O co tributo as bibliot cas blicas ara a f ti a o a

mocracia cultural

ui atoso,1 cola uperior e eatro e i ema e cola e omu ica o,

r uitetura, rte e ec olo ia a orma o a i er i a e u o a e
uma i a e e ec olo ia
rui mato o mail com

sumo import cia a biblioteca para a comu i a e locai amplame te

reco eci a a ocie a e, e i a ame te por ue cumprem o pre upo to e um er i o
público e cultura, e por ue e acto e te e uipame to co tribuem para ue e i ta ai a
al uma itali a e cultural o uoti ia o a ci a e e te trabal o prete e e a ali ar o
co tributo a biblioteca pública para a e eti a o a emocracia cultural o mu icípio
portu ue e , um co te to e e ce traliza o e mu icipaliza o a cultura, bem como
propor e trat ia e pr tica culturai tra orma ora ue i em a itali a e cultural urba a
De e e e i ualme te ue o papel a biblioteca pública a ema cipa o a ocie a e
ci il po e er o e a orecer a e pa o a cria o cultural aut oma, critica e plural o
ci a o e a ci a
ala ras c a Democracia cultural, participa o ati a, política culturai , itali a e
cultural, o er a o mu icipal

tro u o bibliot cas mu ici ais ci a s ol ticas culturais

uilo ue a poe ia cumpre em rela o ao po er e izer e a arte em rela o ao e ti o , a política e a
ilo o ia t m e cumprir em rela o ao po er e a ir ambe , 200

Numa época em que assistimos à emergência global de “neofascismos” a par das for as de
ra icaliza o o eoliberali mo, o capitali mo e cat strofe e da aplica o da “doutrina do
c oque” lein se a sociedade politicamente organi ada n o acionar processos de
re emocratiza o a e era pública e a i titui e , po e e tar em cau a, como a i a
Boa e tura e ou a a to 201 , a pr pria obre i cia a emocracia, poi a o a
ditaduras do século “ o surgir sob a forma de democracias de bai ssima intensidade
er o ditaduras que se apresentam como ditamoles ou democraduras”
o ue co cer e mu a a e pa r o o pr prio capitali mo a ua mai rece te
muta o, e i a o a ui como apitali mo o iti o Bouta , 2011 , ob er a e ue e te
o o para i ma promo e, para o al e irracio alme te, corte or ame tai iole to a

e ti a or e outora o em i cia a omu ica o e a ultura, o laborat rio a i er i a e

u o a , i boa embro a uropea ommu icatio e earc a ucatio ociatio
Doce te em re ime prec rio a cola uperior e eatro e i ema e a i er i a e u o a e tre em
Pr tica ulturai para u icípio acul a e e i cia ociai e uma a , i er i a e o a e i boa
2008 , te o a teriorme te realiza o uma P ra ua o em e t o ultural a 200
 orma e pro u o cultural em ue ba eou o eu pr prio e e ol ime to i t rico, i e , o
mo elo e pro u o a arte , a ci cia e a e uca o
o campo a ec olo ia e orma o e omu ica o , o e e ol ime to e
uma ciber tica e i il cia, a ocia a m ui a i eol ica e propa a a, ao co trole
e ma ipula o a co ci cia , um o i ai mai preocupa te o ue co cer e
re ili cia a comu i a e locai , e i a ame te, e re i t cia omi a o imb lica
e ta circu t cia limite ur e rei tituir o po er a ocie a e ci il e a i titui e
pública a re ormula o e uma emocracia e alta i te i a e
co tru o e um pro eto e e e ol ime to uma o para a liber a e carece e uma
aloriza o a cultura popular, a im como o i ce ti o criati i a e e participa o ati a
a popula o política culturai aparecem, porta to, como importa te meio para ome tar
tal e ol ime to a ocie a e com o e e ol ime to e a tra orma o, atra e
proce o e elabora o, elibera o e realiza o plural e pro eto o e ue teme te, o
o er o locai , e em reco ecer ue o ireito culturai o parte i i oci el o
ireito uma o , a umi o ue a liber a e cultural o i i í uo e a comu i a e
co i o e e cial a emocracia
to pre up e a umir claramente que “o desen ol mento n o um estado de n t o
ou uma teleolo ia, em e limita ape a a ati azer ece i a e b ica a comu i a e
o po e o por i o co u ir e merame te com a i eolo ia o cre cime to eco mico, a
ual repre e ta o e a e i cia e uma propa a a crimi o a ue ao lo o a última
ca a , em ez e e e ol ime to, o e eu a e trui o ma i a e eco i tema e e
comu i a e
per peti a cultural o e e ol ime to implica porta to uma o o e
e e ol ime to e e o, para ue o atore ociai po am mu ar e a i pr prio atra
a criati i a e ocial, em ez e co ti uarem pre o a impo i e e ter a , reclama o o
e te ime to e ue a cultura co tituti a a ocie a e, ou e a, ue o ocie a e em
cultura a e i e ai a
1 ma ol t ca cultural do desen ol mento e a cultura como “consc nc a do
e e ol ime to
2 ma política e e e ol ime to a cultura re or o a emocracia e i er i a e
cultural, participa o culturalme te orie ta a i e ti a e aberta e plurai
o ceb la como cria o coleti a, e rupo , e ocie a e , e como proce o lobal
em ue e empe am o a e te ociai e ua to prota o i ta , u eito e o ape a
ob eto a i mica ociai , atra a participa o
De orma a a e urar a ca a um a po ibili a e e co tribuir para a orma o e
i eia e participar a e i i o a op e ue etermi am o uturo eclara o
uro eia obre o ob eti o Culturai , 1 8
e í io a emocracia cultural em e o protela o ca a em Portu al, com
maior e i cia e co tra ime to e cala a o er a o mu icipal, o e a ua
co cretiza o eria mai b ia o mbito e uma certa ur cia ce tra a a re le o
acerca a e trat ia , a política e e pr tica culturai tra orma ora , catali a ora a
itali a e cultural o territ rio , ue prete emo a ali ar o co tributo a biblioteca
pública para a e eti a o a emocracia cultural o mu icípio portu ue e , um co te to
político marca o por uma re o a a o ta e e ce traliza ora 2
a o e 1 8 marca o i ício a i ter e o o ta o a co ce o e uma e e e
Biblioteca u icipai , te o como pre upo to a e i i o e uma política acio al e
eitura Pública oi para o e eito um rupo e trabal o pluri i cipli ar iretame te

2
Publica a a 1 e a o to e 2018, a lei ua ro a tra er cia e compet cia para a autar uia locai e para a
e ti a e i termu icipai ei 0 2018 , em e i ir o ua ro urí ico a e ce traliza o
 epe e te a ecret ria e ta o a ultura, ere a Patrício ou eia, e i a o para
pla i icar a i ter e o o ta o e te etor
co clu e o e tu o oram pla ma a o relat rio Leitura Pública e e e
Biblioteca u ici ai oura, 1 8 , ocume to o e e apre e ta a a propo ta para a
cria o e uma e e acio al e eitura Pública, te o como u i a e b ica o co cel o
propo ta pa ou a co tituir a ba e o Pro ra a e e acio al e Biblioteca u ici ai ,
mai tar e e i a o e e acio al e Biblioteca Pública mo elo e impleme ta o
o re eri o Pro rama u te ta e o co ceito e biblioteca pública e i i o pelo a i e to
a C 1 , ocume to u i er al orie ta or a uilo ue e e te e como e o um
er i o público e biblioteca mu icipai , bem como a política ue e e pre i ir ua
cria o e e e ol ime to
tualme te e i tem em Portu al cerca e 0 biblioteca mu icipai , com al cia
ratuita para o utiliza ore , como, e tre outro , ace o ter et, re ui i o e li ro e
uporte au io i uai import cia a biblioteca para a comu i a e locai
amplame te reco eci a a ocie a e, e i a ame te por ue cumprem o pre upo to e
um er i o público e cultura, e por ue e acto e te e uipame to co tribuem para ue
e i ta ai a al uma itali a e cultural o uoti ia o a ci a e l m i o, a umem um
papel rele a te o combate e i ual a e e e clu o ocial o um er i o ratuito e
u i er al e, por i o, a uirem tamb m o e tatuto e bem comum cultural ao i por e
to o e e to a
e eri o e ao co te to ciber tico proporcio a o pela , ma tamb m ao
para i ma a re e e ao e a io a ocie a e a orma o e e o ecime to, em ue
a biblioteca e t o i eri a al um tempo, er a a i ueire o co i era ue

