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Exercícios
1. Módulo Inicial
2. A atividade económica e a Ciência Económica I
3. A atividade económica e a Ciência Económica II
4. Necessidades e consumo I
5. Necessidades e consumo II
6. A produção de bens e de serviços I
7. A produção de bens e de serviços II
8. A produção de bens e de serviços III
9. Comércio e moeda I
10. Comércio e moeda II
11. Preços e mercados
12. Rendimentos e repartição dos rendimentos
13. Poupança e investimento I
14. Poupança e Investimento II
Taxa de variação: podem ser apresentadas sob a forma de uma percentagem ou de um coeficiente.
Nota: é fundamental na Economia o estudo da população porque o conhecimento do número de habitantes do pais, a sua distribuição no espaço, a
sua composição por sexo e idades é indispensável:
Para as decisões relacionadas com a capacidade de produção das diferentes unidades de produção
Para o abastecimento dos diversos mercados consumidores .
Taxa de crescimento natural (TCN): dá-nos o número de pessoa a mais ou a menos por cada 1000 habitantes em
determinado lugar e num dado período.
Crescimento efetivo da população: é o número de pessoa que há a mais ou menos, em média, por mil indivíduos
residentes num determinado país.
Para calcular a taxa de crescimento efetivo temos de introduzir as decolações da população, ou seja, os movimentos
migratórios. Que pode ocorrer de duas formas:
Migrações internas (no interior do país): a população desloca se de uma zona para outra zona no mesmo país
(interior para litoral). E não têm qualquer efeito sobre o crescimento da população do país.
Migrações externas (de um país para outro): estas deslocações da população entre país fazem com que a
população residente do cada momento seja inferior ou superior à população nacional.
Emigração: corresponde à saída de população do nosso país para o Resto do Mundo
Imigração: corresponde à entrada da população proveniente do Resto do Mundo no nosso país.
SN Saldo Natural( natalidade- mortalidade)
SM Saldo Migratório( imigração- emigração
Nota: valores relativos (%) são utilizados em aspetos como as taxas de natalidade e de mortalidade da população, a taxa de atividade
da população, a taxa de desemprego, etc.
Mortalidade e Natalidade
Mortalidade: representa o número total de óbitos ocorridos num determinado período de tempo para uma população.
A taxa de mortalidade: permite-nos conhecer o número médio de óbitos por mil habitantes num determinado período
de tempo para dado país ou região.
A taxa de mortalidade infantil: é o número de óbitos com menos de um ano de idade por mil nados-vivos num
determinado lugar e período de tempo. (utilizado na medição do IDH do país)
Natalidade: representa o número total de nascimento ocorrido num determinado período de tempo para uma
população.
A taxa de natalidade: é o número de nados-vivos por cada mil habitantes num determinado lugar e referente a um
período de tempo para dado país ou região.
População ativa
São todos os indivíduos que exercem ou podem exercer uma atividade remunerada. As donas de casa, os estudantes ou
os reformados não fazem parte da população ativa.
Atividade económica é o conjunto das atividades desenvolvidas pelo Homem, como a produção, consumo e a
distribuição.
Importações/ Exportações
Exportações de mercadorias representam as vendas efetuadas ao exterior, por um país, bens do curso de fabrico e de
matérias-primas e subsidiarias.
Importações de mercadorias traduzem o movimento contrário, as comprar efetuadas ao exterior, por um país, de
mercadorias.
Estrutura da população
É a expressão utilizada para caracterizarmos a população residente num país, ou mesmo numa região, por idades e por
sexo.
É realizada através da construção de pirâmides etárias.
A realidade social é um todo que não é possível compartimentar, é apenas uma, é única.
Dada a complexidade da realidade social, esta tem de ser abordada por uma multiplicidade de ciências- as ciências
sociais- estudando cada uma apenas um aspeto do todo que é a realidade social.
As ciências são independentes e complementares, todas são necessárias à compreensão da realidade social.
Torna-se necessário realizar escolhas e fazer opções de como utilizar os recursos escassos, para satisfazer as
necessidades humanas, que são múltiplas e ilimitadas.
A escolha é o problema central da economia, mas para que ela exista são necessários alguns fatores:
A existência de alternativas, pois se não há alternativas, a escolha é impossível e feita de forma forçada.
Liberdade de escolha, isto é, que seja possível, humana e fisicamente, fazer opção.
Situação de escassez, sem escassez não há problema económico.
A atividade económica é o conjunto de procedimentos ou atuações tendo por finalidade a obtenção de bens e serviços
necessários à satisfação das necessidades dos indivíduos.
Para assegurar a sua sobrevivência, o Homem atua sobre a natureza transformando-a e extraindo dela aquilo que
necessita, esse ato designa-se por produção que é contínua.
De facto, a finalidade última da produção é a satisfação das necessidades dos indivíduos, ou seja, o consumo.
Mas é necessário que os bens produzidos cheguem junto das pessoas e que estejam disponíveis de forma acessível. Esta
atividade, de transporte e comércio, designa-nos por distribuição.
A venda de produção tem como resultado a criação de receitas ou rendimentos que terão de ser repartidos por todos
aqueles que intervieram no processo produtivo. Trata-se então da Repartição dos Rendimentos.
Aos trabalhadores cabem os salários.
Aos proprietários das empresas cabem os lucros.
Aos proprietários dos imóveis cabem as rendas.
Aos indivíduos que emprestaram dinheiro cabem os juros.
Notas: cabendo ainda uma parte ao Estado, sob a forma de impostos.
Mas nem sempre todo o rendimento é gasto do consumo, podendo uma parte ser destinado à poupança.
Apesar da diversidade de funções que podemos encontrar, é possível distinguir quatros tipos de agentes económicos,
atendendo à função principal que desempenham. Assim, é habitual referirmos:
o As Famílias, cuja principal função é consumirem;
o As Empresas, cuja função é a produção de bens e serviços;
o O Estado, sendo a sua principal função a satisfação das necessidades coletividade;
o O Resto do Mundo, que engloba o conjunto de operações económicas entre os residentes de um país e os
restantes noutro país.
