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ECONOMIA A - 10º ANO

00. MÓDULO INICIAL


0.1. Importância do estudo da Economia
0.2. Atividades de diagnóstico e integração dos alunos

01. A ATIVIDADE ECONÓMICA E A CIÊNCIA ECONÓMICA


1.1. Realidade social e Ciências Sociais
1.2. Fenómenos sociais e fenómenos económicos
1.3. A Economia como ciência – objecto de estudo
1.4. A atividade económica e os agentes económicos

02. NECESIDADES E CONSUMO


2.1. Necessidades – noção e classificação
2.2. Consumo – noção e tipos de consumo
2.3. Padrões de consumo – diferenças e factores explicativos
2.4. Evolução da estrutura do consumo em Portugal e na União Europeia
2.5. A Sociedade de Consumo
2.6. Consumerismo e responsabilidade social dos consumidores
2.7. A defesa dos consumidores em Portugal e na União Europeia

03. A PRODUÇÃO DE BENS E DE SERVIÇOS


3.1. Bens – noção e classificação
3.2. Produção e processo produtivo. Sectores de atividade económica
3.3. Factores de Produção – noção e classificação
3.3.1. Os Recursos Naturais
3.3.2. O Trabalho. A situação em Portugal e na União Europeia
3.3.3. O Capital – noção e tipos de capital
3.4. A combinação dos factores de produção

04. COMÉRCIO E MOEDA


4.1. Comércio – noção e tipos
4.2. A evolução da moeda – formas e funções
4.3. A nova moeda portuguesa – o Euro
4.4. O Preço de um bem – noção e componentes
4.5. A Inflação – noção e medida
4.6. A inflação em Portugal e na União Europeia

05. PREÇOS E MERCADOS


5.1. Mercado – noção e exemplos de mercados
5.2. O mecanismo de mercado
5.2.1. A procura e a lei da procura
5.2.2. A oferta e a lei da oferta
5.3. Estrutura dos mercados

06. RENDIMENTOS E REPARAÇÕES DOS RENDIMENTOS


6.1. A atividade produtiva e a formação dos rendimentos
6.2. A repartição funcional dos rendimentos
6.3. A repartição pessoal dos rendimentos
6.4. A redistribuição dos rendimentos
6.5. As desigualdades na repartição dos rendimentos em Portugal e na União Europeia

07. POUPANÇA E INVESTIMENTO


7.1. A utilização dos rendimentos – o Consumo e a Poupança
7.2. Os destinos da poupança. A importância do Investimento
7.3. O financiamento da atividade económica – autofinanciamento e financiamento externo
7.4. O investimento em Portugal e o investimento português no estrangeiro
Quizzes
1.Atividade económica e agentes económicos
2.Necessidades
3.Consumo
4.Bens e setores de atividade económica
5.Fatores de produção
6.Combinação de fatores de produção
7.O comércio e a distribuição
8.Moeda e inflação
9.Lei da oferta e da procura
10.Formação e redistribuição dos rendimentos
11.A poupança e o investimento
12.Financiamento da atividade económica

Exercícios
1. Módulo Inicial
2. A atividade económica e a Ciência Económica I
3. A atividade económica e a Ciência Económica II
4. Necessidades e consumo I
5. Necessidades e consumo II
6. A produção de bens e de serviços I
7. A produção de bens e de serviços II
8. A produção de bens e de serviços III
9. Comércio e moeda I
10. Comércio e moeda II
11. Preços e mercados
12. Rendimentos e repartição dos rendimentos
13. Poupança e investimento I
14. Poupança e Investimento II

Taxa de variação: podem ser apresentadas sob a forma de uma percentagem ou de um coeficiente.
Nota: é fundamental na Economia o estudo da população porque o conhecimento do número de habitantes do pais, a sua distribuição no espaço, a
sua composição por sexo e idades é indispensável:
 Para as decisões relacionadas com a capacidade de produção das diferentes unidades de produção
 Para o abastecimento dos diversos mercados consumidores .

Crescimento natural da população: é obtida pela diferença entre a natalidade e a mortalidade.

Taxa de crescimento natural (TCN): dá-nos o número de pessoa a mais ou a menos por cada 1000 habitantes em
determinado lugar e num dado período.

Crescimento efetivo da população: é o número de pessoa que há a mais ou menos, em média, por mil indivíduos
residentes num determinado país.

Para calcular a taxa de crescimento efetivo temos de introduzir as decolações da população, ou seja, os movimentos
migratórios. Que pode ocorrer de duas formas:
 Migrações internas (no interior do país): a população desloca se de uma zona para outra zona no mesmo país
(interior para litoral). E não têm qualquer efeito sobre o crescimento da população do país.
 Migrações externas (de um país para outro): estas deslocações da população entre país fazem com que a
população residente do cada momento seja inferior ou superior à população nacional.
 Emigração: corresponde à saída de população do nosso país para o Resto do Mundo
 Imigração: corresponde à entrada da população proveniente do Resto do Mundo no nosso país.
SN Saldo Natural( natalidade- mortalidade)
SM Saldo Migratório( imigração- emigração
Nota: valores relativos (%) são utilizados em aspetos como as taxas de natalidade e de mortalidade da população, a taxa de atividade
da população, a taxa de desemprego, etc.
Mortalidade e Natalidade

Mortalidade: representa o número total de óbitos ocorridos num determinado período de tempo para uma população.
A taxa de mortalidade: permite-nos conhecer o número médio de óbitos por mil habitantes num determinado período
de tempo para dado país ou região.

A taxa de mortalidade infantil: é o número de óbitos com menos de um ano de idade por mil nados-vivos num
determinado lugar e período de tempo. (utilizado na medição do IDH do país)

Natalidade: representa o número total de nascimento ocorrido num determinado período de tempo para uma
população.

A taxa de natalidade: é o número de nados-vivos por cada mil habitantes num determinado lugar e referente a um
período de tempo para dado país ou região.

População ativa
São todos os indivíduos que exercem ou podem exercer uma atividade remunerada. As donas de casa, os estudantes ou
os reformados não fazem parte da população ativa.

Através da população ativa podemos calcular:

Sectores da atividade económica

Atividade económica é o conjunto das atividades desenvolvidas pelo Homem, como a produção, consumo e a
distribuição.

É possível dividirmos/ distribuirmos as atividades pelos sectores da atividade económica.


 Primária (sector da agricultura, pesca> matérias- primas)
 Secundária (indústrias> transformação das matérias primas)
 Terciário (médico, professor> serviços prestados)

Importações/ Exportações

Exportações de mercadorias representam as vendas efetuadas ao exterior, por um país, bens do curso de fabrico e de
matérias-primas e subsidiarias.

Importações de mercadorias traduzem o movimento contrário, as comprar efetuadas ao exterior, por um país, de
mercadorias.

Estrutura da população
É a expressão utilizada para caracterizarmos a população residente num país, ou mesmo numa região, por idades e por
sexo.
É realizada através da construção de pirâmides etárias.

Realidade social e Ciências Sociais

A realidade social é um todo que não é possível compartimentar, é apenas uma, é única.

Dada a complexidade da realidade social, esta tem de ser abordada por uma multiplicidade de ciências- as ciências
sociais- estudando cada uma apenas um aspeto do todo que é a realidade social.
As ciências são independentes e complementares, todas são necessárias à compreensão da realidade social.

Fenómenos sociais e fenómenos económicos.

A realidade social é apenas uma, ou seja, é uma totalidade plurifacetada e pluridimensional.


Os fenómenos sociais são totais, podendo, no entanto, ser estudados sob perspetivas específicas, daí podemos falar em
fenómenos económicos.

Economia como ciência

Torna-se necessário realizar escolhas e fazer opções de como utilizar os recursos escassos, para satisfazer as
necessidades humanas, que são múltiplas e ilimitadas.

A aplicação de recursos escassos envolve, no entanto, vários tipos de decisões a tomar:


 O que produzir;
 Em que quantidades produzir;
 Quando produzir;
 Quais os meios utilizados para produzir;
 Para quem produzir.

A escolha é o problema central da economia, mas para que ela exista são necessários alguns fatores:
 A existência de alternativas, pois se não há alternativas, a escolha é impossível e feita de forma forçada.
 Liberdade de escolha, isto é, que seja possível, humana e fisicamente, fazer opção.
 Situação de escassez, sem escassez não há problema económico.

A atividade económica e os agentes económicos.

A atividade económica é o conjunto de procedimentos ou atuações tendo por finalidade a obtenção de bens e serviços
necessários à satisfação das necessidades dos indivíduos.

Para assegurar a sua sobrevivência, o Homem atua sobre a natureza transformando-a e extraindo dela aquilo que
necessita, esse ato designa-se por produção que é contínua.
De facto, a finalidade última da produção é a satisfação das necessidades dos indivíduos, ou seja, o consumo.
Mas é necessário que os bens produzidos cheguem junto das pessoas e que estejam disponíveis de forma acessível. Esta
atividade, de transporte e comércio, designa-nos por distribuição.
A venda de produção tem como resultado a criação de receitas ou rendimentos que terão de ser repartidos por todos
aqueles que intervieram no processo produtivo. Trata-se então da Repartição dos Rendimentos.
 Aos trabalhadores cabem os salários.
 Aos proprietários das empresas cabem os lucros.
 Aos proprietários dos imóveis cabem as rendas.
 Aos indivíduos que emprestaram dinheiro cabem os juros.
Notas: cabendo ainda uma parte ao Estado, sob a forma de impostos.
Mas nem sempre todo o rendimento é gasto do consumo, podendo uma parte ser destinado à poupança.

Apesar da diversidade de funções que podemos encontrar, é possível distinguir quatros tipos de agentes económicos,
atendendo à função principal que desempenham. Assim, é habitual referirmos:
o As Famílias, cuja principal função é consumirem;
o As Empresas, cuja função é a produção de bens e serviços;
o O Estado, sendo a sua principal função a satisfação das necessidades coletividade;
o O Resto do Mundo, que engloba o conjunto de operações económicas entre os residentes de um país e os
restantes noutro país.

Todavia, quando observamos o comportamento dos agentes económicos, podemos faze-lo de acordo com duas
perspetivas:
 Microeconómica, que estuda o comportamento dos agentes económicos como unidades individuais, micro
sujeitos, e as suas interações no mercado.
 Macroeconómica, que estuda o comportamento dos agentes económicos do grandes agregados, macro
sujeitos, tipificando o seu comportamento como grandes unidades.

