Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Conceituação de Onisciência.
Conclusão
Bibliografia
Introdução
Face a isto é que dependemos da sua revelação, mas mesmo com base nela,
não temos a visão completa de Deus.
Mas mesmo assim, sabendo que pelo intelecto humano, nunca teremos mais
que uma vaga sombra da figura de Deus, somos impelidos a pensar em nosso
Criador, nossa alma se acalenta ao meditarmos na grandiosidade de Deus.
Posso até imaginar Deus sorrindo das nossas tentativas, um sorriso amoroso,
como de um pai ao ver seu filho se admirar com o mundo que o rodeia.
É com essa imagem que iniciamos nossa jornada para tentarmos entender
melhor um dos atributos de Deus : a Onisciência.
Conceituação de Onisciência.
A onisciência de Deus é um atributo que afirma que Deus tem todo o
conhecimento, ou o conhecimento de todas as coisas, seja a do passado, as
que estão acontecendo agora no presente, ou as que, pelo conceito humano,
ainda vão acontecer no futuro.
Heber Carlos de Campos no livro O Ser de Deus[2] diz que Berkhof define o
conhecimento de Deus como “ aquela perfeição divina por meio da qual ele,
em uma maneira completamente singular, conhece-se a si mesmo e conhece
todas as coisas possíveis e reais em ato simplíssimo e eterno”, continua
Heber[3] :
Hodge[7] nos fala que segundo a teoria panteísta “(...)não há nem pode haver
conhecimento no infinito como distinto do finito. Deus só vive até onde os
seres finitos vivem; ele só pensa e sente até onde eles pensam e sentem. A
onisciência é apenas a soma ou agregação da inteligência das formas
transitórias dos seres finitos. (...)”
Ez. 11.5 “Ó casa de Israel; porque, quanto às coisas que surgem à mente eu
as conheço”
Outros textos bíblicos poderiam ainda ser citados, mas entendo que estes já
comprovam o que o próprio Deus afirma sobre o seu conhecimento. Deus
afirma não apenas conhecer nossos atos, mas até enquanto eles ainda não são
potência, mas apenas em vontade de potência, em pensamento. O
entendimento, o conhecimento de Deus é tão grande que não podemos medi-
lo, o homem não pode compreender o grau da onisciência de Deus.
E ainda que Deus conhece as coisas que poderiam ter acontecido, aqui
apresenta-se a variável condicional se, isto é segundo Heber Deus sabe o que
aconteceria mesmo sob outras circunstâncias. Este conhecimento também é
chamado de “conhecimento das coisas possíveis”. Heber continua :
“(...)O meio em que Deus conhece as ações livres. - Aqui também as ações
livres exigem exame á parte. Conhece-as Deus desde a eternidade, antes que
sejam realizadas. Costuma-se indagar de como isso acontece, isto é, de que
modo Deus as preconhece. Uma verdadeira dificuldade salta logo à vista ao
pensar-se que a vontade é livre, que os motivos exteriores não a constringem à
ação mas que apesar da inclinação interna e dos motivos prementes, ela se
determina livremente. O homem mesmo não sabe, com antecedência, como em
certas circunstâncias se decidirá. Como poderá outro sabe-lo? Como obter a
certeza absoluta quanto à escolha real futura? Uma certeza provável e
conjecturável não conviria ao ser perfeito de Deus e o faria depender do
acontecimento criado.
Na solução deste problema opõem-se a cérebres Escolas designada pelo nomes
de Tomismo e Molinismo. (...) O Tomismo: O teólogo dominicano Bañez (m.
1604) passa geralmente por fundador deste sistema, mas a Escola o faz
remontar a S. Tomás. O sistema parte da vontade de Deus que, em decretos
eternos imutáveis, livres, fixou precedentemente a que atos livres o ser racional
será movido no futuro.. (...)
O Molinismo. Fundado pelo jesuíta espanhol Molina (m. 1600), que parte da
ciência de Deus ( o seu conhecimento). Segundo este sistema, a ultima
explicação não se pode encontrar na vontade divina, pois a liberdade não
poderia existir com os decretos físicos, e porque, com relação às ações más, tais
decretos são inconcebíveis, pois fariam de Deus autor do pecado. Compre antes
crê, que Deus pré-conhece com certeza as ações livres mediante a ciência
média. (...)”
Esta teoria tenta conjugar a onisciência de Deus com o livre arbitro humano e
podemos talvez resumi-la conforme segue:
Deus enxerga todo o quadro, todas as conseqüências que uma decisão pode
acarretar, em cada possibilidade que uma decisão pode levar e suas
conseqüências até o fim, seja qual fim for, fim de um problema, fim de uma
vida, fim dos tempos etc..., a única coisa que Deus não pode ter certeza é qual
a decisão que o homem vai toma, pois com seu pleno poder e sua
independente vontade Deus desejo que o homem tivesse o livre arbitro.
Conclusão
Esta pequena explanação sobre a onisciência de Deus, nos mostra quão amplo
e infinito é a tentativa de conhecermos um pouco de Deus. Muitas vezes em
nossa finitude tentamos explicar o infinito, o vaso tentando explicar o artesão.
Mas se o fazemos é porque nos sentimos maravilhados com sua criação,
porque sentimo-nos impelidos a Deus de tal forma que queremos saber mais e
mais a seu respeito.
Bibliografia
GEISLER, Norman – Eleitos, mas Livres – 1ª edição – 1999 – Ed. Vida – São
Paulo; SP
Internet
http://www.leaderu.com/offices/billcraig/menus/
http://www.essenciadafe.com.br/especial_livre2.html
Revista