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ANÁLISE ERGONÔMICA DO

TRABALHO
Portaria 3.214/78 MTE - Norma Regulamentadora 17, Item 1.2

TRANS MARCH TRANSPORTES LTDA-EPP.


Av. Jaguaré, 818 galpão 03 – Jaguaré – São Paulo/SP.
Empresa:
TRANS MARCH TRANSPORTES LTDA-EPP.

Estabelecimento:
AV. JAGUARÉ, 818 GALPÃO 03 – Jaguaré – São Paulo/SP.

CNPJ Inscrição Estadual


62.322.359/0001-32

CNAE Ramo de Atividade


49.30-2-02 Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal,
interestadual e internacional

Grau de Risco – NR 4 Grupo – NR 5

03 C-24c

FUNCIONÁRIOS

Homens Mulheres Menores

38 02 00

CONTRATADAS

Empresa Atividade Nº Empregados

-o- -o- -o-

2
II) OBJETIVO:

Este estudo ergonômico de funções operacionais e administrativas da


empresa pretende retratar a real situação dos diversos postos de trabalho, e
procurar apontar disfunções de natureza ergonômica, procurando resgatar as
soluções técnicas e/ou administrativas para neutralizar os efeitos por vezes
danosos aos trabalhadores de uma unidade produtiva, com uso moderado de
mão de obra de movimentação/manipulação e operação de máquinas de
concepção leve e diversificada, quanto aos movimentos podem representar riscos
de natureza ergonômica aos colaboradores.

III) INSTALAÇÕES:

TIPO
X Galpão Casa X Prédio
UTILIZAÇÃO
X Industrial Residencial X Comercial
PAREDE EXTERNA
X Alvenaria Madeira Vidros

COBERTURA
Laje
X X Telha Fibrocimento Telha metálica
impermeabilizada
REVESTIMENTO DE PISOS
Epóxi X Cimento rústico Carpete – Adm. Paviflex
TETOS
Forro de PVC X Laje a vista Lã de vidro X Telha
VENTILAÇÃO
Ar Ar Condicionado
X Natural X Ventiladores X
condicionado Local Central
ILUMINAÇÃO
X Natural X Fluorescente X Incandescente
PÉ DIREITO
Área esportiva: Área Administrativa: Área Residencial: Área Comum:
Entre 2,50 à 5,00m 37,00

Basicamente a empresa se instala em prédios, sendo o principal o que abriga


as linhas de produção, expedição e almoxarifado.
O lay out das áreas é funcional, onde as máquinas e equipamentos estão
distribuídos de forma a contribuir favoravelmente para o fluxo.
As condições das edificações de alvenaria dão mostras de regulares
condições de estabilidade estrutural, não se constatando deterioração nas
3
instalações que comprometam a segurança e a produtividade das atividades
desempenhadas.
Os pisos das áreas são variados (Piso frio, paviflex, madeira, rústico, etc.),
com revestimentos diversos nas áreas, onde são mantidos em adequadas
condições e se prestam ao bom desempenho das atividades, com exceção do
departamento de almoxarifado e recebimento que se encontra com o piso muito
danificado, podendo gerar acidentes.

IV) ATIVIDADES:

As funções relacionadas com as atividades desenvolvidas pelos


Colaboradores da empresa caracterizam por Colaboradores de formação
multidisciplinar que operam as diversas operações.

V - CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES - FINALIDADE:

ERGONOMIA NA VIDA DO HOMEM:

A Ergonomia é tão antiga quanto o homem. Todas às vezes que algum objeto
era inventado, o homem tentava adaptá-lo visando conforto e eficiência.
A Ergonomia está presente na vida de cada ser humano, não apenas no
ambiente de trabalho, mas na vida como um todo.

A conscientização da existência da Ergonomia surgiu mais recentemente,


após a Segunda Guerra Mundial, pela necessidade da reindustrialização,
podendo ser definida das mais variadas formas:

Wisner: “Conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e suas


necessidades para conceber utensílios, máquinas e dispositivos que possam ser
utilizados com a máxima eficiência, segurança e conforto”.

4
Associação Internacional de Ergonomia: “A Ergonomia integra o
conhecimento derivado das ciências humanas para adaptar o trabalho, sistemas,
produtos e ambiente às capacidades mentais, assim como às limitações das
pessoas”.

A finalidade da Ergonomia não se limita a fatores do trabalho determinados


por cada atividade. O objetivo principal é a melhoria das condições do trabalho,
proporcionando acima de tudo bem estar ao trabalhador, evitando que o trabalho
se constitua um risco para a saúde física e psicológica.

Visa fazer do trabalho uma atividade agradável, gratificante e produtiva.

A Ergonomia utiliza-se do bom senso, não importando apenas o que


convencionalmente é certo ou errado, pois cada indivíduo é único. Os indivíduos
possuem limites, características, métodos e ritmo de trabalhos diferenciados e
próprios.

Na análise ergonômica devem ser estudados todos os elementos que de


qualquer maneira integram a tarefa numa situação de trabalho, completando-se
tais estudos com os aspectos sociais, econômicos e psicológicos inerentes a cada
indivíduo.

Utilizam-se as convenções como base de estudo, como “ponto de partida,


mas nunca como de chegada”.

É importante se contemplar o problema como um todo, levando-se em conta a


importância de cada elemento.

Por esta razão se diz que a Ergonomia é uma ciência multidisciplinar.