Necessidade

São satisfeitas através da utilização de bens e serviços.


O ato de utilizar um bem com vista à satisfação de uma necessidade designa-se por consumo.

A existência de necessidades é um fator comum a todos nós. No entanto, estas variam de pessoa para pessoa, quer seja
pela intensidade com que a necessidade se apresenta, quer mesmo, em certos casos, pela existência de determinada
necessidade.

Características das necessidades


 Multiplicidade: as necessidades são múltiplas, variadas, e ilimitadas.
 Saciabilidade: à medida que a satisfazemos, a necessidade vai desaparecendo.
 Substituibilidade: uma necessidade pode dar lugar a outra.
Nota: As necessidades variam no tempo e no espaço.

Classificação das necessidades.


 Importância

 Primárias: são as necessidades fundamentais, ou seja, indispensável à vida e que satisfazemos


prioritariamente, pois, se não o fizermos, podemos pôr em risco a nossa sobrevivência.
 Secundárias: são as necessidades que satisfazemos depois de satisfeitos as primárias. Se as
satisfazermos, aumentamos a nossa qualidade de vida.
 Terciárias: corresponde a tudo aquilo que numa determinada sociedade e num determinado momento,
se considera como um luxo.

 Custo
 Não económicas: se não temos de despender moeda ou trabalho para as satisfazer. Ex: apanhar sol.
 Económicas: se temos de dispensar moeda ou trabalho para as satisfazer.

 Vida em coletividade:
 Coletivas: as que derivam do facto do homem viver do grupo, atingindo todos os elementos da
comunidade.
 Individuais: as que dizem respeito a cada um de nos, em função das características de cada pessoa.

Consumo

O consumo é também um ato económico, pois é através dele que satisfazemos as necessidades. E também é um ato
social, pois constitui um indicador do nível bem-estar de uma população.
Nota: ao nível mundial, o acesso ao consumo é muito desigual de algumas partes do mundo vive-se na abundância, enquanto
noutras se vive na miséria.

Tipos de consumo:

 Final: quando a utilização de um bem permite a satisfação direta e imediata da necessidade.


 Intermédio/Produtivo: quando se utiliza um bem na produção de outro bem.
 Individual: quando o uso de um bem ou um serviço por uma pessoa impede que outras a utilizam.
 Coletiva: quando o consumo de um bem ou serviço é efetuado para satisfazer uma necessidade coletiva.
 Essencial: quando o consumo efetuado corresponde à satisfação de uma necessidade primária.
 Supérfluo: quando o consumo efetuado corresponde à satisfação de uma necessidade terciária.

Fatores económicos que influenciam o consumo.


Rendimento:
O consumo é uma função do rendimento, alteração no rendimento (mantendo-se tudo o resto constante) traduzem-
se em alterações na estrutura do consumo.

Para conhecer a estrutura de consumo de uma população ou de uma família, calculam-se os coeficientes orçamentais.

Bens e variação do Rendimento

Bens inferiores: aqueles cujo consumo diminui com o aumento do rendimento. Exemplo: pão, margarina, óleo, batata.
Bens superiores: os bens para as quais um aumento do rendimento determina um aumento mais do que proporcional
do consumo. Exemplo: lazer e saúde.
Bens normais: aqueles cujo consumo aumenta quando o rendimento aumenta.

Preços dos bens


O preço dos bens influencia as decisões de consumo. Mantendo-se tudo o resto constante, se o preço de um bem
aumentar, na generalidade, prevê-se que o consumidor ira consumir menos desse bem.

Efeitos dos preços sobre o consumo:

 Efeito substituição: resulta da deslocação do consumo de um bem para o outro que lhe seja substituível, em
virtude do aumento do seu preço.
 Efeito rendimento: resulta do aumento do preço de um bem, que, atuando como uma caixa do poder de compra
do consumidor, provoca uma redução do consumo de todos os outros bens.
 Efeito de demonstração ou Veblen: consta que alguns consumidores, pretendendo exteriorizar o seu poder de
compra, aumentando o consumo de um bem quando o seu preço subia.

A inovação tecnológica
A inovação tecnológica ao lançar no mercado novos produtos/ serviços faz surgir novas necessidades.
As novas necessidades traduzem-se em novos consumos

Fatores extraeconómicos que influenciam o consumo

A moda e a publicidade
A sociedade atual os bens tem um ciclo de vida cada vez mais curto.
São lançados no mercado novos produtos e produtos renovados.
Através da publicidade os consumidores são estimulados a adquirir esses bens, como o objetivo de acompanhar a moda
ou de seguir as tendências.

A tradição
O consumo é influenciado pela tradição e pelos hábitos culturais.
Essas tradições podem incidir sobre o consumo dos mais diversos bens.

Modos de vida
O consumo reflete determinados estilo de vida, podendo constituir uma forma de expressão do estatuto social a que se
pertence.

Estrutura etária dos agregados familiares


A idade dos membros que compõem uma família constitui um dos fatores que influenciam o consumo.
Nota: Agregados familiares com crianças apresentarão uma estrutura de consumo diferente dos agregados familiares compostos
apenas por idosos.

A sociedade de consumo
A expressão sociedade de consumo simboliza o caracter essencial e omnipresente do consumo nas nossas vidas.
Neste tipo de sociedade, o consumo tornou-se a finalidade última da vida do ser humano, valorizando-se as pessoas
pelo ter e não pelo ser.

Nota: para evitar situações de consumo indiscriminado ou no limite, de consumo compulsivo, é necessário seguir algumas regras de
educação de consumidor nomeadamente:
 A realização de uma lista de compras;
 A realização de um orçamento familiar;
 Fazer um registo diário de todas as despesas;
 Ponderar bem sobre todas as compras que se fazem;
 Refletir antes da utilização de cartão de crédito.

Consumerismo e responsabilidade social do consumidor

Nota: o consumerismo é um movimento que procura também formar consumidores mais conscientes,
mais racionais, mais informados e mais capazes de intervir numa sociedade de consumo.

A defesa dos consumidores em Portugal e na EU


A defesa dos consumidores é hoje uma necessidade para o avanço da democracia, numa sociedade aberta e
participada
Neste sentido, existem em Portugal vários associações e organizações que há várias décadas têm vindo a trabalhar na
defesa dos consumidores, das quais destacam:
 O INOC (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor)
 A DECO (Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor)
 A UGC (União Geral dos Consumidores)

Direitos dos Consumidores:


 Direito à qualidade dos bens e dos serviços
 Direito à proteção da saúde e da segurança física
 Direito à formação e à educação para o consumo
 Direito à informação para o consumo
 Direito à proteção dos interesses económicos
 Direito à prevenção e reparação dos danos
 Direito à proteção jurídica e a uma justiça acessível e pronta
 Direito à participação, por via representativa, na definição lgalov administrativa dos seus direitos e interesses.

Deveres dos Consumidores:


 Ter consciência dos impactos provocados pelo seu consumo
 Saber exigir aos seus direitos
 Proteger o ambiente
 Preferir produtos reciclados e recicláveis
 Não consumir produtos agressivos ao ambiente
 Proceder à seleção das lixas
 Defender o ecossistema

Bem

Há dois tipos de bens:


 Bens Livres: bens que existem em quantidade ilimitada e não são económicos. Ex: ar, sol
 Bens económicas: bens que satisfazem necessidades económicas e são escassos.

Os bens económicos podem ser classificadas quanto.


 À sua natureza:
o Bens materiais (bem): são objetos físicos e assumem forma material.
o Bem imateriais (serviços): bens que se limitam os seus atos (Transporte).

 À função que desempenham:


o Bens de produção: quando os bens permitem a produção de outros bens (eletricidade, maquinaria)
o Bens de consumo: quando os bens satisfazem de imediato as necessidades dos consumidores
(vestuário, alimentação)

 A duração:
o Bens duradores: quando o uso dos bens se prolonga para um período de tempo considerável. (carros,
casaco)
o Bens não duradores: quando uso dos bens implica de sua destruição imediata (comida, bebida)

 A relação com os outros bens:


o Bens substituíveis: bens que satisfazem a mesma necessidade.
o Bens complementares: bens que apenas satisfazem uma necessidade juntamente com outras (cd com
leitor)
Produção e processo produtivo. Setores de atividade económica

Nota: fatores de produção são os componentes utilizados na produção de bens e na prestação de serviços, os fatores de produção.

Setores da atividade económica


Podemos definir um setor de atividade económica como um conjunto de atividade que apresentam características
comuns.

 Setor primário: agrupa as atividades relacionadas com o aproveitamento dos recursos naturais. (pesca,
agricultura)
 Setor secundário: agrupa os industriais transformadoras ligeiras e pesadas.
 Setor terciário: inclui todas as atividades prestadoras de serviços comercializados ou não comercializados.
(bancos, comercio)
 Setor quarternário: esta ligada a informática e internet

Fatores de Produção
Conjunto de elementos necessários para produzir bens e serviços.

Os fatores de produção são:


 Recursos naturais: é o fator de produção constituído pelos elementos da natureza disponíveis em cada
sociedade.
o Renováveis: correspondem à utilização de recursos não esgotáveis.
o Não renováveis: correspondem à utilização de recursos que se esgotarão num dia.
 Fator trabalho: representa a capacidade humana para trabalhar que corresponde todo o esforço humano, físico
e intelectual.
 Fator capital: é constituído por tudo o que participa no processo produtivo, com exceção dos fatores recursos
naturais e trabalho.

O trabalho. A situação em Portugal e na EU.

O trabalho compreende todo o esforço humano, físico e intelectual despendido no processo produtivo.

População ativa: população em idade de trabalho entre os 15 e os 65 anos.


 Empregados
 Desempregados
 Indivíduos que cumpram o serviço militar obrigatório

População inativa: todos os indivíduos sem capacidade para o exercício de uma atividade renumerada.
 Crianças
 Reformados e pensionistas
 Indivíduos que trabalham mas não recebem- donas de casa, voluntariado.

