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FACULDADE ANHANGUERA

CURSO DE DIREITO

DIREITO ADMINISTRATIVO II

Prof.ª Helena Santos

ATPS - ETAPAS 1 e 2

Etapa 1 - Aulas-tema: Contrato Administrativo – Conceito. Regras gerais, Rescisão,


Parcerias público-privadas, Convênio, Consórcio e Terceirização.

Etapa 2 - Aulas-tema: Bens Públicos e Responsabilidade Civil


Extracontratual.

Componentes do Grupo:
Nome: R.A. Série
Ana Lúcia da Cruz Silva 217663912307 10º
André Luis de Brito 217002712307 10º
Daniel Paulo Ferreira 217201712307 10º
Diego de Aguiar Silva 216955512307 10º
Horácio Vieira da Silva Filho 217184112307 10º
Jeniffer Stefany Tomé 217192712307 10º
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Jacareí, 13 de Abril de 2018.


SUMÁRIO
ETAPA 1
Passo 1 – Cláusulas exorbitantes 03
Passo 2 – Convênio e consórcio 04
Passo 3 – Pesquisa de decisão 05
Passo 4 – Parecer. 06
ETAPA 2
Passo 1 – Modalidades de bens públicos 09
Passo 2 – Alienação de bens públicos 10
Passo 3 – Diferenças entre responsabilidades - Estado e agente 11
Passo 4 – Parecer 12
Bibliografia 14
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ETAPA 1

PASSO 1 – É aceitável, sob o prisma jurídico, que nos contratos administrativos


estejam presentes cláusulas exorbitantes?

Cláusulas exorbitantes, em contratos administrativos, são determinadas cláusulas


abusivas, torna-se aceitável justamente pelo Princípio da Supremacia do Interesso Público
sobre o interesse privado. Como esses contratos são celebrados com vistas ao bem da
população em geral, tal princípio é aceito, regendo-se, o contrato, pelas normas do Direito
Administrativo.

O termo “exorbitante” é utilizado comparando-se ao Direito Privado, onde deve


prevalecer a igualdade de condições entre as partes, como no caso do Direito Administrativo,
o beneficiado é a população, esse equilíbrio deixa de ter razão.

A utilização de cláusulas abusivas está prevista no art. 58 da Lei 8.666/93, como


prerrogativas da Administração Pública.
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PASSO 2 – Qual a diferença entre convênio e consórcio administrativo?

As principais diferenças entre convênio e consórcio público são relacionadas às partes


envolvidas e objetivos pretendidos. Enquanto o convênio administrativo é um acordo firmado
por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, visando
à execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço,
aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação; o
consórcio administrativo é o acordo firmado entre entidades estatais, autárquicas,
fundacionais ou paraestatais, sempre da mesma espécie, para realização de objetivos de
interesse comum dos partícipes, na forma da Lei 11.107, de 6 de abril de 2005
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PASSO 3 – Pesquisar decisões favoráveis ou contra a terceirização de serviços públicos.

Dados Gerais
Processo: AC 10223092903614001 MG
Relator(a): Oliveira Firmo
Julgamento: 03/06/2014
Órgão Julgador: Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL
Publicação: 06/06/2014

Ementa
APELAÇÃO CÍVEL - TRIBUTÁRIO - MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS - TAXAS -
SERVIÇOS PÚBLICOS - COLETA DE LIXO - ESPECIFICIDADE E DIVISIBILIDADE.
1. Os serviços de coleta de lixo podem ser prestados mediante a cobrança de taxa, pois são
específicos e divisíveis, não configurando ilegalidade ou inconstitucionalidade o fato de se
adotar como base de cálculo da exação um ou mais elementos da base de cálculo do imposto
predial e territorial urbano. 2. Sem prova de que o contribuinte vem sendo obrigado a pagar
por outros serviços além do relativo à coleta de lixo, não há que se falar em ilegitimidade da
cobrança perpetrada pelo ente municipal.
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PASSO 4 – Parecer:

Processo nº XXXXXX
Protocolo: XXXXXX/xx
Parecer: XXXXX/xx

À
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTRATOS E CONVÊNIOS
Dra. Xxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxxxx
Referência: Rescisão Unilateral do Contrato nº xxx/xx.