Em um estudo interdisciplinar se questionam os problemas relativos ao que


projetarem e como articular as possíveis interações dos usuários aos produtos.
5
A Ergonomia pode ser preventiva quando utilizada na concepção de postos
de trabalhos ou sistemas. E de manutenção quando se torna corretiva.

É sempre necessária em qualquer situação.

O inter-relacionamento das ciências biológicas, humanas e exatas como os


aspectos Físicos, Mentais e sociais do homem para com o seu meio de
convivência.

Ciências Utilizadas pela Ergonomia

Aspectos Referem-se a Ciências


segurança
higiene
engenharia
Condições materiais e
Físicos física
ambiente de trabalho
fisiologia
psicologia
estatística
psicologia
sociologia
Mental Conteúdo do trabalho
engenharia
fisiologia
economia
engenharia
Social Organização do trabalho psicologia
sociologia.
legislação

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A ERGONOMIA ALIADA À ECONOMIA GERANDO PRODUTIVIDADE E
MINIMIZANDO CUSTOS

Dentre as principais solicitações das empresas quando contratam um


Economista estão: aumentar a produtividade e diminuir os custos. Verifica-se, no
entanto que este problema na maioria das vezes não é econômico e sim
ergonômico. Segundo os conceitos da economia, temos que:

Produção é o processo que combina e transforma os fatores de produção no


intuito de criar bens ou serviços para serem oferecidos ao mercado.

Enquanto que Produtividade é o grau de aproveitamento integral dos fatores


de produção disponíveis.

Portanto o aumento de produtividade significa elevar quantidades produzidas


sem alterar os fatores de produção, ou seja, a quantidade produzida deverá
aumentar utilizando-se o mesmo tipo de matéria-prima, os mesmos
equipamentos, a mesma jornada de trabalho, o mesmo operador, etc.

As características do produto não podem ser alteradas, devem ser mantidas a


uniformidade, qualidade, etc. O que então pode ser modificado para que haja este
aumento de produtividade é a maneira como se executa o trabalho. É neste ponto
que a ergonomia se faz presente. Executando-se a produção totalmente
automatizada, onde o homem não tem participação marcante, verifica-se
constantemente que para se alterar a maneira de execução do trabalho de modo
a que esta surta resultada satisfatória, deparamo-nos com barreiras que
necessitam também de modificações tais como: ferramentas inadequadas,
ambientes impróprios, postos de trabalho sacrificantes, chefes intolerantes e
intoleráveis, entre outros.

Quanto ao custo de produção, este é considerado o dispêndio dos fatores de


produção. Lembrando-se que nesse dispêndio também estão incluídos refugos,
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desperdícios, absenteísmo, rotatividade de mão-de-obra. Nos dias de hoje, o
funcionário de uma empresa exige um alto valor de investimento passando de
“descartável” para patrimônio da empresa.
Sendo considerado a produção um resultado da ação humana têm-se que
este esforço humano influência de maneira peculiar o custo de produção. Mais
uma vez constata-se a imensa importância da ação humana no processo
produtivo e sua marcante influência. Cabe partindo-se desta premissa a análise
da tarefa do ponto de vista ergonômico, onde se constata que há:

O trabalho prescrito (conceito teórico) que é, segundo a empresa, a maneira


como o trabalho deve ser executado, como se utilizam as máquinas, ferramentas,
equipamentos, etc.

Podem ser representados pelo tempo para cada operação, modos


operatórios, regras a respeitar, etc.

E o trabalho real que é realmente executado pelo trabalhador e que jamais


corresponde exatamente ao prescrito. A metodologia ergonômica aparece como
instrumento de medida de distância entre o trabalho prescrito e o trabalho real.

Cada ser humano é único e torna-se difícil estipular padrões.

Ele é capaz de criar métodos, modificar atitudes, adaptar instrumentos de


trabalho, enfim, pode alterar conforme sua criatividade, vontade ou necessidade
seu método de trabalho. Não existindo apenas um modelo de pessoa da mesma
forma não existirá uma única forma de se realizar uma tarefa. Sendo o homem o
principal agente de modificações do processo produtivo é primordial a análise da
execução de sua tarefa, segundo, sua própria visão, partindo-se posteriormente
para alterações do processo verificando-se os pontos positivos e negativos em
busca de maior produtividade.

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A ergonomia visa enriquecer o conceito de produtividade em conjunto com os
conceitos de eficácia, bem estar e qualidade, reduzindo a penosidade do ser
humano, no intuito de sua maior adaptação ao trabalho e à racionalização do
sistema produtivo.
Surgindo então naturalmente como conseqüência de todo este processo a tão
almejada produtividade.

Fatores de Produção

Trabalho: esforço humano na produção.


Recursos Naturais: tudo que economicamente pode ser
aproveitada pela natureza.
Capital: reunião de bens de um sistema (equipamentos,
máquinas, ferramentas, etc.)
Tecnologia: métodos utilizados para a combinação dos
demais recursos.

O estudo ergonômico das funções de trabalho visa estabelecer parâmetros


que permitam a adequação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas e biomecânicas inerentes aos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo conforto, sem comprometer o organismo, executar as
tarefas com segurança e desempenhar as funções eficientemente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,


transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, utensílios e
as condições ambientais do posto de trabalho e a própria organização do
trabalho.