Há três tipos de desemprego:


 Desemprego tecnológico: é o desemprego resultante da evolução tecnológica.
 Desemprego repetitivo: resulta das alterações na procura de bens e serviços na sociedade, que conduzem à
redução da produção.
 Desemprego de longa duração: resulta da estagnação da atividade económica, que provoca o encerramento de
algumas empresas. (no caso português são os desempregados que procuram emprego há mais de um ano).
Podemos enumerar algumas das formas de combate ao desemprego na União Europeia:
 A formação profissional dos jovens e dos desempregados de longa duração
 A redução dos horários de trabalho e a existência de diferentes salários mínimos.
 A redução dos encargos com a criação de novos empregos.

Formação ao longo da vida


É através da formação ao longo da vida que podemos combater o desemprego.
Para compreendermos esta necessidade vamos começar por distinguir os dois tipos de qualificação:
 O indivíduo ocupa um emprego de acordo com a sua qualificação individual, preparação prévia ao desempenho
de um conjunto de tarefas.
 O indivíduo, já no local de trabalho, recebe formação que o torna mais apto às exigências do processo produtivo
desenvolvido na empresa, qualificação profissional.

Terciarização

A tendência atual é pra o setor terciário representar dois terços da capacidade de emprego e de produção nos países
desenvolvidos. Tais mudanças resultam:
 Do incremento das subcontratações de serviço nas indústrias devido à necessidade de organizar os processos de
produção.
 Do incremento dos serviços relacionados com a comercialização dos bens: que obrigam ao desenvolvimento de
funções como planear, conhecer e antecipar as reações dos consumidores aos novos bens ou de fidelizar os
clientes.
 Do incremento da subcontratrações de serviços
 Do incremento dos serviços de trabalhos domésticos.

O capital
Capital Riqueza
Existe quatro tipos de capital:
 O capital financeiro
 O capital técnico
 O capital natural
 O capital humano

 Capital financeiro:
As empresas dispõem de recursos financeiros como a moeda, os depósitos, os juros, as ações, os empréstimos para
desenvolverem a sua atividade, a aquisição de matérias-primas e o pagamento a fornecedores.

 Capital técnico:
O conforto de bens de produção, as matérias-primas, as máquinas, as ferramentas e os edifícios utilizados no
processo produtivo.

Há dois tipos de capital técnico:


o Capital circulante: são todos os bens incorporados nos novos bens. Ex: farinha- pão.
o Capital fixo: são todos os bens utilizados ao longo de vários processos de produção. Ex: carrinha.

 Capital natural:
Representa o conjunto de recursos naturais existentes na sociedade e utilizados nos diversos processos produtivos com
a finalidade de proporcionar a satisfação das necessidades.
 Capital humano:
É o conjunto das capacidades produtivas do individuo. O capital humano inclui os conhecimentos, a experiência e o
saber fazer adquiridos ao longo dos tempos pelo trabalhador.

O investimento em capital humano: corresponde à aplicação de recurso que contribuam para a melhoria dos sistemas
de ensino e de qualificação profissional, bases indispensáveis à melhoria da qualificação do trabalho.

A combinação dos fatores de produção

F= f (L, K, T)
F= nível de produção (quantidade produzida de um bem)
L= quantidade de trabalho utilizado no processo produtivo.
K= quantidade de capital utilizado no processo produtivo.
T= quantidade de recurso materiais utilizados no processo produtivo.

Há dois tipos de análises:


 Curto prazo (só um fator de produção é variável). É quando fazemos apenas variar um dos fatores de produção,
mantendo os restantes fixos.
 Longo prazo (todos os fatores de produção são variáveis): é quando alteramos a quantidade utilizada de todos
os fatores de produção numa empresa, para responder às necessidades do mercado

Produtividade

Nota: o trabalho é a componente mais importante da produtividade

Aumentar a produtividade consiste em:


 Produzir mais com a mesma quantidade de fatores de produção:
 Produzir o mesmo com uma menor quantidade de fatores de produção.
Nota: a produtividade alcançada por uma empresa depende da organização do trabalho, do progresso técnico, da qualificação
profissional dos trabalhadores e das motivações dos mesmos.

A produtividade pode ser avaliada de diferentes maneiras:


 Por capital
 Por trabalhador
 Por recurso natural

Produtividade média

O cálculo da produtividade media em termos físicos apresenta algumas limitações, como:


 A dificuldade em comparar bens expressos em unidades físicas diferentes;
 A dificuldade em comparar fatores de +produção com características diferentes:
 A dificuldade de comparar bens do mesmo tipo com qualidades diferentes.
Produtividade total

A produtividade total dá-nos a conhecer, para cada combinação dos fatores de produção, os resultados médios da
produção, ou seja, mede a eficácia de cada combinação dos fatores de produção.

Produtividade marginal
Lei dos rendimentos decrescentes

Custos de produção

As empresas, ao produzirem bens ou prestarem serviços, incorrem em custos correspondentes ao pagamento dos
salários, da energia elétrica, etc. estes encargos constituem os custos totais das empresas e podem ser agrupados em:

 Custos fixos: representam todos os encargos como os recursos que as empresas não podem alterar no curto
prazo.

 Custos variáveis: são os encargos que as empresas podem alterar no curto prazo e que dependem na
quantidade produzida.

CT= CF+CV
CT= custos fixos
CF=custos fixos
CV=custos variáveis

Nota: - quando a quantidade produzida é reduzida, aumento na produção proporciona a redução do custo médio.
- a partir de determinada quantidade o aumento na produção provoca o agravamento do custo médio devido à saturação.
- o número ótimo d unidade a produzir corresponde ao ponto de inversão no comportamento do custo médio total.

Economias e Deseconomias de escala

As economias de escala estão associadas a um único ou a um conjunto dos seguintes progressos técnicos que
proporcionam a redução dos custos médios de produção:
 A especialização e a divisão do trabalho;
 A utilização da automação e de tecnologia mais avançada;
 A utilização de processos normalizados;
 A produção em serie;
 A maior capacidade de negociar os preços de venda do bem;
 A maior capacidade de negociar os financiamentos da empresa.
O aparecimento das deseconomias de escala está associado a vários fatores como:

 A dificuldade em gerir os recursos da empresa;

 A dificuldade de escoamento das produções;

 O aumento do desperdício de recursos.

Para que os bens produzidos cheguem junto dos consumidores é necessário a intervenção de um conjunto de atividades
que designamos por distribuição.

A distribuição é fundamental na atividade económica, pois permite ao consumidor adquirir os bens:

 Na quantidade desejada

 De forma cômoda e prática

 No local que lhe é mais conveniente.


Atividade que compõem a distribuição

 Comércio:

o Grossista: que contata diretamente o produtor e reúne, por vezes, produção que se encontram
dispersas.

o Retalhista: que adquire os produtos junto do grossista, oferecendo-os ao consumidor nos locais e
quantidades de que lhes necessitam.

 Logística:

o Armazenagem

o Transporte

Circuitos de distribuição

Tipos de circuitos de distribuição:

 Ultracurto: quando intervém apenas o produtor e o consumidor (P-C)

 Curtos: quando entre o produtor e o consumidor intervém apenas o retalhista. (P-R-C)

 Longo: quando entre o produtor e o consumidor intervém o grossista e o retalhista. (P-G-R-P)

Tipos ou formas de comércio:

 O comércio independente;

 O comércio integrado;

 O comércio associado.

Comércio independente

 Empresas familiares;

 Empresas de pequena dimensão;

 Um ponto de venda;

 Um número reduzido de trabalhadores ou mesmo nenhum;

 Empresas exploradas apenas pelo proprietário.

Comércio integrado

 Reuni as funções de grosseiro e retalhista;

 Explora cadeias compostas por vários pontos de venda;

 Todos os pontos de venda são identificados pela mesma insígnia;

 Aplica políticas de gestão comuns.

Dentro desta forma de comércio encontra-se:


 Os grandes armazéns: que oferecem num mesmo locar diversas categorias de produtos arrumados em secções
com uma gama variada, funcionando cada secção quase como uma loja especializada. (El corte Inglês

 Os armazéns populares: constituem uma versão menos sofisticada dos grandes armazéns, já que se dirigem a
clientes com menor poder de compra ou que pretendem gastar menos. (Minipreço)

 As grandes superfícies generalistas: são lojas de grande dimensão, oferecendo uma grande variedade e
diversidade de bens, sobretudo alimentares e de higiene. (continente)

 As grandes superfícies especializadas: são lojas de grande dimensão, tal como as anteriores, mas dirigidas para
uma mesma gama de produtos, bastante especializada. (IKEA)

 O franchising: reunindo empresas que, embora se mantenham jurídica e financeiramente independente uma
das outras, estão ligadas por contrato à empresa -mãe- o franqueador- aplicando políticas de gestão comuns.
(McDonald’s)

Comércio associado

 Compreender um conjunto de empresas que a associam;

 As empresas associadas mantêm a sua independência jurídica;

 Estas empresas podem associar uma ou mais atividade.

Métodos de venda

 Venda a distância: é uma técnica de venda em que os produtos são apresentados aos consumidores através de
vários meios de comunicação, como a televisão ou por catálogo.

 Venda automática (vending): este tipo de venda utiliza equipamentos automáticos instalados em locais públicos
e de grande circulação, como estacão de comboio, metro, hospitais ou fabricas.

 Venda direta ou ao domicílio: exige contato direto entre o vendedor ao consumidor, no entanto, este contato
não é feito no ponto de venda, mas na casa do cliente ou no emprego sendo por esta razão é também
habitualmente designado por venda porta-a-porta.

 Cibervenda (venda através da internet) : esta modalidade corresponde à forma mais recente de venda e que tem
vindo a crescer nos últimos tempos, facilitada pelo aumento do uso do computador, consistindo na
venda/aquisição de bens ou serviços através da internet.

Moeda

Funções da moeda

 Unidade de conta ou medida de valor: a moeda expressa o valor dos bens e serviços

 Meio de pagamento: amoeda é aceite por todos, permitindo adquirir os bens e serviços.

 Reserva de valor: é possível guardar moeda com vista adquirir bens e serviços no futuro.

Evolução da moeda

Inicialmente, as trocas eram feitas de forma direta, sem a intervenção de qualquer intermediário: Troca direta.

Bem→Bem
Inconvenientes da troca direta:

 Dupla coincidência de desejos;

 Atribuição de valor aos bens;

 Divisibilidade ou fracionamento dos bens;

 Transporte dos bens;

 Elevado número de transações.