te o em co ta e ta re po abili a e e a reali a e atual a biblioteca a re e eri icamo ue o

ati imo ai a um í el ati at rio e e e ol ime to o ue re peita utiliza o a a
biblioteca , pri cipalme te a erte te e cria o e i po ibiliza o e er i o e co teú o ao público,
a im como a utiliza o a pote ciali a e a tec olo ia para atualizar o co ceito e re e 200
0

Pa a o 1 a o a publica o e te te to o a er o B D 1, po emo o
i terro ar o ame te obre o e ta o a arte a literacia tec ol ica promo i a pela
biblioteca mu icipai , ua o abemo ue i emo o e imer o em ambie te i itai ,
como pei e um a u rio e ua imb lica , altame te co icio a o por i a te co
po ere multi acio ai ue i lue ciam o ace o ao co teú o i u i o
Porta to, mai o ue o imple ace o pa i o i orma o como ato e rece o, a
pro u o e co ecime to crítico ue o e e i uietar e mobilizar, o co ecime to
como ati i a e, como acr cimo e co tru o e i e o mu o Poi , tamb m abemo ue
o me ia, a tele i o ter et, t m i o implac ei a pro u o e ub eti i a e cei
um mu o u eito ao e ce o e i orma o, o e empe o a biblioteca mu icipai o
a e ciame to e ub eti i a e ema cipa a o po e er ube tima o te pelo co tr rio,
e er ter o prota o i mo ece rio e u icie te para pro ocar, a ocie a e ci il, abitu
a cora o a pro u o e a i u o e mu i i cia alter ati a ao tatu uo
tamb m por i o ue o o e e ati azer a ret rica eoliberal o e te ime to a
ime o cultural urba a como mero i po iti o u cio al e e icaz a pro u o e be e
er i o apto a circular o merca o li re mu iai ime o cultural acima e tu o
um e me o coleti o e i ter ub eti o re ulta te a i cri o, a perce o e o
co ecime to pro uzi o atra o co tacto com o ob eto culturai

ttp biblioteca lab o pt

cil um corpo ue po e er ubmeti o, ue po e er utiliza o, ue po e er tra orma o e aper ei oa o oucault,
1 8 118
 Para ue e cumpra, e e atualize, o pote cial e i ter e o a i titui e pública e
cultura, e te ca o a biblioteca mu icipai , ece i a e e ur cia e e ree uacio ar o
ub trato político em ue e t o e raiza a ue e ui ale a tra ormar o para i ma e
política culturai , em e ti o amplo e ectorial, o rumo a re italiza o cultural a o a
ci a e

a italismo cultural co iti o r olu o l tr ica

i eiro e li ua e t al o e co u ele o o a ae e oa i o e tu o Berar i, 2012
1
ue ca itali a o ca ital o o er e i tico uattari, 1 81 1 1
aze o u o a reco eci a rmula a tr a e o capitali mo e r e t a el, re ric
ame o em, Culture a i a ce Ca ital 1 , e cre e o capitali mo tar io como
e t io e peculati o a e pa o i a ceira, uma e p cie e íru e e ol e o e uma
epidemia lançada pela máquina capitalista, ou seja, pela “descodificação ene ali ada de
flu os, pela deste ito iali ação massi a e pela conju ação de flu os deste ito iali ados
re leti o se na descodificação dos stados pelo capital financei o e pelas d idas p licas
Deleuze e uattari, 1 8 2 2
a i i a e e tre po er e aber, e i e cia a por ic el oucaul 2010 0 , reclama a
o a ate o para a co e o i tima e tre capitali mo e co ecime to po er pro uz
abere , ma tamb m abrica i or cia o a e o rela o e po er em a co titui o e
um campo e aber, em aber ue o upo a e o co titua ao me mo tempo rela e e
po er im, parece o e i e te, ue a i ter er cia pro oca a pela atuai tec olo ia
a e trutura a re e euro al o o o c rebro europo er , e i em o a orma e
re i t cia cultural, a ta o i ta a orma e o er ame tabili a e a cora a o co trole e
ubmi o a ub eti i a e
difusão de uma ce ta “mis ia sim lica a ca ate stica que e na d tie le usa
para e cre er a poca em ue o imb lico co trola o e pro uzi o te o em i ta o
co icio ame to e a ub titui o a e peri cia irecta e ta itua o, a i a tie ler
200 1 , o aba o o o pe ame to político pelo mu o a arte e a cultura, re ultar
uma cat tro e
tre o te rico crítico , e i te a co ic o e ue atualme te o po er omi a te
e erci o me ia te m ui a ue or a izam iretame te o c rebro e o corpo , com o
ob eti o e criar um e ta o e alie a o perma e te, i epe e te o u o a i a
o e e Ca itali o e i tico Berar i, 2010 , e rio e ri e ar t, 2001 ou e
ocie a e e co trole Deleuze, 1 2 , atualizam o co ecime to acerca o meca i mo e
e plora o o telecto eral, eli ea a por ar o ma u crito ru ri e , para

m er at a itali u 1 2 , r e t a el apre e ta tr a e o e e ol ime to capitali ta a 1 a e, o