A condição fundamental de êxito em melhoria de Qualidade e Produtividade


de qualquer atividade de produção, é que as condições de relação homem x
trabalho, esteja consoante nos aspectos ergonômicos de maneira positiva e
favorável a proporcionar uma exeqüibilidade de tarefas e atitudes, norteadas em
qualidade, eficácia, eficiência e maior produtividade.
Nenhum sistema produtivo onde o principal responsável pelo elo produtivo
seja o homem pode ser considerado eficiente, se o ambiente de trabalho e os
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meios materiais e de natureza psico-fisiológica, oferecidos a ele, não se
enquadram em condições favoráveis sob o ponto de vista ergonômico.

Análise ergonômica do trabalho

Qualidade Total é o desafio das empresas, pois a competitividade, saúde,


segurança e produtividade são exigências do mercado mundial. Atingir estes
objetivos é o desafio. Implica em mudanças profundas nos métodos de
administração e de relacionamento entre capital e trabalho. E a Ergonomia é o
ponto básico nestas mudanças. Portanto são importantes alguns esclarecimentos
sobre o tema. Vamos a eles.

O que é ergonomia? É o estudo do relacionamento entre o homem e o seu


trabalho, o equipamento (maquinário), ambiente e aplicação dos conhecimentos
de anatomia, engenharia, fisiologia, sociologia e psicologia na solução dos
problemas surgidos deste relacionamento. Para realizar este objetivo a ergonomia
estuda os diversos aspectos do comportamento humano e outros fatores
importantes para o sistema de trabalho que são:

O homem - Características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do


trabalhador, influência do sexo, idade, treinamento, motivação, etc.

A máquina - É toda a ajuda material que o homem utiliza em seu trabalho,


engloba os equipamentos, ferramentas, mobiliário, instalações, etc.

O ambiente - Estuda as características do ambiente físico que envolve o


homem durante o trabalho, onde são avaliados: temperatura, ruído, vibrações,
cores, ventilação, radiações, iluminamento, etc.

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As informações - referem-se às comunicações entre os elementos de um
sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de
decisões.

Organização - É a conjunção dos elementos abordados no sistema produtivo,


estudando aspecto de horário, turno de trabalho e a formação de equipes, ritmo,
cadência, conteúdo da tarefa, etc.

Abordagens em ergonomia - Visa introduzir melhorias de trabalho em uma


empresa. A abrangência é classificada em Análise de Sistema e Análise dos
Postos de Trabalho:

Análise de Sistema - Estuda o funcionamento global de uma equipe de


trabalho. São analisados custo, confiabilidade, segurança, tarefa, etc.

Análise dos Postos de Trabalho - É o estudo de uma parte do sistema onde


atua um trabalhador.

A aplicação da sistemática da ergonomia em uma indústria (empresa) é feita


identificando-se vários postos de trabalho e, principalmente, onde ocorrem,
maiores problemas ergonômicos. Podemos reconhecer estes locais por certos
sintomas, tais como: alto índice de erro, grande número de acidentados, doença,
alta rotatividade dos empregados, setor com trabalhadores jovens. Quando ocorre
um ou mais dos sintomas, pode estar ocorrendo uma inadequação das máquinas;
falhas na organização do trabalho, no ambiente ou no processo de trabalho. Estes
problemas provocam tensões musculares, psíquicos, de posturas, doenças, etc.

Intervenção - Vamos analisar o três tipos de intervenção ergonômica.

Ergonomia de Concepção - Ocorre na fase inicial do projeto de implantação


em uma empresa, onde é possível interferir no arranjo físico (lay out), máquinas
ou no ambiente. Esta é a melhor situação para interferir.
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Ergonomia de Correção - É aplicada em situações reais existentes, para
resolver problemas que se refletem na segurança, fadiga, doença do trabalho,
acidentes ou na qualidade e quantidade da Produção. Muitas vezes a solução
adotada não é completamente definitiva (exemplo: a substituição de uma máquina
obsoleta). Mas algumas mudanças poderão ser feitas, tais como: correção de
postura, melhoria do posto de trabalho, adequação do iluminamento, criação de
normas de ordem de limpeza, mudanças de cores nos equipamentos, prédio, etc.

Ergonomia de Conscientização - Muitas vezes os problemas ergonômicos não


são completamente solucionados nas fases de concepção e correção. É
importante proporcionar a capacitação dos trabalhadores dentro dos aspectos
ergonômicos, através de atividades pedagógicas que irão objetivar a ampla
conscientização e o domínio de conhecimentos técnicos e legais sobre processo
de trabalho, através de cursos de treinamento, tanto na área técnica como do
conhecimento da atividade executada.

Esta conscientização deve ser realizada coletivamente, com a participação de


todos os setores da empresa: direção, setor administrativo e de produção.

Trabalho Técnico - Deve ser feita uma análise de todos os postos de trabalho
existentes na empresa, mas é importante frisar que o problema de adaptação do
trabalho ao homem nem sempre têm uma solução fácil, que possa ser resolvida
na primeira tentativa. A análise é, na verdade, uma pesquisa da qual devem
participar a direção da empresa e os trabalhadores, para a qual fornecem à
organização um acervo de conhecimentos sobre o processo de trabalho, com a
finalidade de atingir o objetivo prático anteriormente abordado, que é a segurança,
bem estar e eficiência. Em uma intervenção ergonômica, o primeiro fator é a
necessidade de realizar o trabalho.