Nota: a troca direta constituía um entrave ao desenvolvimento das trocas e da economia.

Introdução de um intermediário na troca: Troca indireta.

Bem →Moeda→ Bem

 As 1ªs moedas assumiram a forma de moeda mercadoria.

 A moeda consistia na utilização de um bem como intermediário na troca.

Inconvenientes:

 Podia ser para fim não monetário;

 Difícil de conservá-lo ao longo no tempo;

 Por vezes era difícil o seu fracionamento e o transporte.

Assim generalizar-se o uso de moeda metálica (ouro e prata), ultrapassando os inconvenientes apresentados pela
moeda mercadoria.

Moeda metálica: ‒ pesada


‒ contada
‒ cunhada
Vantagens do uso da moeda em suporte metálico:
 Fácil divisibilidade;
 Fácil de transporte;
 Difícil de falsificar;
 Aceite por todos;
 Baixa procura não monetária;
 Dado ser metal precioso, era raro e escasso.

Tipos de moeda
 Moeda mercadoria
 Moeda metálica
 Moeda papel
 Papel moeda
 Moeda escritural

A moeda papel é representativa e convertível em ouro ou prata.


O papel moeda é inconvertível, de curso forçado e fiduciária.
A moeda escritural traduz-se em inscrições contabilísticas feitas pelos bancos nas contas dos seus clientes que
previamente constituíram depósitos.
Nota: com a evolução da moeda veio a verificar-se uma desnaturalização da moeda.
Formas atuais de moeda: • divisionária ou de troca
• papel moeda
• moeda escritural

O Euro

O euro entrou definitivamente em circulação no dia 1 de janeiro de 2002, retirando as moedas nacionais de 12 países.
Eslovénia entrou no euro em 2007.

Países da zona Euro (2007)

Para fazer parte da zona euro os países tiveram de cumprir os critérios de convergência nominais ou Mastricht.

Critério a convergência nominais

 Estabilidade do preço

 Situação das finanças pública

 Observância das margens

 Durabilidade de convergência

Nota: 1/1/1999 → 31/12/2001 aparecimento do euro com moeda escritural.


1/1/2002 → 28/2/2002 Início da circulação das notas e moedas em euro.

Vantagens e desafios da adoção do euro

 Vantagens para os cidadãos:

o Permite aos cidadãos da zona euro compararem mais facilmente os preços;

o Reduz os custos nas deslocações a países da zona euro, pois foram eliminadas as comissões e as taxas de
câmbio;

o Ao criar uma economia mais estável e não inflacionista, garantirá uma maior estabilidade do poder de
compra dos europeus.

o O euro, sendo uma moeda estável, permite taxas de juras mais baixas e o recurso mais barato ao
crédito;

o Estimula o crescimento económico, sendo um fator positivo para a criação de emprego.

 Vantagens para as empresas:

o O euro elimina os custos das transações dentro da zona euros;

o A redução dos riscos cambiais e os custos das operações financeiras tende fazer baixar os preços;

o O euro, permitindo a manutenção de taxas de juros baixas, constitui um incentivo ao investimento,


estimulando o crescimento das empresas e do emprego;

o O euro permite diminuir os riscos de negócios com empresas fora da união europeia, pois é uma moeda
com visibilidade internacional;
o É mais fácil a comparação dos resultados obtidos pelas empresas da zona euro, pois é feita na mesma
moeda;

o O euro cria uma zona de comércio mais alargada e mais homogénea.

 Vantagens para a economia europeia:

o O euro torna mais visível a moeda de pequenos países;

o O euro torna a economia de cada país da zona euro mais estável, facilitando o crescimento económico;

o O euro permite uma estabilidade monetária duradoura;

o O euro reduz as taxas de juro, estimulando o investimento e o emprego;

o O euro reforça o peso político e económico da Europa, face aos seus parceiros internacionais;

o O euro aprofunda o processo de integração europeu criando um espaço económico mais coesa.

 Desafios que se colocam:

o A adaptação dos seus produtos ou serviços a um perfil de consumir diferente;

o A capacidade da sua empresa em responder a este crescimento;

o Ponderar os canais de distribuição e toda a estratégia de marketing;

o Ponderar os novos sistemas de encomendas e de pagamentos.

Nota: o valor de uso é uma avaliação subjetiva que direta ou indiretamente, a posse e a utilização de um bem proporciona, num
determinado momento e contexto social.

Nota: o valor de troca compara um bem em termo de outro ou de outros bens que podem ser adquiridos.

Segundo os modernos economistas a formação de preço de um bem (pricing) é o processo no qual intervém um
conjunto de fatores simultaneamente, dos quais se destacam:

 Os custos de produção envolvidos na produção do bem, quer sejam os custos fixos quer os custos variáveis;

 O custo de fator trabalho, que consequentemente se reflete nos custos de produção do bem;

 O preço dos outros bens que possam ser substituíveis;

 A imagem de marca do bem, pois a empresa poderá pretender afirmar-se no mercado através de uma
estratégica de preços mais elevados, de forma a criar uma imagem de prestígio.

 A intervenção do Estado, nomeadamente através da aplicação de impostos indiretos, fazendo aumentar o preço
do bem ou através da concessão de subsídios, o que provoca uma redução do seu preço.

 O número de compradores e de vendedores existentes . Se uma empresa opera sozinha no mercado,


naturalmente terá maior possibilidade de fixar o preço do que aquela que opera num mercado em que existem
muitos mais, podendo o comprador escolher aquela que oferece um preço mais baixo.

A Inflação

Tipos de inflação
 Moderada: quando os preços sabem lentamente, apresentado taxas anuais de um só dígito (inferior a 10%)

 Galopante: quando os preços começam a subir de forma mais acelerada, a taxa de dois ou três dígitos. Uma taxa
de 11% e de 300%

 Hiperinflação: quando os preços sobem descontroladamente, atingido valores muitos elevados, da ordem dos
quatros ou mais dígitos.

Situações possíveis da variação dos preços

 Inflação: corresponde a uma subida da generalizada e sustentada do preço dos bens e serviços.

 Deflação: que se traduz pela queda generalizada dos preços para níveis inferiores aos que vinham a ser
praticados.

 Reflação: é a situação de retoma dos preços após um período de deflação. Os preços sobem, bem como o
consumo e o investimento, voltando a atividade económica ao seu nível anterior.

 Desinflação: traduz-se numa desaceleração do ritmo de crescimento dos preços. É uma situação em que,
embora verificando-se inflação, a sua taxa de crescimento é gradualmente menor.

 Estagflação: corresponde ao período em que se verifica simultaneamente uma elevada taxa de inflação a par de
uma elevada taxa de desemprego.

O Índice de Preço no Consumidor (IPC)

Para se medir a evolução dos preços no tempo, é habitual utilizar-se o índice de preços.

Índice Harmonização de Preços no Consumidor

Para melhor se comparar a evolução dos preços nos diferentes países na União Europeia, tem-se vindo a uniformizar a
fórmula de cálculo do IPC, de forma a torna-lo numa base comparável.

Designa-se este índice por IHPC, Índice Harmonizado de Preço no Consumidor. (medicamentos não comparticipados,
seguros ligados à habitação e serviços de educação integralmente suportados pelos consumidores)

Taxa de inflação média anual e homóloga

Taxa de inflação média anual, que expressa a média de variação dos preços dos bens considerados no “cabaz” ao longo
do ano (últimos dozes meses).

Taxa de inflação homóloga, que compara a variação do preço do “cabaz” num determinado mês, relativamente ao preço
do “cabaz” no mesmo mês do ano anterior.

Mercado

Nota: é através do mecanismo do mercado que os produtos adaptam os níveis de produção às necessidades da sociedade. E é no
mercado que a oferta enfrenta a procura com objetivo de definir o preço e estabelecer a quantidade a transacionar do bem.
O mecanismo de mercado exemplifica o funcionamento do mercado de concorrência perfeita.

A procura e a lei da procura

A procura individual
A quantidade procurada designa as unidades dos bens e dos serviços que os compradores desejam adquirir num
determinado momento.

A quantidade procurada depende de vários fatores:

 Rendimento

 Preço → próprio bem (bens substitutos / bens complementares) ou de outros bens

 Preferências do consumidor

A curva da procura traduz a relação existente entre nos preços e as quantidades procuradas de um bem, serviço ou
capital.

A procura agregada representa a soma das quantidades procuradas individualmente para cada nível de preços. A
procura de mercado corresponde à soma das procuras individuais.

Nota: uma deslocação da curva da procura ocorre sempre que um dos fatores determinantes da procura regista uma alteração, com
exceção do preço do próprio bem.

A oferta individual

A quantidade oferecida de um bem corresponde ao número de unidades que os vendedores, em determinado


momento, estão dispostos a colocar no mercado.

A quantidade oferecida depende de vários fatores:

 Custo dos fatores de produção

 Tecnologia

 Preço dos outros bens (substitutos, complementares)

 Preço do bem

Curva da oferta representa a relação existente entre a quantidade oferecida e o preço do próprio bem, mantendo
constante todos os outros fatores.

A oferta agregada representa a soma das quantidades oferecidas individualmente para cada nível de preços.

Nota: uma deslocação da curva de oferta ocorre sempre que qualquer dos fatores determinantes da quantidade
oferecida sofra alteração, isto é, sempre que os custos de produção, a tecnologia e os preços dos outros bens registem
alterações.

Preço de equilíbrio

Ao preço de equilíbrio (E), toda a procura é satisfeita, não ficando nenhuma unidade oferecida por vender, o mercado
encontra-se em equilíbrio.

Quando, para um determinado nível de preços, a quantidade procurada pelos compradores é diferente da quantidade
oferecida pelos vendedores, diz-se que há um excesso, podendo este ser de dois tipos:

 Excesso de procura

 Excesso de oferta
Estrutura dos mercados

Mercado Concorrência perfeita


Concorrência imperfeita

Mercado de concorrência perfeita


Características:
 Transferências: todos os intervenientes no mercado dispõem de total informação sobre processos, custos,
margens de comercialização, etc.
 Atomicidade: muitos vendedores e compradores. Nenhum isolamento consegue controlar o preço.
 Livre acesso ao mercado: não existem barreiras que impeçam a entrada ou saída do mercado.
 Homogeneidade: todos os produtores e/ou vendedores produzem ou prestam um serviço exatamente com as
mesmas características.
 Mobilidade: qualquer produtor pode passar da produção de produtos informáticos para o cultivo de flores sem
custos associado à mudança.

