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PRÁTICA PENAL
APOSTILA SISTEMATIZADA
1 - JURISDIÇÃO
Cabe ressaltar que a jurisdição é una, uma só, porque tem por objetivo a
aplicação do direito objetivo privado ou público. Contudo, se a pretensão de alguém é a
aplicação de norma de Direito Penal, ou de Direito Processual Penal, a jurisdição
será penal, se a finalidade é a aplicação de norma jurídica extrapenal, a jurisdição
é civil.
1 CINTRA, Antônio Carlos de A.; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do
processo. São Paulo: Malheiros editores, 2008. p. 147.
Pelo Princípio da improrrogabilidade, o juiz não poderá invadir nem ter sua
competência invadida por outro juízo.
não pode haver julgamento extra ou ultra petita (ne procedat judex ultra
petitum et extra petitum). A acusação determina a amplitude e conteúdo da
prestação jurisdicional, pelo que o juiz criminal não pode decidir além e fora
do pedido em que o órgão da acusação deduz a pretensão punitiva. Os fatos
descritos na denúncia ou queixa delimitam o campo de atuação do poder
jurisdicional2.
2 - COMPETÊNCIA
2 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo Penal. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2008. p.153
3 SANTOS, Vauledir Ribeiro; NETO, Arthur da Motta Trigueiros. Como se preparar para o exame de Ordem, 1ª fase:
Processo Penal. 9. ed. São Paulo: Método, 2010. p. 65.
4 TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 30. ed. revista e atualizada.São Paulo: Saraiva, 2008. 2 v.,
p. 116.
5 SANTOS, Vauledir Ribeiro; NETO, Arthur da Motta Trigueiros. Como se preparar para o exame de Ordem, 1ª fase:
Processo Penal. 9. ed. São Paulo: Método, 2010. p. 67.
Além disso, “há continência quando uma coisa está contida em outra, não
sendo possível a separação. No processo penal a continência é também uma forma de
modificação da competência e não de fixação dela”. Ademais, ocorrerá a continência
quando duas ou mais pessoas são acusadas pelo mesmo crime, ou se o comportamento
do indivíduo configurar concurso formal, aberratio criminis (resultado diverso daquele
pretendido) com duplo resultado e aberratio ictus (erro na execução).
A prorrogação da competência é:
3 - CONCLUSÃO
6 SANTOS, Vauledir Ribeiro; NETO, Arthur da Motta Trigueiros. Como se preparar para o exame de Ordem, 1ª fase:
Processo Penal. 9. ed. São Paulo: Método, 2010. p. 75.
II - QUEIXA CRIME:
Trata-se de ação penal privada e, como ocorre nas ações penais públicas,
deve estar amparada por prova pré-constituída. O ofendido, antes da propositura da
queixa, deve requerer a instauração de inquérito para ofertar justa causa à ação penal
privada, indicando materialidade e indícios de autoria, salvo se possuir indícios
suficientes para tal.
O próprio tipo penal ou o capítulo em que tal crime estiver inserido irá
trazer a ressalva de que o crime em análise se procede mediante queixa, a exemplo dos
crimes contra honra (Art. 145 do Código Penal), Induzimento a erro essencial e
ocultação de impedimento (art. 236, parágrafo único do CP), Exercício arbitrário das
próprias razões sem emprego de violência (art. 345, parágrafo único, do CP) e crime de
Dano (art. 167 do CP). Mais corriqueiro e presente no cotidiano da maioria dos
profissionais do direito, estão os crimes contra a honra.
b) RESUMÃO:
c) MACETES:
DI "FA" MAÇÃO - a segunda sílaba é "FA" de FATO, pouco importante se tal fato é
mentira ou verdade.
"IN" JÚRIA – INternamente, ataquei alguém ao falar mal de atributos desta pessoa.
Pode-se pensar também nesta frase que não me agrada muito, mas... “Essa pergunta eu
não sei responder porque quem me ensinou é muito "IN"GUINORANTE. Pronto, sem
querer eu injuriei o meu professor”.
CALÚNIA
Considerações:
A calúnia atinge a honra objetiva, ou seja, o status que a pessoa goza no meio social.
Assim, o crime só se consuma quando terceiro toma conhecimento das alegações
caluniosas; a vítima pode estar ausente.
PESSOA JURÍDICA- não pode ser vítima de calunia (apesar da Lei 9605). No caso, as
pessoas responsáveis pela pessoa jurídica é que podem ser caluniadas.
DIFAMAÇÃO
imputar fato concreto;
imputando FALSAMENTE OU NÃO;
fato ofensivo à reputação;
Considerações
1) O crime atinge a honra objetiva (reputação). Assim, só estará consumado após
terceiro tomar conhecimento.
INJÚRIA
Como dito, é a ofensa à dignidade, decoro ou qualidade de outrem. Manifestação de
desrespeito e desprezo.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano
(Cabe no crime de furto e apropriação indébita, por exemplo), abrangidas ou não por
esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou
não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
Veja-se que diante do caso concreto, o Promotor de Justiça tem duas opções: indicar a
transação penal, prevista no artigo 76, da mesma Lei (Art. 76. Havendo representação
ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta) ou propor a suspensão
condicional do processo.
Faustino soube quem era o responsável por espalhar as informações aqui citadas em 05
de junho de 2011. A empresa Millenium é situada na Asa Sul, Brasília-DF.
QUEIXA CRIME
No dia 01 de fevereiro de 2011, por voltas das 16:00 horas, em reunião realizada na
sede da empresa Millenium, situada na Asa Sul, nesta cidade, na presença de inúmeros diretores
e gerentes, muitos dos quais constam do rol de testemunhas abaixo indicado, o querelado
imputou ao querelante a prática do crime descrito no art. 197, I, do Código Penal. Afirmou,
sabendo ser o querelante inocente, que os dados contábeis da empresa não se encontravam
regulares, tendo em vista que o querelante, por ter sido preterido em promoção realizada no dia
29 de dezembro de 2010, para vingar-se da gerência que deixou de indicá-lo ao posto, teria
constrangido o contador Hildebrando Fialho, mediante grave ameaça, a deixar de realizar sua
atividade, durante certo período. A ameaça fundar-se-ia na expulsão do filho do contador da
escola particular onde atualmente cursa a segunda série do ensino médio, com bolsa integral,
levando-se em conta que a esposa do querelante é a diretora geral do referido estabelecimento
de ensino.
Torna-se nítida a prática do delito de calúnia por parte do querelado, sem perder
de vista que foi o fato divulgado na presença de várias pessoas, além de possuir o querelante
mais de sessenta anos, o que torna o delito mais grave. O fato em análise é indubitavelmente
típico, eis que está definido na lei penal como crime. É antijurídico na medida em que contraria
imperativo legal e agride bem alheio tutelado pelo Estado, bem como é culpável, visto que o
agente do crime não se encontra amparado por nenhuma das causas que possam eximi-lo da
responsabilidade de responder pelos seus atos perante o judiciário. (dissecar com maior
profundidade a teoria do crime, trazendo todos os elementos que a permeiam)
Diante do exposto, por ter o querelado infringido os ditames do art. 138 c/c 141,
III e IV, ambos do Código Penal pugna o querelante para que seja designada audiência
preliminar para eventual composição e transação, nos termos dos artigos 70 a 76 da Lei 9099.
Se infrutíferas, que seja recebida a presente queixa crime em face do querelado com a
consequente citação e designação de audiência de instrução, debates e julgamento, na forma dos
arts. 77 a 83 da Lei 9099/95, com vistas ao Ministério Público para que o mesmo oficie como
custus legis, até final sentença de condenação nas penas dos crimes de (inserir o tipo penal e os
dispositivos legais pertinentes). Requer, ainda, a condenação do querelado nas custas,
honorários advocatícios e a fixação de um valor mínimo a título de reparação pelos danos
efetivamente causados, conforme expresso no art. 387, IV, do CPP.
IV - ROL DE TESTEMUNHAS
1) , qualificado à fl. ;
2) , qualificado à fl. ;
3) , qualificado à fl;
Advogado
OAB
7 O Código de Processo Penal estabelece claramente o número máximo de testemunhas para os procedimentos
ordinário e sumário. No artigo 401 regra o procedimento ordinário e deixa registrado que o número é de oito
testemunhas. Por seu turno, no artigo 532 consigna que no procedimento sumário o número máximo de testemunhas é
de cinco. Entretanto, a Lei 9099/95, que rege o chamado Procedimento Sumaríssimo, sempre foi lacunosa quanto ao
número máximo de testemunhas a serem arroladas na seara criminal. À míngua de uma determinação legal expressa,
a melhor doutrina havia se assentado no entendimento de que dever-se-ia fazer analogia ao regramento existente
“intra lege” para os Juizados Especiais Cíveis, solucionando o caso com o artigo 34 da própria Lei 9099/95, que impõe
o número máximo de três testemunhas. Essa solução parecia pouco discutível, embora não pacífica, tendo em vista
não haver outras regras a ocasionarem alguma dúvida ou polêmica.
Ocorre que com a reforma implementada pela Lei 11.719/08 perdeu o legislador a chance de tornar essa questão mais
clara, estabelecendo expressamente um número máximo de testemunhas para o sumaríssimo e ainda ensejou um
clima de maior dúvida com a criação de dois novos dispositivos.
Em primeiro lugar passou a dispor o artigo 394, § 5º., CPP, que “aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos
especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário” (grifo nosso). Esse dispositivo, aliado ao
artigo 92 da Lei 9099/95, que manda aplicar subsidiariamente as disposições do Código de Processo Penal que não
conflitarem com aquele diploma, leva a crer que o número máximo de testemunhas, a partir do momento que não é
explicitado na lei de regência, passa a ser aquele do procedimento ordinário, que se aplica subsidiariamente, ou seja,
oito testemunhas (artigo 401, CPP).
Não obstante, estabelece o artigo 538, CPP, que naqueles casos de infrações de menor potencial que forem
encaminhados ao Juízo Comum, nos termos dos artigos 66, Parágrafo Único e 77, § 2º., da Lei 9099/95, aplicar-se-ão
as normas do procedimento sumário. Agora, à vista deste outro dispositivo do mesmo Código de Processo Penal e
novamente sua conjunção com o artigo 92 da Lei dos Juizados Especiais Criminais, parece que o número de
testemunhas pode ser de cinco e não de oito, de acordo com o disposto no artigo 532, CPP. Ora, se as infrações afetas
normalmente ao procedimento sumaríssimo devem assumir as regras do sumário quando remetidas ao juízo comum,
parece sustentável que no silêncio da Lei 9099/95 quanto ao número de testemunhas deva prevalecer o número
previsto para o procedimento sumário, mais próximo do sumaríssimo, inclusive tendo em vista os princípios de
celeridade, simplicidade e economia processual que regem os Juizados Especiais Criminais.