Todavia, quando observamos o comportamento dos agentes económicos, podemos faze-lo de acordo com duas
perspetivas:
Microeconómica, que estuda o comportamento dos agentes económicos como unidades individuais, micro
sujeitos, e as suas interações no mercado.
Macroeconómica, que estuda o comportamento dos agentes económicos do grandes agregados, macro
sujeitos, tipificando o seu comportamento como grandes unidades.
Necessidade
A existência de necessidades é um fator comum a todos nós. No entanto, estas variam de pessoa para pessoa, quer seja
pela intensidade com que a necessidade se apresenta, quer mesmo, em certos casos, pela existência de determinada
necessidade.
Custo
Não económicas: se não temos de despender moeda ou trabalho para as satisfazer. Ex: apanhar sol.
Económicas: se temos de dispensar moeda ou trabalho para as satisfazer.
Vida em coletividade:
Coletivas: as que derivam do facto do homem viver do grupo, atingindo todos os elementos da
comunidade.
Individuais: as que dizem respeito a cada um de nos, em função das características de cada pessoa.
Consumo
O consumo é também um ato económico, pois é através dele que satisfazemos as necessidades. E também é um ato
social, pois constitui um indicador do nível bem-estar de uma população.
Nota: ao nível mundial, o acesso ao consumo é muito desigual de algumas partes do mundo vive-se na abundância, enquanto
noutras se vive na miséria.
Tipos de consumo:
Para conhecer a estrutura de consumo de uma população ou de uma família, calculam-se os coeficientes orçamentais.
Bens inferiores: aqueles cujo consumo diminui com o aumento do rendimento. Exemplo: pão, margarina, óleo, batata.
Bens superiores: os bens para as quais um aumento do rendimento determina um aumento mais do que proporcional
do consumo. Exemplo: lazer e saúde.
Bens normais: aqueles cujo consumo aumenta quando o rendimento aumenta.
Efeito substituição: resulta da deslocação do consumo de um bem para o outro que lhe seja substituível, em
virtude do aumento do seu preço.
Efeito rendimento: resulta do aumento do preço de um bem, que, atuando como uma caixa do poder de compra
do consumidor, provoca uma redução do consumo de todos os outros bens.
Efeito de demonstração ou Veblen: consta que alguns consumidores, pretendendo exteriorizar o seu poder de
compra, aumentando o consumo de um bem quando o seu preço subia.
A inovação tecnológica
A inovação tecnológica ao lançar no mercado novos produtos/ serviços faz surgir novas necessidades.
As novas necessidades traduzem-se em novos consumos
A moda e a publicidade
A sociedade atual os bens tem um ciclo de vida cada vez mais curto.
São lançados no mercado novos produtos e produtos renovados.
Através da publicidade os consumidores são estimulados a adquirir esses bens, como o objetivo de acompanhar a moda
ou de seguir as tendências.
A tradição
O consumo é influenciado pela tradição e pelos hábitos culturais.
Essas tradições podem incidir sobre o consumo dos mais diversos bens.
Modos de vida
O consumo reflete determinados estilo de vida, podendo constituir uma forma de expressão do estatuto social a que se
pertence.
A sociedade de consumo
A expressão sociedade de consumo simboliza o caracter essencial e omnipresente do consumo nas nossas vidas.
Neste tipo de sociedade, o consumo tornou-se a finalidade última da vida do ser humano, valorizando-se as pessoas
pelo ter e não pelo ser.
Nota: para evitar situações de consumo indiscriminado ou no limite, de consumo compulsivo, é necessário seguir algumas regras de
educação de consumidor nomeadamente:
A realização de uma lista de compras;
A realização de um orçamento familiar;
Fazer um registo diário de todas as despesas;
Ponderar bem sobre todas as compras que se fazem;
Refletir antes da utilização de cartão de crédito.
Nota: o consumerismo é um movimento que procura também formar consumidores mais conscientes,
mais racionais, mais informados e mais capazes de intervir numa sociedade de consumo.
Bem
A duração:
o Bens duradores: quando o uso dos bens se prolonga para um período de tempo considerável. (carros,
casaco)
o Bens não duradores: quando uso dos bens implica de sua destruição imediata (comida, bebida)
Nota: fatores de produção são os componentes utilizados na produção de bens e na prestação de serviços, os fatores de produção.
Setor primário: agrupa as atividades relacionadas com o aproveitamento dos recursos naturais. (pesca,
agricultura)
Setor secundário: agrupa os industriais transformadoras ligeiras e pesadas.
Setor terciário: inclui todas as atividades prestadoras de serviços comercializados ou não comercializados.
(bancos, comercio)
Setor quarternário: esta ligada a informática e internet
Fatores de Produção
Conjunto de elementos necessários para produzir bens e serviços.
O trabalho compreende todo o esforço humano, físico e intelectual despendido no processo produtivo.
População inativa: todos os indivíduos sem capacidade para o exercício de uma atividade renumerada.
Crianças
Reformados e pensionistas
Indivíduos que trabalham mas não recebem- donas de casa, voluntariado.
Terciarização
A tendência atual é pra o setor terciário representar dois terços da capacidade de emprego e de produção nos países
desenvolvidos. Tais mudanças resultam:
Do incremento das subcontratações de serviço nas indústrias devido à necessidade de organizar os processos de
produção.
Do incremento dos serviços relacionados com a comercialização dos bens: que obrigam ao desenvolvimento de
funções como planear, conhecer e antecipar as reações dos consumidores aos novos bens ou de fidelizar os
clientes.
Do incremento da subcontratrações de serviços
Do incremento dos serviços de trabalhos domésticos.
O capital
Capital Riqueza
Existe quatro tipos de capital:
O capital financeiro
O capital técnico
O capital natural
O capital humano
Capital financeiro:
As empresas dispõem de recursos financeiros como a moeda, os depósitos, os juros, as ações, os empréstimos para
desenvolverem a sua atividade, a aquisição de matérias-primas e o pagamento a fornecedores.
Capital técnico:
O conforto de bens de produção, as matérias-primas, as máquinas, as ferramentas e os edifícios utilizados no
processo produtivo.
Capital natural:
Representa o conjunto de recursos naturais existentes na sociedade e utilizados nos diversos processos produtivos com
a finalidade de proporcionar a satisfação das necessidades.