capitali mo e merca o a orece o cre cime to o capital i u trial uma 2 a e, o capitali mo e mo op lio ue ur e
pela ca a e 1 0 marca o pelo e e ol ime to imperiali ta o merca o i ter acio ai e pela e plora o a e
col ia a ae e i a a como capitali mo tar io, e eri ica e a atuali a e pela e pa o a multi acio ai , pela
lobaliza o o merca o e i te i ica o o lu o i ter acio ai e capital ta última a e co i era a mai
propriame te como uma cri e e repro u o o capital o ue por um o o e t io e e e ol ime to, uma ez ue o
cre cime to o co umo e porta to, a pro u o, tor ar e iam i u te t ei e i o e plora o i te i a e mat ria
prima e e trui o a atureza
a co ceptualiza o e r e aberma , a ac o comu icacio al, caraterí tica o u o a i a Lebe elt , icou
merc a ac o e trat ica e o i tema e omi a o i a iram o u o a i a, amea a o o e colo iza o o atra
a racio ali a e t c ico i trume tal
atureza o co tr i m ui a , em locomoti a , erro ia , tel ra o el trico ,etc te o pro uto a i ú tria
uma a material atural tra orma o em r o a o ta e uma a obre a atureza, ou a participa o uma a a
atureza le o r o o c rebro uma o, cria o pela m o uma a o po er o co ecime to, ob eti a o
e e ol ime to o capital i o i ica em ue me i a o co ecime to ocial eral e tor ou uma or a ireta e pro u o,
e em ue rau, porta to, a co i e o pr prio proce o e i a ocial e t o ob o co trole o i telecto eral e oram
co tatar o mo o como a cria o e capital i o captura e ob eti a o co ecime to ocial, e
com i o a i a ocial em i me ma, e o tra orma em or a e pro u o capitali ta
De acor o com a crítica mar i ta a eco omia bur ue a ar , 1 , o i trume to
e pro u o co titui te a i rae trutura eco mica a ocie a e co icio am a orma
e e i t cia e e co ci cia ocial u e a, o mo o e a rela e e pro u o a
co i e materiai e i a, co icio am o proce o ociai , político e i telectuai e e
e ti o, o a co ci cia ocial ue etermi a a circu t cia i t rica em co creto,
ma o a co i e a pro u o i trume to e rela e ue etermi am a
po ibili a e a co ci cia
De e tre e a co i e , iríamo ue, a atuali a e, o ace o e eraliza o ao o o
e ia, re e i itai e ao computa ore , pote cialme te era or e o o meio e
rela e e pro u o a or ei re or a iza o e co cie cializa o o mo ime to
ociai , e por co e ui te, ao i creme to a i e o a e era pública e o combate ta to
pro u o operacio al o co e o como i rcia ocietal
te bre e pre mbulo mar i ta er e o i tuito e co ocar a e olu o lectr ica
Burrou , 1 , e mo o a po icio armo o a e era o a o i mo ciber tico
co tempor eo re olu o eletr ica po e er a ali a a ob oi pri ma u ame tai
por um la o, o ue co cer e ao a peto t c ico a e e e e e ol ime to a
tec olo ia e por outro, o u o a ua po ibili a e criati a e ub er i a e te
ca o, co i eramo i ualme te i correto, tal como a a u ze ber er, co ceber a
ape a como meio e co umo e me ia o e i orma o, a o ue e em er ti a ,
pri cipalme te, e ua to meio e pro u o cultural

ra a ore e ita, a c mara comu e a c mara e ilmar o e orma e te i a po uí o por

pe oa a alaria a per u ta por ue e e meio e pro u o o aparecem em brica , em e cola ,
nos escritórios da burocracia, em resumo, em todo o lugar onde há conflito social. [… ó um esfor o
coleti o, organi ado, ode demolir esses muros de a el. [ maginam se modelo e comu ica e o
ti o em rede assentes no rinc io da re ersibilidade dos circuitos [… um ornal de massas, escrito e
i tribuí o pelo eu leitore e leitora , uma re e e í eo e rupo politicame te ati o ze ber er,
1 0 2

e i a o gen rica de no as economias resulta, en uanto reterritoriali a o do

capital i a ceiro lutua te o p or i mo, em ub cate oria amplame te i ul a a 8 m
comum, e ta eco omia emer e te apre e tam um o o mo elo e merca o e trabal o
u te ta o a premi a a le ibili a e laboral, trabal o reela ce, iper le ibili a e
co tratual e precariza o e a ociarmo precariza o o proletaria o co iti o
cognitariado in estigadores, rofessores, artistas, … o diminuto financiamento blico s
u i er i a e ou cria o artí tica, importa e t o ue tio ar, ue proce o e ub eti a o
i i i ual e coleti a po em ocorrer o co te to o capitali mo co iti o
epe e teme te a re po ta cabal uela per u ta, o ue parece er i e it el a
te cia para o capitali mo e tor ar um ator e e ci ili a o e e re re o tec ol ica e
i telectual, poi , ao e plorar a e er ia euro p í uica i lui e ati ame te a orma e
i i i ua o coleti a e i i i ual uma a e mai eroz e e truti a como a atual, o e
alie te o ata ue o capital ao co itaria o, ot ria a ub u a o a i e ti a o cie tí ica
l ica lobal a merca oriza o e aturaliza o e uma racio ali a e eco mica
pre a ora

tra orma a e acor o com ele at ue po to o po ere a pro u o ocial oram pro uzi o , o a orma e
co ecime to, ma tamb m como r o ime iato a pr tica ocial, o proce o e i a real arl ar , e ru ri e,
18 8 tra u o o a
8
ub cate oria , tai como co omia o o ecime to, co omia a ultura e a riati i a e ou co omia a
orma o
 o e trata e i terpretar o mu o, a i ou o ar , ma im e tra orm lo
ultitu e ue reú e e or o para combater o rio multi orme, um co u to proli era te
e ca tico e i ulari a e e atore e re e , era or e o tolo ia plurai , muita ela
ai a e co eci a orma a a partir a reticula e e tre o operaria o co iti o e
imaterial, ati i ta e mo ime to ociai , trabal a ore prec rio , e tre outra o tolo ia
e e pera a por a ar e i t cia e po er para a ir o mu o

pote ciali a e e mobiliza o ireta o meio e comu ica o tor am e ai a mai clara ua o
ele o co cie teme te u a o ura te i ub er i o ua pre e a um ator ue aume ta
ime ame te a atureza emo trati a e ual uer ato político ze ber er, 1 0 2

o lo o e te último a o , marca o pela ciber uerra, pelo terrori mo e por política

ecurit ria promotora o ta o e ce o, toma o a ora como para i ma ormal e
o er a o e ca a ez mai caracteriza or o o u o era i e ta o ito
“democráticos”, arti ta e e critore m co trapo o, e orma mai i i i ual ou coleti a,
i er a ac e e re i t cia m 201 , a e u cia a re ela e e ar o e ,
2 e critore , i clui o Pr mio obel, e mai e 80 paí e , la aram uma peti o
e cala mu ial, em e e a a liber a e ci i e co tra a i il cia e etua a por corpora e
e o er o

s mocrati a o sc trali a o a cultura

ta o o e e e empe ar u e ue perte cem ao i i í uo e ocie a e, obretu o ua o e

apropria e ati i a e o para a azer u cio ar mel or, ma para aume tar o eu po er er a e ,
201

om a apro a o a ei ua ro a tra er cia e compet cia para a autar uia locai e

para a e ti a e i termu icipai ei 0 2018 e 1 e a o to , a ime o cultural ica
re uzi a a uma mí era uatro alí ea o rt 1 , e praticame te e pi a e ual uer
e ti o emocr tico e a ua import cia ital para o territ rio b er a e e e lo o a
pobreza em tica o le i la or, e mai rave, o tom “salazarista” lo o, i co titucio al
das ex ress es tilizadas “c xec tar o co trole r vio de es etác los, em como a s a
iscaliza o, a toriza do a s a realiza o a do tal este a revisto”
i eliz ex ress o “ xec tar o co trole r vio de es ectác los” de acto i di a de
um ta o e ireito e emocr tico, uma ez ue em emocracia o permiti o ao ta o,
a ua múltipla i t cia , e ercer o co trole pr io e i iciati a culturai uela
pala ra e or em em e uer t m l ica ou a e o reali a e o atual co te to
a mi i trati o Dec ei 2 201 e 1 e e ereiro, ue apro a o re ime e
u cio ame to o e pet culo e atureza artí tica e e i tala o e i caliza o o
reci to , atra a pe o eral a ti i a e ulturai , co tra iz, e bem, a
li ua em autorit ria er a a o a ti o re ime
m Portu al, a e ce traliza o o e co tra ali raíze pro u a , emel a a o
paí e com um i torial e tra i e autorit ria , por m, e u o a irmam o i toria ore , o
paí po ui uma lo a tra i o mu icipali ta, co a ra a a o titui o a epública
Portu ue a P o ca o em ue t o, e ob er a o o i t rico e altera e a le i la o
relati a e ce traliza o a cultura, ai e per e o o e te ime to e uai o, a i al, a
compet cia a autar uia em mat ria e cultura , a ú ica coi a ue ai cre ce o a ol o
i to a pobreza a me tali a e política cultural ao í el local
Propo ita ame te, ou por i or cia i trí eca, o certo ue, para al m a i o
tec ocr tica e eoliberal aplica a atualme te a mi i tra o a cultura local, o pr prio
Parti o ociali ta ue parece i orar o le a o o ta o erai 1 ec o o ue
co cer e e ce traliza o cultural a apre e ta o a li a pro ram tica para a cultura,
po e ler e