Note-se que se antes o silêncio da Lei 9099/95 era acompanhado pela omissão do Código de Processo Penal,
tornando pouco discutível a aplicação subsidiária “intra lege” do artigo 34 da própria Lei 9099/95, apontando o número
de três testemunhas, atualmente as novas disposições do Código de Processo Penal passaram de um silêncio
sepulcral para uma tagarelice babélica. Agora podem surgir ao menos três posições plenamente sustentáveis em
bases legais quanto ao número de testemunhas no procedimento sumaríssimo: oito por aplicação subsidiária do
procedimento ordinário; cinco por aplicação subsidiária do procedimento sumário ou a reiteração do antigo
entendimento de que o número seria mesmo de três testemunhas, considerando o disposto na própria Lei 9099/95
para os Juizados Especiais Cíveis.
Certamente o legislador deixou escapar duas chances de ouro: aquela de esclarecer uma questão um tanto quanto
obscura anteriormente e outra de não obscurecer ainda mais a velha dúvida.
O art. 310, III, parágrafo único, do CPP, trata da liberdade provisória nos
casos de legitima defesa, estado de necessidade e estrito cumprimento do dever legal ou
exercício regular do direito (conhecidas como excludentes de ilicitude). Se o Juiz, pelo
auto de prisão em flagrante, observar que o agente praticou a infração abrangido por
qualquer destas situações, poderá, de forma fundamentada, conceder ao acusado
liberdade provisória compromissada.
não seja superior a 04 anos. Em outros casos afiançáveis, a fiança será requerida ao Juiz,
que decidirá em 48 horas.
a) São inafiançáveis:
Com base em tal fato, Guilherme Nucci (in Prática Forense Penal, 2009,
pág. 169/170), informa que “os magistrados têm optado por conceder, sempre, liberdade
provisória sem fiança (a única exceção tem ficado por conta dos crimes contra a
economia popular, sonegação fiscal, crimes de violência doméstica e crimes por direção
de veículo automotor, estando o motorista alcoolizado. Nestes dois últimos casos, a
pena é de detenção e comporta fiança). Entretanto, com a mudança na lei, em que a
fiança se tornou uma medida cautelar, o instituto voltou a ter força na concessão da
liberdade provisória condicionada ao seu pagamento.
LIBERDADE PROVISÓRIA
EX: O requerente foi preso em flagrante delito no dia tal, pela prática do crime de furto,
tendo em vista que o mesmo está sendo indiciado pelo fato de ter subtraído duas barras
de chocolate da loja “doce mais”, localizada em tal local.
II – DO DIREITO
EX: A prisão em flagrante faz presumir que o indiciado tem a personalidade voltada
para o crime, devido o fato de já ter sido processado. Ora, Excelência, a personalidade
de uma pessoa deve ser atestada como “perigosa” somente quando há uma sentença
penal transitada em julgado afirmando tal situação. Não se pode manter o acusado em
cárcere com suposições de que, se solto, poderá cometer novos delitos, desestabilizando
a ordem pública. (Falar de cada um dos requisitos).
III – DO PEDIDO
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local, data.
ADVOGADO.
OAB
Uma enfermeira que estava no momento do ocorrido e uma secretária que estava
presenciando o fato, prestaram declarações na DP, informando que se o técnico não
agisse da forma que agiu, o paciente poderia ter lhe ferido letalmente, pois demonstrou
inequívoca intenção de atentar contra a vida do Sr. Marcolino, tendo em vista este ter
pedido que o paciente aguardasse mais alguns minutos para ser atendido.
Dois enfermeiros que chegaram ao local logo após o ocorrido informaram que o Sr.
Marcolino possui um temperamento difícil, sendo “grosso” com os pacientes do
hospital, afirmando que o técnico quebrou o braço do paciente de forma desnecessária,
pois é uma pessoa de temperamento difícil e de convivência insuportável dentro do
hospital.
Diante de tal situação, Marcolino foi preso em flagrante delito pelo crime de lesão
corporal grave, pois a autoridade policial entendeu que a conduta do técnico pode ter
constituído um crime doloso, pois dois enfermeiros não corroboraram a versão das duas
outras testemunhas. Lavrado o auto de prisão em flagrante em 24 horas, a autoridade
policial o encaminhou à autoridade judicial, ao Ministério Público e ao Defensor
Público para verificação.
Diante da situação de Marcolino e dos fundamentos legais que possam interessar para
sua defesa, redija a peça processual privativa de advogado, que seja cabível na situação
exposta, se atentando para as formalidades atinentes ao caso.
a) materialidade do crime;
b) indícios suficientes de autoria;
a) Fundamentos
como garantia da ordem pública – evitar que o delinquente pratique novos crimes
contra a vítima e seus familiares;
como garantia da ordem econômica – Lei nº 8.884/84, 8.137/90 (crimes contra a
economia popular e sonegação fiscal);
por conveniência da instrução criminal – para assegurar a prova processual, de
modo a impedir a ação do criminoso no sentido de fazer desaparecer as provas do
crime, apagar vestígios, subornar, aliciar testemunhas ou ameaçá-las, etc;
para assegurar a aplicação da lei penal - impede-se o desaparecimento do autor da
infração que pretenda se subtrair aos efeitos penais da eventual condenação.
Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, parágrafo 4º, do CPP).
b) Decretação
c) Fundamentação
caso a violência doméstica seja cometida contra mulher com deficiência, a pena
será aumentada em 1/3.
Modifica a ação penal no crime de lesão corporal leve, que passa a ser pública
incondicionada.
Aumenta a pena de lesão corporal no caso dela ser praticada contra ascendente,
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha
convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de
coabitação ou hospitalidade.
Proíbe a aplicação da lei dos juizados especiais criminais (Lei 9.099/1995) aos
crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher.
d) Tipos de violência
2. Violência Psicológica – entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação. Infrações penais: Perturbação da tranqüilidade, Injúria,
Constrangimento ilegal, Cárcere Privado, Ameaça, Vias de fato e Abandono
material. A Ação Penal é pública incondicionada.
e) Medidas Protetivas
Caso queira desistir da ação penal contra o agressor, se for ação penal pública
condicionada à representação, “só será admitida a renúncia à representação perante
o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do
recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público” (Art. 16). Portanto, a
ofendida deverá solicitar ao juiz a designação dessa audiência.
c) do domicílio do agressor.
Depois que o juiz receber o expediente com o pedido da ofendida, ele decidirá sobre
as medidas protetivas de urgência, no prazo de 48 horas. Poderá ainda determinar o
encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso.
Em caso de prisão do agressor, a ofendida deverá ser notificada dos atos processuais
relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão.
f) Questões Polêmicas
Direito de representação
Para a concessão das medidas protetivas de urgência, a lei faz apenas uma
única exigência: que haja requerimento da vítima ou do Ministério Público (art. 19, Lei
11.340/2006), deixando bem claro que não é necessária a realização de uma audiência
com as partes, ou seja, a medida pode ser determinada independentemente da prévia
oitiva do suposto agressor. Nem mesmo o Ministério Público precisa ser ouvido na
hipótese da medida ter sido requerida pela vítima (art. 19, §1º).
Sim, continua vigendo o art. 181 do Código Penal. É isento de pena quem
pratica crime patrimonial contra cônjuge na constância do casamento (sendo possível o
entendimento que englobe também a companheira, no caso de união estável) e também
ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Os artigos 5º, 6º e 7º da Lei Maria da Penha não criam novos crimes ou modificam
aqueles previstos no Código Penal, mas apenas auxiliam o aplicador da lei no que diz
respeito à definição do que seja violência doméstica e familiar contra a mulher.
Fonte: “Lei Maria da Penha: Pontos Polêmicos e em Discussão no Movimento de Mulheres ” - modificado, de Juliana
Belloque, Mestre e Doutoranda em Processo Penal pela USP e Defensora Pública do Estado de São Paulo.
LEI ANTIDROGAS
Luiz Flávio Gomes entende que se trata de infração sui generis, inserida no
âmbito do Direito Judicial Sancionador. Não seria norma administrativa, nem penal.
Isso porque de acordo com a Lei de Introdução ao Código Penal, art. 1º, só é crime, se
for prevista a pena privativa de liberdade, alternativa ou cumulativamente, o que não
ocorreria na hipótese do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 (Luiz Flávio Gomes, Alice
Bianchini, Rogério Sanches da Cunha, William Terra de Oliveira, Nova Lei de Drogas
Comentada, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2006, p.108/113).
A revogada Lei 6.368/76, em seu art. 12, §1º, previa a conduta de semear,
cultivar ou fazer a colheita de planta destinada à preparação de entorpecente ou de
substância que determine dependência física ou psíquica, contudo, essa figura constituía
crime equiparado ao tráfico, de forma que muito se discutia se a conduta de semear,
cultivar ou fazer a colheita para uso próprio configurava o crime do art. 12, § 1º ou o
revogado art. 16 (porte de drogas para uso próprio).
b) Procedimento
O art. 48, § 1º, merece um reparo. É que o artigo 33, § 2º (cessão ocasional e
gratuita de drogas) constitui infração de menor potencial ofensivo, de forma que, o
concurso dessa modalidade típica com o art. 28 (posse de droga para consumo pessoal),
não afasta a competência dos Juizados Especiais Criminais, ao contrário do que dá a
entender a redação daquele dispositivo, o qual, na realidade, no que tange ao art. 33,
está se referindo apenas ao caput e § 1º.
c) Prisão em flagrante
IP nº
Ou
Fulano de Tal, (qualificar na íntegra, visto tratar-se de petição que vai apartada
aos autos), vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra
constituído, conforme instrumento de mandato em anexo, com fulcro nos arts. 316 e
282, § 5º, ambos do Código de Processo Penal, requerer:
Neste momento, devemos falar dos requisitos do art. 312 do CPP e fundamentar
que a prisão foi decretada com base em algum (uns) deles. Porém, devemos citar o
motivo pelo qual o motivo porventura deixou de existir.
EX: O cara foi preso e não se tem informações verdadeiras acerca do endereço onde ele
mora. A fundamentação do juiz para decretação é a possível fuga do acusado, caso haja
condenação, tendo em vista a desconfiança de o cara ter dado endereço errado quando
intimado. Com base nisso, informamos que a defesa junta documentos que comprovam
onde ele mora, trabalha e estuda e também que ele compareceu voluntariamente a todos
os atos do processo, razão pela qual a eventual aplicação da lei penal em caso de
condenação, em hipóstese alguma restará prejudicada.
II – DO DIREITO
Neste momento vamos debater e confrontar todos aqueles motivos que podem
ter ensejado a prisão, mostrando ao juízo que não há necessidade de o indiciado ficar
preso. Falar, neste momento, da liberdade como regra e dissertar acerca dos requisitos
do 312 do CPP confrontando-os com os argumentos da defesa, e documentos juntados, a
fim de tornar a prisão desnecessária. Como tese subsidiária, falamos de alguma(s)
medida(s) do art. 319 do CPP por serem mais adequadas ao requerente.
III – DO PEDIDO
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local, data.
Advogado.
OAB.