Capital humano:
É o conjunto das capacidades produtivas do individuo. O capital humano inclui os conhecimentos, a experiência e o
saber fazer adquiridos ao longo dos tempos pelo trabalhador.
O investimento em capital humano: corresponde à aplicação de recurso que contribuam para a melhoria dos sistemas
de ensino e de qualificação profissional, bases indispensáveis à melhoria da qualificação do trabalho.
F= f (L, K, T)
F= nível de produção (quantidade produzida de um bem)
L= quantidade de trabalho utilizado no processo produtivo.
K= quantidade de capital utilizado no processo produtivo.
T= quantidade de recurso materiais utilizados no processo produtivo.
Produtividade
Produtividade média
A produtividade total dá-nos a conhecer, para cada combinação dos fatores de produção, os resultados médios da
produção, ou seja, mede a eficácia de cada combinação dos fatores de produção.
Produtividade marginal
Lei dos rendimentos decrescentes
Custos de produção
As empresas, ao produzirem bens ou prestarem serviços, incorrem em custos correspondentes ao pagamento dos
salários, da energia elétrica, etc. estes encargos constituem os custos totais das empresas e podem ser agrupados em:
Custos fixos: representam todos os encargos como os recursos que as empresas não podem alterar no curto
prazo.
Custos variáveis: são os encargos que as empresas podem alterar no curto prazo e que dependem na
quantidade produzida.
CT= CF+CV
CT= custos fixos
CF=custos fixos
CV=custos variáveis
Nota: - quando a quantidade produzida é reduzida, aumento na produção proporciona a redução do custo médio.
- a partir de determinada quantidade o aumento na produção provoca o agravamento do custo médio devido à saturação.
- o número ótimo d unidade a produzir corresponde ao ponto de inversão no comportamento do custo médio total.
As economias de escala estão associadas a um único ou a um conjunto dos seguintes progressos técnicos que
proporcionam a redução dos custos médios de produção:
A especialização e a divisão do trabalho;
A utilização da automação e de tecnologia mais avançada;
A utilização de processos normalizados;
A produção em serie;
A maior capacidade de negociar os preços de venda do bem;
A maior capacidade de negociar os financiamentos da empresa.
O aparecimento das deseconomias de escala está associado a vários fatores como:
Para que os bens produzidos cheguem junto dos consumidores é necessário a intervenção de um conjunto de atividades
que designamos por distribuição.
Na quantidade desejada
Comércio:
o Grossista: que contata diretamente o produtor e reúne, por vezes, produção que se encontram
dispersas.
o Retalhista: que adquire os produtos junto do grossista, oferecendo-os ao consumidor nos locais e
quantidades de que lhes necessitam.
Logística:
o Armazenagem
o Transporte
Circuitos de distribuição
O comércio independente;
O comércio integrado;
O comércio associado.
Comércio independente
Empresas familiares;
Um ponto de venda;
Comércio integrado
Os armazéns populares: constituem uma versão menos sofisticada dos grandes armazéns, já que se dirigem a
clientes com menor poder de compra ou que pretendem gastar menos. (Minipreço)
As grandes superfícies generalistas: são lojas de grande dimensão, oferecendo uma grande variedade e
diversidade de bens, sobretudo alimentares e de higiene. (continente)
As grandes superfícies especializadas: são lojas de grande dimensão, tal como as anteriores, mas dirigidas para
uma mesma gama de produtos, bastante especializada. (IKEA)
O franchising: reunindo empresas que, embora se mantenham jurídica e financeiramente independente uma
das outras, estão ligadas por contrato à empresa -mãe- o franqueador- aplicando políticas de gestão comuns.
(McDonald’s)
Comércio associado
Métodos de venda
Venda a distância: é uma técnica de venda em que os produtos são apresentados aos consumidores através de
vários meios de comunicação, como a televisão ou por catálogo.
Venda automática (vending): este tipo de venda utiliza equipamentos automáticos instalados em locais públicos
e de grande circulação, como estacão de comboio, metro, hospitais ou fabricas.
Venda direta ou ao domicílio: exige contato direto entre o vendedor ao consumidor, no entanto, este contato
não é feito no ponto de venda, mas na casa do cliente ou no emprego sendo por esta razão é também
habitualmente designado por venda porta-a-porta.
Cibervenda (venda através da internet) : esta modalidade corresponde à forma mais recente de venda e que tem
vindo a crescer nos últimos tempos, facilitada pelo aumento do uso do computador, consistindo na
venda/aquisição de bens ou serviços através da internet.
Moeda
Funções da moeda
Unidade de conta ou medida de valor: a moeda expressa o valor dos bens e serviços
Meio de pagamento: amoeda é aceite por todos, permitindo adquirir os bens e serviços.
Reserva de valor: é possível guardar moeda com vista adquirir bens e serviços no futuro.
Evolução da moeda
Inicialmente, as trocas eram feitas de forma direta, sem a intervenção de qualquer intermediário: Troca direta.
Bem→Bem
Inconvenientes da troca direta:
Inconvenientes:
Assim generalizar-se o uso de moeda metálica (ouro e prata), ultrapassando os inconvenientes apresentados pela
moeda mercadoria.
Tipos de moeda
Moeda mercadoria
Moeda metálica
Moeda papel
Papel moeda
Moeda escritural
O Euro
O euro entrou definitivamente em circulação no dia 1 de janeiro de 2002, retirando as moedas nacionais de 12 países.
Eslovénia entrou no euro em 2007.
Para fazer parte da zona euro os países tiveram de cumprir os critérios de convergência nominais ou Mastricht.
Estabilidade do preço
Durabilidade de convergência
o Reduz os custos nas deslocações a países da zona euro, pois foram eliminadas as comissões e as taxas de
câmbio;
o Ao criar uma economia mais estável e não inflacionista, garantirá uma maior estabilidade do poder de
compra dos europeus.
o O euro, sendo uma moeda estável, permite taxas de juras mais baixas e o recurso mais barato ao
crédito;
o A redução dos riscos cambiais e os custos das operações financeiras tende fazer baixar os preços;
o O euro permite diminuir os riscos de negócios com empresas fora da união europeia, pois é uma moeda
com visibilidade internacional;
o É mais fácil a comparação dos resultados obtidos pelas empresas da zona euro, pois é feita na mesma
moeda;
o O euro torna a economia de cada país da zona euro mais estável, facilitando o crescimento económico;
o O euro reforça o peso político e económico da Europa, face aos seus parceiros internacionais;
o O euro aprofunda o processo de integração europeu criando um espaço económico mais coesa.