RELATÓRIO:

Procura-nos a fim de obter parecer em relação à Terceirização de Coleta de Lixo pelos


Municípios e Estados da União, questionando se fere ou não o Princípio da Legalidade.

PARECER:

Como visto em nossos estudos e analisando os pareceres observa-se que é lícita e


válida a terceirização dos serviços de coleta de lixo.

A administração pública não pode contratar diretamente, mão de obra terceirizada, mas
pode contratar empresa para, através de convênio, exercer atividades que são prerrogativas da
Administração Pública; entre elas a coleta de lixo. Mesmo tratando-se de serviço essencial, o
Estado tem a possibilidade de transferir a execução de tais serviços a empresas terceirizadas
para o melhor desempenho da mesma.

A parceria entre a Administração Pública e o terceiro contratado se dá pela


necessidade de execução de serviço especializado, complementando a função do Estado.

Tal serviço deve ser contratado pela Administração Pública e por ela remunerado,
tratando-se de locação de serviços, está regulado pela Lei de Licitações (Lei 8.666/93). Pode
ainda ser a execução de serviços públicos totalmente terceirizados e a remuneração de tal
serviço ser cobrada diretamente do usuário ou beneficiário de tal serviço. Nesse caso estamos
tratando de concessão ou permissão de serviços públicos, regulada pela Lei 8.987/95 (Lei
Geral de Concessões e Permissões).

No caso de concessão ou permissão, os custos só podem ser repassados ao contribuinte


caso dele se utilize ou o tenha disponível, e que o mesmo seja específico e divisível.
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A regulamentação e permissão para tal cobrança estão referendadas na Súmula


Vinculante nº 19, que tem a seguinte redação:
“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção
e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o
artigo 145, II, da Constituição Federal.”

Nesse ponto, cabe salientar que por se tratar de serviço público, o mesmo só pode ser
cobrado se for possível a divisibilidade entre os contribuintes favorecidos. Dessa forma, ficam
fora dessa possibilidade de permissão e cobrança, a limpeza de logradouros e bens públicos.
Sobre esse tema específico, bem define Eduardo Sabbag (2015, p. 417).

“Trata-se de taxa que, de qualquer modo, tem por fato gerador prestação de serviço
inespecífico, indivisível, não mensurável ou insuscetível de ser referido a
determinado contribuinte, não podendo ser custeado senão por meio do produto de
arrecadação dos impostos gerais”.

Há inconstitucionalidade, para o STJ, na taxa de limpeza dos logradouros públicos,


atrelada a atividades como varrição, lavagem, capinação, desentupimento de bueiros e bocas
de lobo. Trata-se de taxa que, de qualquer modo, tem por fato gerador prestação de serviço
inespecífico, indivisível, não mensurável ou insuscetível de ser referido a determinado
contribuinte, não podendo ser custeado senão por meio do produto da arrecadação dos
impostos gerais.

A Constituição Federal, no seu art. 145, II, é bem clara quando assevera que taxa é o
tributo exigido em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição.

Ou seja, taxas só podem ser cobradas em função de serviços efetivamente prestados e


suscetíveis de divisão entre os contribuintes que dele se aproveitem ou o tenham à disposição.

Desrespeitando o conceito acima mencionado, muitos municípios exigem o pagamento


dessa taxa, objetivando com isso, o aumento da arrecadação fiscal, gerando assim, receita para
o custeio de outros gastos.

E é justamente aí, que a taxa se difere do imposto, que é o tributo exigido pela
Administração Pública, não tendo em vista uma contraprestação do contribuinte por serviço
prestado, mas sim em razão da necessidade primordial do Estado, de cobrir gastos com o
desenvolvimento de serviços de interesse comum. Trata-se o imposto, de um tributo não
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vinculado, enquanto a taxa e a contribuição de melhoria são considerados tributos vinculados


a uma atividade estatal específica.

Como a taxa de lixo tem seu valor vinculado à propriedade, alguns doutrinadores a
consideram inconstitucional, por ter fato gerador idêntico ao IPTU.