O fato ocorreu durante uma reunião de condomínio, momento em que Ryana e Jonisval
passaram a discutir de forma exacerbada. Após se sentir afrontada com as palavras de
Jonisval, Ryana pegou uma barra de ferro que estava perto da portaria em que mora e
desferiu dois golpes certeiros na cabeça de Jonisval, tendo este desmaiado e sido
encaminhado pra o HRAN, ficando afastado de suas ocupações habituais por cerca de
40 dias.
Ryana, assustada com o ocorrido, resolveu passar uma semana na casa de sua genitora
na Vicente Pires. Após tal época, resolveu voltar para seu apartamento, a fim de saber
como as coisas estavam. Ryana não foi à delegacia para prestar depoimentos e nem
fornecer informações cruciais requeridas pela autoridade policial, razão pela qual esta
representou pela custódia cautelar da acusada.
RELAXAMENTO DE PRISÃO
a) RELAXAMENTO DE PRISÃO
Ainda, com base nesta mesma Lei, conforme o Art. 51, o inquérito policial
será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90
(noventa) dias, quando solto. Em que pese o parágrafo único estabelecer que os prazos a
que se refere este artigo poderem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
Esqueleto da petição:
RELAXAMENTO DE PRISÃO
Narrar como se deu o flagrante, ressaltando o vício que será atacado no tópico
“do direito”.
EX: Fulano foi preso em flagrante pelo crime de roubo cometido em tal dia, em tal
lugar.
Após ser regularmente recolhido ao cárcere, teve lavrado contra si lavrado auto
de prisão em flagrante 4 dias após a prisão, assinando sua nota de culpa também no
quarto dia, fato que torna sua prisão contrária à lei, conforme disporá a defesa nas linhas
seguintes.
II – DO DIREITO
Informar, aqui, o que diz o Código de Processo penal sobre tal prazo,
transcrevendo o artigo e contrapondo-o ao caso dos autos, logo em seguida.
Ex: O art. 306 do Código de processo penal estabelece o prazo de 24 horas para
assinatura da nota de culpa, (fazer uma explanação)...
Ocorre, Excelência, que tal prazo não foi respeitado. Observe-se que o indiciado
somente assinou tal documento 4 dias após sua prisão, fato que torna sua prisão em
flagrante ilegal. Não obstante tal fato, a lavratura do auto se deu também em prazo
diverso ao determinado pelo citado artigo do já mencionado diploma legal, (fazer uma
explanação)...
III – DO PEDIDO:
Nestes Termos
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado.
OAB.
Elenilde Maridélia, brasileira, casada, policial civil, residente e domiciliada na SQS 315,
Bloco W, Apartamento 1001, Asa Sul, estava em sua casa em 15 de maio de 2017,
quando, avistando uma sombra passando pela sala, dirigiu-se sorrateiramente até o
cômodo, momento em que presenciou um meliante arrombando a maçaneta da porta
com um maçarico e portando na cintura uma pistola semiautomática.
Apavorada, Elenilde foi até o quarto e pegou seu revólver calibre 38, se dirigindo até o
citado elemento para afastá-lo de sua residência. Neste instante, o indivíduo já adentrava
a sala de Elenilde e lhe apontava a arma, quando, para evitar a injusta agressão que seria
perpetrada contra sua vida, Elenilde desferiu um único tiro no indivíduo, atingindo-lhe o
peito, fato que levou o meliante a óbito.
Em 18 de maio de 2017, Elenilde recebeu sua nota de culpa, tendo informado que não
possuía defensor constituído e que desejava comunicar sua prisão ao seu marido. A
autoridade policial, munida do auto de prisão em flagrante, enviou uma cópia do auto,
exclusivamente ao ministério público, entendo que este por ser o dominus litis, era o
maior interessado na causa, comunicando, em seguida, a prisão de Elenilde à seu
esposo.
Diante dos fatos, como advogado de Elenide, apresente a medida processual privativa,
se atentando para as teses possíveis a serem alegadas em favor de Elenice.
Habeas Corpus
O habeas corpus pode ser liberatório, quando tem por âmbito fazer cessar
constrangimento ilegal, ou preventivo, quando tem por fim proteger o indivíduo contra
o constrangimento ilegal que esteja na iminência de sofrer tal constrangimento.
I - quando não houver justa causa; (Ex: em crimes tributários, sonegação – Lei
8.132/90, quando o agente parcela o débito antes do recebimento da denúncia – o art.
151 do CTN afirma que o parcelamento suspende a ação penal; neste diapasão, a
quitação do débito, a qualquer tempo antes da sentença (conforme entendimento do
STJ) extingue a ação penal. Ela retira da ação penal a justa causa para seu
prosseguimento). Se mesmo havendo a quitação do débito, o MP insistir no
prosseguimento da ação penal, impetra-se HC para trancar a ação penal.
II - Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; (O art. 400 do
Código de Processo Penal estipulou o prazo de 60 dias para que se encerre a instrução
criminal em casos em que o réu esteja preso. O excesso de prazo configura
constrangimento ilegal e pode ser atacado por HC).
III - Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
V - Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
Tal pedido liminar deve ser feito quando da impetração do writ de habeas
corpus.
É importante frisar que, como já se disse, por ser a liberdade direito de suma
importância e garantido pela Constituição brasileira, os tribunais devem analisá-lo com
o maior rigor e agilidade para que nenhum dano à pessoa seja causado por atos ilegais
ou excessivos.
Importante ressaltar que a parte que interpõe a ação de habeas corpus não é
a que está sendo vítima da privação de sua liberdade, via de regra, e sim um terceiro que
o faz de próprio punho. Como a ação de habeas corpus é de natureza informal, pois
qualquer pessoa pode fazê-la, não é necessário que se apresente procuração da vítima
para ter ajuizamento imediato. Ela tem caráter informal. Portanto, a ação tem
características bem marcantes, a se ver:
Esqueleto da Petição:
II – DO DIREITO:
IV – DO PEDIDO:
Pede Deferimento.
Local, data.
Nome
CPF.
No prazo legal, Laila ofereceu impugnação ao auto de infração, que foi julgada
improcedente, havendo confirmação da lavratura. Tempestivamente, Laila ofereceu
recurso administrativo para ver reformada a decisão que implicou na autuação.
O Ministério Público, por entender que a autuação tinha sido lavrada nos
conformes da Lei, ofereceu denúncia em face de Laila, tipificando o fato como crime
tributário constante no art. 1º, I, da Lei 8.137/90.
Algumas hipóteses de cabimento do MS: Para que o cidadão não tenha que
produzir prova contra si próprio (exame grafotécnico, análise sanguinea, teor alcóolico,
para não falar em juízo); decisão que indefere o acessos aos autos do inquérito policial;
para buscar a restituição de coisas apreendidas; da decisão que assegura alguma medida
asseguratória sem a observância dos requisitos legais.
Insta salientar, que de acordo com a citada lei, em seu art. 3º, o titular de
direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro, poderá
impetrar mandado de segurança em favor do direito originário, se o seu titular não o
fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente.
Valor da causa: O valor da causa deve ser determinado, visto ser uma ação
mandamental que segue os moldes do art. 282 do CPC.
Modelo da Petição:
8.906/94 – Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. O pedido foi indeferido pela
autoridade policial, que despachou nos seguintes termos: “indefiro porque o inquérito é
sigiloso, conforme artigo 20 do Código de Processo Penal”.
II – DO DIREITO
Com isso, pode-se denotar que não pode ser vedado o acesso aos autos do
inquérito policial ao advogado do indiciado, ainda mais se estiver com poderes
outorgados por procuração aos autos juntados, exatamente como é o caso do impetrante.
II. 1 – DA LIMINAR
III – DO PEDIDO
Advogado
OAB
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Esqueleto da peça:
Processo nº
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Fazer uma rápida exposição fática, trazendo os principais dados que serão
abordados no direito.
II – DO DIREITO:
Explicar, aqui, que os fatos se deram amparados por causas abarcadas pelo art.
397 do CPP, explicando que neste caso o acusado deve ser absolvido sumariamente
IV - ROL DE TESTEMUNHAS
Nestes Termos
Pede Deferimento.
Local, data
Advogado
OAB
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
II – Das Preliminares:
III – DO MÉRITO
Aqui, neste tópico, a primeira coisa a ser feita é arguir TESE de ABSOLVISÃO
SUMÁRIA. Focar exclusivamente no art. 397, seja júri ou rito comum.
IV – DOS PEDIDOS
Quanto ao mérito, requer a absolvição sumária do acusado por... conforme art. 397 ... do
CPP.
Pede Deferimento.
Local (10 dias!!!!!!)
Advogado
OAB
VI – ROL DE TESTEMUNHAS
Rito Comum (Até 8 testemunhas)
1 – Nome, Endereço
2 - Nome, Endereço
3 - Nome, Endereço
Patrícia Diana, nascida em 01/12/1997, residente e domiciliada na QNQ 15, lote 15,
Taguatinga-DF, foi contratada para trabalhar na casa de sua vizinha, dona Meyre Jane de
Assunção.
No dia 29/11/2017, quando chegava ao trabalho, Patrícia viu a irmã de sua patroa, dona
Cleuza, guardando um de seus inúmeros vestidos vermelhos em uma das gavetas do
quarto de dona Meyre, sendo esta senhora de muitas posses. Como Patrícia teria um
encontro naquela tarde com um rapaz que estava conhecendo pela internet, e querendo
estar bonita para o mesmo, teve a idéia subtrair o vestido que Dona Cleuza havia
guardado. Apesar de seu um vestido simples, que tem baixo custo no mercado, em torno
de R$ 30,00, era uma vestimenta chamativa e bem trabalhada. Ágil, Patrícia conseguiu
se assenhorear da vestimenta e a escondeu em sua bolsa, aguardando o horário para usar
a roupa.
Neste mesmo dia, à tarde, Patrícia se encontrou com seu pretendente, impecavelmente
bem vestida. Ao final do encontro, Patrícia voltou à casa de sua patroa, pois sabia que a
mesma ainda não estaria em casa, para devolver o vestido.
No dia seguinte, Dona Cleusa foi avisada por uma vizinha de que sua empregada havia
saído usando um de seus vestidos, o que lhe causou revolta e fez com que a mesma
efetuasse um BO em face de sua secretaria do lar. Na DP, pós a oitiva de Joana de Tal,
Fernando de Tal, Marlene de Tal e Zuleika de Tal, vizinhos que confirmaram a
utilização do vestido por Patrícia, esta foi indiciada pelo crime de furto, previsto no art.
155, caput, do Código Penal.
Após remoer todo o ódio que lhe corroeu o estômago durante toda a madrugada,
no dia seguinte, Pedroso foi até sua residência, tirar todos os seus bens da casa e por fim
ao relacionado com sua mulher, exigindo que a mesma se retirasse do imóvel, visto o
bem ser exclusivamente dele, pois foi adquirido antes da constância da sociedade
conjugal.
Ao chegar em seu sobrado, sito na QNM 02, Gama, DF, sua esposa o esperava
com lágrimas nos olhos. Não aceitando o pedido de separação, Maridélia partiu para
cima do marido a fim de agredi-lo com uma faca em punho, momento em que, tentando
se desvencilhar dos golpes da esposa, Pedroso lhe desferiu, com força, um chute no
tórax, momento em que a mulher encontrava-se próxima da escada. Por conta do golpe,
ao perder o equilíbrio, a mesma caiu da escada. Levada ao hospital, duas semanas
depois, foi atestado seu óbito, sendo que, por greve de peritos, o único documento
expedido foi a certidão de óbito da vítima.
