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HISTORIA ##
S E R A FICA #
|DA ORDEM DOS FRADES |
M E NORES DE S. FRANCISCO
NA PROVINCIA DE PORTVGAL.
PRIMEIRA PARTE,
|QVE CONTEM SEV PRINCIPIO,
# }#
s"@Z_k\, '%rua
NoEL DA ES
POR FREI MANOEL EsPERANCA,
nataral da cidade do Porto, filho da melma Prouincia,
lá Leiturjubilado na fanta Theologia,&#Exami
nador das tres Ordens Militares.
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# EM LISBOA. com tºdas as licenças necefárias: Na oficina Craesbeeckiana. Anno 1656.
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A O GRANDE
MONARCHA DOS MENORES.
SÃO FRANCISCO SER A FI CO,
E A o PRINCIFE DESTA SVA MoNARCHIA,
. . * * …º DE CAPIs T R A No.
>$ Vós, fantifimos Padres, vaibufcar
\#} efte amorofo parto de meus cança
*\#dos etudos. Não me negara de
AV, Pae, nem ºu poio enigitalo, pois
# em fi reprefenta minhas faltas: mas
- folicita briofo a grande etimação
de apparecer no mundo debaixo do vofo nome.
Eu me{moglorioto Patriarcha, fe o vira defcuida
do pelo amor, que
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* *-*
lhetenho, ouuera de procurar
- * ** . • • •
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torn. 1. 2n,
1 + O2. n. 1. Deos,nem vos querieis da terra outra coufa, fenão
Deos. E te a forma he minha,em vofia cafà lha dei,
empenhado da grande mercè do ceo em me fazer
voffo filho,& deflavofa Prouincia.
Não etranharéis o liuro, Bemauenturado Pa
dre, pelas feições do feuroto, debuxado com in
dI. 1. c. 14.
fignias Reaes,brazão da melma Prouincia, fe fanta,
r1.4•
"como fempre lhe chamarão, merecedora també
por efte, & outros títulos da nobreza de Rainha
entreas mais dos Eftados,&reino de Portugal. São
as filas finquo Quinas pelas quaes hevoflo irmão
em armas: quero dizer as Chagas do Redemptor,
abertas em vofacarne purifima com oburilpene
trante de fila Omnipotencia, etampadas no efeu
do detereino por graça particular. Só no Tym
bre conheceréis diferença, que vos ferá agrada
uel: defcifrada a Serpente no fantifimo Nome de
Hefu: maior gloria da vofia Ordem Serafica pelo
º zelo inflammado da fua veneração: a cujos pés as
"" ||Coroas fe humilhão: no qual vós achaftes tanta
e.Pifan.ín
Conformit,
Prolog. 2.
doçura, que depois de otomardes na bocca" fica
ueis por muito tempo lambendo os beiços depu #
rafuauidade. ! ! ! ! "… …i...
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Alex. menores,qual heefta,a que vos derdes o preço, pf
Alexandro confiarata, poderáõapparecer fobre o vof
fo altar. A feus pés o aprefento, & fevós o aceitar
des ficará merecedor de o trazerem nas mãos os
votos afeiçoados, pera gloria de Deos, louuor
voflo,& augmento da vofia Religião.
* # \
•
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- \ } "ráfica da Ordê dos frades Menores de S. FrãCifco na Prouin
cia de Portugal,a qual cõpóz o Metre Fr. Manoel da Eípe
rãça Leitor lubilado na fagrada Theologia, da me{ma Prouincia;& |
julgo cõ grãde fundaméro a obra Por digna de feu Authoráhe o 4 |
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* •••
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mais a pode engrãdecer, & q por fua religião, & letras tão couheci
das fe lhe pode accõmodar aquillo de Caffiodoro. Abundº cogno/atur
quisquis famatifie laudatur.Fama tua riquod lequeris,casaitianofira fine dub
tatione quod sentis. E quê ler efia Hitoria cõ a aduettécia,& cófidera
ção, q ella merece, poderá dizer cõ verdade a o Author,o q o Abba
| de Pedro Cluniacêfe diffe a Gilberto mõge auxliãdo a excelêcia de
|feus efcriptos. Tunec mortuus morieris, nec a vita deficiens a bono ºpere cefalus,
'dã ºperibus tui, mortuos ad vitam reuocas. Tantº tºpore pf mortétuam extidetur
lucrã ºperã tuorã. E na verdade, Senhor, as excelêcias,& raras virtudes,
é o Author neta obra nos inculca de Religiofos abalizados em vir
tude,as quaes etauão fepultadas nos fepulchros do efquecimêto, são
tãtas,& tão marauilhofas,q a o mefmo Author,ó as tirou cótãto tra
balho,& etudo a luz,& difpoz cõ etilo excellête, darão húa vida im
mortal na memoria dos vindouros. E mais quãdo acode á obrigação
de Hitoriador cõ tão grãde aduertécia,q né a afeição, né o odio o
moue a lizõgear os presétes,néa fazer pouca cõta dos pafados,6 he o
4Tacito no primeiro liuro de feus Annaes reprehendeo nos hitoria
deres de Tiberio,Caio,Claudio,& Nero, cujas acções Florênbus pf;
ob metäfa/e, pófiquâm verá occiacrã recétibus odus copo/resunt. Porêm o Au
thor deta Hitoria cõ grãde igualdade,& verdade trata de hús,& ou
tros fegõdo as coufas acõtecerão,sé fè lhe alcãçar,no q refere nê ain
da his lógºs de odio,ou aff.ição.Pelo q V. Mag. dene fer feruido de
lhe dar licéça perafe poder imprimir,&mãdar,q inºfensº decurrarpede,
| como S. Hieronymo diz das obras de S. Hilário, por fereta de grã
de edificação pera todos os etados, que de tal hiftoria podem tirar
grãdes documêtos de virtude, & sãáidade. Guarde Deos a Real pef
foa de V. Mag. por largos annos. Nete Conuento da Santifima
Trindade de Lisboa 8 de Iunho de 655. -
Ito etar conforme com o original pôde correr efe liuro. Lisboa 3 de outubro de 1656.
- Pacheco. Diogº de Sou/a, . lu, Alaarez da Rocha.
| • + ·
→
DECLARAC,õES IMºstANTEs,
aos que lerem eta obra. *
Cito confiada entra pelo theatro do mundo fla Historia Serafica: mas
sº afua materia alenta a confiança,porque vêm a relatar a origem, @
progrejas d'hia Prouincia im/gne na Ordem de S.Franci eo,cujº ven
B)
tur% nome folicita geralmente deuotifíimos applaufos. Esta he a Pro
uincia chamada de Portugal, ñ começou em 3ragºça a nascer nos bra
os puros do mesmo Santo Serafico: que se criou ao peito dos dous Zis
cipulos santos, os quaes ele lhe mandou: que crescendo em admirauelgrandeza, depois de se
dilatar em Portugal,Croalgarue,maior que ambos os reinos poucou algüas terras de Afri
ca,muitas ilhas do Oceano profundo, a cºfia do Oriente sem parar,nem descançar, senão é
portas da impenetrauel China, nos progrejas de seu efiranho augmento. Alcançou com efia |
sua grandeza aquela benção de Zeo, º Et videas filios filiorum tuorum, de fiar # *
agºra vendº com muita gloria/ua hua larga defendencia de Prouncias, @ (ufadas gra-3."
uÁumas,as quaes della procederão,como direi a seu tempo, •
2. Ze mºdº, que º tendo humpe nº mar, ºutrº na terra fia Prouincia Angelica da-, a O
| 4 %"goauame ºfte no/a desemparo: º desjuu, , que alguem nos abrife fiº fºlhe $#*)
que "" }\!
•
que// defenuoluendo a mortalha do/gredo; que torne/e a dar vida às cou/as desta Pro
uncia, (3# áhumrada memoria de tanta gente lufre, como era º/quecida: mas não fato ao |
campo nem hum Leão animº/0,nem hum Cordeiro/ºfrido, que quizºfe emprender difficul.
dade tão grande. Por outra parte tambem não cuzaúão os Prelados (fe aflotinhão tem
brança) a metter nela os fubditos, ou porque duuidauão das vontades, podendo acharta
lentos, ou porque o bom fucci/o no meio de tantas treuas efiaua defconfiado. E não fºi
que efirito me deu,ainda que fiou certo em não fºr rfpeito algum humano de louvor, ou
interje,fenão so hum zelo puro da honra defia?rauncia, @ da gloria de Zeos, o qual a
engrandeceo; porque quandº os fludos theologicos depois de larga idade, (27 quinze ame de
Lente me concedião ja fertas, eu me fºnt abrazado em hum dº/jo notauel de tomar à mi
» , • *-* •
nha conta femmenfatrabalho. É fingindo a minha inclinação em hum ca/0, que carece
de my/terio, nouas rezões de empenho, no ponto que me confiou como º padre Gorzaga impri
mio a fua obra, @r as do padrefrei Xarcos/irão afegunda tez do prelo no anno, em que |
nºfi, tão mº/mo me accendeo mais o zelo: não, que tenha prefinção deos/eguir apa/ochco,
mas sómente hum pen/amento humilde de ºfereuer o que eles nos deixarão, ou ainda nos/eus
/Deca
tempos não corria. Pelo que,/º me faltou a virtude do preceito brifa n fies encontros, tue
•
da 1. por mim apromptidão natural, que imitando a terra, comº aduertio o grande f/2o de
na De
dicat.
{Zarros, mais fácilmente produz os efeitos voluntarios, do que a ºbrigação o que lhehe en
commendado. +
g e º. 5 Com efiare/olução, @ lembrado do dito do santo lub, & Trabitur autem fapi
v. 18.
entia de occultis, comecei a cauar até o centrº da me/ma antiguidade de/cobrindo muitas
minºspreafs á ela nos occultaun Keului muitos cartorios aflber todos os defia Prouncia,
Ç; da de Santo_Antonio: grandeparte dos q pertencem ás outras, chamadas da Piedade,
o Algarueg; da Arrabida: alguns dos padres Terceiros,Or defreiras, que não inã
na no/Sa obediencia: das fantas Sès de Coimbra, da Guarda,Cr de Lemego: da Real Colle
grada na vila deQuimarães, @ d'algias Igrejas particulares: dos moiares d'Alcobaça,
@Santa Cruz de Coimbra: da X(fa da confiencia: º do reino, que hea Torre do Timbe;
@ finalmente das Camaras de Lisboa, @r do Porto. Em a reu/la dos nº/os andaua tão
aduertido, que não buffaua/omente os papeis,Grpergaminhos, mas tambem os luros da li
uraria commum, refeitorio, @r coro, onde encontrei com memorias de mão, que fireuião os
frades quando ºfer curi% não era aualado por ofensa da virtude.
º 6 z)e huros impre ºs tocantes áno/a Ordem, às outras Religiões,a diferentes Es
tados,gra duersas materias tenho "fio hãa multidão notauel, cºmo dirão os queforem re.
feridos,sem alegarmos a todos, no discurso da ///toria . Zos outros, que são os ma- }
nuscriptºs, pºfei hña grande copia, @r deles, os principaes, ou mais caseiros são fies.
Tres Catalogos dos bispos de Coimbra,da Guarda,ºr de Cliseu: Chronicas d alguns Reis
de Portugal: duas das ditas Prouincias Piedade, (3) Arrabida: hum Xemorial da do
-Algaruegrº Cartorio de Santº Antonio(aff, chamão etes luros): alguns fritos dos
nofos frades na Inda: Fundação da Prouincia de S.loão Euangelfia nas Ilhas 7erceiras,
| @r 2anarchaser fica porfrei Paulo de S.Pedro. Sº ºfia n/a Prouncia não tinhahoro
f0
fo E |- •
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tolturo,do quatme pº/a valer. Vi tambem 7ratados,(} Relações de pe/joas,(3 cofas por
ticulares: feitas hias por Autores timoraros: outras por autoridade publica; 3; outras r
jujificadas por tefiemunhas de credito, ou pelos inºfinos Prelados: Zemais ditofiz muitas
informações, @ "purei tradições, que erão communicadas de hum; a outros, mas todos fer
uos de Zeos,e gente religio/a, cujº dito valpor muitos tºftemunho; em fêmelhantes mate.
rias. Con/ultei finalmente a ºs defios da Prouincia, Or eruditos do reino com aquela coºfi.
arçº, que podia ter quem daua/uas achegas pera fêrem ºjentadas em lufirofos, mas alheos,
edfictos. Tudº tiofacilitou o meu zelo,procurando, que voa/epelo mundo nas azás de ou
tras pennas º louuor das obras/antas, que hos podi㺠honrar. 3ías ninguem/epet/uada,
que a todas da alcance, por quanto a maior parte dos muitos Sertos de Zeos, @; dos cºfos
merecedores defama,que lográrão df nº/os Padres antigos, emparticular nas tres primei
ras centurias mais valentes em obrar,que eloquentes nofalar, nãofe rºgatou ainda do trfte
fuecimento, ao qualfêm rezão foi condimnada. + • • •
7 Recolhido com º ditº tabedal que não foi depoucos annos, @ começando a númeçar
a Historia enriquetida tum ele, a # obediência, que não era féu piloto, lhe defutou as
aguas a outra parte, câindo eu com *força da corrente em ópegº procellº/ do gournô, do
qualpor outras vezes faira fim defeontos de naufrágio. Porem aquele Senhor, que pe
netra ºs corações,º Scrutans corda,&renes Deus, me pôde ferifiemunhado que lhe h Pfº.
confiou do meu, quando vi pofio º fim a os cançados cuidados de XInfiro da Prouincia. v. 1 o.
Senfuelmente me achei de afogado d'hãa núútm talginº/agr trife, a qual me acompanha
usem rezão de ºfia com foiolencia apartadº do meu centro. E digo fio somente por dif
culpara tardança difa obra, cuja fama (fênifo não halizonja) antes de elanº/cer fer
tou muitos defios de averem fampada. Agora receberá º e/pirito de vida, com o/auor
dos Prelados, a quem o Senhor do ceocommunicou fa graça; Grfº tambem a achar na
afeição do Leitor, d'aqui lheprometto hãa notauel ventura: mas quandº ºfia lhefalté,não
lhe ha de faltar muitºgrande paciencia. ! # * 1 • •
prºgrejas. A-"
•
9 Não digo so,que corre fia Hifloria pelos termos do reino de Portugal,senão pe
los campos dilatados da Prouincia,que dele tomou o nome porque com efia largueza tenho
aberta a porta pera falar de tudo o que he seu por algum d'aqueles tuulos,que lhe concedem
direito: a saber,do que pº/dio no reino,do que obrou nas conqu/as (?) do que deu a outras
muitas Prouinctas, gy a diferentes terras. Aquelles, que intitu ferafora depois de os ter
| criado,como he/anto Antonio: quantos vierão guernar,ou exercitar ºficios,quaes forão os
Zipos, Jr Commjºarios,não auendo então no rarº outra Prouncia: os que morrerão por
(hrift, em 3íarrocos, @ em Seita, dentro do seu territorio, todos efies lhe pertencem: O{
primeiros,comº filhos por causa da profºro: os segundos,em rezão do domicilio: os terceiros,
por e cafão da morte, pela qual no seu diritto nascerão segunda vez gloriosos pera Zeos.
Por parte da dignidade farão tambem j ("//j /4A fº/7'46"3 0$ prelados trangeiros.Os milagres to
cºntes á nºja Ordem,que succederão no reino quando ela se igualaua com ele,quem auera,
que lhos nºgue? º uito menos os conuentos,que ela edificou @;pq/uía muitos annos,não ºlfã.
te que agora os lagrem outras Prouincias. E pofio quemuitº afo pº/e/emo seu fiado de
Culio ha, @ Cuílodias,elas mesmas com efias prerºgatiuas lhefoi ao organizãao o corpo,que
formado em Preuncia tudo recolheo em/ @tudo me ºferecepera a sua Hyloria, %s se
alguem me notar,que estendo a relação das pe/oas, cujas vidas andão japublicadas, @ im
prias: respondo primeiramente,que eu não fiz%; luros, nem eles mepedem numquam
bargar os meus escritos. E seria dura cousa terem os outros licença pera e praiarem tantº
- - - O • • + • • • • • | | • ••
na vida dº santo Antonio (ponho fia por exemplo): os efirangeiros,ºbrigados de suas raras
|wirtudes: os Portuguezes,pelo credito da patria: os Franciscanos,em rezão de ele ser frade
•
nº/ºsg que relat㺠eu as ditas de sua mãe,a qualhe ºfia Preuncia,nãopº/a manifflar
, , . * .* .. - \ . --• - … - ••• • •• • • •
|às grãezas de seu filho. Zºrº que diga menos,G & menºs palavras, do que deuia dizer.
1o Zºponho a narração cõ preludios damaneira,que Zaronio, Vuaddingo,(2; outros
sºbre Apparatos grandes leuantarão suas machinas,pera mostrar a grandeza da mate!
ria,que tenho 4 minha conta@r também perafe fazer mais hzo (3 mais corrente o fio dei
fia //fioria,a/entando algias cou/as primeiro,as quaes depois podião embaratilo. E nefe
#ltimo pontº andaua eu tão fºlheito,quepela me/ma rezão deixo de dizer no texto os lugares
dos Autores,que aponto,º muitas vezes nem osféus nomes declaro, remettendemeámar.
#m. Zºe mais afloraramente me detenho em conferir Eras com amnos na data das escritu:
fras, suppondo a conferencia,gres-reuendo o anno.»tas nem ºf hepºfiudir?tmpre a mar
| ração enfia la pelo perigo, que correrá o seu credito,se não prauare #diz onde amerdade não
for muitº manifeta,ou à mentira fuer autorizada. Pelo que jºnfesta * #hcença a Hi.
" 5 . .. * • /*.. • - * * - * * #- .… • • •• V • v, • • •
faria perº (poder armar das regras da Zialética, 3 de/atar, quando não corte,co elas es
nos das dificuldades maiormente nas cou/as grandes, Cºraras,queperfefazem difficul
tosas de crer,arrycando/eus Autores à me{ma opinião,4ue setem dos 'Pintores@y Poetas,
-1* * * * * * . * * • - • • • * ** * * * , \l * *-* - … " " … (-2.
dos quaes pragueja º mundo ,que todos pintão C07770 querem. Nesta conta tinha Seneta a E
|-
_Iphoro,quando com duas palauras achou,que desbaratau, a sua autoridade, as que fºrãº
• •
- -- - * --- •
•
•
dizer.-----
---- "-"------ - - - ---------- ---… --- ..
- - - - - • - - |- -
|
"digrdele,que era Histºriador: "Nec magna molitione detrahêda cItãUão iras
Ephoro. Hitoricus et. Porêm se elefahauaem ºfereutra verdade,que he alma dah
fioria,não merecia tal nome,ou quando muito lhe pode tão chamar, Hitoriador sê alma:
11 , Farei muitº por exmir efia obra defemelhante calinia dº prof/ar inteiramente
verdade,cujº zelo,gramar defua honra me fruirà de defaulpa no exce/iuo cuidado de con
uncer muitos erros, é intento de ºfender os autores. Quefe eles examinarão melhor º que
dé depº/egíliures estauão de nãqua os argüiri@ Jº també ºs nºfos antipº/ados não nos
ºfenderão tudo,não me duertira eu com quefimes,nº co afurfos. Por onde em muitaspartes
a relação do antigº) a tecida depedaços de bulas,prouisões,g frituras, as quaes todas,/*
| depois não afinar º archiue, d'agora as ºfereçº nos mº/mos duntos, que cºelas/e ilufirão.
No moderno concorre ºs documentos,que ajuntou meu trabalhº, @; eu declarei «Éma, onde
…Fastfemunhas deyfia são como ºutra joritura,a qualno, merece credito, é pela mais abo
|nar a certeza,com que falo, chego com fa Hyloria, onde/o me importa, até a nº/a idade,
fêm timer algãa nota dos que vium (2 tem vífio cºm feu, olhos o que aqu/e freue,por
que a minha verdade tem muito de confiada, - •" •• • •
12 Não dou rezão do ºfilo,(9r só digº que defeja declararme afetando breuidade,(}
não/ei/e todos quererão adiurnhar, 3as aduirto,que numeio cã diferentes vocabulos as ca
fas de freiras,ê de frades perfer fla a lingoagem fada nos Annaes da nº/a Ordem, @
nas bulas dos Pontífices. Zigo Moteiro defreiras (o qual nome nafia orige grega/gni
fica folidão,eu º lugar folitario),por refeitº da claufura, em que viu?/paradas ao co
mercio humano. Zigo Conuento defrades,em rezão de eles fiarãjuntos dentro das fuas
paredes. Efe ainda na terrar/u/citar o fpirito de Zuarte?Nunes dº Leão,quemães/ºfe
melhante "argúio,Q) cem/urou afrei lo/eph7eixeira,refiondo que ºf como o nome Cidade /cenf.
hias vezes quer dizer º lugar,(} edificios: outras vezes a gente,que neles mora: do mº/mo *jº
modo Conuento não somente fignifica os religiº/os juntos,mas também a cº/a, @ o lugar,
onde eles fe ajuntão.E dife/egundo/ignificado,que he o da controuer/a (alem" dos Coca mXim.
bularios nos quaesfé acha exprejº)/ºu º santo Pontifice Innocencio/V. numa º bula, que cab. Ec no Vo
• •
- - -
imprimão
ainda que vidas,
muito celebre por fama de fantidade, ou mar
tyrio,que não for canonizadº,ºu beatificada pela fanta Sé Apotoli
|ca,nem tambem fauores, & beneficios, que Deos por fua intercefão
fizefe aos mortaes,(e primeiro o Ordinario n㺠º tíuer approuado:
> proteto firmemente como filho obediente,&º fervo da fanta Igreja a. RegFr.
Min.c.1a.
| de Roma,que a minha tenç㺠he venerar, & obferuar neftes cícritos
o fobredito decreto,femnifo prejudicar a ºs Seruos dº Senhor, que
tem legitima pote de feremja venerados, os quaes o me{mo Ponti
|fice exceptuou deta lei. Nos cutros guardarei a fua expofição, que
deu a o proprio decreto em 5 do mez de Iunho de 1 631: a faber,6 | '
nem admittantur elºgia San&tivel Beatial/ºlutéQr que cadunt/uperperfonam:| -
bene tamen ea, que cadunt fuper mores, @ ºpinionem cum protºfiatione in prin
-
Fr.»anuelda Efrança.
———
}
Pag 1.
PRELVD IOS
FVNDAMENTA ES
D A H I S T O R I A.
P R E L VDI O P R I M E IR O.
dul. in
são do meino Chrito pela porta do feu lado, donde faio aruo elog.
"rando o eftendarte da Cruz,como vião alguns contemplatiuos,
& fantos. E ainda que o inundo, º o qualjº antigamête era indigº #*c. 1.adv.38.
Heb.
||
|no dos patriarchas , & profetas , que o ceo lhe inuiaua, não me
| recia agora hum Varão tão excelente, esforçou Deos o braço de |
fua mifericordia, & atropelando as ingratidões dos hom ens lhes
mandou(por merce,& graça particular)efte (eu embaxador pera
: paz da terra,luz das gentes, confolação dos chriftãos,retaurador
da virtude,firme columna da fee,& emparo da Igreja. Pela qual
rezão dappareceo muitas vezes fobre a fua cabeça hum letreiro, dº Pifan.]
que dizia: Efe he a graça de Zeos. Pera o ceo comito nos declara 1 confor
mit. 1.
como ete infigne Patriarcha naõ foi premio de merecimentos
humanos,fenão graça,& mercé de grande fauor diuino.
2 Có tanta abundancia o encheo de feus fauores o Pae das mi
e S. Bon,
fericordias, que afogados os feníuaes appetites nas aguas de fua de vita S.
diuinagraça,a me{ma carne, que cotuma defcompornos, & em
&\, , • • … • • . - • •
Franc. c.
14.
baçarnos em o feruico de Deos,nelle não sòmente obedecia li
…, • A gelta
–+
##nfer:3 Dete modo o foi Deos habilitando pera famofas empre-| ". [
#"> zas,& empenhando pera maiores feruiços. E querendo perfuadir].
""" aos homens quanto póde a fraqueza humana confortada do au-| | |
|xilio diuino,lhes propoz ete viuo exemplar, em quem a virtude
| da graça obrou tanto, que a natureza fe epantaua de fi me{ma || ||
Pelo que vendo o Santo,que à fua vita fe auião de animar os co
uardes no feguimento da Cruz,trabalhou por ir diante co a ban }
deira da fagrada penitencia, mortificando cõ tanto rígorfeu cor-| |
po,que elcrupulofo de o ter tratado mal, lhe pedio na hora de
fua morte perdão. º -
•
4 Quiz tambem o me{mo Deos defcobrir o caminho da |
perfeição euangelica,º qual ja etaua cego,& era pouco trilhado, . . ?
& tomou por intrumento ao dito Patriarcha,cuja vida apotoli
ca refu(citou as virtudes,que etanão efquecidas, como foi repre
…FMare fentado aº fanto Pedro Tecelão da fua ordem Terceira dos fecu-} .
nachron.]lares. "Vio ete feruo de Deos húa Igreja femeada de cinza #| -
*** | los anjos, & que entrando pela fua porta Chrifto deixou manife
fas, & imprefas as pizadas de feus pees atee fubir a o altar. E
Paísou ,
== -++++++++ •= - +
- • • | O ..., .\ ^ {
- - - ----
- - -
- -- -
dº Prouincia de Portugal. == 3
valiºu logo atraz delle a V Irgem Senhora notia , & depois os A
| | Potolos fagrados,feguindo todos cõ algüa proporção os pafos do
| Redemptor. Mas fobreuindo grande numero de fantos, que não
podião alcançaraquelles primeiros, & agigantados pafos, ficou |
tão cegº, & confufo o caminho,que muito malfe enxergaua por …
onde Chrito paísára. Nete ponto entrou hum pobre defcalço,
chagado,& remendado, figura de S.Francilco, cõ grande fequito | }
de frades, o qual fuando,foprando,& abanando cõ o habito,desé- }
baixºs dos peccados. " Efta foi a luminofa etrella, que ama º
cit.
Bon. .
A 2 | nhe
•
•
4 __ Preludos à hifüila Serafã T -
l. PRELVDI o II.
Doferior, com que o Santofrafico pretendiafala fo mido
tudº,º quando inflituiu a fareligião.
#.
# •
I * Om muita jutiça diffe o vigairo de Chrifto-Leão deci
mo,approuando o q ja auião dito *S.Boauêtura, S.Ber
9. TO - • • •
à religião
jos chritaams."deComo
paños apresado varão ferião fermofoso,osembaxad
tam apotolic pees defcalços ,& [,...}
or da paz "… •
A3 falua-º
==
-
| º PRELVDIO III º , ,
----
| | "> …….… — º * - -- º º * ** *
"I
-
** * * .
#
| | "-tolos de Chrito,fundãdo ame{ma Ordem fobre as pedras }
}}quadradas do fácrofanto Eaangelho,do qual ajudandoo tambem | º |, :
o Legislador diuino,copiou,& ajuntou a fanta regra,que nosdeu, "…
} dizendo no feu princípio. A regraigryida dos frades 2 enores he fia:
! | conuem afaber,guardar º/anto Euangelho denº/* Senhor lº/a Chryto,»iun.
} do em obediencia, pºbreza, (3 cºfidade. Mas cometa diftinção, que
! | húas coufas do fobredito Euangelho auemos nòs de guardar co
|mo preceitos,& outras como confelhos, com os quaes fortificou
os tres votos,ordenando húavida tam penitente,&fanta,que fer- |
: Juife de confusão ao mundo, & de motiuo aos frades pera pode
# |rem
em osdizer
ceos,copor
Apotolo
quantoS. nam quenaaterra
Paulo,tem fua conueraç
coufa algüa #
ão età toda • ;
# |ponhão feus cuidados,ou que ela lhes furte ofeu amor. Epecial
# [excelencia da nofia religião, na qual profefíamos a altifima po
i|breza em grao perfeito, & heroico, fem ter proprio particular, |-
--………… -- *
- - - --* --- - - - - - --->"… *******" "
8 Prelúdios à hifaria Serafica
* *nem commum, retendo ó o vío fimples das coufas precifamête
| , || neceffarias pera futentar a vida." A qual pobreza aficcmo da |
&# fua parte perfeitifsimamente nos defuia dos excefsinos cuidados
*up.regu. •
demp
-
_ -
deixafsem prêgar, & efte º efcreuendo fobre a me{ma materia a u. Bul. 1o.
apud Rod.
os bipos de Portugal, & de Leão. As palauras de Gregorio são x. Arth.de
efas. Adºficium predicaná, adquod funr exprofefone fui Ordins depu S. Franc,
I de Lisb.
tati, |
--
cru ficado, & por caufa do oficio da Ordem dos Prºgadores, pelas pa
lauras feguintes. Hec f religioverè Pauperum crucifixi, 3 ordo Pred.
catorum,ques Fratres ºtimores appellamus. - --
|
… ;
•
…
; ; , istº, … …3
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PRELVDro V.
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tão fermofa, & tão copada, que nenhüa outra lhe faz fombra.
Té o piqueno ditritto da terra firme nete reino finquo prouin
cias da noffa primeira Ordem, com as quaes não efia menos hon
•
|
-
# .. …"
não feruião
ja ao rigor
:: …
da. nota obferuancia. : i, ".
… * . * . .
… ………
, , , ; , 2-2 * * * * * # > . . . É " ".
.
. . . . …; … ! ….… v | :: , # < c;
*2*1 + 1 . … • • } --
Cuidão alguns, que lhes veio efte nome dos fobreditos |fFr Luc.
priuilegios dipenfatiuos da regra / porèm a verdade he,que lhes an11. 1 2 5 * ,
Fr. Ioão de
nafceo d'outro indulto honorifico, pelo qual o mefinos Innocen S. Marial.
cio,no anno de mil,& duzentos,& finquoenta,nos concedeo que cit.C. 5 -
g. Bul.1 #
chamandofe as cafas da nofia Ordem (onuentos, fechamafem Con apud Ro
uentuaes as Igrejas. E ete fauor nos fez, pera que tendo elas foro digº
da Prouincia de Portugal. 23
incitandoos a tratar dentro dos limites della de nouas reforma
ções. Não falamos nos Capuchinhos agora,por quanto fe difmé
brárão do corpo deta familia, fenão das outras reformas,que fa
zem corpo com ella. Sairão logo os Recolleios a luz,chamados affi
pela obrigação, que tem de maior recolhimento, os quaesper
manecem na obedienciados Minitros prouinciaes da nofía Ob
feruancia antiga, & começàrão nefte reino em o anno de 1486.
à fombra deta prouincia de Portugal, como diremos a feu tem
p O.3 Apparecerão depois em Hefpanha tres cutodias,& todas
**=-=- 6 O
da Prouincta de Portugal. … === 25
6 O nome de Capuchos, pela rezão que temos dito dos capel
los agudos, fe introduzio em Portugal; & ainda que algúas pro
uíncias os trazem, ou mais, ou menos compridos, a da Piedade,
que foi a primeira nifo, muitos annosha, que os deixou, víando
sò dos redõdos. Outro nome vai agora praóticãio a fingeleza do
pouo em chamar a alguns padres, da Ordem defanto Antonio, fendo
aíli que o Santo não fez ordem, nem reformação, ou congrega
ção algüa na no Ia Ordem ferafica. E poto que feja titular de
conuentos,ou prouincias, como outros fantos são,nem porifo os |
religio(os dellas fão feus filhos,fenão sò de S. Francifco, como foi
o me{mo fanto Antonio, -
tract 9. l.1 |
c. I. n. 8. || 2 ... He a primeira diferença a de alguns etatutos, que |
guardandofe em húas > não fepracticão em outras. Mas por
quanto não forão introduzidos na nofa religião, como addita
| mentos da regra, nem dos meios fubtanciaes, com que ella fe
exercita em ordem ao feu fim, ficão fendo accidentes, que não
fazem diftinção effencial. E conta ito pela natureza detes
mefmos etatutos, porque não são irreuogaueis, & contantes:
antes fe pódem mudar,& muitas vezes femudão nos capitulos,os
quaes não tem autoridade pera fazerem mudança no que per
tence à regra, ou aos meios fubtanciaes da nofia religião. De
mais que feaetes ditos meios pertencerão os nofos etatutos, o |
me{mo fora ordenar alguns de nouo, ou reuogar os antigos, que
mudar tambem o fubtancial da Ordem, paflando ella a outra,
que ja não fofe a me{ma: o qual ab{urdo ninguem deue admit
tir. Fazemfe pois os etatutos em ordem a o gouerno politico,
ou à perfeita obferuancia da regra: mas o gouerno,ou feja bom,
ou melhor, fempre he na efsencia o mefmo; & a dita obter
uancia, mais, ou menos rigorofa, inuolue (ómente diftinção ac
cidental,como deixamos efcrito no preludio paísado. O me{mo
dizemos dos diuerfos exercícios, & etilos das familias, que por
b.$uar. c. ferem º miudezas, ou terem a condição dos eftatutos, não paísão
cit.R.9.
de accidentes,nem multiplicão diftintas religiões.
Procede afegunda diferença da muita variedade na def
calcez,& no habito(infignia nobre da republica ferafica) a qual
porêm fe compadece co as permifóes da regra. Porque dizendo
sòmente, que não andemos calçados fem auer necefidade,
ella
* c2P, 8. * @ qui nece/State cºgumtur po/int portare calceamenta: ficou pel
mittindo o modo da defcalcez > de que quize rmos víar » Ou COS
pês nús pela terra, ou com tamancos de pao, ou com fandalhas
de couro; que tudo he andar defcalço. Determinando tam
bem a qualidade do panno, que auemos de vetir, dise fó, que
d Eod.c. feja vil: º veftimentis villbus induantur; & a o nofo juizo remet
teo a eleição do mais vil, ou menos vil: do burel, ou do faial.
De{creuendo finalmente a figura do habito exterior, não fez
mais que afinar húa tunica com capello, cingida com hum
e, Eod.c. cordão : º romam tunicam cum caputio, Or cingulum: & nos ter
In OS
*••••••••***m =T=
#*#*sem +--+
da Prouncia de Portugal. 27 |
mos de palauras tão géraes bem cabe hum cordão de linho,
ou doutra materia grofeira: hum capello redondo, ou agudo: [ -
da Prouintia de Pºrtugal 29
rem, & são feitas, fe chama 3ánfiro geral de toda a Ordem, & |
não de tºdas as Ordens,por quanto,ainda que diuidida, he húá fé, & |
não muitas. . . . - - - - - - . * * * >,
- - } : -. #…
: … … … or
• PR E L V. DIO : IX. :: - .
|-
- -- - - - - - - : -# - ; ".
Das Ordens, é Infitutos, que florecerão àfimbra da nº[a]
*# : ; ; ; " |
+
•
- -
|-
-
•
*
- - -1
ganazzº. freiº Lucas, ambos filhos deta prouincia de Portugal, & myte
& 1281,
riofos por rezão dos nomes perahitoriarem os fucceflos danofa
religião euangelica: " " * * * * * * ** * *
; A Ordem dos frades Yánimºs reconhece por fundador,& pa
. #F. Marc, triarchaasão Francilco de Paula em Calabria, "a quem feus paes
|
P.3.1.9.
C.6.
derão ete nome agradecidos á intercefsão de nofóPadre ferafi,
Fr. Hiero, co,que fendo elles eteriles, lhes alcançou-ete filho da piedade
Rom.l.6.
C»3º
de # Com etes mefmos empenhos recebeo o habito da nof
fareligião, & pedindo licença no fim donouiciado pera vificar
} (eu fanto corpo na cidade de Affis, quando voltaua da romaria |
quiz fazer húa Igreja no lugar de Paula; onde auia nafcido, no
} qual tempo lhe appareceo o Patriarcha ferafico, acontelhandoo
º que fizefe edificio mais amplo, porque da parte do ceo lhe pro
mettia fea fauor. Pelo que alentandole o Santo,na me{ma Igreja
| intituio a fua Ordem, a qual chamou defrades hammºs, a exem
plo da nota dos Xenores, cortando também o habito pera os feus
religiofos pela forma, & figura do que trazemos nofos mefnos
nouiços.Foi approuada no anno de 1 472 pelo Papa Sixto IV.
frade nofo, pera que em tudo entrafe à nófareligião." Tem a
*—
•
fua
|
---- -- - - - - • - - -
da Prouinciadº Portugal — 31
fua frades, & freiras: mas não achou affento ateegora nete rei
[]O, - -- . . . … | , ,
lhe deu outra particular o Papa Iulio II. ordenando que empré • tº "…nº .
* * ** *
mio do zelo, com que fempre defendemos a Conceição imma +
nü inchro
anhos em poder de Ludouico, # marido cu", olog Pa
"triarc. Bi
os aggräuos lhe afirão na confetuação da pureza virginal,que turic, pag. •
| der a Chritandade por mar, & por terra, de Turcos, Mouros, &# •
da Prouintia de Portugal. 33 -
obediencia do Minitro prouincial do Algarue, na qual o motei. |
ro ainda perfeuera. Mas o Infante D. Luis foi o autor deta obra,
& nós não tratamos dos moteiros d'outras Ordens,que começa
1ão dete modo por freiras de fanta Clara,como são em Portugal
o de fant-Anna em Viana, da Ordem do Patriarcha são Bento,& |
o da Encarnação de Cõmendadeiras d'Auiz, na cidade de Lil.
boa. Nem tambem reparamos nos moteiros de outras religiões,
que são gouernados pelos prelados da nofia, dos quaes na cidade
de Napoles ha dous da Ordê do grande padre fanto Agufinho,
cujas freiras em tetemunho de fua ebediencia, não trazem cor
•---
a. Vafq. in
Ucos, "empreza foi do Doutor Subtil Scoto, com tanta felicida.
3.P difp. de que he hoje applaudida em o mundo. A veneração finalmê
I I 7. C. 2.
b. Fr. Luc.
te do fantiffino Nome de Iefu, º são Bernardino de Sena a in-}
3n, 1427. cultou na Igreja ácuta de tantas perfeguições, & trabalhos,que
& 1432.
demais de etar prefo,foi arguido de herege, motrandolhe nitº {
a piedade de Deos,quanto elle deuia padecer pelo feu nome. E{ }
tas,& outras femelhantes, que agora não podemos relatar, forão
| fempre as notas occupações.
PR E L VDI O X.
!
I C Om o leite da doutrina da nofa religião dos Meno
res forão bebendo tambem os Terceiros feculares o
• • • • • + •
b.tom.a. ele copiou em" outra parte, fe pôde conjecturar, que fiorecia ja
nos tempos de Innocencio IV. Nicolao IV. Bonifacio ViII. &
Ioão XXI ou XXII. como fe diz vulgarmente, aquelle, que no
anno de 1316, tomou poffe da cadeira de S.Pedro.
e apud Sil. 2 Pera o tempo de Innocencio, alega com húá º bulla de
& apud
Rodrig.
Sixto IV, cujo principio he: Romani Pontificis, pela qual ete Vi
bul.4. gairo de Chrito confirmou,& ampliou a fujeição dos Terceiros,
que o dito Innocencio fizera, à direcção, &gouerno da nofa pri
meira Ordem. Mas he certo, que falauão sòmente dos feculares.
pois difunhão, que da nofia me{ma Ordem fofe o feu Confef.
for,o qual porêm naõ faltára entre eles,nem conuinha fer efira.
nho,fe foraõ religiofos, como entendéraõ bem Eugenio IV. &
- Nico
== Ferg+>
da Prouintia de Portugal. - - — 35
Nicolao V. que a etes o affinárão da fua Religião . E tudo o
mais,que contem a dita bulla,quadraua a os me{mos feculares: a
faber, dizerfe delles, como tambem fe difse na outra "bulla: Sa
Rodrig.
crº/antia Romana, que etauão dedicados,/ub religionis habitu, em ha bul. 31.
bito de religião a oferuiço de Deos; porque o feu vetido era ho
neto, reformado, & diftinto do que trazião todos os outros fe:
culares, com o qual feruião à Majetade diuína na obferuancia
e. Frácifc.
d'húa regra approuada pelos Papas,gozãdo, por opinião de, gra de plarea.
ui[fimos doutores,& declaração do me{mo Sixto, da immunida tract. de
excom, .
de,& foro ecclefiatico: fpelas quaes rezões, affi como os cleri S.Ioan. de
gos, falando largamente,fe chamão religiº/ºs, tambem elles po Capít.
tract de
dião ter ete nome, & o feu etado, chamarfe Religião. Efendo CXCOIT),
F. Bernar
elle deta forte,ordenado com regra,& intitutos, como declarou din. à Bu
* Nicolao IV, difephnis, 3 reguls informatam, com muita proprie fto tratt.
de imitat.
dade diffe aqui o dito Sixto,& diria Innocencio,que os intruiÍsé Chrifti.
Collector
na difciplina regular os nofos religiofos,vifitandoos,& reforman priuileg.
doos fegundo feus intitutos regulares. " verbo, .
Tertiari
3 Pelo que não fe collige da dita bulla de Sixto, queja em Il. 2 5 * *).
tempo de Innocencio auia Terceiros por profilsão folemne reli. fSur, de | infuper.
giofos. E muito menos fe poderà coligir, como quer o me{mo relig tom.
Sillis, da "bula, a4cvberes frutas, do Papa Clemente VII. por 3. tract,7.
l. 6, c. 1. n.
quanto não nomeou a o dito Innocencio, fenão pera derogar o 9. & 1o.
g. & apud
que tiuefe ordenado contra a fus prefente dipofição, como era Rodrig.
2 # dos Terceiros feculares a repeito da noísa Ordem bul. 8.
h. & apud:
ferafica, os quaes elle agora fubmettia á fua religião. Tudo ito eund bul.
fe confirma pelo que difse Leão X. na fua celebre bulla, que co $.
meça: Inter catera, Ito he, que auendo confirmado o Papa Nico
lao IV. a regra Terceira, por meio da qual são Francilco nolso
Padre procurâra a faluação dos fieis, duduw/quidem hulus gratia
Nicºlaus lVOrc. eles mefmos pelo ditcurto do tempo, veràm quiº
tempºris decurfa, vierão a profefsar religião debaixo da mefma re
gra. E como a morte de Innocencio precedeo á eleição de Nico
lao,mais de 33 annos,com cuidencia cóta,que eta Religião não |
alcançou os feus dias.
4 Donde tambem fe manifefta, alèm de outros motiuos,
que ainda não era intituida no tempo do dito Nicolao IV, pois
nunqua fez menção della, nem ordenou regra, que ouuefse de
|guardar,fendo ele o primeiro dos Põtifices, que pera os fecula
res a efcreueo em fuas letras apotolicas, difpõdo, & accomodan
do o que nella fe cõtèm a ofeu mefmo etado. Nem contra ito
EC {I}
- -- -
== ==
da Prouncia de Portugal.
C. 37
-
lumnio pontincado; & na verdade tão pouco era ainda feu alen.
| tonete tempo, que ali elle, como feu fuccefor Nicolao V. lhe
concedétão eleição de prelados fuperiores, cõ outras graças to
cantes ao gouerno, em Hefpanha, Italia, & Flandres. O pa
dre º frei Marcos affenta feu nafcimento pelos annos de 142 1. ... p.…...
mas ja ella florecia no de 14o 1. no bipado de Trajecto,confor-lº??
me a húaº bulla de Bonifacio IX. Pelo que mais fe chegou á p. Fr. Luc.|
an. 14o 1.
rezão os Autor da nota Chuonologia Hitorica legal, apontan 1. Pag 18
dolhe o anno de 1 397. Se bem ja no outro d'antes a 6. do mez
de Ianeiro etauão religiofos delta Ordem no moteiro de fanta
Catharina do Monte de faro em Galliza, quando o "Bifoo de r. Fr. Luc.
| Mondonhedo, Dom Lopo, lhe vnio a igreja de fanta Maria do 2n. 14.o 3.
in rege
Minho, pera que elles pudefem feruir, como deuião, a Deos, {to.
vt religi% thdem commorantes debitum Zeo pºfint impendere famula
tum. E fuppondo a opinião de muitos, que a ferua de Deos for
Angelina deu motiuo a eta reformação, começandoa pelas frei
ras na cidade de Foligno, ou Fulgino, fempre auia de fer depois
do anno de 1362. em que foi eleito o Papa Vrbano V. o qual
|lhe concedeo a licença, como conta de húa bulla de Eugenio
IV. copiada pelo nofío" Annalita. E por aqui damos fim a eta 4.2rege
m. 544o
in
trabalhofa diggresão, a qual fizemos por acclarar a verdade na flo.
origem deta Ordem, deixando o ponto fixo pera quém o alcan
çar; mas aduertindo tambem, que não confite o louuor de húa
|religião em a velhice dos annos, mas no feruor, & pureza, com |
que obferua as fuas obrigações: Guardão os frades, & freiras de- …"
|ta Ordem em Portugal, Catella,& França,a regra,que lhes deu | …
o Papa Leão X, em Italia tem outra. . . .
- Vão correndo, /lf fundações dos Terceiros
, ; ficulares. .. . .
7 "o"." (aridade dep" acei foi intituida no bif
?
t.F. Hiero.
Rom.l.6.
• pado de Chaalon em França por D.Guido fenhor do c. 25° }
|religião. . º - : -
X • -** - - - - +
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PoRTVGAL … …
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** * • • • •• *** ** * •
CA PJ TVL O "I." ]
|
, -- - -" *
cuidado de Deos, por cujo amor
| andaua por terras alheas arrata
Como veio a Hepanha naf) |do. Efcolheo por companheiros
padre Jão Francifo pera pa á os veneraueis padres, frei Bar
determartyrio, & que ca nardo de Quintaual, feu primo
genito na Ordem,& frei Mafeu,
minho trouxe na vinda |de quem lhe tinha contado, fºr
a Portugal · a vontade de Deos, que fe occu - º "…" . .
** * *** -|paffe elle em a faluação das al
I 213. s? PERTA DO | mas. E pòtos a o caminho, era
#*# dos defejos de tanto o aluoroço do Santo por
#martyrio ete | chegar ao fim de feus defejos, q
# Serafim huma. alentando a fraqueza procedida
no, depediofe de fuas enfermidades, com o fer
de Italia pera prègar a fé de uor do epirito, vinha correndo
Chrito aos mouros de Marro. diante, & faltando de prazer.
cos, ou ao menos de Hepanhº, Atraueffou co eta preça por
deixando tão piquena a fua reli | França,cõuertendo de paffagem |
igião dos Menores , que quando muita gente para Deos, atè en
muito,teria finquo annos de ida trar em Hepanha pelo reino de
de, encommendada porèm a ol - -- - - Nauarra, onde o ceo lhe decla.
__…_____________*___*--******-*
_D 3 • *-*- -
---- roa, --- -
Y "…
42 T7TDTS-7777777;
rou,que não auia de ferviolentº| mouros a victoria das Nauas:
feu martyrio com efpada dety: em Leão, D. Afonfo o IX. & em
rãnos,fenão amorofo pelas mãos Portugal tambem. D. Afonfo o
do Redemptor. Mas temos mui. | II. - = - ,
outros, que não sòmente cófef Deos a (Ieremias, que talvez lferem.c. "
|{ão dizer elle à Rainha as fobre 18. v. 9 v.bi
prometteria a hum pouo,&ahú Lira, Ra
|ditas palauras, mas tambem fe reino fublimallos com grandes ban. &
rem elas verdadeira profecia. El roíperidades,mas que fe ele o p#
h à Cat.
alfi bem merecem a centura do |offendefem ingratos, reuogaria c. 18.n.3.
•
Proaern.
|&*Vilhegas,os quaes admittin |gente, @ de regnº, vi edificam, Qr
Sº Pufe. 1.
de incant.
de, que o Patriarcha fanto dife |plantam ilud - Si fecerit malum in
C
-*-e. 3.
ira etas palauras, negão nellas a || oculis meis,»t non audiar vocam meam,
n. a 3.
h, no Fl
| verdade do efpirito profetico, & | penitentiam gam/pºr bono, qualº
San ét. &” julgão que as diria de fi,& defua | cutus fum, ytfacerem eis. Do mef.
fefta da cabeça, parecendolhe que Deos mo modo tambem difse da par
Cºnceic.
lhe gouernaua a lingua, & nifo te de Deds o profeta "Ionas,que /. Ion.C., 3º
V.4.
(e enganâra. E por quanto o feu "Niniue féria fubuertida dentro
|fundamento he cuidarem que em quarenta dias: Adhuc quadrá
}tem ja fuccedido o contrario, ginta dies, @Nthiuefukuertetur. E
}dito me{mo queremos defenga fendo, a ónofso parecer,abfolu
|nallos, aduertindo que podia fer tas as palauras, tinhão eta con
a profecia condicional, ou ab{o: Edição que Deos não tinha ainda
•
luta. Aquella,
condição, (emprepelo
tacitamente inuolue Freuelado ao Profeta,quefº a cida.
me
de não fiz/epenitencia, fe fubuerte
nos, da qual depende º efeito, hia ela." " -
\— ----
-->r=
---- ----••••• •• • ••
}
46 Liuro I. Da hi/toria Serafica dos f7;
}
5 E le foi profecia abiolu ulão, & afinauão, por le moltra
{
} tº como nos parece fer,tambem rem Portuguezes. Com etas cõ
e à verificada, & comprida até dições, ratificadas nas Cortes, á
hoje. Porque o Santo não difse, em Thomar fe fizerão no anno |
que o reino de Portugal nunqua de 1 581. entrárão elles no go
feria fujeito aos Reis de Catel uerno dete reino; & quando ja
• la,na qual fujeição eteuefefsen parecia, que a vnião fe intenta
ta annos: mas difse,que nunqua fº ua, foi retituido totalmente à
ria junto(he o me{mo,que vnido) liberdade antiga no primeiro de
«os reinºs de CÊela. E efta vnião Dezembro de 164o.ficando fal
| não na ouue ategora,por quanto ua, & illefa em qualquer dos do
…º tranf ella" de fi (empre muda a con us fentidos a profecia ferafica.
iato de 6 Mas ou o Santo em Gui
conflit dição, & etado do fujeito vnido,
e recorét
e
*
º atu
transformandoo nas qualidades maraés a difeffe, ou noutro lu
º rn C Gath. do outro a que fevne. Affi o ve gar do reino , não deixa de fer|
•
! ou e it
V concl.
mos na vnião das igrejas, catel certifimo,que eteue nefsa villa.
* 4 *. los, territorios, & reinos, que no Não foi contudo pera vifitar a
Roman.
conf. 175.
ponto,em que fevnem a outros, são Gualter, feu difcipulo, como n. Hitec-i
|
n 4 . logo perdem os feus foros, & fi difse hum "Autor dos nofsos tê clefiaft.de
•
A ex cof, Lisb. P.-a.
1
+
+ º so.l. s. cão ujeitos a os alheos; o que pos, porque tinha ficado em Ita C. 17»
n.8.& 9. nós ainda não vimos em Portu lia, & não veio a Portugal, fenão |
- }
gal, porque até quando Catella dahia dous annos, no qual tem
o gouernaua, fempre conferuou po principiou o conuento. Seria
a fua forma,& majetade antiga. lua tenção ver a Rainha, feella
Ainda gozaua de feus priuile na me{ma villa etaua, ou Deos
gios, & leis: ainda futentaua os o leuou pera acreditar feu nome
feus mefmos tribunaes, Capella com o milagre feguinte, que foi .
Real,& oficios do paço,os quaes dos primeiros, em que motrou
sò os Portuguezes fazião, quan feus poderes fobre as forças da
do os Reis catelhanos fe acha morte. Tinhafe elle recolhido,
uão nete reino: ainda os natu como cotumaua (empre, num
raes de Catella erão tidos em hopital na companhia dos po
Portugal por etrangeiros pera bres,& obrigandoo hum deuoto
não lograrem nelle beneficios, a pouzar em fua caía, Deos: lhe
bipados, ou penfões: ainda nofº pagou breuemente pelas mãos
fas conquitas, & armadas fe (e- do me{mo Santo eta fua carida:
e.F.Marc.
parauão das que erão catelha de,porque "falecendo fua filha, & Fr. Luc.
nas;& effes Reis de Catella,nas a qual etaua enferma, foi reti cit.
ção de fua alma.Porque admira o feu Nobiliario. E não fabemos pag. só.
, dos os vizinhos deta villa de ve como o padre ffrei Lucas feat an. 1114.
rem nelle hum homem, que pa treueoa negar tudo, fendo filho º "?" |
recia mais que homem,veneran deta nofa prouincia, chamada
; •======
- -- - - - __ de Por
•
AMenores na Prouncia de Fortugal.
• • 49
de Portugal, que lhe deu o fanto leuãtar cô o nome de Prouincia,
habito,& lhe fez a profisão,que & fer mãe d'outras prouincias.
lhe concedeo etudo de Filofo
fia, & Theologia até o pór na C A PIT V L O IV.
claffe dos prégadores. Mas não
entrou em Bragança; que fe elle Quem concorreo na fundação,
lá chegàra,& vira a tradição an &# reparo defe conuento de
tiga,& cõtantifima de todo effe Bragança: da e/timação,
ditricto,que os paes cômunicão
aos filhos,pôde fer é cófeflafe o gue dele faz a cidade;
á aufente negou, porq as pedras & das mudanças
da rua fe auião de leuantar con
tocantes a feu
tra elle, como diz que receou de
outras terras, em cafo que não g"uermo.
quizeffe etar pelas fuas tradiçõ
|es. Vêm em fim a cõfeffar, ainda I Reuemente puzerão em
que muito tarde, que feria efte bõetado os moradores
conuento fundado depois do tê da terra as obras dete
po de nofo padre S. Francif cõuento no me{mo lugar, onde
co: mas nem Bragança lhe acei agora o vemos: fóra,mas júto da
ta o partido, né nós també que cidade,por fer mais accõmodado
|remos etar por elle; & quanto a o nofo intituto de procurar o |
l maior he em muitas coufas o de remedio das almas fem difpédio
femparo do conuento, mais nos das obrigações do coro.Etá fit
| obriga a rezão, & a jutiça a de tuado a refpeito da cidade pera a
|fender a fua antiguidade. E jun parte do nafcente,em correpõ
|tam éte fublimamos de caminho décia do moteiro das freiras de
| a maior felicidade,& hõra deta S. Clara, q fica da outra banda,
infigne prouincia entre todas as etendendote feguro entre etes
| outras dete reino, & muitas da baluartes, mas inclinádo algum
|chritandade, a qual foi nafcer tanto ao Sul; o corpo da propria
| em feu primeiro principio por cidade.Ete fittio,4hefrefco,ain
|
essassº —
- - - - --
- -- -- -
52 - - - -
I=7T7 TS7 dos f7;
da caia. Mas també tudo era ne
cefario pera elles,ásão vinte,le C A PITV L O V.
uaré mais facilmente,afio rigor
do clima no etio, & no inuerno,
como a grande feparação, em á
De alguns religiofis, cuja ve
etá ocõuento,pela ditancia das nerauelmemoria pertence
| terras, do mais corpo da prouin a flefanto con
cia; & [e fó a rezão de bom go lº/ll().
|uerno, purificada de paxões, os
|lãçar por etas partes, menos te
rão que fentir em fe verem tão I Os conuentos, em que
longe de feus irmãos. o nofo defcuido tem
6 A mefma feparação dete feito maioretrago,ef>
cõuento na ditancia dos outros te he o que ficou mais ofendi.
foi caufa antigaméte pera feren do, porque fendo plantado pelas
cõmêdado a diferêtes cutodias, mãos de nofo Padre ferafico, o
á o forãogouernando,no ditrit qual logo nas raizes lhe infun
to da prouincia de Sãt-Iago, cu. dio com feu exemplo alentos de
jos termos també chegauão a ef. fantidade pera florecer viçofo,
te reino. Pelo q,fendo elle Portu toda efa fermofura da fua fan
guez no nafcimento,& do corpo ta primauera, & ainda dos mais
B. arch.de |
da cutodia antiga, chamada de tempos, età agora efcondida;
S. Frane. Portugal, º no anno de 1272. foi & pera nós falarmos nelle, com |
do Porto.
c. arch de
entregue á de Galiza: º no de tão pouco nos ajudou ofeu archi
S. Franc. 133o. etâua lançado co a na uo, que foi neceffario mendigar
de Lisb.
ção Leoneza,na cutodia de C,a etas noticias por liuros alheos,
d. Pifan.cõ
formitat.it
mora: º no de 1 385. o achamos & cartorios etianhos. A mef
outra vez retituido ao nofo ma queixa auemos ainda nou
Portugal,na cutodia,que fecha tras partes de fazer contra a
mou de Coimbra,& nella permane muita fingeleza dos nofos Pa
ceo atè quando todas as do mef dres antigos, que tratando de
|mo reino (e vnirão em prouincia fer fantos, comefmo efpirito de:
ditincta,que he a noffa, porno fugirem da vangloria, deixarão
me de Portugal. Pafou finalmente de publicar as virtudes de feus
muitos annoscos priuilegios, á proprios irmãos , cuja noticia
tinhão os padres Conuentuaes, hoje nos pudera e pertar, &
& foi dos vltimos, que no anno juntamente honrar. Mas e el
de 1 568.recebérão nefte rei les por humildes fe defculpão,
no a noffa reformação como o pôde fazer qué conhe;
Obferuante.
cédoete damno, nélhe procura
| - - - - - - - Termº
*******>>>*à
{ -cão
–a– —— ••••••
jó Tar,TT, Ta S #77; |
ção do Papa, & Cardeaes. Pro da Ordê le retirauao do cocurfo I.
fefsou na prouincia de S.Gabriel dos conuentos pera ermidas fo
em Catella, foi Minitro na da litarias, húas das quaes achauão |
Terra do Lauor,reino de Napo feitas,outras fazião de nouo, on
les, & vindo ao capitulo, que ti de feruião aº Deos em maior |
uemos em Toledo no anno de quietação do efpirito. Foi hum |
|
1633.acclamado por Gèral,em detes o padre" Fr. Manoel Cor a. Monar
C,aragoça de Aragão lhe ata uo, que morando neta-cafa de p.ch.Lufin.
s.l., 7.
lhárão os paísos. Dura coula,que Bragança, faio della a edificar C. I 2.
| a… : : : :
- ; ;} :
. * * ___*__* * * *
| de fanto Antonio, no lugar de
|- … ! - º CAPITVLo VI , i | Coelhofo, reitoria de Parada;
*
! |r •
|-
"# … • • • •
teriofo
* *
principi
entrou efleton- | de, teue myteriofo principio
* • • • •
º l , - * ,
muito _nota- || bres, bem inclinado,& deuoto,o
* # :; , 1. * >, , ,,
qual algüas vezes iguardaua as
| - ucl. . . . |ouelhas defeu pae;& em quanto
*-* *
• - • . . . #: º " … -- : :
|ellas pafgião no campô,elletam
|| 1 T) Erfeuerando neta pro bem recreaua feu cípirito cobi
#" | "uincia os Conuentuaés | lição d'algum liuro, ou com ou
{| …" antigos,alguns delles cõ tro femelhante exercicio. Eftan |
il licença do Papa,ou dos prelados
#
do afilhã dia do annoder617 |
V 1O
-
|-
- -
fefe logo fem medo etas pala. "gurança deu notícia de tudo ao
- -
-- - - - - --- -------
---- - -- - - - -
Bilpo • • ••• • ••
→m
— ...
DA VINDA DO SANTO
FREI ZACHARIAS, E DO
fanto frei Gualter a Portugal.
CAPITV Lo VII. |le, como tambem pela palaura,
| que tinha dado à villa de Gui
Quando ºs inuiou o Patriar ºnaraés. He certo,que lhos man.
cha ferafico;&# das muitas dou do primeiro capitulo gèral,
que celebrou em Afis, no qual
virtudes,&5 milagres, fez delles húa grande repartição
com que fizerão a pelo mundo, cujo remedio da
jornada. füa parte aprefsua quanto lhe
era pofuel; &ito executou no a an. 1 2 1 6
I
|anno de 1216 em que teue o
M Italia affitia com o
jn. 1.
b. in Mar
(obredito capitulo, conforme á ####
corpo nofo fantifimo |boas contas de "frei Lucas, frei inuar incó
imét. S. .
- Padre, mas o coração |Artur, & º Mariano de Florença e.l. 1. c. 11.
$. 1.
| etaua em Portugal, defejando |com outros muitos autores, con d. p. 1 l. 1.
• "
|inuiarlhe alguns frades, affi pela |tra "frei Marcos, & º Gonzaga, c. 48. \
3 O IT O
AMenores na Prouincia de Por tugal.
y9
anno feguinte. Nefe tempo in do. Encommendouos tambem o amor
uiou a Portugal os fantos frei da/enhora Pobreza, @ quando vos
Zacharias, & frei Gualter com achardes mais "pertados da fome,4 lar. g. Pf $4.
outros dous companheiros, cu gal então yºfº cuidado a Zeos, º qual V.a.3.