Nota: o valor de uso é uma avaliação subjetiva que direta ou indiretamente, a posse e a utilização de um bem proporciona, num
determinado momento e contexto social.
Nota: o valor de troca compara um bem em termo de outro ou de outros bens que podem ser adquiridos.
Segundo os modernos economistas a formação de preço de um bem (pricing) é o processo no qual intervém um
conjunto de fatores simultaneamente, dos quais se destacam:
Os custos de produção envolvidos na produção do bem, quer sejam os custos fixos quer os custos variáveis;
O custo de fator trabalho, que consequentemente se reflete nos custos de produção do bem;
A imagem de marca do bem, pois a empresa poderá pretender afirmar-se no mercado através de uma
estratégica de preços mais elevados, de forma a criar uma imagem de prestígio.
A intervenção do Estado, nomeadamente através da aplicação de impostos indiretos, fazendo aumentar o preço
do bem ou através da concessão de subsídios, o que provoca uma redução do seu preço.
A Inflação
Tipos de inflação
Moderada: quando os preços sabem lentamente, apresentado taxas anuais de um só dígito (inferior a 10%)
Galopante: quando os preços começam a subir de forma mais acelerada, a taxa de dois ou três dígitos. Uma taxa
de 11% e de 300%
Hiperinflação: quando os preços sobem descontroladamente, atingido valores muitos elevados, da ordem dos
quatros ou mais dígitos.
Inflação: corresponde a uma subida da generalizada e sustentada do preço dos bens e serviços.
Deflação: que se traduz pela queda generalizada dos preços para níveis inferiores aos que vinham a ser
praticados.
Reflação: é a situação de retoma dos preços após um período de deflação. Os preços sobem, bem como o
consumo e o investimento, voltando a atividade económica ao seu nível anterior.
Desinflação: traduz-se numa desaceleração do ritmo de crescimento dos preços. É uma situação em que,
embora verificando-se inflação, a sua taxa de crescimento é gradualmente menor.
Estagflação: corresponde ao período em que se verifica simultaneamente uma elevada taxa de inflação a par de
uma elevada taxa de desemprego.
Para se medir a evolução dos preços no tempo, é habitual utilizar-se o índice de preços.
Para melhor se comparar a evolução dos preços nos diferentes países na União Europeia, tem-se vindo a uniformizar a
fórmula de cálculo do IPC, de forma a torna-lo numa base comparável.
Designa-se este índice por IHPC, Índice Harmonizado de Preço no Consumidor. (medicamentos não comparticipados,
seguros ligados à habitação e serviços de educação integralmente suportados pelos consumidores)
Taxa de inflação média anual, que expressa a média de variação dos preços dos bens considerados no “cabaz” ao longo
do ano (últimos dozes meses).
Taxa de inflação homóloga, que compara a variação do preço do “cabaz” num determinado mês, relativamente ao preço
do “cabaz” no mesmo mês do ano anterior.
Mercado
Nota: é através do mecanismo do mercado que os produtos adaptam os níveis de produção às necessidades da sociedade. E é no
mercado que a oferta enfrenta a procura com objetivo de definir o preço e estabelecer a quantidade a transacionar do bem.
O mecanismo de mercado exemplifica o funcionamento do mercado de concorrência perfeita.
A procura individual
A quantidade procurada designa as unidades dos bens e dos serviços que os compradores desejam adquirir num
determinado momento.
Rendimento
Preferências do consumidor
A curva da procura traduz a relação existente entre nos preços e as quantidades procuradas de um bem, serviço ou
capital.
A procura agregada representa a soma das quantidades procuradas individualmente para cada nível de preços. A
procura de mercado corresponde à soma das procuras individuais.
Nota: uma deslocação da curva da procura ocorre sempre que um dos fatores determinantes da procura regista uma alteração, com
exceção do preço do próprio bem.
A oferta individual
Tecnologia
Preço do bem
Curva da oferta representa a relação existente entre a quantidade oferecida e o preço do próprio bem, mantendo
constante todos os outros fatores.
A oferta agregada representa a soma das quantidades oferecidas individualmente para cada nível de preços.
Nota: uma deslocação da curva de oferta ocorre sempre que qualquer dos fatores determinantes da quantidade
oferecida sofra alteração, isto é, sempre que os custos de produção, a tecnologia e os preços dos outros bens registem
alterações.
Preço de equilíbrio
Ao preço de equilíbrio (E), toda a procura é satisfeita, não ficando nenhuma unidade oferecida por vender, o mercado
encontra-se em equilíbrio.
Quando, para um determinado nível de preços, a quantidade procurada pelos compradores é diferente da quantidade
oferecida pelos vendedores, diz-se que há um excesso, podendo este ser de dois tipos:
Excesso de procura
Excesso de oferta
Estrutura dos mercados
Os monopólios sobrevivem, apesar de lucros elevados que podem obter e que podiam funcionar como estímulo à
entrada de novos concorrentes. Os monopólios existem há barreiras que impedem a entrada no mercado.
A dimensão do mercado consumidor, que não comporta mais do que uma empresa produtora. Este tipo de monopólio é
designado por monopólio natural.
A intervenção do Estado, este pode, por via legislativa, impedir a entrada de novos concorrentes no mercado. Este tipo
de monopólio é designado por monopólio legal.
Necessidade de elevados investimentos iniciais. A produção de bens resulta de processos de investigação complexas e
por vezes longos tipo de monopólio é designado por monopólio tecnológico.
Poder de mercado no monopolista: é uma expressão utilizada para representar a capacidade do monopolista estipular o
preço de venda do bem ou da prestação de serviço. Este poder é quase absoluto.
Oligopólio: poucas empresas produtoras e/ou vendedores do bem e muitos compradores de um bem diferenciado ou
homogéneo.
Nota: para evitar a concorrência desenfreada entre 2 empresas, os oligopolistas decidem estabelecer acordo entre si, desta forma
reduzem a concorrência.