De fato, devemos analisar os diversos pontos de vista sobre tal cobrança, mas a
priori, seguindo o que defende o STF, devemos entender como legal a cobrança de tal taxa,
bem como a utilização de empresa terceirizada para o cumprimento de tal serviço
fundamental;

Além disso, deve-se frisar que é tendência cada vez mais comum em todo o mundo a
disponibilização de serviços do Estado a terceiros, com vistas à melhor prestação do mesmo.

Finalmente, devemos observar a lisura com que tal procedimento de terceirização é


realizado, para que se evite o desfalque ao erário.

CONCLUSÃO:

É legal a contratação de empresa para o serviço de coleta de lixo, bem como a


cobrança de taxa do contribuinte que se aproveita de tal serviço, o que não se pode é onerar o
contribuinte de forma arrazoada, com o intuito de enriquecimento do Estado.

O Estado pode e deve transferir para quem tem mais capacidade financeira e
operacional o exercício dessa atividade. Só que tudo isso deve ser feito com transparência,
moralidade, legalidade e bom-senso, para se alcançar os melhores resultados possíveis,
financeiros e sociais.

É O PARECER.

Cidade, XX de ________________ de 20__.


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ETAPA 2

PASSO 1 – Modalidades de bens públicos.

Bens Públicos são divididos em três modalidades:

Os bens de uso comum do povo ou de Domínio Público são os bens que se destinam à
utilização geral pela coletividade (como por exemplo, ruas e estradas).

Os bens de uso especial ou do Patrimônio Administrativo Indisponível são aqueles


bens que destinam-se à execução dos serviços administrativos e serviços públicos em geral
(como por exemplo, um prédio onde esteja instalado um hospital público ou uma escola
pública).

Os bens dominicais ou do Patrimônio Disponível são aqueles que, apesar de


constituírem o patrimônio público, não possuem uma destinação pública determinada ou um
fim administrativo específico (por exemplo, prédios públicos desativados).
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PASSO 2 – Alienação de bens públicos.

Os bens públicos se caracterizam pela sua Inalienabilidade (os bens públicos não
podem ser alienados. Porém esta característica é relativa, pois nada impede a alienação de
bens desafetados).

A desafetação é a mudança da forma de destinação do bem, ou seja, se deixa de


utilizar o bem para que se possa dar à ele outra finalidade. Esta é feita mediante autorização
legislativa, através de lei específica. A desafetação possibilita à Administração pública a
alienação do bem, através de licitação, nas modalidades de Concorrência ou Leilão.
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PASSO 3 – Diferenças entre a responsabilidade objetiva do Estado e a Responsabilidade


Subjetiva do Funcionário.

Primeiro é importante esclarecer que o Estado e agente não tem uma relação de
representante e representado. No momento em que age como agente do Estado, o mesmo se
torna o Estado, Assim não há de se separar a responsabilidade de um e outro.
Quando um agente causa dano a um administrado, o Estado se responsabiliza,
independente de culpa, sendo por isso, sua responsabilidade objetiva.
Num segundo momento o Estado aciona o agente de forma regressiva, aí sim,
levando–se em conta a intenção do agente, por isso a responsabilidade subjetiva, análise as
culpa do agente.
Resumindo, nas palavras de Tathiana de Melo Lessa Amorim:
“A teoria do risco social fornece suporte ao princípio da responsabilidade estatal, servindo
como linha divisória entre os atos regulares e os que rompem o equilíbrio dos encargos e
vantagens sociais, em prejuízo de alguns particulares que acabam se sujeitando a um ônus que
deveria ser suportado pela coletividade, representada pelo Estado, tendo em vista que os
benefícios que geraram estes riscos também são coletivos.”
A partir da teoria do risco administrativo é que se chega à responsabilidade objetiva do
Estado. Nesta teoria, afasta-se a necessidade de comprovação de culpa por parte do agente, no
presente caso do agente estatal, considerando-se a hipossuficiência do administrado no que
tange sua capacidade probatória bem como a regularidade dos serviços prestados pelo Estado
e o proveito social inerente à esses serviços. Desta forma a“questão se desloca para a
investigação da causalidade referente ao evento danoso, sem perder de vista a regularidade
da atividade pública, a anormalidade da conduta do ofendido, a eventual fortuidade do
acontecimento”.
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PASSO 4 – Parecer Jurídico fundamentado sobre a questão hipotética que se apresenta:

Processo nº XXXXXX
Protocolo: XXXXXX/xx
Parecer: XXXXX/xx

À
SECRETARIA DE SEGURANÇA DO MUNICÍPIO ONÇA
Dr. Xxxxxxxx Xxxxxxxx xx Xxxxxxxx

Referência: Responsabilidade Civil do Município.

