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Basicamente, na Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, é o Art. 80, no Título VIII: Das
Disposições Gerais que contém as determinações sobre o Ensino/Educação a Distância. que são
as seguintes:
no processo,
por meio de exames presenciais
que "deverão avaliar competências descritas nas diretrizes curriculares nacionais, quando for o
caso, bem como conteúdos e habilidades que cada curso se propõe a desenvolver" (Art. 7º,
Parág. Único)
É verdade que a EAD, não poucas vezes, tem sido vitimada - em sua correta
execução - tanto pelos prestidigitadores que, com falso e politiqueiro apreço de
ocasião, erigiram-na como panacéia dos males educacionais, quanto pelos
céticos que, fechando seus olhos para suas concretas possibilidades, excluem-
na como solução ou - o que é pior - transformam-na numa oferta de segunda
classe para dar impressão de atendimento aos excluídos de sempre.
Para exercer este papel, a EAD não pode ser concebida, apenas, como um
sucedâneo da educação presencial. Por isso sua função social não se restringe
a promover a ampliação do número dos que têm acesso à educação. Esta é,
certamente, uma importante característica da EAD e que muito contribui na
definição de seu papel social.
É preciso, porém, ter muita clareza sobre as condições de ter a EAD como
alternativa de democratização do ensino. As questões educacionais não se
resolvem pela simples aplicação técnica e tecnocrática de um sofisticado
sistema de comunicação, num processo de "modernização cosmética". Não
nos serve - como a ninguém serve - qualquer tipo de educação à distância.
Sob o ponto de vista social, a EAD, como qualquer forma de educação, não
apenas deve pretender ser, mas precisa concretamente realizar-se como uma
prática social significativa e conseqüente em relação aos princípios filosóficos
de qualquer projeto pedagógico: a busca da autonomia, o respeito à liberdade
e à razão.
CONCEITUAÇÃO
organização de ensino-aprendizagem
na qual alunos de diversas idades e antecedentes
estudam, quer em grupos, quer individualmente em seus lares, locais
de trabalho ou outros lugares
com materiais auto-instrutivos distribuídos por meios de comunicação
garantida a possibilidade de comunicação com docentes,
orientadores/tutores ou "monitores". (Cf. Tecnologia Educacional, nº 70,
1986)
PLANEJAMENTO/EXECUÇÃO/AVALIAÇÃO
1 - Diagnóstico
2 -Produção
3 -Utilização
a) definição da divulgação/distribuição no sentido de colocar acessível ao
possível usuário as informações sobre o curso, sobre a sua metodologia e
sobre os requisitos de entrada, se houver; os alunos se inscrevem e são
registrados (todos os dados significativos para o acompanhamento devem
constar do registro), anotando-se todo o fluxo de distribuição e retorno do
material, as comunicações, as verificações de aprendizagem;
4 - Administração
5 - Avaliação do Programa
b) definição de operação que não deve evitar, mas absorver e processar dados
objetivos e percepções subjetivas, análise por critério e por comparação,
dúvidas e juízo crítico, chegando sempre a resultados que devem ser
comunicados para que sirvam à retomada do processo, seja pela retificação da
ação em curso, seja pela construção de nova ação.
CONCLUSÃO
Vive-se um momento privilegiado para a educação brasileira. A sociedade, em
seus diversos segmentos, já evidencia sua disposição de lutar por um projeto
educacional consistente e assumí-lo como seu. A constatação e lamento de
Florestan Fernandes, na década de cinqüenta, sobre o fato de não se constituir
a questão pedagógica em significativa questão social, parece estar em franca
superação. Os dados sobre educação, na "década perdida", refletem o
resultado da reivindicação dos diversos segmentos sociais por soluções
efetivas. Cada vez mais são criadas as pressões que exigem, para além das
simples e cansativas retóricas de campanha, decisões políticas de ampliação
do acesso da população à prestação de um serviço educativo extensivo e de
qualidade. Apesar de se constatar ainda bolsões de insensibilidade, em alguns
segmentos do governo e da sociedade, torna-se inadiável a adoção de políticas
mais nítidas de atendimento educacional.
BIBLIOGRAFIA REFERENCIAL
JOIA, Sonia. IBGE expõe uma década perdida. In Jornal do Brasil, 21/03/96,
pág. 16
LOBO NETO, Francisco José da Silveira & LEOBONS, Solange G.P. Educação
à Distância: Planejamento e Avaliação. In Estudos e Pesquisas, nº 21/22: 96-
11, Rio, ABT, 1982; idem, Tecnologia Educacional, 17 (80/81): 19-30, jan-abr
1988.
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3 A ABT havia sugerido: regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horário e duração, bem como com diversidade
de suportes de conteúdos, utilizados isoladamente ou combinados, assegurada a comunicação didática, através de diferentes meios.
4 Não tendo delegado, aos outros sistemas, o credenciamento de instituições para oferecer cursos de educação profissional a distância,
estaria aqui delegando o credenciamento para exames finais de educação profissional.
6 O Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação à Distância, já está trabalhando uma Minuta de Portaria sobre estes dois
primeiros aspectos.