Fusões e aquisições
As fusões podem contribuir de 2 formas:
Criação do poder de mercado (alteram a estrutura de mercado, passamos para mercados como o oligopólio e,
em casos extremos, o monopólio. O que na prática pode significar preços mais elevados e, consequentemente, a
venda de quantidades reduzidas).
Reforço do poder de mercado (reduz o numero de concorrentes no mercado. Ora, quanto menor o numero
destes, maior a viabilidade de pratica de conclui).
É na atividade produtiva que se geram os rendimentos que irão ser repartidos por todos os que intervieram nesse
processo. Há 2 tipos de rendimentos:
Rendimento primário: é o rendimento que não repartidos por os intervenientes que estão ligados diretamente
ao ato produtivo.
Rendimento secundário: designa as transferências que o estado efetua pra os agentes económicos como e o
caso dos subsídios.
Ora, cada um destes intervenientes deverá ser remunerado cabendo-lhe uma parte do rendimento gerado.
Fator trabalho
Fator Capital:
Renda: é a parte do rendimento recebida pelos proprietários de imóveis.
Lucros: é a parte do rendimento que cabe ao empresário
Renumeração pela iniciativa, pela inovação e pelo risco que o empresário assumiu no processo produtivo.
Juros: é a parte da renda que cabe ao proprietário de capitais monetários)
Fatores dependentes: J= t.j x t x m.c
o Taxa de juro fixada
o O tempo de duração do empresário
o O montante do capital emprestado.
Os juros podem ser:
o Ativa (a que o banco recebe por conceder empréstimos)
o Passiva (a que o banco paga aos depositantes)
o
Curva de Lorenz
A curva de Lorenz relaciona:
A percentagem da população de um país
Ordenada por ordem crescente dos seus rendimentos, a percentagens do Rendimento Nacional que em
população recebe.
Nota: quanto mais afastada a curva estiver da reta equidistribuição maior e a desigualdade verificada na repartição do Rendimento.
A parcela do rendimento que, em média, cada habitante receberia se houvesse uma repartição equitativa;
Uma média.
Nota: é utilizado para efetuar comparações internacionais ou entre regiões de um mesmo país. A sua utilização apresenta algumas
limitações, pois sendo uma média, esconde ou esbate as desigualdades.
Repartição pessoal dos rendimentos
Desigualdades salariais
Leque salarial
Atua em 2 formas:
Verticalmente: reduzindo as desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos, através dos
impostos diretos
Horizontalmente: ao efetuar transferências para as famílias mais carenciadas, através, de subsídios.
Objetivos:
Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos rendimentos:
Cobrir coletivamente os riscos individuais
Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços sociais.
Políticas de redistribuição:
De preço: que consiste, por um lado, na aplicação de impostos indiretos sobre o consumo de bens ou serviços
consumidos sobretudo pelas classes de rendimentos mais elevados e, por outro lado, na atribuição de subsídios
aos bens ou serviços de primeira necessidade, de forma a torna-los mais acessíveis à população em menores
recursos, caso da saúde ou da educação.
Social: através da criação de sistemas de segurança social, o Estado garante a proteção dos cidadãos em
situações de invalidez, desemprego ou velhice.
Fiscal: que consiste na aplicação de impostos diretamente sobre os rendimentos das pessoas ou de impostos
indiretos que incidem sobre os bens e serviços
Poupança
Destino na poupança:
Entesourado: o aforrador guarda a poupança, não há qualquer renumeração;
Depositada: o aforrador constitui um depósito junto de uma instituição bancaria, à poupança é renumerada
através de juros.
Investido: o aforrador aplica a poupança na aquisição de bens de produção, neste caso a renumeração é variável
consoante o desempenho da empresa e designa-se por lucro.
Investimento
Funções do investimento:
Investimento de substituição: destinado à aquisição de equipamentos para repor os que ficam obsoletos,
garante a continuidade do processo produtivo.
Coloca no mercado novos bens e/ou bens de melhor qualidade. Estas mudanças por vezes, são acompanhadas,
a médio prazo, do embaratecimento dos bens e da generalização do seu consumo.
Provocando:
A dinamização de atividades relacionadas com a produção dos novos bens e/ou dos bens com maior qualidade
(ao criar emprego, aumentar a riqueza criada no país acentuado o crescimento económico).
A retração das atividades com o desaparecimento de outros bens que caíram em desuso (ao aumentar o
desemprego, extinguindo certas profissões e ao contribuir para reduzir a criação de riqueza).
Há 2 tipos de financiamento:
Financiamento interno: utilização do próprio recurso e representa a aplicação da poupança realizada pelo
próprio agente económico na formação de capital – autofinanciamento.
Financiamento externo: corresponde ao investimento a partir de fundos alheios e pode assumir diferentes
modalidades: recurso ao crédito e ao aumento do capital.
o Financiamento direto: quando os recursos são obtidos através do mercado primário de títulos.
Funcionamento e Financiamento
Operações ativas (Taxa de juro ativa): cedência de recursos por parte dos bancos aos restantes agentes
económicos.
Operações passivas (Taxa de juro passiva): bancos recebem as poupanças das famílias, das empresas e do
estado.
Aplicação
o Crédito à produção: é quando as empresas contraem créditos para manter, ampliar ou modernizar a
capacidade de produção. (garante o financiamento e o funcionamento)
o Crédito ao consumo: é quando as famílias recorrem ao crédito para aquisição de bens de consumo.
Duração
Nota: O crédito disponibilizado pelas instituições bancárias tem por objetivo proporcionar o aumento imediato do consumo e de
proporcionar os recursos necessários ao investimento.
Criação de moeda
Instituições financeiras
Instituições financeiras monetárias: estas instituições podem receber depósitos e criar moeda através da
concessão de crédito.
Instituições financeiras não monetárias: estas instituições não podem receber depósitos, mas concedem crédito
financiado através da emissão de obrigações, de suprimentos e da contração de credito junto de outras
instituições de crédito.
Exemplos:
o As sociedade de locação financeira (leasing): são sociedades que colocam à disposição de outras
instituições bens móveis ou imóveis mediante o pagamento de uma importância.