.ns. | zão da penitencia, & vinhão a aconteceo paísarem hum dia en | "6",
mortalhados num pedaço de bu "…e
tre altiÍfimas ferras, onde os ra- antig.
rel, ete habito grofleiro, & re- ios do Sol, que etauão ferindo &siºnes, C.
" | mendado, o qual era etranho fogo; co a fraqueza dos corpos
em muitas terras,a huns caufaua por falta de mantimento, os ti.
| horror, a outros admiração. Al nhão desfalecidos, & chegando |
guns fe lhes motrauão deuotos, a húa fonte, o feruo de Deos frei |
| muitos os tinhão por loucos, & | Bernardo de uintaual lhes
outros fugião delles, receando mandou fize{sem todos febre
| que debaixo daquelas pelles de |ella o final da fanta Cruz, & lhe |
ouelha etiueffe embuçada a fe lança sem a benção, cuja virtu
reza d'alguns lobos carniceiros, de fentindo em fi a agua fe mu |
>
dou
*****…------
º Menores na Prouncia de Portugal. O I
dou logo em vinho,Beberão to | ecclefatica da Igreja de LEDO,
dos, & refazendo as forças pro diz, á vierão no anno de 12 12. |
feguirão a jornada até entrarem
•
1
1 •
dº nelle. O autor da "Chronica , p., 1.
7.5.6. {
CAPITV Lo VIII. dos Padres Eremitas de S.Agof "º.
tinho,& da "Chronologia mona |
Em que tempo chegárão apor fica Lufitana depois de tirar in |
tugaleftes veneraucis Padres: jutaméte à nofia Ordê hü anno |
como forão recebidos, & que da fua antiguidade, efereuco no
de 12 18 a fua entrada em Portu
luiça tiuerão pera funda gal: mas não deuia faber como
7677 (0Ill/6/lt03.
I N muito de fuas tribu
Aõ fe melhoràrão
quatro annos antes a trouxe cófi
go, & a deixou no cõuêto de Bra
gãça N.fantifimo Padre;nétãbé
1216.
lações na primeira lhe cõtaria como antes defe tê
entrada dete reino os ditos fer po,4 apõta,a vierão vifitar,&aug
a. F.Mare.
|P, s.l. 1. c.
uos de Deos, º porque ainda a mêtar etes feus sãtos difcipulos.
|48.&l.6.
e, 27,
finceridade portugueza motra: Os padres Fr.Marcos,& Gözaga
F.Luc. an. ua temerfe delles, ainda lhes ef. referidos no capitpafado, & có
1 2 16,n.8.
tranhauão a lingoagé,& habito, elles ºf Monarchia Lufitana,pa / p al.,
&ania17. ainda erão ofendidos cõ defpre
n. 42, zerão a fua vinda no de 12 17. jºiº.
zos,ainda os não querião # porque cuidáuão que nefe pro
tir em fuas cafas, ainda fugião | prio anno fe celebràra o capitu
delles, ainda as caridades, & ef. logéral, dõde forão inuiados, &
molas lhes faltauão. Pelo q met nito fe enganátão, como ja te-| |
tidos netes apertos tratárão de mos motrado, & motra també
grãgear o emparo da RainhaD. a nofia<Chronologiahitorica le g Pºgro |
Vrraca, cuja grãde piedade lhes gal.O "Annalita finalmête,4 re h.cit.n.22.1.
tinha écarecido nofo feraficoPa prouou o fobredito engano,afé.
dre, & afi ordenàtão o caminho tando o capitulo, & miÍsão de
aCoimbra,onde a Corte etaua. tes veneraueis padres no anno
2 Facil fora afsétar logo o anno, antecedente de 1 2 1 6. ainda
emá elles entràrão neta cidade, afi não tratou do que elles ne
fe os efcriptores nete cafo não te reino começàrão a obrar, fe
falárão tantas linguas, q parece não no anno feguinte de 12 17.
{ê p. * c. 27 outra noua cófdsão." A hitoria } & {e nelle imaginou a fua entra
ln.
F da
–__
62 Lurº I. Da billuna Serafica dos frades
da no meimo reino, nao podera chegarão a alcançar a coroa do
ter deículpa.Porá forão defpedi martyrio erão sòmente pafados
dos do fobredito capitulo,o qual 16.dias de Ianeiro do anno,que
(e celebrou emAffisa3o do mez fefeguio. * -- #
- < * * |
Zeos, fº/em criadºs da dita Rainha, qual tépo,como fe collige do pa
ºficomo de madre. n.cit c.17.
** * # : ; … |dre" F. Marcos,& das chronicas
|-
F 2 anti
••••••
+– –a– a eftes
/ 44enores na Prouncia de Portugal. 65
a etes benditos religiofos, teria Marcos a eta opinião. Porque
grandes defejos de q algús ficaf fe el-Rei então os agazalhou junto
fem perto do paço, pera q o feu da me/ma cidade de Coimbra : foi
| exemplo a confortaíle em o fer ho/pedallos com refpeito em
uiço de Deos. Mas os principes quanto fe examinauão as rezões
prudentes não executão fempre da fua vinda . E fe tambem
logo o que querem, ou intentão, lhes deu licença pera morarem
& ella efperaria outra melhor em Coimbra, Guimarafs, Alanquer,
occafião, que não tardou muito @r Lisboa: a dete conuento de
tempo. * - -
Coimbra não entrou na primei
3 Donde formamos outro ra concefsão, nem tambem a d'
nouo argumento, o qual he, que Alanquer, que depois follicitou
auêdo alguns delles de ficar,por a fobredita Infanta.
füa cófolação deta deuotifima 4 Pelo cõuento de Lisboa
Princefa,etes auião de fer os ma età declaradamente o º padre f.cit.pag.
is graues,& mais fantos,quaes e Gõzaga,&nós côfefíamo,4 ele 794.
rão Fr. Zacharias,& Fr. Gualter; foi na tenção, & no teor da licê
& cõta, q ambos eles (e forão: ça o primeiro. Poré a ezecução,
hú,peraGuimaraés: o outro,pera retardoulha a ida do fanto frei
Lisboa,á qual cidade ele não ti: Zacharias à villa de Alanquer,
nha chegado,quando fe defuiou onde, antes de acodir à pretêsão,
do caminho pera a villa d'Alan & defejos deta nobilifima cida
quer. Efe aito nos quizerê re de edificou hum conuento.
plicar, que deixarião algum dos 5 Ficão agora em campo
feus cópanheiros: digãonostam ete me{mo cõuento d'Alãquer
bê, fe a Rainha fe daria coelles cõ o outro davilla de Guimaraós,
por cõtente, & fe então os aueria & cõ tanta igualdade de jutiça,
numa cópanhia tão piquena,co que ferà difficultofo desfazer ef
moeta; porá o me{mo F. Lucas ta contenda.Porque os feus fun
lan. 1216,
n.8,
efcreue em "húa parte, q porto dadores, ambos juntos negociá
dos erão tres:&º noutra,não af rão em Coimbra: ambos ferão }…
"..cit.n.zz
firma cõ certeza ferem mais. E juntamente depachados, & não
poto q foíséquatro, todos erão conta,que tambem não faifem
|P1, cit.c. 7.
necefarios pera iré de dous em ambos juntos, ou que algum no ----
EvNDAC,ão, E S vcCESS OS
do real conuento de São Francilco
de Alanquer.
→… … -- -
Menores na Prouincia de Portugal. 67."
uoca,que reprefenta Alano. Ou pos,& pomares: a fertilidade em
tro padrão de feu agradecimen todos os fruitos tanta, que sò de
to etá tambem leuantado fóra azeite, nos contou por relação
dos muros da cerca, & junto de imprefa no anno de 162o.aueri
hum potigo, pelo qual entran trinta lagares no feu termo.Per
do os portuguezes desbaratàrão tence de ordinario ás arrhas das
os mouros, que tínhão a poffe Rainhas dete reino,& a primei
della. E ete he a igreja de Sant ra pefoa da Cafa real, que teue|……
Iago Maior,em memoria do foc o feu fenhorio, foi a Infanta D.
|corro, com que o fanto Apoto Sancha,filha del-Rei D.Sancho | | |
lo ajudou no combate a os mef> I& de fua mulher a Rainha D. |
|mos portuguezes, pelejando co | Dulce. • . -
Y
- - - -- • - … ----
----
-**=
7o LTDTS-777777
charias, que tudo facilitaua;&os galar, o fanto guardiao lhe refi
que fendo prelados não promo tio com valor,ficando ela mui
| uem co exemplo a virtude, mui to mais edificada, & elles conti
to apertadas contas pódem te: nuando co a fua apereza. …
mer diante do rigorofo luiz.
Acabados os exercicios da ora
CAPITVLo XII.
ção, & do coro, entrauão nou
|tros de muito maior trabalho,
# cauauão a horta, varrião Hafitdou efletonuento º pri
a cafa, remendauão os habitos, metro religio[, da Ordem de S. 4
m 39.
martyrio. caufar: * fenão cruzes cercadas 8.F. Mare.
C A PITV L O XIII.
de, communicada da morte do Legenda
Martyr.
Redemptor, alcançárão a vito. em S Cruz
ria. Saudarão na cortezmente, & decomb.
Apparecemos fantos Marty difserão. Zeos vos/alue,iluir/ima |
resem Alanguerà Infanta na Princefa. Sabei,/enhora,que as vº/a,
caridades tem chegado ao ceo, @ que
hora do fêz martyrio, & por com elas fº/tes parte pera nos mere
caufa dele lança nºfº Pa cermos ºfia gloria. Agora acabamos de
*** –al
====…
essem…"-"
74 Liuru I. Da Tira Serafica dos frades
} porque os tauores te coltumão tos,pelas outras, adicula/acra. E
ampliar, como porque não he affi quando os fradesfe paísàrão
de crer, que fó as pedras, & pa dete primeiro pera o outro cõ
redes quizeffe abendiçoar, ex uento, em que agora etão, cóf
cluindo os filhos obedientes de goleuàrão a parte da fua béção,
tanta felicidade. Quanto mais, porque ainda que fe mudàião de
que affi o declarão as fuas mel fittio, fempre forão cõferuando
mas palauras, porque o nome a fua cõmunidade.Mas tambem
adicula quer dizer edificioipi. ificou afixa às paredes docõuen:
queno, ou ermida, & o ou to, donde então fe fairão, & on-l
tro nome domus, ou ca/a em de ha poucos annos ferenouou
portuguez, he equiuoco, que hum Oratorio em memoria do
hüas vezes fignifica o fobredito que foi nos tépos antepafados.
edificio da cafa, em que mora E dete modo huns,& outros lo
|mos ; outras vezes a familia, a grão a benção de feu fantiífimo
qual ferecolhe nella, ou a mul Padre:porêm cõ obrigação defe
tidão de gente aliada entre fi rem tão obferuantes da nofla re
por rezão do etado,parenteíco, gra euangelica, como elle defe- ! \
ou feruiço. E nefte fentido ef. Jaua. |- -
C A
44enºres na Prouncia de Portugal. __75
cõpanheiros feus, como certifica
CAPITVL O XIV. o epitafio, ólàfe lhes efcreueo.
Mas achamos em huns efcritos |
| dé-c.28. tanta virtude, que tinhão nome | tiuorum legenda: gefia eorum, /mul@
de Santos, & como de taes fee afius,qualafuerint,plenièsilidéaperte
leuàrão feus ofos na parede do legentur.Porém ete liuro ja hoje
cruzeiro da igreja, onde feve o não apparece,néfabemos q epi
altar da Cõceição immaculada rito maligno,ou q defatre do té
da Virgem S.N. & deta fua fe po nos afogou a memoria de nof
pultura tiraua o pouo terra, a fos antepafados em tão efqueci
qual era medicina de muitas en méto.Outra perda,&muito grã
fermidades. Na trasladação do de,tiuemos na de hú memorial,6
fanto F. Zacharias,dete proprio fez em todos os cõuêtos daObfer |
lugar pera a capela mór, forão uãçia no feu tépô o venerauel pa
leuados cõ elle os ofos de dous dre F.Ioão da Pouca,fendo della
| G 2 vigal
*=
--;
2 O
TUF
=-=-=-=-=-=-=-=-
*Mawrºna Pr04htia de Portugal.
| ao menos outra grandeza;& for} : →= =
-
79 |
|de Sylues,etando em Alanquer.
|ma. A igreja tomou afeu cargo |Eficando imperfeita por rezão
|- fobredita Rainha. D. Brites, | de fuas aufencias, & morte, el
|mas ainda no anno de 1 29o.em |Rei D.Dinys,feu filho,lhe poza
que o Arcebipo defBraga Bom | vltima mão,acabando com brio
frei Tello concedeo 4o. dias de #generofo o q fua mãe auia prin ;
indulgenciana quem com fuas cipiado. Afi o dizem tres pe
| efmolas ajudaíe eta obra, etá dras, embutidas na fachada de:
|maella em efiado, que podemui. (te templo pouco aísima da por
|bem dizer; cum de novo inapiat/* ta. Na do meio fe vem as quinas
bricari,que então começauaa fa reaes em tetemunho de fer of
|zerfe. Depois delle concedeo a edificio real. Nas outras collate
me{ma graça pera o me{mo ef fraes,em húa dellas fe contem el !• • •
>";
•
•
"75
__*___ _=A=
vassessºr*
82 L7TDTa S7a ##
nouço, eitando desfallecido à os pafios da paxão de Chritto
fome, com huns bolos, que lhe nofo Senhor.
deu do feu altar. No coro, dedicado aos
4 Aqui perto fe oferece louuores de Deos,forão ouuidos
tambem cutro altar,onde età o os Anjos, não fómente cantar,
Crucifixo, que cotumaua falar mas tãbê tanger os orgãos;& al
| co fanto frei Zacharias. He de guns frades, q ja erão falecidos,
madeira eta fantifsima imagem, aqui declaràrão a os viuos no
como tambem os feus crauos,la tempo da oração o etado, que
| urada muito a o toÍco, & com a tinhão na outra vida. Saindo
cer tão efcura, que parece defu dete coro,&caminhando á mão
| mada:finaes claros de fua gran efquerda pelo clautro pera a
| de velhice. Tem dous palmos parte da capella mór, imos pi
de comprido,& tendo lado aber zando a terra fanta,digna da nof
to,que reprefenta a Chrito mor fa defcalcèz, a qual recolheo no
to,na qual confideração o enta coração muitos varões apotoli.
lhou o efculptor, os mais finaes cos, & grandes feruos de Deos,
são do me{mo Senhor viuo, co depois de acabarem efte deter
molhe a cabeça leuantada,olhos ro da vida, cujo cemeterio por
abertos, os dentes apparecendo, efa me{ma rezão fe vai agora
como de quem etá falando; & ornando com pedras nouas, &
dete modo, ficou depois que capella. Dobrando daqui à ou
| começou a conuerfar com o fo tra quadra do clautro, encõtra
bredito fanto, dandolhe muitos mos logo co a cafa do capitulo,
| confelhos por fua bocca purifi onde feve a facratifima imagé
ma, Influe a fua vita pauôr,de da Virgem Senhora noíla, que
uação, & reuerencia, como nos falou a o nouiço,encotada pela
| açontêCeO quando o quizemos banda de fóra à me{ma parede
ver pera notar o q aqui efcreue do cruzeiro , da qual difemos
mos.Eteue atè o anno de 1414 | chamarfe parede fanta. Mais adiã
dentro da cafa do capitulo,dõde | te entramos em outra cafa, que
étão foi levado ao coro,&depois antes de le fazerem nella algüas
| trazido pera a igreja áintãcia da cellas terreas, fechamaua O jui
villa,que o queria ter perto. Ef zº, porque aqui chamou Deos
tá porém com grande venera |antigamente a feu juizo hú fra
{ção fechado em hum facrario, o de viuo, no qual foi fentenciado
qual de marauilha fe abre,fenão por fua mifericordia a fazer (au
he a 3 de Maio por rezão da fua dauel penitencia. "
• -- *>""
-*-*--*--*;;------ - -
*--*e… =
4O.
radores, não tinha mais que do tos pedaços a os deuctos da vil
us pães. Chegou a hora do jan la,& do termo. Daqui inferem
tar,& o fanto confiado no gran alguns,que itoacõteceo no pri
de Pae de familias, que não fo meiro cõuentinho de fanta Ca
fre perecerem os feus feruos,foi tharina, etando ainda nos feus
| com eles à igreja pera lhe daré paços a fobredita Senhora. Mas
as graças da pobreza,em que en não he cójectura infalliuel, por
tão fe achauão, & pera lhe re quanto podia etar nos outros
3
pº ços +
m=
"T"=mmm
#
2. … Começou º eta guerra Martyr. de |
Marroch.
no principio por cõbates fecre le&t. 5. " |
tos,& inuifiueis, que são os mais F Mar. p. 1 ];
; 16. c. 28. } -
H 1 º ri
per
• =
86 LITT Dahlima Serafia dos frades
perigolos,tentando a os nouiços bete elle, como pae verdadeiro
co as lembranças do mundo pe da mentira, diffimular com tanta
| 1a deixarem o habito, & procu propriedade, que as apparencias
rando enfraquecer com deícui nete feu nouiciado erão de grã
dos os profeflos por não fubirem de epirito no feguimento do co
a o mõte da perfeição regular. E ro,oração, exercicios humildes,
aduertindo depois, que por eta caridade cos enfermos,& em to
via lograua mal feus intentos,en das as acções tocãtes a feu eta
trou por outro caminho de ma do Cöfelsauafe falfaméte,repre
ior perturbação,& affentou o ar fentando aquella dor dos pecca
raial tenebrofo á vita dos mel dos, q não cabe na fua obtina
mos frades,a os quaes a cada paf ção: porêm nãqua cõ{entio a di
fo,& por todas as partes do cõuê uina Majetade,á fua bocca mal
to (e atrauefsauão osefpiritos ma dita profanafse o mantimétodos
lignos em figuras horrêdas,& te anjos,bufcando elle embaraços,
merofas, pera 4,defcõpõdo pelo & allegãdo rezões de não cónú
menos eta moráda de Deos, fe gar, co as quaes parecia defcul
pareceffe co a fua,onde tudo he parfe.E depois q (e vio entabola
horror, & cófusão. Mas por meio do na opinião de todos (que fa
dasorações do S.F. Zacharias, me cilmente vêm a cair num enga
recimêtos de N. Padre ferafico. no quê não he maliciofo) logo
& intereeísão dos fántos Marty tratou de feu negocio, dandofe
res de Marrocos, protectores do a conhecer em muitas partes
cõuento,aproue à Majetade di por famofo herbolario,& medi
uina deterrar de fua cafa tão coco as curas,& medicinas, que
infernaes infolencias, enfreando fazia, julgadas por milagrofas.
em parte a os demonios, & re Aquife originaua a perdição do
pondo os frades na fua quieta cõuéto, acodindo infinidade de
ção. gête a pedir medicamêtos,ou pe
Contudo, como os maos lo menos receitas, cômunicar as
empenhados húa vez na perfe doéças, agradecer as faudes,offer
guição dos bons, nunqua deixão tar grofas efmolas; & com ito
eta teima,o inferno, ainda q fo fe alteraua a quietação da cafa,
peado pela virtude diuina, não afrouxando juntamente o rigor
defiftio de fua malignidade.Pelo da pobreza, & filencio. E vendo
b.Chronie.
antig.
4* ordenou a hú demonio,6 fin eta ruina o guardião, que era o
legê d.cit. gindofe mancebo,procurafse fer fanto frei Zacharias, recorreo á
lect. 4.
F. Marc. p. nouiço no conuento, & dete oração,na qualDeos lhe reuelau
1.1.1 o.c.14 modo fagazmente lhe fofse in os embutes do demonio. Pelo
troduzindo a fua relaxação.Sou que o mandou chamar á culpa,
–
- & def.
# Menores na Prancia de Portugal. 87 |-
* •
elle era entre muitos ofeu dif> |zer affi nogouerno do conuen
cipulo amado. Quando entrou | to,como de fua pefoa. Ete era |
em Portugal,vinhaja pregador, | o leu tontemptus mund,o feu Def.
& facerdote,& do que temos e{-| prezo do mundo, o feu Etimu
crito lobre a fua jornada fe po lo do amor diuino, o feu Itine
derá entender como merecia bê | rario da alma pera o ceo, a fua
a afeição de feu metre. Abrio Dieta da faluação,a fua Politica |
tão altos os fundamentos da fan de Deos,o feu Gouernador chri |
tidade deta cafa, fendo o feu tão,finalmente toda a fua liura
fundador;&primeiro guardião, ria, onde aprendeo a fer guar
que ainda hoje aquellas raizes dião,& fanto. A ete Senhor e{-|
brotão cheiroías flores de virtu | colheo por feu prelado, cõ tanta |
des. No tempo de feu gouerno obediencia, q nunqua faio fôra |
alcançou grandes fauores do do conuento fem lhe pedir a li-|
ceo, porque recolheo os finquo cença; & quando tornaua, pri
Martyres,que da fua companhia |meiro q tudo lhe vinha tomar |
partirão pera Marrocos foi o pri abenção. Com ele confultaua
meiro prelado, que celebrou feu todas as fuas acções, os acertos |
martyrio : lançoulhe: por eta do oficio,o remedio das almas;
º , "|cauía fua benção ao conuento & afficonueríauão familiarmê
N.P.S. Francifco:vio illuftrada te ambos,como pôdem conuer
fua caía cõ refplandores de glo far os dous maiores amigos,ou
ria, quando a morte leuou della uindo a cada pafo o fanto mui
o primeiro de feus fubditos: an tos oraculos do ceo, que o Se
dou em campo com todo o in nhor por fua bocca lhe deu.
ferno junto, alcançando muitas, 3 Erão fuas prégações cheas
& gloriofas vitorias: os anjos do de efpirito, & abrafadas em ze
... lceo lhe trouxerão de comer a lo, quaes fempre cotumão fer
elle, & a feus frades, a os quaes | as dos minitros euangelicos, q|
tambem feruirão à meza, & fo |não pretendem applaufos de cõ
1ão vitas outras coufas, que fize | ceitos delicados, fenão conuer
rão venturofa, & muito fanta a | sões de peccadores contritos,& !
fua guardiania. … | dete modo foi infinita a gente,
2 Teue efpecial deuação |que conuerria a Deos. Achoufe
á imagem de Chrito crucifica hú dia no auditorio certo homé,
… 16. do,cuja noticia ja º dêmos,dian que andauavacillante acerca da
te da qual etaua de joelhos, sê prefença real de Chrifto nofo
fe poder apartar, dias, & noites Senhor no fantifimo Sacramen
inteiras, contemplando, & etu todo altar, & ferido co as fettas |
dando por ella o que deuia fa de fuas fantas palauras pedio que
=
H4 —
O ÇOn- - ...
- -
92 DEIDTESTE
o confeflatle. mas como oncuo
# - * * *
- -
ele, que crefe inteiramente a | fo, que lhe trocou ofeu no:
verdade do myterio. Pelo que |meconhecendo a pedoa. Nós
|inflammado no efpirito lhe dif Por tradição, que º mek |
ife. Irmão; pºis não tres asfalºuras imo Senhor, cujas palauras
#
do Senhor,que eu da/ua parte te digº, muitas vezes o confolásão da
jºvem amanhaam ºuuir a minham/a, Cruz, no dia da fua Inaenção,
; @el efêrºfêruidº de te alumiarcam que he terceiro de Maiº, º
ha/antaprºfença. Entretanto foi chamou pera o ceo, & neleja
|communicar a o feu Crucifixo de tempos antiquiffimos fece
lefte cafo, & toda a noite lhe ef> lebra afeta d'ambos, Contu
teue pedindo com amargura de do não foi no anno de 123o.
lagrimas,que por fua piedade a | que lhe deu a * Chronologia b.lib. z.
brifle os olhºs daquele igno monatica lufitana , porque as|
lirante, & incredulo. No outro | fuas acções ainda vão adiante:
dia difemifa etando ele pre mas feria pelos annos de 1249.
fente,&ºptouue ao Senhor cle. como quer o * Vuaddingho, d', 3R. E 2 R $
imentiffino,que na hotia confa poto que não foi muito aduerº n. 4. & an.
A 249.n.7•
grada vife muito claraméte atê tido em dizer, que floreceo na
o tempo da communhão a fua cutodia de Coimbra; por quan
carne purifima. Comete mila to, nem ella chegaua, a Alan
gre fe conuenceo o incredulo, quer, nem ainda nefe tempo
alegrandofe por etremo o San etaua intituida ; & elle pet
to em o Senhor de lhe tornar a
maneceo na primeira, chamada
ganhar eta ouelha perdida. de Pºrtugal, que tiuemos mete
, 4 Tudo o mais,que foi mui. reino. Tratão defua vida" frei d p. 1.1.6.
• to,nos eftõdeo a incuria de noí | Marcos, º Gonzaga,/Rodul
• • " " " …" "
C. a 8.
*-pag.179.
fos antepafados, como febatá …fo, a 4 Hitoria ecclefati f.lib.I.
ira pera nós nos cõtentarmos dei| ca de Lisboa comº &º P. 2. c. 27
& 42.
#xarem eles efcrito,que
fantamente viuendo
morreo fantifima-||
- dº || … … :: os autores re-aza. à
*
feridos-pet...": |- +
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-
• •
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| "{". * . * … ::., 1.
|-
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|-
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|-
• • • "3"
|- •
imagem, que nos dias mais folê elle fendo aqui guardião, & natu
nesfe põem fobre o altar.Outra ral da me{ma villa, a deixou de
tambem num meio corpo do |pofitada nete fagrado cõuento.
mefmo Santo feguarda na capel
la mòr de S. Catharina, dentro CAPITV Lo XXII.
do feu fantuario.
4 Nas fetas, em que appa Dagloria defrei Pedro daEf
rece no altar a fobredita imagé,
lhe refponde d'outra parte húa trella,purgatorio de dous fra
de noíso Padre fantifíimo, glori. des, & intertefão porquantos
andofe de ter hum filho tão fá
bio,que foube amar a Deos. Tê nelepadecem da Virgem
no peito hum retalho do habito, Senhora ufā.
* * ** .
plos
AMenores na Prouintia de Portugal. 95
plos dos viuos, mas tambem a dentro de quinze dias viria, en
fométaua cõ os auizos dos mor tretanto (e dipoz com orações,
tos.E affi permittio algüas vezes & vigilias pera ouuir as nouas
por fua mifericordia, que etes do outro mundo: mas quando
viefem denunciar as penas da vio, que fe paflauão os dias,&frei
outra vida,pera que co a noticia Afonfo não vinha, entrou em
dellas fe euitafem as culpas, q grandes receios, fem contudo
jutamente as merecem.E anda. remittir os primeiros exercicios.
uaito facilitado de modo, que Etando hüa noite no coro com
tomátão confiança algüs dos re etas ancias, theatro certo de fe
ligiofos pera pediré afeusamigos melhantes visões, aduertio que
enfermos na occafião da morte entraua frei Afonfo, o qual de
4,fe oSenhor lho cõcedefe tor. pois de fazer reuerencia profun
nafiem a auizallos do que lá lhes da a o fantifimo Sacramento do
fuccedia. Aconteceo, que falecê altar,fe foi direito a elle, defcul
rão dous juntos aos 4 de Abril, pando a tardança co a falta de
& ambos com boa opinião de licença. Quando o vio junto de
fua vida, & virtude. Hum delles fi, preguntoulhe. Que he isto, frei
|facerdote, & mancebo,o qual fe ·Afon/, º comº vos vai na ºutra vida?
| chamauafrei Afon/0, era dotado E elle lhe refpondeo.3em me vai,
| da pureza virginal, penitente,& por quanto tenho certeza de que algum
tão deuoto, que facilmente na diºhei de ver a ZDeos no ceo:mas entre
oração fe derretia em lagrimas: tanto vou pur andº minhas culpas,Gr
mas tudo ito desluftrauão feus debaixº defe habitº fiou ardendo em
arremeços colericos,& algúa al fogº; porquefeminhas virtudes, ajuda
tiueza, com que defetimaua os das da Piedade aluna, me lurèrão do
proximos.Outro era frade leigo, infernº,aJoberba,ç} a tolera me detem
chamado frei Pedro da Estrella, ainda no purgatorio, pofio que as ora
proueto ja na idade, & virtude, fães de minha mãe me alcularão mui.
callejado nos jejuns, difciplinas, ta. Perguntoulhefe lhe forão de
|| & cilicios, & muito exercitado proueito as mifias, que por elle
i no fofrimento dos oficios humil tinha dito; & aito repondeo.
|des. ... : - 1 . 3áuito mais ºuwerão daproutitarme/e
2 Tinha frei Afonfo hum vos as diferes com deuação,G# e/piri
particular amigo, que tambem tº: mas ajudarãome muito ºs mereci
trataua da faluação, o qual defe mentos de minha mãe, mulher fanta,
jofo de faber em que etado pa @r tambem de frei Pedro da Efirel.
raua a fua vida,lhe rogou,que fe la.
tiueffe licença lho vieffe reue Tornoulhe a perguntar.
lar. E promettendolhe ele,que E que he feito de frei Pedrº? A o
Que
•
de vita S.
— lhe pedºg.com apertada defetimada no mundo então fe
= Franc c. 7,
\
** ** *…" daua
=
:
| 17.
|feu filho,então nos mette no ceo tio o feu modo de viuer , lem
pela efcada branca de fua inter brada por ventura da myterio
cefsão. - -
e die 4: A-. poto que por omifsão de frei | des viuefem, fenão sò as efmolas
prilis,
Marcos, a quem os outros fegui | dos fieis. Ito motra, entre ou
rão, todos deixárão de e(creuer tros documétos,a prouisão de in
o fegundo, & exprimir no pri dulgêcias, á a refpeito das obras
meiro o conuento,onde ele acõ concedeo o Biípo de Sylues, co
{CCCO, |-
|
cera primeiro a os Clauftraes, cipes do pouo de Ifrael cõ licéça
então fe acabou de apagar todo de Cyro Rei dos Perías, reparar
o ratro, que elles tinhão deixa em Ierufalem as ruinas do feu
do. Mas ja auia pouco mais dos templo. Erão tres os principaes
fete annos,que os nofos Obfer neta obra: hum natural das Af.
uantes etauão aqui d'affento, turias, chamadofre Ziogo Arias,
vnidos com os frades de Leiria, facerdote,& pregador: dous gal
& das caías dentre Douro, & legos, & frades leigos, a faber,
Minho, na obediencia do vigai frei Pedro de Alemancos,& frei
ro frei Vafco Rabiche, que os Garcia de Montãos;a os quaes fe
gouernaua conforme aos etilos ajuntârão outros alguns compa
da fua reformação. E nefe pro nheiros: todos varões apotoli.
prio anno, em que o fyndico vê cos,& zeladores perfeitos da ob
dera o oliual, appellou etevi feruãoia da regra, cuja noticia da
gairo a os 9. de Agoto da for remos no tépo,em q eles vierão
ça,que lhe fazia aqui o prior de aete reino. Co a vinda, q agora
fanáto Eteuão, em querer a fizerão a Alanquer, faíndo da
quarta parte das efmolas, & le etreiteza dos humildes Orato.
gados, que os fieis deixauão a o rios,onde ainda etauão encãto
conuento. Que tanta virtude ados, ficou mais etimada netas
partes
*–
*=
–=
----
--
-- ===--- ……………………… T_T …
----
---- -
0hfruan . re-lº
* . tia l: itando
defensão., {folicitan
. llfua defensão do famo
fauo.
res, que abonafiem a caula, fo
conheceo em Portugal por
-
" . , {
bre a qual tambem efereueo em
taleça,&protetor a " 2.do mez de Ianeiro de 1446.8
2 – 1 *# :
|-
C # {
I#
{
|- |-
2 -5
•••
por
•
- res, muitos dos quaes fachão | soº muitos papeis, quaes saº |
no feuarchiuo, não sò nos têpos | los que temos dito co as taboas |
antigos,mas tambem nos que fe |# capitulos geraes, & que im
forão chegando a etanofia ida portão, não sò a etaprouincia, | #
de. …irº, ai…] mas a outras dete reino, & a
* 3 º Donde veio, que cele toda a familia ferafica. As pri
brando os prelados prouinciaes meiras chronicas da nofía Or
feus capitulos onde o tempo dem; e critas de mão, que no
lhes dauá melhores commodi anno de 1466.entràrão em Por |
dades, quando porêm auião de tugal, a ela me{ma as deu o
confultar,ou affentar algüa cou venerauel padre frei João da
fa notauel, que pertencia a o Pouoa, o qual pera ella defeja
corpo da prouincia,aqui na ea | ua; como diz húa memoria no
|beça della fazião as fuas juntas. | remate detéliuro, todalas boas |
E por ifo auendo de eleger no cou/as honºfiamente a Gruifº do Se.
#
anno de 1447, o primeiro vi nhor. Afique, dete modo o |
|gairo prouincial na forma do letimauão, & futentarão os |-}•
|dito breue, neta caía fizerão a prelados nofeu foro até que de
|eleição. Aqui tambem no de pois do anno de 1517. etando
1486. fe ordenou a primeira ja feparada dos Clauftraes a Ob
recolleição da prouincia. Aqui feruancia, & reformado por el
| foi eleito no de 1518, o primei la o conuento de são Francif |
meiro minitro Prouincial, que co de Lisboa, aete, que juta
|ella fez cos feus votos, o qual mente o etaua merecendo, foi
|largando o fello, que os vigai transferida a honra de cabeça
ros d'antes tinhão, nefte con-| da prouincia. E sò quando *
777=
=
*r*TF
IO4 TTD775777777;
blica a fama, lhe era mais ordi
nario diante da fantífima ima
CAPITVL O XXVI.
gem de noíla Senhora da Pieda
de, da qual º fizemos memoria, a.cap. 16.
De alguns religiºfis deflata em cujo altar cotumaua dizer
fa dignos de venerauel mifia, gotando tanto do imma
memoria. culado facrificio, que apenas o
podia acabar. -
inuioua morte pera o ceo. Sen uar fenão a fua pefoa, & efía
do humilde por etremo, ainda |por alguns meios, que parecião
era muito mais contemplatiuo, milagrofos. Pelo que tomou por
de modo, que quafi fempre an to na noffa fanta prouincia; &
daua como extatico em medita mudando o comercio tratou sò
ção altifima, cuja grande vehe de mandar pera o ceo muitos je
mencia o leuantaua no ar á vi juns, orações,& penitencias, nas
ta da Senhora do capitulo, da quaes ganhou cento por hum,
qual era deuoto particular, & Leuou fempre a fua vida muito i
noutras partes do clautro. Mas igual na virtude, & quando os
todos eftes fauores da Piedade achaques da velhice lhe impe •
VIDA,padrefrei
• E AÇcôES AntonioDO VENERAVEL
de Chrito.
|-
neta noffa idade chea de tantas feph, do Anjo da fua guarda, &
miferias. Naceo em Villar de outras muitas orações, que sò •
To5"LTDTGSZ777777;
partia por elles os oficios, em q na gloria.Em começando a orar,
podião feruir, conuidando jun ou contemplar, de tal modo (e
tamente alguns fantos, de quem entregaua a Deos, que parecia
era mais deuoto, pera etarem ficar com os fentidos fufpenfos,
prefontes a efta folemnidade. A porque não via,nem ouuia a qué
noite, depois de alimpar fua al. eftaua junto delle, no qual tem
ma pela confifsão facramental, | po erão muitas as fuas confola
# humilmente a os pés ções, & ainda que ele as queria
da diuina Majetade fazia nouo encobrir, não podia efconder a
exame das acções d'aquelle dia, | inflammação do roto, tio acefo
& chorando cõ grande dor fuas algüas vezes faindo da oração,
culpas trabalhaua por formar | como fe então faira d'hña forna
verdadeira contrição,& de tudo |lha de fogo. Dizia delle o ve
fe confeflaua a Deos, em cujo nerauel frei Romão, que no co
nome (e abfoluia tambem, con ro de são Francifco de Lisboa o
fiado fempre em fua mifericor vira cercado de luz, fendo ain
dia. Apoz dito, meditando na da mancebo. Defabafaua de
| grande fuauidade do pão diuino, quando em quando com jacula
| como fe o tiuera prefente em torias deuotas as faudades do
fuas proprias mãos, epertaua os ceo, & na vltima idade,em que
defjos de o recolher na alma, efas o punhão em mais aperto,
& fazia quanto lhe era poffiuel cutumaua ir contando as horas
|por cõmungar em efpirito, com de feu defterro, & talvez dizia
etranha deuação. etas palauras. Quando fict iflud,
4 Bufcaua tambem intru quod tam frio ? tune/atiahor,cum ap
mentos, & motiuos, que fempre |parueritgloria tua. Era o mefmo,
lhe renouaflem a memoria do que dizer. Quandoferà fio,meu Se
ceo, com o qual intento trazia nhor, que tanto a minha alma defija?
de ordinario as contas na cinta, Então me/atisfarei,quandº vir aposa
ou no pefcoço; & nas bolas de loria. -
- - --- -*-*--*
que
==#=====
| cafos,em que Deos o tinha fºi Chrift , 61. da fua idade, & 39.
recido como a filho mimofo; a de religião.
os quaes fe ajuntou o feguinte 3 Acodio grande numero •
de grande confolação
• * . * pera
- # : ; el
: de gente a ofeu enterramento,
- le. em tetemunho da deuação,que
2. Etaurangºtado cope. lhe tinhão , pedindo muitos as
rigo de não poder cômungar a contas,por onde ele rezaua, ou
| repeito dos feus vomitos: mas outra coufa do feu vfo, & todos
recorrendo à Piedade diuina, q. em geral o applaudião por fan
tantas vezes achára em feu fa to. Com etas acclamações o
uor,no me{mo ponto,em que pe forão acompanhando atè o lu
dio o Viatico do ceo, parou o gar da fepultura no cemeterio
impedimento. Pelo que reueti commum, na qual porêm fem
do doutro efpirito nouo,{entado prefe teue repeito,& aduerten |
no leito cõ hum cirio nas mãos cia de não lançar nella outro
(que não lhe dau, lugar perº ou corpo.E dete modo chegou a o
tras cortezias a fraqueza) efpe prefente anno de 1653.em que
rou a fua vinda; & cheo de aluo |fe trasladarão feus ofos, metti
roço fe abraçou co a Cruz, aju dos em hum caixão, a o lado ef
dou a rezar as orações daquelle querdo do altar, q (e fabricou de
deuoto aéto,& rendendo muitas nouo no cemeterio sãto dete fá
graças a Chrito fácramentado grado cõuêto, como ainda dire
lo recebeo com etranha alegria. mos. Fica o caixão nas entranhas
Depois dito, obrigado de feu da parede, fechado cõ hú1 porta
zelo, fez húa notauel praótica, | de pedra, na qual (ele o leguin. }
exhortando nella a oferuiço de ite epitafio. | •
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- - - - - -T-T----== * == …" •
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CA
assº
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I 2O
da fua, & nella ficaua tão eleua
C A PITV L O XXXII. do,que parecia extatico. Dizem
huns, que o virão arrebatado no
ar: outros, cercado de luz: nôs
Dºferurna oração,&#fêm relatamos feus ditos fem affir
marcoufa certa, nem facilitar as
timentos defua de
uota alma. duuidas, que padece a fé huma
Il3. .. … - - . . . .
2 Era rara a deuação, que
I Squecido do mundo,& motraua a os fantos myfterios
E alleuiado muito nos do ceo,& affi todas as vezes, que
embaraços do corpo e entraua, ou faia do conuento,
te virtuofo padre freiChriftouão fempre tomaua abenção a o Fi
da Conceição,ficou mais habili lho de Deos facramentado, cujas
tado pera fe vnir a Deos co as ofenfas tambem o ferião de ac
prisões do amor. Meditaua, & cidentes mortaes. Pelo que fuc
oraua facilmente,porque trazen cedendo nefte reino certo cafo
do fechadas as portas dos feus lamentauel,foi tal o feu fentimé
fentidos, como ja temos efcrito, to, que andaua como louco no
não entrauão por ellas reboli conuento de Lisboa, onde era
ços etranhos, que diuertiflem a morador. E alèm d'outros excef
alma. Acabando de rezar algüa fos,que fez,entreu no coro quan
hora no coro, nelle ficaua largo do fe cantauão veperas em figu
tempo em a oração mental. O ra tão horrenda,vetido de facco
me{mo fazia atè as noue da noi com corda a opefcoço, que a
te, & depois de matinas atêas todos compungio. A onde quer
tres, ou as quatro da manhaam, que chegaffe, logo buícaua a
poto que algüas vezes fe reco igreja, & fenella auia de cantar,
lhia a cella pera ter mais liberda eftaua em oração de joelhos em
de de orar com os braços em quanto não começanão a mufi
cruz, & gatar aquele tempo ca. Encontrando algüa imagem
noutros fantos exercicios. Reza fanta, ou lhe beijaua os pès, ou a
ua todos os dias o oficio dos de
parede vizinha fe não chegaua a
funtos,o menor de nofa Senho-j jelles.Venerana finalmente com
ra, Pfalmos penitenciaes,& gra |tão intimos afectos as palauras
duaes,& deuações infinitas, pera fagradas,& euangelicas,que pera
as quaes fe feruia de húás contas ouuir fermão auia de etar em pê,
de cordel. Pera o fanto facrificio & fe achaua algúas e{critas em
| da mifa fe preparaua com gran papelinhos , e palhados pelo
de difpofição,ouuindo tres antes chão, affi os andaua apanhando,
& me
===-=-=-=
feruo frei Chriftouão da Con Peçº, que não vos queirais perder.
ceição, foi feguindo, tão con Crede na Fé de le/ Christo, porque sò |
tente como d'antes, o caminho ela herverdadeira, @/m ela ninguã
da virtude. E querendo cõmuni
/* Pºde falhar. Deuia Deos fa
cara os outros a boa forte de fer
larlhe tambem na alma, fuore-}
|uir a tão benigno Senhor, não | cêdo efte feruor de epirito,por
sòmête ajudaua a futentar co a que virou em cõtinente o roto,
[uareção os pobres porcõta del & Perguntou a os eutros. Padres,
le, mas també encarecia a todos entendem vº/as reuerencias que you
a obferuancia de fua fagrada lei. /g"mºrrendº na Feded:#Eref|
Pelo que intentou paffaráIndia, Põdendolhe todos, q ló fiella hº
nem defiftio da viagem, fenão
fegurãça,verdade, & faluação,re
depois de entender, que tinha tratou publicamête fua cegueira
*--
Tië2
|
- - ----
">--> 3
*
|lher afombrada do demonio. A | amanhecèra no dia feguinte são.
pertárão os circuntantes cõ elle, Outra vez encontrou no termo |-
}
ue lhe fizeffe os exorcifmos,ou | da me{ma villa hum laurador
difefe húeuãgelho.E como a cai muito trifte pela perda de humi
ridade não fabe difficultarfe, mo boi, o qual etaua morrendo,
|uido de cópaxão, cíngiolhe a o & defejofo de atar as mãos á
pefcoço o alforge da e{mola,ále? morte co cordão, que leuaua na
luaua no feu hombro: inuocou o cinta, cingio a o animal em o no
|patrocinio da Mãe de mifericor- # me do Senhor... Contão muitos
dia; & mandou da fua parte a o q faràrão de inchaços, & ha pou
eípirito mao, que não afigifica cas pefoas em Alanquer , que
creatura de Deos, o qual con ! não refirão algum füccefo nota
| trangido finalmente dos pode uel. Fique a fé nos fus autores
|res da Senhora deixou a mulher em quanto recorremos a outra
liure do feu catiueiro. Por rezão maior alçada. Delle achamos
dete fuccefo lhe leuárão a o efcrito que, ficando d'húa do
conuento hum homem,enfermo ença inchado, com agua ben
|# do mefmo mal, & por mais que }ta fe curaua, dizendo etas pa
o demonio galanteou a princi |lauras: Aqua benedita / nobis/-
pio,pedindo ridiculos cõcertos, | lus, gr vita : que vem a fer
|não pode refitir á Majetade di em portuguez. A água bentanºs
|uina: mas faio violentado do cor de faude, gravida. Foi em fim
|po, em que fe fazia forte. |tão grande a fua fama, que a
| 4. Era grande o fentiméto, doecendo grauemente em Lil
| cõ que o atormentaua a doença boa ofereniffimo Principe Dom
} dos enfermos, mas tambem era Afonfo, Infante naquelle tem
muita a confiança, com que el po.filho del-Rei D.João o IV &
| les fe valião de fua interceísão, | da Rainha D. Luiza, nofos fe
| pedindo q os benzeffe, pera que nhores, que Deos guarde, ela
| Deos lhes outorgaffe faude. In o mãdou chamar pera á lhe af
do à efmola a o lugar de Pela fitifle na fua enfermidade, da
|ios, húa legoa d'Alanquer, ro qual por mercè do ceo no dia,
| goulhe o capitão Francifco Ta em que º vio, logo teue melho
|uares que lhe fizeffe o final da f1a. * .
L 2 5 DCC
—T-r
I24 Tm|TTD, bifloria Serafica dos frades
5 Depois de rettituido a el moria pela fua obferuancia, &,
ta fanta morada, tendo ja cóple pelo zelo de publicar ao mundo
tos os feus dias, que fazião 75. os feruos de Deos da nofa fanta
annos de idade, & 47.de religi prouincia coas grandezas dete
ão,cumulado de virtudes, & apu facro domicilio.
|rado a repeito dos achaques no
fogo da paciencia, na dominga C A PITV L O XXXIV.
infraoétaua da Conceição im
| maculada da Senhora, da qual Da imuenção admirautlae fia
1 era deuotifimo, 12. do mez de
Dezembro, anno de Chrifto de corpo na primeira fpul
1649, à húa hora da tarde fede tura, & trasladação
|-
fatou das prifoés do corpo pera a outro lugar mais
viuer melhor vida a fua deuota nobre.
alma. Pareceo conueniencia,por
efcufarem tumultos, e{condel
lo debaixo da terra naquella I Eruiofe a Majetade di
propria tarde : mas ainda affi uina de que o padre frei
foi tão grande a multidão de | " Dionyfio de sãoBoauen
ecclefiafticos, & feculares, & en tura tomafe à fua conta no an
tre etes os mais nobres,que com no prefente de 1653, lagear, &
algúa violencia lho arrancamos ornar com húa capella noua o
das mãos, & démos à fepultura, cemeterio fanto dos religiofos
tendolhe elles cortado o habito, deta cafa, & cauando no jazi
& tirado o cordão. Não fe farta go do dito varão de Deos frei
uão de vello:não cefauão de lhe Chriftouão da Conceição, foi
beijarem os pês: pedião as fuas achado neta forma. Etauato
contas,cruzes, medalhas,& regi do o corpo organizado, & arma
ftos, & confufas pela multidão as| do com os ofos vnidos huns a
vozes, o que melhorfe entendia os outros, cada hum em feu lu
erão encarecidos louuores de fu gar, exceptos alguns miudos dos
as obras,& virtudes.O reuerédo dedos,6ja fe tinhão defapegado.
Prior da igreja de S.Pedro, Ma A carne, que nas outras partes
noel Tellez Barreto, lhe mãdou | era comida da terra,etaua incor
finalar com azulejos a coua,&ho | rupta,& vetida de pelle, do pe{-
je,como tambem outros muitos, coço atè a cinta,co as entranhas :
apregoa marauilhas. Efcreueo, inteiras,feccas polêm,&myrrha
mas não imprimio, atequi a fua das,& tão tractâuel ainda, que fe'
vida o padre F.Domingos da Cõ lhe punhão a mão,a me{ma carne
ceição, digno de venerauelme fe recolhia, & depois tornaua a
feu
- -
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- - - - -
cujas mãos, dizia elle no outro papel muito branco, & fómente }
dia, que ainda lhe cheirauão. E a algúa humidade, como de agua
o padre frei Dionyfio, o qual fe crytallina.Pareceo etecafo ad
encarregou da fua guarda atèfer mirauel nos olhos dos á etauão
colocado onde agora età, lhe prefentes,do qualfe fez outro au
perguntou muita gente fe trazia |to, & ambos juntos (e guardão
configo flores,porque cheirauaa hoje em o archiuo da villa. !
ellas. : : : : " ." 3. Foi depois mettido em
2 Detainuenção, & chei hum caixão, affi inteiro como o
|ro mandou fazer auto em 9. do tinhão achado, & entregue ou:
mez de Maio do anno affima di tra vez a o feio d’aquella ditofa
to peragloria de Deos Luis Pa terra, pera que o guardaíle com
checo, & Mendoça juiz de fóra repeito a os pès da fobredita ca
da mefma villa d'Alanquer em |pella. Mas o Senhor,que o que
prefnça de Andre Barreto Coe| ria honrar, inípirou em feus de
|lho vereador mais velho, do fo |uotos, que o eleuafiem a outro
bredito prior da igreja de S. Pe lugar melhor no coração da paº
idro, D. Antonio de Menezes, rede, não obtantes algúas difi
Sebatião de Macedo Carualho culdades, que nella fe receauão.
& Menezes, Luis Pereira de Sá,} Pera ifo fe etreitou em fegredo
& doutras pefoas graues de am o caixão, por atalhar outro con
bos os dous etados.ecclefiaítico. |curfo de gente, como ouue quan
& fecular, o qual auto e(creueo do o defenterrárão, & quando fe
Hieronymo d'Araujo de Britto, fez em feu corpo o exame : cor
tabelião do judicial,, que em
• • • em tu-||tando
tu hurb pedreiro, o qual an
do interpeza fua fè, Eindo con daua nas obras,com tanta facili
tinuando com ele, ao lançar de |dade, & acerto a madeira, fem
area na # pagina pera vi |ter intrumentos proprios, que
rar a fol ia,depois de etar eferi feteue por epanto. Dete modo
ta,lhe cairão dous borrões de tin o colocárão em pé à mão direi
ta nas palauras finaes de duas re ta do altar, & diante delle húa
* *"
:
gras. Ouue voto,4fetrasladaffe pedra, que nos diz etas pala
tudo,& também,que poderia paí uras. "
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bendo,como a deuotifima Infanta D.San
cha recebera os finquo gloriofos Martyres
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liuro da vida. •
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CAPITVLo xxxv. a Deos, o qual inclinado a feus |
* #. rogos na morte bem afombra
Da irmaam Francifa de da,que lhe deu, executou as fuas |
mifericordias. ••
- *\
•• •
•
- -
P la d'Aldea-Gallega da dos do ceo. Era hum todos os
Merceana, onde affitio dias de cafa pera a igreja, onde
do berço até a coua: mas a me. gataua em oração as manhaans,
moria a efte fanto conuento de & ouuia quãtas mifas (e dizião |
Alanquer, cujos commifarios a A o fabbado vifitaua as cafas da |
vnirão, & conferuàrão no corpo Virgem Senhora nofa, da qual
da familia ferafica pela profifaõ era efpecialífima deuota. Nun
da regra. Sendo cafada leuou cõ qua largou as fuas cõtas da mão,
muito louuor o jugo do matri ou fiaffe, ou cozeffe, ou etiaefe
monio,grangeãdo paz fêm quei. | com outra occupação;& cõ ete|
xas por meio da paciencia,&pro | exercicio de rezar,tão ordinario
curando com amor, como boa , nella, veio a perder o modo co
companheira, a faluação do ma |tumado de falar. Frequentaua
tido. Quando o vio fujeito ja à |os facramentos da confiÍsão, &
mortal enfermidade,então aper communhão com tanta pureza
tou as diligencias. Acodia à igre 'de fua alma, que pera os confef |
ja,choraua, gemia, importunaua | fores chegarem a abfoluella, cõ
• - … -- L4 traba- "" |
T">
} -
- - - -
-—— __Nefte
-- -
AMenores na Prouincia de Portugal. I 29
Nefte ponto fe de{pedio do cor
po a fua alma pera a terra dos vi
CAPITVLO XXXVI.
uentes a 27 de Dezembro, fim
De alguns varões illutres ne
do anno de 1636.auendo 63.& fia tafa fpultados, com lãº
tres mezes, que o tinha informa breue noticia dos taualeiros da
de. Voou logo pelos lugares vi AMadreflua, & de Sant
zinhos a fama de fua morte, &
de todos concorrerão tantos ho Iagº da Efpada, }
mens, & mulheres a ver efte co I Randeméte follicitou
fre de virtudes, tocallo cos feus os corações dos fenho
rofarios,tirar delle algüa prenda, res dete reino a boa
que parecia efpanto. Alguns lhe opinião do conuento, encõmen
| cortàrão os cabellos da cabeça. dandofe huns nos tetamentos a
O illuftriffimo Prior D. Manoel os feus religiofos, outros encar.
de Noronha fazia etimação de regandolhes mifas,outros tomã
hum lenço, que tocàra no feu do fepultura entre elles, perato
roto, & depois lhe celebrou as dos lograré diante da Majetade
exequias com hum fermão elo diuina a fua intercefsão. Detes
quente,ornado de feus louuores, vltimos nomearemos algús,cuja
na igreja matriz de N. Senhora lêbrança poderà fer aggradauel.
dos Prazeres, onde età def 2 Do primeiro nos deu a
cançando na fepultura de füa noticia húa pedra, que acha
feus paes. mos arrancada da capella de fan
to Antonio, & pota ja a hum
• ## *
canto noutra parte; porque ate
|às pedras mais infenfiueis queré
alguns inquietar . E nella etaua
#* . o feguinte epitafio. • •
|ção, & nome do dito fanto Apo & atrauefiou em hum cauallo o A"
Douro pera auizar a o Principe •
elle começou,&acabou eta Or & confiança, que tinha com efte Manoelma |
dem. + -
"-…•••
----+
da.
punft. 2.
• … --•
} •
__ _________
•
==
t). Thomas. Dete nos deu ja Ifabel, fez lugar a velhice deta
húa noticia graue o Licenciado cafa. Hña he a folemnidade do
Iorge Cardofo no primeiro to: Imperio, do qual ella,& feu ma
&º Ianeirº
18 lit.g. modo é Agiologio Lufitano, ef rido,pera celebrar a feta do Ef
plendor das Lufitanas virtudes, pirito Santo,forão os inuentores
& do outro tem promettido fa primeiros. E porque a feu exem
zella quando chegar o feu tem plo o me{mo Imperio fe vía em
po. No terrepleno do coro, on muitas partes,breuemente efcre
1 de muitos fenhores defejàrão fe reuemos as ceremonias delle.
|pultura, veio a alcançalla no an 2 Dia" de Pafchoa pela
a.arch da |
no de 1635. D. Maria de Caí manhaam entra na nofia igreja Gamara da
villa,
tro pera fi, & feu marido defun o que ha de fer Emperador, afi
to, D. Manoel de Menezes, ge tido de dous Reis, & todos acõ
neral das armadas dete reino | panhados da nobreza, & do po
E cauando, pera fe fazer carnei uo,com tres pagens,que lhes tra
ro, forão achados juntos muitos zem tres coroas, húa das quaes
ofos, que deuão fer trazidos da deixou pera ete aéto a me{ma
igreja velha, quando etafe fun Rainha fanta. Efendo primeiro
dou. Etão depofitados agora de oferecidas no altar a o Senhor
tras das cadeiras do me{mo coro dos fenhores, hum religiofo veí
pera a banda do clautro. E, tido em vetes facerdotaes coroa
comito fe acaba a nof com elas a todos tres, que afi
fa commemoração, coroados acompanhão a nofº
que fizemos dos procifão de Chrito refulcita
defuntos. do. No mefmo dia à tarde faie
da igreja do Epirito fanto o dito
Emperador com muitas fetas,
T *
pada,
-- -
,• •
eta feta torna elle à fobredita etédida pelas ruas lhe purificou
igreja, da qual primeiro faio, co o ar corrupto;&delterrou o cóta |
a mefma majetade, onde depois gio. Mashoje,alterada a lua dipo
de oferecer a coroa no altar,pe fição,a cãdea (e reparte pela noí
las mãos d'húfacerdote a recebe fa,&mais igrejas da villa; & a pro
outra vez.Logo feaféta em thro cifsão vai adiãte cõ ela até a cafa
no debaixo de hú docel, & os no do Epirito Sãto, onde logo febé
bres repetindo os feus bailes o ze a carne,&mais o pão,4 no dia
feftejão cortezméte. Erão tantos feguintefe hade gatar novodo. |-
-|-
"*=…msm…mwwwwwwww
*
i
…"
TITTTTTRS7ã EE *-
M 2 Tinha •
T 136
Lurº I. Da hi/toria Serafica dos7.
Tinha o fancriitão bum etor de caridade.Fazemos porem me
| ninho,que enfinou a falar, & di moria de quem quiz perpetuar
zendo ella que o defejaua ver, depois da morte a, que tinha
porque lho gabauão muito, de exercitado na vida. He hum del
• *-
• } -
RELAC. Ao Do convENTo |-
maraés.
•
* * - - 1
— _-
an
AMenores na Prouincia de Portugal. 137
entre fi,como arcos triunfaes, cõ zes lançou neles a virtude, q de
o fruito alegrão os lauradores,& | nenhüa outra parte detenofo
coa fombra deleitão os caminhã Portugal tem recolhido o ceo
tes.Quem cõtar no feu ditricto, | tanto numero de fantos, como
o qual quando muito tem doze | defte terrão fertil de toda a fan
legoas de largo,& dezoito de cõ tidade.
prido,pelo menos vinte,&finquo 3 Edícurando naquellas }
mil fontes: quê aduertir nos ou prerogatiuas, á tocão no me{mo
tros dotes, cõ q a enriqueceo o reino,deta terra tão piquena fai
Autor da natureza,alé das minas rão os primeiros, & os melhores
de ouro,& de prata,á os paflados foldados, q nascõquitas lhe fabri
logràrão; terà rezão pera dizer, càrão o fceptro. A cidade do Por
como ja muitos diferão, qnete to,chamada dos antigos Portuca
retrato do paraifo terreno etão le,lhe cõmunicou o nome de Por
os campos Elyfios, celebrados da tugal. A villa de Guimaraés lhe of #
nofía antiguidade. : : fereceo o berço pera nafcer, & |
2 E parece q, repartindo a criar{e o nofo primeitoRei.E fi
terra toda pelos homês o podero nalméte dos feus mótes,&dos fe
fo Senhor quiz deixar pera fief usvalles correo o sãgue illutre,
te pedaço,como herdade do ceo. é també nos outros reinos e tra
Porque a primeira prouincia do nhos hõrou a muitas familias, cu
ntido,depois de Iudea,Galilea.& }- jos folaresãrigos (e cófetuão atè
Samaria,onde mãdou promulgar hoje em algüas torres velhas, &
a.Monarc.
afua lei euágelica, "foieta felicif nobres quintas,6 por etaré offê
#Lufit. P.*. fima comarcaja qual da bocea de didas das injurias do tépo não dei
l. y.c.3. i Sant-Iago Maior, ouuio o fagra xão de fer'muito hõradas memo
Faria no
epithom, do euãgelho,& na cidade de Bra rias do natural replaador. Dete
P.
**C. 21.
g deu afetoäcadeira primacial põto da nobreza temos grãde tef
de Hefpanha,á ele intituío. Pe temunho" numa carta, q el-Rei 4. arch.dal:
Camara do}
ira as fuas igrejas referuou a ma D.Fernãdo efereueo deSãtaré ao
+ Porto.
T
→ma
• 2•
* • • •
-
• • • • •
• • • ••
+
|-
;
141
tado,o qual he de paflageiros pe
C A PITV L O XXXXI. la terra pera o reino da gloria.