Processo nº
MEMORIAIS
Narrar, de forma sucinta, a dinâmica dos fatos. Ao final, terminar com uma frase
de impacto, por exemplo: “Entretanto, a tese acusatória não merece prosperar”.
II – DO DIREITO
EX: No caso de uma pessoa que lesionou outra porque esta estava armada:
II – Do direito:
II.1- Da absolvição sumária: (Se júri. Se não for júri, não é sumária).
III – DO PEDIDO
Nestes Termos
Pede Deferimento.
Local, data,
Advogado
OAB
MEMORIAIS
III – DO MÉRITO
III.1 – Da Absolviçao
Aqui, neste tópico, a primeira coisa a ser feita é Arguir TESE de ABSOLVIÇÃO,
conforme art. 386 do Código de Processo Penal!!
III.2 – Da Desclassificaçao para crime diverso (ver se este novo crime cabe sursis e
requerer - (Ver art. 383 e §§ 1º e 2º, do CPP, bem como Súmula 337 do STJ).
VI.4 –Do Privilégio (Observe-se que todos os crimes abaixo admitem absolviçao
pela bagatela, caso os requisitos estejam preenchidos, bem como oferecimento de sursis,
bem como privilégio, que é causa de diminuiçao de pena.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz
pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou
aplicar somente a pena de multa.
Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, §
2º.
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode
aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
Fraude no comércio
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou
consumidor:
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;
II - entregando uma mercadoria por outra:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou o peso de metal ou
substituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor;
vender pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de ou outra qualidade:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Receptação
V – DOS PEDIDOS
a) Preliminarmente, que seja extinto o feito com resoluçao do mérito, nos termos
do art. 107, IV, do Código Penal, tendo em vista que a prescriçao fulminou a pretensão
punitiva que incidia sobre o feito, com a absolvição do acusado nos termos do art. 386,
VI, do CPP.
e) Que incida sobre o feito o privilégio especificado no art. (ver qual o crime),
visto que o acusado preenche os requisitos necessário para tanto, aplicando este juizo a
pena de multa.
e) Por último, acreditando sinceramente que as teses acima serao abraçadas por
este magistrado, requer o réu sejam consideradas na fixaçao da pena as atenuantes do
art. 65 (citar os incisos), bem como a determinaçao da pena base do crime com a
consequente conversao em restritiva de direito, conforme preconiza o art. 44 do CPB.
Pede Deferimento.
Local (5 dias!!!!!!)
Advogado
OAB
MEMORIAIS
pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
II. – Da Prescrição
Este tópico pode não constar em sua peça. Só falaremos de prejudicial de mérito
se houver alguma das causas do art. 107 do Código Penal, frise-se, prescrição. Neste
tópico, devemos ver a data do crime (marco inicial da prescrição), bem como a data de
recebimento da denúncia (art. 117 do CP – é causa de interrupção). Ainda nesta esteira
de raciocínio, devemos olhar o art. 109 do CP para ver o tempo em que o crime
prescreve, bem como o artigo 115 do mesmo diploma legal, visto que se na data crime o
acusado tiver menos de 21 anos ou na data da sentença tiver mais de 70, a prescrição
corre pela metade. Pedir a absolvição Sumária conforme 415, IV, do CPP. FIQUE DE
OLHO!!!
III – DO MÉRITO
Aqui, neste tópico, a primeira coisa a ser feita é Arguir TESE de ABSOLVIÇÃO
SUMÁRIA, conforme art. 415 do Código de Processo Penal!!
III.2 – Da Impronúncia
Diferente da absolvição, que será alegada quando houver PROVA, a impronúncia ocorre
quando há ausência de prova.
Usamos esta tese quando desclassificamos de um crime do júri para outro, mas
de competencia do próprio júri. Exemplo, uma mae que mata um filho está respondendo
por homicídio. A defesa utiliza como tese a desclassificação para infanticídio.
Como última tese, se for o entendimento pela pronúncia, que haja o decote da
qualificadora (Exemplo – do motivo torpe quando há contenda física entre réu e vítima
antes do delito – mesmo que seja por vingança antes do crime, se há agressão, cai o
motivo torpe).
V – DOS PEDIDOS
a) Preliminarmente, que seja extinto o feito com resoluçao do mérito, nos termos
do art. 107, IV, do Código Penal, tendo em vista que a prescriçao pretensão punitiva que
incidia sobre o feito, absolvendo o acusado sumariamente, conforme art. 415, IV, do
CPP.
b) Nao extinguindo o feito com resoluçao do mérito nos moldes do pedido
acima, pugna a defesa para que seja acatada a nulidade por inépcia da denúncia, a fim
de que seja extinto o processo sem julgamento do mérito.
c) Nao acatando as preliminares suscitadas, o réu pugna, no mérito, para que este
juizo absolva sumariamente o acusado nos moldes do art. 415 (mencionar os incisos
correspondentes), ante a patente comprovaçao da (citar o motivo).
d) Em tese antagônica, suscitar a impronúncia (quando não houver provas de
materialidade ou indícios suficientes de autoria) nos moldes do art. 414 do CPP.
e) Acreditando que as teses acima serão abraçadas, mas por amor ao debate, a
defesa requer a desclassificação do crime doloso contra vida insculpido na denúncia
para (citar o crime), sendo este de competência do juizo comum, para ele devendo ser
remetido, nos moldes do art. 419 do CPP.
f) Em caso de pronúncia, o que defesa argumenta somente em respeito ao
princípio da eventualidade, que esta seja feita para o crime de (citar o crime de
competência do júri, mas sem a qualificadora).
Pede Deferimento.
Local (5 dias!!!!!!)
Advogado
OAB
Foi oferecida denúncia pelo Ministério Público contra o acusado no dia 16 de fevereiro
de 2011, e recebida pelo Senhor Juiz de Direito do Tribunal do Júri da Circunscrição de
Taguatinga no dia 25 de fevereiro de 2011, estando o acusado incurso nas penas do Art. 121, §
2º, inciso IV, c/c Art. 14, inciso II, todos do Código Penal.
O acusado foi citado no dia 02 de março de 2011, momento em que seu patrono
apresentou resposta a acusação, na qual a defesa não suscitou preliminares nem teses de
2 - DO DIREITO
2.1 – Da Desclassificação para o crime diverso do da competência do tribunal do júri
No caso em tela, o processado, logo após ser agredido, diga-se, covardemente, pelos
seguranças da Choperia, foi tomado por fúria inexplicável e, apoderando-se de uma faca que
se encontrava no “carrinho de churrasquinho” que estava próximo ao citado estabelecimento,
foi de encontro aos seus agressores, desferindo golpes de faca em um de seus algozes, no
intuito de extravasar sua ira, motivada por uma agressão anterior. É o que se observa no
depoimento do acusado:
Tal fato pode ser comprovado, ainda, pelo depoimento da testemunha Wil:
Ainda, segundo o depoente, o churrasqueiro que trabalha
próximo à chopperia, de nome Ticio, comentou que o autuado
esteve em seu estabelecimento afirmando que mataria um
indíviduo que o tinha agredido anteriormente.
Pelo exposto, fica claro que, mesmo sem a interferência de ninguém, o acusado ficou
parado e não desferiu um novo golpe, tendo em vista a ausência de vontade de matar a vítima.
Ora, Excelência, se o réu quisesse matar a vítima, o teria feito, até mesmo porque
Keny já se encontrava sem forças, conforme afirmou, também, em seu depoimento: “após levar
o segundo golpe, o declarante começou a perder as forças”. Além disso, a vítima estava
prostrada diante do acusado, que lhe observava com uma faca em punho. Se o objetivo real
fosse a morte da vítima, não havia nada que obstasse o réu de prosseguir com golpes em
áreas letais para ceifar sua vida. Fica evidente que o caso comporta o instituto da desistência
voluntária, devendo o acusado responder somente pelos atos devidamente praticados.
Com base nisso, indubitável que está ausente o animus necandi do réu, devendo o
crime por ele cometido ser desclassificado para o crime diverso do da competência do tribunal
do júri, sendo os autos do processo remetidos ao juízo competente, nos termos do art. 419 do
Código de Processo Penal.
As únicas testemunhas do caso são colegas de trabalho e amigas da vítima, razão pela
qual tentam corroborar uma tese fantasiosa e irracível, que coloca o acusado em posição de
carrasco impiedoso e ardiloso. Nestes termos, as declarações são contraditórias e permeadas
de informações falaciosas. Veja-se o que relata a testemunha Wil:
Como pode Wil afirmar que teria observado o acusado chamar a vítima, sacar uma
faca da cintura e desferir as facadas contra a vítima, se ele estava junto com Nicho em local
diverso ao local dos fatos, sem ter visto o ocorrido?
Excelência, se o acusado cometeu o crime, foi por uma forte motivação, qual seja a
agressão física e moral da qual foi vítima. Diferente do que afirmam as supostas testemunhas,
o réu foi agredido, espancado e humilhado por elas mesmas e não houve queda alguma em
ilusória corrente. Não há nenhum popular que ateste tal situação, e a queda na corrente, se
fosse verídica, deveria ter causado no acusado diversas escoriações advindas do deslizamento
e choque com o asfalto, o que não ocorreu. O réu teve ferimentos no supercilho e na boca em
virtude dos socos e chutes que levou. Conforme as testemunhas, foram populares que
imobilizaram e agrediram o réu, mas nenhum deles foi arrolado como para atestar a veracidade
de tais fatos.
diferente, demonstra, por seu depoimento, que não acompanhou nada e criou uma versão
leviana para prejudicar o acusado, maquiando uma possível atitude espúria por ele cometida.
Ademais, pelo ofício que exerce e pelo local que trabalha, qual seja segurança de uma
casa de Shows, é indubitável que o indivíduo esteja atento e preparado para os perigos
atinentes à profissão, evitando ser surpreendido por situações que comprometam sua
segurança, como é de se esperar nesses ambientes. Tal fato retira o efeito surpresa advindo da
qualificadora que é imputada ao acusado.
3 - DO PEDIDO:
Termos em que,
Pede e aguarda deferimento.
Taguatinga/DF, 12 de maio de 2011.
Advogado
OAB
Processo nº 2012.07.1.000000-0
MEMORIAIS
1. DOS FATOS
1 – DO DIREITO
Tendo em vista o exposto, a defesa pugna para que a pena base seja
fixada no mínimo legal, considerando todas as situações favoráveis presentes
no art. 59 do Código Penal. Mesmo não sendo este o entendimento deste juízo,
quando da dosimetria na segunda fase, a defesa pugna para que a pena seja
fixada no mínimo legal, visto a incidência das duas atenuantes mencionadas e
nenhuma agravante. Quando da dosimetria na terceira fase, requer a acusada
que a pena seja minorada no máximo legal permitido, ou seja, em 2/3,
conforme preceitua o art. 14, II, parágrafo único do CP. Não obstante tal
situação, a defesa ainda requer a incidência de outra causa de diminuição de
pena prevista no caso em análise, qual seja o furto privilegiado.