É uma decisão política da empresa que pode ter origem em uma fiscalização
ou uma orientação técnica para este fim. No caso em que é definida a contratação
dos técnicos, podemos ter então o desenvolvimento do seguinte modelo
metodológico:
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 Identificação dos elementos gerais da empresa;
 Análise da necessidade da intervenção ergonômica;
 Levantamento de informação sobre o processo de produção;
características da população de trabalhadores; eficiência e a saúde;
 Análise do processo e do trabalho executado na empresa;
Após este pré-diagnóstico:
 Elaborar o projeto de análise ergonômica;
 Executar esta análise ergonômica do trabalho,

Custos e Benefícios - A decisão da direção da empresa geralmente é tomada


com base na análise de custos e benefícios. Isto significa que qualquer
investimento só será realizado se os benefícios previstos forem maiores que os
custos. Consideramos como sendo uma decisão política da direção da empresa,
que depois de tomada deve contar com a cooperação e motivação de todos para
haver resultados positivos em um trabalho técnico em ergonomia como estamos
propondo (participação).

A análise ergonômica do trabalho é um instrumento legal previsto na NR-17 -


Ergonomia. Na maioria das vezes é enquadrada em Ergonomia de Correção, que
depende diretamente da participação e cooperação entre as partes:

Empresa (direção), trabalhadores e os técnicos contratados para a execução do


trabalho.
É importante ressaltar que, embora a análise ergonômica ocorra normalmente
para atender uma demanda existente na empresa, é o único instrumento capaz
de refletir em melhores condições de trabalho.

Realizando a análise ergonômica do trabalho a empresa estará iniciando uma


nova fase, pois este estudo identifica, analisa o processo de produção, as
características dos trabalhadores, a organização do trabalho cujas implicações
refletem na saúde e na segurança.

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As recomendações para melhorar os parâmetros analisados visam atingir os
objetivos: eficiência, bem estar, produtividade, competitividade e, com isto,
atender as recomendações previstas na ISO 9000 (NBR 19.000), que é requisito
para atingir a Qualidade Total, o desafio da década, e com o advento da ISO
14.000, que diz respeito a questão Ambiental, mais do que nunca, os
trabalhadores e comunidade devem ter direito á uma vida laboral saudável e os
ambientes preservados.

A mesma expectativa se refere também á OHSAS 18000, que faz ampla


referência á Saúde Ocupacional e Segurança dos trabalhadores, onde as
empresas globalizadas deverão se esforçar para a obtenção dos respectivos
“selos” referentes aos padrões ISO, para poderem se desenvolver nos mercados
cada vez mais exigentes e competitivos.

VI - FATORES ERGONÔMICOS - DEFINIÇÕES - GENERALIDADES:

Os agentes ergonômicos estão relacionados com fatores fisiológicos e


psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais. Estes fatores
podem produzir alterações no organismo e estado emocional dos trabalhadores,
comprometendo a saúde, segurança e produtividade. Entre os principais fatores
incluem-se a monotonia, a posição o e ritmo de trabalho, a fadiga, a preocupação,
trabalhos repetitivos, etc.

O ajustamento mútuo do homem e seu trabalho, que se obtém através de


medidas como: a modernização e higienização dos ambientes de trabalho, a
modificação de métodos e processos, o projeto de máquinas e ferramentas
perfeitamente adaptadas ao operário, à adoção de ritmos e posições adequadas
de trabalho, a assistência médica-psicológica ao empregado, é feita levando-se
em consideração os aspectos biomecânicos, aspectos sensoriais, aspectos
ambientais, psicológicos e sociais do ambiente de trabalho.

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Apresentaremos a seguir o Laudo Técnico de Avaliação Ergonômica, para as
funções operacionais e administrativas da empresa.

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AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DAS FUNÇÕES
Setor: Operacional

1. Função em estudo: Conferente

07:00 - 12:00 às 13:00 - 17:00


a) Horário de Trabalho: 07:00 - 12:00 às 13:00 - 16:00

b) Pausas: 1h de almoço

Mensalist
c) Horas Extras Sim a
Não Horista

2. Função Principal do Posto:


 Executam conferência de documentos, notas e materiais que são carregados
e/ou descarregados

3. Arranjo Físico:
a) Disposição funcional de máquinas e equipamentos conforme fluxo operacional
obedecendo os critérios normativos da NR-17.
Sim
16
X
Não

b Layout DENTRO das especificações com mobiliário inadequado,


) ou seja:
Mesas e bancadas com padrões e medidas inadequadas;

X Cadeiras e bancos com encosto e/ou assentos inadequados

c) Condições sanitárias e de conforto ambiental:


x Dentro das normas vigentes
Fora das normas vigentes

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Entre 530 lux a 636 lux
b
) Ruído: 74,2 dB(A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: 19,4 ºC
e) Desconforto Térmico: Ausente
f) Ventilação: Artificial (ar condicionado)

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Entre 20 kg e 25
Mulher <20 kg kg >25 kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

8. Risco de Acidentes:
Sim Não
Queda de mesmo nível.
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9. EPI's
Não Sim

1. Função em estudo: Supervisor de tráfego

07:00 - 12:00 às 13:00 - 17:00


a) Horário de Trabalho: 07:00 - 12:00 às 13:00 - 16:00

b) Pausas: 1h de almoço + 30 minutos em dia de pagamento

Mensalist
c) Horas Extras Sim a
Não Horista

2. Função Principal do Posto:


 Supervisiona e administra atividades de tráfego da empresa

3. Arranjo Físico:
a) Disposição funcional de máquinas e equipamentos conforme fluxo operacional
obedecendo os critérios normativos da NR-17.
Sim
18
x Não

b Layout DENTRO das especificações com mobiliário inadequado,


) ou seja:
Mesas e bancadas com padrões e medidas inadequadas;
x Cadeiras e bancos com encosto e/ou assentos inadequados

c) Condições sanitárias e de conforto ambiental:


x Dentro das normas vigentes
Fora das normas vigentes

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Entre 120 lux a 650 lux
b
) Ruído: 74,2 dB(A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: 19,4 ºC
e) Desconforto Térmico: Ausente
f) Ventilação: Artificial (ar condicionado)

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Entre 20 kg e 25
Mulher <20 kg kg >25 kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

8. Risco de Acidentes:
Sim Não

Rrisco de quedas e batidas.