Foi feita a doação pelo juiz Mem
Martins, & por todo o concelho
Da primeira mudança do a 23 de Nouèbro,anno de Chri
conuento pera humhºf to 1271. etando tambem pre
fentes o alcaide mòr Pero Ro
pitaljunto da drigues, Fernão Gonçalues Ca
}+
villa. dilho, & outros muitos homens |
bons, como então fe chamauão
I Oi entendendo Guima os honrados. E pera que nunqua
F
-
raés quanto melhor lhe fofe reuogada, o tabellião Vi
etaua a vizinhança do cent'Eannes inferio na efcritura
conuento, que a ditancia delle, notabilifimas penas contra qué
|| & afife refolueo em o trazer pe a encontrafe. Na me{ma ma
ra perto dos feus muros, donde nhaam antes da hora de terça de],
os religiofos mais facilmente a rão poffe a o dito guardião: po
codifiem às obrigações da cari rèm elle,que etaua magoado das
dade chriftaam. Ete foi o moti importunas opprefsões, que o
uo da mudança, & não por fer| Deão de Braga,por nome Fernam
doentio o lugar,onde etauamos, d'Eannes, fazia a o conuento, ap
º Gonzag. como "alguns por erradas infor pelou logo ante omnia: pera o
pag.797. SummoPontifice dos grauames,
F.Luc. an. mações efcreuerão ; porque na
12 17, n.2 5
verdade era frefco,& fadio, qua que de nouo lhe intétaffe fazer,
es são todos netas partes. Pelo ou á os feus bemfeitores, ou co
que, etando dete acordo ano adjutores nas obras, & na mu
breza, & o pouo, mandârão cha dança. …" .
mar à Camara o guardião frei 2 Etaua o hoípital junto
Miguel, & ahi lhe fizerão doa da villa,juxta villam, como diz o
ção d'hum hofpital, por outro auto da dita pode,à roda dos mu
nome Albergaria,no qualife reco ros della, circa murum ville con
lhião os pobres, que paflauão de forme à doação, prºpe portam,que
| caminho, & por fer adminitra vocatur de turre veteri, & perto da
| do pelo gouerno da villa fecha fua porta, chamada da torre velha.
| maua o ho/pital do concelho. E pare Etes muros erão aquelles anti
ce que em premio da nofa cari gos, que el-Rei D.Dinys mãdou
dade exercitada cos pobres, & | depois renouar, & D.Ioão I. for
| enfermos dos fobreditos hofpi. tificou com torres nouas, das |
taes, nos concedeo o ceo ete, quaes a que fuccedeo à outra, %
muito proprio do nofo fanto ef. fe chamaua a velha, ainda tem
efte
→=
|
, zião intoleraueis aggrauos. Nem
CAPITv Lo xxxxII | ouue outro remedio, fe por ven
- -
,, . " ()
-
|
, fºi º 3 *** : -2 | tores. Começa húa das bullas,
,…}} },
fub religionis habituta outra,arbitran-} |
I Stando nós cófolados, ies indgnum. Não dizemos, que |
—-_-
-
– ***
tão }
••• •
I44 LZIDK Ta Serafia dos frades |
a Efaço tão "grofias, como sao hoje, as rimaz, D.Martinho" Giraldes, b.Hift.ec.
Q.35. cleiafi de
prebendas da real Collegiada, % | que faleceo em Viterbo,o qual Braga.p.1.
excedem a algüas Cathedraes.E ja em ordem a eta noísa mudam c3 I • }
==>…se
- -- - -
www=rss…rººrrºw
---- --
w………->*----- E pa •
•a
-*-*== *****
* * * * * *
|-
,
••
e o , …
ção. O D.Abbade do moteiro |
de Põbeiro, côfirmando húá del
Defruido efe figundo conuen
las como dereiro Senhorio:Lou tºfundamºs º terreirº"utra
renç=Eannes d'Vigeles, fidalgo | parte 00hl. grandes ajudas
mui conhecido: D.Maria Rodri do braçº real, &#ca- ,
gues,filha de D. Rui Fafes: duas|| |
freiras de Arouca;& húa grande || … . ridade thrif- |
multidão de gente mais ordina-||
ria,cujosnomes,q nòs ainda acha || | " ., . . .. " l
parte nelle, que affi vai Deos mu cia nos etaua promettendo, en {
dando muitas vezes as vontades: tão o vimos todo lançado por |
Pertencialhe o prazo de húa fa terra,humilhando hum defatino | |-
(60,
cafa, dos quaes nos etreitamos
depois defembargou a Igreja nº
anno de 14oo, cujas obras atè º rurº odos efies milagre
então não corrião a refpeito da , . de deuação, que dif |
fegurança da villa pera os tem cx * femos da villa de Gui
pos de guerra; & finalmente araés, ficão mais jutifica
no de 14o6 a 23. d'Agoto e{- dos com o que virão nofos o
creueo de Santarèm, que, nos |lhos quando a igreja agºra fe
••
N 3 repa
Iy o Tºm T D7 hi/toria Serafia
dos frades
a.Fafcicu
lus temp,
reparou. E ainda que os "Sabios Mendoça, taõ grandiolo, como
fol. 1 6. modernos, sò por tardarem no deuoto da nofsa Religião: mas
mundo perderão nelle a venera quando vio tal etrago numa ma
ção de Deozes, que a os primei china taõ grande, perdeo de to
ros tinha dado a cega gentilida do o animo, porque atè o desfa
de: nòs,que aqui notamos obras zer antes de entrar na obra pe
fem nos arétarmos a tempos, no dia muitas depezas. E atreueríe
me{mo etado pomos os prefen a tanto hum frade, fundado so
tes,& os pafados. He efte tem na confiança em Deos, clarohe
plo d'húa naue, & com demazia que por aqui andaua ete Se
largo: mas fabricado neta forma nhor.
pera que ficando defabafado, po 2 Era guardião no anno de
defe recolher parte da gente, 1627, o padre frei Manoel de
por fertanta nos oficios diuinos, Iefu, natural da cidade de Life
que tambem não cabia no alpê boa, & filho dete conuento, o
dre, poto que he muito grande. qual etando pera prégar a feta
Era etranha a fua architectura da Afumpção da Senhora na
por fóra, porque muito mais fu fua Collegiada, no me{mo pon
bia o efpigão do telhado,do que to,que fubia ao pulpito, fere{ol.
as paredes feleuantauão da terra, |ueo em declarar a o pouo a mui
& como ficaua ingreme, em ca ta necefidade de fe fazer eta o
Índo, ou quebrando algum dos bra. E o Senhor, que na bocca
telhões rafos, de que etaua co lhe enfinou as palauras, tocou
berto, com muita difficuldade tambem no coração os ouuintes,
tornauão a reformallo. Pelo que de maneira que acabado o fer.
as injurias do tempo o chegarão #### lhe forão of
a etado, que femimpedir a chu ferecer as pefoas, & agencias.
jua, mais parecia hum cadauer ruí Tres mil cruzados montarão as
nofo, que corpo de edificio viuo efmolas de dinheiro, alèm d'al.
com forma artificial. Mas nun güas achegas: a maior parte da
qua Deos confentio, que nelle villa,& do Cabido: o reto, dos
achafiem morte os deuotos, que abbades, & deuotos de feuter
à fua fombra procurauão o epi mo.Mas tudofo dependeo ago
rito de vida. E afi acõteceo mui toda melma villa, abatendo al
tas vezes caírem de fima telhõ gum tanto o telhado fem deter
es, & taboas inteiras em tempo rar os fobreditos telhões, né def:
de mais concurfo, (em em baixo fazer totalmente a figura.
perigar húa pefsoa. Muito defe 3 , Foi notauelo aballo,que
jou darlhe remedio o Arcebipo etas obras fizerão em toda a for |
de Braga, D. AfonfoFurtado de te de gente, vendo nós a olhos
- _______*_* * * *-*-*- - - - *******______ cla
{
==============---
|
vinPf36. claros o que diz "S. Agutinho: ouuindolhe dizer, que era mui
• • fius fi charitatis.
//aber/emper condeA faber,que
det;cuplenumpe
[]\] []- to,replicou que infalliuelmente
os auia d'ajuntar. Tornando ja
qua á caridade lhe falta que pof pera cafa, cõtou o dinheiro,que
fa dar.Todos dauão efmola,ain trazia,â fombra de hfia aruore,&
daque fofem pobres,& o menos |vendo que faltauão tres patacas |
era dalla: a vontade com que a pera fazer a quantia, infitio em
oferecião, caufaua admiração. ir pedir num catal de pouca of
Chegou à porta do cõuento húa | tentação, que lhe ficaua defron
mulher,que no vetido,& no mo | te. Foi emfim, fem dizer mais
do parecia andar pedindo,& mã que falar nas obras de são Fran
dando chamar a o guardião dei | cifco. O láurador, que não fabia
xou com grande fegredo finquo do cafo, lhe deu as ditas patacas,
mil reis debaixo de húa pedra a | & todos renderão a o Senhor
4. -
- - - ---- - -
- - -
apagou __-"
|
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"---
VIDA
–
-*"
154_L>IDaIma Sarafa…fraãº
VIDA, E MILAGRES DE SAO
Gualter, Padroeiro da vila de Guimaraés,
fundador, &primeiro guardião de- º
fte conuento ……… - …
obje frater Gualterus exOrdine Zºf tinha a feu cargo, metteo nelle
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*** * }* ----
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pozerão a mãº,
gre nouo,o por outro
leuantar mila |#4.
ão,& trouxe| na fonte,t himada#o# principio
E tomando # na
rão afeus hõbros. Foi vito ete|qual ele lauaua a fua funica; cõ 1.
== *= ---- - - -
-**-**********--*-----+----><><> - - -
-
-- - ----
feiro pera lha dar o paiol, que ja }& \delle fez volta ao dito hof |
inefe dia não ouuera de abrir sê fria , donde na fua detruição |
lefta occafião, achou húmurrão veio pera eta cata; na qual a
iacefo entre os barrís,& frafcos,º gora etamos. Nella finalmen |
qual fe fora ardendo tudo aula "Refe guardarão muitos annos mo|
ldabrazar. Entêderão o capitão, me{mo cofre antigo luas fagra- ,
Y
i& foldados que por refpeito do |das reliquias até que (e fez fo
Santo
miferaue preferuar,a &
osl incendio Deos de lemne trasladaçãoáinfancia da |
afilhel •
+
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• • • • •
O 2 Pa
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Diuo Gualtero D. F. D. Vimaran Patrono
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inflauratifetivoto iii anno que M.D. • • • •
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E quer dizer em portuguez. Nº "vez de renovar º fila fia. Ofe |
| annº de 1577 mundou fazer "po": pulchroetà poto no altar, & |
de Guimarães efia capela, g/puk | declara com ete verfolatino,co |
chro a São Gualter, difcipal, de são 'mo ele nos efconde os ofos do |
Francifo, @r Pad… dº mºnº venerauel Gualter. " ":" | - |- |- • - - - -
º quartº
vila pºr votº, que lhefez *** >2 . ", * * * # 1" 1 ; [f() (), (1 R.". …"
1} * -- … [ 7 , (:: , -., . [" , : : : : : #2: #;">
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Gualt ritegithoc Venerabilis ofía fepulchrum
e |
:: ..." º : "…::: …? 22 º C… …" , , , ) "… i. :. I.11 v. ii, ol
Alguns cótudo feguardão num |peanha apparece húa pedra |
cofrinho, vetido de veludo do feu primeiro fepulchro en
carmezim, & chapeado de pra tre alguns varões de ferro, por |
ta; & a cabeça, num meio cor | memoria das marauilhas pafa
po, figura do me{mo Santo, a das. } --> … " ed...::.: {… :* --
c.ma" de real º ordenou por carta fua, || allegados, & o dito "frei Mar-|####
| a qual foi na villa bem recebi-||cos em outras partes: mastam-|#*#
| a, que a procifsão fe faça co a Ibé/Mariano,º Ferrario,"Etaço, hião. Po}
me{ma celebridade, & fetas, º Antonio de Soufa de Macedo, " " |
com que a de (orpus Christi...", "Manoel de Faria, & a "hitoria |m.p.».c.
• • -õy- eccle. " #
#|
164 Liuro I. Da hi/toria Serafica dos frades | }
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127 1. em o primeiro conuento, Ê achou dentro nele mais que |
ando # fe tinhão fai terra, & hum ofio. Na fancritia
do delle pera o feu ho{pital, & o (e guarda em facrario com gran
• * •- - … t.
|
he,& affi o achamos por noticia, des,em epecial nos que fe achão |
que liberalmente dè mosa os re mordidoos de cães danados. Coê
uerendos conigos fuas fagradas tumã tocar co ella o mantim
|reliquias. Defejauão ter configo to do gado enfermo,que facilmé
algüa prenda fanta da noíla Re te conuale(ce. ** … . **
, !
"cap.44, <! -
: ' #-
pouco tempo fetinha defembar " " 1. |- #
-*
16STLEIDTSã7ã
dados da lembrança dos mytte fora hum trouão, ali os intimi
rios,que nella acontecerão: a fa dou, que diffe huma o outro.
ber, o nafcimento de Chrito na Eiles/rades louuão agºra e Zeus, 3 |
| lapinha de Beleem, a lua prizão | nós queremos ºfendella: nuhqui ele tal
no horto, a matança dos primo permitta. Edito itofe forão. . .
genitos Egipcios pelo anjo do Se | "3 Eta bataria grande, que
nhor, ficando viuos os filhos de damos a o inferno louuando a ef
Ifrael,em final de que,morrendo 'tas horas no coro o poderofo Sel
em nòs os vícios; hão de viuer 'nhor, quando porventura o of|
as virtudes. Dete modo,acompa # fende mais o mundo, confeflou
nhando o oficio diuino, antes & magoado hum demonio no col;
depois, com oração em filencio, ilegio do Populo, em Braga, da
fuftentauão os exercitos do ceo | Ordem defanto Agutinho, Co
•
contra o Principe das treuas, & meçarão º dous religiofos delle a c.arch do
encantauão co afua, armonia a praóticar nalguns lugares da fá###
de S. Fru
ferpente infernal, que perdendo || grada Efcritura (conueríação ef. étuofo.
o pafo a o fom detepfalteiro, | colatica;& bea) & diuertidos
– ** * * * * * * * *– \"" - º
4.1. Reg. como fe fora o de º Dauid;defaí das horas com o feruor da difpu
16. v. 23. fombrou muitas almas da ce ta chegàrão à meia noite. Nefte
gueira do peccado pera pode tempo tangeo o fino do nofo
rem atinar com o caminho
- - |-
* * * ** *
do eonuento de S. Fruétuofo, da prol
CCO. uincia da Piedade, & elles fere
2 Alguns cafos nos vierão colherão: mas entrando hum na .*.*.*.
{
à noticia,que por fecretos os en cella,fentio (obre fia mão peza
cobrimósagora: mas bem pode da do demonio, que lhe deuhfia
moscofitar, que paflando alguns pancada nas cotas, & diffe etas
\omens pelas pºrtas das nefas palauras: …)tais guerra, me fizer
igrejas do Porto, Lisboa, & San aqueles º as fasmativas, do que
tátèm a o tempo, que no corofe vós coas vejas dúputas. O outro
cantauão as matinas,co as vozes acodio ao eltrondo, X& ainda o
+
dos religiofos os deteue a Pieda achou e{morecido... Bhum dek
de diuina pera não executarem les publicou efte faccefo do pul }
feus deprauados intentos. Succe pito prégando nº fabredito cõ
deo tambem em Goa húa noite uento em dia do abf9fanto Pa:
|e[perarem dous homens outro triarcha, no anno de 1632, em
pêra lhe darem a mortejunto do| prefença do illutrifimo primaz
nofo conuento , & ouuindo a Dom Rodrigo da Cunha, a quem
voz do hebdomadario, que no depois declarou como auia pou
principio das matinas, entoaua, cos annos que tinha aconteci |-
4 Mas -+++=
…F ===
–==
-
—º
Prouinc.
da Pied. tornando pera elle melhorados | achamos noticias mais claras.
|
" *-
P 2 Abra
…TF *+++++++ —r
172 Lurº 1. Da hi/toria Serafia dos frades
Abrazauale a villa, & ardia o algã em tão fanto exercicio aca
conuento, no qual erão ja falle bou a fua vida, grande premio té
cidos finquo frades, & os outros hoje recebido do Senhor.
cõfeflores,que ficauão,erão pou
cos a repeito de tanta necefida
| de. O que vendo frei Ioão de S. CAPITVLo LIV.
Iofeph , & todos os facerdotes
mancebos,nos quaes feruia o fan
|Ajudifº 05. fala dos Ter
gue da caridade chriftaam,pedi teiros feculares, & dos ir
rão, & alcãçarão em 12.do mez mãos de são Francifº
de Iulho licença do Arcebipo
| de Braga pera adminitrarem a to nas obras de
os feridos todos os tres facramé pitdade.
tos da penitencia,eucharitia, &
vnção ; & rompendo animofos I. A occupação antiga
pelas e{padas da morte, afinal * * * de affitir pefoalmé.
villa , como na cafa da faude, ! # te no feruiço de to
#
que fe chamaua º monte, fize dos os hopitaes forão achando
1 rão grandes marauilhas. O: os frades algüas difficuldades,
juiz,& vereadores,que fe tinhão | & afi tomarão coadjutores, que
},…,
Carnar. no retirado, fetando juntos em ca |com o me{mo epirito os pode{
liuro dos
acord.
|mara, a 31. do dito mez, na er |fem defcançar. A os Terceiros
{
mida de nofa Senhora dos Re-li feculares encommendarão os
|-
*
---- ==&-
Menes na Prouncia de Portugal… 173
Chamou cº/as de ordem a eftes do | dado Eerstanta no hoIPIETJef
ushofpitaes, não porá a de S. La S.Andre a lua occupação,4 alem
zaro, da qual não achamos aqui de curaré dos leprofos,dauão ca
ratro, florecefie então nelles: fa,em q morafe o Tirador dos ga-|
pmas porá o feu gouerno andaua fos, como elles lhe chamauão:
bê ordenado,& parecião cõuenº, |feruião a confraria do me{mo |
tos de gente religiofa, o qual no |fanto Apotolo: adminitrauão a |
me de cõuêto lhe dão algüas das fazenda, que lhe etaua annexa; }#|
efcrituras antigas, por etaré os }&prouião na rua Caldeiroa húa .
|-
|8. Clara de
Santarém. ilho
relata, que º conurnte da gºfa & ficarão fómente com o traba
iria de são Lazaro, de Santarem ven |lho, & cuidado dos enfermos..
deo a xaria º artins de (oruche, |Damos os nomes daquelles, que |
#mm fizendº que |per
…/…lhe………deix aito concorrerão.) A faber |
feu pae ou em teta Luiz Zomingues da praça, Gonçalo |
méto. E como os leprofosforma |2tartins de Korys, Afon/4 Giralles, |
luão etes cõuentos, & fazião os (gr…Afons'Eannes: fratres da Terceira | | :
icontratos, finalhe4 não etauão |ºrdem dº átºmeieiro...….….
-*
- - -
--• • • • • • •
} ide Guimaraés, não fómétefe po- |que podia feÉ regra de húa etrei
deiº chamarçº/as de ºrdem pela ||ta religião, & outro dete teor a- |-
-
rezão,4 difemos, mas
*** - - - - - tamb
é por || chamos també no cõuêto de Lif |
| , " " " * * •
…-
| - caufa
-- da refidencia, q nelles fa-|li|boa
• - .Profefa
" uão notauel reforma | - • . * - •
|-
.. …" == ……………----------
-
===
-
P 3
- -
—
-------F==
do
***
.
} •
#
-
174 Luro 1. Da bifloria Serafica Zfrades
do anno,principalmente na feita te herdeira vniuerflairmanda
ldo me{mo fanto Patriarcha,a os de das chagas de nofo Padre
|homens no clautro,& às mulhe fantifimo, dizendo que o fazia
|tes no adro. Pera os outros,que affi pela deuação,que/empre tiue à Or
paffauão,tinhão quatro alberga dem dº fêrafico Padre s㺠Francfco, dº
rias prouidas, nas quaes felhes qual/ou irmão. Os encargos fotão
daua o que auião miter.Erão ef. |etes. Humhopital pera cura de |
|tas,a da rua Caldeiroa,na Perro enfermos, o qual ella admini
ta, na rua do Gado, & junto da tra: o dote de duas orfans cada |
igreja de são Paio. Teue gran anno,em cuja eleição concorre
despriuilegios,com que fe foi au o guardião: hõa efmola de pão,
torizando de modo,que vnio a fi que por ordem do juiz da irman
|as confrarias de fanto Andre, de dade,& d'hum frade do conuen
| são Torcade, & outras; & quem |to (e diftribue pelos pobres. O |
queria perfeita execução da fua |hofpitalfe vai fazendo naquelle
vontade vltima, a ella encõmen |me{mo lugar,oude foi a nofía (e-
| daua tetamétos,& legados. Por: gúnda cata, recompenfando cõ
motrarmos a fingelleza daquel |elle as chagas de são Francilco o
les tempos antigos referimos ef outro, que então nos deu a villa,
ta claufula,q no anno de 1389. & dellas deuia fer por dereito o
a 13 do mez de Março notou | (eu titulo. Mas o pouo,confiado
Francifco Giraldes.htando a todos, na deuação,que nos tem,fez titu
que forem juizes da confraria de são lar a são Damafo,a quem por feu
Francifo,em cada humannofenhos pa |natural confefa obrigações. Lo
res de/paros, que me fação comprir gre ele muito embora eta fua |
efo, que mando à dita confraria. Terà confiança; que tambem entende
hoje trezentos annos de idade, rà, como os feus defempenhos a |
fe não forem alguns mais, & co | S. Francifco os deue. -
-
•
motão velha,ou decrepita, pare-||
ce, que vai ja acabando os feus- _>|-|
dias. • • ••
CAPITVLO LV. * **
|
17y
etilos dos Clauftraes, dilatou cordação. Trabalhaua (empre
tambem a reforma dete cõuen deterrando a malicia do ocio,
to,& doutros,que etauão na lua por guardar o paraifo da alma,no
obediencia. Porque ainda que qual entre varias virtudes flore
elles erão em parte difpenfados cia muito a rota da caridade. Te
nas obrigações da nota regra, ti ue graça de fazer relogios de fol
nhão contudo tão grande auto em pedra, & outras peças curio
ridade, que ela os futentaua. fas : mas fempre encarregaua a
Entrando porém, no anno de quem delle recebia algúa com li
1568. por todas as fuas cafas a cença dos prelados, que a efía
|nofía vida Obferuante,pafou ef. conta fizeffe e{mola a os enfer
ta de Guimaraós pela fieira das mos,& pobres.Com ete me{mo
|outras. E não obtante appellar, efpirito ajuntaua, & pedia mui
a nofo ver por comprimento, tos retalhos de panno, agulhas,
|em 28 de Feuereiro o guardião linhas,& didaes, & tudo ito an
|frei Francifco de Moraes,a refor daua offerecendo a os frades pe
|mação fe fez quietamente fem las cellas, pera que fe podefem
| contradição algüa, renunciando remendar. Foi deuotifimo de
o conuéto as graças, priuilegios, |húa fanta imagem de Chrito
& fóros, que não dizem bem co | crucificado,que etá no cruzeiro
a pobreza ferafica,por cujo amor da igreja, pelo qualfe defuelaua,
| perdemos as faudades da muita tratando de o feruir com jejuns,
|rêda, que neffe tempo largamos. |orações,& penitencias. Pedia o
E mais nos importa hoje pera o . azeite pera a fua alampada, con
|nofo futento, alem do credito | certaua,& varria a capella, orna
de viuer em obferuancia,a deua ua o feu altar, & nete retrete
|ção dos fieis, os quaes com (das fanto paflaua muitas horas de joe
|efmolas mantêm de ordinario a . |lhos na contemplação deuota de
trinta religiotos. Os que depois | fuas chagas. Ouue fama, que da
|florecerão cõ maior opinião em cruz lhe falou algüas vezes o a
o feruiço de Deos,& eu ainda al morofo Senhor,cuja immenfabõ
cancei, fendo por efpecial fauori | dade no anno de 1616. poz ter
do ceo nouiço nefte conuento, -mo a fua vida com húa mort
faõetes dous,que fe feguem.…º -fantifima, , - ,
- -
–
Íem - -
+
= -
#|-
Igo Larº I Dahlima Seraficadº, fadas
fem ºfender a Majetade fupre | As fuas faídas erão pera a noffa
ma,afi foube grangear a afei igreja, confolandofe de affitir a
ção do marido, que etimandoa | os oficios diuinos, & de ver re
muito por feu refpeito amaua a |tratados no altar os Santos, que
feus parentes . Fauorecia com tinha no coração, diante dos
fingular piedade, afi os religio quaes derramaua fua alma em
fos, como os pobres de Chrifº afectos ardentifimos, cobran
to, aproueitandofe d'huns no fe | do muito vigor pera grandes pe
guimento do ceo com os feus nitencias, que excedião as pou
| fantos confelhos,& futentando cas forças de fua delicadeza,
| os outros com grandiofas e{mo Profetou a regra Terceira de
| las Floreceo no feu tempo aquel N. P. S. Francifeo com tanta ef>
le feruo de Deos,chamado Ioan itimação do feu habito humilde,
|- ne o pobre, que no termo de Bar que o trazia patente, & com el
cellos, junto a nofa Senhora da le appareceo depois de morta a
Varzea, fazia vida angelica em quem na doença inuocaua afua
etado eremitico, & ella o vifi interceísão. E como o me{mo
tou muitas vezes, logrando em habito lhe facilitana os aétos de
fua alma os intereffes de con piedade, não sòmente dipendia
uerfar gente fanta. Donde veio com os pobres a maior parte da
a aquirir húa grande conformi renda, mas tambem curaua por
dade co a vontade de Deos, por fuas mãos aos que erão enfer
cujo repeito a cortou menos o mos. Pelo que a fua caía mais
golpe da morte de feu marido era hoÍpital de miferaueis, do
na villa de Chaues, a o qual que paço de Senhora,& Duque
amaua muito. E affi com varo za. Mas pera dar algum disfar
| nil fortaleza, fazendo fuas exe ce à virtude de curar as fuas en
quias, lhe depofitou o corpo na | fermidades, que Deos lhe com
igreja matriz, como ele auia municaua, víaua de lauatorios,
determinado. Pelo tempo adi & cozimétos d'húa herua, a qual
ante fe trasladou pera o nofo nafcia no terreiro do mefmo pa
conuento,que os Clauftraes, co ço, & ainda fe chama, herua da
acap. 53, moja º temos efcrito, & não os Zuqueza fanta.
Obferuantes antigos,tinhão da 4 . Tendo ja completa a
do à fanta prouincia da Pieda mortal vida com virtudes im
de. mortaes, ordenado tetamento
Retiroufe a Duqueza a com muitos legados pios, inti
os paços deta villa, onde viueo tuído herdeiro a feu (obrinho
muitos annos no etado de viu D. Pedro de Menezes, primeiro
lua, com grande recolhimento. Marquez de Villa Real, com
*Tr = encar —
Menores na Pruuncia de Portugal. I8I
encargo de unifa quotidiana ne |
biterio da parte da epitola no
te conuento, em cuja execução qual á face da terra apparece fó
ouue notauel defcuido, deixan a pedra, com que etaua cober
do muitos exemplos a os fantos, to; & nella fe ve a fua figura |
a os pobres laudades, pelos an com habito, cordão, & toalha |
nos de 148o. foi gozar dos ri (obqueixada a o modo de Ter
quiffinos thefouros, que nas ceira, & hum liuro aberto entre |
mãos dos me{mos pobres inuia as mãos em final da deuação.Ve
ra a o ceo. Seu corpo fe fepultou fe mais neta pedra hum bura
|
na nofia capella môr, onde ef. co,pelo qual co as contas, & ou
taua o coro, entre a etante del tros taes intrumentos tocauão •
le, & os degraos do altar. Mas fuas reliquias;& numa taboa jun
pelas mudanças dete fe transfe to della ete diticho.
rio afepultura pera o feu pref
Q_2 LIVRO"
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-|
|-
· · · · · ·|-- -- -
|-|
-| –|- |-• • ►----|-
| Livro SEGVNDo
DA HIST RIA
| S E R A FICA DOS
•
FR PROVINCIA E NPoRTVGAL
A D E S M DE O R E S NA •
| |-
ORIGEM
.
, EdeSvccessos
real conuento
- S. Francifco de Lisboa.D O • •
º
•••• - --
• * #: ; } - -- - -
|º. arch.da
igreja de 5 De mais dito, º quando I Mefino Rei,que con
| Spirito S.
l de Lisb. |
quinze tanoeiros no anno de
1318.fe quizerão arruar cõ fuas
O cedeo a licença, in
º culcãoonos o fittio, º a. Hff.ec
clefiaft de
tendas,& cafas, nelles trafpafou deu abüdante ajuda pera correré Lisb. p. 2.
hum campo o nofo fyndico, q as obras, deixando també lugar C. 27, n. 1 1
foi dado pera nès continuarmos à deuação dos fieis, cujos nomes
as obras,o qual auião miter, na | o tépo nos efcõdeo. Começàrão
| ribeira do Tejo, a º pee da barroca, los edificios todos co aquella ef
alem da porta da Gura. Deta por treiteza;& humildade,4 então (e
ta com o mefmo appellido,deri víauão na nofía Religião, né ou
uado do nome latino dura, que |uerão de fair de feus limitados
quer dizer viração, fez memo termos, fe a multidão da gente,
lf Picio9 ria f Fernão Lopes de Catanhe ordinaria nos officios diuinos, |--•
da, falãlo d'hña armada, que el não pedira mais largueza. E por •
dificar, *-*"
(Ngºy
––1
* * * *
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AMenores na Proullitta de Portugal. 195
Deos (e cômunica, etimandoas ,
obre todos os tabernaculos, & |
CAPITVLo V. moradas de Iacob. O me{mo Se
nhor tambem, homem, & Deos
Excelencias da igreja defia facramentado,cuja prefença real |
tafa: proclfio antiga, que he a maior fermofura da militáte
fº fazia a ella,&tafos Igreja, neta età em dons alta
de S. Antonio. res cógrande veneração;&quã
do faie a publico no thronofa.
cramental,he tanta a majetade,
I Dificado, & poto em & põpa, que fe afemelha muito
- perfeição ete majeto co a grandeza do ceo.
fo téplo,fuccedeo ao㺠2 E fazendo allusão a o
e.Pí.86.
tigo nas fuas prerogatiuas, & al que diz" o Rei Profeta da cida cit, n.4.
cançou tantas ventagés, que fen de illutrifima de Deos, aqui ve
do d'antes a fua gloria grande, a mos em myterio as pefoas, &
prefente he maior. Em ambas as nações,de que elle fez lembran
4,PÍS6.
v. 1.
fundações fe podia dizer" delle, ça. A venturofa Rahab,que efca
que lançára as raizes no cora pou da morte em Iericò por me
ção d'hum monte fanto, por |io d'hum cordão vermelho, que
que etaua femeado dos offos lançou pela janella, nos irmãos
d'aquelles martyres, como os |t das chagas, & cordão de nofo
chama a piedade chriftaam, que Padre ferafico. A Babylonia |
morrerão gloriofos co a efpada fantamente conuertida, na lua
|dos mouros na conquita de Ordem Terceira da penitencia.
| Lisboa. He dedicado a Noffs #Os etrangeiros deuotos, nos
Senhora dos Anjos da Porciuncu "Helpanhoes, que primeiro le *
C. & 1 • V, I.2.
doze portas do ceo, por onde º mudarão csi mercadores ºpera me{maigre
ja.
R2 a igre
----
-*-
•
196 TLTIDTASãTZ •
|
neta me{ma igreja fe leuantou a 1628. etando em oração húa
fua primeira imagem,que foi vi pefoa de conhecida virtude, cu
ta nete reino. Aqui tambem jo nome efcondemos por incul
obrou o Santo a maior parte dos cartão sòmente o patrocinio do
feus milagres antigos, que em Santo,quando mais fe eleuou fua
Lisboa fe virão. Breuemente alma,vio a Chrito Senhor nofo
lhe fizerão os deuotos irmanda com hum grande azorrague,que
de, que hoje anda nos nobres, & ameaçaua cõ açoutes a Lisboa.
liu da ir efa de tanto credito, / que no Queira ele por fua mifericor.
{# anno de 144o. intituindo hof dia,que não cheguem os que nôs
pital neta cidade Ioão Afonfo ilhe merecemos. Vio tambem,
d'Alanquer, Veedor del-Rei D. que o feu natural fanto Antonio { |
Ioão I. a os irmãos encommen protrado com humildade a os
dou a fua adminitração em fal pês do rigorofo Iuiz, lhe pedia,
ta de defcendentes. A ofeu altar & alcançaua, que por então fuf
g.arch. da
vèn < tambem todos os annos a pendefe o catigo. No me{mo, |--
mefma ca Camara por mandado del-Rei tempo fuou duas, ou tres vezes
II]àIâ» | D.Manoel agradecer com fuffra eta fua facratifima imagem tan
|
|
gios a dadiua grande do campº ta copia de agua, que não podia |
do Alqueidão,o qual rende mui. etancarfe. E poto que fe fecha
tas vezes perto de trezentos mo rão as portas por atalhar a tu
ios,&lho dotou D. Sancha, cu multos do pouo aluoroçado,
jo corpo jazia na noíla igreja ve a marauilha foi publica
Íha. Aífite no feu ofício com a muitos religio
fos diante de
trinta merceeiras, que pertêcem
feculares.
à capella. - -
Enuelhecida a primeira
imagem dete glorioto Santº, no (*) -
anno de 1576. (e poz outra no
R3 CA
- 198 Liuro II. Da bifloria Serafica dos frades
Sant-Iago Maior, 25 de Iulho de
CAPITVLO VI. 15o 2. congregados na nofía ca
fa do capitulo elegerão de com
De duas imagens milagrºfis mum confentimento os primei.
meiros oficiaes,que aulão de fer
| da Senhora, & hum trºfeo dos uir. Pelo que ainda hoje no mef
milagres de nºfº Padre fê mo dia feftejão húa imagem de
rafico, to a memória te fagrado Apotolo, que o dito
Pedro de são Pedro, indo depois
de hum religiº/9 em romaria, trouxe configo de
deu"to. Roma. A irmandade foi em tan
to crefcimento na opinião do po
| I E hña detas imagens uo,& no feruiço de Deos, que os
a qué nós chamamos Romanos Pontifices lhe conce
Xadre de Zeos,cuja oc derão muito grãdes privilegios.
cafião,& principio foi ete.Con E querendo muitas pefíoas de
corrião em Lisboa por rezão do uotas grangear o emparo da Se
feu comercio muitas nações ef nhora,na hora da morte fefazião
trangeiras, em particular as de feus irmãos. Outros, pera irem
| Hepanha, nas quaes algüas ve defcançados,lhe deixanão entre
|zesfe via muito grande defempa gue a fazenda com o defcargo
ro. Os prezos não tinhão fauor das almas, no que ella fe motra
pera o feu liuramento: os enfer tão põrual, que no difcurfo d'hú
nos morrião nas etalagens, & anno, quando nòs fizemos etas
i nauios fem auer quem os curaí memorias, tinha mandado dizer
fe: & a os mortos falta ua a cari 4779 mifas, entre cantadas, &
| dade dos viuos pera lhes dar cõ reza das.
ueniente fepultura. Confiderou 2 Mandarão trazer de Flã
| tudo ito hum ouriues da prata, dres a imagem da facratifima
por nome Pedro de são Pedro, Virgem, a qual etando num al
& compadecido de miferia tão mazem da cidade com muitas
grande intituto húa fanta irman | mercadorias,tudo amafiou o edi
dade, que tiuefe por oficio aco ficio,que de repente caio, & sò.
dir a eftas neceffidades.Os com mente o caixão, em que etaua
panheiros cue pera ifo bufcou, mettida, ficou inteiro, & são.
poto que affitião na cidade,qua Obrigado dete cafo, que parecia
| fitodos erão tambem etrangei milagre, o eferiuão da irmanda
tos, Bilcaínhos, & Caftelhanos.
de Metre Hieronymo,ilumina
| Etomando por proteótora a Se dor,&morador na rua noua, qual Reg.
<
2•
•
*"
•
@ #!
!
--•••••- - -
* - - ----+---- -*-- -------• • •• • • -
Zoz Luro II. Da bifloria Serafica dos frades
nente em Italia. Deixou a nelte ferue de ornamento. Mas Tobre
conuento, o qual ajudado da tudo merece noffa memoria a ca
muita autoridade do Embaxador pella, que dentro da fancritia
loão Gomes da Sylua teue licen mandou fazer o dignifimo Mi
ça do Papa Gregorio XIII, pera nitro geral de toda a nofa Or
a poder lograr. O real moteiro dem,& Bipo de Vileu Dom frei |
de Santa Cruz de Coimbra nos Bernardino de Sena. Porque,
fez graça d'hüa cota dos nofos deixãdo o material da obra,nella
Martyres de Marrocos à intan feve húa imagê da immaculada
cia de frei Chriftouão Carnei Senhora da Cõceição,feita porhù
ro,prègador infigne daquelle tê frade nofo Caftelhano em Ma
o. Por outras vias alcançamos drid, com tanto primor da etculp
alguns depojos do noffo S.Luiz tura,& com tanta perfeição, que
Bipo, fanto Acacio, fanta Chri os Phidias, & Praxiteles antigos,
fina,& grande numero de feme os quaes forão afombros neta
lhantes penhores, a qne os San arte, fe poderião humilhar reco
tos no ceo tem vinculada a lem nhecendo ventagens. Ao menos
brança. . . . . , co as roupas fe tem enganado
Pera todos fe fizerão fu muitos, que as julgauão de feda,
|tinentes, & reliquarios confor fendo ellas de madeira. Età fo
me a o nofo cabedal, depofitan peando a hum globo marcheta
do grande parte numa capella ldo de reliquias, & outras são
|junto da fancritia,que pelo mef. tão batas por todo o feu reta
|mo refpeito fe chama a capela das bolo, que he hum puro reliqua
|reliquias. Muitas etão colocadas rio: ' " * * * "; .
de de doze annos atè vinte, nem ção de Portugal, "a Hitoria ec dp.c.91
e..] 2.c4 S.
|
|as delicias do paço, nem os fauo | clefiatica de Braga, º frei Ber 1.& c.9 S.
res do Xarife,nem as fuas amea | nàrdino de fanto Antonio no 2. & c. 12
§ 6.
|ças, nem açoutes, nem ainda o epithome das redempções ge
garrote os poderão apartar da | raes, & f frei Pedro Lopes na fl. 1-C.74
|caridade de Chrito,perdendo a |chronica da Ordem da Santifi
|vida temporal por ganharem a ma Trindade. - - - -- - - - -
--
}, * -
- "...f. * * **
• • • •
ja feparados em Lisboa, & a os cer a efte fanto cõuento por feus ***
---- →=
|- as letras.
: to à fua Religião autorizados fu { judoufe grandemen- •
#
chamou frei Gonçalo de Valbom. O a nota Religião,que tambem af.
fegùdo, & foi o padre frei Andre fitem viétoriofas no emparo da
da Infua, de mais de fer filho por Igreja.E ete me{mo epirito cor.
# criação, & profifsão deta fagra ria pelo corpo da prouincia, por
d.arch do
Orat. da da prouincia, º nete conuento| que alèm dos etudos, que leuou
Infua. moraua quando foi mudado pe a do Algarue na tua feparação,
ra o curfo, no qualfe originou a tinha outros neta caía de Life
fua grande ventura. O terceiro, boa,no Porto, Santarem, Coim
D.frei Bernardino de Sena, nel bra, & Guimarães, & onde auia
le me{mo foi nouiço, diffinidor, | algüa commodidade. Dos feus vº
guardião, minitro prouincial,& lentes actuaes, que no principio
afumpto pera fecretario geral | fechamauão ZDoutores dos conué
Eftes ambos forão tambem com-| tos,em que lião,achamos muitas
mifarios geraes. Deu finalmen memorias com ete proprio no
arch.dº
te no tempo, em que etamos, me,como he naº doação do mo 'a,me{mo
deixando o que virão os antigos, |teiro de fanta Clara deta cida-º
húm procurador geral na Curia de, que a fua fundadora D. Inez
Romana, a taber o padre frei no anno de 1 292, fez delle á
Icão de são Bernardino, que an nofia Ordem, na qual (e diz fer
tes aula fido fecretario geral: hã. húa das tetemunhas frei Aires,};Monarcº
Hífinidor geral da Ordem 2 trCS doutor de Lisboa. Mas affi como * #
fecretarios geraes; & dous com El-Rei D.loão III, tendo elcolas"
mifarios do reino: todos profef em Portugal, que podião fazer | }
--
***
• _me{mo * - ---
1
maranol. ta fua el-Rei D. Fernando à Ca Antonio de Lisboa, & que é lhe Efperança !
2. del-Rei
D. Fern. mara de Lisboa, etão em Euo deu a licença por voto dos difi de Lisb.
fol. 12.
ra, a 5. de Feuereiro do anno de inidores, & muitos metres, que
1 38o. que défe ajuda de cuto auia na prouincia,o minitro frei
a frei Rodrigo de Cintra , que Francifco Caldeira, a 22. d'A-
tudo lhe leuaria em conta. bril de 151o num capitulo, que
2 Cotumauão ir a Pariz ife fez em Santarem. O teor del
de ordinario, onde a nofia pro la he ete.Ex reuerendorum patrum
uincia, como as outras da Ordé, difinitorum, multorum que reuerendo
tinha certos lugares no nofo cõ rum facrarum literarum magfirorum
uento grande, os quaes fe ditri conflio, Gr ºfenºte promeu… ad le •
a era p. 1 -
. --C. 4. inella
. . .os hereges lutheranos no [leção preféntados,
• S 4 & comeftes
todº, .
-------- -=--— -= *\
*******.
212. Liuro II. Da Tra Serafica dos# -
= =-=-=-=-=- —_>-- -
*……………2
*
&#…me uerno do Bipo de Lisboa, cha lhou feus intentos com húa pro
*****|mado 36Are_%tthews, mais ze uisão dada em no[so fator aos 6. #
lofo da fua jurifdição,que obter dias de Maio de 1 541. * * *
º juante das nofas immunidades, | 2. A outra tribulação teue
+
#
|nhão, que #
ouuife mif | tria. Foi o cafo, º que el-Rei Dó b. Duarte
Nun na
|fa, nem affitife a os officios di Henrique o II. de Catella en chron, del
Rei Dora,
|uinos nos domingos, & dias fan trou nete reino com muitagen Fern.fol.
|tos, fenão nas fuas parrochias; & te armada, & etando em Santa 199.
|-
que quando depois de cair neta | rem o nofso Rei D. Fernando, |-|-•
*---- = ** :/
|- •• • ••• *- --
2 14 Lurº II. Da bifloria Serafica dosfrades
moradores, que refittiflem, & fe dados faquear a fancritia, nun
pozefem em armas, oferecen qualho quiz confentir, pelo ref.
dofe tambem a pelejarem no peito,que fe deue aos lugares fa
campo; &elles enfraquecidos, grados. Defpedido finalmente
recolherãofe pera a cidade vs. era celebrar concertos com o
lha dentro da porta do ferro. dito Rei D. Fernando no me{mo
Tudo o mais o Catelhano a Tejo à vita de Santarem,torna
chou aberto, & liure, de modo rão os frades a ponoar o conuen
que neta cata fe veio apozentar, to, acompanhados da gloria de
& daqui do miradouro etaua auerem padecido pelo Rei,& Pe
vendo o que na guerra paflaua. la patria. * * **
|Vio,he verdade,valentias portu 4 E pronados com eta, &
guezas, que elle gabou, nalgüas OutIâ$ # , ficou mais
eícaramuças: mas viojuntamen corrente entre eles a compa
te o latimofo incendio das catas xão natural das miferias alheas,
mais vizinhas ao muro, que os a que tambem a piedade chrif
nofos queimarão, porque dellas taam os etaua inclinando. Por
recebião algum damno, & o ou onde não onue occafião, na qual
tro ainda mais lamentauel, com os moletados da fortuna bufcaí.
que os feus feramente abrazarão femete cõuento,que não achaí
todas as duas freguezias de são (em nelle emparo, & cidade de
Iião, & Magdanela, a Rua no. refugio. E são tantas as efmolas
ua, Iudiaria, & o melhor da ci ordinarias, que a relpeito da no
dade. fa muita pobreza fe julgão por
\
*-- -
|-
tiles olfinuantes, &#florete. jde Ianeiro célebrou a prouincia?de *
|- Wifeu, •
T • que
•
*=-
- -
}
22 O Liuro II. Da bi/toria Serafica dos frades
nem jantou coula algüa,elperan fiado dos medicos,& vigiado dos!
4. Luc. 11.
v. 16.
•
+ "…
] que chamarão agººnde com tan
|| 1 4"N Vtro caminho de ca ta ferocidade, que durando nete
| "{ º ridade heroica toma lugar lóhum anno matou nelle
* uão quando cõuinha |a innumerauel gente, & vinte
|-os padres dete conuento, como dos nofos fradestalguns,a quem
|era feruir a os enfermos de pete, a morte bufcou: os mais delles,
|offerecendo as vidas a o cutello que por liurarem os proximos
cruel dete mal contagiofo Pera | não temerão metterfe em fuas
|faluarem as almas, & os corpos mãos. No de 1579. em dez do
de feus proximos. Acção de tan mez de Setembro (e ergueo ou
}-Ioan.
V. 13.
*s]to merecimento, que alèm º de tra corrupção petifera, da qual
} etar canonizada por grande na morrerão neta cidade pelo me-.
| opinião de Chrito, achou nella nos quarenta mil pefoas. Falle
É. Martyr.|fuficiente motiuo
nera º •
a piedade ca •
cerão tambem quinze frades do
|####|tholica pera º venerar com ap
| conuento, & quafi todos tão for
|Feb,
|Baron an.
|pelido de 2íartyres aos que mor tes na caridade, que acodindo á
-
|261, n. 15. rerão neta empreza. Pelo que faude, & faluação dos enfermos, |
& 16. :
lc.Fr. Marc.| tambem, ardendo Milão em pe
*. * * *
defprezarão as fuas proprias vi
•. • • " -
|p'…": te, de vinte religiofos, que aca das. Dizem alguns que por dia
25. & 1.3.
C 45.
barão a vida no nofo fanto con
de são Ioão Baptita no anno (e-
, ! • •aº •
-
——____
|me{mo epirito affitío depois em |abrio outra vez a dita caía da fa-|
la Caía da faude,que era o hofpi-} ude. E pela experiencia, que ti
| tal dos feridos. Foão com elle | nha de nôs o Prefidente da Ca
| tambem outros, cujos nomes fi. mara D.Ioão de Catro,veio com
|carão em o tinteiro a quem fez dous Vereadores, & outros tan
efta memoria,tirando frei Pedro tos Meteres pedir a ó guardião
| da Afcenfaõ, & frei Pedro dos frei Pedro de são Francilco, que
| Santos frade leigo. Ete vltimo, mandafe cultiuar pelos feus fra
depois de auer obrado grandes, des ete pedaço da herdade do
curas,& admiraueis por fuas pro Senhor, que perecia à mingoa.
prias mãos,alcançou o fauor,que |Era vepera de S. Iofeph, 18 de
e{peraua de Deos, morrendo en- : Março de 16o 3 & exhortando
tre os mefinos enfermos com|lo prelado aos fúbditos, fairão
opinião de fanto. Outro leigo |féis animofos, que ferntemerem
chamadofrei Pedro do Rºfrio, fe a morte quizerão mótrar o vá
offereceo com caridade norauel |lor da catidade." Confefajãofe
pera curar os doentes do cõuen. naquela noite geralmente, &
to, digno de muitos louuores |confortados com o pão celetial,
não sò por eta acção, mas tam: que commungarão na mifa, em
bem pelo deuoto difcurto de to |rompendo amanhaam deman
da a (a a vida , º c ompanhado de | darão a igreji de S. Sebatião da
=_— - —==
- -
T4
----* * ***** -
Pada
••••- - - - - ---- –
**
AL
"I - |- - -
tunica,parecia húdefunto amor
- - -
*-*1- -
- ••• • T=T de F7 - - 25 ==
VIDA DO SERVO DE DE OS
frei Gapardo Epirito Santo,
CAPITVLo XVII. 1ção & penitencia,como erão dif
ciplinas,& cilicios,& húa caldei
Defia finferidade,& tari rinha d'agua bêta, cõ a qual encõ
médaua os defuntos. Ouue tépo,
dade illu/tradas com os em q não teue no dormitorio cel •
ter boas feitas. A o que ele repli: o Pae das mifericordias. Mas pe
cou. Não hão defer ainda fas. E affi raido tambem muitas vezes não
2 COf){CCCO. 1.
comia: os outros religiofos lhe
3 Cõetas luzes do ceo ati largauão parte da lua reção; &
nou sé difcrepar no caminho da quando fe via nalgüa necefida
| fua vocação, feruindo nas porta de corria os dormitorios ajuntan
|rias,enfermarias, & cozinhas cõ do, como elle dizia, as efmolas
| caridade ardête,& igual obediê do Senhor. Dandolhe hum reli
cia,como foi nete cõuêto, onde giofo hüa panella de doce cõ cõ
43. annos gaftados na portaria dição, q a comeffe, logo lhe pe
} em o feruiço dos pobres lhe re dio licéça pera dalla a os pobres.
| matarão a vida.No principio fer A muitos daua camizas qpediana |
uia tãbé em a porta principal,mas cidade, & alguns de feus deuotos |
depois cãçado ja da velhice ficou lhe mandauão todas as fomanas |
sò cõ o cuidado da outra,onde fe pão,querêdo todos gozar do me-li
reci
I *+
---- *--*
}.
Seruo fideliffino ao Se
quer lhe ferueo o azeite nas ta """";nhor foberano, mas
lhas em húanno,4 auia falta del quanto mais obrigado fefentia,
le. Aquineta portaria húa vez,4 com maior cuidado o defejaua |
era pouco o pão, & a gente era feruir. Trazia fobre a carne húa
muita,poto de joelhos diante do corda de efparto lançada a o
ceto, & cheo de confiança em pe{coço, a qual dobraua no
Deos lhe diffe etas palauras. Se peito a o modo de etola, & pe
nhor, bem vedes o meu aperto : eu las pontas fe cingia com ella em
benzerei º pão, mas vós º autis de muitas voltas. Comia pouco,
acrecentar. Dito ito,logo o foi re jejuando muitos dias, & detes a
partindo,& (obejou tanto,queen pão & agua as fetas feiras da
trou por outros dias. O me{mo quarefma, & todos os fabbados
lhe fuccedeo outra vez,bézendo pelo difcurto do anno com tão
o q tinha guardado na fua arca. grande obteruancia, que não
Abrindo també em outro dia a dipenfou configo na velhice,
porta,achou da bãda de fóra húa nem etando entreuado. Não
giga chea de pães fermofifimos, ouue nete conuento quem o
(em faber quem os trouxera: Hú vifle affentado, fe não foi no
religiofo finalmente lhe pedio,4 refeitorio; que fóra delle, ou
lhe dêfe algum doce pera huns etaua de joelhos, ou em pè, ou
enfermos pobres, a o qual ref andauapafeando, & depois de •
}
232_Lurº II. Da bifloria Seraficados frades |
necedario pera alentar as forças. 2 Era tanta a fua deuação | •
|-
_236 Luro II. Da bifloria Serafica dos frades
4. Não pereceo co a morte lhimento,que tendo irmão,& pá
o feu nome: antes com ella foi rentes na cidade raramente os
feruendo a deuação da cidade vifitaua, feguindo fempre o coro
em motrar o muito, que vene de dia,& de noite,poto que prè--
raua as fuas grandesvirtudes.To gaffe de ordinario.Era finalmen
dos pedião,&buícauão algúa das te cófeflor do dito feruo de Deos
fuas prendas, etimando hum re frei Galpar do Efpirito Santo, q
talho do feu humilde faial (obre o fabia etimar por fua muita vir
a purpura dos Reis.Dizião publi tude; & achandofe prefente na
camente que não fó o feu corpo, enuolta, em que lhe cortarão as
& o habito, mas tambem os pan vnhas,& os cabellos,quiz també
nos menores, que lhe tocarão recolher algüa prenda maior.
nas chagas,lançauão de fifuaui - Cortoulhe hum dedo, que foi o
fima fragrancia. Publicauão fauo pollegar de hum pè,& em quan
res particulares de fua interce{- to fe feccaua o pédurou numa li
faõ,& com afecto os vinhão fol. nha,liurando nelle grande parte
}
licitar,& tambem agradecer jun da fua confolação.
to da fua (epultura. Mas etas de 6 Nete tempo, dormindo
mõtrações,oSenhor as fará mais elle húa noite, acordou etreme
euidétes, & certas quando julgar cido co a força de hum vento,ou |
que conuem. Hum sò cafo, que foffe reprefentado, ou verdadei
parece memorauel , e{creuere ro, que parecia leuar o nouiciado
|mos agora. - todo;&bufcando por feu empa
5 Era metre dos nouiços |ro o dedo,não o achou no lugar,
eta mefma occafião frei Anto onde o tinha deixado, quando fe |
nio de são Paulo, natural da fre lançou no leito, nem depois o
guezia de são Pedro de Serzedel vio mais na fua cella. E adorme
lo, Arcebifpado de Braga, comar cendo logo, defconfolado,& tri
ca de Guimarães: varão exem ifte, vio em fonhos o dito Seruo
plar na vida, cultiuada com cili de Deos, que lhe diffe etas pala
cios, jejuns,& difciplinas de fan uras. Não te dº/confoles,porque o dedo |
gue.Era fenhor de fi me{mo do ja ºfia em feu lugar; @r tu vaite prepa
minando as paxões, & leuando irando, porque a vontade de Zeos he, #
com igualdade de animo disfauo que muitº cedo fijamos ambos juntos,
res da fortuna,& aggrauos da ma Çr confolados. Acordou tão entra
licia. Era muito obferuante da | do deta fua aduertencia, a qual
} nofia regra ferafica, excedendo julgaua por certa, que logo fez o |
muitas vezes feu efpirito em o que conuinha fazer pera fua fal
comprimento della á me{ma o uação. Depediofe do irmão, a f |
brigação. Viuia com tanto reco quem contou o que tinha fucce.
dido;
----
* *
•
+---++=
----* Twº---
}
| pefoa deuota, co a qual (e auia o feu nome por etes nofos ef
concertado, que na vida, & na critos. He la primeira o grande |
* *
nella, allumiado por Deos, que
* *
tudo lhe declaraua, pedio a os
capitv Lo xxt ",
naturaes que então forão abor.
do, o trouxefem a húa barroca,
Memmia de F. Is㺠da Bar vizinha dete conuento, onde
roca: do efiado, que true; das queria defcançar. E efia he a re
zão do appelido que teue,de frei
peÉoas, que afauão o titu João da Farroca : como tambem
lo de Frei, & dos - húa rua, feita depois no mefmo
Terceiros Er fittio, he chamada dos pretentes
|| a rua da barroca. . … :)
•••
5 Rºta
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……
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|- … …" (…
Catel Rodrigofem letreiro, q |25218. :: .… .. . o , er; *
[de noticia dele. Offalteué #{"Nosmétima humildade,
feu principio em Mºftira Afonº "\_ que realçando nícimÉ|
fo de Sou à Senhor de Plado, & i-º" tos ilustrífimos, poeml
*Alcoentre Alcaide mor de Rio em maior confufõ as vaidades
maior;& Gouetnador da Índia, | do mundo, encontrambstam
pelo qual entrou na cafã dos Có bem no interiºr da cafã. Ao fair
desde Vimieiro. As outras duas da fancrítia fica pizada com os
são dos Condes de Villa franca, Fès de quantos padãá afepul
& do Monteiro mor do reino, tura de D. Fernando de Mêne:
inãs quãesambas; etando enter zes Capitão, & Gouernador dá
rados mui grandes merecimen-} Ilha de são Thome, & filho de
tosa todos etes occultão pedras D. Ioão de Menezes Senhor de
mudas em filencio. Pelo corpo | Cantanhede, a qual confefa q
dete templo em muitas partes eléporfia humildadef mandºu aqui
eftá a terra femeada de conhe lançãº. O me{mo efpirito, alheo
- cida nobreza, a qual por |ide prefunçõês, enterrou na via
#} !
|-
"fepublicão pordeuotos,&irmãos
X2 *- da
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"ZITTTTDT>>>>>
xux, de7p777, Z i ê:
da noíla Ordem:como doutros,
q quizerão fazer celebre feu no a, eorum requiº/cantimpate, amen. E
me cõ declarar o dos filhos, que vem afer, que faleceº a 19, dº duº
tiuerão na me{ma Religião.Mas |mes, na era de 1345 (a qual caia
erão etes tão graues,que bépo no anno de Gºz)…As fas …
dião autorizar a féus paes: ham mas defencem empas, amen. A ou:
Bipo do Porto, D. frei Marcos tra campa nos metra o retrato |
ide Lisboa: outro Minitro deta ldhúa filha do mefmo Eteuão
prouincia,frei Galpar da Natiui }Annes, de cujo epitafio ficou fó
| dade; outro,frei Pedro d'Andra o que fafegue. Hicjacer Elaira
de, dos famofos pregadores, no Stephani, filia quandum Stephani.
*# 2 nº
}} , " " Iºãni: #p/uarp & Janitoris, grc.
<r: -
- - dito
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.r…….…"notauelmente
"º eft nos tempos,em
nº estava # se4 ||Santiu,
i l rºta
edicult; Isºkº-…….….l:"4"
& depois: o Papa fºtº
Pºlº s. entamos. Fundou a nofo padre || Clemente VII. Spiritº Sani, ilu-|###
# São Francifco º em o anno de|minuiu. De forte que ele foi o
# … 1221, por occafião do grande|primeiro,que intituío Terceira |
*"", motim,que ouue nuñà villa de [[Ordem pera maior reformação |
| Italia, chamada (anariº, qüatro || dos feculares,que viuem em fuas […
[milhas da cidade de Ais, onde ||cafas, conformeja aduirtirão o º |, :,
|o pouo compungidº 6º às fias|| Collector dos priu ilegios de Mé #
pregaçoês e queria ir têm elle || dicantes, º Cordoua, f Bozzio, #
|pera fazer peñitehéia, defèmpa-||4 Miranda, & outros muitos au: ~'
rando os maridos às mulheres, tores a que fegue o Padre º Mö [[####
os paes os filhos,& todos as fuas teOlíueti,filhó da noff, pronin-k}}
cafas,pedindolhe com lagrimas, |cia nas deciloés,que efereueo, to "En l, ºs
que lhes afinafe algüa forma de cantes á melma Órdem. E por if ###
|vida,em que feruiñêm a Deos.E|fono oficio da fua feita, que ap-"
| o fanto Patriarcha communitá- fºi a fanta Sé Apotólica, o
do ao Senhor na oração ete éã-||louuamos deta fing ñº …
fo,elle então lhe defeifou o enig |fre; Ordines hicordinar, de intituir
ma de lhe ter mandado já por || três Ordens à imitação das tres |
| tres vezes reparar a fua cata, ou | celetiaes Hierarchias,em louuor
| Igreja militante, declarando co: || das tres pefoas da Santifima,
|mo auia de fer por meio de tres Trindade. . . . ":"
Ordens, intituídas por elle,& q || 2 Deulhes regra,que auião
# 1 pois auia fundado duas,a primei-" de guardar, & por fer crdenada
---- - - - -
X 4 ** ****___*_*_*_*_**___*__*
*=
1. Przlud.
* outra parte difemos, ficando | chamados ºs pobres de lº/a Chrfio:
1Q• elles fomente colas graças, que outros refidião em cõmum com
pertencem ao proueito das al grande obediêcia aos Minitros,
mas. Deta Ordem, como infig 4gouernauão as catas:outros fi
ne é a Igreja de Deos;efereuerão nalmente feguião outros cami
são Icão de Capitrano, frei Ber| .nhos conforme a o efpirito de
nardino de Buftis, Dionyfio Car Deos, o qual os encaminhaua.
|thufiano, Miranda,Torres,Car ::: 5 a Delta efcola fantifima
|rilho, & outros muitos: Douto fairão os Fundadores das muitas
|res: huns nas expofições da re Religiões,& familias,queja "te (cit prz
lud.io.
|gra: outros em particulares pon mos nomeado. Os feus Santos
tos,& diferentes materias. :: fazem hum numero grande, &
4 As primeiras pefoas, a -
portalfe pode ter o de trinta &
quem o Patriarcha ferafico ve-} hum canonizados, & beatifica
tio ete fanto habito, foi S. Lu. dos, dos quaes reza a Igreja vni
|cio,& depois fua mulher S.Bona uerfal, ou a noíla Religião dos
com auípicio felice de 4 pelaslu Menores, ou pelo menos, de
|-zesda nobreza,&bõdade da vir |tres a dos Terceiros regulares.
tude feria fépre honrado. Os Em | São etes os dezafete Martyres
|peradores,Reis,& Principes.Em crucificados no Iapão :S. Luis
peratrizes, Rainhas, & Prince |Reide França: fanta Ifabel, Rai
|zas: Grandes, Senhores, Bipos, inha de Portugal: outra S. Ifabel
Titulares, que profefarão eta filha delRei Vngria: fanto El
regra, com muita difficuldade fe | zeario,Conde de Ariano: fanto
poderião contar. Os exemplos Iuo facerdote: são Roque: são
de virtude forão taes, que pare. Lucio: são Conrado:fanta Mar
| cião afombros. Huns guarda garida de Cortona : fanta An
uão continencia,poto que foísé gela de Fulgino:fanta Rof : fan
| cafados: outros feruião nos hof. ta Collecta, que depois foi fei
pitaes: alguns fe entaipauão en ra defanta Clara: fanta Brizida,
tre etreitas paredes: outros vi. que fundou a fua Religião;& fan
|uião pelos defertos, onde mui. ta Francifca, que fez em Roma
hum moteiro d'outro nouo in
|tos paflauão em oração entala
dos no meio de dous penedos, | tituto. Os outros, de que rezão
ou no concado das aruores: on "Igrejas particulares, ou tem cr |
T.T. . . midas
- -- - - *++++++++++++++>
…………--
=
|
25 o Liuro II. Da biftoria S7dos #
midas, altares,& capellas algº regra.Temos tambem húa Bul- |
pouos, on gozão de tempos an la. do Papa Gregorio IX, que |- |
tigos o appellido de Zeatos, que | começa Gmillorã: dada em Rea º Archide
lhes deu por fua grande virtu te a 22. de Abril, anno 6. do #deNºme
Caria.
de a piedade chritaam, fazem | feu pontificado,& 1232. do naf
!
