Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
14
In t r o d u ç ã o
15
M anual oo ' agricultor brasileiro
18
In tr o d u ç ã o
19
M anual do agricultor brasileiro
20
In t r o d u ç ã o
21
M anual do agricultor b r a s i l e i r o
23
M anual do agricultor bhasilci RO
24
N T R O D U Ç A O
25
M a n u a l , do
AGRJCUITOR BRASILEIRO
Capítulo 2
D a e scra v id ã o . — D o s e scrav o s p retos.
A
escravidão, con trato entre a violên cia e a não-resistên-
cia,* que tira ao trabalho a su a recom pensa, e às ações
o arbítrio m oral, ataca ig u alm en te as leis d a hum anidade e
d a religião, e os povos que o têm ad m itid o na sua organiza
ção têm pago bem caro esta violação d o direito natural.
Porém a geração que ach a o m al estabelecido não fica
solidária d a culpabilidade daquilo que, pela razão que exis
te, possui um a força m uitas vezes irresistível, e certos abu
sos radicais têm um a conexão tão estreita com o princípio
vital de um a nação, que seria mais fácil acabar com a exis
tência nacional, do que com estes mesmos abusos; v. g. em
50
C apitulo 2
51
M a NUA í CO AGRICULTOR BR^SSLEfg©
52
Capitulo 2
53
M A N« A i 0 © A G U i € ts
54
C a p rjò~i/.o 2
55
mãmmm eeam §«8©
56
e cristãos, devia ser favorável ao escravo, reservando-se o di
reito de intervir no contrato de traspasse, e estipulando ta-
citamente a favor do escravo as precisoes do sustento, ins
trução cristã, c segurança da vida e membros.
Os negros pois nas colônias européias, e no Império do
Brasil, não são verdadeiramente escravos, sim proletários,
cujo trabalho vitalício se acha pago, em parte pela quantia
que se deu na ocasião da compra, em parte pelo forneci
mento das precisoes dos escravos e sua educação religiosa.
O legislador tem, portanto, direito de se intrometer pa
ra que esta parte do contrato, de que é fiador, seja fielmen
te executada; tanto mais que o interesse dos donos, como
já observamos, requer a mesma-ingerência.
Aliás as leis existentes sobre a prisão e castigo, ou exe
cução dos escravos pela parte pública, quando criminosos;
a venda, ou libertação deles, por certa quantia, quando as
sim o requisitam, e a manumissão das crianças na ocasião
do batismo, havendo o depósito de estilo, assaz compro
vam que o governo nunca deixou de seguir a mesma dou
trina e de considerar os pretos como menores debaixo da
tutela dos senhores em virtude de um contrato obrigatório
57
MANUAL 00 AGRICULTOR BRASILEIRO
r r>
M anual do agricultor brasileiro
C apítulo 3
D a disciplina da escravatura. — Alimento. — Vestimenta
e habitação. — Tarefa diária. — Castigos. — D ireção
moral e religiosa. — Relações dos sexos.
E
sta disciplina, cuja indispensabilidade provamos no
capítulo supra, não pode ser invariável, pois que as cir
cunstâncias do clima, lugar e gênero de cultura por força a
hão de modificar; porém, é possível reduzi-la a certas regras
gerais, com a latitude que as peculiaridades requerem. Es
tas regras abrangem: 15, o alimento; 2a, vestimenta e habi
tação; 3Q, a tarefa diária^ 4a, os castigos-, 5a, a direção religio
sa e morak 6a, as relações dos sexos.
Alimento. Os negros são por natureza sóbrios, e nos seus
desertos aturam jejuns extraordinários; o seu gênero de vi
da e gênio assim o requerem. A mor parte do tempo, ou
dormem ou andam à caça das feras e dos homens; mas, sen
do tirados daquele estado selvagem para serem aplicados à
59