Mercado de títulos
Ações
Obrigações
o mercado primário, constituído pelos títulos que iniciam a sua circulação e são representativos do
financiamento externo direto.
o mercado secundário, constituído pelos títulos após o momento da sua emissão. Em Portugal, este
mercado é constituído pela bolsa de Derivado do Porto.
As Bolsas de Valores
Investimento Público: é realizado pela administração pública e destina-se à criação de infraestruturas como estradas,
hospitais, etc.
Investimento Privado: é realizado pelas famílias e pelas empresas e tem como objetivo a compra de habitação, e de bens
de produção.
Investimento direto estrangeiro: representa a compra ou a construção de raiz de uma empresa num país, por parte de
um não residente, com objetivo de participar nas decisões da empresa.
Investimento em carteira: representa a aquisição de ativos financeiros sem o objetivo de desenvolver uma atividade
empresarial.
Atividade Económica
Produção;
Distribuição;
Agentes Económicos
Fluxos
Circuito Económico
é impossível representar todas as relações económicas que se estabelecem entre os diversos agentes
económicos.
o circuito económico, revela-se incapaz de traduzir o equilíbrio económico, sobretudo se o numero de fluxos
nele representado for muito elevado.
Através de um sistema de contas é possível constatar que:
o total de Recursos de um agente deve ser igual ao total dos Empregos desse mesmo agente.
Nota: a produção, a distribuição, a repartição dos rendimentos e a utilização dos rendimentos são funções interligadas. Pois são elas, que em
conjunto satisfazem as necessidades humanas.
O equilíbrio económico implica que se verifique a seguinte igualdade: Produto= Rendimento=Despesa
Contabilidade Nacional
As suas funções são:
descrever os principais agentes económicos;
verificar e validar a teoria económica;
classificar e medir de forma sistemática as transações comerciais;
definir politicas económicas e avaliar a sua eficácia;
estabelecer comparações entre diferentes economias.
Procura medir:
o rendimento total de todas as pessoas de uma economia;
a despesa total de uma economia na produção de bens e serviços.
Unidade institucional
Nota: SRRM é o saldo dos rendimentos com o resto do mundo = rendimentos dos fatores produtivos recebidos do resto do mundo - rendimentos
dos fatores produtivos pagos ao resto do mundo.
Produtos a Custo de Fatores / Produto a Preços de Mercado
A valorização diz-se a preços corrente quando tomam por referência os preços desse mesmo ano, mas, se essa
valorização for efetuada com base em preços de um outro ano, diz-se a preços constantes desse outro ano.
Deflator do PIB
Índice de Preços no consumidor (IPC), quantifica o preço médio dos bens e serviços comprados pelos consumidores.
Ótica do Produto
O produto é obtido da soma de todo o valor acrescentado da economia, quer de empresas produtoras
de bens finais quer de bens intermédios, analisando o valor do produto através da participação de cada ramo de
atividade.
Ótica do Rendimento
O produto é calculado como sendo o total do rendimento gerado pela produção de bens e serviços,
analisando o valor do produto através da repartição dos rendimentos resultantes da produção pelos diversos
intervenientes no processo produtivo.
Ótica da Despesa
O produto é determinado pela despesa necessária na compra de todos os bens finais e serviços
produzidos durante o período, dando relevo ao destino dado à produção global.
Ótica do Produto
Ótica do Rendimento
Nota: EBE = rendas, juros e lucros
Ótica da Despesa
Comércios internos: quando as transações são efetuadas entre agentes económicos residentes no mesmo país.
Comércio externo: é quando pretendemos aludir ao comércio entre um país específico e os restantes países.
Diferença entre comércio externo e comércio internacional
São várias as razões que justificam a especialização, todas elas conduzindo ao reconhecimento de que países
dispõem de diferentes capacidades de produção:
A internacionalização da economia abrange quartos grandes tipos de transações entre agentes económicos de países
diferentes:
movimentos de ativos financeiros que suportam os movimentos de bens, serviços e fatores de produção
(balança de pagamento);
Balança Corrente
o Balança de Mercadorias
o Balança de Serviços
o Balança de Rendimentos
Balança de Capital
Balança Financeira
Erros e Omissões
Balança Corrente
Balança de Mercadorias
- Taxa de Cobertura
Nota: a partir das estrutura sectorial é possível tirar conclusões quanto ao grau de desenvolvimento de um país. Assim, no caso dos países
desenvolvidos, as exportações respeitam a produtos de elevado valor acrescentados e as importações a produtos de reduzido valor acrescentado
com os países menos desenvolvidos, acontece precisamente o contrário.
Balança de Serviços
O sistema de taxas de câmbio fixas é aquele em que as autoridades monetárias de um país fixam a taxa à qual a sua
moeda será convertida noutras moedas.
O sistema de taxas de câmbio flutuantes (ou flexíveis) é aquele em que as taxas de câmbio são definidas através dos
mecanismos de mercado, sem a intervenção da autoridade monetária.
Valorização / Desvalorização
Nota: a desvalorização da moeda de um país significa que com a mesma quantidade de moeda desse pais passa a ser possível adquirir uma
quantidade menor de outras moedas. Por sua vez, uma valorização tem obviamente o efeito contrário.
Balança de Rendimento
Na Balança de Rendimentos são registado os movimentos de capitais relacionados com os pagamentos e recebimentos
de juros resultantes de empréstimos concedidos e obtidos e de lucros (dividendo) resultantes de capitais investidos.
Saldo da Balança Corrente é obtido através da soma algébrica dos saldos das balanças de mercadorias, de serviços,
de rendimento e de transferências correntes.
Balança de Capital
Na balança de capital incluem-se as transferências de capital e a aquisição e cedência de ativos não produzidos não
financeiros. Esta rubrica abrange:
- a compra e venda de ativos intangíveis (patentes, licenças, copy - rights, marcas, franchises)
- as transações sobre ativos tangíveis (aquisição de terrenos por embaixadas).
Balança Financeira
Protecionismo
Barreiras não tarifárias: conjunto de restrições de importações que não passam pela incidência
de taxas ou impostos. Destaca-se:
- Subsídios à exportação: o objetivo não é desincentivar as importações, mas sim encorajar a venda de produtos
nacionais a países terceiros.