RELATÓRIO:
A Guarda Municipal do Município de “Onça”, instituída nos moldes do artigo 144 §
8º da Constituição Federal, funciona, no mencionado Município, como “apoio” às forças
armadas no combate à criminalidade.
No dia 01 de fevereiro de 2012, foi acionada pelo disque-denúncia.
A delação anônima relatava que menores de idade estariam sentados no meio da via
pública consumindo álcool.
Destacada a viatura ao local, foram hostilizados pelos ditos adolescentes, que se
abrigaram atrás do muro de uma residência nas proximidades, e de lá começaram a jogar
pedras nos Guardas Municipais.
Neste confronto, um Guarda foi atingido por uma pedra de calçamento (tipo
paralelepípedo), momento em que sua arma disparou, vindo a atingir a parede da citada casa
e, ricocheteando, acertou a cabeça do jovem que lançara a pedra, o qual veio a óbito.
Na qualidade de Advogados Públicos, fomos consultados para emitir um Parecer
Jurídico sobre a questão que se apresenta:
A família da vítima ingressou com ação judicial contra o Município, requerendo
indenização por danos morais, no montante de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
O Município deve alegar quais fundamentos na defesa, a fim de descaracterizar a
responsabilidade pelo dano? Será necessário requerer a inclusão na lide do Guarda
Municipal responsável?

Assim é o parecer:

É responsabilidade do Estado a segurança do cidadão. A formação de Guarda Civil é


permitida, para defesa de patrimônio.
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Se da conduta do agente, gera-se dano ao cidadão, o Estado tem a responsabilidade


objetiva pelo fato.

Porém, para que essa responsabilidade se configure é importante analisar a conduta do


lesado. Se ele é o responsável pelo próprio dano ou ao menos contribuiu para tal, a
indenização devida pelo Estado deverá ser reduzida ou mesmo extinguida. Se ele em nada
contribuiu para o dano que lhe causou a conduta estatal, é apenas o Estado que deve ser
civilmente responsável e obrigado a reparar o dano. Em casos de força maior, caso fortuito,
estado de necessidade e a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, o Estado não deve ser
responsabilizado.

CONCLUSÃO:
No caso apresentado, ainda que a vítima tenha sofrido danos, vindo mesmo a óbito,
verifica-se que o dano só ocorreu por culpa exclusiva da vítima, tanto por conduta imprópria,
como por ação da própria vítima. Assim sendo, exime-se o Estado e o agente de culpa, não
cabendo qualquer indenização à vítima, há de se lamentar pelo ocorrido, porém, ao analisar o
comportamento do agente, verifica-se o estrito cumprimento do dever.

É O PARECER.

Onça, XX de ________________ de 20__.

BIBLIOGRAFIA
14

ALVIM, Agostinho. Da inexecução das obrigações e suas conseqüências, Jurídica e


Universitária : São Paulo, 1999.

CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade civil do Estado, Revista dos Tribunais: São
Paulo, 1996.

GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. Saraiva: São Paulo, 2003.

CRITELLA Júnior, José. Responsabilidade civil do Estado legislador. Saraiva: São


Paulo, 2000.

LIMA, Alvino. Da culpa ao risco. Saraiva: São Paulo, 1998.

Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. Malheiros: São Paulo, 1998.

MORAES, Alexandre de Moraes. Reforma administrativa. Atlas: São Paulo, 1999.

PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Forense: Rio de


Janeiro, 1990.

SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. Ed. Forense: Rio de Janeiro,
1981.

TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal. Saraiva: São


Paulo, 1994.

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