>
#
{
•
24antº hinººm Fºrt%"|","rºmefistais…faze |
ºfia Ordem, é como depois | da virtude, & do fangue, com |
de ecchpfada tornou a tambem entre nòs replandeceo |
reta Ordem. Damos húa fita |
replandeter. breue das grandes pefoas, que
nos tempos mais antigos leuaião, |
|
|H | \ Sfentada a fua appro o feu caminho, com referua das}
uação por decreto da | acçoés particulares,fe ouuer oc
* , ' " fanta Sè Apotolica, | cafião, pera feus lugares pro |
rº
tombo 1.1
*º** Betaça neta do- Emperador de veio remettida a os dous das Bul, .
C.39.
Contantinopla, & outrasmuitas Prelados de Braga, & de Coim
illutrifimas pefoas, às quãos bra,pera que fofem feus execu
fummamente agradou efte fan |tores. E reuogando depois dito
|-
*
to Intituto." …". * ** * *
Leão X. as fuas immunidades,
3 Os exercicios nelle erão &fores, pouco & poucofe forão
os me{mos, queja temos referir diminuindo de modo, que teue
• do no capitulo paflado. Porque occáfião o padre frei Marcos pe
també Portugal vio Terceiros pra nos deixar efcrito nas memo
continentes; mortificados com rias do conuento antigo de Vis
·
…== *
\,
{
\
2$ 2 Liuro II. Da hi/toria Serafica dos frades
da lua rettauração, E magoãao pois apalcentarão muitas almas,
fe emfim a nofia Religião dos | das quaes forão verdadeiros, &
Menores de que ella, florecédo folicitos patores: hum no Bif
em muitas partes do mundo cõ pado de Vifeu: outro no Orien
fruitos de fantidade,etiuefetão te em Goa. A os quatorze de Iu
g.Mirand. efquecida em outras, é ordenou lho de 1516. fe fizerão as pri
| en la dedi no capitulo geral celebrado em meiras profifoés, & no anno fe
# Salaz.enka Toledo no anno de 16o 6, que guinte foi eleito o feu primeiro
chron. de
ila Prºuin
em todas prègafem os nofos Minitro na pefoa doLicencia
lei, de Ca frades fuas grandes excellen do Lourenço de Geriz, Metre
full.6. c. 1 cias. -
das ceremonias da Sè, principiã
4 Pelo queja no anno de dofe nelle húa fuccefaõ conti
1615. appareceo em Lisboa a nua de Senhores, & fidalgos dos
quelle homem de Deos, efcolhi mais illutres do reino.
do por ele pera ete miniterio,
& chamado frei Ignacio Gar cAPITvlo xxvi.
cia, da prouincia de Malhorca,
o qual defenrolando nete con Do admirauel augmento, S3
uento do pulpito a bandeira da
fagrada penitencia alitou mui exercicios fantos defia
tagente na milicia ferafica pera … Ordem em Lisboa.
baterem o ceo. A os doze de Iu
lho lançou os primeiros habi 1 rºoi crecendo com ef}
tos, & affitindo neta cafa fete …" páto eta familia fanta, !
mezes recebeo mais defetecêtos alentada co a graça do || |
nouiços entre homés,& mulhe Senhor, cultiuada do zelo dos
res,aos quaes intruio nos exer Commifarios, em particular do
cicios fantos, que auião de fazer, padre frei Amaro da Efperança,
| affentando tambem a forma do que nito trabalha muito,& aju
feu gouerno. Mas porq outros dada da deuação dos Minitros.
reinos em Hepanha o etauão No anno de 1644, no qual nós
efperando,deixou entregue eta tomamos informação do feupre
fua mimofa Cógregação a ocui fente etado,parecia que ja eta
dado do padre frei Bernardino lua no auge, a que podia chegar,
de Sena, Guardião naquelle tê & depois fempre fe foi melho
po, que tomou pera feu coadju rando. Pafauão de onze mil os
tor o padre frei Francifco dos Terceiros, & Terceiras em Lis
Martyres,leitor deTheologia,os boa,& nos lugares comarcãos,é
quaes ambos a criarão combõ reconhecião por cabeça a eta
leite de faudauel doutrina,& de | Congregação. Moteiros intei
teiros
=
Mºuras na ProTã7F7…TT 355 —
ros (e fizerão dete modo fran | officios, tem appelido de 2ár: ,
cifcanos, fem deixarem a fua fa muitos Senhores de Terras: [
grada Religião: a faber o infig grande numero de fidalgos, no
ne conuento de Palmella com o bilifimos; & algús colas fuas fa- |
feuillutriffimo Dom Prior,cha milias inteiras de filhos, & fi
mado Zom Ziego Lºbo, digno da lhas,poto que fogem mininos.}
nofia memoria; & o moteiro |Finalmente fendo mui poucas
grauitimo das Commendadei as catas illutres, que não mili
iras de Santos: ambos eles da | tauão neta Ordem, muitas del
Ordem de Sant-Iago. O me{mo| las de fenhores atè criados erão |
aconteceo á os dous Recolhi fuas. :::: ……….……....…|
mentos do Catello,& das Mer : 3 Rematoufe eta gloria |
cès,& a muitas mulheres reco coas coroas infignes delRei D.
lhidas em diferentes moteiros. Hoão o IV. & da Rainha fua
# A multidão de Commendado mulher D. Luiza Francifca,noí
res, & Caualleiros das quatro fos fenhores, que Deos guarde.
iOrdens militares, com difficul Porque elle, reconhecendo fa
| dade fe poderia contar. . uor do Patriarcha ferafico em
……2 Da fanta Sè de Lisboa melhorar de graue enfermida
'dous Deães, hum Thefoureiro de,quãdo ouuio tãger o fino de
mòr, dous Arcediagos, quatro te conuento às matinas na noite
Conigos; & com eles, Benefi da fua feta do anno paflado
iciados muitos,Priores, & outras de 1 652, foi feruido de receber
pefoas graues do etado cleri o feu habito. Ella,pela rara de
cal. Tres Inquifidores, dous do uação, que tem ao me{mo San
Concelho geral: quatro Depu to, alguns annos antes auia ja
tados da Meza da confciencia: o profefado, trazendo com feu
Regedor da jutiça: muitos De exemplo a Deos muitas damas,
fembargadores,& dous da Meza | & fenhoras do feu paço. Outra
do paço;{em auer hum tribunal, coroa, que feia fabricando na
onde algum Terceiro não fe a pefíoa do fereniffimo Principe
chaffe. A nobreza era tanta,que D. Theodofio, de faudofame
a refpeito de Lisboa, maior e{- |moria, nos caio da cabeça nefte
panto fazia, do que Torres ad anno de 1 653. a 15. do mez de
uertio em a Corte de Madrid; Maio,quando ele trocou o rei
porque auia húa Duqueza: ou no da terra, do qual era futu
tra Marqueza: noue Condes, & ro fucceflor,pelo eterno do ceo,
doze Condefas:dous Barões,& a 4 etaua a caber por fuas grã
húa Baroneza:quafi todos, os 6 desvirtudes.Conheceo oetado
na cafa Real, por rezão de feus da doeça, a qual chamada a mor
- - -
Y te,&
== =T —-
2y 4 - - - Limo II. Da hiltona Serafica dos frades
te, & bulcãJo como prudeteto tro da portaria, donde alem to
dos os caminhos da vida, que dos juntos a rezar por feus ir-l
não tem fim, profefou com ef mãos, que jazem nelle fepulta
tranha deuação eta ferafica re dos. Tem (empre em fuas cafas |
|gra nas mãos do feuCômifario, pelo menos,dous,ou tres,entran
}& nos braços de nofo Padre do nuto as irmaans, oração, &
fantifino,o qualja o emparaua | contemplação perenne, confor
por filho,deu lua alma a Deos.]] me o Commitiario lhes ditri
4 As occupaçoés deta ve-| bue as horas,pedindo a Deos os]
nerauel Ordem aqui no nofo |bõs fuccefos do reino, & a con
conuento,{endo deuotas, & fan 'uersão das almas. Cotumão nal
itas, vão muito encaminhadas a quinta feira vifitar muitas igre
o fim do feu me{mo Intituto. jas em louuor do fantifimo Sa
Não efcreuemos ainda virtudes | cramento do altar: muitos, atè |
particulares de algum dos feus | trinta & tres: os que menos, não |
irmãos,fenão sò o etilo ordina baixão nunqua de fete;& depois |
rio,que pera todos he lei. E ne{ | 4 na de fanta Engracia, na noite
te foro età ozelo do Commif de 1 6. de Ianeiro de 163o.fuc
fario, que em praóticas repeti cedeo o trite cafo, que magoou
das na igreja os exhorta ao fer: a piedade chritaam, concorrê
# uiço de Deos:o concurfo dos á do a ela com mais feruor, algüs
feachão prefentes: o clamor dos fe difciplinão à fua porta de noi |
Zeladores, repartidos pelos bair te. Fazião todos os annos a eta|
| rosa modo de atalaias; & a vifi me{ma Igreja htia procifsão fo
ta geral,que fe faz todos os an lemne, onde tinhão o dia todo |
| nos pera emendar asfaltas. Cõ expoto o pão, que veio do ceo:
tinuão co as nofias difciplinas mas ja hoje das nofas portas a |
dos tres dias na fomana, & mais dentro fazem eta deuação.Nas |
em particular no Aduento, & fetas feiras,& fabbados,algús,q |
Quarefaa,cujas fetas feiras faõ por fua idade,& virtudes, ajuda
de grande deuação.Frequentio dos da graça celetial,tomão ef.
| os facramentos com grandiffi. ta confiança,vão por cafa de mu
|mo cuidado, & todos os mezes|lheres peccadoras, & deixando
| tem a communhão geral. Não lhes efmola pera o feu mantimé.
| sòmente nos dous tempos mo. to,lhes pedem, que pela morte
| meados da Quarefma, & Adué | de Chrifto,& pureza da Senho
to, mas tambem em muitos dias | ra,fua mãe,a o menos naquelles|
pelo difcurfo do anno fazem em | dias fe abtenhão de peccar.
cõmum larga oração mental, & | Outros de noite fe efpalhão
vocal nas duas capellas do clau pelas ruas da cidade encom
----
IT) (* []-
=-- - _>?
-
tos por outros muito humildes, que lhe feria a alma. Pela grãde
| & pobres, com os quaes appare confiança,que tinha na piedade |
cia em publico. Como fe vio em de Deos, co feurofario, ou com
etado de viuua, vetiofe da pe agua benta,fem tratar algúns ve
Y4 2CS
──º
→mº
####
Lufit. 17.
tros confentem que nós aísi o mos nelles florecião os Tem
de Feu.lit.
id.no com. digamos, pois apontão quem plarios, & erão tão refpeitados,
e. Nunes
| cit, acabou etas obras,& não quem que ninguem os auia de lançar
as começou. Efuppoto que não defuas cafas contra a fua von
|lhe deu o principio no anno af tade. Efe eles nos largafema
|fima dito, nem em vida de N.P.] quieta pera efcolherem outra,
S.Francifco, como fe perfüadia algum vetígio della aueria em
Duarte Nunes do Leão;por an Coimbra, o qual porêm não fe
} .
dar neffe tempo aufente de Por. acha. Mas não fómente errarão,
# !
|tugal: não achamos occafião fenão que tambem fizerão errar
cit. P. f. l.
opportuna,fenão quando/pelos com elles o íobredito Gonzaga
|- 16. c. 11. annos de 1 247, veio emparar,& por eta falía informação, que
affitir a o Conde de Bolonha lhe derão,acompanhada d'outro
feu (obrinho D. Afonfo III. no engano maior. Porque, fendo
gouerno dete reino,no qual tê fagrada a igreja na era de 14oo.
po vendo ele a os frades ja def inuiarão lhe o anno de 1oo 4.do
contentes da cafa dos oliuaes nafcimento de Chrito: donde:
| pela deuação, que tinha aos fe forão feguindo muitos erros
#
·
fantos finquo Martyres,os quiz no feu liuro, os quaes ele occu
1
= *
–=-
—= Luro II. Da hi/toria Serafica dos frades
no me{mo anno a 8. do mez de
pado no gouerno da nolla Reli
gião não pode examinar, & nòs Agoto, conforme a o liuro dos
agora deixamos de repetir por obitos de Santa Cruz de Coim
não encruar a magoa de infor bra,& porque a dita obra, ainda
marem tão mal a hum Prelado affi ficaua enfraquecida por falta
de tanta autoridade. Pelo que de cabedal, correo com tantos
dizemos contantemente, que vagares, que no anno de 1 317.
não auia aqui tal conuento de a 24 de lulho não etaua acaba
Templarios, fenão fó o campo da. Conta ito da º doação de h. arch de
S. Clara de
limpo,fem edificios velhos, afi hum oliual, que nefe dia fize Coimb, |
como o criou o Autor da natu rão Maria Domingues, & Ma
TCZ3 e falda Domingues,ambas irmãas
3 Nelle nos fundou nouo no fangue, & profiísão da Ordê
conuéro pelos annos de 1247. Cifterciê{e no moteiro de Cel
ofobredito Infante, que auia fi las, a D. Maria Gonçalues Ab
do Rei, & tornou a reinar na badefa de fanta Clara neta pro
mefma ilha; & difpondo o que pria cidade,na qual entre os fi
conuinha pera a noffa mudan naes,que o dauão a conhecer, a
ça, breuemente lhe dêmos exe chamos efcrito ete. Em que era
cução. Mas porque fe aufentou brit㺠os frades ºferespedra pera a |
de Portugal outra vez, ficàrão /4 egreja. +
por ele foi fagrado o conuento, |lhor lugar no anno afima dito |
m. Fr.Luc, pois logo fe declarou; º confor de 135%: a aber a fagração da |
cit.n.70,
Gonz.Sou me à verdade da hitoria, é ifo igreja;& morte do Arcebipo,
fa. Agiolo.
Lufit.cit.
fizera o Arcebipo.Saluo, e quiz |em quanto as tyrannias,& difsé
•
eferecer que por ele affio agen"| {ões de Catella ainda perfeue-|
ciarfe fez eta fagração: mashe | rauão. E comito fe conclue fi- •
muito violêto o fentido, & mais | nalmente, que não podia efte
facil nos ferà emendar a palaura me{mo"Arcebipo adminitrar
por condertendoa em qde moda fete annos o bifoado de Coim
que venha a relação a dizer, é bra, como diffe o conigo Pe
num me{mo dia fº/gradº º comº dralures
uento,grfrei Afon/4 dºAnhaia Zifa na
Nogueira, & ferefere |
fobredita Hitoria." - º "|
|
d'Ourenfipilo ditoz). Vafiº:Arcebº | CAPITVL O XXX; }
pº de Toledo@rc. E afi o entend eo
a. cit. c.4.
o padre º frei Luiz de Soufacõ
Cafºs varios,&#algãs demuita |
…" -> >
outros antiquarios de muita au lhõra,defe tomuito da póte.
-
*>
……………*** +
.… -----
teue ouuindo as mifas é fe dif bedo, não declarem quaes erão #5."
ferão. Mãdou logo o me{mo Rei etes cõuentos: os antigos, que |e.Monarc.|
atráz dellea ofeu accufador pe lhedeu º me{mo Rei, & andão Lufit. p. 5.
lib. 16. ca.
ra lhe trazer a noua de fua mor: na º Monarchia Lufitana, o di "##
te, o qual correndo com preça, zem /CX#3f im , .." :
# |
*Prefamente. —"#ppendic.
•
- *: … 1; •
|-
•
• Algum •
----+-+-+---- == ---- }
=–
*>
AMenores na Prouincta de Portugal. • •
- 267
4 Algum trabalho nos deu, frei Afonfo de Guimarães, de h.liu. 1.c.
Freitas, que tendo eta cidade enterrafem no conuêto da nofº |il. 16. C-5 I»
-
- - --- -• •
***********-*--
- >-------
----
- : : : CAPITVLO XXXII.
• • = **•
|| e{paço.
a elles,reduzirão a outrómenor |}
, … … -- … -
|
272
conuento de S. Domingos com ainda ficamos mergulhados em
—
elles. Da outra banda executou os charcos.
fua furia no moteiro das freiras 4. Depois dito f pelo dif. f arch de
} de Sant-Anna, as quaes agora curfo do anno de 1 594. fendo S. Fra nc-de
leftão fóra da Porta do catello: Minitro o padre frei Diogo de Lisboa,
| nos paços,& hopital da Rainha fanto Andre, refoluemos a mu
| fanta Ifabel:nete nofo conuen dança, & q foffe pera húa emi
to de S.Frãcifco; & no real mo nencia fobranceira a o rio, onde
teiro de Santa Clara, cuja mu chamão leniceca,fóra da Porta fo
dança fe difpoem pera outro, bredita do catello. Approuou a
que jà età começado. com tantas demontrações o
Não etaua efte nofo Bipo Conde D.Afonfo de Ca
tão baixo em feus principios, é tel-branco,que alem de nos dar
não ficafle fenhoreando o rio graças por ella,como fenifo fo
com mais de vinte degraos, que ra mui interefado, não sòmente
pera elle decião. Mas breue nos prometteo feu fauor, mas
mente fe vio afogado das enº tambem nos animou por húa
Cº cap. 29. chentes,& etando por acabar a notauel carta na confiança da
igreja no anno de 1317.° como deuação dos fieis, dizendo etas
deixamos efcrito, ja quando no palauras. E não podem os jºfos,
de 1311. fe intentou extinguir comº faz os de/familia de S.Francy
o primeiro moteiro de Santa co,recear que lhes falte o nece/ario na
Clara conforme à noticia, que terra, quando à tratão dos bés do ceo.
adiante daremos, nos foi dado o E etando juntamente applau
(eu fittio pera nos mettermos dida da cidade em hum affento,
nelle,apontando por rezão, co que fobreifo fe fez, nôs me{-
2. arch.de
S.Clara de mo diz aº efcritura; que o mºfeiro mos renunciamos o fittio, que
Coimbra. defes frades 3áceres faua em peri ficou pera os padres Carmelitas
gº de guizº, que osfrades não podião defcalços nelle fundarem colle
h morar figuros por razom das cheas gio,repudiando tambem outros
do riº, que en el entrauão amiude, @r lugares, a que algúsfe motra
o cercauão. E por quanto com o uão inclinados. Não tratamos
tempo ia crefcendo o damno das rezões, que nito fe aduerti
e.Torre do
elRei D.Manoel, que o quiz re rão,nem fe foi teima, ou brio o
tomb. l. 1. mediar,no anno de 1 506." ouue querer conferuar de algum mo
das bul.
hum breue do Papa Iulio II, pe do o nome antigo de São Fran
ra poder transferirnos, & a os cfco daponte. Mas emfim, fem
padres Dominicos a outros me tornarmos a pafalla pera abã
lhores fittios: mas elles (aindo da da cidade, fugindo do rio fi.
pera hum lugar mais alto, nòs zemos o pê atraz, & viemos del
cançar ----
—
zo da fabrica fe encampou a os
6: Affentada neta forma a hombros dos padres Prouin
mudança, a nenhum particular ciaes. Encommendarão no prin
fabemos da nofia parte obriga cipio ao irmão frei Afonfo,fra
ção pelo fittio,porque todo foi de leigo, que pedifle madeira
comprado, fe não he a o mof pelos montes, & mais veio a
}
montar
274 Luro II. Da bifloria Serafica dos frades
montar fua agencia por ter ho de pedida o padre frei Chrif,
mem de fingulares virtudes, do touão Carneiro, que nafceo pe
que podia valer hum cabedal ['2 O palpito dicutando galáte,
muito grande.Aconteceolhe hú & doctamente fobre etas pala
dia não achar mais, que húboi, uras do capitulo 19. dos Iuizes.
| pera trazer húa carrada, & elle, Profetifumus de Zethleem luda, gr
que não cançaua com o jugo do perginus ad locum nºfirum, qui ? in
Senhor, metteo nete o pe{co lateremontis Ephraim. No que in
ço,& foi puxando pelo carro atè tentou dizer. Temos partido de 3e
que admirado do feu zelo hum lem de ludà, @r caminhamos pera º
deuoto, lhe offereceo os bois, nº/a lugar, que ela no lado do monte
que lhe erão neceffarios. Efraim. E tendoja fufpento o au
ditorio declarou,que fe elles vê
CAPITVLo XXXIII. do as difficuldades auião prog
noticado que pera o dio do jui
AMudão/e os frades ao tercei zo feria eta mudança, no me{-
|mo dia etauão,porque nelle re
rotoluento, onde algãs fedef prefenta a igreja as lembranças
pedem defie mundo tom grande defe Iuizo final. O guardião da
opinião,&bum Principe do cafa velha, que neta noua auia
de ter o mefmo officio, era frei
<reino de Ceitanaca Pedro das Chagas, doctifimo
tom eles, nas rubricas do Breuiario, Mif.
fal,& Pontifical Romano; & o
I Omo o conuento nouo primeiro tambem, que entre |
foi capaz de nos poder nós imprimio as folhas da reza
recolher, faímos em do oficio diuino. Masvio de fó
procisão pera elle do nofola ra, fem entrar, á femelhança de
go antigo, acompanhados d6 Moifes na terra da promifsão,
padre Prouincial frei Antonio porque etaua enfermo na hof.
de Soufa,& de muita gente no pedaria de Santa Clara, & de lá]
bre, na primeira dominga do foi chamado, como piamente
Aduento 29. de Nouembro,do cremos, pera morador do ceo.
anno de 1 6o9. & não de 1612. Os dete nouo conuento fão de
como ja anda efcrito. A cidade ordinario quarenta.
chorou a noffa aufencia, & pô 2 O velho, donde fatímos,
de fer que tambem etranhafe como tinha no Mondego o ini
o efcandalo de quê fe motrou migº de cafa, a poucos dias an
alegre por fuas comodidades. dados padeceo a final ditrui
Celebrou contudo eta noff, cão, & hum pedaço de parede,
que
·== …>…>…<>-- --- *****-**** - ---*
• |- * * ***
*
-
+ …--- …
|
#
da:parede,
ir terra-grande parte gão da outra etaua quaficuber.
|- … -- ·, •, º * * *: *=
: " - l","sr" #f;" .23"." 2 * * ** **
•
to:à noite era horrenda: muitas
- 3 Nete tempo,ja de noite, as"lagrimas de compaixão nos
pretenderão quatro homensa outros religiofos, & tudo itofa
trauefar em hum carro o braço! ria encolher o coração mais di
impetuofo,que deitaua por fora | |latado,& forte, Deulhe com tu
da ponte, mais curta naquele | do a benção, & o merito da fan
tempo que hoje, defronte de S. ta obediencia; co as quaes ani
Clara; & as aguas, que corrião |mado, & intrepido fe foi arraf |
encanadas, derão com tudo por | tando pelo mefmo epigão até
hum boqueirão abaixo. Afoga chegar à efquina, donde lhe ou •
|le o padre frei Antonio do Cru fuas contas, & cilicios. * ºu o *** 1
- - "." D.Fe-.
* ** * - - - - - -- -- - - ---- - |- •- - - - -
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# -*-fo,o qual trasladeº ". |de outras partes,fenão sòos que Cº11#1 +\ {2_>1: * 1 * .* * •
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"hum,ohomé muigrande
qual como Abra- #
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=SE Luro II. Da bifloria Serafica dºsf7;
6 - Tornou a lerulalem;que de Ramos pelos annos de 1 574.
| não podia fofrer as faudades de tomou húa cruz às cotas,& ca
uotas de tão fagrados lugares: &
minhando com ella pelas ruas
temos por coufa certa fer ella
de Herufalem,pregou com gran
aquella me{ma Maria, que lá de efpirito a Fè do me{mo Se
deu hum tetemunho grauiffi nhor reprouando a os Turcos a
mo em abonação das verdades cegueira, & torpezas do feu
euangelicas, porque affio per maldito Profeta. Elles abráza
|fuade o nome com algüas cir dos em paxão, depois de muitas
cunftancias, & não repugna o afrontas,que fofria com admira
tempo. E ainda que º Gonzaga uel esforço, affi viua a queima
*-gag. 114 chamou a eta a 2zaria Hºfanho. rão diante do fanto Sepulchro,
la,não exclue effe nome a noíla donde fua alma, apurada nete
Conimbricenfe,pois tambem o terriuele incendio, refufcitando |
B.Amadeu, nafcido em Portu com Chrito iria fentir o fuauif.
gal,fnas bullas apotolicas tem fimo fogo,em que ardem
Ál….….
1464.
nome de Hepanhºl . Ardendo os Seraficos Eípi
pois em o amor de Jefu eta in ritos.
figne mulher, numa domingº | (#)
cº-º!»
#
:
-* *
- TER EI R C) :
D
•
DA HISTORIA
|-
| SE R A FICA D O S || |
FR A D E S M E N o R E S NA
- - -
PROVINCIA PE porTvcal -
==#=<-----
4. He verdade,que antes da
diuifão a nomeåuão por de Lisbºa
intituida, ou pelo menos proui, alguns, como tambem a o Cuf|
da do feu primeiro Minitro a todio;porque o Papa Innocécio | Fr. Lu", •
fobredita Prouincia, etendião(e IV numa «bulla, que deu a frei É.. 114°. num»lº
feus termos por todos os reinos Defideriofobre o fubfidio das
de Hepanha,que etauão occu igrejas dete reino, fez menção
pados de chriftãos, entrando tã de frei Ioão Martins, Cutódio
bem o nofo de Portugal. E co | dos frades Menores de Lisboa:!
|mo era tão larga, pera fer bem Cufodis fratrum ºtimorum Vlixbº.
gouernada, fe repartio em Cuf ninfam. ED.Contança SãChez,
__--_-_-
filha –**
====== _______*.***_*__*
-
Menores na Prouincia de Portugal *** 28;
filha delRei D. Sancho I. diffe
h.arch. de
S.Cruz de
Coimbra.
no feu"tetamento,que deixaua cA e ITV L o II |
fetenta liuras a toda a Cutodia
de Lisboa: 2íando toti (w/inde
Vidado feru, de Deus Fali, •
| i > ….…" e
}~ # ….…. … ; , … " |porcos,os quaes grunhindo, &
| … …º … …………… -- efpalhados não acabºuão de en
- - -- ##a. " trar, & ele defefgerado lhes dif:
lº.i e *#* …" [lfe etas palauras. Entra pºrcºs
«… . * * * * * * . . nefacórte, ficomº entr㺠os luizgs |
* ** * . * . * ** — nº inferno. Ito dito, abaixarão as
Aa4__.. orelhas, …..___
— 284 Liuro III. Da biftona Serafica dos frades
orelhas,& forão entrando todos Prouincial de Hefpanha, fujei
com húa tão grande furia, que | tandolhe tambem os conuentos
empuxauão huns os outros, & o dete reino, que onze annos o
Iuiz,que tudo confiderou, dif: lograrão no oficio, & lograrião
curfando na materia co a luz da mais tempo,fe não fora afump
graça celetial, refolueofe em to pera Minitrogeral. Mas a
deixar o mundo, & o oficio, de charão os vogaes congregados
ique ete fuccefo lhe daua tão em capitulo, que fô a capa de
trite informação. Entrou na fuas grandes virtudes poderia
nofía Ordem ferafica, & fazêdo encobrir as faltas de frei Elias,6
facrificio dobrado, & mais acei por elas auia fido priuado. Nú
to a Deos, trouxe configo hum oficio,& noutro nos motrou cõ
filho, que tinhavnico, herdeiro | feu exemplo o caminho euan
da fua caía. gelico,que nós fomos obrigados
2. O primeiro nome, de 6 afeguir; & achando alguns em
|wfou entre nòs, foi Fr.lo㺠de Flo baraços nelle, por não etarem
rença, que era a fua patria: mas ainda bem entendidos certos
depois, a repeito do entranha pontos da nofia regra ferafica,
|uel amor, com que trataua os defejofo de ferenar as confcien
fubditos, & procuraua augmen cias dos fubditos, fendo Miniº
tos à fua Religião, lhe vierão a | tro geral pedio a o Papa Grego
| chamarfrei lºão Parente, que no |rio IX, que todos os explicafe.
| latim quer dizer Pae; porque Vifitou fempre a Ordem a pè,&
| não etapadiato, difipador, ou | defcalço, pedindo pelas portas
| tyranno, fenão amorofo pae, & como pobre o que auia miter; ,
| Padre da me{ma Religião. Qu | & affi deixaua edificados, & ad-|| | |
tro nome tambem teue, a faber | mirados os pouos de muita par
| ºtfire das lágrimas, impoto com | te da Europa,que o virão cami
muita propriedade; por rezão | nhar com elta grande pobreza.
de que quando o apertauão as | Ditofo aquele tempo! Ventu
faudades do ceo, ou felembraua rofo Portugal, que tal Pae, &
de fua vida pafada,ou queria al Prelado alcançou!..…
leuiar os frades defconfolados, 3 Quanto Deos o etimaua
ou confortar a os fracoserão tã por fuas muitas virtudes fe vio
tas fuas lagrimas enfiadas pelos na occafião, em que na cidade
| olhos, que derretia corações | de Soria celebrauahum capitu
empedernidos, & a todos enfi lo. Ardião as fementeiras: abra
naua a chorar. Com oito annos zauão(e os campos: caião do fol
de frade,no de 12 19. o nomeou fettas acefas em fogo: o ceo du
N.P.S. Francifco por primeiro ro,& de ferro não etillaua húa
gotta
----
→…….…
•
to cedº fêntireis a mão de Zeos/endo o dente & fanto, por não ver algüa
75bre executor do cafgo; (2) entãope acção disforme, que magoafe
|4irei, com humildade o que agora por |feu zelo, logo faio do capitulo,
/berba engeirafts . Tudo affi fuc & bufcando hum retiro, onde
cedeo, & andados poucos dias | feruife a Deos,embarcoufe pera
|crefceo o rio de modo, que afo a ilha de Corcega, na qual plan
|gando muitos em tuas prºprias| tou em muitos côuentos a noff,
cafas, a os outros imprimiotan Religiaõ, que até aquelle tempo
to terror,
• ! # •
que melhorados de não tinha entrado nella. Aqui
- • • ••• • - ___A \lºr - Y -
". •
- - … -- --- … --- - - - - - - -------+-- -----------* ****** • • .…………. r…- --> --- - ... __ller[CO
→=
Do GLoRioso TRIVNF o DE
finquo Martyres na cidade de Marrocos.
CAPITVLo III. viagem de Lisboa a Seuilha. A
quarta, porque a cidade de Mar
rocos,onde elles padecerão,caia
Dãof as rezões de pertence {
confor
• … -.- • - -- - - - - - -- --- --------- - -
=Y
*=<–>>>* * *
ges pelo mundo pera reformar |##pera que não vos fake a minha
fieís, & cóátierterinfieis, & dei. |com|olução defilhº , @ a benç㺠de
xiiido o Senhor em fua difpºfi bar:Padre que decto/ºbre ºs fanto
#ção a efcolha dos fujeitos, fò à Apºfiolos, venha agora/ºbre vós, gy
jefles finquo detinou pera Mar: vos conforte-Amen. "…".
|rocos & claramente lhe diffe é "3 Defpedidos defua fanta
.
jelle ósítiº afe. Pelo que o finº preféça cão mefno viatico dos
| tóPadre comuocatidõos à todos, Apótolos de Chrifto; que era
depois de lhes intimara detina sö a côfiança em Deos,fem bol
{ção ditina, como amorofas pala fa,fem alforge,{em bordão, vie
Juras os extistou a jorrida, ani rão corredo leues fobre as azas
•
->+
dos
--+==
=*
|
288 | Luro III.Da bifloria Serafica dos frades
dos ventos com o impeto da poetaua em Alanquer pera que
fanta obediêcia;& depois de te por vizinha de Lisboa defse or
ré vito em muitos cafos da fua dem à fua embarcação. A Infan
necefidade milagres claros da talhes fez todos os apretos,
piedade diuina, a o entrar no *como deixamos efcrito; & el d1.1.e. !,
289
{e lhe fairão de cafa,& entrando reprouarão os erros da fua mal
-
====
*_*_
fua
•
••
=
(UToñãJE, os entregou a o
Prefidente da jutiça, pera que os açoutafem, & forão taes os
os mandaísejutiçar. E poto q açoutes, que os algozes cançan
os Chriftãos os tirarão da cadea do,& defcançando fe reuezauão
emfegredo, remettendo os pela hús a outros, & fobre efta cruel
via de Seita a Hepanha, logo dade com fal, & vinagre lhes
na manhaam fºguinte os acha falmourarão as chagas.Ora,San
rão pregando ja pelas ruas, & tos, ja começais a lograr o que |
elles melmos federão por (eu tanto defejaueis: mas ainda vos
goto à prizão... . . reta largo caminho. Quem ha
-
** *
+
* * *
•
de poder dizer o muito, que pa
decetes de tormentos,de afflic
cAPITv Lo v. ções, de afrontas? Porêm efas
coroas riquiffirmas,que vos e{pe-|
Tornão apadecer atè a morte rão na gloria, efte ferro, & etc
tom inunciuel esforço, confo fogo as auião de laurar.
landoos res
com0 feus fau tz No dia feguinte os en
• cê0. tregou o maligno Iulgador a o |
\
** * *
pouo,animalfero, & bruto,pera |
que vingando nelles os oppro
vºº …",
| --
em altas vozes a Deos, que lhes |
"…
* * **
""" Bb = fazia
• •
- >
•
AMenores na Prouincia de Portugal. 29 3 *
4 Nos corpos executarão os
Mouros fereza tão infernal que CAPITVLo VI.
arratandoos logo pelas ruas da
cidade com opprobrios da reli Dos milagres, que fizerão de
gião Catholica, depois de def:
pedaçados os lançarão nos mon |Marrocos atè Coimbra os feus
turos. E mandando recolhellos veneraueis corpos, & do
húa noite por gente de fua cata aplufi,em que fo
o Infante D.Pedro, com o me{-
mo furor lhe matarão (eu fo rão recebidos.
* * * *
* * *
brinho D. Martim Afonfo Tel • / |-
lo, filho de fua meia irmaam D. 1 rºw Epois do Infa nte ajun
Thereja Sanches, & D. Pedro | tar em fua caía a car-l'
Fernandes de Catro, no qual ne,& ofios fantos, deu
auemos falado. Por eta occa ordem, que num eirado fe fec
|fião mãdou o Emperador quei cafem a o fol, & Deos tambem |
mar as fantas reliquias : mas o os começou a honrar cõ obra
fogo não lhe quiz obedecer, fu ço milagrofo de fua Omnipotê
gindo dellas com granditimo cia,enfinando juntamente a pu
repeito, ou elas fugindo delle, reza,com que era juto (e tratafº
como húa das cabeças, que ain fem. Porque fubindo pera o di
da fe vê hoje cos cabellos do | to eirado hum Pero da Rofa, o |
circilho em S. Cruz de Coim qual etana tocado da podridão
bra, a qual em a lançando nas fenfüal, ficou tolhido em os de-|
chamas tornaua a faltar fóra. graos da efcada; & querendo |
Enuergonhados comito, fegã-| outro homem, enfoualhado co}
da vez as elpalharão pelos luga a mefma immundicia, tocar as]
res immundos, vigiandoas-tei fantas reliquias, elas lhe fugi-}
{
nofos em quanto o ceo não del rão;&fe pozerão no ar: mas cõ
parou febre elles húa tempetá |fefandofe ambos,o primeiro te
de grofa de vento, trouões, & ue perfeita faude,o fegundo me
agua, a qual os fez efconder(e, receo tomallas em fuas mãos.}
deixando o campoliure pera é | Aqui na prefença delas refur
os Chriftãos recolhefem mui gio hum moço fidalgo do fobre
ta parte co a me{ma luz, que dito Infante,a quem hum caual
fcintillauão as nuuens. A outra lo tinha morto a os couces; &
lhe foi vendida pelos Mouros; faio o demonio do corpo de húi
que onde ha interefe, a Moura,que fe fizera Chritaam:
º religiãode.(e per-8 * * fararão muitos enfermos co a a
_> ", - - -- - •
|tyrio, accendendofe em muitos fua jornada, da qual tornou a fr. Luc. 2n,
1 a 19, nu,
hum defejo ardentiífimo de pa Italia logo no anno feguinte, $4. & 2n.
decerem por Chrito, como el donde nunqua mais faio. Daqui Qhronol, 1 10,
les padecerão. Frei Vidal,aquel me{mo, onde lhe derão a noua, hit, leg
leferuo de Deos,& companhei lançou aquella notauel benção, gºl.I.C.13.
pag.12.
n. 14.
tinha quietação na claufura do| 2 . Lá etaua o cruel Mira
moleiro, magoada de que não mulim gloriandofe ainda dos
foffe poffiuel derramar tambem tormentos,& da morte; que nel
o fangue pela confiÍsão da Fé.O les auia executado,quando o ju
e sixt.IV.
bul. Cum Padre Santo Antonio, º quando to luiz,que aualia por proprios
alias. "[…vio em Santa Cruz fuas fagra os aggrauos de feus feruos, deu
| das reliquias, defpio a fobrepe. (obre elle co a vara do catigo,
liz, & murça, vetindo o nofo afligindoo de modo, & a todo o
feu
\,
fecco o braço, com que fez a reinos, onde bem nos etiuefe.
brutal carniçaria. O ceo (e fe Tudo ito logramos por muitos
chou co as fuas influencias, & |annos,& de tudo nos priuou pe
não caio finquo annos húa got ||lo tempo a diante a fereza da- |
ta de orualho fobre a face da ||quelles barbaros ruticos, como [..
| terra, caufando eta defordem || iremos motrando. Os bipos "
Grangeiro,fez voto que fe os Mar cão nus dos joelhos pera baixo,
tyres o liurafem a elle,& a feus & da cinta pera fima, em cal |-|-
,
— Cc oração,
- -
==
• - - --
* ** * . . ! ! ! r - - * *
"*…-- … Cc 2. chega- :
- -> - •+---
---- **-*.
---- <
* * *. - |-
. . . . . ., , ,;• |-
+ ….… -- * - •
•
** * * * . * . * . * # : ; …
••
-----
• • •+- - - ---- •••• -
C-A- •
-
lá ………….…..…… :" | (e º
Chrito de 1 216. *quando
|| Entommenda o Papa aos nºf| elegeo, & coroou º Pontífice)###
#""""""""""""""3 || ainda o dito mez de Dezembro ]*******
} Guardiãs a refor"{" | corria no fim do anno/de 122o. [...,
: … dalguns aluf, do Clero |poto que alguns por erro de có-| |
" | | | no bifadº de Life, * * tas lançarão a data della no cº
| "
|| " " " bºa. a… ", tro mais adiante. .
* * * * |}… .. ní: … !04- ..:. .: || , . Mas he muito de notar,
..., … | … __ ! ….… . , , , , , || que quando o Arcebipo com }
|| 1 | LT Mbaraçados por sete || tantas demontrações (e quei
***º | JL tempo andauão delRei |xaua dos Leigos aggrauarem, &
|| D.Afonfo II. & D. Ef|moletaremo Clero, nefe tem
|teuão Soares Arcebiípo de Bra|po os mefinos Ecclefiaticos os |
|gº,por rezão das ºppresões que|vexauão cõ exacções rigorolas,
| Padecia a gente. Ecclefiatica ||as quaes não dizião bem co feu 1.
* .* . * Deos engrandecia a nota fanta noulhe a dizer na me{ma occa- , ! * 2. ". "
* * --
| Familiados quaes nos contaua fião. Não querº,que ºs teus fradesfel
por auízos repetidos de Italia,& embaracem com ºs cuidades da terra.
por cartas de frei Elias, que go Eu me conflituo Preuedor defuas ne
lúernaua a Ordem. Mas como efiidades@y em quanto eles/econfia
ito era geral pera todos, dire rem de mim, guardando a regre, {
mos sò o que toca á fubtancia nunque eu lhes faltarei. . . .
da me{ma Religião, ou à pefoa 3 Eta pobreza altifima,
| do feu fanto Patriarcha, no que que nem no particular, nem no
| cada hum de nós muito em ||commum admitte propriedade,
i particularfe acha interefado. |nos deixou o fanto Padre por
.sa…] 2. No dito anno de 1223 ||fingular excelencia, maior or
# 4.S.Borf2 U", • ,º "." * ** • • ". -- 1 a
== TTDTraSeraf㺅T
viãº: ainda nilfº diferinos, por 1 num,co a qual fe futenta sem, #{ |
baiº
lquanto o noíso, vío ha de fer como deu a entender Bonifacio lº 7. - } D
mais moderado: & o que toca a VIII. numa "bulla, que começa, # Rodr.
"It de R
dinheiro,ou pecunia nos efâto Adcom/equendum glorum, de cujo tt
pº
italmente prohibido. No com teoro Papa / Clemente IV.ti fºi liv],
} thro
mum he clara a diferença, por nha cõcedido outra a os padres. |11
muel
que nôs não temos rendas, nem Pregadores, que com grande, msmº
redditos, com os quaes nos fuf. louuor guardauão efsa pobreza:
tentemos,como algüas pofluem; contudo, não sò podião licita-}} }{
jº, 0
| nem temos propriedade, ou do |mente v[arhuns, & outros da | (Ch0$ (
|minio algum nefsas coufas, que |pecunia; fenão, que o domínio | #Atu
|com o vío fegatão, ou nos con dos conuentos, & das coutas de |
uentos, & cafas, em que mora (eu vío e taua no commum das | | tra
Ictita
Suares fuas Religiões: & nada dito fei
m. 3. de mos: * o que porêm não deixa luia,
eli tract. de cõpetir às outras Religiões,6 acha na nofsa Ordem, Donde |-
\
g. l. 1, Mi
l,8.cl 17.
{ão pobres em commum. Mas veio a dizer o grande é Bartho noric.c.m, | W
ke
\
de tudo temos fomente o vío |lo, conformandofe com ele o
(X20
fimples de facto: ficando o do Cardeal "Zabarella, que de to k.mét.fup.cle:
|minio no dante, ou paísando à # Exiui
os Etados,quantos fe achão de verb, fig
|fanta Sé Apotolica,que difso fe o mundo: ou fejão de religio nific.
* - - - . .
-
}(AR
|fez fenhora, & por nós fermos {os,& ecclefiaticos ou fejão de Pri
t0
feus feruos, que pera ela pedi feculares catiuos por condição,
mos, & trabalhamos, deputou (eruos da pena, & deportados
Procuradores, ou Syndicos, os pera a Ilha,como fala o Dereito,
|quaesco efsas mefimas efmolas nenhum delleshe tão pobre co
| nos acudão em feu nome à nof mo o nofso Francifcano, nem
|fas necefidades. femelhante a elle. Zeys etiam,
-
|-.4 : Pelo que não podemos uiin Ecclefa Zei militauerunt, nullã
| approuar a igualdade, que fez, genus hominum reperio in tam firiia |
Facotado a os efcritos de outros, aupertate. E por fereta pobreza
na fatisfa
o apolo.
o padre "frei Gil de fão Bento mais etreita em commum, fin
soft. 2. dizendo,que os padres Eremitas gular prerogatiua da nofsa Reli
if. 13. : da illutrifima Ordem de fanto
*
gião, & tão illutre em a Igreja
! | Augutinho guardauão em feus de Deos,difpenfando o "Conci i.fef. 2. 5 - de
#
•_
-
*;
-
, º
- - -
$. O
- -
+
- -
---- - -- - - --
breza"
4 enores na Prouintia de Pºrtugal_369 |
*
}
bºza não Teigualão com ela. ca, Togo na annoTeguinte de {
} 5 Daqui tambem fe con 1 224 reduzio o Patriarcha (an
'í, tom 4 de 'clue a pouca rezão, que teue o tifimo a da virgem fanta Clara
Re} tº act.
| *º* * c.3. padre"Soares pera querer aba a outros doze capitulos feme-| |
a 6 X 1.+
º-9.m.4.
tella no que toca às capellas, & |lhantes a os nofos; & tendoja |
annuerfarios perpetuos. Porque ordenada a Terceira, recolheo
nòs não temos nito proprieda fe pera o monte Aluerne, onde |
de algüa, dominio, adminitra Chrito em pefoa,transfigurado
ção, ou vfofruito:nem tambem | porém na forma de # cõ
temos direito pera pedir por juí forme afeu efnirito, poz o fello |
tiça em juizo, ou fóra delle o ef. em fuas raras virtudes impri
tipendio dellas, mas fempre o mindolhe as chagas nos pês,nas
aceitamos como e{mola volun mãos, & no lado. Obrou eta |
taria, & fimples, a qual porêm os portentofa marauilha o fobera
Minitros da jutiça por rezão no Senhor a 14 de Setembro,
de feu oficio poderão,& deuem º no me{mo dia da Exaltação da Piancó
executar, auendo algum defcui Cruz, que com ella ficou noua- #"#
do não como diuida feita à noí mente realçada. E víuendo o P*º*.
fa Religião, fenão por dar com Santo ainda depois dous annos #…
primento à vontade dos defun com o coração patente, que pa-"
tos, que aísio ordenarão. Efe a recia milagre, no de 1 116. a
pobreza euangelica não caie da quatro do mez de Oitubro foi
perfeição por pedir as efmolas fua alma purifima tomar pote
ordinarias a quem fabemos,que da
no cadeira,
coro dosdonde caío& Lucifer,
ferafins; a corpo, r
#
niente recebellas com o encar Papa Gregorio IX, co a maior |
go de mifas,pois femellefe pe folemnidade, que d'antes feti
dem, & fe aceitão;& mais quan nha vito, dentra Ha me{ma |
do fempre a nofo repeito fão igreja, onde etaua (epultado, kit.n.4:
é taº
"a os ró, de Iulho de 1228. "#re, }
- - -
*
— – "
! +
\
•
Menores
pus #TObrei na Proul
ra facção | de Portugal. "
viveRencia . 311 |
liza pera lhe darem
ainda finquoenta, ou feffenta Eão tres em myterioto nume |
#
annos atè alcançar com eles a | to,& feria pelos annos de 1424.
fundação do condento. Contus ||fe não foi nalgú primeiro,quan
do ete difcurto não conclue ! do eles fairão a dilatar por etas
couta certa, porque não afenta partes a hofa Religião. Even
em quantos annos viueo; &fe do como etaúá plantada na
" *- forão finquoenta, vinha afua Prouincia de Tralôímontes em
| morte afet no de 1 216. quan Bragança na d'Entre Douro &|-
.… do ainda os coriuentos de Galli Minho, na villa de Guimarães} ,
za, dondefe diz que viétão os na da Beira, em Coimbra: na Ef: |
| primeiros Fundadores, por aue tremadur
#...ma,em Alanquer;& Lif
. i ++ } }; ii.
tem começado no de 1114 ef. boa; paflando o Tejo, que ela
tauão muito em flor pera lança até ent㺠não tinha atrais fado,
|rem tão longe os Padres,que os vierão parar neta antiga cidade.
r-} criauão, "Se elle chegafe aos"|
Começarão o conuento pela
6o ja poderia ferifo: hág"fie traça da altífichá pobreza, que
porém infalliae, que videfe tã naquelles fantos têmpos era tiof
tos annos, & muito merios, que lfº Architecto; mas porque já
nefe tempo nos conferitifem daícia pera grande&real,como
os Parrochos fepultado em o motra o me{mo brazão do rei :
nodo cemeterio, como fe pode no que em muitas partes o en
!
•
# º refeitº,filluentº: & aquelle, que eference |
— — — — —- - - - - - - - - - - - - - …………… no "
!— *--* * ………………… * … == ---***************** *** ** "* * ••••••- +…
—
"• "… • • • • >
• *****-***…——––>
313 |
no dito livro do coro as memo
rias, que nós imos referindo, a c APITv Lo xiv.
[crecentou etas palauras, que
forão julgadas de muitos por | Cafºs,ê3 toufas notaueis defe |
profecia. Quem viuer verà, que ºs
mortos, que fio derão a são Francifo, conuento de Eura: algãs del
hão de clamar,(}pedir jufiiça a 1)eos.
Adiuinha muitas vezes hum co
les ordenados à eftimação
ração magoado, & feelle età … " … do nºfofagrado : +
-
|cia, & nas rezões de jutiça pa "I - r" Res fão as primeiras -
* * * *
- -
** * |-
-
•
quaes florecerão frei Anto
_* *
.nio de Santarem , que foi
• Dd aqui
•º
#--
3 IA" Liam III. Dahloria Serafiando frades"
aqui Guardião; & trei Afonio "em Montemoronou o hús ir-14.Chronic.
Caualleiro, Bipo Sardéfe: cujas mãos da noísa Ordé,em cuja ca mtg.
noticias guardamos pera feus tê # Mr cit.).
fa fe recolhião os frades quando, fr.Luc. 2n.
pos. E como Deos defejaua, que por alli Paflauão, q fendo muito : 148.n 18.
aquife guardafe a difciplina re deuotos,hú eu criado por nome | \
gular com toda a perfeição, affi lºão,o qual també affitia nas me{
o manifetou por ete cafo (e- mas occafiões, por ventura que
guinte. lhes fizeffeventagé. Chegando |
a. Chronic,
2 Etaua muito enfermo "frei ete à morte pedio com grandes
antig. Domingos de Lisboa, abrazado intancias, q lhe dê{semos o ha
fr. Marc. p.
2.1.4.c. * * *
de ardentifima febre,que fe ac: bito;& defenganado q não cof
fr. Luc: an, cendia mais com o calor do Ef tamaua darfe fenão a grandes
* 2.66.n. * *
tio. Pelo que defpio o habito,& |pefsoas,ou da primeira nobreza,
fem elle jazia lidando co a doê rogou muito, que pelo menos o
ça,a qual parece, que nete cafo |fepultafsé nete cóuento de Euo
o podia libertar do fanto rigor, ra:& iÍso lhe concederão.Mas o
que entre nòs fe pratica, de não Senhor, a quem eta deuação
|o tirarmos nunqua quando jaze era muito agradauel, na me{ma
|mos no leito, (e não he por gra coua lhe veítio o dito habito;&
|ue enfermidade. Porêm Deos,q com elle foi achado, paísados ja
|pera nofo exemplo quiz mof. quatro annos. Dõde veio a creí
|trar quanto lhe defcontentauão |cer notauelméte a deuação dos
| atè as fõbras de húa relaxação, fieis,muitos delles illutriffimos,
| permittio a os demonios hum | & dos melhores do reino,q nef
| atreuimento grande Pegarão no | te fanto lugar, abêdiçoado a fui
|leito,& leuantido o no ar junta juizo do ceo, efcolherão fepul
mente co enfermo, trabalhauão tura, pera nelle efperaré à fom
pelo lançarem por húa janella bra de noíso Padre fantiÍsimo a
|fó a Gritou o mefmº enfermo: refurreição final. …… * _{
| -. * ** Supei
–
|
. | }I de
=muita autoridade por rezão "ito nos motrão
|- |- que ## |
Dd 2º os etatutos, C L1$
----->,
|fe fazia forte a cegueira Africa Emperador feu erro deu licença + .
G
- "
|
*-
!
7T7 Luro III. Dã TaSerafã dos frades
Jepelião, o meImoleão, que Tça no anno afima dito de 1226.
ainda os etaua e{perando, os ll no qual tambem º frei Artur ef-lº.die "4 |
tornou a trazer fem perigo all creueo, que fora feita pelo Papa "… !
} Marrocos. - |Gregorio IX, a eleição do pri- º
- 4 Succedeo ete admirauel|meiro Bifpo, chamado Zom frei | * *\,
----- --- **
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* * * *"
:
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--r-- I \,
- -- ••---- - *: -••••••- - ………--+-----
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*--*
|
|Tinha vindo a Hefpanha co sã … : iilºr… Março.
| • *
}
querendo leuantar o dito Papa
|
- ___……………………--- ----******** ---- - –D-d4- ---- GO--- * -> ---
32O Luro III.Dahfloria Serafica dos frades
coRo A TRIvNFAL DE SETE!
\
Martyres em Seita.
CAPÍTV LO XVII., me{quitas em templos, os ritos
Mahometanos em ceremonias
Quandovierão de Italia, & Chritaans. Aqui padecerão pe
do que lhes faccedeo até la Fè fete gloriofos Martyres da
nofia Religião:aqurtiuemos de
a fua prifão. pois muitos annos hum conuen
I Omadas por eta vez toda nofia Prouincia, que cha
D? *
feras brauas de mão de Portugal: a eta cidade fe
eftendia tambem, como a Mar
"Marrocos, as da cida
de de Seita ficarão por aman #ocos, o ditrióto da Cutodia
far,& agora nos degollão cruel antiga, que tinha o me{mo tituº
mente fete cordeiros innocen lo,na qual fe originou a fobredi
tes do rebanho Francifcano. Té ta Prouincia; & húa vez, que o
affento eta celebre: cidade fo bem odo
lugar martyrio
forão era nofo, tã
os Martyres. •
|
| emifeu Vigairo por elle,no anno gairo,nomeado pelo Santo, no -
|
•"|
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.* .
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****-**
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|- •
Mandatohõ,
# |ceando pedacinhdeosChrito, contantes na pregação Euam
que pedirão por efmola, & là
:-•
|uando huns a os outros ºs pés |às quaes o pezo não dobra. Hña
|sºmamo tºhumil dade. Vº: noite,que mais aflictos etauão,
rão toda a noite, & rompendo a os confolou a piedade de Deos,
manhaam, co as cabeças cuber porque deceo fobre elles húa
|tas de cinza entrarão pela cida luz celetial, que alegrande fuas .…… ºk.…
e º
| pelos cordões, com que etanão manifetauão etafua alegria, & | < * * *
.." ; º
| cingidos,os leuarão ao Reique, quanto atè então lhes auia fucº | , { *.O
Z3lO.
# ^ 1
- 1
: " … : s. c. ;
- -
; 1.
|
- * - -- -
__*__*
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- -- -
………….…T … -- …….…… TT
o qual -
—
•••
--• •••••- - "" … …………………--- ** **********
Menores na Prouncia de Portugal _325.
º qual defe mã, nos confºla em nº/as de Satanas? Se queres gºzar das eter
kcap. cit.
tribulações. Diz o padre Rebol nos bens,recebe a Fe Catholica, @ deiº
ledo,que fe guardou muitos an xa o Alcorão de teu Prºfeta infame,
| nos no conuento de S. Francifco que nele recºpilou hãa femma de men
de Lisboa:mas hoje não ha no tiras, (3) enganºs. Com ito defe[-|.
.ticia della. . : perarão de poderem perpertel
2 Acabado ete trite oita fos à fua maligna feita,& foi da
uario de prizão, & de tormentos, da fentença contra elles, que
forão leuados a o paço, onde os morrefem degollados. … … :|
Minitros do Rei Mouro fize Ouuido ete decreto,não
rão com elles exquifitas diligen cabião de prazer.abraçauão hüs
cias,pera que fedefdufefem do os outros:chorauão cõ alegria:
que auião pregado.Promettião não cefauão de darem a Chrifº
lhes riquezas: ameaçauão tor to graças pelos fazer participá
mentos atè a morte: alleganão tes de fua pixão,& dores:exhor
lhes rezões palliadas,& fantati tauãofe com amorofas palauras
cas,& apartarão hús dos outros, a padecer o martyrio; &lança
pera que etando fós os comba dos aos pês do fito frei Daniel,
te{em melhor: porèm a fua cõ que era o feu Prelado, tambem
francia rebatia fortemente, to lhe agradecião encaminhallos -
diffe com muita colera, que não | fanta ºbediencia. Aqui leuantou a
quizeffe perder por feguir a lefü voz o fanto frei Daniel,dizendo
Chrifto os deleites deta vida,& etas palauras. Ora,filhos,alegremº
da outra. E o Santo magoado nos em Zeus, que no deu fia confian
da blasfemia muito mais,que da cia, grnos efia e/perandº com corºas
Verida, sò a ela refpondeo: Oh em ºctº. Camos,filhos,ºr não tema.
| inalua", que difa/ºrte blasfemas do mos a morte, pela qual começa a no{a.
/#mº Filhº de Zeos,por nº/a amor en vida. Quando {e virão defpidos
carnadº, atèquandº has defºrcarinº | (em os habitos, co as mãos pre
73 S
**
–a ==
|-
| Deos. …; º , :
•
*
• •
• * • • • - -
}
ra: a faber, Eípola de letu Chril Menores, como auemos e Ícrito;
to, a o qual fez facrificio de fua & detas a noffa, ella me{ma a
| fãta pureza. Quizerão feus paes pedio, chanãdo o Sãto frei Za
caíalla, & núqua o confentio, di charias, q ia noutra derrota.Lar
zédo q ja tinha não sò marido, goulhefeuspaços pera fazermos!
mas filhos:etes, os pobres: aquel cõuêto;& nas efmolas, elle era o
ile,o me{mo Chrito. Cultiuaua 4 lhe punha limite com muita
etas açucenas brancas cõ o fan moderação. Recolheo em fua
to exercicio da oração, & lição cafa, & nella os apretou pera i
de alguns liuros deuotos,& tra réa Marrocos,a os nofos finquo
zêdoas cercadas cõ os efpinhos Martyres, os quaes agradecidos,
agudos do jejú,& do cilicio, dei à lua boa võtade lhe apparece
|tada numa cortiça,onde paflaua rão gloriofos na hora defeu mar
as noites, vigiaua,& fazia centi tyrio. Cõeta cõuerfação de re
| nella na guarda dete thefouro. ligiofos fãtosicõeta vifão dos e{-|
| Daquife erguia pera obrar cou clarecidos Martyres-cos conte
fas grãdes na imitação dos San lhos de N.P.S.Frãcífco, a quem
tos, em efpecial da V. Senhora ela deo cõmunicaua por cartas, fe
nofa,a qué feu efpirito etaua af accé fua alma em tãto amor
feiçoado.Seruia em pèâmeza,to de Deos, que mudãdo de etado
das as fetas feiras do anno, a 12 profefiou no dito moteiro de
mulheres pobres, às quaes daua | Cellasa vida religiofa. Mas poto
de comer,& logo ajoelhada lhes q efcolheo afão Bernardo por
lauaua com humildade os pés. pae, núqua deixou de fer mãe, &
3 A os que mais attendião irmaam dos Francifcanos.
a oferuiço de Deos,pera efes,q 4 Deta,& doutras virtudes,de
merecê o fauor, era mãe liberal, 6 etaua ornada, fazia Deos grã
} & amorofa. E afºiauêdo em Alã de cóta etimãdoa como a epo
quer hüas mulheres deuotas, a fa fua, por cujo repeito fez al
todas as futétaua, & a todas re güas marauilhas fôra da lei ordi
colheo no me{mo lugar,onde a naria. Quãdo (eu irmão, o dito |
gora età a ermida de Nº/a Se Rei D.Afófo,lhe quiz víurpar as
nhora a Redonda. Por eta me{ma terras, q feu paelhe tinha dado,
rezão fundoujunto de Coimbra cõbatédo por armas a villa de |
pera freiras da Ordé de Citer o Alanquer,onde a me{ma Infan
feu moteiro de Cellas, pera o tafe auia recolhido, em quanto
|qualle paffarão algúns Beatas do ella efteue em oração, os feus
dito recolhimêto.Na mé{ma vil foldados, fédo poucos , lhe
defenderão com valentia os mu
la emparou nos feus principios as
duas Religiões,de Pregadores,& ros; & as guerras pararão em feu |
-
r= *-+ +
fauor.
