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EXPEDIÇÕES PELO MUNDO DA CULTURA

SANTO AGOSTINHO

CRONOLOGIA

44 aC Júlio César reconstrói, em local diferente, a cidade de Cartago, destruída em 146 aC, criando uma
província romana da África, a Numídia.
253 Plotino (204-270) começa a escrever as “Enéadas”, obra central do neoplatonismo,
continuado por Porfírio (c.233-309).
312 Os bispos da Numídia recusam-se a aceitar a consagração de Ceciliano como bispo de Cartago e
impõem o bispo Donato, iniciando o cisma donatista que girava em torno da seguinte questão: “A
Igreja é compatível com a torpeza de seus membros?”, dúvida gerada pela existência, no seio da Igreja,

de traditori, aqueles que haviam abandonado o Cristianismo durante as perseguições de Diocleciano


entre 303 e 305.
323 Introduzida na África a doutrina maniqueísta, de autoria do persa Mani (215-276), também conhecido
como Maniqueu ou Manés.
325 O concílio de Nicéia condena a doutrina ariana (do presbítero Arius, morto em 336) que nega a
consubstancialidade de Jesus Cristo. O principal opositor à heresia é Santo Atanásio de Alexandria,
doutor da Igreja. Neste concílio também é estabelecido o texto do Credo que se recita na missa.
354 Aurelius Augustinus nasce no dia 13 de novembro em Tagaste (hoje Souk-Ahrás na Argélia) na
então província pró-consular do antigo reino da Numídia. Seu pai, cidadão romano de nome
Patricius e de temperamento violento, tem doze hectares de terra e é pagão. Sua mãe, Mônica
(mais tarde, Santa Mônica), é cristã e berbere. No final da vida, Patricius seria convertido pela
mulher. Agostinho teve um irmão, Navigius, e uma irmã, Perpétua, futura superiora do
monastério de Hipona. A família fala o cartaginês e tem cultura latina. Agostinho não aprecia a
escola e os estudos, embora o seu pai sonhe com torná-lo doutor em leis. Mônica garante-lhe
uma educação cristã, mas o menino não é batizado, conforme costume da época de adiar o
sacramento.
370 Agostinho estuda, a contragosto, em Madaura, onde aparentemente lhe ensinam o trivium. No final
deste ano, Agostinho vai a Cartago para estudar às expensas da família, mas antes disso vive um ano
mundana e desregradamente.
371 Morre o seu pai e Agostinho torna-se protegido de Romanianus, amigo de seu pai. O rapaz, que vai
estudar retórica, é conquistado pela atmosfera sensual de Cartago. Junta-se a uma concubina, nunca
indicada pelo nome, com quem manteria relação de quinze anos e da qual nasceria seu único filho,
Adeodato.
372 Nasce seu filho natural, Adeodato.
373 Lê o elogio à filosofia “Hortensius” de Cícero, obra hoje perdida, e converte-se à filosofia. Lê más
versões da Bíblia, despreza as Escrituras, e aproxima-se dos maniqueístas, para desespero de sua
mãe. Agostinho, que defende o maniqueísmo ardentemente, atrai para a seita seu amigo Alípio e seu
benfeitor, Romanianus.
375 Formado, retorna a Tagaste para ensinar gramática.
Sua mãe nega-lhe acesso à casa.

