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10.12.2010
Número de referência
ABNT NBR 14973:2010
9 páginas
© ABNT 2010
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.
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Sumário Página
Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ...............................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
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Figura
Figura 1 – Retalhamento usual de tanques ......................................................................................9
Prefácio
boradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que al-
guns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 14973 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-34),
pela Comissão de Estudo de Armazenamento e Distribuição de Combustíveis (CE-34:000.04).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 13.08.2010 a 11.10.2010, com o
número de Projeto ABNT NBR 14973.
Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14973:2004), a qual foi tecnica-
mente revisada.
Scope
The Standard establishes the requirements of when the removal and disposal of used underground
storage tanks.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos a serem atendidos quando da desativação, remoção, destinação,
preparação e adaptação de tanque subterrâneo usado de armazenamento de combustíveis.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
área de trabalho
área situada em torno da região de acesso ao tanque, devendo ser demarcada e sinalizada de tal
forma que apenas as pessoas habilitadas e autorizadas possam ter acesso a ela
3.2
desativação permanente
paralisação definitiva do uso do tanque
3.3
desativação temporária
paralisação temporária do uso do tanque, com possibilidade de posterior reativação do uso do tanque
3.4
desgaseificação
remoção dos gases ou vapores inflamáveis do interior do tanque
3.5
empresa preparadora de tanques
empresa que realiza a atividade de adaptação, desmontagem e destinação final de tanques, com
capacidade de armazenamento e destinação adequada dos resíduos e efluentes provenientes desta
operação
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3.6
equalização de potencial
quando todas as partes condutoras expostas e estranhas estão conectadas a um sistema de ligação
eqüipotencial, a fim de evitar o centelhamento perigoso entre as partes metálicas
3.7
equipamento elétrico para atmosfera explosiva
equipamento elétrico construído de modo a não causar, sob condições específicas, a ignição da
atmosfera explosiva a seu redor. Incluem-se os equipamentos de segurança aumentada, com invólu-
cro à prova de explosão e intrinsecamente seguros
3.8
explosímetro
equipamento que indica o risco de explosão, usando como referência a concentração de gás ou vapor
no limite inferior de explosividade (LIE)
3.9
inertização
redução do percentual de oxigênio (O2) e vapores de hidrocarbonetos no ambiente confinado, com a
introdução de gás inerte
3.10
limite inferior de explosividade (LIE)
mínima concentração de gás ou vapor no ar que é capaz de provocar a combustão a partir de uma
fonte de ignição
4 Planejamento
Deve ser efetuado um planejamento prévio no início dos serviços. Deve ser definida a área de trabalho
e registrados os equipamentos e dispositivos a serem utilizados na execução dos serviços. Este pla-
nejamento deve ser preferencialmente conduzido com a participação de todos os envolvidos (contra-
tante, empreendedor, contratado e transportador). Após remoção e transporte dos tanques para as
empresas preparadoras de tanques, os serviços de preparação e destinação devem ser executados
em conformidade com a Seção 10. Este planejamento visa garantir que os serviços se realizem com
segurança.
O planejamento para desativação do tanque subterrâneo deve considerar um estudo prévio das inter-
ferências (redes hidráulicas, elétricas, pluviais etc) sobre o tanque a ser removido. A retirada do tanque
deve ser precedida da retirada do lastro existente e da inertização ou desgaseificação. Se sua remo-
ção colocar em risco as instalações ou edificações existentes, o tanque pode permanecer na cava
após sua desativação permanente, mediante laudo técnico que comprove a inviabilidade ou risco de
sua retirada e deve ser recolhida a respectiva anotação de responsabilidade técnica por profissional
habilitado.
Durante toda a operação, o quadro de disjuntores dos equipamentos conectados ao tanque a ser
removido e demais equipamentos deve estar desligado, sinalizado (não ligar o equipamento) e inter-
ditado mediante lacre ou outros dispositivos. Todos os equipamentos elétricos também devem ter eti-
quetas de advertência (não ligar o equipamento) nas suas chaves elétricas, exceto os equipamentos
elétricos para atmosfera explosiva a serem utilizados no serviço.