*=
=-
| —--*============== …
|
mºrtedteprºta, & naquelle me{-
mo nto,no qual arece elles il-iiº}} afim" pra Minha
|Hé fºi: 49.94.1, , ryº, 2.1
|| "f":""""##|# *Hjunha,
egaemala anufa Cu/lodia
toa alma do engatulo do corpº||4
} # da # º de Portugal é difeton- | |
|dos epiritos Ángelicos;á 13. ºllºººººººra, % anrra? * * •
| || .………#|#####uni |
|de 1129 conforme a oliurodos || r Tº Oitetemunha devita "123o.
i |Obitos de Santa Cruz " o anno
de Coim-|#', # 7-yla de 1 233.d'quel- **
hoc.an.n. =
Capítulo, geral, dizendo etas rente,como afima difemos;&o |
palauras. Zeatum Francycum, Patrá padre fr Alberto, eleito name{-|
nº/truns,Gryfirüm: fortè autemma ma occafião, em q o dito Põtifi |
: ::b c .. .. º , , , |-
, , , - ,, ,,… 2 -;
•
··· ·
VIDAMORTETR AS LADAÇÕES,
| | &prodígios de SAntonio de Lisboa.
….. …" … …" * * * *
--* 2 * . * ….…::
º CAPITVLo XXI. * #Trºja 7aueira,a os 15 de Ago
, ," . || to de 1195 dia contagrado à
Do fanto, é admiranel dif- Afumpção da Senhora, que o
*:: ---- # --> . .\ i . ,
adoptou por filho, como fe vio |
alí, defua vida atºvar | nos efeitos em muitas occa
, , , /l/l ufa Religião. º || fiões. No bautifmo lhe foi poto
f- - _>": , , , , , |o nome de Fernamb, & criandoo
Tº! Ete mar tão dilatado|feus paes depois que teue idade |
I 231. f: , , de virtudes, & mila- no fanto amor de Deos, a graça |
# " # ', , , "; gres, maior culpa ferá dete Senhorfe anticipou a el
nofa encalhar, ou lançar ferro, les, imprimindolhe na primeira
que largar todo o pãno etendê-mininife húadeuação notauela |
do a viagem. Efe outros a fize-||refpeito da fobredita Senhora.
rão porfeus interefles proprios | Porque nunqua em os fabbados |
da deuação, q tinhão a ete San-Jitomou o peito á Ama, fem que
to:fendo ele portuguez filho da |ella o leuafle cófigo à me{ma Sè,
|nofia Prouincia de Portugal no londe età húa fua facratifsima |
|etado de Cutodia: profeto na |imagem, chamada de Zetantor, |
nofia communidade de São Frã- diante da qual (e alegraua gran
cifco de Coimbra,poto que ef|demente o Minino, abalançãJo |
teja hoje mudada a otrofittio: || o corpo, & etendendo os bra
injutiça fora grande, & não sò ||cos, em final de a querer abra
ingratidão, negarlhe efte lugar, 1çar.Primeiro foube o nome fan-}
|ou darlho por comprimêro, fem to de 2ária, q os nomes de feus |
|olutrofo ornato de fuas Prero paes;& antes de falar bem,ja fá
| gatiuas. **, , , ", - bia a Aue *taria,t)epois de creí,
2 . Nafceo pois o grãde fan-||cer nos annos, os feus pafatemº |
|to Antonio na cidade de Lisboa, | poserão etar de joelhos diante
defronte da fua Sé, de paes no-|deta Senhora, & a ella ofere
bres na virtude, & no fangue, ||ceo por húvoto fua pureza vir
| chamados Atarum dezulhº#, & Ilginal.Seus paes tambem o ofe:
Ee 3 recerão, |
Isaaa…== ***
---- –== === X__"
do
sem
•
|- - - - - *-**********---- "…--Rº.
tas affi dos dous Tetamentos da | Santa Cruz, que nolo deu ja le-,
E{critura fagrada, como dos Pa trado, & ja fanto, porá àuém) OS ;
dres antigos,& reduzindo à pra | de negar,que tambem nolo dê{->
xe a efpeculação dos myterios fe facerdote ? Não ficaua dimi
mais altos,allegorizaua tudo pe nuida com ito a nofa infigne.
raproueito das almas…Mas fem gloria de nos bufcar hum fujei
negar eta gloria ao Real mof. to dotado de tantas partes. E da •
teiro de Santa Cruz, que foi a do, que, nos faltaffe o gato de |
54.
refidia em Italia, & nelle o con- da cafa de Santa Cruz!
- -
== == " * ————****
--*-
- - -- - pera
—*"
| +++++++
• - *** **aa
- Menores#Prouisia de Portugal. # • #333
permancia de Santo Aarão dos duas Religiões de Pregadores,
Qiuaes, na qual então affitia & Menores, porque não conti |
mos,em Nouembro do anoo de nhão o decreto irritante,que de |
*
|| & chamandofer.Antoniaiporre qualquer dos doze mezesfe po
|zão do dito fanto Abbade, Ti dia profefsar. No padre fanto
tular da me{ma cafa. Aqui co :Antonio tinhaito mais lugar,
|meçou afernquiço,não fométe | porque nofsas…afperezas dizião
} no etado de frade de São Fran
|cofeu epirito, & a fua fantidade
}cifco, mas tambem nos exérci era fabidados frades; & por iíso
•
|cios
•cgra.fantos, que pedepenitencias,
Acrecentou a nofía re no principio do anno feguinte
de 1221.lhe dêmos a profiísão. }
} multiplicou humildades, amon Teue logo a licença pera ir pre
}
ktoou deuações; & quanto mais garem Africa, co a qual e def|
Falongado feivio das coufas do pedio de Coimbra, leuando por
mundo pela parte da pobreza companheiro ao lanto frei Fi
etreitifsima, que entre nôs fe Flippe. "… … …… . *** -->
-.- rao
-
- — -
* *** *r***
---- - - --- - …--- - - ••••* ***
••
.………== — • • --------> →m.
#
|- • •
r", # -* tão disfarçado no habito tão pe delle, por fazer experiencia de
.. oO C | nitente no roto, que a penas o | fua grãde virtude. Os Minitros,
* …!...): 11
, || …..1…"º conhecião os parentes, & ami que o vião encolhido, macilenº
gos, que d'antes o conuertauão | to, & com a cortdesbotada dos
|
|
*#
}—#—cabe
••••••• ---------------**** *****--*-+.…
Rodulph.
fer Frãcifcano, caio em notauel ro, lendo em quatro cadeiras,
fol.3o 8. erro, porque nunqua nefe tem confefando da manhaam até a
po (e aufentou dete reino. tarde,pregando todos os dias? E
3 Em tudo foi admirauel: (e juntarmos a ito os cuidados
na pregação, na leitura: na ca de Prelado, fendo Guardião de
deira, & no pulpito. O ingenho Puy,& Cutodio de Limoges:os |
era raro: o etudo,applicado: a grandes, & dilatados caminhos
fabedoria tanta, # acquirida, por Italia,& França o tépo per
como infufa do ceo, que ouuin dido em arribar fegunda vez á |
doo pregar o Papa Gregorio IX. Sicilia-os apretos da viagem,na
lhe chamou cõ muita proprie qual nouamente intentaua ir |
dade The/ouro das letras/gradas,9r pregar entre os Mouros: as dif
-Arca do Zºflamento.E{creueo com putas, que teue cõ os Hereges:
grande erudição fermões de Sã. os trabalhos, que na Ordem pa
c fr.Luc. tos, & de todas as Domingas. deceo com frei Elias: os conué.
in prolog.
adleót.
Compoz as Cõcordancias mo tos,que fundou; & outros diuer
Vuillot. cit raes da Biblia, & principiou as timentos, que acarreta o tempo:
Lucius Ma
1in. l.5. de outras, que feruem pera bufcar mal podera elle, fe não foffe por
Reb. Hiíp. os lugares da fagrada Efcritura, fauor particular do poderofo
as quaes depois acabou frei Ar Senhor,efereuer algüa coufa, né
loto de Prado, da nofia Reli. acodir a tantas juntas, andando
gião. Fez muitos,& doctifsimos em roda viua. E affi acontecia, !
tratados (obre diuerfas mate que os Anjos o leuauão pelos
rias, á frei loão de la Haye deu ares de húa parte a outra, ou
em parte à etampa. A ele tam Deos o multiplicaua em diffs
|bem feattribuem huns Cõmen} rentes lugares, porque ele não
tarios doctos de quafi todo o faltaffe onde era neceffario..
Tetamento velho, que fe a ca 5 Quatro cafos fe contão {
lo não fão feus, co a fua doutri neta materia. O primeiro: etá
na os teceo o Autor delles. do ele pregando em a Sè de
•
4. E confideradas bem as Mompelher appareceo no mef
[T] Q
|- *-77.TF… ------==Tr
- *-* - - - ** - - -
| /Menores na Prouin
77 ºortzoal
aula de Portugal. * --
__337 |
| | motêpo,fé (e apartar do pulpito, final. No pé da torre do relogio
no coro do feu conuento, & ahi etábñarco de pedra,& querem
cãtou húverfo, q tinha á fua có dizer alguns, á foi feito em me
ta.Ofegüdo:etãdo tãbê no pul moria dete infigne milagre, o
pito da Igreja de Limoges, ete S. naquella tarde eteue cõíolã
ue na me{ma hora cantãoo húa
do os parêtes, & o pae, faído ja
lição entre os frades no coro. O da cadea, & os Anjos logo na |
terceiro:affitindo em Italia, ou manhaam feguinte o tornarão a
Frãça,como fe diz variamête,no leuara o cõuéto de Padua.
|tépo, q em Lisboa os Cõtadores | 6: Mas fendo ele prodígiofo
d'el-Rei negauão certas pagas a | nos cícritos,na cadeira,& em tu
feu pae,que elle lhes tinha feito: do no pulpito era,hú grande ef.
appareceo de repete na fua Ca páto,hã aísõbro,hü portêto. Sa
fa dos Cótos, & referindo o que bia de cor a fagrada Efcritura,&
auia pafado, obrigou os a lhas cõbinãdo huns lugares cõ os ou
leuaré em cõta.O quarto foi ain tros, defêtranhaua ofétido alle
da mais famofo por rezão das gorico, & mytico, falãdo tão al
circunftãcias. Tinha a Iuítiça tamente,4 parecia menear à fua
|cõdénado ja á morte a ete mef lingua a mefma Sabedoria diui
mofeu pae por homicida d'hum |na Era própto no dizer, &largo
minino,é outro homé matara,&: na eloquécia cõ húa voz fonora,
por feliurar da culpa o auia en |&apraziuel: as palauras exami
terrado no feuquintal em fegre nadas, & puras:o difcnrfo erudi
do.OSãto, a qué Deos reuelou | to,adornado de fétéças, & péfa
lito em Padua, pedio licéça húa. métos profüdos:cõ tãrafuauida
tarde pera fôra da cidade, &na de,8czelo,4 catiuaua as almas,fe
quela me{ma noite o trouxerão | rindo os corações. Falaua o cate
atè Lisboa os Anjos,onde depois | lhana,frácez,& italiano,como o
de não poder cõuécer por falta | me{mo portuguez,em q fe tinha
detetemunhas na innocécia do criado.E quãJo o auditorio cóf>
|pae o Regedor da jutiça, e{pe taua de differ#tes nações:pregafº
roujúto da Sè, em cujo adroel feelleem qualquer das ditas lin
tauafepultado o minino,4elle | guas;á todos o entédião.Afilhe
pafafe a degollar. Mãdou então | acõteceo pregãdo em Roma,no d. Pifan. É
|a o morto,4 dife{e a verdade,o | portuguez como efcreue "hum conformit}
| qual (aindo da coua declarou, graue Italiano, & não no italia # 8 fol.48. ||
Huft.ec-|-
} como o dito feu pae não era na | no como dife" húPortuguez.E lefde |
|fua morte culpado, & depois de rão quafi infinitos os ouuintes de Lisb.cit.c.|
dar efte tetemunho, tornou a muitas partes do múdo,por cau.
34 n.6. |
comprir na fepultura fua fétéça fa d'hújubileu,& todos o entéde
Ff rão |
—
••••••••••••- - - - - -- --->
-
0
trado diãte delle, cõ o cinto no
firmando /ua doutrina com ad pefcoço,pedindo cõ humildade, D3
º • miraueis pertentºs. … . } que ou lhe defe garrote, ou lhe
| | 1 | Dº Ra a lingua do P.S. Anto pafafe perdão dos excefios,que
A- nio húa efpada de fogo, queria emendar.…… -
O afiombrados
que cortaua,& queimana 2. Ficauão tã •
*>
*
1 Menores na Prouncia de Portugal. - ** • • 39
•
\
# grã - raçáficou no cofre do feu dinheiro. Fi
zerão experiencia, & neffe me{
Hes, as quaes ele com amor re
i. HiRec medeaua. Donde veio a dizer o mo lugar fe achou o coração. :}
lef de Lis
P.A.C. ) $ • º illutrífimo º D. Rodrigo da , 3 Não faria Ionas maior aba
D.4.
Cunha, Arcebipo de Lisboa, q º lo em Niniue, do á fez fito Anº.
" nete particularlhe fuccederão tonio nas cidades,& pouos,onde |
| muitos cafos tãofóra do que fe acha pregaua. Acabauãofe os odios, |
pelas legendas doutros Santos, quepa retituiãofe furtos, perdoauão(e|
rece não teus neles igual, Viofeito as diuidas, faião liures os prefos,
em hum mancebo de Padua, % emédauãofe as vidas, & não auia |
tinha dado hú couce á fua mãe. peccado, q achaffe valhacouto,
Difelhe fanto Antonio co afua | em o qual fedefêdefe. De mui
energia, que hum pè tão atreui | to lõge lhe trazia a Piedade de |
do, bem era que fe cortafe; & | Deos os peccadores rebeldes, |
elle etremecido o cortou com mandãao q o viefsé ouuir: a ou
hum machado: mas logo o me{- tros ia o me{mo Sãto bufcar, ap
mo Santo lho foldou por fuas | parecédolhes acordados, ou em
mãos.Outro homé, que o ouuira | fonhos, pera q fe cófefaísé com
pregar,defejando cófefarfe, era elle.Forão muitos,& admiraueis
tãta nelle a dor do feu coração, os cafos,q nito lhe fuccederão.
acompanhada de lagrimas, que Conuerteo hum magote de la
não podia dizer fomente húapa drões falteadores,a os quaes pro
laura.Pelo que lhe mandou,que fetizou que morrerião na forca
trouxefe os feus peccados ef. quãtos delles tornaísé a furtar,&
critos, & afi como o Santo os affiacõteceo. No feu tépo, & cõ
| foi lendo, & o peccador chorã fuas pregações fe facilitarão tãto
do, tambem elles fe forão apa: as penitêcias publicas,á relurgin
gando do papel em final de que do em Padua a procifsão dos Dif
Deos lhos auia perdoado. E qué cipl ináres, dahi f> foi efenden -
dete modo feria as confciêcias, do por toda a Chritandade. .
que muito era, que a os mortes : 4. Ajudauufe muito pera cõ
arrãoaffe os corações pera exé uerter as almas a fua bendita lin
plo dos vinos"Pregando Il2S CXC gua dos milagres do teu braço,4
quias de hum rico víurario, ex conhecido por forte,da eminen
c. Matth.
c.6.v. * * * pendeo etas palauras de Chriº | cia do pulpiro arrazaua os ba
to nofo Senhor, º ybi eff thefu. luartes do infernal Potentado E
rus tuus, h f @r cor tuum, & dife por foinquietädolhe en Fr㺅
em o feruor do efpirito. Vedes hüas rans o auditorio, mãdou é
vá. É corpº mºraneº 2 cobiça lhe calaísé,& logo em mudecerão. A
—
hum
34O Luro III.Dahlfona Serafica dosf7;
hum louco, que tambem o Per nos a vinha fanta do Senhor. I
turbaua, pera o fazer calar lhe Peraito jugaua dambas as duas
deu perfeito juizo. Armoulhe o e{padas, do faber, & do poder,
inferno fobre a fua cabeça no enfinando verdades, & fazendo
cãpo,onde pregaua, húa tépeta marauilhas. Donde lhe nafceo o
de trifte:mas elle co final da fãta nome de Cutello incançaueldos here
cruz ragou as nuuens de modo, ges: "indf/us hereticorum maleus, &Surius
4 chouédo rios d'agua à rodados porque a huns amafaua a cabe cap. 17.
feus ouuintes, nenhum delles fe ça em fuas opiniões, a outros ef
molhou. Outro dia foi rõpendo premia os feus erros,a todos en
pela gente hú demonio em figu uergonhaua em fua obtinação.
ra de correio pera dizer a húa Pelo que fugião delle os que e{-|
Senhora nobre, que hüfeu filho timauão mais as mentiras, do
era morto; & elle o definentio, que as nofas verdades,como foi
|declarando,que a noua era falfa. em a cidade de Rimine, fobre o
Em outra occafião,que o me{mo mar Adriatico, onde conuocou
epirito maligno tratou de o def os peixes pera ouuirem as fuas
compor derribandoo juntaméte fantas palauras, que os homens
| com o pulpito, ja o São o tinha deprezauão, os quaes acodindo
profetizado pera fua confufão:| em cardumes o ouuirão com
demais q não ouue perigo nito. muita quietação em quanto elle
Dete modo contraminaua as af pregou. Noutra parte lhe pro
| tucias do inferno o padre fanto metteo hum Herege, que logo
Antonio, acreditando cõ outros receberia a Fè fe húa mula de
muitos milagres o me{mo pulpi tres dias esfaimada, tendo dian
to,donde lhe fazia guerra. E afi te de fio Santifsimo Sacramen
aconteceo ouuillo húa mulher to do altar, & junto delle feua
legoa, como feetiuerajüto
tão claraméte pregar dahi a del-
húa da , deixaffe de comer eta, &
•
+ •
----
=T=EETTEREFETZTI - !
Puy, pelos quaes fe podê julgar mão: eu não te refeito tanto pelo que
os outros.Oprimeiro:vifitãdo húal agora es,mas pelo que has defêr quan
do de
••••••••
•
*-- • —* —=#"…-- -
\
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---- # TTDTS…f=27; }
[Elias,Tendo GeraIrelaxaua, & o no leguinte (aio delle pera Pº
Santo pretendia : conferuar no | |-
dua,onde lhe pedirão com inftã:
feu primeiro rigor. Porque ainda
+
=E=
----
AMenores na Prouintia de Portugal.
de fermº/ima cidade que grande glo: 1 T 34;
4 No mefmo #"|
ria te fã muito cedo ºferando!Breue gloriofo tratifito vitou vifiuel
mente te veràs engrandecida, vítada, mente a feu Mette o Abbade
@r …trada dos homens em muita ef de Verceli, a quem diffe que fe
timaçao. ia pera a patria, entendendo pé
3 Cortou o logo com tan rº a gloria; & tocandolhe na gar
to rigor o afalto da doença, que ganta o farou de húa enfermida
faltandolhe as forças fe fez tra de Seu corpo, poto que defani.
zer à cidade,& fem entrar ficou mado, etaua como vetido de
fôra dos feus muros, na cafa dos dotes Celetiaes: mais fermofo,
frades, qne affitião no moteiro que na vida: cheirofo,brando,&
das freiras de fanta Clara. Aca còrado. E em quãto os frades,
bou de confefarfe, & alegre feu que receauão tumultos, & alte
efpirito cantou em fazimento ração do pouo, tinhão ito em
de graças o hymno, que come fegredo, Deos o fez manifetar
çaua Oglorio/a ZDomina, à Virgem pela bocca dos mininos, os
Senhora nofía,tua e{pecial aduo quaes andauão gritando, & di
gada. Vio depois a feu Filho zendo pelas ruas. Hemorto º Pa
Vnigenito Chrito Iefu, que o dré/anto hemorto/anto Antonio. Al
chamaua pera o reino do ceo,& uoroçada a gente acodio a etes
defcançãJo e{paço de meia ho gritos, & daua outros mais for
ra, defpida fua venturofa alma tes,pera que lhe deixafem ver o
|da nofa mortalidade o acom Santo,beijarlhe os pês,tocar nel
panhou contente com vetidu Íe contas,lenços, cintos, quanto
•
ras de gloria. Faleceo a 13. do trazião nas mãos. Accefideofe
|mez de Junho,de 1231. annos, mais o fogo, & trocadala deua
r.fr.Mare.
no qual tempo conforme ás ção em paxão:diuididos em dous
P." .l. $. C• nofas contas, que º outros não bandos, & potos em armas to
|37,
Hit. eccl.
ajutarão, tinha 36 annos, me dos:os da cidade, pretendião fe
de Lisboa nos dous mezes,& dous dias, de pultallo em o conuento dos fra
'P.*.C. 36.
|n, 1 •
idade, & detes, pafou os pri des:os do arrebalde, no teu mof.
meiros quinze em a caía de feus teiro das freiras, onde a morte o
paes: dous no moteiro de São achara. Sínquo dias, que durou
Vicente de fóra: oito cõ alguns ete motim , eteue fempre o
mezes em Sãta Cruz de Coim corpo incorrupto, & cheirando.
bra: dez annos, & fete mezes, Três vezes fe apotarão a fur
todos cheos de prodigios, na tallo huns intrepidos, retolutos
nofía Religião. Era enuolto em em perderem as vid2, ou as fa
carnes,gentil-homem,& de boa zendas romperão pelosguardas,
etatura,como diz ofeu retrato. que o tinhão em cutodia:
=== •
que
brarão
*
•
–* --*. -- A
# reza:ou húa Cruz glorio- " ||ermidas, & confrarias, que lhe |
* * #,em cuja virtude = | tem oferecido,n㺠podeºr" |
fazia osteus mi || melhante. Com eté me{mºefl
| , : …:- lagres.. .…. . . "= |pírito
|pera osleuantou dous hofpitaes
feus Portuguezes, em •
–=*
==
—--
|
\
348 TLE III DTa S7 dos 7==
o qual depois imitarão muitas do calco em cofre tambem de
prata, & parte d'hum dedo em }.e fr Luiz
cafas de Catella, D. Jorge da
de Souf,
Cota, & D. Pedro Mafcare cutodia de ouro: aquella, º que na hift, de
nhas:ete,Embaxador; & aquel trouxe a efte reino o Infante D. S .Doming
},Goes na ra, em que ele teue o feu nafci 3 A cidade de Padua, que
chron d’º
el Rei D. mento. Foi empreza" del-Rei feve auentajada em os fauores
M. r.p 4. D. Ioão II. o quala encommen do Santo, tambem excede a te
c 85.
dou a el-Rei D.Manoel;& dete das em fer mais agradecida.
-*-
tambem,que lhe deu execução. Crefcerão os feus empenhos co
Affi nos diz o letreiro,que corre a fua liberdade, quando faio da
no arco da porta mais principal, lamentauel miferia, em q a auia
cujas letras, por ferem cortadas poto o Tyrãno Anfidifio, ou
com artificio nalguns pedaços! Anfelmo, Vigairo de Ezelino.
de ramos, & noutras figuras a Porque chorando ete aperto al
lheas da efcritura, não fão mui guns frades diante do feu fepul
to conhecidas, mas fôrmão ef chro ouuirão claramente, que |
tas palauras. Ioannes II Emmanuell lhes dizia o Santo. Não»os ºfijaes,
1. Reges hoc ºpus confiruxerunt. He |irmãos pelos trabalhos, que vede; nº/a |
por fua fundação do Padroado cidade. No dia oitavo da minhaffa}
real, izenta do Ordinario per refaurar à fagloria.Os Paduanos,
piuilegio da fanta Sè Apotoli que fe virão retituidos a ella ex
ca, & grauemente adminitrada pulfando o Tyrãno pelos feus
pelo Senado da Camara. O in merecimentos,leuantarãolhe na
terior do templo efperta a deua praça húa famofa Ftatua por
ção co a vita de feus famofos trofeo deta vitoria, & offerecê
milagres, pintados em muitos do húa cidade de prata, a elle o
quadros. Ardem hoje diante da | elegerão por Tutelar,& Protec /*
–=a…--
–349.
|offerecer as bandeiras: a bizar o outro de chrytal. |-
|uerigual,não auerâ outra maior. Pilano, q també nete acto con conform.8
Dentro delle eflâ a fua capella, correo o Cardeal de Bolonha;& |
.es: . s … "
cuja fumptuofa fabrica occupou Legado Apotolico, por nome * * 2. ". "
ingenhos nobres,cólumiogran Guido de 3átforte. Mas como po ** * *
leuo cõ admirauel viueza algús deu o capello, no anno de 1 342 vit. Pontif. |-
: a F.Lucan
º maior milagreferia deixar el circuntancias, com que ambos •
-- - - --•
==-\
Menores na Prouintia de Portugal. 35 IT ####
eta cafou com ele no anno de |bé S. Antonio, o qual então efpa
|
1 19o. & tendo ja duas filhas, a |lhou mais pelo múdo o feu nome |
faber D.Sancha, & D. Dulce;por por multidão de milagres. Po
outro nome Aldon/a,no de 12oo rém,ainda affi concordando ne
(feito não foi primeiro)tornou te tempo, he grande erro di
-
nome; & aquella, que cafou cõ cordão. "Apoz dito (e leuantou ----
----
muito ! •••••
→z- .
AMenores na Prouincia de Po tugal.
muito faam:prègoufe o milagre. |a o Papa Pio II.que era homem
pelas igrejas do reino:anda tam de fraco juizo, & pouca experi
p.R.Luc. bem referido nos nofos º An-li encia,
cin.s 7.
o inoffo Seruo de Deos
48 69. naes,& no º Iardim de Portugal; |frei leão da Pouca, que o con
& bem poderia fer, que por elle |uer fcu, & tratcu intimamente,
ne{\e reino começaffe o fanto |o" deixou acreditado com efte c, arch. de
S. Franc,
cotuitºgdas feculares nos
•
bei graue elogio. Era bem letrado em de Lelr.
jare o cordão, & habito, Canones, eloquente Orador, homem de
gan hando agora copiolas induk, grande juiz! em todas as matertas, @
, gencias. " " peÉoa de negocio, Jºgºz, prudente, Çr
fezudo,Q, muito amigº dos bons. En--
CAPITVLo XXIX. tre etes erão do feu coração os
|[frades de são Francifco, a os
Dafº noticia doutros mila quaes, como achamos efcrito no
conuento de Leiria, fazia mui
gres do Santº, & do Bipo de
| Coimbra D. Isão Galhão, tas efmolas. Ordêncu no fobre
dito moteiro de Santa Cruz,no
"fa particular Prior, que quan-}"
º |tempo que foipaflafem
do por ele os nofos
-
• •• • • • • •
frades,lhes defem aquella me{.
|mareção,que fe daua aos Coni
I. Loreceo em tempo del gos. E pelo grande amor, que
, º Rei D.Afonfo V.o Bif tinha ao nofo Eftado da Obfer
- ""; po Conde de Coimbra, uância, trabalhou que fizeffe
D.Ioão Galuão, feu particular mos conuento na cafa antiga de
|valido, ao qual o me{mo Rei fanto Antonio dos Oliuaes em
deu de juro pera elle,& pera fe Coimbra, que então etana def
lus fucceflores o condado de Ar pouoada, & poucatão depois
|ganil. Foi tambem Dom Prior muitos annes adiante, tendoa"
do real moteiro de Santa Cruz, nòs enjeitado,os padres da fanta
& de todos os tres titulos víaua Prouincia da Piedade. Faleceo
e arch.de
| ainda em 29 de lunho de 1486, em Lisboa a I 1.do mez d'Ago
S.Franc. de no qual dia corroborou º hum | to de 1485. & foi fepultado no
Alanq. tranfumpto de priuilegios apo nofo conuento de Santa Maria
tolicos,concedidos ánofía Re de lefu, que agora fe chama São
|ligião, efcreuendo efta firma: O Francº/co de Xabregas.
|Zipº,Cande, Prior. Não feliurou, ….… " Era deuotiffimo dete
b. HiR. nem fe podia liurar da lingua glorio(o Santo, & não ouue qué |
dos Arceb
de Braga dos maldizentes a lua muita pri nito o igualafe naquella fua.
p.ac.64. uança: mas fe elles º efcreuerão idade, fe não foi o me{mo Rei
n.°4& 15.
D. Afon-___ .
A+
Luro III. Da bifioria Serafica Enfrades F
354
D. Afonfo, contellando muitas d çarão leretta pedra d'húa ermi.
vezes, que por feus merecimen-i da antiga do padre fanto Anto"
tos recebia cada hora grandes |nio, o qual não era contente de -
fauores de, Deos. Forão dous || que ella feruife em outros víos.
particulares,o fair elle com vida. |Retituirãona logo: os cegos fo:
das me{mas unhas da morte, |rão tambem retituidos à vita:
| porque indo húa vez pera º |la ermida retºurada;& D.Mar»
paço, teus inimigos,inuejofos das | tinho, Capellão môr da armada • •••
—
--- --- -
44enores ht Proullula de Portugal.
–355
mas logo tornou em ti. Cança || & colocou (obre o muro da
• • • " - - -- -
|ção dete Santo, o qual afico f2O CII) - procifsão à g! • Ja; &fe
"- a . 1 # : -2 * * * * …" , - ; , ; ,, , ;
mo nos affite cõ e{pecial amor, eta deuação continuará em to *
164o a 1o. do mez de Nouem ual Deos nos retitua Por fua
|bro efêreueo º padre frei An mifericordia. , , , | •
* ** *
* *
na chron.
combates lhes quebrantauão as nos de 1199. & 1206 porque delRei D.
forças, & o temor de treição os numa feta feira 3o. de Maio, ,fol Sancho I.
é 1.
tinha muiacanhados. No meio fendo a hora de feita,fe cobrio #Marian.de
dete aperto recorreo a fanto | de luto efte alegre planeta, dei 1.reb.* 1. c.21.
Hifp.
i
Antonio, de quem era deuotifi xando brilhar, como em noite
ma, a mulher do Capitão, que profunda, a lua, & as etrellas.
fechamaua 2. Leºnor de Pangim,
N----
Por ete tempo tambem f_ião l
- - - -- - -
GE ITAT__ !
356 Lam III DT Serafã dos frades -
a banda
•• • • •- - ----
TTY" - = - - -- - - --
…ido
:::::.::.::.
•
…,
:
na cozinha, & noutras partes, || 1; I 2.32.
lhe dà grande ºfermolura. Qs |}. *>\\ 3.232. Entração em
edifícios;& oficinas da cata,fem • •• •
* * * * ** * *
• •
*.
|-
- -- - --------…-- -•
• ••- ---- -- -
|-
—*- •
***
!
•
7TDTSãZ77;
fombraua com feus milagres o
| da vontade do Pontifice, o qual
}
tinha ordenado,que em todas as mundo,os ter deixado a elles pe
partes da redondeza da terra ar la nofa companhia, facilitando
úorafemos, quanto nos foffe o me{mo tranfito com feu exem
pofuel, por meio da pregação, |plo em outros. Porque vita bê
&exéplo oetandarte de Chri efta rezão, maior fundamento
to contra os tres efquadrões da tinhão de feítejar, que fentir, o
|carne, do mundo, & do diabo. e{clarecido nome, que entre
} Acharão porêm notaueis difi nós alcançou etefeu cópanhei
|culdades, procedidas do illutrif ro,& irmão,a quem elles denião
}fimo moteiro de Santa Cruz defejar muitas ventagens Quã.
|de Coimbra , as quaes nòs não
|
to mais, que o Pontifice nos de
ouueramos de trazer aqui a pu clarou o motiuo, etranhando
|
a anºs).
|tamos dos pafados o que e(cre |fa tribulação, executandoa o D.
n. 3o. |ueo "frei Lucas: a faber,que el |Prior,que difemos: não, como
|les nos encontrauão a fundação. Senhor da villa,no que tambem |
| detaçafa pelo fentimento gran |fe enganou o dito padre º frei e an. 1168.
}de, com que ainda etauão, de Lucas: mas,como Prelado della n.9.
#[duas bulas, quinhão ferindo fo|le inuiado pelo mundo pera pro ;
«L\lC.Cit. - • •
. . . ……… " -r
|lhermos fittio,&paffaréastormé |
I P Añadacfia tornéia trata | tas,q nos trazião cançados.Elas |
*rão os nofos Padres, fun-t | porêm acabadas viemos tomar
dadores do cõuento,de orl affento nete proprio lugar,on
de
- - "." ..… __ V
*-*
--•
-***
—à _____uor
- - - --
AMenores na Pruuncia de Portugal. ______367 •
|
|uor das almas do purgatorio. fe de{cobrem abertas em dous .
• 6. Na Étrada do rocío,on
- - ,on-||efcúdos.
|de età o conuento, encontrão | 7 Nas outras obras do in
|logo os que faiem da cidade cõ |terior da cata, que toda fere
hum padrão del-Rei D. Mano nouou no tempo dos Obferuan
el obra curta a repeito das grã [CS , obrando muito o poder das
dezas, com que honrou etaca Majetades Reaes,fazepanto o
|fa, mas memoria eterna de fua que nellas auançou o braço dos
beneuolencia. Os que vêá, do Guardiães, De muitos nos dão
arrabalde achão ainda vetigios noticia as memorias antigas, &
daquelle recolhimento, em que mais em particular de F.Gõçalo
viuião húas mulheres virtuofas, Gago,natural doPorto,de quédi
& deuotas, das quaes a Rainha zem, que kuou com elas muito traba
e, arch, de
#S.Clara de
fanta Ifabelº e lembrou, como ]lho. Quafinete mefmotêpo.&
Coimbra. de outras, em dous tetamentos foi o anno de Chrito de 1476.
feus pelas palauras feguintes. começou a etender(e pelos do
Jºando a todas as Emparºdadas de us lados a cerca, desfazendo nòs
Lisboa, @r de Santarem, @ de Lei tambem algüas caías vizinhas,
ria,G de Ohidos, @rde (oimbra,dº que erão em detrimento da nof.
zentas libras. E poto que eta ca, fa quietação. O campo, & mon
fa não tocaua ao conuento, á te além do rio, donde feculares
fombra delle,& co a fua doutri deuaffauão o conuento, nos deu
na perfeuerou muitos annos cõ el-Rei D.Manoel por húa carta,
opinião, & credito. Chegando que foi paflada em Euora a 12. ||
mais à igreja, entramos no feu do mez de Maio, de 1 52o. em
alpendre, muito mais largo, que nome de feu filho o Infante D.
ella,repartido em tres naues,em Afonfo, Cardeal, & Comnen
o qual fe emparaua,ou reparaua datario do moteiro de S. Cruz
das a{perezas do tempo a gente de Coimbra , a o qual etas ter
innumerauel, que acodindo aos f3$ pertencião. É fechãdoas nòs
diuinos oficios não cabia den todas com parède, ficou den
tro da me{ma igreja. E affiacõ tro da claufura a dita fonte,
tecia em muitos dias de feta a chamada da Carpinteira. Deunos
uer dous fermões no mefmo té tambem a agua perdida de ou
po: hum nella, o outro nete tra fonte,por nome Olho de Pedro,
alpendre. Pelo padrão, que tem com que regamos a horta:na
à fua entrada, entendemos fer a dando fempre a cafa em
obra del-Rei D.Afonfo V.& da beneficios de
Rainha D.Ifabel, fua mulher, q Reis.
foiSenhora da villº,ºnias armas - ' - - - - -
•- - - #- Hh 4 - CA
- - - - ""
-—- - -*-
… …)
- *: º
* *
{ *
Fr Luc. an.
1295, in
por izen (como diz a e(critura)frade pro
reg. |tos, como feus anteceflores, da | f/o do mosteiro de Sãra Cruz de tem
|dita juri(dição, & opprefaõ dos bra, @ Vigairo em a dita vila de
|
Ordinarios. E não deuião aqui Leiria por a Priol do dito mofere;{};
parar as nofas moletias, porq outro/ João Lourenço Priol da -Agua
ainda no anno de 1 36o. a 12.de da, @ Reçoeiro em Santa ºtaria da
Feuereiro o nofo Miniftro da "Pennad flamºfma villa, @ Procura
| Prouincia de Sant-Iago, a quem dor do ditº Priolgr conuento. Onze
| o Tabelião chamou Z.freigo. artigos (e continhão no aggra
mes Paes, fez notificara o Prior ao, cuja materia ou tocaua à
| de Santa Cruz, D. Afonfo, outra nofa imir unidade, da qual po
bullaº de Benedicto XI. que diamos vfar: ou nafcia de falfas
b bul. I •
começaua tambem, hter cetero, informações contra o refpeito,
apud Ro
|ºrig. Ordines, em a qual nos cofirmou l& grãdeza d'aquelle Real mof
* * ** • • • • -
COIT) O
"Menores na Prounda de Portugal." 37 I
como irmãos.Aqui os agazalha dos outros,vinos até hoje nelle,
uão,aqui comião,aquidormião,
|-
nem em toda a Prouincia, Mui-|
jaqui tambem fe curauão em tos finaes de probreza encontra
fuas enfermidades. Tanto era mos, & com ito entendemos,
hofpital delles a cafa,como cõ que nunqua quiz aceitar as dif
uento de frades, E confiderando penfações, & priuilegios,que no
| tudo ito o Bipo de Goimbra, me{mo artigo da pobreza em
D.João,toda a roupa dos leitos, commum receberão os ditos
| que tirou de húa albergaria, a Conuentuaes. Donde tambem
qual elle extinguio na parro procedeo a muita facilidade, cõ
chia de Vermoim, que hoje he que ele abraçou a regular Ob
do bipado de Leiria, trepafº feruancia, fendo nito, compa
fou a aete nofo conuento,pera | nheiro do conuéto d'Alanquer,
{ C0% ela acolherem os frade#Gr Otá &ambos em Portugal, os pri
tros pobres muitos, queno dito mofer. meiros depois d'algüs Oratorios,
ra/e acolhem continuadamente.Afio| ondenafceo efte fito intituto,4
diffe na prouifaõ,4íobre ifo paí deípindo a figura de Clºutraes
{ou a 8 de Feuereiro,de 1382. | tomarão a forma de Obferuñtes.
ordenando tambem nella, que Reformou o pelos - annos de
das rendas da dita albergaria 14oo" o padre frei João Xira, a.arch, do
Os at, da In
nos défem todos os annos, feis Confeflor d'El-Rei D. Ioão I. fua.
cor.
=
- *---- ----- ----
Eis
*A
Leiria. •
*",
* •
nos;& tendo á fuá conta por mã
•
-
• - - |- - |-
. * *-* - , º - * ** * * * *<
|
dado do Minitro geral frei Frã
ic APITVLo xxxvIII. cifco de Tolofa, reformar as li-I:
urarías, em Thomar reformou |
Doutras religiºs digios a fua me{ma fciencia, paflando
*#*# … ;> » ; ;íliº."
*-
de húita memó-, .
* 2",
- {*--* - -
** *
|-
a ver no ceo, como piamente
cremos, o que na terra conhe
i
• # 2, fia... ….……
cil por enigmas.Não cõlentirão
".…. **
-
r. A T A cidade de Coim-|
… "
# *# :::… los Padres da Ordem iluftriffi ;
ma de Chrifto , que hum Va
º bra,mãe das letras, re |rão tão infigne fe curafe no #
º cebeo a vida, & o ta hopital deta villa, como elle | :
lento o Metre commum nos por humilde delejaua à imita
nofos tempos deta- fagrada | ção dos nofos frades morado
Prouincia, do qual agora def: | res em Santa Sitta, que ahi (e
cendem os lentes, &prègado coturnauão curar : mas leuan
res, que vão florecendo nella. doo a ofeu Real cõuento, balda
Ete he o venerauel padre frei dos pela força da doença etre
Simão da Vifitação,4 fendo co mos de caridade, da qual víarão
fre de fciencias, & grandes me com elle, forão tetemunhas da
recimentos, era daquelles le deuação,&eípirito em fua ditofa
trados, que nofo Padre queria morte a 1o do mez de Neuêbro
na fua Religião , tão deuoto, de 1 59o,no qual tambê o derão |
como docto: tão amigo do co Já fepultura no feu mefino ceme
|ro, como da fua cadeira: tão ob terio. Sêdo depois Guardião de
feruante da regra, como curio ta cafa de Leiria o padre frei
fo na fanta Theologia. Soube Chriftouão Carneiro, feu difci
muito dos myterios diuinos, & |pulo nas letras;& grauilfimo no
|por elles aprendeo a amar o pulpito,no anno de 16 e 8,3 24
Summo Bem, objecto beatifico jde Ianeiro, trasladou pera ella
das almas, & autor dos nofos |os feus ofos, que etão coloca
bens. Mereceo por feu talento dos na parede da igreja pera a
a cadeira, que lhe foi ofereci. banda do clantro com efte bre
da nas e{colas de Coimbra, & ue letreiro, que não diz mais do
••• • - •
ele renunciou por não ter con-|| que auemos efeito. …….……. • • • •• • * * + * ** * *
ueniente a o nofo eftado da re-l! - *
==r______
*t
1i 3 Com:
{ *
TrT IDT na Serafã dos frades
+ 378
Communis Magifter,P.frater Simona Vi- |
fitatione obiit die Io. Nouembris, anno ";
|•
–*-
• • •
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º 5, Sabendo ja, que o Se .… = }
poto
= -
-
**************as…
uso lhe concedeo eta graça, sé| zer a lenha, quanta nos for ne
reparar nalgúas difficuldades, q | cefaria. Libertarão dos alar
etauão em contrario. A proui dos nas oitauas do Penthecote,
{ão foi pafiada em 28 de Setem & Patchoa a todos os laurado.
bro de 1463. & no morgado (e res, q por faa deuação nos trou
exprimio eta claufula: q quãdo |xefem nefes dias a madeira,ou
fe extinguir a fuccefão do pri-|| a lenha. Qualquer homem, que […
meiro pofuidor, o Vigairo gê feruife o conuento:o fapateiro,
ral,& o nofioGuardião nomeem que fazia as fandalhas: hum ho
ambos hum homem, o qual |mem d'Aljubarrota, que o Pre
com elles eleja quem ouuer de lado nomeafse pera tratar do q
fucceder. Finalmente El-Rei D. cõuinha à noísa communidade: :
Ioão II, pera fe purificar do fan todos tinhão priuilegio; & ete |
gue, que derramou matando ás era tão grande, que alèm de os
punhaladas em Setuual a o Du liurar dos encargos do reino, &
que de Vifeu,D. Diogo, ofere do Cõcelho, nem elles acompa
ceo a São Francifco chagado os nhauão os Reis,quãqo andauão,
vetidos de veludo,& de damaf na guerra, nem dauão roupa,
quilho preto, com qetaua veí. ou outra coufa algúa quando os
| tido quando fez o homicidio. mefmos Reis pouzauão nos feus
A camiza,o jubão, o pelote, o lugares. * * * * -
ERT
F=
* * -
: * . * . . r" • -- - ]
26 de Abril. ; ,
2 Agora fe oferecemos | Epofa field. Chritº, ao qual
filhos Terceiros de nofo Padre (e dedicou em eftado de donzel
Serafico, que neta fua e{cola lá: Metra de muitas irmans do
profefarão a virtude, dando a } feu m:fino intituto, que com el|
feus Commifarios, & Confef. ? la aprendião a viuer conforme a |
fores inteira obediencia. Tem | o efpirito. Falaua netas mate-]
o primeiro lugar a irmaam Ioan | rias por altifimo etilo,fem etu
na de Iefu, natural da Barreira, dar pera ifo, fenão em a oração |
húa legoa de Leiria: chamada onde Deos lhe enfinaua a tua fi-li
a 2%ie dos pobres, pela grande ca bedoria,& (eu diuino amor. Cõ-| |
ridade, de que vfaua com elles: templaua nelle com tanta fuaui-lº
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ferro,
dessamºsº E=>
LIVRO
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LIVRO
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• •
DA HISTORIA
| SE RAFICA D O S.
FR A D E S M E N o R E S NA
proviscº de roºtvos.
| CA PITv Lo I. Porto: mas como ella padeceo
|- |- difficuldades, terá vltimo lu
Dos faures, que nele tempo||gar por n㺠dilatarmos tantº º
noticia das outras.
em Marrocos lograua a | 2 Florecia grandemente
-
affi
@=++>++>
- - - - - - de
—
* ---- --
** *** - --- ** ****** ***…--- ……………………… -- |-
390 Llúro lll. Da bifloria Serafíca dos frades --
| daua cobatão quando nos grã-| mosnefte ponto com º Gonzaga | & 867.
des apertos queria difpor o cã-]] com muito maior rezão, da á te
d na Chron |
po,ou retirarfe a faluo.E poto4| ue "frei Pedro de Salazar pe da Prou, de
a tenção não era tratallos mal, radiferir até o anno de 1239. •
Cat.1.2.c.º.
- - - - - - **-*** -• • •
— *F;
parte
—T
*>+++ * ***
–
AMenores na Prouincta de Portugal… 391
Parte della, como fente o (obre ventura pera ifo congregou, fe.
dito Gonzaga;& portal o nome diuidio a Prouincia. - }
ou o me{mo Papa Gregorio na 3 . As tres, em que ella foi
carta,que efereueo em os 6. dias partida, tem os nomes de Castella,
de Iulho a os feus capitulares, | -Aragão, 3; Sant-Iagº. Neta vlti
|
adgenerale capitulum congregatis.Pre ma,que nos era mais vizinha, fi
fidia tambem nelle o Minitro cou a nofia Cutodia, chamada
geral frei Ioão Parente, que auia de Portugal, & nella perfeuerou
|fido Prouincial de Hepanha, & muitos annos antes,& depois de
etaua bem lembrado das mui fe diuidir em tres,atê dellas fe fa |
tas difficuldades, & grandiffimo zer a noísa fanta Prouincia, que |
trabalho de gouernar hum Mi logra felicemête else mefmo ap| •
nitro nos termos d'hüa Prouin- | pellido. Tudo ito nos motrarà | " |
cia tantas caías, q cada dia cref a feus tempos o curto deta hif|…
cião, & em reinos tão ditantes. | toria...
|Pelo que nete capitulo, que por - -
# •º
-+
-
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- *: { - .
.
ORIGEM TRABALH .S E BOA| 3 :
|
º filda deles do Real conuento de São
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Francifco do Porto. . *
• •- +
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cipio. Foi feu antigo folar, hum! | cabeça de hum monte, veti Efaço.c.89
Kk 4""" do === **
|
→ = •• • •• •
-- - -
392 Liurº III. Da bifloria Srafia dos frades !
{ do de aruoredos,onde ficaua (e- Portuguezes, a quem nòs imos |d. Nunes) cit
guro, fenhoreãoo tambem com feguindo,os quaes" dizem, que cenf, z.
feu alegre afpecto as inunda auendo jà o fobredito catello
ções do rio. Por eta fua fermo no tempo, que os Romanos fe
fura, & bondade foi chamado nhorearão Hefpanha, a cidade
no principio kalºs,depois kale,de não tinha apparecido no mun
pois Caia, corrompendofe o dito do, nem elles a conhecerão; &
primeiro nome, que he Grego que º delle tão fomente nos deu e. EftaçQ.c.
como os feus fundadores,& quer noticia por efe nome de Cale o 73.
| dizer bem, @rfermo/6. Emperador Antonino Pio em o Agrolog cit
2 Crefcendo os morado feu Itinerario, por não auer en
Lopes na res,&º defejando alguns gozar tão cidade,que podefe nomear.
rom del- mais de perto dos intereffes do E não deixou a tardança de lhe
ei D. Afó{
lenriq. Douro,que tudo doura,como an feruir de proueito; que fe algús |
uartºº-]
l. fr. da em prouerbio, deixarão ou perderão muito, porque nafce
•
f Efaço c.
### tros em fima, & defcerão apo rão mais tarde:ella interefou, f 85. & nos fe
. & 2. guint.Catal.
efend. e uoar a ribeira, onde agora nos não fe achar nas hitorias, quan dos Bíp.do
à ad ke-lapparece a villa,que tem| o nome do não fejão patranhas, ques fe
ed.
Porto. p.1.
C, I.
de Gaia. Mas porque o lugar era contão dos tempos antepafla . Monarch.
giolog.lu-
#… fragofo, & pouco accommoda dos. #fit.p. 11.4.
6 It.js
do ás fuas embarcações, torna 4 São contudo os feus fun- #*#
& p. 2, l. 6.
rão a paflar o me{mo rio pera á damento O primeiro cui C-14,
*--
"***-** --- -----------
–###" -
TdeIte
+
" }•
ta conformidade (e diz numa
efcritura do anno de 9 25.a qual | CAPITVLo IV.…
** * — -
ficio
*--* '
=
—= =
|| •
•
{
AMenºres na Prºuincia de Portugal. " + 395
feiº dº mil imma cula da hoff D.Afonfo IV. ajudando algüas.
tia. Em hum delles etâa venera | condenaçoés,& trabalhando na
uel imagem da Senhora de Van |obra os Concelhos, & Julgados
dema, a qualahi colocou D.O-] da comarca, por ella fer tão no
nego Bipo,ou natural da cidade |tauel, ainda El-Rei D. Afonfo
dete nome : em França, por | V, os achou por acabar. Con
memoria do fauor particular, &| correrão muitos em feu acreí
vifuel que ella lhe tinha feito, centamento com edificios nó
& aos outros Francezes,quando brcs, como foi El-Rei D. Ioão
por eta porta entrarão, & lan I. o qual fez a rua noua, a que
çarão fora dellaa os Mouros.Na chamaua aminha rua firmºf.Mas
| me{ma occafião foi achada num º remate de toda a fua gloria he|
Syluado outra imagemdeta Sc o brazão, que tem tomado por |
nhora purifima, que ficara do armas: a faber, húa imagem da
tempo dos Chriftãos, a qual fe | Senhora Mãe de Deos no meio
chama da Sylua,&na Sè,onde ef. de duas torres cometa letra à |
tà, a venerão os fieis por ima roda, Úuitas Virginis, ou Cidade dº
gem milagrofa. - &Zirgem,em portuguez. As rezã-}
2 Tomando depois co a esferião muitas, & por ventura
idade mais forças,defceo a oval todas juntas:ou a repeito das du |
le,& fubio por outro monte com as fantas imagens, de que fize
tanta conformidade da nature mos memoria: ou porque na lua
za, &arte, que tudo junto pare retauração lha # logo
cehum jardim de edificios, húa os mefmos retauradores: ou por} :
cidade de aruores. Defceo tam que por amor della,ºb amarem Ze-º. •
ITh2Il
*** - •=
} 396 Liuro IV. Da bifloria Serafica desfrades •
|-
mandou fazer com efeito. Vi tras, de Lisboa, & do Porto. E
limosito pelos annos de 1599. | depois a etas cidades ambas, q
quando o reino ardendo todo | mais o tinhão feruido,auentajou
H
em pete: abrazandofe villas, & | á quantas ha nete reino nas
cidades: confumindofe, não fo | mercês,& priuilegios.…; …
ilimente os pouos vizinhos deta, | sty. Os fidalgos tambem, a
como erão Maffarellos, Gaia,&]] maior parte dos quaes nefetê
Villanoua, mas tambem os arrepo fe achaua por Entre Douro,
| baldes,que tocão em os feus mu & Minho nos feus folares, &
ros: impedidos húa vez, & ou intas, dentro della, querião
tra todos,por etarem enfermos |?" morada, conuidados das
dete mal contagiofo: ella fem muitas conueniencias de freícu
conferuou inteira fua faude |ra, & regalo. Mas aquellegran
pre
}por intercefão da Virgem Se de brio dos naturaes, & vizi
|nhora Mãe, & fantos merecimé nhos, com que f depois affola fLopes cit.
|tos do dito feu Padroeiro. rão no tempo do dito Rei Dõ C. 173.
4 Fizerão muito os Reis Ioão o feu catello de Gaia, don
por metterem na Coroa o fenho de tinhão procedido, por não
rio deta famofa cidade,& afio quererem fofrer as grandes ex
• |#### de largas eõ orbitancias, que a gente d'Aires
! tendas: mas
ma queijão ter por fua Gonçalues de Figueiredo, em
| húa cidade infigne no amor, & cujo podereftaua,fazia pelas al
lealdade,na nobreza, & comer deas: efe me{mo lhes embar
é, Lopes I14
cio. Por ifo foi das primeiras, º gou os intentos por meio d'hum
chron.m. 5.
P. s.c.46. que tomarão a voz do Metre priuilegio d'El-Rei D. Fernan
|47, 161.
Azurara na
d'Auiz, fendo Defenfor · do rei. do,que jà temos citado em sou- |J.1.c-39 |
tornada de
Seita c.35.
no, ajudandoo neta, & noutras traparte.Porque, pera futentar
36.
occaficês de todo o feu reinado, nobreza batauão as muitas ca
| como tambem a outros Reis, fas illutres, que auia na cidade;
i com grandiofas depezas de di & os fidalgos forateiros/gundº…}
{' nheiro, de nauios, de foldados. condiçom deles era, como diffe o
Eito tudo com tanta authori me{mo Rei, mais ofendião co
dade,que mándando o dito Me! as fuas liberdades,do que podião }
feus
|- - - -
-
•
= = ========--
=_a_>_r_i —+
***
filj, pelo qual o Papa Grego pitulares, aio contra nòs a cam-},
rio VIIII. encommendou, & po,magoandonos de modo com ."
mandou a o Bifpo, & Cabido, o fel da amargura, que nos che-| |
| que fe… alguem nos défe fitrio, gou às pefoas,âhonra, a o con-" , , • @- I 1
"\-
*__*
******* - -
**i
reges; profetas falfos, & en | qual rezão tambem ; os padres 4. Soufa na] !
ganadores da gente. Mas co de São Domingos tiueião depo: 1.1.3. e. 1o. fua chron p
mo-nos auião de chegar, pera is trabalhos,pollo que forão ma
mais merecimento, os oppro |is leues.Aito fe ajuntada oref>
brios, & afrontas de Iefu, que | guardo excefiuo dá füaºautori .0
forão muito maiores, fe não | dade nogouerno te tríperal,ten {
fofe dete modo? Entabola do por deforezo della,entrarmos . * >.* q
da afi a nofia tribulação, ar-| nós na cidade fem que elles nos!
rancarão da epada da Igreja, chamafem; & quanto mais
• • • º . o
O \ * . ** * …
mada contra os frades, que não Afonto IV, no anno de 1348 o #rande em -
A
++++++=
1
ja de São Pedro, & Redon.
dela, as quaes &
ambas
erão ficauão
coufas |ll CAPITVLo vi
* * ** . ** •
alèm do rio, {
diftintas:
l . - -
shber em
Miraga
agº ||
--- . Vão em traftimento as nef |
ia a igreja de São Pedro; & ||
Redondela, perto da cidade | fas pei/guições fim nºs
velha, onde età o conuento. |}. | valer aprotecção
pelo que não andão bem tra do Pontífite.
duzidas e na Monarchia Lufita-|| …
p.3.1.9.
P. a.C. 1° |na, º & Catalogo dos Bipos
do Porto neta forma as fobre
· 12 | Nformado dito o
º mefmo fanto Ponti
| ditas palauras: Com e Igreja de | fice, grandemente
}São Pedrº de Redondela: appli-||o efiranhou a 6 Bipo, º que já
•
* •
**aaaa
• •
=>*>
-
ausa
Ll 3
-
T= Lian IV DãImã Serããããã
calas dos deuoros, & da gente cer, nas noflas intercefões, nem |
principal, a os quaes fempre deferio á fantidade de hum,nem |
| acharão propicios com eftra repeitou a magetade do outro:
nha caridade,& quando affi era antes deu em húa traça, com á |
neceffario, apparecião em pu quiz jutificarfe na opinião dos
blico por acodirem às almas. homens. Foi eta pedir conué
Dete modo forão fempre refi |to da Ordem fagrada do Patri
dindo, & como a refidentes no archa S. Domingos, & darlhe
Porto, in ciuitate Pºrtugal e confi fittio muito vizinho do nofo,pe}
} tutos, os nomeauão as bullas,que ra, motrar a o mundo,que fe el
nete tempo vierão. Mas he mui le liuremente chamaua a eftes
to de notar a fua perfeuerança * rezões auia de ter pera
em infiltirem na fundação do nos repudiar. •
==
|- Arce
***
AMenores na Prouincia de Portugal = 4o 3. →-
húa, cujo principio era, Zºileítifi uertirão, que pois os ditos Prela |
lj, dada a 4 d'Agoto: a o Cabi dos de Portugal, a quem ele cõ
do por outra, Quos diletti, de 7 do mettera eta caula, nos não vi
me{mo mez. E parecendolhe, nhão acodir, inuiaffe co a me{-
que já ito bataria pera fazer ma commifão o Arcebifpo de
imos conuento, tambem lhes en Compotella, porque fendo ef
cõmendou, que fe ainda o Blfpo | trangeiro cortaria fem refpeito
|
e.c. Piae. 16.
nos negafe a pedra fundamen | por onde foffe conueniente cor !
q.7. & feq. ital da igreja, a qual º auia por tar. O Pontifice, que sò ito de
dereito de benzer, eles a podef| fejaua, lhes mandou em repota
fem dar. Todas etas diligencias | húa carta tão honrada, que a ci
do Pontifice Romano fe logra dade a ouuera de guardar no feu |
irão muito mal, porque os ditos | thefouro,ou copialla pera eterna:
feus Commifíarios; ou por vizi memoria no mais fino,& precio:
nhos do Bifpo,ou por lhes faltar fo metal.Foi efcrita em Roma al
valor pera defêder humildes da 17 de Maio de 1241, anno 15:
'opprefão dos foberbos, ou por do feu infigne pontificado. Dizia
joutros particulares repeitos,no no fobre(crito. Zºileítis filis, Conct
etado,em que nos acharão, ne{- lo, @ Populo Portugaleofibus: aos 4.
|femelmo nos deixarão. . . . madºs filhas, o # @r Pou" da
cidade do Porto. E depois de lhes
# CAPITV Lo VII. louuar a caridade de nós terem
• ** *
|-
|-
" " . ,
{ *
latim Rotundela conforme à doa-| o "Catalogo dos Bipos deta ci ca, p.1-1,
ção da Rainha, & ás bullas dos dade foi lançar alèm do rio em
Pontifices, que jà temos referi OU1[T2 do mefmo Santo, onde
|do. Ficaua então fóra da me{ma a muita etreiteza daquelle fra
cidade, em ditancia de tiro de gofo monte não era capaz , de
bêta,perjatium arcus, como dife fazerem domicilios. "
| o dito?apa Gregorio na tua fe: … 3 Nete lugar de Redon
|gunda bula; & dilatandofe ella dela,onde nòs etiuemos a prin
}pera eta mefma parte, abraçou cipio, nos mandou metter de
| com os muros o conuento den pode o Papa Innocencio IV: 4
| tro do feu!coração. Ania neta já temos nomeado, pelas pala- |
{ quarentapaupertatis:concedeolhes
farinam ele falecido,
dias de indulgencia to|| adomercè e reungou …"
em 23 denoDezembro, @hch, dado
|das as vezes que eles nos ajudaí na Villa de Alanquer mas nem
Íem coas fuas caridades.……. por ifo futentou o feu gouerno,
*4 Não fiftão fumptuofos nem prendeo as mãos da deu 1-
• • - ! •| |- • • •
/
*>-->
ToS Liuro IV. Da bifloria Serafã dos frades
de Sylues, & Legado Apoltoli tanta gente a ouuir tua doutrina,
co, D. Aluaro, a 1o do mez de que á rua, por onde ella Paísaua,
Dezembro, de 1457,eteue nef chamarão Rua Francife. E Aqui
ta cidade, & concedeo pera fé etauão calas, a faber m rua,que arch.de S.
|pre cem dias de indulgencia a diatur Francfca, como diz fa E{ {Clara do
os, que nas fetas dos noflos pa critura, que vendeo Ioann-Ean. Porto,
dres S. Francifco,& S. Antonio nes a Domingos Bermudo no
vifitafé ete téplo, & defem tã. anno de 1243, em finquo do
bem efmola: vendo ele, que ef mez de Iunho. E agora, que a
taua acabado, não applicou as cidade tem cercado o conuen
eímolas pera fabrica, mas fómé to com muitas ruas inteiras, he
te à fua conferuação. Eifo que tanta a multidão que, nalguns
rem dizer as palauras, com que dias de jubileu, cu de fefla não
nos fez eta graça, & fão etas,6 | podião,fenão com muito traba
fefeguem. O monaferium fantii, lho,mais de vinte & finquo cõ
Francfºi Portugalenº, cum iluste fefsores acodir às confiísões. Eis
clºfia,manutentarur. , º aqui donde nafcia a toíse do in
fr.Luc.an.
1 268.n, 12.