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376 De volta a Cartago, ganha um prêmio literário (corona agonistica) que recebe das mãos de Vindicianus,
pró-consul romano na cidade, que o adverte contra a astrologia, ciência pela qual Agostinho andava
obcecado.
380 Agostinho escreve sua primeira obra, “De Pulchro et Apto” (“Belo e Conveniente”), um tratado de
estética, hoje perdido.
Antes de partir para Roma, conhece Faustus de Mileve, o bispo maniqueísta que havia vindo visitar
Cartago e convence-se de que aquela doutrina é pura retórica. O próprio Faustus admite não poder
explicar os pontos levantados por Agostinho. Na capital do império, freqüenta líderes
maniqueístas, mas começa a se distanciar da seita, que abandonaria completamente em dois anos.
Fica muito doente ao ponto de quase morrer. Restabelecido, abre escola de retórica.
383 O padre Jerônimo (c.342-420), mais tarde São Jerônimo, recebe encomenda do papa Dâmaso (depois
São Dâmaso) para rever o Novo Testamento, estabelecendo o texto da Vulgata por volta do ano 400.
384 Desgostoso com a desonestidade intelectual e financeira dos alunos (“os alunos conspiram e passam
em grande número de um professor para outro, a fim de não pagarem os mestres, faltando deste modo
os compromissos e menosprezando a justiça por amor ao dinheiro”), muda-se para Milão para ocupar
vaga de professor de retórica, onde freqüenta poetas e filósofos platônicos. (O neoplatonismo a faria
ponte entre o maniqueísmo e o cristianismo.)
Mônica muda-se para Milão também. Agostinho torna-se seguidor do bispo de Milão, Ambrósio (mais
tarde Santo Ambrósio e doutor da Igreja). Rompe com sua concubina que se retira para um convento,
mas arranja outra, enquanto espera um casamento combinado por Mônica com uma família da
sociedade.
386 Converte-se ao Cristianismo em agosto quando, aos 31 anos, angustiado sob uma figueira, ouve uma
voz infantil que lhe diz: “Tolle, lege, tolle, lege”, o que o faz ler a Epístola de São Paulo aos Romanos,
primeira passagem que encontra. Com ele, converte-se também seu amigo Alípio. A linha que
Agostinho segue é a de Paulo de Tarso (paulinismo).
Agostinho retira-se, em 23 de agosto, com Mônica, Adeodato, Navigius, Alípio e alguns amigos para
uma propriedade emprestada pelo amigo Verecundo, em Cassiciaco, perto de Milão. Nesta estadia
foram escritos “Contra os Acadêmicos”, “Da Ordem”, “O Tratado da Bem-Aventurança” e os
“Solilóquios”, baseados nas discussões com seus discípulos. Estes escritos têm certo “sabor platônico”.
387 No dia 23 de maio, Agostinho, já em Milão, escreve o “Tratado da Imortalidade da Alma”.
Na noite do dia 24 de abril, Agostinho, Alípio e Adeodato são batizados por Ambrósio (340-397).
Em agosto decide voltar a Tagaste com sua mãe, Adeodato e seus amigos. Mônica, com 56 anos,
adoece e morre no porto de Óstia, antes de embarcar. Agostinho volta a Roma.
388 Volta à África no verão, após cinco anos de ausência, liquida os bens da herança, dá o dinheiro aos
pobres, e cria uma comunidade perto de Tagaste, onde vive com amigos e discípulos. Neste período,
redige “Costumes da Igreja Católica”, “Costumes dos Maniqueístas” e “De Vera Religione” e conclui
“Da Grandeza de Alma”, que havia começado a escrever em Roma.
Morre aos 17 anos seu filho Adeodato.
389 Termina “De Magistro”, em que o interlocutor de Agostinho teria sido seu filho Adeodato, revelando
excepcional maturidade para dezessete anos de idade.
391 Transforma sua casa em mosteiro, chamando-o “jardim” à moda do jardim de Epicuro.
Apesar de preferir viver recluso, numa estada em Hipona (Hippo Regius ou Bona) é aclamado pelo
povo e Valério, bispo de Hipona, o ordena. Muda-se para Hipona.
392 Polemiza com o maniqueísta Fortunato.
395 Agostinho polemiza com Jerônimo (mais tarde São Jerônimo), autor da Vulgata, sobre controvérsias
teológicas da tradução “Septuaginta” (tradução do “Torá” para o grego, realizada por setenta e dois
rabinos durante setenta e dois dias).
Termina a obra “Do Livre Arbítrio”.
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396 Torna-se bispo de Hipona, sucedendo Valério. Ocuparia este cargo por 35 anos, até quase a morte.
399 São fechados os templos pagãos. Agostinho escreve “A Catequese dos Principiantes” e “De Trinitate”.
400 Termina “As Confissões” (“Confessionum libri tredecim”).
404 Debate com Félix, um dos doutores maniqueístas, que se declara derrotado e abraça o Cristianismo.
409 Pelágio (360-420) visita Cartago. Agostinho polemiza com ele.
410 O visigodo Alarico saqueia Roma.
413 Começa a escrever “A Cidade de Deus”, a primeira obra de filosofia da história, descrevendo-a como o
resultado da luta constante entre Civita Dei e a Civita terrena, e “As Retratações”, que terminará em
426.
422 Faz campanha pública contra o cisma donatista, debatendo em público com o bispo Antonino.

426 Obtém permissão para estudar cinco dias por semana e nomeia Heráclio seu auxiliar e sucessor.
428 Defende a divindade de Jesus contra os arianos, em conferência pública.
430 Adoentado, Agostinho morre com setenta e cinco anos no dia 28 de agosto, quando do cerco
das tropas de vândalos à cidade de Hipona. Seu corpo, mais tarde, seria transferido para a
catedral San Pietro de Cielo d’Oro em Pavia, perto de Milão.
476 Com a deposição do Rômulo Augusto por Odoacro, acaba o Império Romano do Ocidente.
524 Boécio (c.480-524) escreve a “Consolação da Filosofia”.
1054 Com a excomunhão de Michel Keroularios, acontece o cisma definitivo entre Roma e Constantinipla.
1298 Santo Agostinho é proclamado “doutor da Igreja”.

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