Caso haja iminência ou ocorrência de chuvas e/ou ventos, o responsável pela obra deve avaliar a ne-
cessidade de paralisar o serviço.
Certificar-se de que todas as linhas ligadas ao tanque a ser removido estejam previamente drenadas e
desconectadas, se possível removidas ou tamponadas, evitando-se possíveis derrames de produtos.
O tanque deve conter o mínimo de produto possível no momento do início desta operação. Todo o
produto deve ter sido preferencialmente retirado por seu próprio sistema de unidade abastecedora.
O lastro deve ser retirado por equipamento específico.
Todo o equipamento elétrico utilizado, inclusive para a retirada do lastro, deve ser compatível com a
classificação de risco da área em que será utilizado e estar adequadamente conectado ao sistema de
ligação eqüipotencial e aterrado.
Durante toda a operação, deve-se manter o monitoramento com explosímetro, verificando a presença
de vapores inflamáveis na área de trabalho.
A desgaseificação pode ser feita por ventilação ou utilização de água, de modo que a atmosfera no
interior do tanque seja levada a valor igual ou inferior a 10 % do LIE. Devem ser realizadas medições
de explosividade em pelo menos cinco pontos do tanque: no fundo, no meio, na parte superior e nos
pontos de acesso (descarga e boca-de-visita).
A ventilação deve ser feita por intermédio de insuflação ou exaustão de ar até que se consiga valor
igual ou inferior a 10 % do LIE. Os equipamentos elétricos utilizados devem ser específicos para
atmosfera explosiva.
A pressão não deve exceder 34,5 kpa (5,0 psi) no interior do tanque.
Este procedimento deve ser executado por empresa especializada no serviço de hidrojateamento,
com a emissão dos certificados pertinentes.
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Os resíduos gerados nesta operação devem ser destinados e documentados, conforme determinado
pela legislação ambiental.
O veículo, bombas e demais equipamentos elétricos de hidrojateamento devem ser posicionados fora
da área de trabalho.
Devido à grande geração de resíduos, este procedimento deve ser utilizado como último recurso.
Os resíduos gerados nesta operação devem ser destinados e documentados, conforme determinado
pela legislação ambiental. O veículo, bombas e demais equipamentos elétricos devem ser posiciona-
dos fora da área de trabalho.
O tanque deve ser completamente cheio com água e esta deve ser aplicada, de preferência, pelo bocal
com o nível mais alto, e a sucção pelo bocal de nível mais baixo. Para os tanques com boca de visita,
a água deve ser aplicada pela boca de descarga e succionada por um dos flanges da boca de visita.
Este processo deve ser repetido até que a explosividade com o tanque vazio seja igual ou inferior a
10 % do LIE.
Deve-se ter o máximo cuidado para que a água injetada não transborde do tanque.
Durante toda a operação, deve-se manter o monitoramento com explosímetro, verificando a presença
de vapores inflamáveis na área de trabalho.
5.3 Inertização
Durante a realização do serviço, todas as conexões devem estar tamponadas, com exceção do respiro
e da conexão para a injeção do nitrogênio.
A injeção de nitrogênio deve ser efetuada por meio da conexão de descarga, utilizando-se um adap-
tador apropriado.
Antes da abertura da válvula de admissão de nitrogênio para o tanque, a pressão de saída do regula-
dor do cilindro deve estar ajustada para 0,5 kgf/cm2.
A proporção mínima de nitrogênio a ser utilizada deve ser de um cilindro de nitrogênio de 9 m3 para
cada 5 m3 do compartimento do tanque.
Cilindros que tiverem sido parcialmente utilizados não podem ser aplicados em processos de inertiza-
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Todo o volume do cilindro deve ser descarregado no tanque, o que ocorrerá quando o manômetro do
cilindro indicar pressão “zero”.