De ce tralizar o e muito mai o ue permitir re i e peri rica um co tacto merame te po tual e

ca uí tico com acti i a e culturai e teriore or a e tamb m i i pe el otar ca a ez mai a
re i e o Paí o meio ece rio co cretiza o e uma i a cultural ue, al a uar a o a
e peci ici a e e ca a ector e acti i a e artí tica, i corpore uma compo e te ca a ez mai i i icati a
e i iciati a pr pria, capaz e co uzir, ta to ua to po í el, a per i culturai i er i ica o e
aut omo

e a ue oi uma a poca mai prolí ica a política culturai em Portu al, com
a uel aria arril o como i i tro a ultura, po í el e co trar oi o etore
u ame tai a e ce traliza o e correlati a mu icipaliza o a cultura Por um la o,
alie ta e ue o u ame tal um proce o e e ce traliza o cultural e t para al m e
promo er o co tacto a popula e com a o erta cultural e i te te – leia e, a
e ce traliza o e e ultrapassar as políti as o a sso a ra o rati a o a ultura
cu o para i ma re i e a ace ibili a e cultura le itima a Por outro, a irma e ue a
e ce traliza o re i e a ece i a e e otar o paí o meio ece rio co cretiza o
e uma i a cultural ue i corpore uma compo e te ca a ez mai i i icati a e i iciati a
pr pria, capaz e co uzir, ta to ua to po í el, a per i culturai i er i ica o e
aut omo u e a, propo ta a e e a e a promo o e me i a em a or e
1 u a a e para i ma, a emocratiza o e ce traliza o a o erta
emocracia cultural pro u o pr pria
2 itali a e cultural e e a o territ rio
i t cia e meio e co i e iri i a pro u o cultural local por
i iciati a pr pria o ci a o e com auto omia
Di er i a e cultural
maioria o autarca e e e ue po e a er e ce traliza o com a e tre a ao
mu icípio o re peti o i a ciame to e elope i a ceiro e e recur o uma o
u icie te pe ar e a rei i ica e i a ceira o autarca erem plau í ei , a u ti a
e ta prete o e e epe er e uma ri oro a a li e a e t o, a e trat ia e a
política culturai o mu icípio o ue re peita ao or ame to para a cultura, abe e ue
a mara u icipai , o eu co u to, i e tem mai o ue o mo ta te i crito para a
cultura o r ame to eral o ta o u rito e 201 ao i a cia e to Público a
ti i a e Culturai , Criati a e e orti a , , i orma ue a mara u icipai
a etaram 2,2 mil e e euro ati i a e culturai e criati a omparati ame te, a
propo ta e r ame to o ta o para 201 , co tou com 21 ,2 mil e e euro para a
cultura
o omí io a biblioteca e a leitura pública, o pro rama a e e acio al e
Biblioteca Pública oi cria o com o ob eti o e otar to o o mu icípio portu ue e e
uma biblioteca, e ao uai compete a ua tutela e e t o Por m, pa a o mai e 0 a o
a i titui o e ta e e, e emo co i erar ue a e ol e te co te tual e alterou
i i icati ame te ocial, tec ol ica e culturalme te , pelo ue ur e re e i ir e trat ia e
re ormular a política cultural para o ector
política e e ce traliza o eri ica a o ector a leitura pública re e e
biblioteca , a i u o a arte o e pet culo ou o mu eu mu icipai , o eraram
automaticame te o a ce trali a e culturai o territ rio acio al
acilme te eri ic el ue a cria o e o a ce trali a e epe e, em ra e
me i a, a e trat ia e a política culturai locai e a i iciati a or a iza a por
e trutura a ociati a , propicia a por o o e uipame to e pro eto ue e tor aram
re er cia o pa orama co tempor eo a o erta cultural
 o e ta to, ai a ue com al uma precau o, comum reco ecer ue a
e ce traliza o co tribuiu, e al um mo o, para o e í io a emocratiza o a cultura
um prop ito u a o o aume to e a e ce traliza o a o erta, bem como a amplia o
o úmero e per il ocial o pratica te culturai o tu o, a precau o a ue alu imo
e e e muito ao problema, obe ame te co eci o o e tu o a ociolo ia a cultura, a
a alia o o re ulta o e e eito a política apo ta a a emocratiza o atra o
aume to e e ce traliza o a o erta cultural

o facto destas não gerarem automaticamente um alargamento social dos p licos alguns dos
i e time to e ectua o o e izeram acompa ar e outro i ualme te i i pe ei para a
aloriza o e mobiliza o a i mica culturai locai , capaze e i ce ti ar a participa o e
popula e me o amiliariza a com a arte e a cultura m muita ci a e e co cel o o e e
realizaram importa te i e time to i ra e truturai o e i te ai a um retor o e uilibra o
relati ame te procura e be e er i o aí era o ome e oure o, 200 12 1

Por um la o, uma política cultural aut r uica o e po e re umir repro u o a

política e etua a e cala acio al, por ua to ao í el o territ rio co creto ue a
condi es de cultura t m de ser cria a , te o em i ta ue a rui o e a pr tica culturai
e e ti am a to a a pe oa , por outro, a uali a e a itali a e cultural o
mu icípio , e mai propriame te a ci a e ue o e e e co cel o, o e re ume
e i t cia e er i o público tutela o pela autar uia
ece i a e e e tra ce er o para i ma a emocratiza o o i i ica aba o ar
o ob eti o i a o pelo i a ciame to público pro u o cultural, ua me ia o e
i u o, ou e uer pro rama o o e uipame to culturai mu icipai te pelo
co tr rio, re uer
m apro u ame to a e trat ia e alar ame to a ba e ocial o público
re u o a barreira e a amplia o a co i e e ace o o erta cultural
i er i ica o o mo o e rece o e e apropria o a arte e a cultura
orma o e o o público para a cultura
e acraliza o a orma e cultura culti a a eru ita , apro ima o a a
popula e e o eu uoti ia o
i clu o e o a e pre e culturai e artí tica
alar ame to o u i er o o cria ore culturai e a e acraliza o o crit rio e
ierar uiza o a pro u o i telectual e artí tica
conceito de rede aplicado aos e uipamentos culturais s cidades e a outras
e ti a e , em e o ca a ez mai utiliza o em e trat ia e a o coleti a a po emo
ue tio ar, a circu t cia ue caraterizam a comple i a e a ocie a e
co tempor ea , e e ta o a a a e re e cumpre a u o e erem era ora e
comu i a e i terpretati a e e pratica te culturai , o eu territ rio e i lu cia o
e te ime to e uiz o terbee ,

or e ame to o territ rio e e pri ile iar me o a re e e e uipame to e mai a re e e i tere e

i terpe oai , co cita o a participa o a pe oa em proce o e ci a a ia ati a te emo ue tal
participa o po er er co ui ta a a me i a em ue ocorra uma real tra er cia e po er para e a
pe oa al o i i ica ue o e uipame to o o ece rio o uma b ia pr co i o , ma
ape a ue a te e pro ectar e uipame to e e pa o ue pro ramar, e orma participa a e com ba e
em a li e pro pecti a , re e e i tere e e te ua ro, e e cial e tar ate to o a i mica
locai e cria o e o a ce trali a e , ue em muito ca o ema ar o e uipame to poli ale te
e ti icar o rupo uma o e ol i o , i e ti icar o eu territ rio e e cutar o eu i tere e a
ba e e um ual uer or e ame to e icie te, tamb m o pla o cultural 200