Mercados de concorrência imperfeita

Monopólio (um só produtor e/ou vendedor e muitos consumidores)

Os monopólios sobrevivem, apesar de lucros elevados que podem obter e que podiam funcionar como estímulo à
entrada de novos concorrentes. Os monopólios existem há barreiras que impedem a entrada no mercado.

Barreiras dos tipos de monopólio:

A dimensão do mercado consumidor, que não comporta mais do que uma empresa produtora. Este tipo de monopólio é
designado por monopólio natural.

A intervenção do Estado, este pode, por via legislativa, impedir a entrada de novos concorrentes no mercado. Este tipo
de monopólio é designado por monopólio legal.

Necessidade de elevados investimentos iniciais. A produção de bens resulta de processos de investigação complexas e
por vezes longos tipo de monopólio é designado por monopólio tecnológico.

Poder de mercado no monopolista: é uma expressão utilizada para representar a capacidade do monopolista estipular o
preço de venda do bem ou da prestação de serviço. Este poder é quase absoluto.

Oligopólio: poucas empresas produtoras e/ou vendedores do bem e muitos compradores de um bem diferenciado ou
homogéneo.
Nota: para evitar a concorrência desenfreada entre 2 empresas, os oligopolistas decidem estabelecer acordo entre si, desta forma
reduzem a concorrência.

Concorrência monopolística: muitas empresas vendedoras e muitos consumidores à procura do bem.


Bens diferenciados. Cada empresa produz um bem que apresenta ligeiras diferenças dos restantes.

Fusões e aquisições
As fusões podem contribuir de 2 formas:
 Criação do poder de mercado (alteram a estrutura de mercado, passamos para mercados como o oligopólio e,
em casos extremos, o monopólio. O que na prática pode significar preços mais elevados e, consequentemente, a
venda de quantidades reduzidas).
 Reforço do poder de mercado (reduz o numero de concorrentes no mercado. Ora, quanto menor o numero
destes, maior a viabilidade de pratica de conclui).
É na atividade produtiva que se geram os rendimentos que irão ser repartidos por todos os que intervieram nesse
processo. Há 2 tipos de rendimentos:

 Rendimento primário: é o rendimento que não repartidos por os intervenientes que estão ligados diretamente
ao ato produtivo.

 Rendimento secundário: designa as transferências que o estado efetua pra os agentes económicos como e o
caso dos subsídios.

Repartição funcional dos rendimentos

Ora, cada um destes intervenientes deverá ser remunerado cabendo-lhe uma parte do rendimento gerado.

Fator trabalho

Salário: traduz a parte do rendimento recebido pelos trabalhadores


 Diretos: quantidade de moeda que o empresário paga aos trabalhadores.
 Indiretos: quantidade de moeda transferida pelo estado de sob forma de subsídios.
Nota: Salário Nominal: os trabalhadores recebem uma quantidade de moeda.
Salário Real: é a quantidade de bens e serviços que é possível adquirir com o salário nominal.

Fator Capital:
Renda: é a parte do rendimento recebida pelos proprietários de imóveis.
Lucros: é a parte do rendimento que cabe ao empresário
 Renumeração pela iniciativa, pela inovação e pelo risco que o empresário assumiu no processo produtivo.
Juros: é a parte da renda que cabe ao proprietário de capitais monetários)
 Fatores dependentes: J= t.j x t x m.c
o Taxa de juro fixada
o O tempo de duração do empresário
o O montante do capital emprestado.
 Os juros podem ser:
o Ativa (a que o banco recebe por conceder empréstimos)
o Passiva (a que o banco paga aos depositantes)
o
Curva de Lorenz
A curva de Lorenz relaciona:
 A percentagem da população de um país
 Ordenada por ordem crescente dos seus rendimentos, a percentagens do Rendimento Nacional que em
população recebe.
Nota: quanto mais afastada a curva estiver da reta equidistribuição maior e a desigualdade verificada na repartição do Rendimento.

Rendimento Nacional per capita

O rendimento nacional per capita representa:

 A parcela do rendimento que, em média, cada habitante receberia se houvesse uma repartição equitativa;

 Uma média.

Nota: é utilizado para efetuar comparações internacionais ou entre regiões de um mesmo país. A sua utilização apresenta algumas
limitações, pois sendo uma média, esconde ou esbate as desigualdades.
Repartição pessoal dos rendimentos

Fatores da desigualdade pessoal:

 Diferentes distribuições da propriedade

 Desigualdades salariais
Leque salarial

Redistribuição dos rendimentos

Atua em 2 formas:
 Verticalmente: reduzindo as desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos, através dos
impostos diretos
 Horizontalmente: ao efetuar transferências para as famílias mais carenciadas, através, de subsídios.

Objetivos:
 Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos rendimentos:
 Cobrir coletivamente os riscos individuais
 Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços sociais.

Políticas de redistribuição:
 De preço: que consiste, por um lado, na aplicação de impostos indiretos sobre o consumo de bens ou serviços
consumidos sobretudo pelas classes de rendimentos mais elevados e, por outro lado, na atribuição de subsídios
aos bens ou serviços de primeira necessidade, de forma a torna-los mais acessíveis à população em menores
recursos, caso da saúde ou da educação.

 Social: através da criação de sistemas de segurança social, o Estado garante a proteção dos cidadãos em
situações de invalidez, desemprego ou velhice.

 Fiscal: que consiste na aplicação de impostos diretamente sobre os rendimentos das pessoas ou de impostos
indiretos que incidem sobre os bens e serviços

Poupança

Poupança proporciona: consumo no futuro das famílias;


Recursos necessários ao investimento na atividade produtiva.

Destino na poupança:
 Entesourado: o aforrador guarda a poupança, não há qualquer renumeração;
 Depositada: o aforrador constitui um depósito junto de uma instituição bancaria, à poupança é renumerada
através de juros.
 Investido: o aforrador aplica a poupança na aquisição de bens de produção, neste caso a renumeração é variável
consoante o desempenho da empresa e designa-se por lucro.

Investimento

Funções do investimento:
 Investimento de substituição: destinado à aquisição de equipamentos para repor os que ficam obsoletos,
garante a continuidade do processo produtivo.

 Investimento de inovação: destinado à modernização do processo produtivo, indispensável para a melhoria da


qualidade dos bens e serviços predados.

 Investimento de aumento da capacidade de produção : destinado à aplicação da capacidade produtiva da


empresa, por forma de responder à maior procura no mercado.
Tipos de investimento:

 Investimento material: representa a aplicação da poupança na aquisição de bens de produção e na aquisição de


matérias-primas e subsidiarias.

 Investimento imaterial: representa a aplicação de poupança na pesquisa e na descoberta de novas formas de


fabrico, novas matérias-primas.

 Investimento financeiro: corresponde ao aumento do capital social das empresas.


Inovação tecnológica. Investigação e Desenvolvimento

 Proporciona o aparecimento de novas matérias- primas, o aperfeiçoamento de bens já existentes e a descoberta


de novas tecnologias geradoras de novos bens.

 Coloca no mercado novos bens e/ou bens de melhor qualidade. Estas mudanças por vezes, são acompanhadas,
a médio prazo, do embaratecimento dos bens e da generalização do seu consumo.

Provocando:

 A dinamização de atividades relacionadas com a produção dos novos bens e/ou dos bens com maior qualidade
(ao criar emprego, aumentar a riqueza criada no país acentuado o crescimento económico).

 A retração das atividades com o desaparecimento de outros bens que caíram em desuso (ao aumentar o
desemprego, extinguindo certas profissões e ao contribuir para reduzir a criação de riqueza).

 A Investigação e Desenvolvimento vai criar novos empregos mais qualificados.

Capacidade e necessidade de financiamento

Há 2 tipos de financiamento:

 Financiamento interno: utilização do próprio recurso e representa a aplicação da poupança realizada pelo
próprio agente económico na formação de capital – autofinanciamento.

 Financiamento externo: corresponde ao investimento a partir de fundos alheios e pode assumir diferentes
modalidades: recurso ao crédito e ao aumento do capital.

o Financiamento direto: quando os recursos são obtidos através do mercado primário de títulos.

o Financiamento indireto: quando os recursos são obtidos junto de intermediários financeiros.

Funcionamento e Financiamento

Crédito e taxa de juro

Os serviços prestados pelas instituições bancárias podem ser classificados em:

 Operações ativas (Taxa de juro ativa): cedência de recursos por parte dos bancos aos restantes agentes
económicos.

 Operações passivas (Taxa de juro passiva): bancos recebem as poupanças das famílias, das empresas e do
estado.

Os créditos podem assumir diferentes formas de acordo com os seguintes créditos:

 Aplicação
o Crédito à produção: é quando as empresas contraem créditos para manter, ampliar ou modernizar a
capacidade de produção. (garante o financiamento e o funcionamento)

o Crédito ao consumo: é quando as famílias recorrem ao crédito para aquisição de bens de consumo.

 Duração

o Crédito de curto prazo: inferior a 1 ano

o Crédito de médio prazo: entre 1 e 5 anos

o Crédito a longo prazo: habitação

Nota: O crédito disponibilizado pelas instituições bancárias tem por objetivo proporcionar o aumento imediato do consumo e de
proporcionar os recursos necessários ao investimento.

Criação de moeda

Multiplicador do crédito = 1/ taxa de reserva obrigatória

Criação máxima de moeda = valor inicial do depósito x multiplicador do crédito

Instituições financeiras

As instituições financeiras podem classificar-se em:

 Instituições financeiras monetárias: estas instituições podem receber depósitos e criar moeda através da
concessão de crédito.

Exemplos: Banco de Portugal, Bancos de Poupança e Bancos Universais.

 Instituições financeiras não monetárias: estas instituições não podem receber depósitos, mas concedem crédito
financiado através da emissão de obrigações, de suprimentos e da contração de credito junto de outras
instituições de crédito.