3. Dos Pedidos
Advogado
OAB
CASO 2
informou que tinha pago pela mercadora e não entendia como o sistema tinha
apitado. Ao ser inquirida pela defesa, a citada testemunha disse que em
momento algum a ré tentou fugir, somente que ficou muito assustada com o
barulho dos alarmes e dizia a todo instante que tinha pago pelas mercadorias.
Ao final, na oitiva do representante da vítima, um empregado da loja que se
encontrava dentro do estabelecimento comercial, este afirmou que nada
presenciou, tendo em vista que estava conversando com um cliente no
momento dos fatos.
Em seguida, foi dada vista dos autos para o órgão da acusação que postulou
pela condenação da acusada nos moldes da denúncia, ou seja, por ter
incorrido nos ditames do caput do art. 155 do código penal.
Você, como patrono de Roberto, teve vista dos autos em 16/06/2011, uma
quinta-feira. Diante do caso exposto, apresente a medida processual cabível,
articulando todas as teses possíveis, sem criar fatos que não estejam no
processo, e se atentando para o último dia de prazo.
Prática Penal I –
Recursos
Requisitos de Admissibilidade Comum a todos os recursos
1 – Objetivos:
a.1 – Cabimento: Deve haver previsão legal expressa para sua interposição;
a.2 – Adequação: Deve-se utilizar exatamente o recurso previsto em lei para tal
hipótese;
a.3 – Tempestividade: Deve haver interposição do recurso dentro do prazo legal
previamente estabelecido pelo ordenamento jurídico pátrio;
2 – Subjetivos:
b.1 – Interesse: Somente pode recorrer a parte que demonstre real inconformismo (que
tenha, de alguma forma, sucumbido);
b.2 – legitimidade: Como regra, somente quem é parte na relação processual é quem
pode interpor o recurso cabível.
APELAÇÃO
Cabimento da apelação
1. Sentenças condenatórias;
2. Sentenças absolutórias;
3. Nos casos do artigo 593, II do CPP.
A apelação deve sempre ser endereçada ao juízo ad quem competente. Apesar de ser
interposta em 1º grau, em face do juiz prolator da sentença, a apelação não permite, ao
contrário do recurso em sentido estrito, o juízo de retratação, ou seja, a sua apreciação
pelo prolator da decisão.
598 do CPP). O prazo é de 15 dias e este recurso não possui efeito suspensivo (art. 598,
parágrafo único, do CPP).
Por fim, cabe lembrar que as decisões do juiz singular que não se enquadrem nos
incisos I e II, não admitem apelação e, caso não sejam também objeto de recurso em
sentido estrito serão, via de regra, irrecorríveis.
Há casos em que as decisões previstas nos incisos I e II do artigo 593, não são
atacáveis por apelação, mas sim por recurso em sentido estrito. São exemplo dessas
decisões:
Da mesma maneira o Código de Processo penal estatui que não poderá ser usado
recurso em sentido estrito nas decisões em que seja cabível apelação. Nesses termos,
deve ser interposta apelação mesmo que a decisão seja, em outro momento processual
que não o de decisão definitiva, guerreada por recurso em sentido estrito.
No que concerne às apelações das decisões do tribunal do júri, temos a sua base
regulada pelo art. 593, III, "a" a "d", do CPP.
decisões do tribunal do júri essa apreciação assume um caráter restrito, sem a devolução
do conhecimento pleno da causa, limitando-se o tribunal ad quem a um conhecimento
ditado pela lei. Em razão de sua natureza não há devolução à superior instância do
conhecimento integral da causa criminal. Isso ocorre em razão de que as decisões do
tribunal do júri assumiram o "status" de garantia constitucional, impossibilitando assim
interferências em seu conteúdo. É o que foi disposto no art. 5º, XXXVIII, "c", da CF,
onde estabelece que é reconhecida a instituição do júri, assegurada a soberania dos
veredictos.
Devemos, de pronto, verificar que nulidades são essas. Constatamos que são
aquelas nulidades estabelecidas pelo art. 564, III, "f" a "k", estando atreladas ao inciso I,
a causa estabelecida no artigo 448 do CPP. Deve-se observar, no entanto, a diferença
para o caso de ser uma nulidade absoluta ou relativa, visto que esta é passível de
preclusão se não impugnada após as formalidades para o julgamento, enquanto que
aquelas não sofrem esse tipo de restrição.
A afronta a qualquer das fórmulas acima é causa de nulidade. Assim é que caso o
tribunal "ad quem" acate, dê provimento, a uma alegação de nulidade, os atos são
anulados para que haja uma renovação na primeira instância até que possam vir a ser
conclusos para um novo julgamento. Devemos esclarecer que essa ocorrência não fere o
princípio constitucional da "soberania dos veredictos" em razão de que o julgamento se
tornou insubsistente ao passo que os atos anteriores ao seu intento estavam viciados.
Não houve modificação da decisão e sim a declaração de sua inexistência jurídica.
considera conveniente. Pode, desde que essa interpretação esteja em consonância com
as provas dos autos.
Para o caso desse último item, a nova apreciação deve ser feita por novo
julgamento, através de conselho de jurados. É o que dispõe o art. 593, § 4º, do CPP.
Entendemos desnecessária essa afirmação em razão da garantia constitucional, já
mencionada, da soberania das decisões do tribunal do júri. Com isso não poderia o
tribunal "ad quem" fazer uma apreciação do mérito da causa e tão-somente das
condições de admissibilidade da apelação.
Esqueleto da Peça:
Processo nº
Apelação
pugnando que, após exercido o juizo de admissbilidade do presente recurso, bem como
das razões recursais que estão em anexo, sejam os autos remetidos ao Egrégio Tribunal
de Justiça e Territórios, para apreciação das referidas razões.
Nestes Termos
Pede Deferimento.
Data, local (muita atenção na data! Se o problema disser que você teve ciência da
sentença no dia 05 de maio, este termo DEVE ser interposto até o dia 10 de maio (são
cinco dias). O prazo começa a correr do dia seguinte e é fatal.
Advogado
OAB.
Processo nº
Apelante: Nome
Apelado: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
Origem: Vara de origem.
Colenda Turma,
Inclitos Julgadores!
I - Da Admissibilidade do Recurso
II – Das Preliminares
III – Do Direito
Falar da sentença e dos motivos pelos quais ela deve ser reformada. Aqui, falar
do mérito propriamente dito. Teses abordadas em alegações finais que não foram
legitimamente analisadas pelo magistrado a quo.
III – Do pedido:
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB.
O § 1º, do art. 600, do CPP, estabelece que "se houver assistente, este arrazoará,
no prazo de 3 (três) dias, após o Ministério Público". De início poderíamos imaginar
que haveria um cerceamento no tocante ao prazo do assistente, o que não condiz com a
realidade em razão de que dispôs, além daquele prazo oferecido ao Ministério Público,
de mais de 3(três) dias para formular as suas razões, caso sejam necessárias.
Estabelece o art. 600, § 3º, do CPP, que "sendo dois ou mais os apelantes ou
apelados, os prazos serão comuns" Desse dispositivo se extrai a ideia de que os prazos
devem correr em cartório caso as partes não acordem de forma diversa, visto que não se
poderia privilegiar uma parte com prazos maiores em razão de quantidade. A exceção
que se faz a isso é com relação ao Ministério Público, que deve ter vista dos autos fora
do Cartório. No tocante aos demais, são intimados da decisão através da Imprensa
Seguimos então para a segunda fase do processamento, que ocorre no juízo "ad
quem", visto que ultrapassada a fase inicial. Caso a apelação ultrapasse as fases de
primeira instância, com a apresentação do recurso e razões, oportunidade para
contrarrazões, preenchimento dos requisitos para admissibilidade, então os autos serão
remetidos à superior instância.
O art. 601, "caput", do CPP, dispõe que: "Findos os prazos para razões, os autos
serão remetidos à instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco)
dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de 30 (trinta) dias".
O art. 603, do CPP, menciona os casos em que devem ficar traslado dos termos
essenciais do processo em cartório por razão da distância, nos casos em que a comarca
não é sede do tribunal. A distância explica o maior prazo dispensado.
Assim, remetidos os autos ao tribunal ad quem, caso já existam razões de
apelação, será feito um novo juízo de admissibilidade para então levá-lo a novo
julgamento com inclusão em pauta.
Como se vê, o que se diferencia da situação anterior é que para esse caso aquilo
que deveria ter sido feito no juízo "a quo", no tocante às intimações necessárias e prazos
para as razões e contrarrazões, será feita no juízo "ad quem", em razão de faculdade
permitida por lei, o que não deixa de ser um benefício ao apelante, que disporá de maior
prazo para as suas razões.
Por último não podemos deixar de mencionar uma situação diferenciada que é o
caso de dois ou mais réus, o que deverá ser feito caso não haja apelação de todos para
não tumultuar o processo. O art. 601, § 1º, do CPP, resolve o problema, impondo que:
"Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não tiverem todos
apelado, caberá ao apelante promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser
remetido à instância superior no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da entrega das
últimas razões de apelação, ou do vencimento do prazo para a apresentação das do
apelado". Assim, o dispositivo resolve a situação de tumulto processual, evitando que a
eficácia da decisão fique suspensa em relação àqueles que não apelaram, contribuindo
para a agilização processual no sentido de justiça.
Processo 2012.07.1.022711-1
RECURSO DE APELAÇÃO
pugnando para que, após o efetivo exercício de admissibilidade por parte deste Juízo
deste recurso, bem como das razões que lhe acompanham, possa haver a remessa dos
autos ao Tribunal de Justiça, a fim de que possa haver o regular processamento e
julgamento do presente apelo.
Advogado
OAB
Autos n. 2012.07.1.022711-1
Apelante: RENILDO DE JESUS
Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
Origem: 1ª VARA CRIMINAL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE
TAGUATINGA-DF
COLENDA TURMA,
ÍNCLITOS JULGADORES,
Este é exatamente o caso dos autos! Com base no exposto, a defesa requer a
aplicação da pena dos crimes em exame no mínimo legal com a incidência do concurso
formal impróprio.
V - DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer seja o presente recurso conhecido, porque adequado e
tempestivo e, no mérito requer provimento para REFORMA da r. sentença
recorrida, a fim de que seja desclassificado o crime de roubo para o de furto. Requer
também, subsidiariamente, que seja aplicado o concurso formal impróprio,
determinando-se a pena de cada um dos crimes no mínimo legal permitido em direito.
Termos em que,
Pede-se o deferimento.
Advogado
OAB
Após regular denúncia que foi oferecida em 16 de maio de 2015 e recebida 4 dias após
pelo magistrado competente, o réu foi citado para manifestação escrita através de
profissional habilitado, o que de fato foi feito. A audiência de instrução e julgamento foi
designada para o dia 20 de julho de 2015, estando presentes no evento o magistrado, o
órgão do ministério público, o acusado, o condutor que o prendeu em flagrante e um
representante da empresa.
com o cartao de crédito falso para fazer as compras, o que conseguiu fazer, mas foi
detido do lado de fora do estabelecimento. A defesa nada perguntou.