a o a co tempora ei a e ciber tica, o e praticame te to o o i i í uo ,

i titui e e ob eto e e co tram co ecta o uma i a te ca re e e cala lobal ter et
 a Coi a ), o conceito operativo de “rede torna e e acto para o al i emo o e
imer o uma i i i a e e re e e re e e re e , uma e p cie e i e e ab e
reticular
problema e tu a o por Bru o atour , em uma, o a carto ra ia o a e ciame to
coleti o ou a articula o e tre múltiplo eleme to em i tera o e o mo o como a rela e
e mo ulam ob e eito a a e la a a a ca a mome to a re e e te co te to, o atore
e a ua a e o i to como i ter epe e te e o como u i a e i epe e te e
aut oma e ate ermo ua o o e ctor et or , eri icamo ue o e i te
icoto ia “onto ica entre ator n da rede) e a cone e li ue o corpo re e em
i me ma, poi o oi eleme to re ertí ei 2011 800
o mbito a política e e ce traliza o e mu icipaliza o a cultura, a Dire o
eral o i ro, r ui o e Biblioteca D B , tri ta e oi a o epoi a cria o a
e e acio al e Biblioteca Pública , tem i o a i ce ti ar o mu icípio a criarem re e
i termu icipai e tre biblioteca 1 co tro a e e termu icipai e Biblioteca
Pública ocorreu o pa a o ia e u o e 2018, em eia, e e e e t o multiplicam e
o e or o i a o e e ol er uma e trat ia e cria o e re e i termu icipai e
biblioteca pública
o u i amo a obreza a i te e ue moti am a cria o e ta o a tipolo ia e
re e e biblioteca e cala i termu icipal, at por ue, em termo ob eti o , a cria o a
e e acio al oi ba ta te bem uce i a, e a compararmo com a e outro e uipame to
mu icipai , e i a ame te com a e e Portu ue a e u eu , co tituí a o a o 2000,
ma cu a e i t cia e eti a tem co eci o i er o co tratempo e i ati i a e ao lo o
e te a o ua to ao teatro mu icipai , a compara o impo í el, uma ez ue e ta
re e ai a o oi e uer al o e apro a o em e e parlame tar, ape ar o i er o
pro eto e lei apre e ta o
re ili cia a re e e biblioteca i al e uma ati i a e e trutura te e e trutura a
o a e te li a o ao ector a leitura pública, ma tamb m pelo moti o e ter i o um
pro rama bem u ame ta o e e o i ício o tu o, como pu emo eri icar o capítulo
a terior, o co te to cultural a co tempora ei a e apre e ta caraterí tica muito i er a
a uela ue marca am o ace o ao co ecime to a ca a a teriore Por m, o e, o
ba ta a irmar ue o ace o ratuito ter et e i tala a a biblioteca a orece a
emocratiza o o co ecime to e a literacia, por ue e e ace o e t e e lo o
co icio a o pelo pr prio u cio ame to a re e i itai , a plata orma e a
i rae trutura t c ica e eco mica ue a uporta
i tema eco mico mol am a re e ue ele me mo criam e, me i a ue a
re e e tor am mai i te ra te a i a uoti ia a, o, por ua ez, mol a a pela or a
o capital Da ui po emo co cluir ue o e me o a re e o eutro, em ue e t
i e to o i tere e em o o a ca a mome to
i t ria a ter et ilu tra como e e proce o e e e rolou ter et come ou
como uma re e ue i corpora a a rela e o tipo eer to eer uma re e ue li a a oi
ou mai utiliza ore atra o e ere o irtuai o i po iti o
i orm tico , em a me ia o e motore e pe ui a ou e ambie te pr ormata o como
o e o ca o o aceboo ou e outra plata orma imilare o e ta to ela oi e o
re ormula a pela eco omia capitali ta em pro eito e uma topolo ia clie te er i or
i e icie te e o li re, ori i a o uma e p cie e arma il a i a te ca o e o utiliza ore
o apri io a o para i e mar eti e propa a a i eol ica li , curio o pe armo
na ideia de “rede te e tica) co o et ora da rede ada na pe ca o na ca a, poi

ttp ba pt oticia 2018 0 2 1o e co tro e re e i termu icipai e biblioteca publica e u o em eia

amba er em para capturar um ca o capturam e a imai , o outro captura e a ate o e
a emo e o utiliza ore
e prete emo co tribuir para a re le o em tor o e um er i o público e cultura
u ame tal para a liber a e o ci a o e para o e e ol ime to o pe ame to crítico e
a criati i a e, e emo ue tio ar o acerca o ue e am er o e a pr tica e literacia,
abe o e a tem o ue o e e ol ime to tec ol ico alterou ub ta cialme te o
para i ma co iti o e o mo o e a e ciame to ele eri a o
m í te e, o campo a literacia co iti a e i ual com um o o orizo te p
imb lico ue o co ro tamo o o o uoti ia o ciber tico ma tec oe era o e
proli eram i a e o eracio ai , a uai o o pro uzi a para o ol ar uma o, como
at a ui ti am i o a ima e t c ica co e cio ai pro uzi a para i cie tí ico ,
e t tico , e ucati o ou e e tretime to u e a, em ez e imple me te repre e tar a
coi a o mu o, a m ui a e i o i io ac i e e a ua ima e come aram a
e e ar a e o mu o, i e , operam a e ciame to o uma o e impercetí ei , com
e eito a i a ocial ato o, 201
De te mo o, a ue t o ue o colocamo , a e aber e a e trat ia para a cria o e
re e i termu icipai para a biblioteca pública , co tem, para al m o ob eti o
i trume tai e u cio ai i trí eco re e i i o a tipolo ia or a izacio al, um re o a o
po icio ame to ue po ibilite biblioteca mu icipai um o o ul or a ua u o e
er i o público cultural um co te to marca o pela tra muta o o e ia i itai e o eu
impacto a rui o e a cria o cultural como ireito co titucio alme te co a ra o
e te a peto, ur e aber, e i cutir, e a rei titui o a biblioteca como motore
ulcrai a emocracia cultural ape a re ulta o e uma racio ali a e política u a a em
re ui ito e e ic cia co orme ao mo elo a pre ta o e er i o público , ou e ra ica
um outro para i ma e tra orma o a política culturai , ou e a, e uma o a era o
e política culturai tra orma ora ato o, 201

ur cia a mocracia cultural

e ta relati ame te cre ce te i ibili a e o cultural, o c e ou a re po er uma política cultural ue,

e mo o articula o e i tem tico, acompa a e e e timula e a mu a a emer e te a ocie a e ci il
a to , 200 11

i a urba a up e ue aco te am e co tro , co ro to e i ere a , co ecime to e reco ecime to

recíproco em ue e i clui o combate i eol ico e político o mo o e i er, atter ue coe i tem
a ci a e e b re, 2012 28

