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O documento fornece diretrizes para o tratamento odontológico de pacientes cardíacos, enfatizando a importância de uma anamnese detalhada para avaliar riscos e medicamentos, bem como sessões curtas com o paciente confortável. Ele também discute opções de anestésicos e analgésicos seguros e o que fazer em caso de reações adversas.
Description originale:
Resumo sobre a conduta do cirurgião dentista em pacientes com problemas cardíacos.
O documento fornece diretrizes para o tratamento odontológico de pacientes cardíacos, enfatizando a importância de uma anamnese detalhada para avaliar riscos e medicamentos, bem como sessões curtas com o paciente confortável. Ele também discute opções de anestésicos e analgésicos seguros e o que fazer em caso de reações adversas.
O documento fornece diretrizes para o tratamento odontológico de pacientes cardíacos, enfatizando a importância de uma anamnese detalhada para avaliar riscos e medicamentos, bem como sessões curtas com o paciente confortável. Ele também discute opções de anestésicos e analgésicos seguros e o que fazer em caso de reações adversas.
Para o tratamento odontológico em pacientes cardiopatas é
indispensável uma anamnese bem feita, com o intuito de detectar problemas, avaliar o paciente quanto ao seu estado de saúde geral e verificar quais os fatores de risco associados ao seu comprometimento cardiovascular existente, como vida sedentária, história familiar de infarto agudo do miocárdio, fumo, hipertensão, diabetes. Além de saber o grau de controle da doença, quando ocorreu a ultima consulta médica e os medicamentos utilizados e se houve alguma modificação recente na medicação.
Após ser realizada a anamnese, faz a verificação dos sinais vitais,
observando possíveis alterações nesses sinais durante o tratamento. As sessões devem ser curtas, a inclinação do encosto da cadeira deve ser menor, deixando o paciente mais confortável, não deve ser colocado na posição supina, pois pode apresentar dificuldade respiratória.
Anestésicos e Medicamentos:
Na maioria das vezes, o médico comunica ao cirurgião-dentista sobre a
impossibilidade de uso de agentes vasoconstrictores. Isto acarreta certa indecisão ao profissional de odontologia.
Porque o uso de vasoconstritores nas soluções anestésicas locais traz
grandes vantagens para obtenção de uma anestesia eficaz. Pela vasoconstrição local provocada, ocorre um retardamento da absorção do anestésico local injetado, advindo às seguintes vantagens de sua utilização: 1) Aumento da duração da anestesia; 2) Aumento da profundidade da anestesia; 3) Redução da toxicidade do anestésico local; 4) Utilização de menores volumes da solução anestésica; 5) Diminuição do sangramento em procedimentos cirúrgicos.
A administração dos anestésicos deverá ser feita de forma lenta e
gradual, após aspiração inicial, evitando-se injeções intravasculares. Quanto à escolha da solução anestésica local, deve-se levar em consideração o risco das interações medicamentosas indesejáveis, já que os cardiopatas normalmente fazem uso contínuo de medicamentos.
A prilocaína é medicamento de referência para uso em odontologia, pois
possui felipressina como vasoconstritor, o que não induz variações na pressão arterial. Porém, é rapidamente degradada pelas amidases hepáticas. Devemos evitar o uso de adrenalina e seus derivados. Os medicamentos prescritos vão conforme a anamnese feita. Dentro dos analgésicos, devem ser evitado o acido acetilsalicílico se o paciente já faz uso de anticoagulante, sendo o analgésico de primeira escolha o paracetamol 500mg. Os antibióticos são conforme a contaminação ou condição clínica, sendo usados profilaticamente antes do tratamento. A administração de anti- hipertensivos é de competência medica. Uma classe de medicamentos muito usada em odontologia são os benzodiazepínicos (diazepam, midazolam, lorazepam) com o intuito de melhorar a ansiedade do paciente, evitando uma hipertensão por estresse e causando uma sedação consciente. Usados em dose única, 30 a 45 min antes do atendimento, com exceção do lorazepam que é 2h antes. O óxido nitroso também é usado como sedação consciente, mas necessita de um profissional que tenha treinamento no manejo de equipamentos de dispensão de gases. Ele além de causar sedação, também causa analgesia, diminuindo a sensação dolorosa do paciente.T
Reações Inesperadas:
Se o paciente apresentar sinais ou relatar sintomas de aumento brusco
de pressão arterial, interromper o tratamento, colocando-o em posição confortável, evitando coloca-lo de costas com as pernas elevadas, pois pode piorar o quadro. Avaliar a pressão arterial e a frequência cardíaca. Se a crise for moderada, tranquilize o paciente e encaminhe-o para avaliação médica. Se a pressão arterial atingir níveis críticos, solicitar atendimento médico de urgência, enquanto aguarda, monitorar os sinais vitais. Só acontecerá emergências no consultório odontológico se o paciente não for avaliado corretamente, pois uma anamnese bem feita elimina o risco de acontecer emergências no consultório odontológico, pois o paciente já terá sido encaminhado para avaliação médica.