Exemplos:

o As sociedade de locação financeira (leasing): são sociedades que colocam à disposição de outras
instituições bens móveis ou imóveis mediante o pagamento de uma importância.

o As sociedades de factoring (sociedade de cessão financeira): adquirem a outras instituições os


seus créditos a curto prazo e dispõem-se a converter esses créditos em moeda, mediante o
pagamento de uma comissão pelo serviço prestado e de um juro no caso de pagamento
antecipado.

o As sociedade de capital de risco: são sociedades anónimas que participam temporariamente no


capital social de outras empresas ou no financiamento de projetos.

Mercado de títulos

Ações

Obrigações

O Mercado de Títulos subdivide-se em dois outros mercados:

 o mercado primário, constituído pelos títulos que iniciam a sua circulação e são representativos do
financiamento externo direto.
 o mercado secundário, constituído pelos títulos após o momento da sua emissão. Em Portugal, este
mercado é constituído pela bolsa de Derivado do Porto.

As Bolsas de Valores

O investimento em Portugal e o investimento português no estrangeiro

Investimento Público: é realizado pela administração pública e destina-se à criação de infraestruturas como estradas,
hospitais, etc.

Investimento Privado: é realizado pelas famílias e pelas empresas e tem como objetivo a compra de habitação, e de bens
de produção.

Investimento direto estrangeiro: representa a compra ou a construção de raiz de uma empresa num país, por parte de
um não residente, com objetivo de participar nas decisões da empresa.

Investimento em carteira: representa a aquisição de ativos financeiros sem o objetivo de desenvolver uma atividade
empresarial.

Atividade Económica

A atividade económica consiste na:

 Produção;

 Distribuição;

 Repartição dos Rendimentos;

 Utilização dos Rendimentos.

Agentes Económicos

Os agentes económicos são:

 Famílias (consumo de bens e serviços não financeiras);

 Empresas não financeiras (produção e distribuição de bens e serviços);

 Instituições Financeiras (prestação de serviços financeiras);

 Administração Pública/Estado (satisfação das necessidades coletivas);

 Resto do Mundo (troca de bens, serviços e capitais).

Fluxos

Há três tipos de fluxos:

Circuito Económico

No entanto apresenta duas limitações:

 é impossível representar todas as relações económicas que se estabelecem entre os diversos agentes
económicos.

 o circuito económico, revela-se incapaz de traduzir o equilíbrio económico, sobretudo se o numero de fluxos
nele representado for muito elevado.
Através de um sistema de contas é possível constatar que:

 os Empregos de um agente são os Recursos de outros;

 o total de Recursos de um agente deve ser igual ao total dos Empregos desse mesmo agente.

Nota: a produção, a distribuição, a repartição dos rendimentos e a utilização dos rendimentos são funções interligadas. Pois são elas, que em
conjunto satisfazem as necessidades humanas.
O equilíbrio económico implica que se verifique a seguinte igualdade: Produto= Rendimento=Despesa
Contabilidade Nacional
As suas funções são:
 descrever os principais agentes económicos;
 verificar e validar a teoria económica;
 classificar e medir de forma sistemática as transações comerciais;
 definir politicas económicas e avaliar a sua eficácia;
 estabelecer comparações entre diferentes economias.

Sistema de contabilidade nacional

Conjunto de operações da contabilidade nacional:


o as operações sobre bens e serviços
o as operações de distribuição
o as operações financeiras

Intuições responsáveis pelas contas:


 O Instituto Nacional de Estatísticas (INE)
 O Banco de Portugal (BP)

Produto Interno Bruto

Procura medir:
 o rendimento total de todas as pessoas de uma economia;
 a despesa total de uma economia na produção de bens e serviços.

Território económico e geográfico

Poder-se-á entender a delimitação da atividade económica dos seguintes modos:


Interno - produto gerado dentro de fronteiras geográficas;
Nacional - produto gerado pelos residente do pais;
Residente - é o indivíduo que habita no país há mais de um ano.

Unidade institucional

Existe três sectores:


- Sector I ( sector primário)
- Sector II (sector secundário)
- Sector III (sector terciário)
Óticas do cálculo do valor da produção
Conceitos associados ao produto
Produto Bruto / Produto Líquido

Produto Interno / Produto Nacional

Nota: SRRM é o saldo dos rendimentos com o resto do mundo = rendimentos dos fatores produtivos recebidos do resto do mundo - rendimentos
dos fatores produtivos pagos ao resto do mundo.
Produtos a Custo de Fatores / Produto a Preços de Mercado

A valorização diz-se a preços corrente quando tomam por referência os preços desse mesmo ano, mas, se essa
valorização for efetuada com base em preços de um outro ano, diz-se a preços constantes desse outro ano.

Deflator do PIB

Índice de Preços no consumidor (IPC), quantifica o preço médio dos bens e serviços comprados pelos consumidores.

Taxa de crescimento do produto

Taxa de crescimento do PIB em termos nominais:

Para obter o crescimento em termos monetários:

Para obter a taxa de crescimento em termos monetários:

Taxa de crescimento do PIB em termos reais.

Para obter o crescimento em termos reais:

Para obter a taxa de crescimento em termos reais:

Óticas do cálculo do valor do produto de um país

 Ótica do Produto

O produto é obtido da soma de todo o valor acrescentado da economia, quer de empresas produtoras
de bens finais quer de bens intermédios, analisando o valor do produto através da participação de cada ramo de
atividade.
 Ótica do Rendimento

O produto é calculado como sendo o total do rendimento gerado pela produção de bens e serviços,
analisando o valor do produto através da repartição dos rendimentos resultantes da produção pelos diversos
intervenientes no processo produtivo.

 Ótica da Despesa

O produto é determinado pela despesa necessária na compra de todos os bens finais e serviços
produzidos durante o período, dando relevo ao destino dado à produção global.

Ótica do Produto

Ótica do Rendimento
Nota: EBE = rendas, juros e lucros

Ótica da Despesa

Nota: DI =Despesa interna


C = Consumo
G = Consumo coletivo
I = Investimento bruto
X = Exportações
M = Importações

Limitações da Contabilidade Nacional


 Agregação do valor de mercado e do produto não contabilizado;
 Necessidade de evitar a dupla contabilização;
 Delimitação espacial e temporal;
 Não considerar as externalidades.

A necessidade e a diversidade de relações internacionais

Em economias abertas, podemos falar de comércio a dois níveis distintos:

 Comércios internos: quando as transações são efetuadas entre agentes económicos residentes no mesmo país.

 Comércio externo: é quando pretendemos aludir ao comércio entre um país específico e os restantes países.
Diferença entre comércio externo e comércio internacional

Divisão internacional do trabalho

São várias as razões que justificam a especialização, todas elas conduzindo ao reconhecimento de que países
dispõem de diferentes capacidades de produção:

 Desigualdade distribuição de reservas de recursos naturais;

 Diferença na localização geográfica, no clima, no relevo e na fertilidade dos solos;

 Diferenças ao nível da formação dos recursos humanos e disponibilidade de capital;

 Diferentes estágios de desenvolvimento enológico;

A internacionalização da economia abrange quartos grandes tipos de transações entre agentes económicos de países
diferentes:

 movimentos internacionais de bens e serviços (comercio interno);

 movimentos internacionais de fatores de produção (investimento direto estrangeiro, migrações


internacionais)

 movimentos de ativos financeiros que suportam os movimentos de bens, serviços e fatores de produção
(balança de pagamento);

 transferências internacionais de rendimento (remessas de emigrantes, repartimentos de lucros, ajuda


externa).

O registo das relações com Resto Mundo - Balança de Pagamentos

Componentes da Balança de Pagamentos

 Balança Corrente

o Balança de Mercadorias

o Balança de Serviços

o Balança de Rendimentos

o Balança de Transferências Corrente

 Balança de Capital

 Balança Financeira

 Erros e Omissões

Balança Corrente

Balança de Mercadorias

- a débito é o valor das importações

- a crédito é o valor das exportações


Saldo da Balança de Mercadorias = Exportações - Importações
Nota: deficitária - Importações > Exportações
Equilibrada - Importações = Exportações
Superavitária - Importações < Exportações

Indicadores Importantes de comércio externo:

- Taxa de Cobertura

- Grau de cobertura ao exterior

- Estrutura das exportações e das importações

Estrutura das exportações e das importações

Nota: a partir das estrutura sectorial é possível tirar conclusões quanto ao grau de desenvolvimento de um país. Assim, no caso dos países
desenvolvidos, as exportações respeitam a produtos de elevado valor acrescentados e as importações a produtos de reduzido valor acrescentado
com os países menos desenvolvidos, acontece precisamente o contrário.

Balança de Serviços

Os sistemas de câmbio normalmente utilizados são:


- o sistema de taxas de câmbio fixas
- o sistema de taxas de câmbio flutuantes

O sistema de taxas de câmbio fixas é aquele em que as autoridades monetárias de um país fixam a taxa à qual a sua
moeda será convertida noutras moedas.

O sistema de taxas de câmbio flutuantes (ou flexíveis) é aquele em que as taxas de câmbio são definidas através dos
mecanismos de mercado, sem a intervenção da autoridade monetária.

Valorização / Desvalorização

Nota: a desvalorização da moeda de um país significa que com a mesma quantidade de moeda desse pais passa a ser possível adquirir uma
quantidade menor de outras moedas. Por sua vez, uma valorização tem obviamente o efeito contrário.

Balança de Rendimento

Na Balança de Rendimentos são registado os movimentos de capitais relacionados com os pagamentos e recebimentos
de juros resultantes de empréstimos concedidos e obtidos e de lucros (dividendo) resultantes de capitais investidos.

Esta balança inclui as seguintes rubricas:


- Rendimentos de trabalho
- Rendimentos de investimento
 Rendimentos de investimento direto
o De ações e outras participações
o De empréstimos e títulos de dívida
 Rendimentos de investimento de carteira
o De ações e outras participações
o De títulos de dívida
 Rendimento de outro investimento

Balança de Transferências Correntes

Saldo da Balança Corrente é obtido através da soma algébrica dos saldos das balanças de mercadorias, de serviços,
de rendimento e de transferências correntes.

Balança de Capital

Na balança de capital incluem-se as transferências de capital e a aquisição e cedência de ativos não produzidos não
financeiros. Esta rubrica abrange:
- a compra e venda de ativos intangíveis (patentes, licenças, copy - rights, marcas, franchises)
- as transações sobre ativos tangíveis (aquisição de terrenos por embaixadas).