Dia te e um c lobalme te turbule to, e em ocie a e altame te comple a e e

ri co como a uela em ue i emo , ur e a ece i a e e ol ar para a i t ria, como
u ere a pi tura e Paul lee elu o u , para mel or o co ro tarmo com o uturo
, e e mo o, oltar a iri ir a o a ate o para o co trato ocial ue a ocie a e ci il o
po o obera o pla mou a o titui o a epública Portu ue a P , em 1
alar o e e emocracia ua e como alar e uma mira em o e erto i taura o pelo
populi mo e pela re ur cia e o er o eo a ci ta um pouco por to o o pla eta a
uropa, o Bra il, a ia ou o ta o i o , o e o eleita i ura ob cura ue
me ram a ce a política mo i a pelo io ao ireito uma o e i er i a e
ociocultural ta o a ree car a e o totalitari mo m ome ta o um e ta o e
uerra perma e te, e um a ta o i mo b lico co tr rio co i o e uma política
emocr tica
ue t o u ame tal aber e o io emocracia a ci re, 200 e co e ue
perpetuar atra a lei , o i trume to e a i titui e a emocracia ormal, ob a
 uai e e erce o po er u, e pelo co tr rio, a luta co tra e a apar cia e emocracia e
transforma na via de construção de uma democracia “real”, uma democracia onde a liberdade
e a i ual a e o e tariam ome te repre e ta a a i titui e a lei e o ta o, ma
e car a a a orma a i a material e a e peri cia e í el
a o a atuali a e p política, em ue o i cur o omi a te te ta ob truir a pr pria
po ibili a e e uma alter ati a or em i taura a, to a a pr tica ue po am co tribuir
para a ub er o e a e e tabiliza o o co e o eoliberal e em ico o bem i a
ou e, 201
e a ali armo corretame te o e tabeleci o o o o Direito o titucio al ultural,
tor a e e i e te ue um ta o e ireito, o ue l e compete a ara tia a liber a e
cultural e a prote o o ireito u ame tai cultura De mo o abre ia o e ob eti o,
iríamo ue a P e tabelece e plicitame te ue o ta o o er o e autar uia , o po e
i correr a te ta e totalit ria e i trume taliza o a cultura e a pro rama o
cultural 10
emocracia, ao co tr rio a emocratiza o, i i ica emocratizar e ocializar o
meio e pro u o, i tribuir recur o , criar co i e para ue o i er o rupo ociai
co truam a ua pr tica culturai em liber a e e o um ara te o ta o
emocr tico e e ireito, a P o o ú ico i trume to urí ico e protec o a
liber a e e o ireito culturai e cala i ter acio al e europeia outro i trume to
e i tem, tai como
1 Declara o i er al o Direito uma o
2 Pacto ter acio al obre o Direito i i e Político
Pacto ter acio al o Direito co mico , ociai e ulturai
arta o Direito u ame tai a i o uropeia
Declara o e ribur o obre o Direito ulturai

e a raz o e er e uma política emocr tica a liber a e, e o eu campo e

experiência é a ação, é também porque “a pol tica baseia e o acto a plurali a e uma a
ocupa e a coe i t cia e a a ociação de omens diferentes” arendt,

o e po e izer ue a ocie a e, como uer ue e apre e te, e a li re ocie a e, o m imo, po e

tornar a liberdade poss vel e a “liberdade de” si nifica ausência de coerção, a “liberdade para” tra uz a
po ibili a e e autorrealiza o em co creta co i e e i te ciai liber a e e i te ape a o e a
pe oa apro eitam a oportu i a e para a autorrealiza o ú ica u o a política, como re ula ora o
co te to, co i te em remo er e abolir to a a coer e a liber a e, ei a o ao i i í uo a
po ibili a e e clu i a a autorrealiza o er a e , 201 1

m ocie a e upo tame te emocr tica como a portu ue a, alutar e e e el ue

a pr tica culturai co te am i tri ecame te um “elemento de confrontação
i e ita elme te crítico o tatu uo e da totalidade das suas instituiç es” dorno,
, incluindo as formas de “culturas alternativas”, “contra culturas” e “sub culturas”
a per peti a i orma a o co titucio ali ta portu ue e , a mo er a co titui e
o ta o emocr tico e e ireito implicam a ara tia a liber a e cultural, plurali mo e
divisão de poderes, de acordo com o paradi ma da “cultura aberta” para uma “sociedade
aberta”, o que obri a o stado, na ua mai i er a e cala e i titui e , a co i erar
ta to a po i e omi a te com a mi orit ria o e ue teme te, i a mi í el
co u ir se “ stado de ultura” com “ ultura de stado”, pois, “não cabe aos poderes
público a a ma i e ta o e “ ostos” estéticos ou de preferências culturais, antes compete a

10
P rti o iber a e e apre er e e i ar 1 ara ti a a liber a e e apre er e e i ar 2 ta o o
po e pro ramar a e uca o e a cultura e u o uai uer irectrize ilo ica , e t tica , política , i eol ica ou
reli io a
a o o e política e cultura aberta e plurai – a a pro lo, l e t a proibi o o po ere
públicos de “programar” a cultura “segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas,
políticas, ideológicas ou religiosas” (Artº 4 º, nº da ” il a, 200 0 ta orma
onstitucional é absolutamente clara no sentido de afirmar que um protagonismo da “cultura
estadual”, i e , mediatizada pelo stado, é de facto inconstitucional oda ia, como e po e
acilme te co tatar, e i tem e ti a e com pe o e re po abili a e acre ci a o campo
cultural que preconizam e atribuem prémios de “mel or programa o aut rquica” ( ociedade
Portu ue a e utore 11
reali a e mo tra o , e orma clara e e idente, que a “administra o cultural”
i tala a o mu icípio re ala, e orma tra er al, para uma ocupa o abu i a a e era
pública cultural, promo e o mo ocultura e e trete ime to e e lazer, com ra a e mai
ou me o o i tica a ou co tempor ea , a uai alie tam a co cretiza o e um
“pun ado de ac es espectaculares ( a i et circe e com orte impacto me i tico, ma e
cariz efémero, sem efeitos de meio transformadores” ( opes,
o mbito a política culturai em Portu al e a uali a e emocr tica a o er cia
mu icipal, o uce i o e tu o o e acto pouco a ima ore , ma te o e pate te a
reprodu o dos cios da “bai a pol tica” e amos o que dizem alguns in estigadores

1 lie teli mo orre e empre o ri co e a i ter e o o ta o e ta rea implicar,

tal como o mece ato pri a o, a cria o e clie tela e e prope e ao carreiri mo,
ra eme te i compatí ei com a i epe cia crítica ue, u tame te, e ul a
a ta o o ome tar Pi to, 1 la o e tre o eleito e a a ocia e ,
coleti i a e e outro a e te culturai e, um co te to orteme te pre i e ciali ta
e epe e te e re e relacio ai il a, 200 2 pe oaliza o o po er ace tua
e, a i o o eleito em u o e l ica cari m tico ema ica , clie telare e
parti ria e pre alece o, por i o, uma i o pater ali ta a to , 1 8 1 8
2 o e uali mo oca o i tere e co cel io upo tame te e i e te e, porta to,
imu e i er cia e opi i o, o e ecuti o te e a e politizar a ac o camar ria,
apre e ta o a como uma e p cie e ema a o ece ria a o ta e comu it ria
il a, 200 18 ue obre ai a re uzi a capaci a e a ac o cultural
aut r uica para erar i ere cia o i eol ica e, porta to, i e ti ica o política, o
e ti o orte a pala ra, i to , como um co u to e op e , ob eti o e proce o
ue e i ti ue e co ro ta com co u to alter ati o il a, 200 2
Pre i e ciali mo i tema e o er o e pe or pre i e ciali ta e em ue a maioria
tem ra e capaci a e e coopta o a opo i e il a, Babo e uerra, 201 112
co ere um po er re or a o ao pre i e te e c mara a co tru o e e t o a re e
sociais e na defini o de finalidades e procedimentos ( a ac o pol tica local
muito per o aliza a a i ura o pre i e te e c mara il a, 200 2 o actore
locai o mai receptore o ue orma ore e política il a, 200 2
o ti mo cultural local uma pro u cia a e co tí ua a e o i e time to a obra
í ica e na obra f sica de média e grande dimens o, o “equipamento cultural”
pro eita o o ace o a u o acio ai ou europeu e me mo e ia o para aí
al u o recur o pr prio o or ame to mu icipal il a, 200 22

uma poca marca a por i úmera amea a ao bem e tar a popula e , po er e ia

e pa ir a realiza o e pro eto culturai i rupti o , ue i terro a em a reali a e e a
co i e e i a e i te te , atra e uma pro rama o cultural irre ere te, em ez a
mo to a apre e ta o e uma a e a e e e to ao i e ema a, como e a rui o