6 Dete modo,& em tudo º fernal inimigo, que tanto nos
reprefenta o conuento húa ma perfeguio na fundação deta ca
"jetade religiofa,& graue,que o fa., Etaua adiuinhãdo eftes fer
faz amado, & venerado de to |uiços de Deos,& tua malignida
dos. A igreja co a fua grande de os queria impedir.
za,& fermofura,que ja hoje he
maior; co affeo dos altares: co CAPITVI o Ix.
feruiço de todas as confrarias: # 1, … :*
com hum thefouro de reliquias Contão/e alguns fauores Rea
fagradas,entre as quaes fão nota
ueis dous Efpinhos da Coroa de | es, & outros, que recebco o
Chrifto, & hum ofso de S. Bras: || toluento, com hum ca
(e arch.des co a enchente de graças e que jà fº merecedor de
Franc de
Guim,
corria em tempo do Papa Ale memoria,
|xandre IV, co a perfeição dos
oficios diuinos attrahe com tã
ta força a deuação dete pouo,4 | I Stimauão tanto efte có
o concurfo ordinario he nella
uento os Reis, affi por
muito maior, do que noutras cafa Real, como pela
em grandes folemnidades. Ef fama de fua religião, que não tê
caçamente os frades entrarão do cafãs grandes no nofo tem
nete lugar,fem ainda terem lan Poantigo, nem apozentos capa.
}çado raizes, quandojà acodia zes de fua 'foberania, nefes po.
_à
bres
Menores na Prouincia de Portugal. … 409
bres, que achauão, (e recolhião do,& de D. João III, que elta a
mais contentes quando vinhão gua era compridoura «ele mº/mo Se
à cidade, do que em outros ma | "hor Ra, era feus filhos, pera quan.
•• ' + _ ••
*)
.……--}
ue efperando. 'Pafadas as fuas | acharão particulares rezões, d'a-
Cunha, c. primeiras vitas," a Rainha fere qui tambem nos nafcerão nota
68, colheo pera as caías dos Bipos, ueis enfadamentos, nos quaes
onde etaua poufada: o Rei fi porêm conhecemos o cuidado,
|cou com os frades, & da fua cõ com que Deos algüas vezes por
panhia e foi receber com ella meios inopinados fauorece a juí|
pera grande felicidade, & glo tiça dos pobres, & innocentes.
ria do reino de Portugal. Por Corria pera huma detas partes
efta occafião tomarão tanto a mais agua, do que a fua: nôs fen
mor a efte fanto conuento, que tiamos a falta, não podiamos cõ
uando falauão nelle, hum, & tudo jutificar o aggrauo. Era Iu
outro lhe chamaua a minha cº/a <iz deta caufa o Doutor Gabriel
de S. Francfºo do Porto. E porque Pereira de Catro, Corregedor
eta fua hopedagem era muito do ciuel na Cafº do Porto,& no |
ordinaria, querendo elles ter a mundo por fuas letras bem co
gua em cafa, da qual podèfem nhecido de todos. Fez vitoria
beber, nos dêlão a d'húa fonte,4 na arca, examinou as prouas,que
| nafce fôra dos muros, & por ca | ria fazer jutiça, mas as fenten
nos (e trouxe a o conuento. Pe |ças,& {cbretentenças, todas e
rão contra nós. Durauão as nof
lo que també, começando d'El
Rei D. Afonfo IV. todos elles fas queixas, & elle bem enten
| tomarão muito a peito defendel | dia,que nôs tinhamos jutiça: o
| la como fua da mà paflagem, é feito porêm não lhe daua occafi
|lhe podião fazer as paredes, & ão pera mais. Nete tempo efi
|as aruores, exprimindo formal tando elle de noite lançado na
mente as prouifões de D.Fern㺠fua cama, vio hum frade Fran: •
+
• ••
. Mm clicano"
- - --
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- - - - - * * T
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-
|uras. Agua agua. Ficou atemori ||anno lhe dèfem quatro centos |
|zado, vendo també, como logo ||reis brancos de final ºrdenada.
feefcondeo dos feus olhos. Pelo || Affi forão todos multiplicando |-
{. - * *
""""+… |-
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Mm 2 _Nette
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********… ………. … ----
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|mais nele, fabendo como era joão {he podião chegar, nem bei
chegada a fua hora, pedio a oi jar os pès,& mãos;nenº aleãnçar
} Guardião, que lhe mandaffe cy- } húm retalho do leú habito de 4
itar por frei Manoel da Natiuia ||fizefem reliquias: Ouue fer
#dade, 4 tinha nome de mufico, mão; que tratou de feus lobuo
*I •
|########|#########"
| parão com cruz alçá da em forº || | r >> > "M.'./1# 2 . " aº 9. ...;
# } Cantor re-} Varies Apºfiolitos 1. &##
uetido em dalmática, jà etau, | milagres dos nºs 44ar
afientado no feu leito com hum || ">" tyres de Marrocos, …"
Efucifixo nas mãos, na qual po! | … .::.*. * ... :ºx ** * * * * * ** ** **
<T-
{
7
— TI
- - - - -
…a ääääabia*
leigo =+++
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=* *
418 Liuro IV. Da bifloria Serafica dos frades
leigo,por nome fa Onºfre de S. clarandame,quepela mercê de Zeus ca
…Antoniº, muito celebre nas vir minhaua pera a gloria. Àais me dife. !
tudes da vida religiofa. A fanta E vºs frei Onºfre, trata de efiar
Obediencia lhe punha azas nos preparado,porque º mº/mº Senhor vº: }
pés pera voar, fe o mandauão mandº dizer pºr mim, que atè dia de
com prefa,no comprimento da Reis fe acabara a vo/avida. Dizen
|
vontade dos prelados. E afia: do iíto o Velho deu hum nota
contecia caminhar vinte legoas uel gemido, & tornou a dizer ef
num dia, quantas vão do Porto tas palauras. E com te dº/enganº,
até Condeixa, a onde ía dor cºmº quereisvos, irmão, que me lem
|mir, aíndo dete conuento.Mas bre eu de comer, nem de beber? Pe
no meio detas prefas fempre diolhe então o me{mo Refeito
tomaua o tempo, q lhe era ne: reiro hum valo de barro, por
cefario pera rezar defcança onde elle bebia, a o que lhe ref.
|do afias obrigações, como tam pondeo. Quinte amºs ha que me
bem algúas das deuações, que /erue, @r comigº ha de morrer. Tudo
cada dia rezaua. E cotumaua affi fuccedeo, porque breuemen
dizer, que as orações quentes te enfermou, & etendendo por
na cama, ou ditrahidas por ca defatento o braço, caio d'hum
minhos não fão as que mais com banquinho,que tinha à cabecei
tentão a o Senhor. Teue com ra,o vafo,que fe partio pelo me
prida velhice, & muito bem ef. io. Chegou tambem a dita feta
treada, porque os religiofos O dos Reis no anno de 1609, pera
tratauão com amor,& todos os a qual o auião emprazado, &
feculares fe julgauão por dito fendo na madrugada lhe deu o
fos (e lhes entraua em cafi. Senhor as boas fetas na alma,
2 Tambem o Refeitorei | arrancandoa das miferias do cor
ro, pelo alentar nas forças, que po com grandes indicios de fer
}
já erão muito poucas, lhe fazia | a fua mudança pera reinar eter
pela manhaam caridade, & no | namente na gloria. Pela manhãa
tando como não ia buscala,lhe foi leuado à Igreja, & primeiro,
perguntou a rezão,ao q lhe diffe que lhe défem (epultura, o Prê
etaspalauras.Ora cotaruos heia uer gador, que tinha á fua conta os
dademas fºjacõcondição,㺠ningui º myterios da feta, deixando de
digais em quanto euforuiuo,que nãofe tratar delles, fe occupou em di
rāmuito tempo. Ha poucos dias, que hã zer fuas virtudes.
frade meu amigº, jà defunto, me appa 3 Doutro feruo de Deos,
receo na cella, o qual me deu cºnta dos ainda que etrangeiro, por etar
|gramáfimºs trabalhos,que teu nº "- enterrado no diftricto deta ca
tra»ida atè purgar as fezes difia,de fa, damos agora noticia. He o
venerauel
Ayass=== →
- { - =-=-=-=- i \ —---=
Menores na Prouincta de Portugal.
- - #
venerauei padre fei foio Paf icefidade. . # …" cº:...
coal, nafcido na Andalúzia, em || * 4: Fundou em pobreza el
Xerés dela fontera:profeto na | treitifi na a fobredita
Cotodia, •
fouro da pureza com admirauel rei. Mas a fua tenção era da par
cautela,& (e achaua algüa alma tida dete mundo pera o reino
perdida,todo elle fe cançauape dos ceos. Pelo que acabando as |
Ia metter outra vez no rebanho mifias, que fe recolheo à cafa,
do Senhor.Por eta occafião pa onde etaua pouzado, pegou d
deceo muitos trabalhºs, como húa vela,& da Cruz, que cotu
foi a bofetada,que lhe deu hum maua trazer lançada a o pe{co
defilmado por elle o reprender: ço,& dormindo hum fomnole
mas logo o conuerteo co a fua ue da morte, logo caminhou ef
|paciencia, quando fe poz de jºe perto pera a terra dos viuos.
lhos pera lhe beijar os pés. Ti Deulhe fepultura na capella
|nha fama déeípirito profetico, inor da fua Igreja aquelle de
o qual manifetamente (e conhe uoto pouo; a fobredita cruz, cõ
| que auia vencido os inimigos da |
ceo nalguns cafos,em que Deos ----
F …"
*
Tao TTDTS.777777T
remate do Sacrario do fantifi- | fa outra meia cabeça dos efcla=}
mo Sacramento do altar. Trata |recidos Martyres,que tanso au-ji
delle largamente, frei João de torizarão com feufangue a not
S. Maria na Chronica da Pro fa Religião. Affi o confefa a
uincia do glorioto fão Iofeph. " Villa nona de Gaia na procif |
3 "Voltando pera o Porto, {ão do feu dia, como tambem a
duas legoas andadas, encontra multidão de enfermos, que no
mbs o moteiro de fão Saluador difcurto do anno mandão tocar
| de Grijô, famofo não fomente nete celete antidoto a fua a
| por fua antiguidade, mas tam gua,que bebem, pera cobrarem
|b em pela grande obferuancia, faude. No de 16o 2. etauão fe
| em que viuem os feus Conigos chadas todas as fontes do ceo
Agutinhos Regulares. He en fem cair húa gotta de orualho,
tre elles celebrada por milagres que dèle vida à terra abrazada |
húa cabeça,ou parte della, dos com os calores do fol. Erão 16
nófos Martyres fantos de Mar de Iunho,&jà auia tres mezes,
rocos, cujas reliquias guarda o que as nuuens nos negauão efa
| moteiro de fanta Cruz de Co chuua voluntaria de Deos. Ar
imbra. Pelo que no dia da fua dião os campos, morrião as fe
feta a vifita em procifão mui menteiras,& etaua por hum fio
||tagête das freguezia s vizinhas, a nofia futentação: mas os pec
| pedindo mercés de nouo, ou pa cados do mundo enfurdecião o
|gando fauores já recebidos. A ceo, que não ouuia as procifoês
} arch, do conteceo , queimarfe o dormi dete pouo, co as quaes defejaua
me{momoR torio fem auer humana força, aplacar a fua indignação. Ven
: que podefe retardar as labare do efte defemparo o Guardião
| ! das do fogo. Os religiofos fe va deta caía foi pedir a os reuelen-| |
lerão da dita fanta reliquia: vie dos Padres,em cujo poder a re
liquia fe guarda,que lha deixaf.
|rão cóm ela a o lugar do incen
|dio: implorarão de joelhos feu fem leuar em procifão pelas ru
foccorro: forão ouuidos do ceo: as da cidade. E concedida a gra
enfreoufe o eleméto vorâz, cõ ça, defceo do alto da ferra com
tente só com aquillo, que auia grande pompa o preciofo pe
|abrazado, & logo fe confumio, nhor dos fantos Martyres, ferin
6 Chegando jà à cidade, do tanto o fol nas fete horas da
| defronte della, da outra banda manhãa, que já os feus raios mal
| do rio, apparece o majetofo fe podião fofrer. A nofia com
moteiro, chamado da Serra, da munidade o etaua efperãdo fl2
mefma Ordem Canonica, onde ribeira da outra banda do Por
he també julgada por milagro to, & d’ahi o trouxe em procif
- - -
|- _i
{ão
ê==
• ----+----
*=+$
uado por ventura dos feus vizi fufpeitão outros,que feria por re |dialog.mf.
das anti
nhos antigos, a quem chamauão zão d'húa etrella notauel, ou da uid.de Vi
eu l, 1.ç.8.
Zerones, feleuãta húa ferra fobre primeira grandeza, a qual nafce •
Nn da
A
→
-
422 - -
Luro IV. Da bifloria Serafica dos frade—
da firella efta ferra. --
-- ……--
•,
-
•
*= *|
* * *-* > De
Menores na Princia de Portugal "A Z
2 Dehum delles nos deu D.Ifabel de Gatco,& D.Ioanna
conta e ditó Luiz Fernandes de ######d9diº D. Ro
Gouuea em doação d'algüas pro digº dº Catro, & de fua mu
priedades, que fez a ete contié, lher 1). Maria Coutinho. A pri
to,no anno de 1471, a 2.5. de Iu | Ineira,pretendendo fèmenteau-|
nho,na qual declarando os en torizar o nome de feu marido
cargos, que punhada nofia par D. Fernando de Catro, Senhor
te, acrecentou tambem ete. E de Sita Cruz de Riba-Tamaga,
fação commemoraçom defenhor Zipo, de Lanhofo,& Cinfães, que os
que eñà meditemºsfieira.Mas feelle | Mouros lhe matarão em Arzilla, |
falaranito mais claro, nòs fou fò as fuas armas delle, que fão
beramos feu nome,feu bipado, treze arruellas, mandou por em
& lugar da Íepultura: ainda que | lugar poblico;&fazêJolhetam.
entendemos,feria Bipo da Guar bê húa fepultura nobre, & outra
|da. Do outro nos contou por pera feu filho D. Diogo de Caf
hüa inhibitoria do nofo Con tro, Alcaide mór detavilla,pera
feruador,em os 5. de Dezembro fiefcolheo o lugar baixo da hu
de 1 553 contra o padre Fernão || mildade da terra,onde jáz acom
Martins, Capellão de Santa Ma panhada de muita nobreza da
ria, porque nos tomou na praça fua me{ma familia. A fegunda,
as ofertas de hum filmento, quefe leuâdo outro caminho,não quiz
fez do fenhor Zupo Z).Crflowãº, que ceder na honra a o marido loão |
no dito mºfieiro jazia enterrado. Ete Fernandes Cabral, Alcaide môr
era o D. Chriftouão de Catro, de Belmonte, & Senhor de Zu
filho não legitimo de D. Rodri. rara na Beira:mas ficando hom
go de Catro, que chamarão de bro por hombro cõ elle,ambos
*ant fanto irmão de frei Henri. em fepulchros altos,pera fito
que de Catro, Prouincial dos mou a gloria de oftentar neta
nofos. Conuentuaes: Capellão obra fomente as fuas armas: feis
mór da Princefa D. Maria, filha arruelas do pae,finquo etrellas
d'El-Rei D. João III; & depois da mãe. Aquife guardão ta
Bipo da Guarda, donde veio ef em húa arca de pedra, que futen #
perar aqui na 'noffa igreja, & na tão dous leões, os mortaes def
capella dos Catros a refurrei. pojos de Iorge Cabralfeu filho,
|ção geral. o qual foi º Capitão môr de fin na4.Andra 1. ||
chron d'l,
3 Eta capella,& a outra,da quo naos pera a In lia: Capitão El Rei D.
loão 2. p.4.
qual ja démos noticia, manda de Baçaím, Gouernador daquel C 41. $ 7.
tão edificar nas cabeças do cru. le me{mo Etado : animofo, &
|zeiro duas irmans em o fangue, pru fête em todos etes officios.
$ 8.79. |
| mas oppotas no epirito:º aber Tinha_jà voltadº a Portugal,
*
Nn 4 quando
— 23TLERIVIDahina Serafia NiñãT
quãndo no anto de 1563, doze
do mez de Nouembro,dotou a c APITVí o XVI.
fua ermida de Nofia Senhora & *-* •
As…==
====== —=—
>>**** - - -
- -
NoTICIA DO CONVENTO DE
| : ** *
São Francifco da Guarda. */
cA PITvlo XVII.
- ** . º
*.*. .
|apezar dos ditos Mouros :
•
que
querendo eles entralla,& profa |
Manif㺠algias afas nalla, hum, que poz a mão na
notautis da Sé,da cidade, porta, ficou com o braço fecco;
que hum Portuguez sòmête lhe
do conuento. fez roto, lançando eta barbata
* *
pelo fauor, q efperana de O:cs:
1236. I Eis legoas da villa de Aqui estou pera mil. Eu,& que por
+ Couilhám, donde agora efta rezão lhe chamão hoje, a Se
* faímos,no principio da nhora do 3ál,Eu.
dira Serra da etrella, da banda 2 Como a cidade por eta
do Oriente,auulta hum dos feus parte era a chaue do reino, o
montes, que,não fendo o mais al me{mo Rei, que a fez, lhe buf.
to, defce mais de húa legoa pera cou pouoadores, conuidandoos
chegar ás ribeiras do Mondego, com muitos, & liberaes priuile
que corta a mefma Serra. Nefte | gios de izenções, & nobreza,que
monte leuantou elRei D. Sãoho ainda muitas familias conferuão
[.a cidade nobilifima da Guar atè etes nofos tempos. E poto
da,a qual podefe guardar dos af que os inuernos neta terra fe
faltos ordinarios de Mouros to paísão aperamente, o verão he
das as terras vizinhas, & lugares regalado,& todo o anno nas qua
comarcãos. Auia ja nete fittio tro partes (ádio. Aqui tambem
húa torre de vigia, que tinha o foi colocada a cadeira Epifco
me{mo nome da guarda,& depois pal da cidade da Idanha,que def .
ue a cidade a fez forte, & en. truirão os Mouros: cujas rendas
# nos feus muros fe chama a affinos Bipos, como nos Capitu
Torre velha: a cuja fombra ficaua lares: cuja Sé no material da fa
no lado do mefmo monte hum brica,que os mefmos Bifpostem
lugar de pouca gente,do qual fe obrado a pedaços, como dizem
vem os vetigios, & ainda mais | os feus brazões nas paredes, são
4
abaixo hüa igreja da Virgem Se hoje das principaes dete reino.
nhora nofa, conhecida por mi Neta cadeira infigne (e affen.
lagres. Contão della grandes tou D. frei Vafco, primeiro Pif.
coufas naquelles têpos antigos: po, que teue em Portugal a no
a faber,que fempre permaneceo | fa Religião,& depois dele, mais |
dous:
----
As=~~~~
pela
=yes *-+-w-Y
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438 Luro IV. Da hiftuna Serafica dos frades
N. P. S.Francifco lhe falou de. della, como contou a hum ho
ta maneira. Sabei,/enhora,que a de mem nobre, que d’ahi a poucos
uma Clemencia he muito maior, do que dias caminhaua de noite pera |
os voºs peccàdos. Se vós ºs quizer eta me{ma villa. Ouuio húas
des confº/fºr, arrependendonos deles, vozes trites, as quaes parecião
eu tomº o perdão a minha conta. Tam de mulher, que fe carpia di
bem voº façº participante de todas as zendo: %fina de mim, que tão
boas obras,á nº mundº tenhº feitº (ºr mal prºveitei quatorze annos defêr
em virtude da paxão de lefa Chrifto uiçº! E cobrando ele animo,
vos prometto a vida eterna. feito o final da cruz, perguntou,
3 . A o tom detas palauras quem era,& que queria: a o que,
| lhe foou a voz diuina por meio lhe repondeo. Souhum demºnio,
da graça no interior da alma, que defejando de apartar z), Lºpa
que de loba deshumana a con do feruiçº do Senhor, quatorze annes
uerteo em cordeira;& derretida "fºruí em figura de mulher. E logo
em lagrimas mandou bufcar foi referindo o fuccefó pelo
)
Confeflor,com o qual fe confef modo com q nòs o efcreuemos,
fou, & recebeo deuotamente os acretentando mais ito. E agº
outros dous (acramentos da Có ra choro eu, porque quando estaua
munhão,& Vnção. Pedio tam mais confiado em dar com ela nº] …
bem a o fanto Patriarcha que, profundo do "fernº , vier㺠deus
pois era fiador da piedade de cºrºlados, frades Atenores, que ma
Deos,lhe vetife o faial da peni tirarão das vnhas por meiº da peni
tencia, peraque à vita delle (e tencia, @r leuar㺠configº pera * rio.
nação. Eainda
aplacaffe ficando a fua indi g|Úm
maisamortalhada | tudº por ja me fifizerãº
que me
} alma, que
perder, ganhe eu mºjia vila agºra
em vida,conhecendo pela voz o | duas: a da mulher d'hum Ferreiro,
folicito Pator, que a andaua . que ele matou, fiandº em mas ºf
bufcando, entrou com ele no |tº; @ º dº mºfinº Ferreirº,º qual
(eu rebanho eterno,onde por ef *{{perº, porque º hão de enforcar.
ta conuersão (e fazião grandes |Tudo ito achou o homem fer
fetas. Os dous Santos defapare certo, quando entrou em Li
cerão logo, fendo trazido, & fe nhares; & alfi età eferito nas
pultado (eu corpo nete conuen nofías Chronicas antigas , "em b.tpl. 1o.
to da Guarda,como ella dizia no] "frei Marcos, nos Annae, º
tetamento. … :: da nota Ordem pelos an-, "sº…
4 Magoado o demonio de nos de 1275& no *r d. cap.$1.
lhe fugir dentre as mãos eta
Iardim de Por. -
preza, andaua pelos montes, & tugal. _i r -
| - -
"… : ) -
- * *
Pon
→
{
Menores na Princia de Portugal. 441 |
Pontifices nos auião outorgado, a Rainha D. Brites tinhão feito
nomeou Martinho IV. por nofº || obras nele. O memorial manu
(o Conferuador o Arcebipo de|(cripto da Prouincia doAlgarue |
#*#*# Braga numa º bula,cujo princi-|deule por mui fatisfeito com di
Porto." [pio he: Inundans malturdada em ||zer, que foi fundado no gouer:
| Perofa, em o primeiro de Mar-ino do dito Rei D. Afonfo;& na
ço , anno do nafcimento de || verdade não o fazem mais anti
1284. Chrito 1284. E com ito faze-||go as noticias, que em elle fe cô
mos agora ponto na relação de|tém,como he o epitafio de Nu
aggrauos,obrigandonos a dizer | no Martins, fepultado no feu
quando for tempo os feruiços, || clautro na era de 1293, que
com que tambem nete reino || foi o anno de Chuito 1 2 55. &
merecemos a fanta Sê Apotoli || húa bulla do Papa Alexandre |
ca eta fua notauel beneuolen-|| IV, dada no anno de 12 58 a
cia. , , , , || qual ainda auemos de referir.
• • |- Mas temos outra memoria, que
C A PITV L O XXI. || lhe concede mais annos, a qual
, , ||ja, communicamos a outros, -&
Compendio do tonuento de ||lhe
çz, p.anzig, d,
aquela viñº, que lºgº º
contara,& muito fórº de tépo a
São Frafadº |efcreuerão, "frei Marcos depo.", p.2.1.1
E/tremóz. || is do anno 1248. em que freicº."
-} ** * * ** ** ** || Ioão de Parma entrou no Gene *
1239. |-1| TY Ela bondade do fittio, Iralato; & - frei Lucas, no de "" .
… :* grandeza da cata,& ou || 1293 que era ja muito tarde.
tras conueniencias, cõ-|Por quanto nofas Chronicas
| fiderando tambem as quali-|| antigas, donde todos traslada |-
- — * • - - *-- — - — -- -*- - — - - - - - - —
_Menores na Prouincia de Portugal. 443
etremo, & inimigo dos pobres, 5 Noutra tal necefidade,
em particular dos frades, aos em que o Refeitoreiro" não ti- *Gonzag.
quaes não podia ver dos olhos. nha húa fattia de pão, aflentoule pagLuc,cit.cit,
| Ábrio a fuâjanella,& olhando a penfatiuo, mas cófiado em Deos, his.
cafo pera a parte do conuento, Com ito adormeceo, & quan
viofobre o feu telhado vinte & do tornou do fom no vio as me
neue tochas acefas,as quaes or zas concertadas, & prouidas de
denadas em fileiras,como os mef todo o neceffario pelos Anjos,
mos frades no coro, reprefenta |dipéfeiros do Alti
uão em fi as ceremonias delle,
Senhor. • • fº
Comerão os frades, dando tam
inclinandofehüas,& leuantando bem com etas experiencias da
fe outras, ou etando quedas Piedade diuína refeição a fuas al
todas. º , mas;& ccs pedaços de pão, que .
Th2
Chr.pºl.c.72
lugar" Fernão Pereira, irmão do fua obediencia. No anno de
famofo D. Nun-Aluares Perei I j 2o. de pachou hùabulla Le
ra,a quem matarão com húa pe |ão X, co a qual rôs encontra
dra,da torre de Villauiçola,que mos na Torre do Tombo,perat bºda
rendo ele rendella à voz do que fe reformafe nas regras da "
Metre d'Auiz,que gouernaua o Obferuancia:mas" no de 1542. ". Gonzag.
reino, Na me{ma occafião,em q fe deu comprimento a eta refor ºf luº
era neceffario, que tambem fe mação. E como ja nefe tempo "
rendefe o catello deta villa, fe achaua no ditrióto da Prouin |
|quanto nifo trabalhou, pera fe cia do Algarue, que etaua diui |
{
fazer fem mortes, o Guardião dida da nota de Portugal, com |
frei Lourenço motraremos a ela fe ficou incorporando...
…º
NASCIMENTO, E PROGRESsos
do Real conuento de São Francifco … " | " " )
- - de Santarem. • • ..
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de não fomente he capaz de ma 1.1.1.c.º. • • – • • |-
→=*
*
*
MS㺠Prºul㺠Fragal
=== … rs…». ---- |
- 19
[mil agreslhou
ques ão nelaºrdi ºtas Palaurus. Eu/ºu aquel.
nati: ziºhor, *!
—T=
- - - -- - - - - - - - - -.- fh C4 (TiOS. - - - -
• --•••••••••• • ••••••••• - - -
--—==
Menores na Princia de Portugal.º;
—
-
| Chrifto Iefüfacramentado. He
priuilegiada pera as almas por que as ermi fº"
húa bulla amplifima do Papa luas, as, & igrej is, as quaes erão vin - +
Gregorio XIII, a qual dele impee |te & duas na villa, & arrebaldes,
• • ••• • • • • •• • •
* #2 TD>IVIDÃÃÃSãZT
adia commungado. Mas primei | tana pera elesbña igreja tão grã,
|ro, q a fofie entregar a húa mal de, & foi necefario etender, #
-* --
•
|ficando nos obrigados a fazer | fez a França (eu pae. Nele me .4. Arch. da
eta memoria da boa vontade, q moºordenou el-Rei D.Ioão III. Camara de }
*> * * * }
*
**************************** ----
-
| Proued. de
(e chamou frei Fernando, º en º muitº/truiçº de Zºeos, que fe em ca
Santar.
cõmendou Duarte de Soufa ja da hum da faz.nº mºefieiro de Sãº
no anno de 15 11.a tutoria de fe Francifco de Santarém; g) ºutro",
as filhos, porfer homem muito como frei Xartinho, fraire do duomº
graue. Aqui ficou grande fama ºfieirº, he seruidor dife (oncelhº.
RELACão Do GRANDE SERvo DE
Deos frei Antonio de Santarem. * |- * ** * •
como
------
-- .--
>
••••••••• •• ••••••••••••****-*
... Qq 2 s vnhas, {
4óo
----
ITTDTS-77777;
vnhas, o apanhou noutro laço, deira, no fundamento do qual
em que veio a cair. Appareceo foi achado o fepulchro, que pri
lhe coin hüas vaccas furtadas no meiro fe cobria com a fobreditº
campo de Badajóz, dizendo que pedra,& nella a cáueira,& os of
erão fuas,& rogoulhe q as lenaí fos miturados com califa: mas
fe,&védefe na cidade, cõprome{ tudo logo (e tornou a e{conder
fa de lhe pagar muito bé. Foi o debaixo do Sacrario do Sacra
trite enganado, & acodindo os mento Santifimo. Anda contu
donnos o arguirão de furto, & do referido o feu nome entre os
condemnarão á forca. Affi aca Beatos da nota Religião;& del
!bou o embuteiro Domingos, letratão tambem nofas Chro
em catigo de feruir a o demo nicas antigas, nofos Annaes, o b. Feb.19.
lnio: enforcado emBadajôz por nofo º Martyrologio, o nofo
ladrão.
Bipo do Porto,º o de Mantua, e.Gonzag.
5 O feruo de Deos frei An Pagºoo.
que por erro o nomeoufreixodri JPag.34.
tonio,triunfando do inferno re gº,as º Contituições do bipado
colheofe a o cõuento de Euora, de Eluas, a Hitoria do arcebií
&acabada a fua guardiania,ve pado de Lisboa, o Licenciado
io cumular a vida de fantos me Iorge Cardofo em o feu Agilo
recimêtos em efte de Santarèm.
a HiR.Eccl.
gio, & outros, alguns dos quaes |
de Lisb p.2. Daqui "fubio fua alma a o def deixamos ja alegados.,
c.49, n. 1o.
Agiolog L
canço do ceo, & aquide(cançou
fit, Ian. 1o. tambem feu corpo na capella, a
let.c.
que chamamos das almas. Ainda
hoje feve húa pedra leuadifa,q CAPITv Lo XXVII.
cobria os feus ofos, poto que
pelas mudanças, & nouidades, é Da grande refºrmaç㺠, que
ouue neta capella,etaua defco
nhecido o lugar proprio delles. |nºlia tafa (e fez: priuligios
Húa cabeça vimos nós fer vene
rada por fua entre algüas reliqui Reaes facceº de hum fra
as,a qual depois em fegredo en de, que não trabauti
terrou hum Guardião efcrupulo Xado, & fama
fo, [em ter repeito ao cotume fanta de ou
antigo,por lhe faltar autoridade
t/0J.
exprefa da fanta Sè Apotolica.
Tratãoo ja da imprefão dete li
uro fe desfez o altar deta capel
la, que era daluenaria, pera fa F Oipañndo et-consáo
bricarem outro melhor de ma * cõ os etilos da Clauftra
atê
*--* ********
• • • • •• • •
• * * -
Qq 3 3 Hum
--------
geral"
-- -->
•••••am
dão de linhas finas, muito aluas, 4 Pera o dito coro antigo " *Neneza !
com húa cota de armas em fima trasladou o me{mo Rei D.Ferná chron. del
Rei D fer
deta mortalha. A feus pès (e vi do os ofios de fua mãe a Infanta mando fol.
236.
|rão duas crianças, como ainda D. Contança,que muitos annos Mariz dial.
fe conta, enuoltas em huns pan eteue na capella mòr dos Pa 3.c.$.& 6.
nos de borcado. E tudo etaua dres de São Domingos. E ainda
cheo de faquinhos de canella, & la os tinhão no anno de 1 375.
de crano, & outras aromaticas quando o Prior Antão Garcia
e{pecies, que ajudauão a prefer lhes deu pode dos bens da fia
uar o corpo de corrupção. capella por parte do dito Rei atè
3 Mas porque as orações,& ferem transferidos pera o nofo
fufragios importão mais,4 fump. conuento,& delle tambem paffa
|tuofos fepulchros,intituío tam rão na nofia reformação pera o
bem nete conuento capella cõ me{mo moteiro das freiras de
mifas por fua alma,as quaes em fanta Clara conforme a húa car
todo tempo difefem os religio ta do dito D. Manoel, dada em
fos delle. E inclinoufe a elegel Lisboa,em 15 18. a vinte de Fe
los de outros,por auer bem enté uereiro.Tinha a Infanta particu
dido, como por e{crito diffe, que lar (epultnra,da qual não era ca
« Zeos mais compridamente /eruem. paz o coro feito de nouo, em re
Prouco a capella de ornamétos, zão de fe auer encurtado.Pelo q
& calices, que feruião no altar, não fibemos hoje della, nem po
& jacõ{umio o tépo; & pera os demos alcançar,fe he por vento
Capelãesfe poderem futétar,& ra húa, que fica à mão direita de
jñraméte a fabrica, dotoulhe os quem entra na igreja, efcondi
da,
++++ •=>
# Menores na Praiaia de Portugal. —469
da;& maltratada do tempo. Fo.. to de Leiria, onde êtão por lo-{
tão porém recolhidos os feus of grar os lugares, que etauão me
fos na fepultura do filho, que sé recendo, comoja "em outra par
prete conferuou em afua intei te difernos. se toº" *, #
reza. E ainda que eta refolução *** e * * * # : ;, s; o 1-3 : :
não tenha muita defculpa,algum || CAPITVL Ori, XXX t |
* el exemplo lhe deu noutra tal nes º sr… lo: 2. º º 2_>{{* #; i ***
#*#*#*#*#ades cº:||Dos
#…. º.à de Coimbra,miturando com os
Varõesilifins
do heft 84 fºpula: 2 2 * * * * ** **
|-
- - - -- Rr ==
dentro, •••=
- - -
…
- • • •
"arch, da Sé
deCoimb, de Grecia . Contoun os doº não fe achão, hum dos quaes |
tetamento do dito D. Martim nos inculcou o Bipo de Mon
Annes, feito no anno de 2295. donhedo º Dom frei Antonio dp 1 de las :
no qual foi tetemunha frei de Gueuara, & dizia neta for Epift.famil.
" | com grande confolação dos com º pela nação Portuguez,como diz
}- * **
------
\—
}
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* • ------
= • • -
* .………>">* 4 - .
a. Monarch. 'uerno. Alguns, "que tratalão uernº, por quanto, feitinha jº,
Lafit. p.4.1.
14. c. 17. &
feguint.
ete ponto, não fizerão menção deuoluto a leu
|dele: "Mariana chamoélhe
####
# cit. a fr.
UC. 20n.Or Presbiterº fomente: "Duarte Nu
* * * * * *
# nes* # efcreueo, que era religiº de
|-
fºntençãºPontíficº,
- "... .…ce, ºcomodº * *** - -
•-,
- 482
--
- - LZIVID; hifloria Serafiaa dos frades
1 & aflitir na; refidencias , quel tantas hõras, & fauores, como la
tinha a nofia Ordem , efcre |agenciou, pera afua Prouincia.
ueo o me{mo Papa a os Reis Mas pera fi não pretendeo outra
de Tunes, de Bugia, & de coufa, fenão sò húa licença do
Seita,
dade.
que lhes defem liber
*, , - ; º r
Papa, pela qual pode se ir •ificar!
os fantos lugares, onde o Filho
- 3 Ete Bigº,que agora foi | de Deos fez a nofsa redempção.
afumpto pera a Sè de Marro Nete tempo foube o melmo Pó
cos, era em fuccefsão o fegundo, tifice de como etaua vago o bif.
& no nome D. frei Lopo, illul pado de Marrocos, & negandoo
triffimo no fangue, ornado de a outros,que o defejauão muito,
muitas letras , & de infignesa elle o concedeo, que recufaua
virtudes, como efcreueo o fo a honra, dizendo #as palauras.
-
bredito Pontifice em húa das Só hum Pafior, que fendo lobo no nome].
|fuas cartas . Vir »tique Zeus ti. he cordeirº em a vida, pnderà ºpº
mens, im/gnis virtutibus, feientia centar comº conuem ºs lobos cruéis
decoratus. Temia a Deos, & de Africa . E commutandolhe
não podia deixar de fer perfeito neta ida a Marrocos a romaria
Prelado; que fe todos o teme de Ierufalem , o defpedio cos
rão, mais pontuaes alguns fo fauores, que ja temos apon
rão em fuas obrigações . Dei tado. ."
xou muito por amor de Iefu || 4 Mettido o fanto Bipo -
* -->
Cl116
" …Menores na Prouincia de Portugal;
… "E", ".
• •
que paññema Marrocos, cola ferecido ao jugo, uauifino da
etiuefam em a fua companhia, noffa Religião. "E país à dos al
as graças,& indulgencias, que º
guns annºs d'htia vida femelhan
Concilio Lugdunente auia ja ite à dos Anjos,foi gozar das de
concedido a quantos foflem à licias do ceo, que o Senhor pre
guerra em fauor da Terra finta. patou antes de criar o mundo
A fegunda pera poder dipentir pera os feus efcolhidos. No de
cam (eu companheirº frei BR | 1'18é fettasiadou o feu corpo,} . .
nardo, o qual não era legitimo, que ainda etrua quafi, inteiro,
em ordem a ferprelado, »if | em companhia de cutro Seruo
po nas me{mas # de Deospera o condento hono,
finalmente com infinito defuelo | na qual translação:fevirão pelos
dez annos de refidencia, açodiº | (eds merecimentos duas grandes
à outra obrigação de vifitar os | maranilhas. Alcançou perfeiº
|Santos Apotolos em Roma,def: | }anda;&
tamita húa
•
cegamulher,
outra de finquoenta
que ti
pedindole deta lua amantifima
e{pofa, a Igreja de Marrocos, cõ nhe os olhos tortos, ficou comº
tanta magoa della, que apenas elles direitos. Celebrão fua me | -* *
º 12i_i |
Maria de Catrelo do bipado|Das · Ap" |
de Ourenfe. . . . . ) .
5 Aqui o apertou qutra |que nefte tempo tiverão ºs hº/-
vez aquelle grande defejo, que|fºs frades, bum dos quar pºr
•
} | • • • •- •• - . --> " • * * * |- #T * * * *
#os
la fe
fradiciºnel
ordenaua, que inquiride O , .. : " "… - fr ·
] das a ajuntar hum copiofo exer ... . . n = … --— "… *rrr… :* ---:-
|cito,que retaurafe aquélles fan Minitro, ou mandaffe inquirir |
|tos lugares. -
gue de Iefu Chrito por meio dos: outra parte lhes largauão,
de indulgencias, as quaes lhe cõ taixada a feu arbitrio, abfoluen:
municauão. Mas deta occupa |doos com ito de fazerem mais
ção,que outras vezes nos foi da | retituição algüa. ".
• * - -
e cap.37. com menos, como "ainda aue marão logo o frade, diante do
mos de declarar... . qual não parou mais o demonio,
5 . No difcurto dete tem & a mulher ficou liure deta fua
po, & não nos conta do anno, opprefaõ. Dete modo anda ef.
fuccedeo nete nofo Portugal, | crito o cafo nas nofías Chroni
que húa mulher muito dada ás cas antigas,com as quaes fe con
vaidades dos mundo comprou formão, na fubtancia os padres
fp.2.1.1.
hum efpelho, pera nelle (e com /frei Marcos,& é frei Lucas, ain C.34.
por, ou defcompor, & pôde fer, da que entre fieftão difcordes g.an. 1453. [
d.43.
que menos profanamente, do no tempo. Nenhum delles nos
que agora fe vía.Viofe nelle;na difle o nome proprio do frade,
moroufe de fi me{ma, & ingrata do lugar, ou do conuento: nem
ao Senhor, que a criara fermo nòs també adiuinhamos agora.
fa, começou a defpenharfe com
penfamentos foberbos. E logo CAPITVLo XXXVI.
entrou por elles o demonio cru
el,que, permittindoo Deos, não Bondade, defgraças, &#pemi
fomente lhe afeou o feu roto, tencia d'el-Rei D. Sancho II.
mas també a pôz em grande tor da Ordem Terceira de nof
mento, que padecia no corpo.
Os parentes lhe procurauão re f) Padre fêrafico.
|medio por meio de romarias,
. orações,& exorcifmos;& elle ar I. Etirado à Catella,ºco
1248.
mado de fua malignidade, não mo auemos efcrito, o a cap. 33.
queria faírfe dete catello. Ven exetcito,4 vinha reti
dofe porêm húa vez mui aperta tuir o gouerno dete reino a el
do refpondeo,que ningué o po Rei D. Sancho II. elle tambem
dia lançar fôra, fe não fofe hum recolheofe á cidade de Tole
frade de são Francifco,o qual el do, muito melhor aconfelhado
le nomeou, & moraua ali per dos feus trabalhos prefentes, do
to.E perguntado, porque rezão que o foi dos priuados na fua
queria obedecerlhe, fe declarou proíperidade; porque etes o lan
dete mod o Porque,tentandº {'t/ //// çauão a perder, & aquelles lhe
ma torpeza da carne, merº/fio forte. derão occafião pera fe ganhar
mente, @r a fu4 cºfiidade me deixºu | com Deos . Partes teue de
mettido em confusão . Ditofa, bom Principe, mas faltoulhe a
S[ 3 VC [] [U] r2
486 Liuro IV. Da hi/toria Serafita dos frades
ventura de andarem a Íeu lado doação de muitos: a do padre
homens jutos, prudentes, & li são Domingos o teue por funda
ures de interefe, os quaes não dor em alguns dos feus conuen-|
vfafem mal da fua grande bon tos: a nofía de são Francilcofü
| dade.Quando entrou no gouer dou fete no feu tempo,dos quaes
|no,bem fe virão os intentos,que huns na fundação correrão por
tinha de acertar, compondo as conta delle, outros forão ajuda
controuerfias das duas jurifdiçõ dos do feu liberal thefouro. Co
es, Real, & Ecclefiatica, & dan mo Principe catholico foi fem
do fatisfação não fomente à Igre pre obediente à fanta Igreja de
ja Braccarenfe, mas tambem a Roma,fentindo tanto caír na fua
|[uas tias D. Tereja,& D.Sancha indignação, que contandolhe
pelos damnos, & aggrauos, que ter pafado húa bulla o dito Pa
| auião recebido no reinado de pa Gregorio, pela qual o commi
| feu pae. Dilatou por conquita naua, fe não pozeffe emenda
ete reino,ganhando muitas ter nalguns defmanchos do reino,
ras, que pofuião os Mouros nas de que fora accufado,fem efpe.
partes de Alem-Tejo, Riba de rar execução, logo por efcrito
Coa,& Algarue. Ele mefmo fe prometteo de comprir quanto
achaua nas batalhas,& gouerna elle ordenaua. Da deuação, &
ua com tanto feruor as armas, á propensão à virtude poderàtef> e, Agiolog.
'.cap, 3º
veio a tere{crupulo,conforme º temunhar º aquelle cafonotauel, Luft. Ian 4.
letc.no có
deixamos dito,fe aueria incorri-| que nós tambem temos lido em Incnt,
dêfem noticia dos males,que fe porêm companheiros nos grauif h.cit:1, 14.
fazião, & não approuafem cou fimos Autores da º Monarchia *
Hift.eccl.
e Lisb. P. a fas,que ele não deuia confentir, dete reino, "Agiologio Lufita 1.4
cit.
nos lug |
|
}
*
# Menores a Pºlicia de Portugal. _489
|
}
ff.….….5 %, <tar preusmido;& como feuadº de Couilhão,& da Guardamar
uegado também, Bella afilio.
"...
| Tinha feito tetamento a 3 do tro das nofias terras contra os
{
}
ghez de Janeiro de or 48 no mandados do Pontifice, que el
qual forão teterynobas frei Rº Eles lhes iatimatão. Pelo que ef>
drigo Guardião de conventoid -tes mefinos Guardiães,os decla
aquella mefina cidade;&feux㺠! farão por: incurtos nas centuras
|
nefe lugar o altar-mór da me{ E contando dito tbdó a 4Pa: b.fr Luc. #.
| na Sè, forão legados feus ofes pa-Innocencio IV,2% mandeu a* 1 148.n. *-
| pera outra, onde (e diz num le [fiei Defidério duas bullas, dadas & 3. +
, , , era º 1
|| húa bulla Apotolica,em que ef
- º | || taua izento de cair por efecafo
|
?
f
reiho,comé teus poderes erão sò fubfidio; & tádo ito são obras
|m6te de Collector;& mero Exe: de quem por füa virtude, valor,
lºcutor,infidia na cobrãça. Pelo 4 & talento era muito conhecido.
i +recorrerão a: o Papa, pedindo 4
a.fr.Lucan,
3 : Não temos outras me & " no anno de 1 2 54. lhe man 1 a 54. n.44.
: -
morias do padre frei Defiderio, darão Embaxadores os Tarta
o qual conforme a etas,&ás ou ros, & juntamente os Vngaros
fobre
y******* @*>
----
= =-
* >
•
- -
- - • |- - + • • ---- — —
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primei
AMenores na Prouincia de Portugal. . 493
primeiramente as freiras de S. . mada de Sant-lagº, que ella não |
Bento em Bernardas,& depois fe emparafe, & foccorreffe com
transformou de Rainha em reli caridade Real.Chegarão ao Pa
giefa daquelle me{mo etado Pa etas nouas, porque lhas da
com tanta graça do ceo, que te uão os frades, os quaes fabem
uenome de Santa por fuas gran etimar os fauores, que lhes fa
des virtudes . Era deuotifi na zem, & como nos nofos bens a.arch, de S.
não só da Sê Apotolica, mas tã etaua interefado, efereueolhe • Franc,do
bem da nofia Religião: virtude húa carta, em que lhe daua as Porto,
3 Paí
Tt •
494 Liuro IV. Da bifloria Serafica dos frades
3 Pafou a viuer com Deos ]]ma, quando o Papa, imaginan
eta inclyta Rainha em o primei|doa viua, lhe mandou a dita car
ro de Maio, como achamos ef|ta. No me{moliuro dos Obitos
crito no liuro dos Obitos de San-leftà e{crita por erro a Era de
ta Cruz de Coimbra . (halendi || 1 264 em lugar de 1294 que vi
lºta), lufirfima Regina 2.3ahak|nha a fer o anno de 1296, o do 4.]
da faz Regis Santigº Regina 2. || qual lhe tem afinado a "Monar?" 3.Os
• • •
epofa; & elle (obre altado lhe perderem hum fujeito, com que
repondeo efcufandofe (omopôde elles (e honrauão por fuas gran
i/ºfer,/ eu fou religiofº, @ fiz votº desvirtudes, a quem trazião def
de caítidade perpetua? A o que lhe tinado pera fero (eu Abbade;& •
*
Tt 2 - - das
|
496 Liuro IV. Da hi/toria Serafica dos frades =*=
das duas hemais ºfiera. O Pontifi-] que falaua nos myterios diui.
ce, ouuindo etas rezões, appro nos, que muitas vezes parecia hú
uou fua mudança, & ordenou | dos fagrados Apotolos naquel
que ficafe nanofla Religião.Pela occafião,em que etanão che
lo que fe defpedio de Roma vi os do Eípirito Santo,o qual me
étoriofo, & caminhando por neaua fuas linguas, & o mundo
| França,ahife quiz efconder em defafizado, & tonto os julgaua
deterro voluntario por amor |por homens fartos de vinho. |
de Jefu Chrifto, fem tornar a | Tres cou/as, dizia elle, connem muito |
Portugal . Fez affento em a pera chegar h㺠almas fadºdeperfer
| cidade de Aquis no idioma lati ta. A primeira,conf/afº inteiramen
| no, ou de Aix em francez: não | te das culpas:_Afeganda,ºrar com fer
| naquela(são duas as dete nome) | wor,®r a uaçãº: trito:_Aterceira,
* do Etado de Proença, à qual ||fugir com cuidadº das palavras vºº.
# | Etrabão nomeou por vique|fas. Ito dizia, &ito me{mo
, p.1, º Sextia, como cuidauaº frei Mar- fazia, aborrecendo as fobredi
16. cos: mas na outra, chamada de ||tas palauras como pete da vir
Ptolomeo Aque # em as litude. Ouuindo contar hum dia
pºde Gafconha, fegundo o | certa hitoria, que prouocaua a
………. Annalita coas Chronicas an-||rifo, logo a moralizou, por não
tigas. ficar fem proueito, tirando del
4 Defiançada fua alma do la hum faudauel confelho, pera
etron do das fobreditas conten que os peccadores afoguem os
das, feruio pacificamente á diui feus peccados nas aguas da peni
na Majetade, concordando por tencia. Procuraua grandemente
| meio da penitencia, quanto lhe o remedio das almas, ardendo
era pofuela carne com o efpi fempre naquellefanto defejo de
rito.Não bebia vinho, nem cer que todos fe falaafem, pelo
ueja, imitando atè mito o gran qual regulaua as acções de fua
de Baptita; no comer era tão |vida pregando,& confefando di
parco, que parecia milagrota a |as inteiros quando era neceffa
| fua futentação. Gotaua sô das rio, & coturnaua dizer. No ceº,
| delicias do ceo, que Deos lhe que eu estiuera, fême chamafºmpera
communicaua, & o trazião co hãa cºnfºão, euuerº de faltar fºra º
mo homem tranportado, ef-| ºuuir º peccador . Em rezão def
quecido de fi me{mo; &ito de tas virtudes o fez Deos parti
puro goto, chorãdo femfe sétir, cipante de lua Omnipotencia,
né poder etancar a inundação obrando pelas mãos delle por
das lagrimas polos lugares mais tentofas marauilhas. Cõuerteo é
publicos. Era tanto o feruor, cõ certa necefidade a agua de húa
|
fonte
* --…"… ====== - -
|
fonte em vinho, a qual dahi por to tambem difcrepão d'outros * aft. Marc.
P * 1 4.c. Aº
diante fechamou a fonte de fantº | Autores,aconteceo na cidade de
Lisboa hú cafo marauilhofo em
Fr.Lucan.
1 a 18, n.18.
-Antonio, & não tinha outro no
me. Morreo fantifima mente, & | fauor dos que são afeiçoados à
muitos annos depois foi achado. nofía Religião.Ouue nella hum]
o leu corpo inteiro,&incorrupro. mancebo,inclinado à virtude,&
5 No tempo, em que elle fio muito deuoto de nofo Padre
receo, não etão muito confor fantifimo, cuja regra defejaua
mes os padres frei Marcos, & profeffar, & profefêra fem duui.
frei Lucas, nem as Chronicas da fefeus paes,que nelle vião al
antigas concordão tambem com | güa fraq2a natural,& tinhão ou
eles. Mas nòs (eguindo a etas,6 | tro epirito,não o contrangerão
o merecê por caufa da me{ma an | a entrar na illuftriffima Ordem
|tiguidade,dizemos 4 fioreceo no | do Patriarcha são Domingos, & |
generalato do ferafico Doutor S. fazer nouiciado no fobredito cõ
| Boauentura,o qual começou no | uento. Mas nem por ifo perdeo
|
|
anno de 1256. & no feguinte da nunqua as faudades da mofa,an
•
mos a fua memoria, vito como, tes caindo numa deèça mortal
| ºlfendo ja prouecto em a idade, al fe declarou com feu Metre,que |
• • |- | . *"
|Apparece na tua
***", "", vºfido
"/"" nº" || no habito da fua Ordem Angeli
naº habito hum muiçº de são | ca. Porêm N. P. S. Francilco,
9 4
Domingos de Lisboa,quejº em | em rezão detes defejos,os quaes |
etimaua muito, o adoptou por |
|temafºnel, é difas re feu filho,na me{ma coua,em que |
zões típcias, pera que os
,3
o depofitarão,lhe vetio o feu ha|
… ficulares oefielhão por bito (agrado, como a frade Me
nor, & cõ ele foi achado d’ahia |
| dous annos inteiro,sé corrupção* |'b. F.Lucan, •
que vejaes todos o entranhauel amor, | muito credito na capella fubter fan **3o • +
n. 4.
que º Padre são Franci/co mº/tra a es| ranea, que ferue de fepultura a o
feus demorºsºfº este mancebº º difejanº|corpo
•
incorrupto odefanto
Francifco.…Etaua N. Padre
P. S. || …,
for pae, ele tambem º aceitou por feu |
flhº. Mandoulhe abrir a coua, &| em pé, os braços cruzados fobre
todos o virão vetido no nofsol o peito, as mãos mettidas pelas
habito,cingido com o cordão.…! |mangas do féu habito,o roto vi.
|- .. 3 - Não etranharião em rado à parte do Occidente com
Lisboa os padres de são Domin |os olhos abertos,&pregados em
gos acharfe o feu; nouiço veti o ceo. Defonte delle ficaua húa
do como frade Francifcano, po. figura notauelvetida no habito
is
& os
• fantos
noísa Patriarchas
Religião
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fe amauão cõ||| ddo gloriofo são Domingos,olhã
da fua, "mingºs,olha
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yoo Luro IV. Da hiftoria Serafica dos frades
| 2. Da muita fuficiencia, ta
C A P ITV L O XXXXII. lento,& boas partes dete bipo
* D.frei Branco nos da grande ar
De D. Frei Branco, terceiro gumento o cafo, que delle fez a
Bijo de Marrocos, & dous fanta Sê Apotolica em os feus
primeiros annos. Porque no de
| difipulos de N. P. Sera 1247, era Nuncio do fanto Pa
dre Innocencio IV.& Collector
fico,Jºpultados em
Abrantes. do fubfidio Ecclefiatico, pera
foccorrer a Terra fanta, no Eta
do d'Auinhão. Affi o diz húa e c fr Lucan,
1258. 1 y Agando pela renun bulla do me{mo fummo Pontifi | 1 a 17, n.16.
cia de D. frei Lopo, ce,dada em o primeiro de Iunho,
º cap.34 como º auemos eferi anno IV. do feu pontificado,pe
to, a cadeira Epifcopal de Mar la qual lhe ordenou, que mode
rocos, entrou nella D. frei Bran rafe a taxa, que corria nofobre
|co, terceiro Bipo daquela fan dito fubfidio, porque della {e
ta Igreja. E poto que não acha motraua queixofo, & magoado
mos as letras da fua nomeação, o Clero. Começaua a bulla pe.
b.fr.Luc.an.
.lº duas bullas do fuccefor D.frei las palauras feguintes: Fratri Zlá
1289, n.2 "
an. a 29o. m.
2o.&m Re
Rodrigo,que no anno de 1 289 | co de Ordinefratrum 3ánorum, Nuº |
get. & no feguinte lhe pafou Nico ciºnofire. Etas me{mas boas par
lao IV.nos dão noticia della.Na |
tes lhe grangearão tambem o
|primeira declarou, que lhe daua bipado de Marrocos, quando |
o bipado por vacatura do fobre nellefe prouião os homens mais
dito D. frei Branco;& na fegun-||eminentes em virtude, & em le
- * * *-*… *; 1 •• 2 •
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DA HISTORIA
S E R A FICA D O S
FR Provincia
A D E S M DE
E NPoRTVGA
o R E S L.NA •
c. Sonz.pág.
rarão por outras terras etranhas. fua fupplica: (um cadem infituris
| 76o. Porque muito antes dellas º vie p/us Ordinis cupiant informar . E o |
fr.luc anno
# 1 a 29 n.32.
rão hüas difcipulas da gloriofa defpacho foi ete, remettido à o
& 1 1 33 n. nofo Minitro prouincial . a
fanta Clara, do moteiro de São
3 $.
d.Fuente
Damião em Affis,füdar em C,a-faber, que lhes mandafe d'-
} em la hift. mora, & Barcellona; & neta outros moteiros de Hepanha
del cap. de
Toledo fol. nofia idade, anno de 1621. " algúas religiofas, as quaes as po
| $9 faío de Toledo aquella mu defem doutrinar; & ifo dizem
lher infigne, fór Hieronyma etas palauras feguintes. Quate
d'Afumpção pera plantar dahi alguas religiofas mulheres "pfus
! mt/$
|ta, & elle lha cõcedeo por bulla dos quaes renunciarão as mef.
particular, como então (e víaua, mas religiofas, por não defcelê
cujo principio foi: Cum omnis vera húpõto da afpereza notauel, em
| Religio: efcrita a 2o de Feuereiro,
|
que queriao viuer. - -
*>"
–"
Menores na Prouincia de Portugal : jo7
1 mus m Chryiofilius nºfer, Rex Pertu como Deos e{colhia a ette Real
gal e ilustris, habensivos ºbtentupre moteiro pera enfinar a quitos,
cum nºfirarum prºpenfú; commenda que reformou, & fundou, juto
tas,çuoddam monafierium adºpus»ef era, que elle em feus principios
trum in locº Sã8faremen/, facial de no ficafe bem dcutrinado . E
uo cºnfiru ºperefumptuºfo , iluddifo temendo o Fontifice,que por e
nen, Kºgia liberalitate dotare &c. zão da mudança (e quizeffe ef.
2 Em rezão deta, mudan cuzar do feu gouerno o nofo
ça lhes fez o me{mo Pentifice Prouincial mãdoulhe exprefia
notauelifimas honras, das quaes mente por fanta obediencia,
ellas fe auião de lograr na villa que não o defemparafe. Ito di
de Santarém. Confirmou todos zem etas palauias da bulla:Z)/
os feus priuilegios, & concedeo cretiam tue precipiendo mandamus,
outros nouos. Duas vezes as to quatenú, p/arum/olicitudinem geras. |
mou na protecção da fãta Sè A De modo, que as freiras procu
potolica. Efcreueo a o Bipo de rarão a fujeição, que nos deuem,
Lisboa,que além do feu empaio entregandoas a orgouerno da
lhes défe benta a pedra, em Ordem, por ºfer mais conueni a.Salaz na
chron.da
que o corpo da igreja auia de ente, a fanta Sê Apofolica, não Prou.de
eftribar. E fabendo muito bem | sò neta,mas tambem em outras Caft.l.$.c.
2. I ,
como as obras corrião pela fa occafiões, nas quaes nòs lhas en b.fr.lucan,
zenda Real, o feu zelo, que nas campamos, & ella cõ muitos ro * 163.n. 17.
& 1 a 64, n.
maiores certezas nunqua (e dà gos nos obrigou de nouo a acei 3•
\,
… *.
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• •
confas }
feu oficio. As outras tem decretado por leio? Conci uet Monte Oli
na ex- ],
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mas |
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… -- -- * * * * -- - - -" T - T -*****-*-*=="…-- •
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5 I2 Liuro V. Da Ta Serafica dos frades
alguns fauores,que o Santo,& ef teiros: hum de frades: outro de
ta nofía Familia receberão dos
freiras, que fempre forão diftin
feus Padres. Nós lhe confefía
étos, & em cuidar o contrario fe
mos todos, & outros muito ma
equiuocou o {obredito Autor,
| iores, reconhecendo tambem como tambem noutras coufas.
auentajado empenho,do que el A primeira, em dizer que nete
le nos inculca, pelo moteiro de moteiro fe achaua ofyluado, q
São Cofmate em Roma, dos fe de repente deu rotas quando nel
|us monges antigamente,de fan le (e lançou nofo ferafico Pa
| ta Clara agora.Porque ele ima dre, porque etá em Afis,na ca
gina, que os monges nos derão |fa da Porciuncula. A fegunda, á 1.l.n.c 1, &
2. .
| sòhum moteiro, & que nofosã |o Santo ofereceo a o Papa etas r Lucan,
| to Padre, depois dos frades o te rolas,quando da parte de Chrif 11,2 1,2 fl,
** * *
rem,o largou pera as freiras: mas |to lhe pedio ojubileu do me{mo *".
1 nós dize mos auer rece bido dous: conuento da Porciunculafendo
| hum, que fempre foi de frades: o afi, # foina occafião, em que
| outro fempre de freiras. lhe fignificou, como o mefmo
* Ahitomia foieta;que os |Senhor o tinha ja affentado a 2
b.fr.Lucan, monges de são Bento º etauão
1 1 1 2. n.39.
do mez de Agoto, º
3: 1 a 19 n. em São Cofmate, & tinhão hú 3 Mas fuppondo, que aue
19. & 1 233. hofpital,vizinho dete moteiro, mos recebido etes, & outros
n.38.
á fe chamaua São Ziraz, no qual anoteiros da Religião fantifima
derão hum hopicio a N.P. S. do Patriarcha são Bento, nem
Francifco, onde elle,& os frades porifo auia de eperar,que N.P.