Balança corrente e capital


O saldo conjunto das duas balanças indica se uma economia está numa situação credora ou vedora face ao Resto do
Mundo.
- se apresenta valores positivos, significa que a economia tem capacidade de financiamento.
- se apresenta valores negativos, significa que a economia tem necessidade de financiamento.

Balança Financeira

A balança financeira apresenta o seguinte desagregação por categorias funcionais:


- investimento direto
- investimento de carteira
- outro investimento
- derivados financeiros
- ativos de reserva

Saldo da Balança Financeira

Nota: a balança de pagamento apresenta sempre um saldo nulo.

As políticas do comércio externo

Existem duas políticas do comércio externo:


- o protecionismo
- o livre - cambismo

Protecionismo

Instrumentos de política externa de protecionismos:


- Barreiras Alfandegárias
 Barreiras tarifárias (direitos aduaneiros): são impostos que incidem sobre as importações
efetuadas por um país. Podem ser um valor previamente fixado (tarifa específica), um valor
percentual do valor importado (tarifa ad valorem) ou uma tarifa mista (incidência simultânea de
ambas).

 Barreiras não tarifárias: conjunto de restrições de importações que não passam pela incidência
de taxas ou impostos. Destaca-se:

o Contingentação: trata-se de estabelecer limites (quotas) à quantidade importada


ou ao valor das importações. Objetivo de proteger às indústrias nacionais.
o Barreiras técnicas: carateriza-se pelo estabelecimento de normas visando a
harmonização de regulações técnicas, padrões e normas de inspeção. Também
as normas industriais, de segurança, embalagens e as normas sanitárias

- Subsídios à exportação: o objetivo não é desincentivar as importações, mas sim encorajar a venda de produtos
nacionais a países terceiros.

- Dumping: é uma prática que consiste na venda dos produtos nacionais a países terceiros a preços inferiores aos
praticados internamente.
- Desvalorização da moeda

Vantagens e inconvenientes desta política

Livre - Cambismo

Vantagens e inconvenientes desta política

As relações de Portugal com a UE e com o Resto do Mundo

A criação de comércio:

Surge pela abolição de tarifas aduaneiras em espaços comunitários como a UE. Desta forma, substituem-se
bens com preços mais elevados pelo novo comércio com preços mais baixos.

O desvio do comércio:

Acontece quando, pelo facto de se abolirem as fronteiras, há uma reorientação do comércio devido à
substituição dos bens com preços mais elevados.

Funções e organização do Estado

Funções jurídicas do Estado

- Funções legislativa: tem por objetivo legislar de acordo com as políticas delineadas.
- Funções executivas ou administrativa: tem por objetivo a execução das leis e satisfação de necessidades da
coletividade.
- Funções judicial ou jurisdicional: carateriza-se pela resolução de casos concretos através da aplicação da lei e da
penalização daqueles que a violam.

Os órgãos de soberania estão definidos na constituição da Republica Portuguesa:

 O Presidente da Republica
 A Assembleia da Republica
 O Governo
 Os Tribunais.

Funções não jurídicas do Estado

- Funções políticas: incluem-se aquelas que pretendem satisfazer os interesses da comunidade como um todo,
tais como, a justiça, a defesa, a segurança, a educação, entre outros.
- Funções sociais: reduzir as desigualdades sociais, adotando medidas adequadas, como a atribuição de um
subsidio aqueles que são vitimas do desemprego, a fixação de um salário mínimo, entre outras.
- Funções económicas: preocupa-se com o desenvolvimento económico, que se concretiza, por exemplo, com o
incentivo à investigação científica, com o desenvolvimento da educação pública, da saúde pública e das
infraestruturas, como o saneamento básico e a construção de vias de comunicação, que possibilitem a
circulação de pessoas e bens.

Sector Público

- Sector público administrativo


- Sector empresarial do Estado
Sector Público Administrativo

- Administração central
- Segurança Social
- Administração Territorial ou Local

Sector Empresarial do Estado

- Empresas públicas
- Empresas mistas
- Empresas intervencionadas

A intervenção do Estado na atividade económica

Estado Liberal

- Define o quadro jurídica da economia


- Não interfere diretamente na economia
- Garante o funcionamento do mercado

Estado intervencionista

- Condução de políticas anticrise


- Planeamento da economia
- Constituição de um sector público empresarial
- Regulação da atividade económica
- Fiscalização dos agentes económicos
- Dinamização da economia (promoção do crescimento económico)

O Estado deve garantir:

Eficiência: utilização dos recursos devera procurar a máxima satisfação com o mínimo de custo.

Equidade: repartição mais equilibrada da riqueza

Estabilidade: diminuir a amplitude das flutuações da atividade económica, evitando as crises.

Razões que justificam a intervenção do Estado numa economia de mercado

o definir regras de regulação dos mercados


o prevenir crises económicas
o estimular o crescimento sustentado da economia
o proporcionar o acesso a bens e serviços essenciais
o combater a exclusão social.
Nota: o estado deve assumir-se como agente dinamizador, regulador, planificador e fiscalizador.

Bens públicos
Exemplo: farol, defesa nacional

Função de planeamento

Plano

 O plano é imperativo para o setor público


 O plano é indicativo para o setor privado

O Estado pode recorrer:

 à intervenção direta: satisfazendo necessidades da coletividade através da produção de bens e serviços para tal.
 a políticas económicas: política orçamental, política monetária, empresas públicas, regulamentações.
Nota:

 A política orçamental diz respeito às receitas, às despesas do Estado e o seu saldo.


 Política monetárias tem por objetivo controlar a oferta de moeda, as taxas de juro e as condições de crédito.
 As empresas públicas podem ser usadas como instrumentos de controlo.

Orçamento do Estado

Funções do Orçamento:

 Funções económicas:
- racionalidade económica
- eficácia, como quadro de elaboração de políticas financeiras
 Funções políticas
- garantia dos direitos fundamentais
- garantia de equilíbrio e separação dos poderes
 Funções jurídicas
- limitação jurídicas da Administração, diversa e mais forte que a do Direito Administrativo.

A elaboração do Orçamento tem de submeter-se às seguintes regras:

 anualidade
 plenitude
 discriminação orçamental
 publicidade
 equilíbrio

Despesa pública

Tipologia das despesas públicas:

 Despesas correntes: são utilizadas durante um ano.


Exemplos: salários, pensões subsídios, pagamento de juros, etc.

 Despesas de capital: são utilizadas durante um ano, mas os seus efeitos continuam a fazer-se sentir nos anos
seguintes.
Exemplo: investimentos, aquisição de equipamentos, etc.

Receitas públicas

Tipologia das receitas públicas

 Patrimoniais: receitas que resultam da administração do património do Estado ou da disposição de elementos


do seu ativo que não tenham caracter tributário.
Ex: rendimento de propriedade, venda de bens duradouros, etc.

 Tributárias: constituem o grosso das receitas correntes e a parcela mais importante do total.
Ex: impostos diretos e indiretos, taxas expressamente qualificadas no Orçamento, etc.

 Creditícias: receitas que resultam da contração de empréstimos.

As receitas tributárias são as maiores contribuintes para o total das receitas públicas.

- Taxas
- Impostos
Taxa

Imposto
- características do imposto
- é uma obrigação legal
- é uma obrigação definitiva
- é uma receita com função não sancionatória nem compensatória
- é uma receita unilateral
-
Tipos de impostos:

o diretos: incidem diretamente sobre o rendimento ou sobre o património.


Ex: IRS; IRC; IMI; IMT; IS

o indiretos: incidindo diretamente sobre o consumo.


Ex: IVA; ISP

Dívida Pública

A dívida pública pode ser dividida em:

 dívida pública flutuante( ou a curto prazo): corresponde às obrigações que podem ser liquidadas dentro do
mesmo período orçamental (ou no período seguinte, mas dentro do prazo de um ano);

 dívida pública fundada (ou a longo prazo): corresponde às obrigações assumidas num determinado período
orçamental e que devem ser liquidadas em período posterior, superior a um ano.

Políticas económicas e sociais

As políticas económicas dividem-se em:

 Políticas sectoriais: incidem sobre um sector (agricultura, indústria)

 Políticas especificas: política fiscal, política orçamental, política monetária, política de preços, política de
combate ao desemprego, política de redistribuição dos rendimentos, política do ambiente.

Estas políticas podem ter objetivos:

 estruturais (de longo prazo): se o objetivo for a modificação das estruturas de base do funcionamento da
economia;
 conjunturais (de curto prazo): se o objetivo é fazer correções pontuais aos objetivos delineados.

As políticas sociais visam:

- a satisfação de necessidades coletivas


- a proteção individual dos cidadãos
- a promoção da justiça social
Principais políticas económicas e sociais ao dispor do Estado

Política fiscal
É um programa relativo à aquisição de bens e serviços e despesas com transferências e ao montante e
tipologia das taxas de impostos.
Há 2 tipos de política fiscais: Política fiscal Expansionista e a Política fiscal Retracionista

Política orçamental
Consiste num conjunto de decisões sobre as receitas e despesas públicas com o intuito de alcançar objetivos
específicos (controlo da inflação, redistribuição dos rendimentos, combate ao desemprego, entre outras).

A política orçamental tem como principais objetivos:

- satisfação de necessidades sociais (educação, saúde, segurança, etc.)

- eficiência na utilização dos recursos (ou seja, o preço dos bens e serviços vendidos no mercado deve ser
encontrado pela avaliação social dos respetivos benefícios)

- correção na distribuição do rendimento (redistribuir de forma a diminuir ou eliminar desigualdades entre os


indivíduos)

- crescimento económico (o crescimento económico permite um aumento do nível de vida dos indivíduos e das
comunidades)

Política monetária
Visa o controlo da oferta de moeda, das taxas de juro e das condições de crédito.

Objetivos e instrumentos da política monetária:

Objetivos:

 objetivos quantitativos (taxa de crescimento da massa monetária)

 objetivos de taxas de juro (escolha de um nível)

 objetivos de câmbio

Instrumentos:

 enquadramento do crédito

 custo de refinanciamento dos bancos

 reservas obrigatórias dos bancos

 intervenção do banco central no mercado monetária.