Após o encerramento da instrução processual, foi dada vista dos autos ao MP que
sustentou pela condenação nos mesmos moldes da denúncia. A defesa teve vista dos
autos em 2 de agosto de 2015, uma segunda-feira, para manifestação, tendo a mesma
sustentado pela improcedência da denúncia. Não obstante os argumentos da defesa,
Tício foi condenado a pena de 4 anos pelos dois crimes em concurso material, sendo a
pena de 2 anos para o crime de estelionato e 2 anos para o crime de falso, motivando, na
sentença, que os crimes contra o patrimônio como o estelionato, têm sido grandes viloes
da sociedade, razão pela qual necessitam de reprimenda exacerbada, o que estava a ser
feito na primeira fase da dosimetria quando da análise da culpabilidade. O regime inicial
de cumprimento da pena foi o aberto, seguindo, conforme o magistrado, o que
especifica o art. 33 do Código Penal. As partes foram intimadas da sentença em 21 de
agosto de 2015, uma terça feira, sendo que o MP manifestou desinteresse recursal.
CASO 2
Risno Reinaldo, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na QI 10, casa 22, Taguatinga, nascido
em 10/05/83, de reputação até então ilibada, sempre sonhou em ter seu primeiro automóvel, mas
estava desempregado, portanto, impossibilitado de comprar um.
No dia 10/05/2003, momento em que saia de sua residência para procurar algum bico, Risno
encontrou Malaquias Felixiano, um vizinho altamente envolvido em práticas criminosas, chefe de
uma quadrilha de roubo à mão armada a carros da na região do Distrito Federal, fato que era de
conhecimento de Risno. Neste momento, uma viatura da policia militar passava pelo local, tendo
encontrado os dois rapazes conversando, nada fora do normal, fato que faz com que a viatura
prosseguisse em seu itinerário. Minutos após este evento, Malaquias ofertou a Risno um Fiat Pálio
2003 pelo valor de R$ 4.000,00, veiculo que poderia ser pago em 10 vezes, dispondo que roubou o
carro 2 horas antes juntamente com um colega, e que ambos almejavam repassá-lo a alguém que
não colocaria o negócio deles a perder, razão pela qual Risno havia sido indicado, deixando claro
que o valor de mercado do veículo girava em torno de R$40.000. Sem pestanejar, Risno aceitou a
oferta e se apossou do veiculo que lhe fora entregue no mesmo instante, agradecendo à Deus pelo
presente de aniversário.
Ocorre que, horas mais tarde, almejando sair de Taguatinga, conduzindo o veiculo e dando na
oportunidade uma carona para Malaquias, Risno foi abordado por uma Blitz do Detran.
Analisados os documentos do carro, foi constatado que o mesmo era produto advindo de atividade
ilícita, razão pela qual Risno e Malaquias foram encaminhados à DP. Ao chegarem, a dona do
veículo, que foi encaminhada para reconhecimento do carro e do suposto autor do roubo, fez o
reconhecimento olhando para o vidro da porta de uma sala em que estavam Malaquias e mais 6
pessoas, afirmando que durante a empreitada criminosa, havia visto o rosto do rapaz que lhe havia
apontado uma arma (Malaquias), mas que não tinha certeza acerca da participação de Risno, pois o
mesmo estava de capuz. Dois policiais que faziam a ronda pela circunscrição afirmaram terem visto
Risno e Malaquias conversando horas antes da apreensão do veiculo na blitz, o que os levou a
conclusão de que ambos cometeram o crime em unidade de desígnios. Uma terceira testemunha
presencial do roubo afirma ter visto o rosto dos dois ladrões, pois após subtraírem o carro da
vitima, o que estava de capuz o tirou dentro do veículo, momento em que pôde vê-lo, e afirma, com
segurança e presteza, que um deles é Malaquias, mas que o outro não é Risno. Em seus
interrogatórios Malaquias ficou calado, mas Risno disse que não roubou carro nenhum.
Perguntado pela autoridade policial do por que estava dirigindo o veículo que Malaquias havia
roubado, Risno aduziu que o carro era seu, pois havia comprado de Malaquias horas antes pelo
valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Finalizada a fase inquisitória, os autos foram enviados ao
MP, tendo o órgão acusador oferecido a denúncia no dia 09/05/07, e recebida a exordial pelo juízo
competente no dia 12 de maio do mesmo ano. A citação transcorreu regularmente, tendo o réu
apresentado sua primeira peça defensiva nos termos ajustados no CPP.
DIULIAN DURAN foi denunciado por infração ao art. 121, §2º, I, c/c art. 14, II,
ambos do Código Penal Brasileiro. Narra a denúncia que:
“(...) no dia 22 de fevereiro de 2010, nas imediações da CNA 15 da Região Administrativa
de Taguatinga, o acusado, imbuído de animus necandi, teria efetuado disparos de arma de
fogo contra a vítima DIMI HENDRICK, seu vizinho, não o atingindo por circunstancias
alheias a sua vontade já que acertou o chão. Resta consignar que o fato delituoso teria se
dado porque réu e vítima são inimigos, e o acusado tentou ceifar a vida da vítima por
vingança. Assim, resta incurso nas sanções do art. 121, §2º, I, c/c art. 14, II, do CP”.
O acusado foi citado no dia 04 de junho de 2010 e apresentou resposta a acusação.
Em audiência de instrução e julgamento, ocorrida no dia 30 de agosto de 2010, foram
ouvidas a vítima e as testemunhas ELANO, LINDALVINA, ALBERTO, CEARINA e
MONICA, encerrando-se com o interrogatório do réu. Posteriormente, após os debates
orais o Juiz proferiu sentença pronunciando o acusado nos exatos termos da denúncia.
As partes não recorreram desta.
O plenário foi designado para o dia 20 de abril de 2011(quarta-feira). Aberta a
sessão procedeu-se o sorteio dos seguintes jurados: 1) Maria Aparecida Silva; 2) Amélia
Pereira; 3) Joana Prado; 4) Marcelo Rodrigues; 5) Fátima Bonfim; 6) Mariane Ferreira e
seu esposo Kennedy Ferreira. Em seguida, prestado o compromisso dos jurados iniciou-
se a instrução plenária.
A vítima afirmou que dias antes do ocorrido teria discutido com seu vizinho
porque estava passeando com seu cachorro quando o mesmo defecou em frente a casa
do réu. Irritado, o réu teria proferido uma série de palavrões, fato que ocasionou
verdadeiro bate boca entre os dois. Dias após, a vítima teria novamente levado seu cão
para passear, momento em que seu cão defecava novamente em frente à casa do
acusado, quando este saiu já dando um tiro para o chão, não tendo a vítima sido atingida
de forma letal porque conseguira fugir.
Em seguida, a testemunha Elano afirmou que presenciou os fatos narrados na
acusação. Que a vítima e o acusado haviam discutido dias antes tendo em vista o fato de
que a vítima teria levado seu cão para defecar em frente à casa do réu. No dia dos fatos,
a vítima teria, novamente, levado seu cão para fazer suas necessidades em frente à casa
do acusado, quando o réu, tentando persuadir a vítima a não fazer mais aquilo, foi
agredido covardemente pela vítima. Tentando parar as agressões, o acusado empunhou
uma arma de fogo efetuando um único tiro para o chão, almejando somente fazer com
que a vítima fosse embora da frente de sua residência, o que de fato aconteceu. As
demais testemunhas confirmaram na íntegra a versão de Elano.
O Acusado, por sua vez, afirmou que efetuou um único disparo para baixo após
uma discussão com a vítima. Disse, ainda, que jamais quis atingi-lo tanto que após o
disparo adentrou sua residência.
Em sede de debates o nobre Representante do Ministério Público argumentou que
o acusado agiu com intenção homicida tanto que foi pronunciado e em seguida efetuou
a leitura da decisão de pronúncia. A Defesa, por sua vez, argumentou que em momento
algum o acusado teve intenção homicida tanto que efetuou o disparo para baixo e não
prosseguiu efetuando disparos porque não quis.
Após condenação pelo conselho de sentença, que desconsiderou a qualificadora,
sobreveio sentença aplicando-lhe a pena de 14 anos de reclusão, em regime inicial
fechado ante a gravidade da conduta. O Juiz desconsiderou a atenuante da confissão e o
fato do acusado ser menor de 21 anos de idade.
- Na qualidade de advogado constituído pelo acusado elabore a peça cabível. Não
invente fatos, aborde todas as teses defensivas cabíveis e date a petição no último dia
do prazo.
Embargos de Declaração
apelação voltará a contar do zero. Nos Juizados, no entanto, isso não ocorre, haja vista
que, naquele rito, os prazos são suspensos, e não interrompidos.
Comentários: Os embargos servem para, como já dito, sanar vício contido na sentença
ou no acórdão. A tese a ser defendida limita-se, portanto, à elucidação daquilo que não
ficou claro, e nada mais. Por esse motivo, a chance de cair na segunda fase da OAB ou
em alguma prova da instituição é mínima, pois apostamos em peças que comportam
várias teses ao mesmo tempo.
Por esse motivo, o Ministério Público, em sua peça acusatória, atribuiu ao réu a
conduta prevista no artigo 155, “caput”, do Código Penal, inexistindo causas de
aumento de pena ou circunstâncias agravantes.
II. DO DIREITO
“Ex positis”, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que se
corrija a contradição acima relatada, aplicando-se ao embargante a pena mínima
prevista no artigo 155 do Código Penal, como medida de mais lídima justiça.
local, data.
Advogado,
OAB
O recurso em sentido estrito, como regra, não tem efeito suspensivo, exceto no
caso de perda da fiança e denegação da apelação ou declaração de sua deserção. Deve
ser julgado pelo tribunal (órgão colegiado), salvo quando se tratar de inclusão ou
exclusão de jurado, quando a decisão caberá ao presidente do Tribunal de Justiça ou ao
Presidente do TRF (crimes de alçada federal).
Felizberto Aquino foi pronunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e
recurso que impossibilitou a defesa da vítima, Geraldino Galdino, crime ocorrido em 01
de junho de 2001. Nesta data, Felizberto estava prestes a completar sua segunda década
de vida.
Autos nº
Pede Deferimento.
Ínclitos Julgadores,
Colendo Tribunal!
I – DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO
O recorrente foi pronunciado como incurso nas penas do art. 121, §2º, II e IV, do
Código Penal, porque no dia 01 de junho de 2001, em uma ponte próxima da BR 120,
por volta das 23:00 hs, teria empurrado a vítima Geraldo Galdino da ponte, fazendo com
que a mesma caísse no leito de um rio, desaparecendo nas águas.
III - DO DIREITO
Em momento algum o réu nega que tenha entrado em luta corporal com a
suposta vítima e, em face disso, ter essa última caído nas águas do rio. O próprio
recorrente, ofertando mostras de sua sinceridade, desde a fase policial, admitiu esse fato.