9. EPI's
Não Sim

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Sugerimos: implantação de cadeira ergonômica e adequação de acordo com figura na
pagina 15.

1. Função em estudo: Coordenador de logística

07:00 - 12:00 às 13:00 - 17:00


a) Horário de Trabalho: 07:00 - 12:00 às 13:00 - 16:00

b) Pausas: 1h de almoço

Mensalist
c) Horas Extras Sim a
Não Horista

2. Função Principal do Posto:


 Auxiliam e administram pessoal e plano de cargos e salários; promovem ações
de treinamento e de desenvolvimento de pessoal.
3. Arranjo Físico:
a) Disposição funcional de máquinas e equipamentos conforme fluxo operacional
obedecendo os critérios normativos da NR-17.
X Sim
Não

b Layout DENTRO das especificações com mobiliário inadequado,


20
) ou seja:
Mesas e bancadas com padrões e medidas inadequadas;

X Cadeiras e bancos com encosto e/ou assentos inadequados

21
c) Condições sanitárias e de conforto ambiental:

X Dentro das normas vigentes


Fora das normas vigentes

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Entre 410 lux a 636 lux
b
) Ruído: 74,2 dB(A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: 19,4 ºC
Desconforto
e) Térmico: Ausente
f) Ventilação: Artificial (ar condicionado)

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Entre 20 kg e 25
Mulher <20 kg kg >25 kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

8. Risco de Acidentes:
Sim Não
Fiações expostas no chão, risco de curto infiltração de água, risco de quedas e
batidas.
9. EPI's
Não Sim

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1. Função em estudo: Ajudante

07:00 - 12:00 às 13:00 - 17:00


a) Horário de Trabalho: 07:00 - 12:00 às 13:00 - 16:00

b) Pausas: 1h de almoço + 30 minutos em dia de pagamento

Mensalist
c) Horas Extras Sim a
Não Horista

23
2. Função Principal do Posto:
 Auxiliam nos serviços de carga e descarga de materiais dos caminhões e
arrumam nos locais destinados através de paleteiras pneumáticas.

3. Arranjo Físico:
a) Disposição funcional de máquinas e equipamentos conforme fluxo operacional
obedecendo os critérios normativos da NR-17.
X Sim
Não

b Layout DENTRO das especificações com mobiliário inadequado,


) ou seja:
Mesas e bancadas com padrões e medidas inadequadas;

X Cadeiras e bancos com encosto e/ou assentos inadequados

c) Condições sanitárias e de conforto ambiental:

X Dentro das normas vigentes


Fora das normas vigentes

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Existem variações de 230lux a 315lux
b
) Ruído: 62 dB (A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: De 21,3 ºC
e) Desconforto Térmico: Ausente
f) Ventilação: Natural

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Mulher <20 kg Entre 20 kg e 25 >25 kg
24
kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

8. Risco de Acidentes:
Sim Não
Risco de queda, atropelamento, esmagamentos por máquinas e equipamentos,
batida contra e batida por.
9. EPI's
Não Sim

25
Setor: Administrativo

1. Função em estudo: Auxiliar Administrativo

07:00 - 12:00 às 13:00 - 17:00


a) Horário de Trabalho: 07:00 - 12:00 às 13:00 - 16:00

b) Pausas: 1h de almoço

Mensalist
c) Horas Extras Sim a
Não Horista

2. Função Principal do Posto:


 Executam serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administração,
finanças e logística; atendem fornecedores e clientes, fornecendo e recebendo
informações sobre produtos e serviços; tratam de documentos variados,
cumprindo todo o procedimento necessário referente aos mesmos. Atuam na
concessão de microcrédito a microempresários, atendendo clientes em campo
e nas agências, prospectando clientes nas comunidades
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3. Arranjo Físico:
a) Disposição funcional de máquinas e equipamentos conforme fluxo operacional
obedecendo os critérios normativos da NR-17.
X Sim
Não

b Layout DENTRO das especificações com mobiliário inadequado,


) ou seja:
Mesas e bancadas com padrões e medidas inadequadas;
X Cadeiras e bancos com encosto e/ou assentos inadequados

c) Condições sanitárias e de conforto ambiental:


X Dentro das normas vigentes
Fora das normas vigentes

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Entre 300lux à 370lux
b
) Ruído: 59/64 dB (A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: 23ºC
e) Desconforto Térmico: Ausente
f) Ventilação: Artificial (ar condicionado) e Natural

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Entre 20 kg e 25
Mulher <20 kg kg >25 kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

8. Risco de Acidentes:
Sim Não
Acidentes do trabalho típicos como batidas e, quedas etc.
27
9. EPI's
Não Sim

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Entre 700lux e 1901lux
b
) Ruído: 86 dB (A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: 25, 3ºC
e) Desconforto Térmico: Ausente
f) Ventilação: Artificial (ar condicionado) e Natural

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Entre 20 kg e 25
Mulher <20 kg kg >25 kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

8. Risco de Acidentes:
Sim Não
Acidentes do trabalho típicos como cortes, contusões, batidas, quedas de materiais,
prensamentos, etc.

