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Catalunha

Catalunha é uma comunidade autônoma da Espanha localizada na extremidade leste da


Península Ibérica. A Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, Girona, Lérida e
Tarragona. A capital e a maior cidade é Barcelona, o segundo município mais povoado de
Espanha e o núcleo da sétima área urbana mais populosa da União Europeia. A Catalunha
compreende a maior parte do território do antigo Principado da Catalunha (com exceção de
Rossilhão, agora parte dos Pirenéus Orientais da França). Tem fronteiras com a França e
Andorra ao norte, o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades autônomas espanholas de
Aragão a oeste e Valência ao sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano
aranês.

História
 No final do século VIII, os municípios da Marca de Gócia e a Marca Hispânica foram
estabelecidos pelo Reino Franco como vassalos feudais perto dos Pirenéus orientais
como uma barreira defensiva contra invasões muçulmanas. Os municípios orientais
dessas marcas estavam unidos sob o domínio do vassalo franco, o Conde de
Barcelona, e mais tarde passaram a se chamar "Catalunha". Em 1137, a Catalunha e o
Reino de Aragão foram fundidos após a união real entre a Coroa de Aragão e o
Principado da Catalunha. A região tornou-se a base do poder naval da Coroa de Aragão
e do expansionismo no Mediterrâneo.
 Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635-1659), a Catalunha se revoltou (1640-1652
– Guerra dos Segadores) contra uma grande e pesada presença do exército real em
seu território, tornando-se uma república sob proteção francesa. Num breve período,
a França assumiu o controle total da Catalunha, com um alto custo econômico para a
região, até que o exército espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos
Pirenéus, em 1659, que encerrou o conflito entre franceses e espanhóis, a Coroa
Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente incorporadas no
condado de Rossilhão, para a França. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-
1714), a Coroa de Aragão partiu contra o Bourbon Felipe V da Espanha, cuja vitória
subsequente levou à abolição de instituições não castelhanas em toda a Espanha e à
substituição do latim e outras línguas (como o catalão) pelo espanhol em documentos
legais.
 No século XIX, a Catalunha foi severamente afetada pelas Guerras Napoleônicas. Na
segunda metade do século, a região experimentou uma significativa industrialização.
À medida que a riqueza da expansão industrial crescia, houve um renascimento
cultural juntamente com o nacionalismo incipiente, enquanto vários movimentos
operários apareceram. Em 1914, as quatro províncias catalãs formaram uma
comunidade e, com o retorno da democracia durante a Segunda República Espanhola
(1931-1939), a Generalidade da Catalunha foi restaurada como um governo
autônomo. Contudo, após a Guerra Civil Espanhola, a ditadura franquista decretou
medidas repressivas, aboliu as instituições locais e proibiu novamente o uso da língua
catalã. Do final dos anos 1950 ao início dos anos 1970, a região passou por um rápido
crescimento econômico, o que tornou Barcelona uma das maiores áreas
metropolitanas industriais europeias e transformou a Catalunha em um importante
destino turístico internacional. Com a redemocratização espanhola (1975-1982), a
região havia recuperado um alto grau de autonomia e era uma das comunidades mais
prósperas da Espanha.