Entretanto, afirmou claramente ter agido em legítima defesa, tendo em vista que a
vítima veio em sua direção com uma faca, a fim de intimidá-lo para não cobrar mais a
dívida que tinha para com o recorrente, sem contar o golpe dado nas costas do
recorrente, pela suposta vítima. Tal fato não foi satisfatoriamente considerado pelo
julgador a quo.
Tal cena foi presenciada pela testemunha fulana de tal (fls., dos autos), que
confirma integralmente a versão dada pelo réu. O ato de violência perpetrado pelo
acusado foi a única forma de se defender da injusta agressão efetivada pela vítima. O
chute foi proporcional e moderado no que concerne à faca de que dispunha a vítima
para afrontar a integridade física do ora recorrente. Comprovada, sem sobra de dúvidas,
a legítima defesa, caso realmente a vítima tenha morrido em decorrência da queda,
somente para argumentar, deveria o réu ter sido absolvido sumariamente nos termos do
art. 415, IV, do Código de Processo Penal, fato que a defesa vem novamente pleitear em
sede de recurso.
ausência de dolo na conduta do réu em causar a morte da vítima. Não existe a figura do
ânimus necandi, apto a consubstanciar a pronúncia do acusado.
Se houve a morte da vítima, foi por conta da queda inesperada no rio e não por
conta do chute dado pelo recorrente a fim de se defender. O recorrente não tinha a
intenção de derrubar a vítima no rio e nem tinha conhecimento acerca do fato de ela
saber ou não nadar, situação que torna inválida qualquer imputação de dolo por parte do
acusado em querer ceifar a vida da vítima. Com um chute, a lesão era inevitável, mas a
morte foi uma consequencia do ato anterior.
Por derradeiro, ainda somente por argumentar, caso seja do entendimento deste
Tribunal a mantença da pronúncia, é de rigor o afastamento das qualificadoras.
Não houve motivo fútil, pois este não se configura quando há discussão e
agressão física entre réu e vítima no momento dos fatos. Tal situação pode ser atestada
pela melhor doutrina pátria e pelo entendimento uníssino dos tribunais brasileiros,
inclusive deste Egrégio TJDFT, in verbis:
PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. TENTATIVA DE
HOMICÍDIO QUALIFICADO. MOTIVO FÚTIL. RECURSO QUE
DIFICULTOU A DEFESA DA VÍTIMA. MATERIALIDADE
COMPROVADA. INDÍCIOS DE AUTORIA SUFICIENTES.
PEDIDO PARA QUE O RÉU FOSSE IMPRONUNCIADO. TESE
DEFENSIVA DE EXCLUSÃO DAS QUALIFICADORAS. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Somente haverá impronuncia do réu quando inexistentes
ou insuficientes os indícios de autoria e materialidade,
todavia, não é caso do autos, quando os indícios são
suficientes a comprová-los.
2. Não haverá motivo fútil, pois este não permanece, se
houver agressão física anterior da vítima para com o acusado.
3. A qualificadora referente a recurso que torne impossível ou
dificulte a defesa da vítima também é manifestamente
improcedente, pois no caso dos autos os tiros não foram
dados à traição, emboscada, ao contrário, houve briga
anterior, inclusive com ameaça de morte
4. Recurso parcialmente provido, para afastar as
qualificadoras, pois manifestamente contrária à prova dos
autos (20070510016107RSE, Relator SILVÂNIO BARBOSA
DOS SANTOS, 2ª Turma Criminal, julgado em 25/03/2010, DJ
05/05/2010 p. 180). (Grifamos).
IV – DO PEDIDO
Por todo o exposto, conclui-se que a ação penal não deve prosseguir, tendo em
vista a extinção da punibilidade do agente operada pela prescrição nos termos do art.
107, IV, e 109, I, c/c 115, ambos do CPB.
Entendendo este juízo ter havido um delito, que não crime doloso contra a vida,
que haja a desclassificação do delito para crime diverso do da competência do tribunal
do júri, havendo remessa dos autos ao juízo competente nos moldes do art. 419 do CPP.
Pede Deferimento.
Brasília, 17 de novembro de 2011 (5 dias!!! Este é o mesmo prazo do termo. Se
o réu já tiver manifestado seu desejo de recorrer, o prazo para somente as RAZÕES
passa a ser de 2 dias!!)
Advogado
OAB.
Após apuração dos fatos, Zequinha foi denunciado como incurso nas penas do
art. 121, §2º, IV, do Código Penal. Na audiência de instrução, a acusação e depois a
defesa inquiriram as testemunhas arroladas em suas respectivas peças (denúncia e
resposta à acusação). Após as oitivas das testemunhas, em ato contínuo, Zequinha foi
pronunciado nos termos do art. 413 do Código de Processo Penal, sendo a pronúncia
publicada no dia 10/04/2011, segunda-feira.
Como advogado, proponha a medida processual privativa cabível, se atentando
para as teses possíveis e para o último dia de prazo.
Revisão criminal
Hipóteses de cabimento:
Pois bem, a revisão criminal pode ter como objeto uma sentença condenatória
(ou absolutória imprópria) ou acórdão condenatório (ou absolutório impróprio).
A revisão criminal é uma ação impugnativa (e não um recurso, mas ninguém vai
morrer se você chamá-la de recurso, essa é uma discussão muito mais doutrinária do
que prática) que visa a substituição de uma sentença por outra.
É uma Peça exclusiva da defesa, e não pode piorar a situação do condenado (art.
626), não tem prazo preclusivo e pode ser apresentada quantas vezes forem possíveis
(ou seja, vale protocolar a qualquer momento até depois do cumprimento final da
sentença, contando que cada nova revisão tenha por fundamento provas novas).
São legítimos para propor a ação o réu, o procurador legalmente habilitado ou,
no caso de morte do réu, o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art. 623) contra
toda e qualquer sentença condenatória (inclusive das sentenças decorrentes do tribunal
do júri). Isso porque, além da absolvição ou diminuição da pena, é possível pedir
indenização por erro judicial (art. 630).
(...) pensamos ser uma patologia processual. (...) Não vislumbramos como possa
uma parte artificialmente criada para ser o contraditor natural do sujeito passivo (...), ter
legitimidade para a ação de revisão criminal, a favor do réu, para desconstituir uma
sentença penal condenatória que somente se produziu porque houve uma acusação
(levada a cabo pelo mesmo Ministério Público, uno e indivisível). Não é necessário
maior esforço para ver a manifesta ilegitimidade do Ministério Público. Ainda que se
argumente em torno da miserável condição econômica do réu, nada justifica.
Em suma, o que prevalece é que o Ministério Público não é parte legítima para
requerer a revisão criminal. Poderá impetrar habeas corpus. Revisão, não. Isso porque,
não se deve “sacrificar o sistema acusatório e a própria estrutura dialética do processo,
legitimando que o acusador o defenda...” (LOPES JÚNIOR, 2011, p. 622).
Mesmo que a sentença transitada em julgado não tenha sido apreciada pela 2ª
instância antes do trânsito em julgado, a competência da revisão nunca será do juiz
singular, razão pela qual denominam a revisão criminal como recurso. Entretanto, a
ação não deve ser usada como se recurso fosse, isto é, não é cabível revisão criminal
para dar nova interpretação aos fatos e às provas contidas no processo, nem para,
simplesmente, reajustar a pena. Ela é instrumento de correção de erro e não um outro
recurso para que o réu consiga atenuar a sua anterior condenação. Se por ventura o juiz
ou tribunal deixou de apreciar uma prova essencial e, por isso, condenou o réu, a revisão
é adequada. Caso o juiz ou tribunal não tenha tido conhecimento de uma prova inédita,
a revisão criminal é o meio correto para combater a decisão condenatória, tudo em
nome do princípio da busca pela verdade real.
MODELO
João da Silva foi condenado pelo juizo de Taguatinga a uma pena de 6 anos de
reclusão em regime fechado, pela pena do crime consubstanciado no art. 213 do CPB.
Novas provas inequívocas que podem absolver o condenado foram colacionadas após o
trânsito em julgado da decisão penal condenatória transitada em julgado, razão pela qual
é cabível ação de revisão criminal para se rediscutir a situação do réu, somente pelo lado
mais favorável.
RESOLUÇÃO DA PEÇA
REVISÃO CRIMINAL
fazendo-o com fulcro nos incisos II e III do art. 621, do Código de Processo Penal,
consoante as questões fáticas e jurídicas infra elencadas:
I - DOS FATOS
II - O DIREITO
Fundamenta-se este pedido de revisão no art. 621, inciso II, CPP, que prevê o
remédio jurídico quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos
comprovadamente falsos.
Outro fundamento para acolher este pedido está disposto no art. 621, inciso III,
CPP, que tem a seguinte dicção:
"III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de
inocência do condenado ou de circunstância que determine ou
autorize diminuição especial da pena".
III – DO PEDIDO
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Advogado
OAB
Documentos:
1. Procuração.
2. Cópia integral dos autos nº XXXXX
3. Certidão de trânsito em julgado do processo que condenou o revisionando.
4. Autos da Justificação Judicial nº XXXXXX.
Marconildo Tavares foi acusado de ter cometido o crime insculpido no art. 121,
§2°, I, do Código penal, tendo em vista o fato de ter matado seu vizinho a facadas por
ter descoberto que o mesmo mantinha relacionamento secreto com sua esposa a vários
anos. Em que pese o corpo nunca ter sido encontrado, o juízo da vara do tribunal do júri
da cidade de São Paulo entendeu que existiam indícios suficientes de autoria,
considerando o entrevero existente entre as partes, bem como materialidade, pois na
casa da vítima foi encontrada uma faca com sangue, supostamente utilizada no crime,
bem como impressões digitais do acusado. Enviado para ser julgado pelo júri popular,
utilizando-se do princípio “in dubio pro societate”, Marcolino foi condenado em 25 de
janeiro de 2012 a uma pena de 12 anos e 6 meses a serem cumpridos em regime
inicialmente fechado. Não houve recurso da defesa e nem da acusação, mesmo diante da
negativa incessante do acusado.
Carta Testemunhável:
CARTA TESTEMUNHÁVEL
II -DO DIREITO
Pelo exposto, requer seja o presente recurso recebido e apreciado pela Instância
Superior com o traslado das peças abaixo elencadas, nos moldes do art. 640 do Código
de Processo Penal para a respectiva formação da CARTA TESTEMUNHÁVEL.
Documentos indicados:
- certidão da r. decisão que não recebeu o recurso;
- certidão de tempestividade da interposição do recurso;
- certidão da decisão denegatória do recurso interposto;
- (outras peças se necessário).
(local e data)
Advogado
OAB
EMBARGOS INFRINGENTES
Caso:
Apelação nº
Advogado
OAB.
Embargante: Vantuil
Embargado: Ministério Público
Apelação nº
Inconformado com o teor da decisão, houve por bem o ora embargante recorrer
da mesma, negando os fatos de modo geral e, especificamente, sua participação em
qualquer tipo de conduta que gerasse à vítima o aviltamento de sua liberdade para a
prática da conjunção carnal.