(e podefem recolher, quando S. Francifco lhe défe em recõ
| andauão em Roma,no principio penfa toda a Ordem de fanta
da Ordem.Depois,por intercef Clara,inteira. Doutro modo po
são do Papa Gregorio IX nos lar dia defempenharfe, que muitos
garão todo etehofpital,&nòs fa (e oferecé a quem he aggrade
bricamos nelle o cõuento de S.
cido.E tudo tambem lhe etaua
Francifco de Ripa, em as ribei merecendo a cordial deuação, ó
ras do Tybre,onde ainda morão nelle foi manifeta, & nos ficou
d fr.Lucan,
frades. Andados ja alguns annos, por herança. Chegou "a o mon 1 222.1.4.
no de 1233.fez fair o me{mo Pa te de Sublaco,onde o santo Ab
pa os monges de São Gofmate |bade,lançado entre elpinhos, 4
pera outros moteiros da fua Re lhe raígauão a carne,de{pontàra
ligião, & deu ete às freiras de sã co a fua agudeza as lanças do
ta Clara, as quaes nelle permane tentador infernal. E vendo aqlle
cem. De modo, que eta fagrada |ditofo mato, que fe regou do
Ordem nos deu aqui dous moí feu fangue, feruendo em deua
–_*______ _ção –=+
•••••••
+=++++
•••••• = - •---
ção fe abraçaua com elle, & lhe 2. (lara, %áter Ordini, º firia tem
lançou muitas bençãos. Donde | pore,que 2.Francucus ilã #flituuha
veio, que autorizando Deos a | buen durdipiº cigul, O de mais |
ambos os Patriarchas,o (yluado|feve pela outra bula de funca
|fe conuerteo em rotal,& as rotas|nonização. Vai tumº, um mãellº,
feruião de medicinas.Ete,& ou | de filhºspitº: húdºpannº conten
tros obfequios poderião obrigar|ta. Afi andou mui contente por
o gloriofo S.Bento pera nos fa-ll tºda a fua vida,& affi andão fuas
uorecer, em elperar mais retor-||freiras, fem mudar nonqua de
no. Mas porque não venha algúa || cor, nem vetir cºgulla preta,ou
penna,que rague mais largamé-||vetidora algúm que cheira ffe a
}
|te, antes de tocarmos no ponto || são Bento, como o dito padre f|f cit.css.
da controuetfia, affeotamos al- fei Leão, & todos os mais con- …
|güas verdades certas… ||feño. " ...….. […
# 4. O fingular intrumento, ;
Depois dito fe ajudou | ""
que o Senhor e{colheo pera tra-| nofo Padre da fua figrada Or
zer fanta Clara a o monte da | dem, quando recolheo a Santa,
perfeição Euangelica, foi fomen vetida ja no feu habito nºme!
tenofo fantifino
nella, como Padre, pedra,
em primeira o qual|teiro
poucosdedias
Sãoa mudou
Paulo, &a Sint-An
paíados •
#L. Lelhüatunica, manto curto,º co: rezão deta mudança. Pelo que ;
# "dão, que erão todas as galas def|cellando a tempetade,&agge
#… ta grande Penitente. Do cordão||gada a ella, que foi breuifima.
**ssinº, deu tetemunho o Papa Alexan || mente,fanta Inez fui irmã m, lo
dre IV. numa bulla, que no an go o fanto Patriarcha as tirou
no 1259 mandou a ete motei-|| aº bis de Panzo, & poz em São
| ro, dizendo etas palauras. (um || Damião, onde começarão a fus
. - - - vi-4a
— --• • • •• ----- -*-*y
' •+
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•••• • • • •
5 14_ Ir VDTIma S7 Z •
-
—_* •
dos
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…=====---
} 18 Ivrº V. Dahiria Serafica dos frades
dos votos com os exemplos illuf ma: mas ito não foi batante
tres da notauel fantidade, que pera que ficafem fuas na pro
pelo me{mo caminho auia dado fifão, & etado; muito obriga
no mundo a Religião fagrada das,fi,& mnite agradecidas, co--
do Patriarcha são Bento; & affi | mo ainda fe ve nas dete fanto |
o diffe o Cardeal Proteótor pelasmoteiro. O que nellas he mui
palauras feguintes. Verum, vi ad to de etimar, porque quando |
exemplum,gº imitationem &c.Quiz. fe partirão de Lamego, ja vinhão |
tambem autorizar eta familia defenganadas em virtude d'a-
fanta das freiras Pobres, que quella declaração, que o Papa
então começaua a nafcer, à fom Alexandre lhes mandou, que |
bra do muito credito,em que el não etauão obrigadas a guar
taua a outra, declarando á Igre dar couta algüa das que dipu
ja que era Religião approuada, nha são Bento;& não tiuerão, a |
& que guardaua os votos, como regra, em que nelle (e falaua,
{e guardauão nella. E ito nos depois do anno 1263 no qual
quiz dizer o dito Papa Innocen o Papa Vrbano IV, lhes deu a
cio na fua explicação,4 mandou que hoje guardão, nem a gran
à B Sór Inez...tapium de B.Be de ferua de Deos D. Leonor |
nediai regula, º pºr p/ºm, qu% Afonfo, honra dete fantuario |
|precipuam de regulis «pprobatis, Real, profefou fenão com eta.]
veira Religiº authentica rediere. Faz myterio o fobredito Au
f{{y", : : "…
tor d'húa prouisão d'el-Rei D.
8 Pelo que não achamos Afonfo III. pela qual lhes deu
fundamento a efte metre doc licença pera poderem herdar, |
tifimo pera nos deixar e{crito, como herdauão os moteiros |
que a Ordem de fanta Clara de são Bento : mas ouuera de
pertencera nalgum tempo a são aduertir, que acrecenta tam
Bento, ajudando a compor o bem, comº os mºfieiros de fantº
corpo mytico da fua grande fa Agufinhº . As fuas palauras,
milia . Porque fe as freiras não fem, as cortarmos, são etas. |
trazião o feu habito, nem lhe Secundám quad gr alia monaferia |
etauão fujeitas, nem guardauão Ordinis fantii Zeneditii, gr famíli
lua regra, nem profefauão co -Augufini faccedunt in bons pater
mo feus, mas fomente como pro nis . Quiz o Rei por fua gran
prios,os votos fubtanciaes, com de deuação, & piedade conce
que parte tem entrado na fua der a eta cafa efte fauor das
compofição ? Receberão, he heranças, que outras Ordens |
verdade, grandes exemplos, & gozauão, & fe daqui não fe
credito defa Ordem illutrifi fegue, que ela tenha rezão cõ a
----
Ordem -
•
*
AMenores na Prouincia de Portugal. _j 19
Ordem de fanto Agutinho, o las rendofas d'el Rei D. Fe: nan
me{mo he da de são Bento,com do, da infanta fua mãe D. Conf
a qual não teue mais parenteíco. -tança,& doutras pefoas graues,
& oferecidas todas a efte Real
CAPITV L O VI. moteiro por mercê particu
lar do grande Rei Dom Ma .
noel. … . . ' '
Doações, & priuilºgios, com 2 Os Papas lhe concede
que fiº mºftiro/fºz grande, rão innumeraueis fauores:no ef. }
nas quats tambem fé co piritual, immunidades, indul |
nhece a deuação d'al º gencias, & graças no tenporal,
güafreiras. prinilegios em augmento da fa
zenda , na qual eftriba em
parte a fua autoridade. De tu.
I Al podèra eta cafa do o izentarão, afi de pagar
chegar a tanta gran o dizimo das fuas proprieda
deza, como fempre des, como de contribuir pera
foi logrando da hora, em que fintas, ou pedidos, ou fubfidi
nafceo, fe não fora ajudada dos os, poto que eftes felancem
Pontifices, dos Reis, & dos Se #por commísão Apctolica. Cõ.
nhores do reino com particular | cordou com os Pontifices a pie
amor. Os indultos Apotolicos | dade dos Reis, que tambem
são tantos, os priuilegios Reaes| o efeufauão de todos etes encar
tão amplos,& dilatados, as mer |gos, não fomente por papel em
cèstão grandiofas, & as doações | fuas cartas, mas por obra nas
tão largas, que repartido por ou |mefmas cocafiões, em que feus
tros efte exceffiuo numero, em Minitros pretendião a cobran
todos elles auia de fommar mui ga Alfi o fez D. Fernando,& D,
to . Mas quiz Deos, que tudo | Ioão o I. os quaes ambos, rendo
ito etiuefe aqui junto, pera |alcançado por duas vezes as de
mais engrandecer a primeira cimas dos beneficids, & rendas |
caía defa pillutre familia no | Ecclefiafticas, concedidas pelo
reino de Portugal. E aftiolhe |Papa, nunqua quizerão, que o
tambem nofo ferafico Fadre, || moteiro pagaffe. …….… -
=>
• 5 En Ess="},
Menores na Prouintia de Portugal. y21
5 Engrofou tambem na primeira vinculou etes encar
renda ete moteiro por via das gos: a faber, que fe défe húa |
me{mas freiras, que fendo de or pirança às freiras em dia de fan
dinario das melhor afazenda ta Clara; & que ouueffe húa a
das,& mais illuftres do reino,tra lampada acela na fancritia de
zião grandes heranças, as quaes dêtrºpera alumiar º corpo de Zeos,o
ellas ou em parte,ou em todolar | qual por deuação das mefmas
gauão ao moteiro.Mas porque religiofas nete lugar etaua fa:
etas heranças erão em rigor da cramentado . Na fegunda de
fua communidade, & não das clarou, que a daua a o moteiro
particulares, que não podião ter 4 honra de left Chrifº,que CO/0360 Cô77?
proprio,parecerâ alheo do feu ef ºfeus difficulas em dia de Laupês.
tado efcreuermos, que fazião do E querendo a Abbadefa mof.
ações, & celebrauão contratos. trarfe agradecida, fe obrigou ne{
Porêm nos tempos antepaffados, ta forma . E nos ordinhamos, (é
em que o voto da pobreza eta outorgamºs, que em ve/pera de Laua
ua mais mitigado, concedião os pès cantemºs hãa m/a de Requiem
prelados às mefmas particulares,
pela alma devº/a madre, @ os Jete
& muito mais (e erão pefoas nop/almos penitêciaes,Gr/aiamos febrella
bres, que podefé adminitrar a com amniuer/ario.Mas porque a frei
feugoto,& dipor das fobreditas ra em fua vida ficaua logrando
heranças. Pelo á cotumauão fa eta parte da fazenda, acrecen
zer prazos,doações, tetamento, tou eta claufula . E Zº. Clara
& cõtratos não fométeco as pe{- em / vida nos faça conhecença por 4
b. Suarde foas etranhas, mas tambê cõ o queldia de Lauapés, depão, @ sinho,
IRelig. tom.
} .l.8.c.7. moteiro, q affio approuaua. E º @r pº/cado, º que poder; @r º al,
como etas acções dependião da que ficar, que de em fias às pobres
vontade dos prelados, né as frei huvir por bem, grd pois de ia mortefi
ras ficauão proprietarias, né fal que este chual,9r todolos/eus bens pera
tauão a o voto da pobreza co a a enfermaria.
quela obferuancia, q lhe podia 7. Hum anno mais adiante
batar.Se elas víauão bem dete encontramos a memoria, noutra
fauor, & licença, as doações (e- doação deuota , de D. Maria
guintes o motrarão. Eteues Mafarra, filha de Ete
6 Herdou húa D. Clara no uão Annes, & neta de Ioão Ai
anno 1326. muita fazenda por res Durò, & de D. Maria Gon
morte de fua mãe, & fazendo çalues Mafarra, dos quaes os *.tit-44.
doação a eta cafa, onde tinhal ros etes tres nomes latinos 3áo a.Gellius l.
profeflado,da quinta de Monte nialis.htonacha,&ºSoror,todos tres *3.c. 1º,
junto, & doutra muita fazenda, myteriofos:aquelles,ambos que
perayºfharia das Zomnas em commã, rem dizer 3cmja : ete vltimo,
como ella declarou. E a Prelada Irmâm. E dete, abbreuiado em
ficou com obrigação de que Sºr, pera dizer em portuguez
por vº/pera de Pa/choa ajão as Zommas Sòrfulana, vsão ainda agora os
a Aleluia, ºficomo a da a dita ºta moteiros reformados.Erão tam
ria Efieues em fua vida. Ito he húa bem nomeadas no me{mo latim
pitança, que ella daua no tal dia Fratri/e, imitando o nofo nome
à honra da fua folemnidade. São de Fratres,que fignifica irmãos,co
deuações,& caprichos de mulhe mo o dellas Irmăns. Na me{ma
res afeiçoadas a Deos. imitação {e formarão os feus no
mes portuguezes:de tal modo,4
C A PITV L O VII. chamandonos no tempo pafla
do Fratres,ellas nefte fe chamão |
Do appelido de Domnas, agora Freiras; & fendo hoje nof|
Soutros varios nomes,que |fo appelido Frades, o feu era nos |
annos antigos Fradas.Dito acha
as freiras defe mº/ mos memoria numa º doação,4 b.arch, de
S. Clara de
feiro tiutrão. fez D. Eteuão Annes, fendo Bif Lisboa.
po de Coimbra,a 15 do mez d'-
Abril,anno de Chritto 1312.na
| I ão queremos colli qual diffe etas palauras. Zamos a
gir da multidão def vá, Confiança Efieues, frada da Ordé
|- tes nomes particu de Santa Clara de Lisboa a nº/a adega
lar excellencia nas freiras de fan patrimonial com/as cº/as, que auemos
ta Clara, mas fomente declarar na fregueza de São luião,em lugar, #
a muita variedade,com que erão chamão º Alamº. -
lheres
----
=-=
*-r-
Terceiras leigas, que tinhão ahi || D. Mór Dias pera fundar mof.
#<ch dºs aflento, numa "carta de 1344 ||teiro de fanta Clara naquella |
&###" em que as encommendauão na|me{ma cidade,declarou que lho
deuação dos fieis. Nas freiras era || pedira religio/us Vir zumnus frater
|ito ordinario em rezão de ellas|| Gonçaluus Ferdinandi,Quardianus&c.
ferem epcías de Iefu Chrito,& || Eito era dizer, º Varão religi%
profeffarem virtude na formado || Zºomfiel Gonçalo Fernandes Quará-|
feu etado. E pera fe diftinguiré || 3o. O fegundo d'outro Eferiuão
das fidalgas,&beatas,que tinhãº||do Porto,que fazendo º procura|..…… d.
o me{mo nome, muitas vezes fel|gão de D.Guiomar Annes pera scirido
chamanão zºommas de Ordem, co-||Garcia Paes lhe cobrar certa falº"
mo motra outra carta d'el-Rei ||zenda pelo termo de Leiria dil
D. Dinys, paflada em Santa1êm||fe, que etiuera prefente zºom
a 18 de Janeiro de 1 312, na ||frei Amado da Ordem de são Fran
qual elle ordenou, que não ob{-| cfco.. ;º #…
tante a lei, de não pofuirê herá-|| 5 | Mas tornando a falar
ças as Zemas das Ordins, podefe || nas freiras de fanta Clara; appel
ete moteiro lograr a que lhe || lidadas por Zommas apparecerão
cabia por Z), Zordia.%artins, Zº: || no mundo, porque na propria re|
naprofeº, grSoror no diafºumºf|gra,que lhes deu q Cardeal Pro |
teiro. - ||tector, & os Papas inuiarão a ef.
| 4 Por eta me{ma rezão,fun ||te,&a os outros moteiros, Hüas
dada em cortezia,entrou nos reli|vezes lhes chamão Zomina,& ou
giofos o appelido de Zom, q fig|tras vezes Sorores. E que aqui ef
nificaSenhor,o qual ainda confer-||tiuefe o me{mo nome corrente,
não algüasReligiões.Masanofia, | declarão as e{crituras, queja te
ó profefa fugir de toda a hõra,o |mos referido,&ainda alegamos
..….…Jaborrecia tanto,que º celebran.|Hña he o tetamento d'el-Rei
.………") do capitulo no anno 14:3o, pro-] D. Dinys, feito a 2o de lunho |
" [hibio ovio delle com muita fe- de 1522. no qual e(creuco ete |
ueridade:poto que o feu decre-l! legado. Xado aº moteiro das Zom
*-e- –
---- ==
-- -------- - - -
Xx 4
*…
nas =>$"
---- - -• •
*
Doming, P,
1.16.c.º.
fez Sorores, nío fendo ellas Se 7° Mas affi como o folfz
nhoras, . . . efconder as etrellas, do mefmo
. .
• • •
|S
•- - -
—=-=
-
Princeza tão infigne nef Mantua," frei Lucas, e frei Ar
• • • • • •••>> > > •-------+--+-- - -- - -
tu r;
n 18
c Nouenb.
18.
----
-+ ** *
nin. O run." & Monarchia, & * Benedictina ra ante do tempo, em que hei 4fizerpr0 :
Num 14.c.
+ O.
Lufitanas, da Hitoria Ecclefi f/on. No etado de profeta ella
ls P 4.1.14. atica de Lisboa, & do "Iardim tambem fenomeou dete modo, •
C.2.5.
º tom. 2.rr. de Portugal,diferão que por vé pedindo em húa (upplica cõto
...c.S $.3. tura mudaria nete nome o feu das as outras freiras certos juizes
ap.*
voium,
c.49.1, . •
fefa: viua, & morta; o feu nome |gis Pºrtugahe, monialis in monºfiertº
(empre foi Z). Leonor 04fºnfº. Tu /pradião. O me{mo nome lhe
do ito he patente por e(critu {deu el-Rei D. Dinys féu irmão,
ras autenticas, que letão nete #Quãdo a 15 de Março de 13o2.]
| certifica
moteiro.feu
Dopaeaffi
tépo deno
fecular nos |lhe quitou por hña carta, feita|
feuteta- •
o nouo;quinhen
em Montemôr
mento, como numa doação. |tas liuras, que lhe etaua deuenº
No tetamento efcredeo etele lo. E não vando de outro em to
gado:Xando Z). Alemºr, quã habui |da a fua vida, por elle tambem
-
ou a feu tio frei Afonfo Rodri bens, que ficarão por morte da
gues pera fer tetamenteiro. (obredita Condefa; que ifo
E a freira fez depois feu teta nos dizem etas palauras . Su
º mento, primeiro que profeflaf per omnibus koms, que fuerunt Z).
fe, a 2 o do mez de Março, anno Aleonora (mit/e , quedam filia 7).
zia o zelo nobre da fua commu |fecca húa aruore, a qual d'-|
nidade, que efereueo a o Papa antes produzia º ete.ufruito.
Bonifácio VIII. & fez outras di Lançoulhe a luabenção, &, º.Num.17.
ligencias por não perder as he-||qual a vara de Aaron no an-Nº
ranças, fuppoto que as pefoas |tigo Tabernaculo , aísi aqui !
- ! : :: º efa
—T- *>sessº**************-* }
−======
"Cha
- -- - ***
d Nou. 28.
e.lan. 21.
| dre de Deos, cuja humildade
letr. C. "tu", "Agiologio Luftano, & | grande nem a muita qualidade
*
Zz da
*FF
••••••-*.
→_>
*_l-
FA, , º
•••
— *_ *_**___*__ -
–==
& sòr Leonor dos Reis. Ambas | motiárão ºfer ella dos e{colhi
|forão femelhãtes na deuação, & | de Deos pera as honras do ceo.
nos rigores da vida, &ambás tã Acabou eta carreira mortalve!
hé iguaes na hõra grande, q na |pera da Natividade da Virgem
-
E.&Feu,is
annº de 1578, fez ete melmo | gio Lufitaño. E por aqui te aca 1.F.
F }
-----+- , -
__--- -
obrigou efta caf, a ferfua Abba | n㺠padecera eu alg㺠toºf dº muitº,
defa. Sentia polêmio pºzo, um que padecifes! E parece, que a ou
portunando a Deos, que à liber uio o Senhor, porque lhe nafce
tafe delle.pois as vontades da } 1ão muitos crauos na cabeça,a-
terra lhe faziao violencia;& fen gudos, & penetrantes, os quaes
|do ouuidado piedofo Senhor, el| todos tecendo húa coroa lhe de
|le me{mo a auizou do defpacho rão a entender o muito,4Chrif
pela maneira feguinte. Indohila to aueria padecido co a fua mãº
| noite a matinas,tres vezes lhe pe is cruel.O tormento era grande,
|garão pelo habito, & logo foou mas o goto o tinha alleuiado.
|húa voz,que dife. Éfiêpreparada, E tendo perdido efte por amor
porque dentre em tres da terà fim º do me{mo Chrito a tudo, o que
|guirabalhº. Com eta noualhe| he carne, não a comeo muitos
feruia o epirito, mas encobrin annos,antes nos vltimos quinze
|do o goto, por não perturbar o j de fua debilitada velhice em to
|coro,entrou nele,afítio deuota; das as letas feiras,& nas quareí
|mente a os divinos louuores, &| mas inteiras jejuou a pão, & a
| acabadas matinas fez capitu gua. Numa deltas fetas feiras, e{
lo às freiras,no qual lhes relatou] tando em paflamento, por teue
|por miudo o que auia paí rencia do dia não quiz tomar né
jChorauão todas, que não as de # hum caldo de gallinha, & aper
(emparafe:ella dizia,que a von tando com ela repondeo deuo
|tade de Deos feauia de comprir; tamente.Pera que ha de comerfja |
&largando o oficioferecolheo %iou conuldadº pera a cea da gloriº
ao leito pera tratar sô da alma. É dito ito (e foi afentar à me
|Chegou o terceiro dia no anno za,como deu a entender,do grã
de 1585. & foi gozar do defcan de Pae de familias, -
Çe inefauel,como d'antes lheti - 3 | Ardetido em caridade
nhão annunciado : ; pafou toda a carreira deta vida,
·2 Sinquo annos adiante, | & os apertos da morte só Gui.
no de 1 590 foi tambem partici mar dos Anjos, replandecendº
". …
- -
Zz 4 tam A
===-=-=-=----—>… __*_____*_*_
- -
… …………-- =>…--
----
•
\,
", 548_… …>…T
Luro V. Da bifloria Serafica dos frades
: tambem com outras muitas vir |mam Maria de Chrito, mulher
tudes.Tomou por aflumpto prº ldegrande exemplo, que etana |
| Prior mediar a os pobres,&nifº | efpirando... …" * " , , >" | |-
•• • • • • •••
–r"""" …____…__-_----
regra, *y
| ! |5 | 2 TTTTDTFTS-77777;
regra,com tanta feueridade,que zo de sòr Ioanna da Cruz,a quê,
nem nas doenças graues defpia caminhando ja pera as portas da
nunqua o habito,ou tiraua o cor morte, antes de chegar a ellas
dão. Afiandaua de dia, afi dor pedirão etreita conta de toda a
mia de noite, afijazia enferma, fua vida. Sobreueiolhe hum pa
| affi e perou a morte.Nete ponto roxifmo notauel,do qual tornan
fe foi abrazando mais o defejo do em fi começou a falar,& a gri
intenfiffino, que tinha de vera tar. Valhame Zeos, que contas tão f
Deos,& a paflos contados,que fe treitas fetomão na outra vida ! Per
chegaua a hora, crefcião os feus guntauãolhe o que queria dizer,
fuípiros. As companheiras defe & ella só repondia.Zigº,que fui 4
:.Cát.a.v.) jauão entretella, & imitando a juize,9r que me pedir㺠conta de toda
M
quelas, º que affitirão à outra. a minha vida. Apertauãona, que
alma doen te da me{ma enfe rmi fe declarafe mais, & tornaua a
dade, lhe enramarão a cella, & dizer.Fui leuada ajuizº,não vi o luiz.
femearão o leito de rotas, & de nem ellef deixou ver: mas ouui afua
| boninas. Ella porém protetaua voz, quemefazia tremer, @ralimef.
feu amor,& fua fè com o Symbo zerão cargº d'hãas cou/as tão miudas,
lo de fanto Athanafio, que come que n㺠ºfideclarar,$r não me pergã
:ça: Quicunque vult/aluus e/*, & le tem mais . Eftaua como attonita
uantando depois ambas as mãos, nos tres dias, que lhe retarão de {
|
i}
de tambem não os diremos ago- { à # ^ Senhor.
* -
Aaa -- Etaua
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|
•
lha do ceo, em feu perfeito juizo. mudecer. Saio dela tride vida
, , >" * ** * - - "… \ , •
|
-
--***
_____ ____________ #*******
556 Linº KDa litura Serafia dos77, - - -
PRINCIPIos, TRANSLAC,ão,
&differentes fücceflos do Realmofteiro de
fanta Clarado Porto.
CAPITVLo XIX. oladonome de 7ámºga, o qual do
direito, deixando atrâz o I
Dife conta de quê foi a Fur Norte, lhe faie a o caminho. !
dadora,ê3 das rezões, que te Em rezão dete encontro todas
as terras vizinhas de húa, & ou
aepera fazer o mº/leiro:cã trabanda do Tamaga, que che
a defêripção do fittio. gão à fua foz, & tocão no mef.
I Y Aminhando perafua mo Douro, fechamão d'Entram |
1258.
C# dentro do
* mar Oceano o famo
bos ºs Xios. Afua parte direita do |
•
Aaa 3 de
----
→m
•
–_*_*-*. ------ *----
– ***>.……a
* -- -
| fez o moteiro. Era a fua igreja tecção Apotolica, que affio diº
| húa ermida de fanta Iria, o reco zem etas palauras. Et quºcunque
|lhimento húas cafinhas terreas, hona idemminaferium imprºjentará
| acerca hüa parede de pedra mui p/det. A fegunda,de 25 do me{-
| to tofca,& enfofa,que guardaua momez de Abril, começa: Cum
eta morada tão pobre. E dito omnis»era Religio: & contèm a re
| dà teftemunho a tradição de togra da fua Religião. Na terceira,
| da aquella terra, onde muitos que heja de 29,lhes applicou to
homens etão viuos, que ainda dos os mal acquiridos,fe não fe
alcançarão algias detas caf foubefe domno; & juntamente
|nhas, & virãe dizer mifa na er as commutações dos votos, que
|mida: masja tudo età reduzido não fof{emt de vifitar a Terra
| sò a alguns montes de pedra,á o fanta: declarando, que as freiras |
tempo arrancou de feus lugares, afilho tinhão pedido, yefirisfup. -
*=-
+=__
*--*-
}
,,õ> - -
Liuro V. Da TS7ã 7;T —
ta, fobre a qual a igreja auia de tres religiotas: faltem tres altas de
leuantarfe,como ainda veremos, mºnialibus/pradºhibberuhter conce
ja nete agora etauão as freiras datis; & rogou à Fundadora, que
juntas em virtude da licença do com elas (e défe por fatisfeita.
\ }
Pontifice. . . Foi dada a fua bulla em Viterbo,
a 5 º Contudo a Fundadora a 22 de Setembro de 1261. no
não etana fatisfeita fomente có qual dia efereueo a o Minitro,
| as tres freiras,que vierão de C,a & frades da nofº me{ma Pro
imora,& renouando intancias, o uincia,que ajudafem em tudo à
febredito Pontifice lhe inuiou Fundadora, como feu predece{-
ihúa bulla em 22 de Abril do for lhes tinha encommendado.
… , ,. . . *.?
mefmo anno,em que ainda eta
mos, pera que logo vieffe a Ab
ba defa de Salamanca com ou
cAPITV Lo XXI. , !
||
* * *
____
de
T → =#--
AMenores na Prºuincia de Portugal.
563
de Anagnia. Na primeira lhe ro fy'&' ('/'á -Apofolgº em Roma;& * que b.tit.7.
gaua mui encarecidamente,que andando queixofos os Portugue
não quizeffe faltar em comprir zes do mao gouerno d'el-Rei D.
fua palaura: na fegunda ordena Sancho fegundo,d/erão no ao A.
ua a o Arcebipo de Toledo, pofioligº,Q} dife º Papa: 9ual Kei qut
que quando ele faltaffe o conf zerdes, tal filhade,que feja natural do
trangeffe com centuras. E ito reino. Mas vindo á doação (obre
me{mo,que noutros podèra cau dita,dotarão a o moteiro quan:
(ar efcandalo, lhe efpertou mais to tinhão na terra d' Entrambos
o goto,com que logo na cidade os Rios, na de Paiua, em Iuguei
de C,amora,a os finquo de Oita ros, no Couto de são João, & em
bro tornou a ratificar em com-l Ribeira no condado dete nome l
panhia da me{ma fua mulher a em Galliza. Afinarão nella frei
doação
nha fobredita, que
feito. ele só ti
•
loan Guardian de la Ordem dos Zº/
calços em Zamora, (como ja com
2 Diferão pois ambos jun mummente nefle tempo nos
tos, como tinhão fundado efte chamauão) & feu companheiro
moteiro,alèm de outras rezões, frei Efteuão.
à honra das Zomnas, fracas ºfenore 3 Alleuiada deta parte D.
tas,que nelle etauão encerradas, Châmoa, ainda outra pontada
por outorgamento denº/* Senhor o A lhe daua muita moletia, a qual
pofolgº. Dete modo nomearão a erão os embargos importunos, |
|o Papa,como então fe vfaua,cha com que os bipos do Porto lhe |
mando he.…poholico por antono detinhão a igreja. Confentira D.
mafia, por fer elle o fucceflor de Iulião o II. em fe fazer o notei
são Pedro, que foi Principe dos ro: mas(fendo affi,que o Papa A
Apoltolos de Chrifto, & pedra ilexandrelho mandou algüas ve
fundamental depois do me{mo | zes) nunqua quiz benzer aquel-| |
Senhor da Igreja Apotolica. Af| la pedra, que fe auia de lançar
fi nomeou també a S. Gregorio por fundamento na fobredita
4,21). $ 38.
Magnº, º Roberto Antifiodoré-| igreja. E pafando hum, & outro
fe dizendo, que elle autenticara deta vida foi neceffario, que el
a regra,& vida do Patriarcha são | la negociaffe com os feus dous
Bento. Vitam Zeneditigr regulam |fuccefores:Vrbano IV.em Ro
- idem dominus Apofiolicus Gregorius | ma;& D.Vicente,no Porto.Mas
autoritate reboraut, @rfiylo. Affief | o Papa breuemente efcreueo a
creueo tambem o nofo Conde | ete Bifpo (obre a me{ma mate
). Pedro, que no tempo da con | teria, & vendo depois, que feia
aersão do Emperador Contan dilatando, por cortezia fomente |
Irine á nofia fagrada Fº,ão Sylus/} lhe inuiou outra carta em 31 de
Marco
== — = = |- +……== = ---- |-
564 Liuro V. Da bifloria Serafica dos frades
Março de 1262. & nefe proprio dral. E porque a Fundadora pre
dia auizou por húa bulla a o de tendia fabricar a do moteiro em
Cidad Rodrigo, que lançaffe a húa,chamada do Saluader,que era
benção na dita pedra, fe ete a parrochial, & de commenda, o
não benzefe. Alguns mezes adi Commendador (não nos conta, {
ante franqueou as fepulturas da de que Ordem)por nome Gonça
igreja dando licença geral a quã lo Paes renunciou feu direito no
tos nella fe quizefem fepultar, moteiro, & o Bipo fere{olueo
não obtantes os embargos do em vnirlha com etas declaraçõ
mefmo Diecefano. es.A primeira, que as freiras co
4 Com ito começou a mefem os fruitos della. A fegun
abrandarte o Bifpo, & muito da, que o Capellão, ou Cura, o
mais cos partidos, que lhe fez a qual teria cuidado de curar aos
Fundadora arratando pelas mã freguezes,o moteiro o aprefen
os do intere{{e,que (oube ofere tafe (empre a feu goto, & os
cer,as pedras,que a rezão, & juf bipos lhe dê{em confirmação.
tiça não podião abalar. De mo 5 Praóticados neta forma
do, que vierão a concerto, no os concertos inuiou procurado
qual ella lhe deu logo a herda res o Bifpo a o lugar d'Entram
de de Freimufa em terra de San bos os Rios,onde D. Chámoa ef
ta Maria, & lhe largou por fua taua, pera todos celebrarem o
morte o padroado do moteiro contrato. Forão etes Abril Pi
de Tuías, de freiras do Patriar res,Miguel Pires,& Eteuão An
cha são Bento, que fundâra mais } nes,todos Conigos da Sê,os qua
afima d'Entrambos os Rios,não es a os 14 de Iunho, anno de
(º Conde D. longe do melmo Tamaga, fua Chrito 1264.fizerão a efcritu
Ped tit. 36. bifauó - Aminhana D. Vrraca ra do modo, que temos dito. E
& 37.
iorge de
Viegas,filha de D. Egas Monis,o fendo eta motrada a o Bipo, ,
Cab. de pa Aio d'el-Rei D. Afonfo Henri não fomente lhe deu lua appro.
tf JT12 t, Cº
#
* ** * ques, o qual hoje fe acha encor uação,mas tambem mandou lo
porado noutro tambem de frei go em 21 de Iulho o Metre
|-
ras Bentas no Porto. O Bipo fe fchola com o ConigoD. Giraldo,
obrigou a conceder a dita pri & ambos por fua autoridade lan
meira pedra,& leuantar os alta çarão na igreja a dita primeira
res na igreja,em 4 (e difeffe mif. | pedra, leuantarão os altares,fize
fa, izentãdo juntaméte o motei rão a vnião da Parrochia, & dei
ro afida fua jurídição, como de xarão todas as obras correntes.
pagar a cera,& mais direitos,que 6 Na me{ma occafião dos
os moteiros,& parrochias paga concertos fe compoz outra cõ
| uão a os bipos, & Igreja Cathe tenda entre o Bipo, & D. Châ
nº O2
- - -
-* === + . -----
—=
----
|
#66_Lar VDahjona Serã77
merecendo o Papa Alexanº | Pelo que tratou muito de propo
dre IV, que sò por ete refpei fito de fatisfazer a o de Paço de
to a fauorecia muito. E na ver |Soufa, da Ordem do Patriarcha
dade pode entrar em quetão: | são Bento,quanto elle em virtu
| lhe fundar eta cafa: e elle em
quem motraua mais amor á Or de dos tetamentos de fua mãe,
dem de fanta Clara: (e ella em & auô poderia efperar das fazen
das d'Entrambos os Rios, & Iu
lhe fazer tantos fauores por eta |- gueiros,& deulhe em recompen
me{ma rezão. No ponto,4 conf fa equiualentes herdades-Demal
tou a o Pontifice como queria | is dito, ratificou da fua parte a
edificar o moteiro, logo a rece doação do marido, referuando
"beo com todas as fuas coufas de pera fi o dito lugar d'Entrambos
|baixo do emparo da fanta Sè A osRios,& o padroado do motei
|potolica.Depois pera maior (e- ro,fomente em fua vida. Afina
|gurança, no anno de 1259, lhe rão neta fua efcritura trei Fran
ratificou a protecção por húaa]]cifco de C,amora,&frei João de
- -
— —* : : # >= -
==
•
______--****-* ----
==#====== º22S_>→------
----------------------------+----
# -----
|es Rios de hāa, & outra parte do Jºiº mandº jue?#aki não hum na
|
1
|-
},
• • •
< *"" / - 4-º , :* * * // • * #1: *" • '--', {
liquias,& cruzes do sáto Lenho, |domna h㺠peça de líng •
- }
#;• *• * * * -
••
* } --, • "• • • • • • |
as q ela lhes deixou. Ao motei Lopes morador no Louriçal cõ * • • { * * ** * * * *.** •
[CS, - s.
no, mas tambem nos de Tui, & • - |-
obrado,
- - - - -
… -- --
• -- - -- - • --
->••
--—T=T== -
| tinho V, que por ella approuou nedictina Luftana,& nele me{.. trat. 1.C.5.
a licença de Innocencio VII:cõ mo caio aquelle Fernão Rodri- *
firmou a eleição dete fittio: en. gues, que efcreueo a primeira |
carregou a o dito padre Xira, carta del Rei, referida no capi-|
que correffe coas obras,ordenã tulo paflado,o qual não fabendo}
dolhe. tambem, que no tempo, cuja era a licença, & ouuindo
| em que viedem as freiras, trou dizer, que efta (e publicára no
xefe com ellas feis muito anti lançar das primeiras pedras no
gas,& graues d'alguns moteiros dito moteiro nouo, quando ja o | •A
à mudança dº mº/-
* 2 -
do a guerra de Portugal com |
* • ' +· ·· · - •
Catelia mudou el-Refömotei |
3. - , ,, "1 tetro. \ #…
ro:Ebem vemos,que falou com
- … # : #: algúa confusão, porque quando
ir ATT:M tres coufas centu |alicença fe pafou auia iregoas
: * *** *
.t = tt | … ", rou o "Catalogo dos no reino, & quando o moteiro
**| *-* bipos do Portoão nof| (e começou a fundareRadão as
|fo* Mantuano. A primeira, em | pazes feitas. Mas quiz dizer, que
*pag811. | dizer, como nòs tambem dife
as guerrasderão também occa.
| mos,que a bulla,pela qual (e cõ fião á mudança por repelto dos
| cedeo a mudança, era de inno damnos,& dos trabalhos, que as
|cencio VII: Porque entendeo, feiras padecião no feu tempo.
] que era de João XXII, no qual Nem fez bem em negarito o
- - - - ••• • —_Autor_
--…"
TxõTL…VIDIERS…Fa Z
• | Autor do afirmou
pois afio Tobreditoo me{mo
Catalogo,
Pa ! na dita primeira carta pelas (e-
guiates palauras. Enºmbra…",
pa Innocencio pelas feguintes. que a Rainha 2. Filippa minha mu
| palauras.Quia nennunquam,Crpre lher,º que Zeos cre/cente em a fua glo |--
| cpuèyrgentibus guerris in regno Per ria, antes de seu finamento nos encem
tugake,frequen; adilludpatetacce/us. mendou,gr pedio de mercè,que º mam
E poto que ja então etiuefem daÂemºs fazer. A terceira, fer o
| as guerras fepultadas,não efque Metre frei Ioão Xira Vificador
cião os males, que elas tinhão do moteiro,& Confeffor do di
caufado,os quaes tambem de fu to Rei,que tambem lho lembra
|turofe podião recear pela muita ua, como ele confefou na mef || |
incontancia das pazes,& das võ ma carta dizendo deta maneira.
tades. • • •
Efiando nºs na cidade dº Porto o}tes
Diz mais o dito Autor, trefa le㺠Xira,frade da Ordem de
que fe por caufa das guerras tras: são Franciscº,nºfº Confº/òrnos reque
ladaffe efte moteiro el-Rei, ifo reº,Grpedia de mercè,que edifica/emos
me{mo ouuera de executar, o q na dita cidade º mºefieirº de Santa (la
porêm nunqua fez, noutros mol| ra d'Antre ambolos Zios.Se nos ou
teiros daquelle me{mo bipado, tros moteiros concorrerão ef
que na fua deuação erão iguaes, tas proprias rezões, terião elles
& tinhão o me{morifco. Mas ef> então a ventura, & o fauor da
ta igualdade em a deuação do mudança.
Rei nos ouuera de prouar,& da .4 A terceira centura con
do que a prouaffe, ainda nete tra o me{mo Gonzaga o argüe
moteiro auia outras rezões,que de efcreuer,que no anno do naf
podião grangearlhe particulares | cimento de Chrito 14 54. fe al
fauores.A primeira,o amor e pei cançou o breue de Innocencio
cial,que lhe tinha fua mulher a pera mudar o moteiro; o que el
Rainha D. Filippa, a qual tam le não efêreue. Dife só, que no
bem em feu nome mandou pe fobredito anno fè praóticou a
dir a licença da mudança, como mudança, & nito fe enganou.
dife o me{mo Papa. Sanè charf Quiz o nofo "Annalita deícul
/2342 inChrfis file nofire Philippe.Por pallo dizendo, que fora erro de
tugalegralgarhjRegina ilíris,º quem nefa forma lhe efcreueo
earumdem Abbatfºrcanuentuipe etes numeros, auendo elles de
titia continebar. A fegunda, deixar |fer 14o4:caio porém noutra fall"
ella encommendado quando ta,onde lhe daua a mão, porque
morreo a el-Rei, que nete par nete anno vltimo nem a licen
ticular lhe comprife feus defe-i ça etaua ainda dada. Eteue
- jos, o qualito me{mo declarou pois o engano de Gonzaga em
CO[] [41.
—T
+ - - -- - - -- - • • • •••••• • •-- • - |- - - - -
Menores na Prouincia de Portugal. 577
contar os ditos annos.1454 por
annos do nafciméro de Chritto, CAPITV Lo XXVII.
fédo da Era de Cefar, dos quaes a
batédo 38 ficão fomente a Chri São mudadas as feiras pera
to 1416,& nete anno auemos
nôs ja e(crito, q foi dado o prin o Porto,onde porfeuprimor,
cipio a ete moteiro nouo. &# virtude recebem ou
5 Mas tambê reconuiremos
agora o fobredito Catalogo por trºffauvres.
chamar 2 frei Nicolas aoBipo de
Marrocos, o qual (e achou pre I - Ançadas [1] igreja có -
----
º Ccc
•
2 Muito
-->
…--—
578 Liuro V. Da bifloria Serafica à fradas
2. Muito antes,como ouue darãoÍe a efte todos os feus pri
cõmodidade de cafas, em que as uilegios: outros alcançou de no
religiofasfe podefsé recolher,lo uo,& alguns tem a Camara re
go tratou dellas viré o Infãte D. giftrados nos feus liuros. Afif.
Duarte,cõquéfeu paenefetépo tem nelle Confefor, & Capel
tinha partido o gouerno,& etá lão: ambos da nofia Prouin
do em Cintra a 16 de Setêbro C13. |-
|
Manoel a vnião da igreja de São | ga muitº fºruçº a Zeor, grauia |
}
Miguel de Balães: a faber,como murras honraxºs; @) homºfias religio :
elle tambem diffe, por rezão da /as. Taxíto pôde a virtude, que {!
honºfiidade@ybom viuer da Abbade/ dete modo catiua os corações, |#
/* @rfreiras do dito mº/teiro, @como & vontades. " " …
• • * º
hnns
7
–=-
4 –*
- →
- -
584 Liuro V. Da bifloria Serafica dos frades
cuidando,que fe queimana o lei- |
cAPITVLo xxx." to: mas virão sò eta luz, a qual
| durou muito tempo, & a Serua
Dalgias religiofas* logra do Senhor, alienada de fi, metti
da no meio della. " …
tão applaujºs de fan 12 - Nas outras informações,
,
- ,f
-
- tidade. * ** |-
→ar
58 6 Liuro V. DT S7 do frades
cala de Deos,onde abrazada em contancia leuou tambem aquel
feu honeto amor com elle fala |le agudo golpe, que noutras al
ua, com elle (e entretinha, com mas faria mais impreísão,de lhe |
elle defabafaua. Sentia tanto os cortarem o fio do feu gouerno
tormentos, & afrontas de fua | na reforma do moteiro. Era
cruel paxão, que quando cuida então Abbadefa,& como ouuio |
ua nella caia efmorecida com dizer a o publicar da bulla, da |
accidentes mortaes. Era ito ain qual ja temos tratado,que as pre
da mais ordinario em todas as ladas Clautraes auião de aca
fetas feiras,nas quaes créfcendo bar,nunqua mais vfou do none |
o fentimento co a prefença do de Abbadefa, gouernando sò a |
dia,em que elle padecéo,andaua caía como Prefidente della atè
como louca pela cafa, choran conuencer as fubditas, que ain
do, gritando, & foluçando de da etauão endurecidas, a darem |
modo,que cortaua os corações a obediencia aos nofos prelados
quê a via tão trite. Algüas vezes da regular. Obteruancia. Feito
a encontràrão na horta fufpéfa, ifto, & mudando de eftado, mu
& leuantada no ar, & depois dou tambem o appellido de V
quando tornaua em fi erão duas eira, do qual vfaua na Clautra,
fontes os feus olhos, que muito pelo fobrenome fanto das Chagas
tarde chegauão a etancar. Afi do Redemptor. E recolhida cõ
fe foi confumindo até fe pôr em elle em fantas meditações, de
etado,que fó a pelle lhe e{con tudo (e efqueceo. Etando sò,
dia os ofos,& todos elles fe po muitas vezes a ouuião conuerfºr
derião contar. falando,& repondendo,com in
6 Nasafperezas da vida,& dicios de que neffe tempo tinha
no grande fofrimento de fuas pe algúa vifita dos móradores da
nalidades era hum marmore du gloria. Declarando finalmente
ro,que nunqua femagoauá. A o dia de fua morte, & ordenando
potemoufelhe hú dedo, q teue primeiro as coufas de feu enter
necefidade de golpes,& de cau ro deixou efta vida momenta
terio, & quando foube que lho nea,& trite,& foi gozar da eter-|
querião cortar,alegre em o epi []3.
rito rogou muito, que foffe em 7 Outra e{pofa de Chrito,
feta feira,por fe parecer nalgüa chamada sor. Francisca de leu,
coufa com Chrifto. Quando em fez as mefmas diligencias por
fim lho cortàrão leuãtou a voz, não lograr outro thalamo, refif.
& dife. O Senhormo deu, o Senhor tindo tambem nifo à vontade
mºtirou: feja ºfeu nome pera fempre de feu pae. Continuaua as vin
bemdito...Amen. Com eta me{ma das dete moteiro com Pretexto
de
-- -
* - … •
contí •• • •
*@** -**… …"
588 Liuro V. Da hi/toria Serafica dos frades
continuas etaua em oração cõ grandes thefouros depofitados
os joelhos em terra, as mãos le no ceo pelas mãos dos mefmos |
uantadas a o ceo, & os olhos ef. pobres, a quem ela as enchia
tillando duas correntes de lagri de larguiffimas e{molas. Diuidia
mas. Pera efte exercicio buíca com licença das preladas fua re
ua o filencio da noite, a quieta ção em tres partes, & tomando
ção do coro, o retiro dos luga pera fi a mais piquena co as ou
resfolitarios, onde Deos mais tras os futentaua a elles. Tinha
facilmente fe communica às al tambem repartidos os dous tem
mas, & aqui fe protraua com pos em exercicios fantos da vi.
tão grande fubmifsão na fua Re da contemplatiua, & actiua de
al prefença, que toda ficaua ef tal maneira, que fempre viuefe
tremecida. Pelo que tambem sò pera Deos. E affi todo o dia
na mifía,quando tangia o orgão, gataua em enfinar a ler, & a
ao leuantar da hotia immacula rezar as mininas,ou em curar as
da,& fanta, pota de joelhos (em enfermas: a maior parte das noi |
nunqua largar as teclas, cotu tes paflaua em oraçãº,& quando
maua adoralla com etranha hu cançada dete trabalho queria
mildade. Efta mefma teue fem tomar repoulo, era sônuma pou
pre no feruiço das doentes, aco ca de carqueja cuberta com húa
dindo a fuas necefidades, cho manta. Teue grande compaxio
rando com elas como fe fora das almas do purgatorio, pelas
enferma, & bufcando inuençõ quaes oferecia a Deos orações,
es,com que lhes alleuiafle o tra: & penitencias, ajudandoas tam
balho das doenças. No abati bem com o focorro de mifas
mento proprio, na pobreza do por via dos (acerdotes. Donde
feu habito,na modetia do roto, naíceo húa fama muito geral, &
na compofição da vida parecia contante, que muitas das ditas
húa das Santas antigas, as quaes almas, permittindoo affi a Majº
enchèrão o mundo de exemplos, tade diuina, fe vierão valer del
& efpantos. Confummando fi la, & gratificar depois a fua in
nalmente em poucos annos mui tercefão. Efta foi a fua vida, &
tos tempos,no de 1582, foi co a morte reconhecida por fan
lher no paraifo da gloria os frui t2. ! # (, , , , , .… |
--- ..
-- -
… - … …
- --- - t
-- ---------
—
--+----
__ D d d & con- - - -
59 5- Luro V. Da hina Serafita X7
|
& concertaua os leitos.Ito mef dèra a bofetada em Chrito, le
mo, que a bemquitou com to uantoufe no leito, & começou a
das, a fez tão aborrecida à ca gritar:20fetada nº Filho de Zeos!29
|nalha do inferno,que muitas ve |fetada nº Filhº de zeus! Deu logo
i
|zes foi vita epancada, & ferida húa em fi& foi rezando húa ora
dos demonios . Teue grandes |ção deuota, que trazia etudada
fentimentos da paxão de Ielu | pera efte exercicio: Apòz dito
| Chrito, que lhe cortauão a al |ficou toda eleuada, & fufpenía
ma desfazendote em lagrimas. | com o roto banhado em agua,
Nella cuidaua (empre, & della & todo abrazeado, & quando
|erão todas as luas palauras . E | tornou em fi diffe mui alegre
{ | pera communicar a todo ete |mente.Seja Zeos bemditº,que me dei
i conuento as dores,de que viuia, xou ir vificar o meu Senhor da horta.]
• -
+
| mandou fazer hüa imagem do| 'Porfinal, que tem hum ramº na mão.
Ecce homºs qual feleuaua muitas |Acodirão fete freiras,aver a fan
|vezes em procifão pelo clauf ta imagem, & acharão,que tudo
-
lara
cada pafo, q não iria confolada Er "; * .ta C ára-ida
, : #;"> * *
…
+ •
• *
- 11"> …
, , ; : , i ; Gº, :
dete múdo sé della primeiro (e {
} de{pedir. Nete tépo rogou,que •
YAfceo em berçoil
|lhelefiem por húliuro da paxão, .:: : : dº lutre, na cidade de
+ & ouuindo dizer nelle como fe ---- - -
Lisboa, dê feus paes
- -
*--—
1 -_ – • •----
**=+---—–
_ - Rui — |
V
Menores na Prouincia de Portugal. __591, !
| Rui de Mello Pereira,& D.Me humilde, & depreziutlá ouwe {
|-
*
|nhor, cuja irmâm sór Maria do mente pera cantar feus louuo +
a cap. 29. Pè da Cruz "teue tambem nota res o vío da tecla, & da mufica:
cafa grande nome. Os dotes,que tudo o mais conuerteo em oppro
lhe deu liberalmente o Autor brio, & deprezo de fimefma.
da natureza,erão de notauel pre Não era o feu vetido, & touca
ço, & quiçá pera luftrarem me do mais que húa tecedura de re
lhor os replandores da graçafo médos,& pannos velhos,q as ou
bre tantas perfeições. Foi orna tras lançauão pelos monturos,os |
da d'húa fermofura rara, engra quaes ella ajuntaua,& cozia for
çada, & difereta, infigne mufi mando delles o habitº, & 4 tO2
ca, & tangedora de tecla, Soube lha,que trazia na cabeça.Tinha |
a lingua latina, & teue muita porêm pera os dias de feta outro |
lição da Efcritura fagrada, das habito de burel & muito pobre,
nofas Chronicas, & doutros 4 ella mais etimaua por fer das
liuros deuotos, cujos exemplos, do de efmola pelo nofo Guardi
& ditos applicaua com grande ão de Matozinhos.O calçado di
propriedade,& cõ ella efcreueo |zia có o vetido,&erão hüas cor |
algúas cartas,cheas todas de dou tiças sécouro, cubertas de efta
trina, erudição, & epirito, que menha, cu doutro panno ja ve
tambem fe inuiarão ao Vigairo lho, as quaesella concertaua por
de Chrito fobre negocios da ca| fuas proprias mãos. E concordan |
fa. Demais dito logrou fempre do cõ tudo a qualidade da cella,
hum natural tão robufto,que vi efta era hum recanto debaixo d'
uendo cento & dez annos, cor-| húa efcada, apozento muito pro
tados de penitencias, não pare prio da sãtifima pobreza,fe não
cia fer velha, nem leuou ntiqua |for da humildade; tão curto, &
fangria,nem teue neceffidade de tão etreito, q pera fe etéder foi
medico,fenão sò em a vltima do neceffario róper as taboas, cõ q
ença . Pelo que algüas vezes etauatapado. Nüqua fe quiz me
dizia o que diffe a o Tyranno a lhorar,né fair dete cãtinho,leuã
gloriofa fanta Agada, medicinam do o me{mo norte na caía do re
carnalem corpori mtº nunquam exhi feitorio,õde tãbé nãqua teue lu
but ito era,q nunqua tinha ap gar proprio, & quãdo o tinhaiti
|plicado afeu corpo medicinas. ferior às nouiças então ficaua alel
2 Mas fendo húa mulher gre.Abatida dete modo não fa
tão notauel, & tendo tanto, de ia na fua opinião da esfera das
que podia prezarfe, ella (e fez criadas,andaua fempre com el
-Por amor de Ietu Chrito a mais las trabalhando na cozinha
Ddd 2_ varren
... ……- --- *-*…
>"
\
••
592 - Luro V. Da Ta Serafica Z775
varrendo os dormitorios,& alim timéto da paxão do Redemptor, -
pando a cafa. . que quando o peníamento #
"
forem —–=>*
“ Menores na Prouintia de Portugal. —593
# abatidos em o juizo de . Iffo mefino fuccedeo a elta ter
eos, & fublimados os fantos, a ua de Deos: mas foi talfeu fofri'
quem deprezão agora. Não fal mento, que fuas tribulações fe
tou quem lhe chamafe tonta, & conuertèrão depois em gloriofos
louca : & ella fazendo grande applaufos, veneração,&obfequi
etimação das afrõtas por amor os. Por outra parte tambem a hõ|
de Ietu Chrifto, quando mui rou o me{mo Deos, principal
to refpondia . Quem quizer ir a º mente nas obras de caridade, |
ceo, façº/º louco, gr/andeu . Fo que ela exercitaua Quizvetirº
rão contudo as perfeguições cre! húa minina pobre, & Jartres fi
cendo por occafião do zelo,que xas a outras; &rafgando tudo do
roendolhe a alma, muitas vezes cobertor do feu leito,ficou intei
a obrigou a clamar, & quando ro como d'antes.Vifiraua as en
via commetter algum defeito, fermas, punha as mãos fobre as
motrauahum quaderninho,em fuas cabeças,& rezaua o Euange |
que trazia efcrita a regra da fua lho de º são Marcos, no qual b c. 16. v. 18
Ordem, & dizia com intrepido Chrito Senhor nofo declarou,
feruor . Quardº/e a regra de nefa que com eta ceremonia darião
madre/anta Clara, 4 letra, 4 letra: os verdadeiros fieis faude a os
fêm gloza, fêm gloza . Deu tam doentes: Super agros manus imponét,
bem em auizar os prelados do @ bene habebunt; & conualeícen |
que paflaua na caía; & [obre do muitas, a ella depois de Deos
ito andaua com penfamentos | oferecião as graças. Acabando
de renouar no moteiro d'En finalmente as ditas perfeguiçõ
trambos os Rios as antigas af es, & tornadas em mar leite to
perezas,com que elle começára. das as fuas tormentas, carregº
E como tudo era pouco agrada da de virtudes tomeu o porto
|uel, vierão a condemnalla por da vida, onde cotun ão defemº
louca,inquieta, perturbadora da barcarem os fantos,que nauegão |
paz,&portaleteue écarcerada. etes mares, numa quinta-feira à
6 Não etá hoje o mundo tarde,fim de Março de 1619.
pera femelhantes zelos, porque
fe queixão os fracos, ainda que CAPITVLo xxxIII.
enganados, que não podem fo
portar tãtos rigores, como fofré Dalgias religiofas, quefore
rão os nofos antepafados,6erão
da me{ma mafa; & não falta hú terão em procedimentos sãios.
. -
verdugo dos zelofos, q os ponha
a tormento,tendo elles as colam "Nº madre à: Maria da Re
nas das Íuas communidades. furreição, natural de Gui
Ddd 3 marães,
* -- -
•••••••••• -
* -- --------
5 94 TLar VDA Ima Sã dos7777 -
bem .
----… — — ────
to de 1 622. * * * *
|| a attenção do efpirito. De dia,& |
cAPITV L o xxxiv.| de noite etaua em oração, medi |
itando quafi fempre na morte do
(obredito Senhor, pera o qual
Doutras religif , faureti exercicio punha diante dos ºlhºs
das de teo,& Fundadoras húa cruz do tamanho de hum
doutros mº/- ** palmo,que coflumaua trazer lan
çada a ope{coço. Acontecia ir |
teiros. feguindo fua alma com tanta |
+ -
- - - * * # -* - applicação efte deucto myte
1. (TN E os annos fizerão a fan | rio,que deixaua fuípen(os os fen
, º tidade, muitos tinha pe tidos corporaes em fuas opera
N-/ra ifo,& chegárão a no ções,& antes defe faber a caufa
uentasôr Bernarda de fanta Ma da ufpensão, muitas vezes era |
ria, filha de Diogo Brandão, julgada por morta. Neftes feus}
& Catharina de Madureira, da diuentimentos alcançou gran
Rua noua do Porto. Mas º San des fauores de Deos, & f obe
todos fantos, que os faz com fua tambem de outros, que efte Sê
graça, não efperou tanto tempo ahor fazia a os feus mimofes fer
| ipera lhe dar o foro de fua ferua, uos, alguns dos quaes manifef
porque tendo finquo annos lha tou por eftrito pera gloria do
entregarão nete moteiro feus ime{mo Deos, fem declarar o feu
|paes, & ele a recebeo debaixo nome, * c. " ": "… ::.:: …
do feu emparo. Começou a dor 2 - Com eftegrande efpiri |
mar com afperrimo rigor de vir to coflumaua contemplar no |
gilias,jejuns,difciplinas,& cilici: admirauen yterio da Concei
os a rebelião da carne,& depois ção immaculada da Virgem Se
de a ter domefliçada (eguio o ca nhora nofia, cujo officio rezaua
minho do efpirito, procurando todos os dias, & muitas vezes,
vnir tanto a fua alma com Deos, não podendo reprimir a força
• • •• • • •- • • • • • • • •• • - - -- TT_T__
da de
J98 Liuro V. Da bifloria Serafita dos frades
da deuação,rompia em feus lou diferão muito de fuas grandes
uores entoando docemente a an virtudes. •
4 Em
\,
*,
–"
4:
r
, \""
Menores na Prouinciada Portugal" Ty>"
- 4 . Em rezão dos procedi -profeflou,tambem ficou futen
mentos fantos, que auia no mof> ltando o melmo fanto motei.
teiro,forão delle duas vezes fúdar |ro... * . * #*# …. º
outros algüas religiofas. A pri bi, 5 # fundação ja
meira füdação, fédo ainda Clauf depois da Obferuancia,foi Santa !
traes, foi a de Nefa Senhora do Clara de Bragança, pera onde
Sepulchroem a villa do TrãCo forão inuiadas quatro: a faber
fo,pera a qual mandarão por Ab duas irmâns;naturaes deta cida
badefa D. Guiomar da Meíqui de do Porto, & outras duas de
| ta: D. Martha, Anna de Sa,Catha Braga.Netas de Bragate affen
|
rina de Madureira,& húa noui tou o gouerno, a faber o cargo
|ça,chamada Zrites d'Annunciação, de Abbadefa em só Filippa dº
por fuas coadjutoras. A Abba Aflumpção, & em sòr Paula das
defa exercitou muitos annos ef Chagas os cuidados de Vigaira.
te penofo officio com particular As outras duas irmâns, que fe
affitencia do ceo, & grandiffi chamauão sòr /abel do Épiritofan
mos applaufos de fuas raras vir }tº;&sór3rites do fumpção por fu
tudes. Ouando os cuidados da |as grandes virtudes, em terem
|
fua communidade lhe dauão al | ainda feito humanno de profif;
|güas ferias encommendaua a são, forão efcolhidas pera que
Deos hum irmão,que refidia na as ajudafem. E tornando todas
| India;& etando húa noite no co | quatro depois de terem funda
|| to com eta me{ma demanda,el | do na regular difciplina o fôbre
i
|le lhe appareceo,& diffe etas pa Edito moteiro, a Abbadefa o foi
«Pía 1.vy.|lauras:Egº"/um vermis,G nãhumº; |fegunda vez gouernar atéfe iré
as quaes vinhão a dizer: Eu não | fazendo pera o mefmo officioas
fuhomem,mas hum bichinhº da terra, | houiças, que ella tinha criado.