11 ttp pautore pt e ta ue premio autore 2018 omea o

cultural e ti e e co icio a a pelo ritmo impo to pelo capitali mo ao ci a o em eral
a co ce o a itali a e cultural ue a ui e e emo , ot ria a ur cia e mu ar o
pa r o or ame tal a cultura para uma co i cia cultural uoti ia a o e ti o mai
amplo, e o ape a o e ti o artí tico ou patrimo ial o ectore le itima o pelo ta o
atra a re peti a política e i trume to ectoriai
oi , e mo o a co trariar a eutraliza o a i er i a e o campo cultural, a P
bem e plícita o ue e re ere ao e í io a emocracia participati a, i a o a realiza o
a emocracia eco mica, ocial e cultural o o t m ireito rui o e cria o cultural 12
Por e tura a er uem prete a elimi ar a co u o a iti a com a cria o pro u o e
cultura, tal ez por ue e i a uma maior cumplici a e com a emocracia, o irecio ar o
meio e o er i o mu icipai e cultura para a e i t cia ple a e co i e e cria o e
pro u o cultural em lar a e cala
De acor o com um e tu o o pelouro a cultura em mara u icipai a e i o o
orte, realiza o por o abral erreira 2001 , a maior parte a mara o t m
e e a o para a cultura um pro rama político ue i e uma e trat ia a er pro e ui a e
acor o com o ob eti o o ector cultural e e i te ra a e trutura política lobal, e a uilo
que existe é “normalmente uma lista de objetos, em busca de investimentos orientados ara
coisas
ma política cultural democr tica n o trata a enas de “satis a er necessidades dos
co umi ore culturai rui o , ma tem, obri at ria e o titucio alme te, e e timular a
co i e ece ria para ue o ci a o po am criar e erir a ua pr pria pr tica ,
ece i a e e e e o culturai , o co te to co creto a ua i a De outro mo o, po er
e ia ironi ar, a irmando, que o direito de rui o cultural é “democr tico , enquanto o direito
de cria o seria “aristocr tico ilva,
Do me mo mo o, o cabe ao ta o, em ao Direito, eci ir uem ou o arti ta, e
muito me o o ue ou o cultura ireito u ame tal cultura e e er e te i o
como “ roibi o de de ini o , que im ede o stado de im or como certas, verdadeiras e
boa a ua co ce e obre arte e cultura
e o i cumb cia o ta o proce er e i i o e ultura, a ua mi o e e
ocar se na cria o de mecanismos “ rocedimentais ara que os “con litos culturais ossam
ter lu ar im, po emo acilme te e te er, ue o ireito u ame tai cultura,
po uem uma ime o pro peti a ou pro ram tica, ue obri a o po ere público a actuar
e orma co ti ua a e perma e te cultura, e ua to ime o a política pública, e e
e t o er e te i a como capaci a e ati a e ci a a ia, ou e a, como co u to e
errame ta imb lica e co ceptuai ue o membro e uma comu i a e ece itam para
li ar com a reali a e i u a o mu o co tempor eo e para elaborar o a e trat ia e
i a coleti a
o ocabul rio urí ico, e te e e ue o e tatuto co titucio al o i i í uo o
omí io cultural tatu acti u culturali o po e co ti uar a er merame te
e li e cia o ireito e ati o , ma implica a ece i a e e i ter e o e plícita ireito
po iti o o po ere público para a realiza o ple a a ci a a ia cultural, a ual co i te
primor ialme te o reco ecime to a participa o a pe oa a e i i o e política
pública e cultura tatu acti u roce uali culturali il a, 200
o e ue teme te, a erra eira i ali a e e uma política cultural a e e ri uecer o
u i er o e po ibili a e aberta pr tica culturai o ci a o , i ter i o obre a
co i e ue e truturam e a me ma pr tica

o i e e pro u o e cria o cultural em e ti o amplo

1 P rti o 8 rui o e cria o cultural

 • o i e e co er a o, pre er a o e aloriza o o patrim io cultural material e
imaterial
• o i e para a aloriza o a pro u o plural o co ecime to e a
ub eti i a e
• o i e e ace ibili a e u i er al ao er i o e be culturai , e o e te ime to
político a cultura como bem comum
• o i e e rui o a arte e o e uipame to culturai em i ere te mo ali a e
e i te i a e
• o i e e participa o ati a o ci a o o ee o a política pública como
imperati o cí ico cate rico

o a ureira Pi to, a ume uma po i o i tica, e e e o ue ao ta o cabe o

papel i ub tituí el, e bem ue o e clu i o, a promo o e e pa o e auto omia para a
pro u o i telectual e artí tica, ma imulta eame te a e i cia i trí eca e auto limita o
o eu po er, cria o e a im or a iza e i epe e te a a mi i tra o pública, a
uai e e am e impleme tam pro rama político e orma i ualit ria e tra pare te
Pi to, 1
e o a democracia cultural considerada como uma “política cultural de terceira
geração” ( opes articulada em torno do direito cultura e da “digni icação da
i a ocial, política e o tol ica e to a a li ua e e orma e e pre o cultural e a
a ertura de report rios e de campos possí eis” ( , tor a e um po ero o i trume to
e re er o a i rcia i ibi ora e uma participa o mai or a iza a e prolí ica a i a
ocial
De acor o com Pier ui i acco 2011 , a import cia e trat ica a participa o
cultural ati a o co te to a ua o o e Cultura i trí eca e pa o ma i a o
rupo e pro utore culturai De te mo o tor a e ca a ez mai i ícil i ti uir e tre
pro utore e co umi ore culturai , poi uma ue t o e permuta e pap i ociai ue
ca a i i í uo a ume o eu uoti ia o caracterí tica u ame tal a Cultura ,
porta to, a tra orma o o público ue ai a a re er cia a a e cl ica a i ú tria
cultural em pratica te, e i i o a im um o o, i u o e ca a ez mai múltiplo co ceito
e autoria e e proprie a e i telectual ace o a o a e peri cia e t tica e culturai
um e a io e um i ce ti o para ue o i i í uo e e ol am a capaci a e criati a a
a imila o e ma ipula o o co teú o culturai a ue o e o e po to im, o e
trata ome te e ou ir mú ica, ma e tocar e compor em ape a e ler te to , ma e o
e cre er, e a im por ia te
o co te to e uma e trat ia mai coere te e abra e te e coor e a o i tem tica e
to o o e eito i ireto a pro u o e a participa o cultural, eria perti e te orie tar
pro eto e re italiza o cultural com uma abor a em proati a e participa a, ue promo am
e e e ol am a compet cia locai , o meio criati o e o recur o e e o , ao i
e e co ce trar em orma e e trete ime to i trume tai e i aut tica para be e ício a
suposta competiti idade territorial e das “classes criati as” tam m a partir desta isão ue
a e a a Cultura 21 e cora a a ci a e a elaborar e trat ia culturai a lo o
prazo e co i a o i tema cultural a i lue ciar o pri cipai i trume to e pla eame to
urba o
O a l as bibliot cas blicas a ma ci a o a soci a ci il

