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CURSO DE DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO II
ATPS - ETAPAS 1 e 2
Componentes do Grupo:
Nome: R.A. Série
Ana Lúcia da Cruz Silva 217663912307 10º
André Luis de Brito 217002712307 10º
Daniel Paulo Ferreira 217201712307 10º
Diego de Aguiar Silva 216955512307 10º
Horácio Vieira da Silva Filho 217184112307 10º
Jeniffer Stefany Tomé 217192712307 10º
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ETAPA 1
Dados Gerais
Processo: AC 10223092903614001 MG
Relator(a): Oliveira Firmo
Julgamento: 03/06/2014
Órgão Julgador: Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL
Publicação: 06/06/2014
Ementa
APELAÇÃO CÍVEL - TRIBUTÁRIO - MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS - TAXAS -
SERVIÇOS PÚBLICOS - COLETA DE LIXO - ESPECIFICIDADE E DIVISIBILIDADE.
1. Os serviços de coleta de lixo podem ser prestados mediante a cobrança de taxa, pois são
específicos e divisíveis, não configurando ilegalidade ou inconstitucionalidade o fato de se
adotar como base de cálculo da exação um ou mais elementos da base de cálculo do imposto
predial e territorial urbano. 2. Sem prova de que o contribuinte vem sendo obrigado a pagar
por outros serviços além do relativo à coleta de lixo, não há que se falar em ilegitimidade da
cobrança perpetrada pelo ente municipal.
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PASSO 4 – Parecer:
Processo nº XXXXXX
Protocolo: XXXXXX/xx
Parecer: XXXXX/xx
À
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTRATOS E CONVÊNIOS
Dra. Xxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxxxx
Referência: Rescisão Unilateral do Contrato nº xxx/xx.
RELATÓRIO:
PARECER:
A administração pública não pode contratar diretamente, mão de obra terceirizada, mas
pode contratar empresa para, através de convênio, exercer atividades que são prerrogativas da
Administração Pública; entre elas a coleta de lixo. Mesmo tratando-se de serviço essencial, o
Estado tem a possibilidade de transferir a execução de tais serviços a empresas terceirizadas
para o melhor desempenho da mesma.
Tal serviço deve ser contratado pela Administração Pública e por ela remunerado,
tratando-se de locação de serviços, está regulado pela Lei de Licitações (Lei 8.666/93). Pode
ainda ser a execução de serviços públicos totalmente terceirizados e a remuneração de tal
serviço ser cobrada diretamente do usuário ou beneficiário de tal serviço. Nesse caso estamos
tratando de concessão ou permissão de serviços públicos, regulada pela Lei 8.987/95 (Lei
Geral de Concessões e Permissões).
Nesse ponto, cabe salientar que por se tratar de serviço público, o mesmo só pode ser
cobrado se for possível a divisibilidade entre os contribuintes favorecidos. Dessa forma, ficam
fora dessa possibilidade de permissão e cobrança, a limpeza de logradouros e bens públicos.
Sobre esse tema específico, bem define Eduardo Sabbag (2015, p. 417).
“Trata-se de taxa que, de qualquer modo, tem por fato gerador prestação de serviço
inespecífico, indivisível, não mensurável ou insuscetível de ser referido a
determinado contribuinte, não podendo ser custeado senão por meio do produto de
arrecadação dos impostos gerais”.
A Constituição Federal, no seu art. 145, II, é bem clara quando assevera que taxa é o
tributo exigido em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição.
E é justamente aí, que a taxa se difere do imposto, que é o tributo exigido pela
Administração Pública, não tendo em vista uma contraprestação do contribuinte por serviço
prestado, mas sim em razão da necessidade primordial do Estado, de cobrir gastos com o
desenvolvimento de serviços de interesse comum. Trata-se o imposto, de um tributo não
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Como a taxa de lixo tem seu valor vinculado à propriedade, alguns doutrinadores a
consideram inconstitucional, por ter fato gerador idêntico ao IPTU.
De fato, devemos analisar os diversos pontos de vista sobre tal cobrança, mas a
priori, seguindo o que defende o STF, devemos entender como legal a cobrança de tal taxa,
bem como a utilização de empresa terceirizada para o cumprimento de tal serviço
fundamental;
Além disso, deve-se frisar que é tendência cada vez mais comum em todo o mundo a
disponibilização de serviços do Estado a terceiros, com vistas à melhor prestação do mesmo.