Política de preços
Visa combater a inflação e originar uma maior justiça social através do controlo dos bens essenciais.
Consequências desta política:
 congelamento dos preços

 fixação de preços máximos

 lançamento de impostos indiretos


Política de combate ao desemprego
Varia conforme as causas do desemprego

As medidas preventivas devem basear-se em:

- empregabilidade dos indivíduos

- adequação ao emprego e espirito empresarial

- flexibilidade e adaptabilidade face às mutações tecnológicas

- igualdade de tratamento entre homens e mulheres e para com os deficientes.

Políticas de redistribuição de rendimento


Visa atenuar as desigualdades sociais
Pode ter influencia na repartição dos rendimentos primários (congelamento dos salários) ou na redistribuição dos
mesmos (criação ou eliminação de prestações sociais, entre outras).
Políticas sectoriais (agrícola e industrial)
Pretendem atuar sobre as estruturas produtivas de um sector, com o objetivo de obter o seu desenvolvimento a longo
prazo:

 Política agrícola: visa aumentar a produtividade da agricultura, mas, acima de tudo, visa o apoio aos preços e
aos rendimentos dos agricultores.

 Politica industrial: visa agir sobre o sector secundário da economia, para melhorar a competitividade.

Políticas do ambiente

Exigem políticas especificas que podem ser passadas à prática através de duas formas:

 ativação direta ( controlando produtos, processos e recursos)

 através da persuasão sobre os poluidores, incentivando a redução ou extinção do foco poluidor.

Meios que o Estado usa para alcançar tal fim são:

- poder legislativo: criando leis proibitivas de certas atividades poluentes, impondo quotas de poluição ou ainda
exigindo a utilização de processos antipoluentes;

- meios económicos: taxas, subsídios ao uso de "tecnologias limpas", isto é, não poluidoras

Integração económica

Formas de integração económica Sistema de preferência aduaneira

É um tipo de integração muito simples, utilizado nomeadamente pelos países Commonwealth e que
visa o estimular de vantagens aduaneiras mútuas aos intervenientes.

Zona de comércio livre

Consiste na livre circulação de mercadorias entre países pertencentes a essa organização, sendo suas
características a livre circulação apenas dos produtos originários dos países pertencentes à zona de comercio livre.

Cada país mantém a sua pauta aduaneira e o seu regime de comércio com outros países.

Exemplo: EFTA
União aduaneira

Comporta a livre circulação de todos os produtos que se encontrem no território dos membros, ou seja,
a livre circulação das mercadorias em geral.

Eliminam-se todos os direitos aduaneiros das trocas comerciais e é aplicada uma pauta aduaneira
comum.

Mercado comum

A circulação de capital, trabalho, bens e serviços entre os membros deve ser tao livre como dentro do
território de cada um dos membros.

A ideia de mercado comum pressupõe uma coordenação / harmonização das diversas políticas nacionais, o que
implica desde logo a adoção de políticas comuns aos diversos Estados-membros.

União económica

Procura-se harmonizar ou uniformizar as diversas legislação nacionais segundo o sistema comunitários,


as quais devem estar sob o controlo de uma autoridade comum, pelo que as politicas nacionais acabam por ser
substituídas por políticas comuns a todos os Estados.

Vantagens de integração económica

- economias de escala

- criação ou desenvolvimento de atividades dificilmente compatíveis com a dimensão nacional

- formulação mais coerente e rigorosa das politicas económicas

- transformação das estruturas económicas e sociais

- reforço da capacidade de negociação

- intensificação da concorrência e consequentes vantagens para os consumidores

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)


Nota: o tratado CECA é o mais antigo dos três tratados. Atingiu o seu termo de vigência em 23 de Julho de 2002.

Comunidade Europeia de Energia Atómica (Euratom)


Nota: o tratado foi anunciado em Roma, em 25 de Março de 1957, e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1958.

Comunidade Económica Europeia (CEE)

Os objetivos da CEE foram:

 Criação de uma união aduaneira;

 Criação de um mercado comum baseado nos quatros liberdades de circulação (de mercadorias, de pessoas, de
capitais e de serviços) e na aproximação gradual das politicas económicas nacionais.
As consequências da união aduaneira nos países – membro foram:

 Multiplicação dos investimentos;

 Aumento das trocas comerciais;

 Acesso, por parte dos consumidores, a uma diversidade de produtos a preços mais baixos.

Mercado Único Europeu

Objetivos do Tratado da UE

Com a assinatura do Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht), procura
-se reforçar a cooperação política europeia, desenvolver a vertente social da Comunidade e melhorar a eficácia e a
legitimidade democrática das instituições.

O Tratado da União Europeia (UE) foi assinado em Maastricht, em 7 de Fevereiro de 1992 e entrou em vigor em
1 de Novembro de 1993.

A União Europeia assenta em três pilares:

 Comunidade Europeia (somatório das anteriores CEE, CECA e EURATOM), recetora das competências nacionais
transferidas e na qual domina o "método comunitário".
 Política Externa e de Justiça e Assuntos Internos (JAI)
 Segurança Comum (PESC)

As instituições comunitárias são:

 O Conselho da União Europeia, que representa os Governos dos Estados - membros que procuram definir a
política global;
 A Comissão Europeia, um órgão politicamente independente que representa o denominado interesse
comunitário;
 O Parlamento Europeu, que representa os cidadãos de todos os Estados - membros;
 O Tribunal de Justiça, que é responsável por fazer cumprir os Tratados;
 O Banco Central Europeu tem por função garantir a estabilidade dos preços;
 Tribunal de Contas, verifica se os fundos da UE são utilizados de uma forma legal;
 Banco Europeu de Investimento , empresta dinheiro para projetos de interesse europeu;
 Comité Económico e Social Europeu é um organismo consultivo, chamado a pronunciar-se sobre propostas de
decisão da UE relativas a emprego, despesas sociais, formação profissional, etc.
 Comité das Regiões é consultado antes da tomada de decisões da UE, que tenham um impacto direto a nível
local ou regional.

Podemos distinguir quatro tipos de atos jurídicos comunitários:

- regulamentos: tem origem na Comissão ou no conselho europeu e é o ato mais importante, pois impõe - se,
direta e imediatamente, a casa país-membro
- diretiva: geralmente emitida pelo conselho de Ministros, impõe-se aos Estados, os quais a devem integrar na sua
legislação nacional;
- decisão: é um ato individual obrigatório que respeita a um Estado, empresa ou particular;
- recomendação: é um ato que não cria obrigações jurídicas para o seu destinatário.
União Económica e Monetária

A União Económica e Monetária europeia (UEM) foi conseguida através de um processo delineado em etapas de
integração económica que se caracterizou pela adoção de uma moeda única (euro) para os Estados-membros e a
elaboração e execução de uma política monetária definida pelo BCE (Banco Central Europeu).

Critério de Convergência

 Défice e Dívida Pública - défice orçamental ≤ 3% do PIB; Dívida Pública ≤60% do PIB

 Estabilidade dos preços - inflação não deve ultrapassar em mais de 1,5 pontos a média dos três melhores países
nessa matéria.

 Taxas de juro - taxa de juro a longo prazo não pode exceder em mais de 2 pontos as taxas médias dos três
melhores países e manutenção de uma margem de flutuação de 2,25%

 Estabilidade monetária - as taxas de câmbio das moedas europeias devem permanecer num intervalo muito
estreito durante os dois anos anteriores.

Os benefícios do euro são:

- poupança devido ao uso de apenas uma moeda;


- facilidade em comparar preços, resultando em preços mais baixos;
- pressão sobre as empresas para serem mais eficientes e cortarem nos custos.

Politicas económicas na UEM

Política monetária: definida pelo Banco Central europeu (BCE) e cujo objetivo é a estabilidade dos preços;

Política orçamental: está sob a tutela dos vários Estados-membros da UEM e condicionada pelo PEC (Pacto de
Estabilidade e Crescimento).

Alargamento da União Europeia

Vantagens do alargamento da UE:

- Crescimento da dimensão do mercado interno (mercado único), aumentado as possibilidades de troca entre
particulares e empresas;
- aumento das possibilidades de escolha para particulares e empresas;
- aumento das possibilidades de emprego geradas pela liberdade de circulação de pessoas ao possibilitar que
trabalhem e residem no Estado-membro onde trabalham;
- redução das possibilidades de conflito entre os Estados-membros devido à condição de pertença a um mesmo
mercado gerador de benefícios mútuos;
- benefício da cidadania da União para os cidadãos, no que toca a certos direitos, como o direito de voto nas
eleições europeias, o direito de livremente circular e permanecer nos países aderentes, o direito a ser protegido
relativamente a países terceiros, entre outros.

Orçamento comunitário
O orçamento comunitário obedece a diversos princípios, de entre os quais se destacam os seguintes:

- a unidade (o conjunto das receitas e das despesas é reunido num documento único);
- a anualidade (as operações orçamentais referem-se a um exercício anual);
- o equilíbrio (as despesas não devem exceder as receitas).

Nesta matéria, o poder de decisão é partilhado por:

- Conselho
- Parlamento
A Comissão tem a função de:

- elaboração da proposta de Orçamento;


- execução do Orçamento (cuja função de verificação cabe ao Tribunal de Contas)
Receitas e Despesas Orçamentais

Fundos Estruturais

Exemplos de fundos estruturais:

 FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional


 FSE - Fundo social Europeu
 FEOGA - Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola
 IFOP - Instrumento Financeiro de Orientação da Pesca

Fundo de Coesão

Políticas Comunitárias

As principais políticas comunitárias são:

- políticas agrícolas comum (PAC)


- política regional
- política social

Política Agrícola Comum (PAC)

A política agrícola comum (PAC) é da competência da União Europeia (UE) e dos Estados -membros.

A comunidade europeia, tem por finalidade assegurar preços razoáveis aos consumidores europeus e
uma remuneração equitativa aos agricultores, nomeadamente mediante a organização comum dos mercados agrícolas e
o respeito pelos princípios. Tais como: a unicidade dos preços, solidariedade financeira e preferência comunitária.

Política Regional
A política regional é financiada pelos fundos estruturais e pelo fundo de coesão, que se destinam a
modernizar as estruturas económicas e sociais das regiões menos desenvolvidas.

Política Social

Os objetivos da política social são:

- promoção do emprego
- melhoria das condições de trabalho
- proteção social adequada
- diálogo social
- formação dos recursos humanos que permita um nível de emprego elevado e sustentável
- luta contra a exclusão

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