Movimento de Independência
O movimento moderno de independência começou quando o Estatuto de Autonomia de
2006, acordado com o governo espanhol e aprovado por um referendo na Catalunha, foi
contestado na Suprema Corte de Justiça da Espanha, que determinou que alguns dos artigos
eram inconstitucionais ou eram para serem interpretados restritivamente. O protesto
popular contra a decisão rapidamente se transformou em exigências de independência.
Começando com a cidade de Arenys de Munt, mais de 550 municípios da Catalunha
realizaram referendos simbólicos sobre a independência entre 2009 e 2011, todos eles
retornando um amplo apoio ao "sim", com participação de cerca de 30% dos eleitores aptos
a votar. Uma manifestação de protesto de 2010 contra a decisão do tribunal, organizada pela
organização cultural "Òmnium Cultural", contou com a presença de mais de um milhão de
pessoas. O movimento popular alimentou os políticos; um segundo protesto de massa em 11
de setembro de 2012 (o Dia Nacional da Catalunha) exigiu explicitamente que o governo
catalão que começasse o processo de independência. O então presidente catalão, Artur Mas,
convocou uma rápida eleição geral, que resultou em uma maioria pró-independência pela
primeira vez na história da região. O novo parlamento aprovou a declaração da soberania
catalã no início de 2013, afirmando que o povo catalão tinha o direito de decidir seu próprio
futuro político.
O governo catalão anunciou um referendo, que seria realizado em novembro de 2014, sobre
a questão. O referendo iria fazer duas perguntas: "Você quer que a Catalunha se torne um
Estado?" e (se sim) "Você quer que este Estado seja independente?" O governo espanhol
então questionou o Tribunal Constitucional Espanhol, que o declarou inconstitucional. O
governo catalão mudou-o de um referendo vinculativo para uma "consulta" não vinculativa.
Apesar do tribunal espanhol proibir a votação não vinculativa, o referendo da
autodeterminação catalã prosseguiu em 9 de novembro de 2014. O resultado foi uma votação
de 81% para "sim-sim", com participação de 42%. Mas foi convocada outra eleição para
setembro de 2015, que seria um tipo de plebiscito sobre a independência. Os partidos pró-
independentes ficaram aquém da maioria dos votos nas eleições de setembro, embora
tenham ganhado a maioria dos assentos. O novo parlamento aprovou uma resolução
declarando o início do processo de independência em novembro de 2015 e, no ano seguinte,
o novo presidente, Carles Puigdemont, anunciou um referendo vinculativo sobre a
independência. Embora considerado ilegal pelo governo espanhol e pelo Tribunal
Constitucional, o referendo foi realizado em 1 de outubro de 2017. Numa votação em que os
partidos anti-independência pediram a não participação da população, os resultados
mostraram um voto de 90% a favor da independência, com participação 43% do eleitorado.

Com base nesse resultado, em 27 de outubro de 2017, o Parlamento da Catalunha aprovou


uma resolução que criou uma República independente unilateralmente, por uma votação
considerada ilegal pelos advogados do Parlamento da Catalunha por violar as decisões do
Tribunal Constitucional de Espanha. No mesmo dia, no entanto, o Senado da Espanha votou
e aprovou a instituição do artigo 155 da Constituição Espanhola retirando a autonomia à
Catalunha. Mariano Rajoy destituiu o Governo da Generalidade da Catalunha e convocou
eleições para o dia 21 de dezembro de 2017. O partido que obteve mais votos e maioria
absoluta no parlamento regional foi o “Ciudadanos”, que é contrário a independência. No dia
14 de maio de 2018 foi eleito um novo Presidente Catalão, Quim Torra. Em suas primeiras
declarações, ele prometeu "construir um Estado independente em forma de República", o
que indica que o conflito com Madri deve continuar.

A eleição do presidente regional e a formação de um governo abrem caminho para o fim da


tutela política imposta após a fracassada proclamação de independência, em 27 de outubro
do ano passado, mas as declarações do novo líder já levaram a oposição a exigir que Madri
prorrogue a aplicação do artigo 155 da Constituição.

Motivos para a Independência


A Catalunha tem um Parlamento próprio, um presidente, uma bandeira, sua própria polícia
e Cultura própria (incluindo a língua Catalã)

Também oferece serviços públicos, como saúde e escolas, além de ter "missões" no exterior
- pequenas representações diplomáticas para promover seus produtos e buscar
investimentos ao redor do mundo.

Os separatistas argumentam que a área tem uma cultura própria e paga mais impostos
proporcionalmente do que recebe em troca por meio de benefícios.

A Catalunha seria um país viável?


A Catalunha é uma região rica em comparação com o resto da Espanha. Ela tem 16% da
população do país, mas representa 19% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol e mais de
um quarto das exportações.

Essa importância econômica também se reverte no turismo. No ano passado, 18 dos 75


milhões de pessoas que visitam a Espanha anualmente escolheram a Catalunha como
principal destino - a região é a principal ponto turístico do país.

A Catalunha também tem serviços públicos consolidados, como saúde e educação. No


entanto, há quem argumente que, mesmo que a Catalunha obtenha ganhos fiscais com a
independência, estes seriam engolidos pelos custos de novas instituições públicas que teriam
de ser criados, como exército, controle de fronteiras, banco central, receita federal.

Outro ponto que pesaria contra seria uma dívida pública de € 77 bilhões (R$ 284 bilhões) - ou
35% do PIB local. O país também não participaria automaticamente da União Europeia nem
da zona do euro, grupos nos quais a Espanha já está inserida.

Algumas empresas anunciaram a saída da área após a especulação sobre a independência.

Marcus Vinícius Bastos de Santana

201002252849

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