Ficou perplexa com ito, perua | Mas voltando pera ete, nelle
dida porém, como depois lhe | acabou feus dias, empregados
contou, que o irmão era morto, |lem o feruiço de Deos, com tan
& comido dos bichos, mas que litos finaes de lhe auer agradado
| ainda lhe poderia fer boa co as lfua vida, que na morte appare
#
|
| quela caía fundada a muita relí | Íura etranha. As duas irmâns do
gião,que atègora feguarda, tor-| Porto,cheas de annos, &glorio
! |nou a bufcar co as luas compa ifas virtudes rapura das no fogo
#
__*
- mefna *++++-
Menores na Prouintia de Portugal. . . sóói
| me{ma Abba defla corre fama,| | zefem defempenhallo os Anº
que lhe crecèo a farinha; & lhe||jos quando à meia hoite ho co" .
feiuéo o azeite, & que fazendo ro etanão cantando os feus lou
muitas obras não gatou nem hú |uores : Afi o tetemunhada
sò dote: batãrifima rezão perá húa mulher de mais de fetenta
Teos fauorecer tanto zelo com | annos, a qual nós ainda vimos,
fua mifericordia.… … , : feruidora do conuento , de
, 3 Outro cafo neta propria grande finceridade »
|-
muita vir
materia foi notorio, & publico tude, & conhecido epirito, de
no anno de 1 638. em todo efte uotifima do fantifimo Sacra
moteiro. He cotume cozer jun mento do altar,em cuja venera
to mais de hum moio de trigo,& ção oferecéo muitas peças, que
repartiréfe logo as reções de al ganhou por feu trabalho, & pef.
guns dias. Acõtecèo em húa ocº foa finalmente, de quem Deos
cafião não auer em toda a cafa bem podia confiar efte fauor.
fenão sò húa pouca de farinha,4 Leuantoufe hfia noite fem (aber
ferião vinte & fete alqueires, & que horas etão; & quando en
qué tinha o forno à lua cõta,não trou no coro baixo pera encom
ouzaua a os fazer amafar. Deu | mendarfe a Debs, como tinha
noticia deta falta à Abbadela,a por cotume; primeiro que tra
qual chea da confiança em Deos | balhaffe ; ouuio no coro de fi
lhe mandou, q logo os amafaf. ma húa mufica de vozes beth
fem,& vêdo,4 replicaua,lhe dif: concertadas, que a deixºtão füf
fe etas palauras. Idefazer o que vo: penfa, alegrandolhe a áfriá. E
digº em nome de nºfº madre S. Clarº, | etando algum tempo tómeta
@reu ºfii valomando por fanta obed | admiração, deu 6 felógio húa |
encia.Obedecèo à mefma religio hora, & a mufica céfoá. Ia en
fa,&logo feruèrão as marauilhas tão não auia máfiñas à meia f
| de Deos, porque a farinha cre noite, &, as freiras eftauão nos
cia em as peneiras, a mafa nos || dormitorios pelo 4fe eótendèo,
alguidares, & os pães nos tabo que os Anjos fáprião a fua falta, •
ta capella, & andando com ef tempo vira, em que vos queirais can
tes requerimentos faio de repen targ nãopºfais. Foi confama
te cõ húa voz tão fermofa, que rauilhofa, que cantando por
parecia angelica. Falleceo no feu goto em outra occafião,
anno de 1 598, & protetou na a todos defcontentou . Caio
hora tremenda da fua morte,na tambem fobre ela a mão peza
qual fe falão verdades,que nun da de Deos, com tantos acha
qua pera cantar fe negàra, nem | ques,& tantas enfermidades, que
cantára, fenão fópera louuar a o eteue entièuada vinte & dous
fupremo Senhor, & aos Santos annos, & parecia feu corpo def
da gloria. feito, & confumido, hum fac
6 Porêm o me{mo Se co de ofos defencaixados , &
nhor, (& entramos nos catigos) foltos. De maneira, que quan
que nella empregou bem ete do depois o quizerão enterrar,
vnico talento , a fór Inez do por dentro do habito lhe atarão
Minino Iefu priuou rigorofa dous bordões, pera que não fe
mente do que lhe auia da - dobrafe . Acabou efte trifte
do. Foi eta religiofa na bran purgatorio no anno de 1638.
dura, & muita fuauidade, com | com grande conhecimento da
que cantauahum verfo, o afom origem de feus males, mortifi
bro do feu tempo, & quando fe cada no corpo, viuificada na al
dizia que cantaua, não cabião ma, & muito conforme co a di
na igreja os que a vinhão ouuir. uina vontade.
Mas teue o voluntario, muito 7 Noutro cafo declarou
achado em muficos, que fe ef. o foberano Senhor o muito,
perta defejos, efcandaliza von que nos etranha a tranfgref
tades. Cantaua quando queria: faõ mais piquena de nofas o
fe lhe daua na cabeça, não can brigações, & fe talvez diffimu
taua. Chegou hum dia da Cõ la co a fraqueza humana, ou
ceição immaculada da Senho tras vezes executa a fua indig
ra Mãe de Deos, os ouuintes e nação, catigando huns pera
rão muitos, mas ella não fe acha exemplo de outros. Ito fucce
ua de vea pera poder feftejar deo aqui a húa religiofa, qué
tão grande folemnidade. Ro não etando doente, nem ten
goulhe muito a Abbadefa, que do outra defculpa pera deixar
cantafe, & quanto mais aper de dormir vetida com o feu
taua, mais graue fe lhe fazia: habito, como ordena a "Regra, * Rubr.í.
pelo que angutiada lhe dife faltou neta obferuancia, ainda
etas palauras. la que hoje não 4efa falta não era culpa mortal.
A pe
Menores na Prouintia de Portugal · 6o3 ----
12 6o
Hierenymo. No feguinte lhe pera quem as vifitafe. !
ordenou o Papa Alexandre IV. |- No mefmo anno de 1265.
que decretafe o me{mo (obre 12 65 feruia Catella em prepa
a-feta do infigne Portuguez rações de guerra pera poder ré
fanto Antonio; & nefa occa fiftir a os Mouros Hefpanhoes,
fião lho agradeceo tambem & Africanos, que em brauecidos
são Boauentura nofo Minitro mais por terem perdido Murcia,
geral, mandando noutro capi que lhes tomàra el-Rei D. Afon
tulo, que rezaffemos do gloriofo fo X, a quem chamarão º Sabio,
são Bernardo. Affi feião hon bramião como leões contra o |
irando etas duas illutres Reli nome Catholico. Era tanta a tur
igiões celebrando cada húa dos bação de Helpanha, que alêm
Santos,que tem a outra. dos Reis Chriftãos vnirem as
1261. fuas forças, o fobredito Pontifi
|| 2 - Continuando o me{mo
fummo Pontifice no emparo da ce Clemente IV. lhes concedeo |
nofia fanta Familia, no anno de a Cruzada por húa º bulla, que e.fr.Lucan.
1261. inuiou em feu fauor a os expedio em Perofa no anno pre "1 265, n.11.
& " 1.
bipos, & prelados dete reino (ente de 1 265.a vinte & dous de
3.1.4.c.º. aquella celebre bulla, que ja º Iunho. Foi dada a prègação a o
temos referido: mas nefe pro padre frei Ioão Martins, Cuto
prio anno, pera nôs mais ofentir dio que já fora nete reino, &
| imos, a morte lhe atalhou feus Bipo depois da Guarda, o qual
c Platina.
piedofos intentos. Dahiº a tres difcorrêdo,&prègãdo cõ infatiga
mezes, & quatro dias, que foi a uel zelo ajútou muitos foldados:
|29 d'Agoto, lhe fuccedeo na 4 Compadecido tambem
#cadeira de são Pedro Vrbano | das aflicções de Caftella o nofo
IV. a quem nòs tiuemos as mef. Rei D. Afonfo III. lhe inuiou
... mas obrigações. No feu tempo, por terra, & juntaméte por mar
ainda que ja no anno de 1263, |hum grandiofo foccorro, alenta
celebrou Padua a primeira tranf do cõ a pefoa Real do Infante.
lação das veneraueis reliquias D.Dinys fendo ainda minino. E.
do padre fanto Antonio. E mor | porque as depezas erão grãdes, }
rendo tambem ele a os 12 de quizfe valer a principio do do:
→
–
#
•- - - ->-- ---
* - - - - --- -- -
•• nati---
*==… * =T== T *
---- - - - - -- - -
-
* *
mo o podia aceitar, & aceitaua godernafem pelas feis, & ob fiaft.de Lif- |-
a P.s. c. já
com encargo de o tornar a pa fertancias anºs dº Riº Rei
* ** •• - - - - - $.
/Monarek. gar. Sobre ito/mandou pafar gião. E vindo elas a faltarlhes |
tufit p.3.1. húa carta à cidade de Coimbra
16. c.f. com eta obediencia forçada, |
1 a os 14 de Maio de 12 66 por ou voluntaria,ouuerão os ditos |
frei Afonfo Albertis Prior de padres hum refcripto do Pa |
** * *
+
-
, ,,
… v!", #pº
• • • ••
ºi, alegre." 2o. E º ":";
P; ….;
"t g ==…". #-t >- 1;
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ºres 2-4 *
. Fºi º Fº
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# "T
*==
**aa * 3. affi ••.•
– • *-
•=
----
* * * *
rèm não nos diz,que ele princir de húa fonte, que nafcedentro
piou o conuento, fenão sò que da ferra, a qual nos deu bipadre
obrou os edificios, maiormente
=
-* # 5 -… 1 ber
--=-=-* =9#####== - P
===
__ .______--—
, !
•••
→==
Eee 4 aZen
------- -
=
.*: *#*** termos da Prouincia de Sant-l reinos. Nefte anno fe vio també
lago, & leuantando depois to | a nota Ordem ferafica mãe d'-
"…".
das a nofía de Portugal, foi fe |hum filho, que entre todos os fe
guindo na fua obediencia o ef> |us foi o primeiro, que gouernou
tado dos Clauftraes, nem delles | cadeiras Epifcopaes Portugue
fe apartou quando a nota Ob |zas;& quanta mais fabidos erão
{eruancia fe tirou do feu gouer | os merecimentos nelle, alheos
no trazendo configo as luas pre de ambição, maior gloria lhe fi
eminencias. Nete etado o en |ca de o ter habilitado pera lo
"controu 4 húa bulla do Papa grar eta honra..….……… "
Paulo III.pela qual foi reforma ; ; , Etc he o dignifimo pre
' || do no anno de 1542;& comoja | lado D. frei Vafco, Bipo da
fe achauasos limites da Prouin | Guarda, & o primeiro do nome
icia do Algarue,que etauá fepa |neta infigne Igreja.Foi Peniten
rada da nota de Portugal, a ella | ciario dos Papas Innocencio IV,
fe aggregou á º . "… || & Alexandre IV.; Capellão do
- -
1 ** *
•
* *
b.an.cit.n.
49. & 2n.
Igreja anta.Depois dito"o mã to, & letras. Aconteceo ºnete dfr Lucan. à 4 $ 9. n. 7.
- * #4 n.44. dou o mefmo Papa por feu Nun tempo inquietarfe o reino de
cio ás partes de Alemanha fobre Inglaterra, leuantando húa terri |
negocios graues, dos quaes apon uel tormenta contra Ademaro,
tamos etes.O primeiro, difpen Bipo da cidade de Vuintonia |
far no cafamento d'hum Infante Soprauão os ventos da lua tribu
de Bohemia com Margarita lação dos montes mais leuan |
| Duqueza de Auftria, que pera tados, & affi erão mais fortes. O
|ete efeito auião ja inuiado Em queixoto de lhe im-1
Rei etaua
| baxadores a Roma. Confiderou pedir as decimas,co as quaes de
| as rezões, & dipenfando com fejaua foccorrer à Terra fanta.
|elles no terceiro grao de afini Os grandes, & os Senhores do
| dade,& quarto de confanguini reino,impacientes de verem co •
na cadeira de são Pedro por mor recimentos o achou o prouimé | " " |
5.I.
de Lisb. p. 2
c.46. … ja fe aduertio, prouando a fua tem aduertido, Zifo de Cidais, a i6, c. 15;
pode,não motra a refidécia,por uendo de fer da guarda,ou daldº.
| ter etilo antigo d'aquelles pro aha
nha, quando
o qual oeteue
MetreporD.tetemu
Paio da | •
• • •• •
ardo filho do Rei de Inglaterra,
<i #- * * * * * ** ** , " "; "..
- *
gouernando hum exercito gran
difimo de mais de duzentos mil
cAPITv Loxxxx. foldados, porêm mal afortunado
pelas notaueis degraças, cõ que
|Da prégação da Cruzada (e desbaratou. - . :-*1 -
|-
|
+--
* #1 {
Cf ;;#; 13:11, kºi: to",
cit,
.fr.Luc. ótono reino, º cõmetteo a os nof|pella, & fezlhe tão largo dote,
|fos Guardiães de Santarèm, & que o Cabido, cujo foi o inte
| Leiria, que em quãto etas duui refe, leuado do leu primor a
|das tomauão algum affento, fuí crecentou os encargos, com
pendefem o interdicto por efpa que recebeo a renda. Em carre
ço de feis mezes. Foi dada a fua goulhe o Bipo, que louuaílem
|bulla a 31.defe me{mo mez, & a Santa todos os dias , fe não
| anno, a qual ellesja ião executã foffe feta dobres, ou de guar- |
… - -
|-
---- -
Clara, # … || que Íe abrio no cruzeiro pera a
|parte da rua, fobre a qual etá
"I Ra muito celebrado |a lua imagem entalhada numa
1268. | H. netes tempos o nome | pedra. " * - —, 1
. . i . . * . * … :::...
*-* defia Epofá de Chrif. #2 . Não efcapou ete infig
to, gran
geando de tal modo a ne Prelado dos aggrauos, que
deuação Portugueza, que huns | abrangião a todos no tempo
fundauãoáfia honra moteiros, |d-ElRei Dom Afonfo o III, &
| outros memorias nobres. Hüa indo fazer queixa a o Papa,
delas leuantou na fua Sêde Co leus merecimentos o fizerão
?, Conde D. imbra o Bipo "D.Egas Fafes, il |Arcebipo de Compotella.Tor
Ped.tit. 39. lutriffimo na virtude,& no fan |nando ja com efte houo de(pa
gue, que trazia por feus paes D. | cho, na cidade de Mompelher
• A •
** * •
====
+ = •
lhe –=
- •• • • == =
--#---#-----……----……….
… * . ... •
brientem;&fepultus hicinfepulchrofuofa • • •
•
#
|-
--
• •
- - • * #: - - |-
•
| chamado Ziegº Zorges,
dolhe o tombo ordenan-
não lhe |teiros do
defco-||depois (e gloriolosão
vnirão nó feuBento,
da Aur4 #
…
Hitoria. i
} - || CAPITVLO XXXXI.
E. He grande a deuação, ] , … … .. . * . * * *
l que lhe tem os mareantes por ".…….………… dº
# Douro & Minho & # Pa figular duç㺠* D
|os *, que não chegârão Confiança Sanches comºpa
|########|#######"
# ligião, ou lhe leuantão ermi-1] : … …º uh- "…
} como tem feitoVianna, ou |Antºniº {uais hºppar
| pintão pelos altares fua fagra- cèrão nº tempo defaur
# à # º te;&# áo efiado das º
|todos por aduogada propicia || ; , ,, aº de ç Ormº, de ".
-
|-
-
•
.
-•
|-
•
}{ }
•
|-r
- -
|
E [e outros tem contado o que ! #
{
## 1
lhes tocou à elles,a melma licen | .
- -- .* ** ** {
*
aº lap ..….…… … eu fºi º temos pera efereuer agora a
•{-
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••
it is pº: " " .…" fºi …"
|
{ quillo,que fhOS pertence. a- ,- .4.*.* *
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- * * * * - ,º • 2. De
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|-
… -
- … : : : b … " .…! # : ;,
4 . Acerca do feu etado| ab/que vºfira camília,/muler cºnfim
zes, ss,
lc.83.& ,º creuëoo"Autor do Iardim de||6*. No que fe etâmetrando,
84 e # -- - - |
Portugal, que nem ella, nem as| como ela profetou húa regra | … •
whicumque vºlueritis, 3rmulam potif rá, quando vetio ofeu habito, et.D.
tatum habeam dand, selvendendº.»tl| # não queria obrigarfe, nem
| ahrudºgend de mmm… p/ final feus bens a eta Religilo? Coml
# fi i que
• •• •• •• • • • •• • • =-=-=-->—
é
Menores na Prºuincia de Portugal_6.19
+ • ---- !
que fundamento o Infante D. |nhas pirança, ó dia, que me foterra- |
Pedro, & elRei D. Manoel lhes. rem. ……….……….….………. º •
Veré (Y)OS. …". " ||le, quando das outras catas a fez |
:', $… Tres cafas detas dom- numa carta, que fe pafou "bººmsdaal
nas teue a Ordem Canonica de || Louzàm a 11 do mez de luº ºrch.
fanto Agutinho na dita cidade |lho, de 1441, &he do teorfe
de Coimbra. A primeira, cha- guinte. Jºtandamos avó; Gil Afon
mada das domnas de Santa Cruz, Jº, que tendes carregº de receberdes º
por etar vizinha a efte Real|fruit", que fora tira em acidade de
moteiro,ou domna de S.Jºãº, por |{imbra, que num confiramisùue em
fer ela dedicada a o fagrado|ele ajão dº pagar as freiras do mºfia
Baptita.Foi intituída pelo Pri-|ras de Santa dura,de Kant.24maiºr
|or de Santa Cruz, são Theoto-[[de S㺠leão difa cidade. Etas vlti
nio, conforme aos etilos da fua || mas,que erão as melmas de San
Religião, pera que ajudafiem a [[ta Cruz; ainda etauão no feu |
os Conigos em os loudores de || moteiro a os 16 de Julho, de
Deos, & obras de piedade. Erão || 15:17, quando elRei D.Manoel | |
f *
noue, & húa dellas Priorefa, à [as mandou vifitar, & juntamen- |-
C (T)
—
nos íeus
D.Duarte, Commendatario per têm, aíta funrhac apuá hospitale
ros dos petuo de Santa Cenz, porhüa" |mohaffery SanteCrucis, & nòs não }
#ft. carta efcrita em Almeirim a 13 queremos tirá a os padres de |
d'Abril, de +543 cometa de Santa Cruz eta gloria, em cejo |
claração. Porêm a dita Isabel da |obfequio, por apurar a verdade, |
Rodha se não chamarà Prior/a em fizemos efte difcarfo,obrigados |
quantº as ditas domnas de São João juntamente da vontade com 4 |
ºfia erem nº mºfeirº de Sant-Anna, nos communicàrão os papeis *
@rem qualquer ºutra parte, onde efi feu archiuo.) * *** *
uerem fºra do ditº myteirº, se cha
mará Priorefa, comº se chamava a
dita Ataria Rºdrigues. Aqui final
capitvlo xxxxii.
mente fe confumirão de todo; Relação dºs prºdigios,8df]
& o me{mo meteiro de Sant
Anna,que foi fuafepultura,ten graças delte tempo: da afir
do mudado de fittio mudou tá ção das Igrejas, nº reinº de
bem de Religião,&habito, acei -Portugal, 83 dº Bifo de
tando o dos padres Eremitas|
| Agutinhos. E nito tambem te "Sita, tbamadº Dom
|ve a incontancia do mundo, º frei Lourençº. |
| pois auendo em Coimbra nos : *
T #-- -->
feus priúile ios,& de El-Rei D. #ta parte isão poaueituta nofo Penuin nas
annotáC. |
-- …;-----*** - - - |-
I
AMenores na Prouincia de Portugal.
uerão nefte reino. Mas como a velhice de edificios, &poñedal
|fua vinda foi pacifica, fem etró güa renda quem o achou ja de
do de contendás, que podefem crepito em idade de mais de tre
etar viuas em papeis, ou perga zentos annos, & tirado hefe tê
minhos, tudo ficou em tão pro po da viuenda dos Clauftraes, q
fundo filencio, que fóno anno tinhão mais largo o coração:
de 1394.fe lembrou dete con não faz nilo apparente conjec
b.num». uento o nofo padre"Vuaddin tura. Melhor fetà não fefalarja
go. Maior he contudo a fua an nos mortos,como etão os Tem
tiguidade, poto que a primeira plarios,& dizer,que o congento
|efcritura, em que achamos feu foi fempre da mofa Religião.
nome, he o tetamento d'ElRei Não nos conta dos fuotes que
D. Afonfo III. efcrito a 23 de tiuemos quando ellefe fundou:
Nouembro de 1271, no qual mas pela pode, em que então }
lhe deixou finquoenta liuras, di nos achauamos de concorrerem
|zendo deta maneira: item fratri os pouos com o maior cabedal, •
=sa
- -
•
:
… :º:# |-
inta diemen
Anno Domini 1332 vigefima quinta dier |
fislanuarij obit Ioannes Ioannis, bone me-.
morie,quondamAbbas Ecclefie Sancti Petri |
-
*
— ––
puTus -
| "T"
l Menores na Prouincia de Portugal. 1 62;
… pulus inhabitu B. Francícivbiple elegre
… o tz. 1"|
|
} r_1 …",
"pulturam Cuiusanimalrequielcatinpace. - |-
* -
-
#
- ! # -*-
* * ** * ** * * * * E
-
** # : ; ; ::
\" e r =
| No anno de fua morte não con perpetuar em a morte com azei
cordão os Autóres,& sò a pedra, te, pão, & outras muitas etno-| |
fe ela apparecêra,os tirâra deta las a caridade da vida, forão |
duuida. Mas confiderando nòs, tantos, que a fua multidão |
que o fobredito Conde Poreceo não he argumento sò do âmor, [.
em tempo de Dom Dinys, & que tinhão à noia ordem, mas |
que feu filho Dom Fernando tambem da virtude, que flore
Sanches é era nafcido no an
cia nos frades, os quaes foto}
gMonarch.
Lufit.p.s.l. no de 1298, por mui proua que víafem das licenças d' quelli
I 7.C, Bº
uel julgamos, que ete feu le tempo antigo, & dos fauóres |
Cancellario morreria no an dos Papas, não definenfião as]
no ja nomeado . Os que leuão efperanças do mundo no com
fua morte a o de 1352, não primento de fuas obrigações, E#
vão fóra de caminho. Mas pode fer, que nito cooperafe
porêm os que lha derão com tambem affio nome honrado de |
frei Lucas em 1432, ou com muitos fernos de Deos, naturaes |
o Bipo Mantuano em 1532: deta cidade, que logramos des|
todos elles lhe etenderão a do tempo da regular Obferuan
vida muito mais do que conui cia:como a grande virtude dos
'nha." = "
• dous Bipos que lhe deu eta Pro
5 Suppondo etas efmo uincia,cujas noticias nòseperão
las, que pertencião à fabrica, noutras partes. . .*. * . * .
forão muitas as mercês, que * 6 ** Fundado efte cod
a Cafà Real fez fempre a o con uento no ditriao da Cuto
ucntO . E fem falar nos le dia, chamada de Portugal; pé
• |- },
………-----------*
- - - -
…
cia.Etaua nefe tempoleuanta-, mo" noutras partes dife;& mais
* * * * * * *-** - - -
* * *** * *** *
Frincífco
|de Lisb,
da com as cafas da nófia Recol-' claro fe motrarà á feu tempo. # 1 c {4&
leição a Cutodia de fanto An } .4c. 10, 16
A fegunda, que neffe proprio* #18. •,
* *. . * * * ..
no reino, porque todos, atè na - • . * * - -
-- · • Pº ** *
cafa do Porto, que foi a fua ca •
- - - • • - -
• • *
• •
Menores na Prouincia de Portugal. 627
faz notauel e{parto déluelarfe |
C A PITV L O XXXXIV. dete modo pelo homem"hum
(oberano Senhor, que não he
cefita delle, antes o vai con
Marauilhufa visão, com que feruando por fua liure vontá -
*+++++m
Ggg 3 Cufo- ,
----
. 63o IXTEZTES…T_T *
d.d.l.n.c.». tramos nella: ou em rezão" de | bemos, qual foi afua diuiza. Na •.•
& 3. nofo Padre ferafico auerja fan fcarta teftemunhauel, é o Cuí arch de$
Francift de
tificado com fua fanta prefença tedio de Coimbra frei Eteuão Aland,
|
lete pedaço do reino, ficou [em |leuou configo a capitolo gèral
|pre em melhor predicamento, no anno de 1408, etauão poí
c. fr.luc.
cit
|& quafi, de ordinario" era no tos tres fellos dos tres Cutodi
Pifan.com meada em o primeirolugar. Di os, que nefe tempo auiaja na
formit. 11. |latoufe o feutermo pela Beira, Prouincia: mas o feu, quando
|Tralosmontes, & Entre Douro nòs a encontramos, tambem el
… "+-
- ..…… 4, 1& Minho, onde tinha fis con taua perdido. O de Lisboa im
luentos: afaber o de Coimbra, primia na parte fuperior a ima
| rães, & do Porto, de Couilhàm,
que era fua cabeça, de Guima gem da Virgem Senhora nota
com o Minino nos braços: mais
da Guarda, & de Lamego,com abaixo,a figura d'hüa nao,affiti
o moteiro das freiras de Santa da de dous coruos, em memoria
Glara d'Entrambos os Rios. O do illutriffino Martyr são Vi
conuento de Bragança,poretar cente,cujas reliquias feguardão
muito aufente, foi dado na mèf. na Sè da me{ma cidade; & por
ma occafião à Cutodia de Gal peanha de tudo a imagem de nof
liza, que lhe ficana mais perto, fo Padre fantifimo cos joelhos |
A de Lisboa,etendendo feus li em terra, & as mãos leuántadas
mites por toda a Etremadura, ao ceo. E detefello, fendo elle |
Alem-Tejo, & Algarue, com tão alheo de qualquer conuento
-
:) * *_*_* par
•
• -*_-_- |- - - -
••••••
+++++
}
"… Menores na Prºvincia dº Portugal. só 31
=>-
F I N I S.
acB.Ioique
|Laus Deo, Virgin anni Matri,
de Capitr ano.Seraphico,
Parenti •
} ……….NÃ ############# Y
* ###### }
==
-1
SEGVNDA PR oTESTAcÃo.
* ** * *
- * * * - * * * * ** * . • • • •
|
•
, , º
|-
* * ** * * * :. . . . . . . . . . .
* * ** * * * * * * … ..….,
INDE
INDICE DAS PESSOAS,
E COVSAS MAIS NO TAVE IS,
de que trata eta Hitoria. O primeiro numero
motra a pagina,olegundo o numero della,&
ambosferepetem onde amateriahe |
mais larga, ouifofe declara º
com a palaura&c,
-- - -- ----- • + *_*_*_
J}(an
- - •• • • •
– "A_ –*_*_*
• "- - - •• • • •º - - -- - ------
-+- -
634 Indice das coufas notautis
| J%andou/9ccorro contra 3íouros e | 2.Afov/º X.de Cafella, tomou 3íur- •
* *
*\r:#.
273 26. *-** *** *-* ••••••
=
*--*-*-- --->-.->
("fur,"
+
* -- - -
----
2.frei Amaro Confº/or da Rainha |S, Anna de Cºimbra 7éue juntº dº ºtº,
2. Filippa, Gr2ispº de Seita fun-| degº º seuprimeiro afºito. 272. 2.
dou a milagrosa ermida de N.S.a4| Prof/aua a Ordem (anonica de S.
Encarnação em Leiria. 358. 3. |º Agºffinho, 619. j. 2 e,
Era Zispo de Xcarrocos quãao cam Recolheo as domnas de Santa Cruz,
v … ** * * **
toa mufa no lançamentº das primei - ibidº 6. * *
* * * * *---
•••
2°orto. 82.5.601.4. fº, ibid #">
•=>
Zepois
- -----
T =>
34 U. I. ** *.
"Ahriº
— Ta Híbria. - Tá : 2
-Abrio no enterramentº o regfirº de depois marauilhas. tbid. }
milagres, que fechāra durando as Liurou tãbê em Linhares a ZD. Lo
controuer/as. Ibid. 6. pa, enganada do demonio. 437. 2. |
|
Zreuidade,com que foicanonizado. o tºpareceo a ZD. 3rires da Sylux,
346, 7. Fundadora da Ordem aa Conceição,
Aluorºçº,que ouue nefe da em Lis alentando feu propoíto. 31.6
bºa. 197.4. (onfortou namorte a Z). Confiança
Tres vezesfeitrasladadº em Padua. Sanches. 617, 3.
349. 5. @c. -Appareceo em o termº de Zºragan
Riqueza da faa capella, @ /pul fa,perfuddindo, que lhe fize/Sem er
chro. bid 4. mida. 56. i. Ytãdou Alexan
Singular deuação , que lhe tem a dre IIII, celebrar a fua fºfia na fan
(hrifiandade. 347. 1. ta Ordem de Gfier. 6o 4: 1.
Empenhos, @ majefiadº, com que *tandow/*guardarfeu diano bipa
Paduá o venera. 348. 3. do da Guarda. 432. 2.
Zemonstrações de Lisboa; (3r que S. Antonio dos Oluses em Coimbra.
reliquias tem dele. bid 2. Zepois de termos deixado ºfie cousto
Que figura fºi */u4.345.3. nos convidarão com ele. 271. 1.
(om que imigmas/ºpinta. 347.7. *{uitos annos adiante foi poucado
Encadeou por milagres fua vida. - de nou" pelos padres da Prouincia
da Piedade, ibid.
343, 4- …
Ser2 milagre agora, fº os deixar de Vide S.Frãeifco de Coimbra.
Senhor Z). Antonio foi hºfiede de S.
fazer. 35o: 1.
ninguem he mais milagrofº, depois Francfcº em Lisboa, quando }'610
da Virgem
35o. I. fantifina. 339. 2.
•
do catiueiro de Africa. 2 14.4.
Fr. Antonio@rfua morte myferio/a.
fontão? alguns milagres, % tocão"| 414, 6. • •
Portugal. 35o: 2.353. 2. @c. | Fr. Antonio Alemão, gr/ua vida fam.
Porque rezão he aduogado das cºu … ta. 376. 6. -
4 5 6 3.
Afuayfia falauão os grilhões dos Fr. Antonio do Crucifixo, @rfaa/anta
que erão mocentes. 457.4. morte. 276 5. •
|
Fr. Antoniº de Segouta, fugindo domi. -Apofiolico, ou Apºfolgº era nome
do fe acolheo a Portugal: 494. 1. || antigamente dº Papa. 563. 2.
Profe/ou em Alcobaça a Ordem Arceb/po de Zraga nomeado por ?
de S.2ernardo. 495. 1. nº/a Conferuador. 441.4. •
Zeira donde veio este nºme à terra, Zºfia o coºjentimento tacito, ibid.
que o tem hoje, 42 r. 1. O do Porto no foi dado por no% |
S. Zento. Pertencerão àfua Zeligião ºs Conferuador. 44o. 2. | |
*
| …, - - -
…" * . . . . . || 2 tremoz. 447. 2. .
{ . . .
• 2 foi nã , podem eínceder indulgen | ####mulherdº2 …fºi
| fº K2, foi da Terceira Ordem:
cias em territóriº alhea, fêm confenº { # }
}_timentº dºOránáriº éº74 = }}_*yo….…_" º |
. -- … … -–……. Hhh 2 Z.X}, i.---
* —*— -- -
- - - - -*
-
* *-*… * … -
••
º
= *****… * * *". … *
----+-, º }
64o Indice das tufãs notaucis
z.Zrtes Infanta, mãe d'ElReizem da (onceição. 3 I. 6. -
—
= → -
- ==
+ + …-- |- - -
• Ficou em grãdeperfeição. $3 8. 4.
nome. 615. 3 -
……… –**=ar F
—
642 Indice das coufis notaucis
ºsZeulhº
efluadrões dº mfernº, bid.Gomes. os rios, ibidº 2. " ………… …,
principiopio Zº:Châmowa {
•
…br/#…####|
honrado. }77.3… º_> …
…A fa conta a famoreceº º Papa | º começarão ºs Reis a famorecello.}
| murº. 565. . . . . . | "569, 4; 571, 4... :*#*# .
| Intentou notavel grandeza nele. A Rainha Z). Filippa procurou
- |56|o. I. trasladalo aº Porto. S»3, 1. @
| | | Frºjàs
Ajudou 56o.
a fumarido 2. I.Rodrigº
1. 562. •"|
º 576. 3. " " ,, , ' ' +
ºrc, … -
*>
599. 4. @re. - º ,
|
56o. 2. . . à tº cafajã virão 6oo.» (9rc.
. . .? ,"* . * .
+
*+++++º*
|
3.481. 1.484. 2. Orc. 489. |z), cºnfiança de Norºnha, primeirº
1.49o. 2.491. Ís (3ré. 5oo | Zuqueza de 3raganç##7erreirº
, -, º
|
2. 633, 1.604…3.. 6o5, 5. | Franciºsºs quem fºi nº fing",
• | • • 6o8.2.699. 2, 6t2. 2. 613, |i|... (@r
•
@ na virtude:
Sepultou/e
|-
em S.179, fºge.
Franciº ,
de Qui- • • • •• • • •• •
L
\,
4.614. 5..….….}, º
Conceição da Virgem $enhora nofa. … marães, i 81, 4. -- #\, 3. : vº Y
•••• •=
—º -º f
==T= •
- - •• • • ••- - - -
•••••
- - TEMATZof_ ----
---- ----*-
- - --- - - - --- - -
- - -- - -
= =>
+
| 23-3. • • • Ob/eruancia as extingulo, 315.5.
(ufodia de São Simão em Galiza, quem Cufolio;ãoficio tinha 1 3.4.629, 1 |
foi ºfeu Autor. 419. 3. Cre C//auão todos defello, particulares
f(ufiada de Tralas montes; quaesforão || ibid. * * * *
*
* {
|- D.
(Y …A. Zaniel, Xcartyr de Seita." @ Cºimbra fibre apaga do fºli.
32o. 2. dio, 49o. 2. |
Zemonio disfarçado,pera enga || "Penitenciario do Papas Conf.
'nar,em a Figura de (br/lo. 449: lheiro 3 Gr Confº/or d'ElRei .
4. Na da Virgem Senhora nº/a. || 'hid, 3. <= -
S.Zºomingos teue efireita amizadº com | |Z), Zuarte de xenezes, terceirº con.
-
- 471. 5. •
B.
F Amaguia, he cidade ma Ilha de | Fam…: …………… hl, hãa
Úpre, 699.4._ _i | _mulher, foi entrada do demonia. |-
_485 |
-----•*-- --
648 Indice das clufis notautis
485. 5. na igreja de S. Clara do Porto
Z. Fernando,Zei,/entia bem de nºs. 573. 2. 574. 3.
468.3. Z. Fernando da querra Zispo da mes
Profe/ou a Terceira Ordã, 2 jo. 2. ma cidade lançou outra Ibid.
Efendeo o fittio de S. Francisco de Zepois de A, cebispo de Zraga lhe
Euora. 312.4. 579 6.
vnio hia igreja.
Zeu grandefauor às obras de Qui
2. Fernando Zispo de Tai,até quando
marães. 149. 4. Ze Coulham. genernou. 146.3. :
423. 5, @r do Porto. 4o7.5. Fernão de(afilho ajudou a fazer a en
-A este conuento defendeo a sua fon fermaria de Lisboa. 194.6.
re. 4o9. 1, & lhe daua dez sºl. ZD. Fernando de Cefiro, Senhor de La
dos cada dia. 41o. 3 : nhozo (2 sua mulher,sepultados em
Zaua ai uda de cufo a osfrades pe (ouilhám, 427.3.
}'á! fudarem fora do reino. 2 1 1.1.
ZD.Fernando de 3tenezes: em Lisboa.
/zentou das decimas a S. Clara de 243.I.
Santarem. 519. 2. •
573. –-"
defia H7 649
573. I-(3-c. 576.3. @ padecerão muito pela defensão
Por fua morte encomendou a mu do reino. 2 1 3.2. --- * *
dança afeu marido. Ibid, | . Em fuas orações encommendauão
| Sir Filipe d'AÁumpção, Fundadora os Papas ºs bons factº/os da gre.
do mºteirº de Zragança, @/ uvê - * já. 492. 3. "..., º ………
turº/ºfm. 599. 5.….… Z). Fradique de C /"0i fpuhuufº fº)
Sºr Filippa das Chagas, gr/uas meat Letria. 383, 1, … .
tações. 551, 3..…… S. Franc fa Romana, era da Terceira
Sor Filippa de lºfº, gr/eufuores do Ordem quando infiltúio ºfeu mºfei
ceo. 55 o. I. ro. 39. I 1.
1 Z). Filipe, Kei,ajudou arfaurar a igre Ajudouan fio o/ºu confºr ,fra
ja de Santarem. 447, 5. •
de nº/o. ibid,
,
ZD.Filippe,Principe do reino de (eitaua Franc/ca da Conceição, finale pre
ca, jaz em Coimbra. 276, 6. tº de Santa (lara de Santarem.
S .Fr. Filippe,companheiro de S._Anto
, 555. 5: , .
nio. 333-2. @re 334-4. Sór Francfia de lºfa, grande ºfio/a de
Fr. Filipe morreo,grajudou 4 //10}'}'É-
Chrifto. 586. 7.
rem deus milchrfãos pelanº/a S. Francfca de 3íeira, da Terceira Or
Fè.342.2. dem: /aa(@re.vida, @r fanto nome.
127. 1. •
Itt .Yíatri
— I
= •
* * *
4.6- v . ? Pafou pºr z…e…?… de Li.
-Anjº /ellado com os /naes de Zeo |$ mapera Galliga. 47. 6.……… -
viu?. 4, I.
**
• • • •
V/tou em tampfella º corpº de
v4 graça lhe "fºgºu os appetites. º Sant-Iagº. 47.1. ***
I. 2. e "… v. , º *Na/ua Igrj recebiograndesfauo
4.
152. 2.425. I.
Não defesa Alanquer,nem º Lif|| "A vfia dela em Quimarães -
A
- -- (hagas •
! Zla Hora, -- - -
423. 5. 424. 6.
A igreja he ºfiimada, @frequen He agora das mais fumptuo/as, que |
tada do pouo. 425. 3. temos em Portugal. 312.3. |-
443.6. • • *
Viueo nele fantamente humcompa
* *
*** T===
/** 3 Tor
|
654 Indice das tufãs "tautis -
* •
••••••••••••=
vinião
–-"
T FT7 Tõy;
-
Vulão em grand/ima pobreza. no I 97. 4.
371. 2 (3rc. 372. 4. No dia, em que foi canonizado repi.
Facilmente recebeo fie conuento a carãos os Anjos o/eufino.ibid.
reforma Ob/eruante. 371. 2 Efia era a ºficina da maior parte
Zeu muitos Varães m/gnes, 373. dos milagres, que Lisboa alcançaua
atè 38o. porfua interce/ao ibid.
Foi #mado dos Reis, @ das pe/o- -Aqui/uou a/u4/anta imagem num
as Reaes. 38o. 1. Cyc. 382.4. trabalho da Cidade, ibid. 5.
43mnobrecido com feus priulligios. -A ela vinha em procyºao a Cida
38 I. 3. *
de gratificar as bifiorias do reinº.
"Amado do pouo com franha deua 196.3. • "
4. @rc. * * * *
Floreceo muito nas letras. 2. 1o.
Quem fezas /uas primeiras ºbras. 1. @rc. , . .
* 187.1. grc. É quem concºrreº
mas outras. 19o. 2. atè 194.
|- # ElRei Z), Zinys fundou a
/niúefdadehtfiacº/a º/entouhãa,
ElRei Z). Yanoel virou a fua igre das lições da S.7hulgia; i 12.4.
|
*
Iii 4 _____-
tbid. *#-><-.- }
-
656 Indice das coufas notautis
ibia. 2. •
461. I. }
... 6 |- . * … , \ \ \, , ,
Que Seruos de Zeos lhepertencem.
* Em maio defia n/a fundação nºs |
•
*> * Papa. -- •
= …",
defia Hifloria. 657
Papa. 4oo: 1. | |
Zecanção nele grandes Seruos do
Queimou, @faqueou o conuento, @ } Senhor. Ibid. 5. (3) c.
tratou mala os frades. 4o 1. 2. S. Francisco de Paula foi nºviço da
…Acodolhes S. Gualter, o Pontifice, nº/a Ordem. 3o. 5.
o Rei;@r nada aproueitou.402.5. Fr. Francisco das Chagas, @ seus de
Prognoficoulhe o Papa grandes cas desejos de martyrio. 413. 4.
tigos do ceo,os quaes se virão depois. Fr. ticia,queteue
Francisco de daS. morte.
Zarbora,55.6.
grano •
4O I. 3. -
*@"
freiras
658 Indice das coufãs notautis
| Freiras contratauão antigamente, Çr/2). Fulgenciº, Prior de Guimarães,trºf
- tºfauão com licença dos prelados. | ladou os º/os de São Gualter.
I 59. 2. •
52 I. 5.
G
aia: quem fundou ºfeu (ºf seu enterramento ibid. 1. @re.
Gº Efe
tello. 39 I. I. @rc.
foi º falar antiquífimo
. Cheirauão as suas chagas,9 quam
tonelas tocaua. 236.4.
do Porto. 392. 2. grc. -Appareceo a seu (onfº/or em se
Porque rezão o afoliu efiaprºpria nhos, @ º auzou da morte. ibid.
cidade. 396. 5. - 5. (37 C.
F. Garcia de 3áontãos, Reformador Sór Genebra da 3agdalena, @ suas
de Alanquer 98.3.99. I. , grandes batalhas com asforças do
Fr. Ga/par de Cuba, @/ua morte ad. inferno. 552. 1. grc. -
|
-
-
___ ___*_______ -
7TEITE 659
Que exame fºi feito do feu fiado, -
dºfia nobilÁma cidade , 431.
@r quaeserão os testemunhos, que j | 1. @rc. -
trazão. 62. 3. •
"uento, 13 8 1 2 4. "
- •
Sua grande/antidade 1 34.2.3rc. "Zºe Santarem, @ Lisboa, luizes
Era muiçaritatiuº comprezos, @r -Apºfiolicos entre 4 Ordem de S.
com enfermos. 155.3, , | Zºomingºs, Cromºfeira 4. Chelas.
Feruente na pregação, ibid. 4. 6o 5.5.
Foi Apofiolo de Guimarães. ZDe Santarèm,Q} Leiria, (emmis
1 56.4. - *** * sarios do Papapera suspender o in
Plantou nos vizinhos hãa rara de terdisto do reino. 614. 5.
uação da nº/a Ordem Serificº, ZDa Cu trda, @r
de Euara pera
tbid. " - |- ajudarem na jornada da Terra san
Zeu principio aº conuento do Par | % . Elkaz..……º III.
|-
Foi milagrºfona/uafonte,Or/pul. | •
Zºe Coulham, @ da Guarda pera
rebaterem C0774 Cê773 tty'á5 hãa (*/}f}"4º
chro. 156. 1. 1 57.4. "
of pukhr, nãof dixou abalar de da de Cafielhanos. 48o. 4.
quem pretendiafurtar as fasfan. | " Alguns lhes chamão Reitores em
= =
Couilh4m. 42.5. 2. •
• • …"
\ - •
•
-- - - **
- - - |- -—- •
* * •
|-
JAbito Franciscano. Zecla- 582. 2. : ;?
H rº/e a sua qualidade. 26. | |
•
Tinha grande águação á imagem de
Saluador nº comento de Lisboa, Gr
-Appareceo ºfido nelle Chrfio nºfo Re || celebraua no seu altar maitas ve
demptor. 499.4. zés. 196.3. * \
I.
Z. lacme, Prouincial@Com. Ordem em Lisboa. 252.4.
mi/ario do Papa na absolui- Igrejas eftiuerão algum tempo nºfe rei
fão d 'EIRa Zºom Sancho II. no em lºftimoso fiado. 621. 2.
39o. I. |- • Imagens milagrosas, (2) deuotas: dº
Fr. Ignácio Garcia refaurou 47erceira Crucifixo em S.Franciscº d".Alan
*>
- quer.
defa. Hifloria. - •
|
quer.82.4. E de Santarem. 448. Apagárão outro em 9rjº as re
1. E em Zouças, 46 3.5... liquias dos 3íartyres de Yarro
. ZDo Ecce homo,(ºr do Senhor da cos. 42o. 5. - - -
primem
2O4. 2,
fua deuação os Anjos.
• - -
jeitº à nº/a Ordem. 32. 1o. º João II. Rei, foi jurado na au/encia
Z), loão I. xã,fio do conuento do Por defeu pae no nºjo alpendre de Sã.
to a receber a Rainha. 4o9. 1. tarem. 452. 3.
Fez dele notauelefilma çãº, confir- - Foi particular deuoto dos conuentos
mandolhe mercês, @ prtulgando d'Alanquer,Varatojº,Carmota,(gr.
oficiaes. Ibid, 41 o 3. Cºfanheira. 135.3. |
Não mudou o conuento de Letria, 1 Zeu hum grandepruilºgio 4 o Syn- |
mas feza/ua greja, 363. 3 ge. dico de Couilhám. 424. 6.
365. I. Ofereceo a fianº/a Prouincia ºs
Não a fez em penitencia de cºfar | /eus vºftidos,que tinha, quando ma
fêm 364. 5. , nemferecebeofem
ela. difeºfação • •
tou o Zuque de C//eu. 381. 2, .
2íandou fazer a igreja de S. An
-Alargou múito a faa magnificencia tonio de Lisboa, 348.2.
com S. Francfo de quimarães, do | Incorporou nos/eus paços algãas ca.
qual fê fez. Protetor. 149.4. fas de São Francyês d'Euora.
1 62.2. 177.1. •
* 3 12.4. , * –
Zoconuento d Alanquer reduzio a. º Pºr ºf refeitº lhe prºgnofiiceu hã
villa 4 fua obediencia. 134.2. frade agias degraças, as quaes fºi
'Procurou afua reformação, @ de virão compridas. 3'I3: 5. …,
-
| •
Leiria. 98.3. 381. 2. : " --* |2.Jºão III:Rei, judou muitº afabri
Fauoreceo a S Clara d'Entr-Aim | cada igreja de Lisboa, 193.3.
bos os rios. 569. 4. Nº* __"||"Faurece os dous renuentos de Qui
Lançºu a primeira pedra em S.Ga|| marães, @r do Portº. 1 77. 1.
|
1. * *
ra dº Porto. s73.2. : § 4o9. 1. ", º : "…
-
—
$ ---------
# HT. —
|- 6 6 =º
|
fa alpendye *Or 4.precisão de C or |-
A Foi na tomada de …as mºrg aº
|-
461. 2. 4 …)
Frz.hãa grande mercè a S.(lara de Fr. João de S㺠lo/ph 3 frutº com
Santarém. 52o. 4. e ºutros nº pºfie de Guimarães. |
•
lidade. 371.1.
A_º
.
-\
|| 2.loão de 2cenezes, Prior do Crato,
|-
|-
#.
Ákk*__O_ —
\
664 *,
Indice das tufis notauru_ •••
de S.Smão (2/grandeferuo do Se
João Fernandes Cabral, Alcaide mór
" …
ria. 372.4.
Pretendº que fia Prouincia tºr. Z.Ioão Pereira, do Confºlha Real, defi
na/e a poucar o de S._Antonio dos cança em Santarem. 47o. 3.
Ohuaes. 271. I. loão Pires, grande bemfeitor do fra
| laz/pultadº em S. Francº de des,Grpae d'hã Zipo de Gimbra:
-
700
|-
- - - -- - - - - -
- -
della Hiltoria. 665 |
no mesmo conuento. 47 1. 3. lhão os frades: são muitos nº ter
| Fr. João Kiccio,frade Leigo,reformou, mo de Guimarães ºs que º defijão .
Ordens. 99. 1. -
Em Coimbra/aluou N.S.P, a hãaf
| Fr. João Rodrigues, (onf/or d'ElRei lha d'hum deles,que caira no ºtom
Z), Fernando. 4.68.3. dego. 277. 2. -1 * # : ;
Z. João Soares Alão Zifio de Sylues, S. /abel, Kainha, profe/ºu a 7erceira
fauoreceo com indulgeucias as obras Ordem. 2 jo, 2. " … - -
de_Alanquer. 79.4. -
Foi feiçoada a º conuentº de Zra
Zº. João Tello de 2áenezes, Embaxe gança. jo. 3. , !
Solicitou com a Zamba Z. Filip 5). /abel , mulher do Infante Z}. Pe.
… pa sua mudança pera º Porto. dro , foi da Terceira Ordem.
573: 1. ' . . 151.2. - .
Agenciou com ElRei, que lança/e Zemfeitora do conuentº de Leiria.
no mºfieiro nouo a primeira pedra. 3.82.4.
º ibid 2. 574.3.576.3. Zº. Jabel, Zuqueza de Zragança,
Correo com as ºbras dele. 575. faurecia o mº/mo conuento.
• • •• • •
-*
-
* * *
382.4. * * * *
z~#cf…….…| *
Jaz fpultada no de *Lisboa,…
242.1. • *
"YX, X, º * * * * * * *
- - -
2. @re. •
437 * . , ,
Permaneceo no estado de donzella, Namorte lhe derão o desengano S.
@r profe{ou em Santarém. Francisco, 3; S._Antonio, ilud. 2.
531.8. |Z).Fr. Lopo, segundo Zispo de Xarro
Fez largas dºações a º mºfieiro. º cos: quemforno mundo,Q} que par |
ibid. 1. 1 tes teue. 482.3. •
Tratou muito dos feus augmentos. Tinha dele grande conceito o Papa,
5 32. 2. :||
-+
@r lhe fez muitos fuores. lhág
7eue muitas virtudes,G#fez gram-|- 481. 1. |- |- …"
M.
Adre dezes. Imagem mi | (Reformou º mofleirº de Arauca, de
M # /Lisboa.
lagro/a am S. Francyco de
198.2.
freiras Zentas em Zernardas.
492. 2.
Nas maiores necefidades a bufaua Prºfe/ou ele efiado. 493. 2.
ºpono. 199.2. |-
Foi deuotifima, @ bemfeitora da
Tem irmandade graufma. 198 nº/a Religião ibid.
I-
O Pontifice lhe gratificos por carta
. Entravão nela Reis, Rainhas, @ efia/ua caridade.ibid.
Infantas. 199. 3. . . …Acabou fantamente. 494. 3.
*íadre Sylua. Quaes forão os (aual. Foi achada na fepultura commer.
letros diffe nome. 13o. 3. talha parda. ibuí
2. Àafalda,Infanta de Portugal, @r 2íanfredo de Alpoem, neto da grandº
Rainha de (afiella, cuja filha foi. | * 34artim de Freitas foi enterrado
|
492. 1. -
em Coimbra. 27o. 5. J%al ••
|
-
_-
* ** * defa Hifloria. } 669
*alacquiridos. O Papa nºs commet. [[#Villa nona do Porto. 61 5 4. —
º teo 4/ua composição, (ºr cobrança, || Z). Yanuel de Lima, Capitão valeroso,
em fauarda7erra fanta. 484. 3. || … jiz em Lisboa. 141, 3 |
2.3anoel, Kei, efimou muito ºn0º][Fr. Yanoel Coruo, fundou Ermida de
fo fiado da Oberuancia, z15.2. || … N. Senhora dº Loreto nº difirião
Começºu 4 igreja noua de Lisboa. - de Zºraganta. 5 6. 1. } *** |
• 193. 3. .… 1 " .….….… • Frºtanoel de 46umpçãofoi coffar
… Estentºu desfazer por amor dela a com grande risco da vida a humho
de Nº/a Senhora dos ºtartyres. | … mem, que se ºf gaua, 27 5.e3.
- 19o. 2. Grc, ……… |Frºtanoel da Cºnceição;Portaro, Q}
Não lho com/entimºs. 191. 3. |º suas grandes virtudes. 217.1.
- 7ambem fez o refeitorio defe con-||?adre Xanoel da Cofia, 24bbade da
uento. 194: 5. - # -* | Teixeira, de notauílcaridade cum os
Quiz mudar a melhor sittio º de fiº frades. 366, 4
(oimbra. 272.3. * | Fr.3áanoel da Esperança, preseruadº
Fez a igreja de S._Antonio de Lif | º pelos merecimentos da Senhora de
boa. 348. 2. . … " || hum naufrágio. 273.5..
- 4 de S.Franc/co de Eura@ºu || Frºtanoel d'Amorim, deuotifimº
fy'03 edificios grande- || ºº | da mesma Senhora. 2oo. f.
6777fumptuo/a
Nos nºjos conuentos timos algüas | Foi sagrada com º sangue Francis
relíquias. 2oz. 2.296.4. cano derramado pela Fe. Ibid.
Fazepanto a multidão de milagres, O ceo nos affito com milagres nas
que obrarão em Coimbra. 297. 3. nº/as occupações 317.3.
@rc. 298. 1. (gre. "… . QuandºZ mfitúídº 0 bispado.
TNo conuento de Leiria,em Grjº,C} 3 I 8. 1. (2) c. -
• • - *
º I. … l.
(om elas fº faz guerra a o infer .htondegº, tem feito em Coimbra nota
|-
…
no Ibid, 3. -
ueld firuição. 271.2. 274.2.
Temos comuertido #4 alguns pecca 2íonte da Piedade,fileuantadopor
dores, que pº/auão pela rua. frei Zarnabe de Iteranna. 33.
ibid. 2. I 2.
Prouocamos o Senhor a o reme Jºáorte. Os auízos da sua hora certa
- do de nº/as necefidades. -442. dá º Senhor a alguns seruos feis.
C
598.3. _
| Sórºtécia da Conceição,/eruamimº/a %/teirºs. Castiga Zeos a quem ºs
de Zeos, 546. 1. ºfende. 27o. 5.
Sór Xáecia de S (lara, @r/uas raras O de santa Clara de Villa do Conde
º virtudes. 59o. I. Orc. nos ajudou a comprar partedofitio
Atenezes. 3áuitos fidalgos defia Fa de São Francisco de (ombra,
47O. de/canção
milia 2. em Santarem. •
273. 6. + • •
N.
+ -Avfragie, em # Zeos hurou a …Algãas pertencem a fia Prouin
mtitros frades co vida. 273.5. da Ibid. (2 381. v. 453. 5.
Vide Fr. Manoel do Sepul | Noviços favorecidos da Xãe de Zeos. !
chro.
81. 3.87. 1. (Orc.
N. 2/po da Guarda,/pultado em Co Nouço de S. Zomingos de Lisboa,
ulham. 427. 2. enterrado de dous annosfe achou in
N. Keligiº/a de fanta vida. 584. 1. teiro, ºfido nonº/ehehto, 497.1.
N. Za Fonfeca, acreditada pelo ceo. Noviçº inconfiante na vocação não
thid. 2.
he mim% de ZDeos. , o 4.2.
S. Nicolao. Qual foi afaa cºfanº Por 'Nouço enganado do demonio.
to, onde fauão Emparedadas. 187.4. |-
·
|-
|- • •
• * - - -
•
- -
• - •
|- _> " • |- • • • •
#*# .
• • • • •
- - - -
|-
* *
•• • •
por hum frade da nº/a Keligião. ?Não lhe prohibio efiudos e/ºu S.
32.8. Patriarcha.ibid.5.
Re joia da Igreja militante ,@r/ua
Ordem de S. Clara quando foi inflitui
da 9 approuada. 29.2. com/olação. 12. 2. 18. 1.
Ouue finquo Kegras nela. Prºpriamente he Ordem dos nºfos
$ 14. I Reis de Portugal. 2o9.4.
Confia hoje de deus fiados. Efiáfermº/a com as fuas diuisões.
18. 1.
29. 2. -
P.
Rei Pacificº de t/yºu fez vida | | 25o. 2. >
fantº. 413.5. Faleceo em S. Franciº de Efre.
Fr. Paio, Xanifiro Prouincial, º moz, 443. 6. -
gr (emmiÁario da Cruzada. Z). Pedro, hifante filho de Z). Sancho
•
612. 2. •
|- \ . 1. principiou o /egundo conuento de
Palauras fandalo/as, comº Zeus as Coimbra, 262. 1. -
noel. Ibid, * . . .
Z). Pedro Infante, @ Regente
Pafhoal de Frias, grande bemfator aº do reino, izentou S. Clara de
do conuento de 2regança. || * (oimbra de pagar certo /eruiço.
5 I. 4. . 6 19. 6.
Fr. Paulo de Azenedogloriº/ama mor | Con/ignou finala ºrdinaria a S.
te pela Fe. 413. 4. Francycº de Lamego. 625.5.
| D. Pedro, Rei, ajudou as obras de Co.
|-
|
S. Pedrº, *artyr em 3arrocos.
ulhám, @ Lamegº. 423- 5- . . . 287. 2. •
— Ll 1 — — > - - - -
676 Indice das tuufs notautis
Fr. Pedro, faleceo curandº de pºle. Pero Vc d'almad, /pulado em | }
Por feu repeito perdoou Ze05 a Em que tempo forão as tres plumas
º terça parte das penas a outros de Lisboa. 2 2 2. 2.
| Pobres da vida pobre, não prof/auão
fades, que se glauão purgando.
ibid. <| Religião. 24o. 6.
Fr. Pedro das Chagas foi º primeiro, " Pobreza Franc/cana, he a mais ºfirei
que compoz as mujas folhas da re. ta de todas. 3o7.3.3o8.4.
Fr.Z4.
Pedro de Alemancos,
274. I. Reformador ?Não /e diminue fia /ua per--
•
293.4.
2ta/carenhas, comcoyreo no
ZD. Pedro * zºreujº ö ºfiadº , que tem ho
|- compromi/o do ho/pital de S._Anto- |
•
je, Grc.as /has excelencias.
I. @r - * -- 394 | -
|
-
/**
—--
dela Híbria. 672 |
• |
Zeu princípio, @ nome a o reino. fituída. 281. 2.
ibid. 6. |
- !
* #my.
Quaes forão os feus 3ánfiros. |
-- .
Cria sujeitos imignes. 397. 6. 282. 2. 318.2. (Crc. |
1
Um úl |
Zecolheo em quatro casas a nofia Em que anno/epartio. 39o. 2.
|
Zeligião, ibid. 7. •
62o. 1.
|r nº @re. 453.4. , ,
Sºft Profecia he ab/luta, ou condicional. 3íandaui eu,frº? frades 77,43
45.3. (@rc, … :
- Vºu fala %irangeiras. 21 1. •
#…
| Prohincia, que cou/a hena nº/a Zeh- | I. (97c. • •
|
gito. I 3.4. -
…
# • • • •• •• *" - - *\ { • • -
|
Que numero fazem hoje. 15. 2. * Contão? "… cafas. 15.2. -
Prouincia de Hepanha,quando foi in Purgátoria. # rrefondem às culpas {
--
*= – L/3
678 Indice das coufis notauais
dólara fas penas, 594.1. - No/a Senhora fauorece aosfrades,
-Algäasforão reueladas a hãa/er | que fião nele. 96.4.
ua de Zeus. Ibid. - |
R.
|
\ …Aio em Lisboa, acabou a os I 66 5.
*
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pes de fanto Antonio.
3 54-4-
24 Jua cabeça,chamada Cabeça
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*) \ …
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** Antífimº Sacramento. A pom - 326. 3. \
(*) pa,com que fºleus e os enfer Não o quz largar/em fazer con
|- * * mos, @ «s/uas confrarias fo, uento. 67.4. * - }
325. I. (2) c.
Porfeu re/peito obrou Zeos mara (Airão suasfaltas em mao tempo.
ulhas. 326. 4. Ibid. @ 4.88.5.
Fundou junto de Gimbra º mºfiei 3tuito as afeou a paxão. ibid.
ro de Cellas de freiras Cifiercien/es. Fot pedir fauar a ElRei de Cafiel.
326.3. la pera cobrar o seu gouernº do rei
Faleceo nele fantamente. 317. no 48o. 4.
4. Tornou com mão armada de Cafe.
For/ºpultada em Loruão, ibid. lhanos. Ibid.
2.Sancha,Infanta de Leão, refº/cita Retirouse obrigado das censuras:
da pºr fanto Antonio. 351.4. ibid. •
488. 6.
|2.Sancha Hermigues, depois de viuua Zºnas vezes lhe appareceo são
fe /acrfi. ºu com grande louuor a Lazaro, confortandoo na morte.
| Zeos. 57o. I. ibid.
ZD.Sancha Ordinhes, @ feu zelo dos Fot enterrado no nº/, habito, Gr
bens do mofaro, 568. 2. retratado na sepultura com ele.
2.Sancho I. Rei:/eus filhºs muito de 489. 6.
uotos da nº/a Keligião. 492. 1. Santidade, he a nºbreza mais illufire.
Z. Sancho II. Rei, teuepartes de bom 525. 1.
Principe. 485. 1. Scoto fºi acerrimº defensor da no/a
Impetrou Zreue do Papa pera fºr Fe. 2 1 1. 2.
Em seu odio chamárão os Here
abfºlio das cenjuras, que incorrefe
na guerra dos Youros, 39o. 1. ges á fogueira dos liuros Cthal
Fauoreceo as Religiões. 486.2. cos Exequias de Scoro. Ibid.
Sete conuentos fundou á nofia debai Z).Sebaftião, Rei, fez obras no conuen
3CO 	 feu emparº, Ibid., to d'Alanquer. 79.5.
Ele nos principiou os de Santa º Fauoreceo o de Quimarães. 177.
rem, @r do Porto. 4o 6. 3. I.
T.
Artaros são muito superfii. d'Alanquer. 79.4. -
?or
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==
•
delia Hyloria.
Porque rezão fechama Tercei Florecerão tambem em diferentes
ra. 248.2. •
10/d.
des, @ Frei. 239.4.
Erão izentos da jurisdiçãofecula ", Quando fê reflaurou em Lisboa:
Çr tinhão os priuilegios de Clerigos. | | 2 $ 2.4.
248. 3. •
=___*____
682 Indice das coufas notautis
Z). Terja Koa, guesfez muitas ºbras rº virtude. 594. 3.
em Santarem.446, 4. 2). 7heodofo, Principe defaudo/a 1776 -
V. º
6o 9.2."(?, c. 61o. 5. •• •
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Ouei
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tos. 63.4. -
Z.
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3o Fr. Zacharias,foi dfipulo a- monios. 86. 2. @rc. •
69. 3. (@rc. -
Obrou muitas marauilhas. 93.1.
Conus flua, g confilianaféuguuer Sua translação, @/pukhra. há.
no com hum (rucifixo. 9 I. 2; 2. (3;
Foi venturofo na fua guardania. V# ScalterD.Sancha In
Ibid, 1. • fanta.
F -I - N I S.
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42. 2.487
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