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sacerdote juremeiro e o principal organizador do Kipupa Malunguinho – Coco na Mata do Catucá - Encontro
Nacional dos Juremeiros e Juremeiras, que acontece há 12 anos, no Engenho Pitanga II, no município de Abreu
e Lima/PE, quando juremeiros de todo o país se reúnem, em celebrações festivas/culturais e religiosas.
Tem se dedicado com muito afinco a pesquisa e resgate da história de Malunguinho, líder do Quilombo do
Catucá, que agitou a Zona da Mata Norte no século 19. Malunguinho (João Batista, o último), segundo
documentos históricos em poder do Arquivo Público Estadual, teve sua morte notificada em 18 de setembro de
1835. Segundo L'Omi, Malunguinho também, é o único líder quilombola deificado em uma religião no Brasil,
sendo ele uma das mais fortes divindades da religião da Jurema Sagrada.
Essa é uma bela história, normalmente esquecida pelos livros didáticos. Por esse motivo, L'Omi não recusa
convites para discorrer sobre aquele que é tido hoje como o Reis Malunguinho, histórico e divino, presente
fortemente nos rituais dos terreiros. Alexandre está em campanha até para mudar o nome de uma escola
pública, no bairro de Apipucos, a EREM Cândido Duarte, para Malunguinho. A escola desenvolve trabalho
muito interessante de valorização da cultura negra e indígena, contra o racismo ambiental. E tem, em seu pátio,
duas árvores que representam bem a cultura negra e a indígena: um baobá e uma jurema (a primeira plantada
em uma escola pública no Brasil).
L'Omi é estudioso do assunto. Historiador, recentemente ele tornou-se Mestre em Ciências da Religião, sendo o
primeiro juremeiro no país a defender uma dissertação na academia, com a pesquisa - Juremologia: Uma Busca
Etnográfica para a Sistematização de Princípios da Cosmovisão da Jurema Sagrada”. O trabalho foi aprovado
por unanimidade, mérito e louvor, na Universidade Católica de Pernambuco e em breve se tornará um livro.
É uma bela história, normalmente esquecida pelos livros didáticos. Por esse motivo,
Alexandre não recusa convite para discorrer sobre aquele que é tido hoje como o Rei
Malunguinho, hoje em um plano sagrado e reverenciado nos rituais da Jurema.
Alexandre está em campanha até para mudar o nome de uma escola pública, no bairro
de Apipucos, para Malunguinho. A escola desenvolve trabalho muito interessante de
valorização da cultura negra, contra o racismo ambiental. E tem, em seu pátio, duas
árvores que representam bem a cultura negra e a indígena: um baobá e uma jurema.
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Alexandre L'Omi L'Odò
Sacerdote Juremeiro e Aborisà L'Osùn
Mestrando em Ciências da Religião - UNICAP
Historiador - Pesquisador
Produtor Cultural e Executivo