O gelo seco deve ser raspado ou triturado e inserido através dos bocais do tanque. Durante o processo
de inserção do gelo seco, todas as bocas devem estar tamponadas, com exceção do respiro.
Deve-se garantir que a concentração de oxigênio no interior do tanque seja igual a zero.
6 Remoção do tanque
Após desgaseificação ou inertização do tanque, os responsáveis pelo serviço devem certificar-se de
que durante o trabalho de retirada do tanque da cava a explosividade do tanque seja igual ou inferior
a 10 % do LIE ou, no caso da inertização, que o nível de oxigênio esteja com 0 %.
Caso exista rede elétrica aérea situada a menos de 3 m do equipamento de içamento, solicitar à con-
cessionária de energia elétrica o seu desligamento. Caso não seja possível o desligamento, solicitar o
isolamento da rede com material apropriado.
Providenciar, sempre que possível, a colocação do tanque no caminhão imediatamente após ter sido
retirado da cava.
O equipamento de içamento deve ter capacidade compatível de pelo menos 1,5 o peso teórico da
carga. O cálculo da carga deve contemplar, além do tanque, uma estimativa do resíduo existente no
seu interior.
Em cavas com mais de 2 m de profundidade, não deve ser permitida a entrada de pessoas sem que
as paredes destas cavas sejam escoradas. Além disso, a abertura da cava deve seguir os critérios
usados para instalação de tanques da ABNT NBR 13781.
Atenção especial deve ser dada à condição de uso dos cabos de aço, cordas, roldanas e guinchos
usados no içamento do tanque.
Verificar a presença de furos ou fissuras no costado do tanque. Tamponar, sempre que possível,
os furos com batoque de madeira. No caso de tanques com resíduos em seu interior, devem ser to-
madas ações para evitar vazamentos pelos furos durante o transporte ou armazenamento do tanque.
Quando da reativação deste tanque, deve ser realizada a remoção da água e a sua correta destinação,
além de ensaio de estanqueidade do tanque e suas linhas associadas. Caso o tanque não apresente
estanqueidade, ele deve ser retirado conforme Seção 6 ou desativado permanentemente conforme 7.2.
Caso seja realizada a abertura do tanque, com corte a quente, para a sua desativação, este serviço
deve ser realizado atendendo aos procedimentos de segurança para áreas classificadas e serviços a
quente, conforme ABNT NBR 14606. Para a abertura do tanque com serviço a quente, não deve ser
utilizado o processo de inertização, apenas desgaseificação.
O tanque deve ser totalmente preenchido com areia ou outro material inerte e devidamente tampona-
do. Além disso, a pista deve ser recomposta com a eliminação das câmaras de calçada.
8 Transporte do tanque
O tanque a ser removido deve sair da cava diretamente para o caminhão. Caso não seja possível,
proceder conforme Seção 9.
O tanque deve ser colocado no caminhão com os bocais tamponados, exceto o de respiro, para evitar
a pressurização interna.
Fixar adequadamente o tanque ao caminhão, utilizando a amarração (com material que não gere
faísca) que se fizer necessária. O caminhão que faz o transporte deve estar provido de berço para
a correta estabilização do tanque e dispositivo para contenção de possíveis vazamentos durante o
deslocamento.
O tanque só deve ser transportado devidamente inertizado ou desgaseificado. A viagem deve ser limi-
tada ao trajeto entre os pontos de carga e descarga, preferencialmente sem paradas.
Para realização do transporte deve ser atendida a legislação vigente, dando especial atenção aos
requisitos legais para transporte de resíduos perigosos que podem estar no interior do tanque.
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Todos os bocais do tanque, exceto o de respiro, devem permanecer fechados para evitar o acúmulo
de água em seu interior.