9. EPI's
Não Sim

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Setor: Operacional

1. Função em estudo: Motorista

07:00 - 12:00 às 13:00 - 17:00


a) Horário de Trabalho: 07:00 - 12:00 às 13:00 - 16:00

b) Pausas: 1h de almoço

Mensalist
c) Horas Extras Sim a
Não Horista

2. Função Principal do Posto:


Transportam, coletam e entregam cargas em geral; guincham, destombam e
removem veículos avariados e prestam socorro mecânico. Movimentam cargas
volumosas e pesadas, podem, também, operar equipamentos, realizar inspeções e
reparos em veículos, vistoriar cargas, além de verificar documentação de veículos e

29
de cargas. Definem rotas e asseguram a regularidade do transporte. As atividades
são desenvolvidas em conformidade com normas e procedimentos técnicos e de
segurança..

3. Arranjo Físico:
a) Disposição funcional de máquinas e equipamentos conforme fluxo operacional
obedecendo os critérios normativos da NR-17.
X Sim
Não
b Layout DENTRO das especificações com mobiliário inadequado,
) ou seja:
Mesas e bancadas com padrões e medidas inadequadas;
Cadeiras e bancos com encosto e/ou assentos inadequados

c) Condições sanitárias e de conforto ambiental:

X Dentro das normas vigentes


Fora das normas vigentes

4. Postura Assumida:
Incômoda Normal Não incômoda

5. Atividade Motora e Sensorial:


a) VISUAL BAIXA NORMAL ALTA
b
) TÁTIL BAIXA NORMAL ALTA
c) AUDITIVA BAIXA NORMAL ALTA

6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
a) Iluminação: Entre 360lux e 460lux
b
) Ruído: 76 dB (A)
c) Umidade Relativa: 50% Normal
d
) Temperatura: 26,3 ºC
e) Desconforto Térmico: Ausente
f) Ventilação: Natural

7. Levantamento / Transporte / Carga e Descarga de Materiais


Entre 20 kg e 25
Mulher <20 kg kg >25 kg

Homem <25 kg Entre 25 e 60 kg >60 kg

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8. Risco de Acidentes:
Sim Não

Colisão de veículos.

9. EPI's
Não Sim

OUTRAS SUGESTÕES:

 Implantação de Ginástica laboral;


 Implantação de apoio para pés quando os pés não estiver totalmente
no solo;
 Adequação das fiações expostas na área de RH, implantar calhas,
eletro dutos ou eletro calhas para passagem da fiação;
 Criar proteção externa chanfrada metálica para inibir a entrada de água
(ar condicionado);
 Implantar toldo na porta metálica do RH para inibir entrada de água em
dias chuvosos.

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VII – METODOLOGIA

A metodologia empregada para a confecção do presente laudo levou em


consideração não apenas a legislação em vigor, mas também alguns aspectos
ligados à literatura atual existente em nosso meio profissional.

Para tanto, como a própria legislação em vigor deixa lacunas sobre o


epigrafe, foi necessário não só o preenchimento de itens padrões, como também
houve a necessidade de se elaborar itens, que fossem compatíveis com a própria
realidade operacional da empresa. Sendo assim o presente trabalho foi realizado
com preocupação de esgotar todos os parâmetros quanto:

Postos de trabalhos, aspectos físicos do local de trabalho, riscos ocupacionais


tais como: pressão sonora, iluminação, calor, ventilação, etc.
Acompanhamento realizado “in loco” (local de trabalho), no período e
avaliação (21 de Março de 2011).

Quanto aos funcionários, houve um acompanhamento operacional e visual


doas atividades, bem como questionamentos com relação às posturas, atividade,
agressividade, etc.

VIII – SUGESTÕES

 Formação de um Comitê de Estudos Ergonômicos;


 Treinamentos específicos;
 CONSCIENTIZAÇÃO DA CIPA como Atividade de Pequeno Grupo,
visando à melhoria da qualidade de vida dos empregados;

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IX - MEDIDAS GERAIS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA

Coletivas:

 Ventilação local e natural obtida através de janelas, vitrôs e portas;


 Bebedouros com água filtrada e gelada;
 Ventilação artificial obtida através de ar condicionados;
 Extintores e rede hidráulica para proteção contra incêndios;

Individuais:

 Protetor auricular;
 Óculos comum de segurança e proteção;
 Todos os E.P.I.’s para as atividades de manutenção, limpeza e
conservação;
 Calçados especiais;
 Luvas;
 Uniforme;

X- RECURSOS UTILIZADOS

Instrumentação

 Aparelho luxímetro Instrutemp ITLD 260


 Aparelho Decibelímetro Instrutherm DEC 5010
 Termohigrometro – Instrutemp ITHT 2210

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XI - RECOMENDAÇÕES GERAIS

Baseado nestes parâmetros, definições, as inúmeras situações e exemplos


retratados das atividades laborais vivenciadas na empresa em epígrafe, e através
das recomendações específicas para cada adversidade encontrada, além dos
conceitos gerais sobre os parâmetros intrínsecos que interferem na ambientação
e procedimentos de cada função, reafirmaram que a empresa deve se esforçar
para promover as mudanças e as melhorias sugeridas a fim de proporcionar
regularidade aos ambientes e tarefas produtivas.