- Dumping: é uma prática que consiste na venda dos produtos nacionais a países terceiros a preços inferiores aos
praticados internamente.
- Desvalorização da moeda
Livre - Cambismo
A criação de comércio:
Surge pela abolição de tarifas aduaneiras em espaços comunitários como a UE. Desta forma, substituem-se
bens com preços mais elevados pelo novo comércio com preços mais baixos.
O desvio do comércio:
Acontece quando, pelo facto de se abolirem as fronteiras, há uma reorientação do comércio devido à
substituição dos bens com preços mais elevados.
- Funções legislativa: tem por objetivo legislar de acordo com as políticas delineadas.
- Funções executivas ou administrativa: tem por objetivo a execução das leis e satisfação de necessidades da
coletividade.
- Funções judicial ou jurisdicional: carateriza-se pela resolução de casos concretos através da aplicação da lei e da
penalização daqueles que a violam.
O Presidente da Republica
A Assembleia da Republica
O Governo
Os Tribunais.
- Funções políticas: incluem-se aquelas que pretendem satisfazer os interesses da comunidade como um todo,
tais como, a justiça, a defesa, a segurança, a educação, entre outros.
- Funções sociais: reduzir as desigualdades sociais, adotando medidas adequadas, como a atribuição de um
subsidio aqueles que são vitimas do desemprego, a fixação de um salário mínimo, entre outras.
- Funções económicas: preocupa-se com o desenvolvimento económico, que se concretiza, por exemplo, com o
incentivo à investigação científica, com o desenvolvimento da educação pública, da saúde pública e das
infraestruturas, como o saneamento básico e a construção de vias de comunicação, que possibilitem a
circulação de pessoas e bens.
Sector Público
- Administração central
- Segurança Social
- Administração Territorial ou Local
- Empresas públicas
- Empresas mistas
- Empresas intervencionadas
Estado Liberal
Estado intervencionista
Eficiência: utilização dos recursos devera procurar a máxima satisfação com o mínimo de custo.
Bens públicos
Exemplo: farol, defesa nacional
Função de planeamento
Plano
à intervenção direta: satisfazendo necessidades da coletividade através da produção de bens e serviços para tal.
a políticas económicas: política orçamental, política monetária, empresas públicas, regulamentações.
Nota:
Funções do Orçamento:
Funções económicas:
- racionalidade económica
- eficácia, como quadro de elaboração de políticas financeiras
Funções políticas
- garantia dos direitos fundamentais
- garantia de equilíbrio e separação dos poderes
Funções jurídicas
- limitação jurídicas da Administração, diversa e mais forte que a do Direito Administrativo.
anualidade
plenitude
discriminação orçamental
publicidade
equilíbrio
Despesa pública
Despesas de capital: são utilizadas durante um ano, mas os seus efeitos continuam a fazer-se sentir nos anos
seguintes.
Exemplo: investimentos, aquisição de equipamentos, etc.
Receitas públicas
Tributárias: constituem o grosso das receitas correntes e a parcela mais importante do total.
Ex: impostos diretos e indiretos, taxas expressamente qualificadas no Orçamento, etc.
As receitas tributárias são as maiores contribuintes para o total das receitas públicas.
- Taxas
- Impostos
Taxa
Imposto
- características do imposto
- é uma obrigação legal
- é uma obrigação definitiva
- é uma receita com função não sancionatória nem compensatória
- é uma receita unilateral
-
Tipos de impostos:
Dívida Pública
dívida pública flutuante( ou a curto prazo): corresponde às obrigações que podem ser liquidadas dentro do
mesmo período orçamental (ou no período seguinte, mas dentro do prazo de um ano);
dívida pública fundada (ou a longo prazo): corresponde às obrigações assumidas num determinado período
orçamental e que devem ser liquidadas em período posterior, superior a um ano.
Políticas especificas: política fiscal, política orçamental, política monetária, política de preços, política de
combate ao desemprego, política de redistribuição dos rendimentos, política do ambiente.
estruturais (de longo prazo): se o objetivo for a modificação das estruturas de base do funcionamento da
economia;
conjunturais (de curto prazo): se o objetivo é fazer correções pontuais aos objetivos delineados.
Política fiscal
É um programa relativo à aquisição de bens e serviços e despesas com transferências e ao montante e
tipologia das taxas de impostos.
Há 2 tipos de política fiscais: Política fiscal Expansionista e a Política fiscal Retracionista
Política orçamental
Consiste num conjunto de decisões sobre as receitas e despesas públicas com o intuito de alcançar objetivos
específicos (controlo da inflação, redistribuição dos rendimentos, combate ao desemprego, entre outras).
- eficiência na utilização dos recursos (ou seja, o preço dos bens e serviços vendidos no mercado deve ser
encontrado pela avaliação social dos respetivos benefícios)
- crescimento económico (o crescimento económico permite um aumento do nível de vida dos indivíduos e das
comunidades)
Política monetária
Visa o controlo da oferta de moeda, das taxas de juro e das condições de crédito.
Objetivos:
objetivos de câmbio
Instrumentos:
enquadramento do crédito
Política de preços
Visa combater a inflação e originar uma maior justiça social através do controlo dos bens essenciais.
Consequências desta política:
congelamento dos preços
Política agrícola: visa aumentar a produtividade da agricultura, mas, acima de tudo, visa o apoio aos preços e
aos rendimentos dos agricultores.
Politica industrial: visa agir sobre o sector secundário da economia, para melhorar a competitividade.
Políticas do ambiente
Exigem políticas especificas que podem ser passadas à prática através de duas formas:
- poder legislativo: criando leis proibitivas de certas atividades poluentes, impondo quotas de poluição ou ainda
exigindo a utilização de processos antipoluentes;
- meios económicos: taxas, subsídios ao uso de "tecnologias limpas", isto é, não poluidoras
Integração económica
É um tipo de integração muito simples, utilizado nomeadamente pelos países Commonwealth e que
visa o estimular de vantagens aduaneiras mútuas aos intervenientes.
Consiste na livre circulação de mercadorias entre países pertencentes a essa organização, sendo suas
características a livre circulação apenas dos produtos originários dos países pertencentes à zona de comercio livre.