Sustenta, desta feita, os presentes embargos, o voto que com acerto identificou
flagrante ilegitimidade ad causam do parquet, que a causa exige a representação como
condição de procedibilidade.
II – DO DIREITO
III - DO PEDIDO:
Pede Deferimento.
Advogado
OAB
Agravo em Execução
Assim, sempre que uma decisão do juiz de execução criminal causar prejuízo a
uma das partes da relação processual, o recurso de agravo é a alternativa disponível,
para fins de buscar a declaração da extinção da punibilidade; a unificação das penas; a
progressão de regime ou a detração ou remição da pena (ver artigo 66 e incisos da LEP).
Caso: Vantuil foi condenado pelo crime de homicidio a pena de 12 anos a serem
cumpridos em regime inicialmente fechado. A sentença transitou em julgado em 12 de
maio de 2009. Tendo cumprido pouco mais de 2 anos de sua pena no presídio conhecido
por papuda, bem como tendo tido bom comprtamento carcerário devidamente atestado
pelo Diretor do presídio, Vantuil, através de seu advogado constituído, peticionou ao
Juizo da VEP, requerendo a progressão de seu regime. Entretanto, o Magistrado, após
regular oitiva do MP que se manifestou desfavoravelmente ao feito, alegando que o
crime cometido possui pena exacerbada, fato que determina o cumprimento de um
prazo maior, proferiu a seguinte decisão:
“Indefiro o pedido formulado pelo apenado conforme as manifestações esposadas pelo
MP. PRI”.
A decisão foi publicada no dia 12 de maio de 2011, uma segunda-feira.
Como advogado redija a peça processual cabível, se atentando para o último dia de
prazo.
Autos nº
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Pede Deferimento.
Brasília, 17 de maio de 2011. (Atenção para o prazo de 05 dias!! Se o último dia cair em
dia não útil, prorroga-se a data para o próximo dia útil subsequente).
Advogado/OAB.
Agravante: Vantuil
Agravado: Ministério Público do DF
Autos nº 2011.01.1.04444-4
Execução Penal
Ínclitos Julgadores,
Colendo Tribunal!
III - DO DIREITO
Fundamentar o pedido com base no art. 112 da Lei 7.210/84, bem como no art.
93, IX, do CPP. Falar também do art. 112, §1º, da citada Lei.
IV – DO PEDIDO
Requerer o conhecimento e provimento do presente agravo em execução para,
no mérito, reformar a decisão vergastada, a fim de ...
Pede Deferimento.
Brasília, 17 de novembro de 2011. (Se forem somente razões, o prazo é de 02
dias!!)
Advogado/OAB.
Fundamentação
Processamento
A competência será do STJ (art. 105, II "a" CF) no caso de "Habeas Corpus"
denegado em 2ª instância, ou seja, denegado pelo TJ ou TRF e será ao STF (art.102, II
"a" CF) no caso de matéria constitucional ou "Habeas Corpus" denegado em única
instância no STJ.
pelo prazo de 48 horas. Após, são encaminhados ao Relator designado, que submete o
feito a julgamento.
Modelo da Peça
nestes termos, apresentando desde já, suas razões, postulando-se, desta feita, que sejam
as mesmas recebidas e encaminhadas ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Nesses Termos
Pede Deferimento.
Loca e Data
Advogado
OAB
PACIENTE: _____
"HABEAS CORPUS" Nº.: _____
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
I - DOS FATOS
II - DO DIREITO
DO PEDIDO
Loca e Data
Advogado
OAB
Recurso Especial
Já o procedimento que deve ser seguido você encontra nos arts. 26 a 29 da lei
8.038/90.
DA ADMISSIBILIDADE
- que o órgão prolator do mencionado decisório seja Tribunal Regional federal, Tribunal
de Estado, do Distrito Federal ou de Território;
QUESTÃO FEDERAL
Nas letras "a", "b" e "c" do inciso III do artigo 105 estão instas as questões federais :
2 - julgar válida Lei ou ato de governo local contestado em face de Lei federal.
3 – der a Lei Federal interpretação divergente da que haja atribuído outro tribunal.
INTERPRETAÇÃO DIVERGENTE.
Se faz necessário que o ato decisório divergente seja de outro Tribunal que não o
de cujo acórdão se esta recorrendo e que o dissenso verse sobre tese jurídica. Aqui,
deve-se colacionar a íntegra do acórdão paradigma e indicar a fonte oficial de sua
retirada.
EFEITOS
Resumão Sintético:
Pressupostos Preliminares
Pressupostos Constitucionais
• Decisão contrária a tratado ou lei federal, ou que negar-lhes a vigência – Nos dois
casos, cumpre trazer à baila, a norma contrariada ou declarada revogada, pode ser
material ou processual, inclusive regulamentar.
• Decisão que julgar válida lei ou ato de governo local (estadual ou municipal)
contestado em face de lei federal – O caso ocorre quando se aplica a norma local,
desprezando-se a lei federal.
• Interpretação dada a lei federal divergente deste ou do que foi dado por outro tribunal
– Aqui o acórdão confrontado ou paradigma tem que ser, necessariamente, de outro
tribunal, jamais do mesmo, ainda que de outra Turma ou Câmara. Insuficiente, para
tanto, a mera transcrição de ementas que, por não integrarem o acórdão, podem não
retratar com fidelidade a decisão ementada.
Efeito
DICAS DO MÊS
Prazo – Deverá ser interposto no prazo de 15 dias, que começa a fluir sempre da
publicação das conclusões da decisão recorrida (art. 506, III, CPC);
Preparo – A peça recursal deve vir acompanhada do preparo (art. 511, CPC);
Sobrestamento – Caso haja sido interposto contra a parte não unânime recurso de
embargos infringentes, e especial contra parte unânime, o processamento deste, o
recurso ficará sobrestado até que se extinga o dos embargos infringentes (art. 498,
CPC);
Subida do recurso no STJ – O Recurso Especial sobe ao STJ nos próprios autos do
processo. Se tiver sido, também, apresentado extraordinário, remetem-se os autos, de
início, ao STJ, e, só depois de julgado é que os autos subirão ao STF, desde que não
esteja prejudicado o extraordinário (art. 543, CPC);
Esqueleto:
APELAÇÃO Nº
ACÓRDÃO Nº DA CÂMARA CRIMINAL
RELATOR: DESEMBARGADOR:
RECORRENTE:
RECORRIDO:
RECURSO ESPECIAL
Advogado
OAB
Recorrente:
Recorrido:
Ora, o art. 129, § 4º do Código Penal constitui uma causa especial de diminuição
de pena, que autoriza o juiz, na terceira fase da dosimetria da sanção, diminuir a pena
até então obtida de um sexto a um terço. A providência é claramente benéfica ao réu.
Vale frisar que as causas de diminuição têm o condão de, inclusive, levar o quantum da
pena a patamar aquém do mínimo fixado in abstrato, conforme tranqüilo entendimento
jurisprudencial hoje consolidado.
IV - DO PEDIDO
Termos que
Pede deferimento.
Advogado
OAB
Marilurdes Creuza foi presa em flagrante delito pelo crime de roubo a mão
armada em concurso de agentes, pois em 15 de maio de 2012, a acusada teria sido pega
na casa de Timbalanga Monita, chefe de uma quadrilha que aterrorizava a cidade da
Estrutural e do Guará, logo após o roubo de um carro e outros objetos de vítimas que
frequentavam bares e casas noturnos dos mencionados lugares. Os objetos do crime
foram encontrados na casa de Timbalanga.
O Recurso Extraordinário
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 102, III, normatiza que compete
ao STF julgar mediante Recurso extraordinário as causas decididas em única ou última
instância quando a decisão recorrida:
Julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face desta constituição.
ADMISSIBILIDADE.
A norma condiciona, ainda que a decisão seja prolatada por outros órgãos,
finalmente e necessário que a questão seja constitucional.
PROCEDIBILIDADE
Em caso do presidente inadmitir o remédio extremo, caberá contra este ato o Agravo
Regimental ao STF.
EFEITOS
Insta consignar que Cabe Recurso Extraordinário dos julgamentos dos Juizados
Especiais Criminais, uma vez que o art. 102, III, da CF autoriza sua interposição das
causas decididas em única instância, independentemente de essa instância ser um
tribunal ou turma recursal, tal como a prevista no caput do art. 82 da Lei 9.099/95 – ao
contrário do que ocorre com o recurso especial (CF, art. 105, III).
Modelo:
SEU CLIENTE, por seu advogado ao final assinado, nos autos da apelação
criminal ________, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
interpor, dentro do prazo legal, o presente
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
ao Colendo Supremo Tribunal Federal, com fundamento no art. 102, inciso III, letra “a”,
da Constituição Federal e também com fundamento na Lei 8.038/90, visto que o
recorrente não se conforma, “data venia”, com o venerando Acórdão da apelação
referida, o qual negou-lhe o direito ao contraditório.
M a t e r ia l d e A p o ioEM
A defesa apresenta em anexo as razões do presente recurso.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
(local e data)
Advogado
OAB
II – DA REPERCUSSÃO JURÍDICA
(mencionar a repercussão geral – art. 102, §3º, CF)
III – DO DIREITO
(desenvolver argumentação jurídica, conforme exemplo abaixo)
IV – DO PEDIDO
(local e data)
Advogado
OAB
Na segunda fase, estando o feito totalmente em ordem, o júri absolveu o réu por
ausência de materialidade, ante a ausência do corpo, tendo o MP recorrido à instancia
superior suplicando pela reforma do veredicto, tendo o tribunal reformado a decisão e
condenado o acusado, sob o argumento de que apesar da ausência do corpo, haviam
vestígios incriminadores que apontavam para a autoria do crime. A pena imposta foi de
12 anos em regime incialmente fechado, tendo em vista o reconhecimento, pelo
tribunal, da qualificadora do meio cruel. Tal acórdão, que deu provimento ao apelo à
unanimidade, foi publicado no dia 13 de novembro de 2012, uma terça feira. Opostos
embargos de declaração, os mesmos foram conhecidos mas não providos.
Modelo:
Advogado
OAB.
Agravante:
Agravado:
Origem:
I – DA TEMPESTIVIDADE
O recurso ora manuseado deve ser considerado como tempestivo, porquanto a data de
publicação que negou seguimento ao recurso especial é (Falar da tempestividade).
O agravante foi processado às iras do art. 155 (...) do Código Penal. Devidamente citado
foi interrogado, acompanhado de defensor público, conforme fls.
Conforme se visualiza às fls, APRESENTOU RESPOSTA À ACUSAÇÃO E
ARROLOU TESTEMUNHAS.
Falar aqui da instrução e do ato que deu ensejo ao recurso especial manuseado.
Falar aqui da divergência ou da negativa que dão embasamento ao agravo interposto.
Não haverá juízo de admissibilidade no Tribunal a quo, pelo que não se admite a
denegação do agravo, é o que se depreende do art. 3º da resolução nº 1 do STJ.
IV – DO PEDIDO
Advogado
OAB