Recomendamos atenção na manutenção dos índices de luminosidade dos postos de


trabalho abaixo:
Posto Mínimo Médio Máximo
Mesas de Trabalho 300 lux 500 lux 750 lux
Cozinhas 150 lux 150 lux 300 lux
ManutençãoLavanderias 150 lux 200 lux 300 lux
Fonte: NBR 5413

Enfatizaremos ainda os princípios de Ergonomia para a organização laboral


de uma atividade empresarial:

XII - OS PRINCÍPIOS DE ERGONOMIA PARA A ORGANIZAÇÃO DO


SISTEMA DE TRABALHO

Não existe ainda uma resposta clara e definida quanto a este item nem na
Ergonomia nem na Engenharia Industrial. Os princípios abaixo descritos devem
ser seguidos, qualquer que seja o sistema de trabalho instituído em qualquer tipo
de atividade operacional ou administrativa, pois significam as principais regras
para atender às exigências atuais de se prevenir as lesões, de se enriquecer o
trabalho e, obviamente, de conseguir uma produtividade em níveis equivalentes
aos das linhas de produção.

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A - Sempre que possível, evitar a organização de trabalho em que o ritmo é
determinado por uma esteira; no entanto, estabelecer alguma forma de objetivo
para o trabalho.

B - Evitar situações de tensão por conflito de interesses; estabelecer


estratégias organizacionais claras para as situações de tensão, de preferência
dividindo a responsabilidade.

Os conflitos de interesses, como causadores de tensão, costumam ter


conseqüências importantes. Denominamos conflito de interesse quando uma
determinada situação induz o trabalhador a fazer de determinada forma, e ao
mesmo tempo outra situação o induz a agir de outra forma.

Outra forma freqüente de conflito de interesses em trabalho de manutenção é


pressa x perfeição; há uma expectativa de que determinado reparo seja bem feito,
mas ao mesmo tempo há uma pressão de tempo para que o mesmo seja
realizado rapidamente, pois a produção está parada; o estabelecimento de
alternativas de ação diante de dificuldades auxilia o trabalhador a se posicionar.

C - Estabelecer as pausas necessárias.


Já abordado anteriormente. É importante lembrar que a ausência de pausas
prescritas leva à ocorrência de pausas furtivas; e que quando se prescreve uma
pausa necessária, automaticamente diminui-se a ocorrência de pausas furtivas.

D - Na medida do possível, deixar que o empregado faça seu próprio período


de pausas.
Uma das maiores vantagens do sistema de trabalho em que o trabalhador
desenvolve um ciclo completo é que ele também pode determinar o seu período
de pausas; assim, por exemplo, se o tempo médio de trabalho de substituição de
uma peça ou de um subconjunto é de 20 minutos, pode-se estabelecer que a
cada 3 peças trocadas o trabalhador terá direito a 10 minutos de pausa.

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Não se deve permitir que o mesmo utilize este período trabalhando e queira
com isso sair mais cedo; é importante lembrar que as pausas têm a função de
equilibrar a biomecânica do organismo, e nas tarefas repetitivas, possibilitam a
adequada lubrificação dos tendões pelo líquido sinovial.

E - Evitar pausas desnecessárias.


É importante lembrar que pausas excessivas desmotivam.

F - Empregados novos devem começar com um ritmo menor.


Pode-se calcular que o tempo de adaptação a funções de maior repetitividade
é de 15 dias, durante os quais o ritmo deve ser menor.

G - Estabelecer estratégias administrativas para atender ao aumento de


demanda de serviço.
Uma das funções gerenciais mais importante é o estabelecimento de um
plano de alternativas, capaz de tender às variações de demanda sem sobrecarga
excessiva das pessoas. Não é nossa intenção estabelecer quais são essas
estratégias, pois isso faz parte do vastíssimo leque proporcionado pela
Administração de Empresas, e naturalmente, tem que ser de domínio da gerência
da empresa e da área de trabalho; devemos apenas destacar que o caminho não
deve ser o das horas-extras excessivas e da dobra de turno, pois além de serem
causas de fadiga crônica, no caso de trabalhos com altas repetitividade de
movimentos, funcionam como desencadeantes de lesões por esforços repetitivos
e traumas cumulativos.

H - Manter canal aberto para a discussão de situações de trabalho


ocasionadoras de tensão.
Outra vez: algum grau de tensão é necessário, mas deve-se evitar a tensão
excessiva, que age como agravante de todas as lesões musculoligamentares. A
existência do canal aberto para discussão funciona como algo importante para se
resolver rapidamente a fonte de tensão excessiva.

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XIII - ORIENTAÇÕES AOS TRABALHADORES

A empresa deve introduzir o conceito de realização de Ginástica Laboral para


prevenir o aparecimento de LER ou DORT, consultando profissionais habilitados
para tal.

O profissional verificará a necessidade da empresa/Colaboradores e regerá


uma metodologia própria, de acordo com a conveniência de cada funcionário.

Deve incentivar o revezamento nas tarefas, procurando dotar os


Colaboradores a aprenderem outras funções que exijam outros tipos de
movimentos, para que se façam revezamento de tarefas.