A empresa preparadora de tanques deve ser licenciada e autorizada pelos órgãos competentes, apre-
sentando capacidade de armazenamento dos resíduos provenientes da operação, estação de trata-
mento de efluentes líquidos eventualmente gerados no processo e capacidade de destinação final dos
resíduos oleosos gerados mediante comprovação através de certificados de receptores.
O tanque pode ser armazenado dentro das dependências da empresa de preparação, desde que em
área obrigatoriamente impermeável e interligada ao sistema separador de água e óleo (SAO).
Neste caso, todos os bocais dos tanques devem permanecer fechados para evitar o acúmulo de água
em seu interior, exceto a redução de 3 mm (1/8 pol), instalada na conexão do respiro, devendo esta ser
mantida aberta para evitar sobrepressões no tanque devido às variações na temperatura, conforme
descrito na Seção 6.
O tanque deve ser desgaseificado e limpo interna e externamente. A desgaseificação do tanque pode
ser através dos seguintes métodos:
NOTA Os equipamento elétricos utilizados para a desgaseificação devem ser para uso em atmosfera
explosiva.
10.4 Adaptação
Um equipamento já usado anteriormente em instalações subterrâneas pode ser adapatado para uti-
lização em instalações aéreas de abastecimento de combustíveis, desde que em conformidade à
ABNT NBR 15461.
O tanque pode ser reutilizado para outros fins, exceto para armazenamento de água para consumo
humano direto ou indireto.
Os tanques de diesel e aqueles que estiverem furados devem ser priorizados no processo. Estes tan-
ques devem ser preparados logo que chegarem ao preparador.
É recomendável que, antes de qualquer trabalho a quente ou que possa gerar faíscas, o nível de
explosividade seja medido. O tanque deve ser considerado liberado para trabalho a quente quando a
medição da atmosfera na região externa e no seu interior indicar uma concentração de vapores infla-
máveis igual a 0 % do limite inferior de explosividade (LIE). No transcurso de todo o serviço a quente,
deve ser monitorada a concentração de vapores, permanentemente em ambas as regiões. A operação
deve ser interrompida caso a concentração de vapores inflamáveis atinja o valor 10 % LIE e só deve
ser reiniciada quando o valor admitido de 0 % LIE for novamente atingido .
O acesso ao interior do tanque deve ser feito quando da abertura da primeira calota, possibilitando
a remoção eficiente dos resíduos. A entrada no tanque deve ser realizada seguindo os critérios de
segurança, como:
— utilização de EPI (luva, capacete, óculos, roupa de algodão e bota com solado antiderrapantausência
de concentrações de vapores de combustíveis no interior do tanque;
— oxigênio entre 19,5 % e 23,5 %, limite mínimo aceitável para a concentração de oxigênio.
A retirada dos resíduos deve ser realizada em área impermeável e cercada por muretas de contenção
ou canaletes interligados ao sistema separador de água e óleo (SAO).
O processo de corte mais usual dos tanques é o retalhamento em quatro partes: duas calotas e duas
metades longitudinais de costado, conforme Figura 1, facilitando o armazenamento das chapas e o
seu posterior transporte.
As chapas dos tanques cortados e livre de resíduos, caso não sejam reaproveitadas, devem ser en-
caminhadas para siderúrgicas.
O armazenamento temporário dos resíduos deve ser feito em tanques. Quando aéreos, devem estar
cobertos e envoltos por uma bacia de contenção e, se abertos, devem estar em área coberta até a sua
destinação final. Caso o armazenamento seja feito através de tambores, estes devem possuir tampas
e permanecer em área coberta e impermeável, circundados por canaletes e direcionados ao sistema
separador de água e óleo (SAO).
Quando do transporte e destinação final, os resíduos oleosos devem ser transportados e destinados
por empresas licenciadas pelo órgão ambiental competente.
O tanque limpo e desgaseificado pode ser armazenamento até uma definição pela contratante, em
área segregada do processo de limpeza.