Cada país mantém a sua pauta aduaneira e o seu regime de comércio com outros países.
Exemplo: EFTA
União aduaneira
Comporta a livre circulação de todos os produtos que se encontrem no território dos membros, ou seja,
a livre circulação das mercadorias em geral.
Eliminam-se todos os direitos aduaneiros das trocas comerciais e é aplicada uma pauta aduaneira
comum.
Mercado comum
A circulação de capital, trabalho, bens e serviços entre os membros deve ser tao livre como dentro do
território de cada um dos membros.
A ideia de mercado comum pressupõe uma coordenação / harmonização das diversas políticas nacionais, o que
implica desde logo a adoção de políticas comuns aos diversos Estados-membros.
União económica
- economias de escala
Criação de um mercado comum baseado nos quatros liberdades de circulação (de mercadorias, de pessoas, de
capitais e de serviços) e na aproximação gradual das politicas económicas nacionais.
As consequências da união aduaneira nos países – membro foram:
Acesso, por parte dos consumidores, a uma diversidade de produtos a preços mais baixos.
Objetivos do Tratado da UE
Com a assinatura do Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht), procura
-se reforçar a cooperação política europeia, desenvolver a vertente social da Comunidade e melhorar a eficácia e a
legitimidade democrática das instituições.
O Tratado da União Europeia (UE) foi assinado em Maastricht, em 7 de Fevereiro de 1992 e entrou em vigor em
1 de Novembro de 1993.
Comunidade Europeia (somatório das anteriores CEE, CECA e EURATOM), recetora das competências nacionais
transferidas e na qual domina o "método comunitário".
Política Externa e de Justiça e Assuntos Internos (JAI)
Segurança Comum (PESC)
O Conselho da União Europeia, que representa os Governos dos Estados - membros que procuram definir a
política global;
A Comissão Europeia, um órgão politicamente independente que representa o denominado interesse
comunitário;
O Parlamento Europeu, que representa os cidadãos de todos os Estados - membros;
O Tribunal de Justiça, que é responsável por fazer cumprir os Tratados;
O Banco Central Europeu tem por função garantir a estabilidade dos preços;
Tribunal de Contas, verifica se os fundos da UE são utilizados de uma forma legal;
Banco Europeu de Investimento , empresta dinheiro para projetos de interesse europeu;
Comité Económico e Social Europeu é um organismo consultivo, chamado a pronunciar-se sobre propostas de
decisão da UE relativas a emprego, despesas sociais, formação profissional, etc.
Comité das Regiões é consultado antes da tomada de decisões da UE, que tenham um impacto direto a nível
local ou regional.
- regulamentos: tem origem na Comissão ou no conselho europeu e é o ato mais importante, pois impõe - se,
direta e imediatamente, a casa país-membro
- diretiva: geralmente emitida pelo conselho de Ministros, impõe-se aos Estados, os quais a devem integrar na sua
legislação nacional;
- decisão: é um ato individual obrigatório que respeita a um Estado, empresa ou particular;
- recomendação: é um ato que não cria obrigações jurídicas para o seu destinatário.
União Económica e Monetária
A União Económica e Monetária europeia (UEM) foi conseguida através de um processo delineado em etapas de
integração económica que se caracterizou pela adoção de uma moeda única (euro) para os Estados-membros e a
elaboração e execução de uma política monetária definida pelo BCE (Banco Central Europeu).
Critério de Convergência
Défice e Dívida Pública - défice orçamental ≤ 3% do PIB; Dívida Pública ≤60% do PIB
Estabilidade dos preços - inflação não deve ultrapassar em mais de 1,5 pontos a média dos três melhores países
nessa matéria.
Taxas de juro - taxa de juro a longo prazo não pode exceder em mais de 2 pontos as taxas médias dos três
melhores países e manutenção de uma margem de flutuação de 2,25%
Estabilidade monetária - as taxas de câmbio das moedas europeias devem permanecer num intervalo muito
estreito durante os dois anos anteriores.
Política monetária: definida pelo Banco Central europeu (BCE) e cujo objetivo é a estabilidade dos preços;
Política orçamental: está sob a tutela dos vários Estados-membros da UEM e condicionada pelo PEC (Pacto de
Estabilidade e Crescimento).
- Crescimento da dimensão do mercado interno (mercado único), aumentado as possibilidades de troca entre
particulares e empresas;
- aumento das possibilidades de escolha para particulares e empresas;
- aumento das possibilidades de emprego geradas pela liberdade de circulação de pessoas ao possibilitar que
trabalhem e residem no Estado-membro onde trabalham;
- redução das possibilidades de conflito entre os Estados-membros devido à condição de pertença a um mesmo
mercado gerador de benefícios mútuos;
- benefício da cidadania da União para os cidadãos, no que toca a certos direitos, como o direito de voto nas
eleições europeias, o direito de livremente circular e permanecer nos países aderentes, o direito a ser protegido
relativamente a países terceiros, entre outros.
Orçamento comunitário
O orçamento comunitário obedece a diversos princípios, de entre os quais se destacam os seguintes:
- a unidade (o conjunto das receitas e das despesas é reunido num documento único);
- a anualidade (as operações orçamentais referem-se a um exercício anual);
- o equilíbrio (as despesas não devem exceder as receitas).
- Conselho
- Parlamento
A Comissão tem a função de:
Fundos Estruturais
Fundo de Coesão
Políticas Comunitárias
A política agrícola comum (PAC) é da competência da União Europeia (UE) e dos Estados -membros.
A comunidade europeia, tem por finalidade assegurar preços razoáveis aos consumidores europeus e
uma remuneração equitativa aos agricultores, nomeadamente mediante a organização comum dos mercados agrícolas e
o respeito pelos princípios. Tais como: a unicidade dos preços, solidariedade financeira e preferência comunitária.
Política Regional
A política regional é financiada pelos fundos estruturais e pelo fundo de coesão, que se destinam a
modernizar as estruturas económicas e sociais das regiões menos desenvolvidas.
Política Social
- promoção do emprego
- melhoria das condições de trabalho
- proteção social adequada
- diálogo social
- formação dos recursos humanos que permita um nível de emprego elevado e sustentável
- luta contra a exclusão