Durante as pausas existentes no trabalho, o funcionário deve se movimentar,


caminhar, espreguiçar, fazendo movimentos contrários aqueles das tarefas.

Deve-se praticar ginástica no inicio da jornada (mínimo ideal):

 Inicie os exercícios lentamente e gradativamente ;


 Exercite-se de forma a não sentir dor;
 Faça cada exercício por aproximadamente 10-20 segundos;
 Para obter um relaxamento ótimo, respire calmamente e regularmente
durante os exercícios.

A Ginástica Laboral Preparatória e a Ginástica Laboral Compensatória


consistem em exercícios específicos que são realizados no próprio local de
trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica. A ginástica não leva o
funcionário ao cansaço, porque é leve e de curta duração, não sobrecarregando o
indivíduo. Com isso espera-se:

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 Fazer com que os Colaboradores se sintam mais dispostos ao iniciar o
trabalho (Ginástica Laboral Preparatória) e durante o trabalho
(Ginástica Laboral Compensatória);
 Prevenir a fadiga muscular;
 Melhor coordenação motora;
 Corrigir vícios posturais;
 Diminuir o número de acidentes de trabalho;
 Prevenir as doenças por traumas cumulativos;
 Desenvolvimento do espírito de equipe com a melhora do
relacionamento interpessoal;
 Elevação da auto-estima;
 Em conjunto com outras práticas, redução das doenças cardíacas,
respiratórias, nervosas e musculares;
 Substituição de automedicação (Voltaren, Dexa-Citoneurin, etc.) por
exercícios físicos matinais.

OBS: A Ginástica não tem como objetivo emagrecer ou reduzir barrigas

Devido as diferentes posições em que os trabalhadores ficam durante horas


seguidas e/ou em virtude da falta de esforços ou excessos, quase sempre afeta o
seu equilíbrio orgânico, produzindo deformações profissionais, aborrecimento e
fadiga.
As condições e ritmos existente nas mais diversas profissões ou cargos,
contribuem para o envelhecimento prematuro, deformações estruturais e
debilitação do funcionamento fisiológico, sem dizer dos possíveis acidentes de
trabalho.

Devido aos efeitos nocivos dos trabalhos; industriais, intelectuais, burocráticos


e de escritórios, tornou-se necessário o equilíbrio com exercícios compensatórios
e corretivos. Para facilitar a recuperação do equilíbrio fisiológico perdido e reduzir
os demais efeitos nocivos.
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XIV – EXEMPLOS DE EXERCICIOS

1. Inclinar o pescoço lentamente para o lado esquerdo (como se fosse querer


encostar a orelha no ombro). Repetir o movimento para o lado direito.

2. Esticar os braços em frente ao peito com os dedos das mãos entrelaçados


e elevar os braços para cima da cabeça (como se estivesse espreguiçando).

3. Esticar os braços para trás com os dedos das mãos entrelaçados. Forçar
os braços para cima.

4. Colocar a palma da mão do braço esquerdo sobre o cotovelo do braço


direito, empurrando-o para baixo, por trás do pescoço. Repetir o movimento,
invertendo as posições dos braços.

5. Esticar os dois braços para trás, deixando-os retos e empurrando o corpo


para frente.

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6. Segurar o pulso e inclinar o corpo para o lado esquerdo lentamente. Repetir
o movimento para o lado direito.

7. Apoiar os braços e cotovelos em uma superfície de apoio fixa (parede) e


com uma das pernas encostada nesta superfície, empurrar como se quisesse
movimentá-la. Repetir o movimento, invertendo as posições das pernas.

8. Afastar as pernas uma da outra, com os braços esticados e sem flexionar


as pernas, inclinar o corpo para frente tentando encostar as palmas das mãos no
chão.

XIV - CONCLUSÃO FINAL

Baseado nestes parâmetros, definições, as inúmeras situações e exemplos


retratados das atividades laborais vivenciadas na empresa em epígrafe, além dos
conceitos gerais sobre os parâmetros intrínsecos que interferem na ambientação
e procedimentos de cada função, reafirmamos que a empresa deve se esforçar
para promover as mudanças e as melhorias sugeridas a fim de proporcionar
regularidade aos ambientes.

Sob os critérios de Riscos Ergonômicos concluímos que a minoria das


funções desempenhadas na empresa carecem de ajustes de conteúdo, mobiliário,
adequação de postura, métodos , ritmos, com introdução de pausas : Rodízios,
Ginástica Laboral (únicos fatores eficazes para prevenção contra a LER/DORT) ,
etc. Em nenhum momento houve queixa de dores pelos Colaboradores
entrevistados.

E este trabalho procurou a resumir uma gama de procedimentos e medidas


para a minimização, neutralização ou a erradicação de situações que causam
desconforto, seqüelas fisiológicas, fadiga, improdutividade, e o surgimento de
doenças ocupacionais.

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Sintetizando nossas considerações, reafirmamos que para todas as
atividades que foram observadas, na suas características funcionais dos
cargos, podemos resumidamente, concluir que as funções e atividades
exercidas na empresa TRANS MARCH TRANSPORTES LTDA - EPP merecem
investimentos quantos aos aspectos ergonômicos, e solicitamos da
empresa, uma atenção especial dos prepostos no sentido de introduzir
melhorias, treinamento e orientação técnica especifica de ergonomia.

São Paulo, Agosto de 2011.

____________________________
Edilson Albuquerque de Morais Pinho
Técnico de Seg. do Trabalho
MTE N° SP/018129.3

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