direitos garantidos. É direito público subjetivo que
garante ao cidadão o direito de exigir, dentre outras, as prestações do Estado na
promoção da saúde, não apenas na prevenção e no tratamento das doenças,
mas também garantindo condições mínimas para assegurar uma existência
digna, também o fornecimento de medicamentos integra o mínimo existencial do
indivíduo que dele necessite para sobreviver e não possua recursos suficientes
para adquiri-lo.

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