CONCLUSÃO:
O Estado pode e deve transferir para quem tem mais capacidade financeira e
operacional o exercício dessa atividade. Só que tudo isso deve ser feito com transparência,
moralidade, legalidade e bom-senso, para se alcançar os melhores resultados possíveis,
financeiros e sociais.
É O PARECER.
ETAPA 2
Os bens de uso comum do povo ou de Domínio Público são os bens que se destinam à
utilização geral pela coletividade (como por exemplo, ruas e estradas).
Os bens públicos se caracterizam pela sua Inalienabilidade (os bens públicos não
podem ser alienados. Porém esta característica é relativa, pois nada impede a alienação de
bens desafetados).
Primeiro é importante esclarecer que o Estado e agente não tem uma relação de
representante e representado. No momento em que age como agente do Estado, o mesmo se
torna o Estado, Assim não há de se separar a responsabilidade de um e outro.
Quando um agente causa dano a um administrado, o Estado se responsabiliza,
independente de culpa, sendo por isso, sua responsabilidade objetiva.
Num segundo momento o Estado aciona o agente de forma regressiva, aí sim,
levando–se em conta a intenção do agente, por isso a responsabilidade subjetiva, análise as
culpa do agente.
Resumindo, nas palavras de Tathiana de Melo Lessa Amorim:
“A teoria do risco social fornece suporte ao princípio da responsabilidade estatal, servindo
como linha divisória entre os atos regulares e os que rompem o equilíbrio dos encargos e
vantagens sociais, em prejuízo de alguns particulares que acabam se sujeitando a um ônus que
deveria ser suportado pela coletividade, representada pelo Estado, tendo em vista que os
benefícios que geraram estes riscos também são coletivos.”
A partir da teoria do risco administrativo é que se chega à responsabilidade objetiva do
Estado. Nesta teoria, afasta-se a necessidade de comprovação de culpa por parte do agente, no
presente caso do agente estatal, considerando-se a hipossuficiência do administrado no que
tange sua capacidade probatória bem como a regularidade dos serviços prestados pelo Estado
e o proveito social inerente à esses serviços. Desta forma a“questão se desloca para a
investigação da causalidade referente ao evento danoso, sem perder de vista a regularidade
da atividade pública, a anormalidade da conduta do ofendido, a eventual fortuidade do
acontecimento”.
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Processo nº XXXXXX
Protocolo: XXXXXX/xx
Parecer: XXXXX/xx
À
SECRETARIA DE SEGURANÇA DO MUNICÍPIO ONÇA
Dr. Xxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxxxx
RELATÓRIO:
A Guarda Municipal do Município de “Onça”, instituída nos moldes do artigo 144 §
8º da Constituição Federal, funciona, no mencionado Município, como “apoio” às forças
armadas no combate à criminalidade.
No dia 01 de fevereiro de 2012, foi acionada pelo disque-denúncia.
A delação anônima relatava que menores de idade estariam sentados no meio da via
pública consumindo álcool.
Destacada a viatura ao local, foram hostilizados pelos ditos adolescentes, que se
abrigaram atrás do muro de uma residência nas proximidades, e de lá começaram a jogar
pedras nos Guardas Municipais.
Neste confronto, um Guarda foi atingido por uma pedra de calçamento (tipo
paralelepípedo), momento em que sua arma disparou, vindo a atingir a parede da citada casa
e, ricocheteando, acertou a cabeça do jovem que lançara a pedra, o qual veio a óbito.
Na qualidade de Advogados Públicos, fomos consultados para emitir um Parecer
Jurídico sobre a questão que se apresenta:
A família da vítima ingressou com ação judicial contra o Município, requerendo
indenização por danos morais, no montante de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
O Município deve alegar quais fundamentos na defesa, a fim de descaracterizar a
responsabilidade pelo dano? Será necessário requerer a inclusão na lide do Guarda
Municipal responsável?
Assim é o parecer:
CONCLUSÃO:
No caso apresentado, ainda que a vítima tenha sofrido danos, vindo mesmo a óbito,
verifica-se que o dano só ocorreu por culpa exclusiva da vítima, tanto por conduta imprópria,
como por ação da própria vítima. Assim sendo, exime-se o Estado e o agente de culpa, não
cabendo qualquer indenização à vítima, há de se lamentar pelo ocorrido, porém, ao analisar o
comportamento do agente, verifica-se o estrito cumprimento do dever.
É O PARECER.
BIBLIOGRAFIA
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CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade civil do Estado, Revista dos Tribunais: São
Paulo, 1996.
Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. Malheiros: São Paulo, 1998.
SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. Ed. Forense: Rio de Janeiro,
1981.