ci a e e um mu o mel or co truí lo emo , o ci a o cabou e a ubmi o o i Pui ,

200

a e i a a ocie a e a i orma o e o co ecime to, e o capitali mo co iti o,

emi tico ou cultural, o er i o público e cultura e empe am um papel u ame tal a
re i t cia emi tica, ma tamb m o a e ciame to coleti o, crítico e criati o
i titui e pública e i te te carecem er reco i ura a e mo o a ati azer
o o a eio populare , poi , a ca a a e e e e ol ime to a emocracia e e
corre po er a ua pr pria orma e or a iza o pr tica co tra e em ica , e em
particular a pr tica artí tica , t m uma rela o ece ria com a política, por ue, ou
co tribuem para a repro u o o co e o operacio al ue cri taliza uma etermi a a
e emo ia, ou o e e tabilizam
ece rio e u to alie tar ue múltiplo atore ociai , o campo aca mico ao
artí tico, m ebate o e publicita o e e muito, a ece i a e e e etuar
tra orma e o para i ma ue re em a o er cia mu icipal e cultura m uma,
iríamo i e ticame te ue o corre po e er a e ue e po am imputar
re po abili a e relati a e ta a o a política culturai o uoti ia o a o a
ci a e , a uma ipot tica i rcia o pro utore e co ecime to ocial 1
co ecime to pro uzi o, o ebate e a re peti a opi i e e co tram e
amplame te i ul a o e ace í ei a ual uer eci or político ou t c ico a a mi i tra o
pública o o, o re ta co cluir ue a i capaci a e para li ar com a ime o
participati a, i tem tica e re ular, a e t o e trat ica e emocr tica a ci a e , tem
le a o per i t cia e um co e o operacio al pro uzi o e co trola o pela i t cia
e po er político, me i tico ou i titucio al , a orece o a repro u o a e i ual a e e
alime ta o a i rcia o mu o ocial
omo repercu o, a e cala territorial mai apta i terati i a e ociocultural o
territ rio local , tra orma e paulati ame te em era ora e acumula ora e al eame to e
pa i i a e e tre ci a o i ter a i i a e i i í uo e o coleti o a ci a e
percecio am e a im como mero utiliza ore e um er i o pro to a co umir, re uzi o
ao mí imo o i e time to a co tru o e rela e ociai crítica , plurai , aut oma ,
i o a te e criati a
um co te to mu icipal marca o pela rita te au cia e política culturai ue
promo am a emocracia e a ci a a ia cultural, al o o ro a e ce e , a er ua
te cia mai e i e te para li ar com a circu t cia e u o a tal ou e 201 ,
a per u ta u ame tal e ta e em a pr tica culturai crítica e tar e ol i a com a
actuai i titui e , com o ob eti o e tra orm la , ou e em aba o la por completo
ma a re po ta , com ba ta te i lu cia o meio cultural e pe or mai
auto omi ta, e e e uma e trat ia e retira a a i titui e , ale a o ue a i titui e
o mu o a cultura e tor aram cúmplice o i tema i e te, e ue o po em or ecer
um e pa o para a i er i a e e para a crítica ta e trat ia e o o em te o i ere te
er e , e acor o com a orma como o uturo per peti a o, ma to a ela a irmam ue a
e trutura tra icio ai e po er or a iza a em tor o o ta o e a emocracia
repre e tati a tor aram e irrele a te e ue o e aparecer pro re i ame te
a tal ou e 201 , a e teira a ilo o ia política e e ol i a com r e to aclau
1 8 , e e e ue, em opo i o ia o o o, a pr tica artí tica e culturai o a uela
ue, e ria orma , ai a e empe am um papel o proce o e

1
i e, e tre outro abral 2001 ibeiro 200 e te e 200
 e articula o rearticula o ue caracteriza a política co tra e em ica ta pr tica
prete em ati ir a i titui e ue petri icam a e emo ia omi a te, a im e pro ocar
tra orma e emocr tica pro u a a orma como ela u cio am im, e e e e
ue a pr tica culturai crítica o co tribuem para a luta co tra e em ica aba o a o
o terre o i titucio al, ma ape a e ol e o e ele com o ob eti o e ome tar a
i e o e criar uma multiplici a e e e pa o a o í tico , o e o co e o omi a te
e a ia o e o e o o mo o e i e ti ica o o i po ibiliza o
o ector artí tico, eri ica e ue a múltipla pr tica e ati i mo arti i o po em
er i ta como um mo ime to co tra e em ico, co tr ria apropria o capitali ta a
e t tica a im e ara tir o eu proce o e aloriza o o merca o a arte a ua
múltipla ma i e ta e , o arti i o po e certame te a u ar a ub erter o e o comum p
político, e ome tar a cria o e o a me tali a e
correla o e i te te e tre política e pr tica e clareci a por ac ue a ci re
(2005: 13) através do conceito de “partilha do sensível” desi nada ente se nos re erir os
pro imi a e e tre pr ticas estéticas e pr ticas políticas co o “ odo de artic la o entre
ma eira e azer, orma e i ibili a e e a ma eira e azer e mo o e pe abili a e
das s as rela es i plicando a deter inada ideia da e etividade do pensa ento”
a ase da política ainda se ndo anciére (2005: 1 ) reside a “estética” e n o
e e er a ui e te i a o e ti o e uma captura per er a a política por uma o ta e e
a er arte política “oc pa e o ue e e o ue e po e izer obre o ue i to, e
uem tem compet cia para er e uali a e para izer, a proprie a e o e pa o e o
possíveis do te po” portanto esta partilha do sensível (do visível e do di ível) e re ne
política e pr tica um me mo co ti uu a pro u o e um re ime tico o i er em
comum
co tributo a biblioteca pública para a ema cipa o a ocie a e ci il, a e e a e
apro u ame to a emocracia cultural, tal como o e ual uer outro e uipame to,
i titui o ou er i o público e cultura, po e er o e a orecer a ocie a e ci il a
e pa o a pr tica culturai aut oma , critica e plurai o ci a o , i i i ualme te
co i era o ou or a iza o em rupo ue partil am i tere e comu
biblioteca e cumprir o e ua to meio culturai ao er i o o e e ol ime to
uma o e ua to liber a e e , 200 , e orem i ualme te catali a ora a itali a e
cultural o territ rio biblioteca o t m e er ub er ie te a e uma tutela
a mi i trati a, e muito me o ub u a a por l ica co e uai e i trume tai o
aparel o parti rio ue omi am a autar uia biblioteca , e ua to i titui e
pública , o meio ao er i o o obera o o po o , i a o, a parte ue l e compete, a
“reali a o da de ocracia econ ica social e cultural e o apro u ame to a emocracia
participati a P, rti o 2
li , o pe amo er a e ua o, a o a co tempora ei a e atra e a a pelo
para i ma a re e e o eco i tema , a i ter epe cia, a i ter i cipli ari a e ou a
ibri a o, ol ar para o e uipame to culturai como e pa o mo o i cipli are , ou e uer
e pa o ec a o obre i me mo mu eu apre e ta ci ema e co certo e tro e i e a
rua, o teatro palco para a ci cia e o ebate ilo ico e a biblioteca po em cruzar e com
to a a ati i a e uma a im, a Biblioteca e e a umir e como ce tro e r l ico e
e er tico a api cia em to a a ua erte te , a tica e t tica e política e e i te
i titui o ocial e uma a ue e a e tar ao perma e te er i o a emocracia e a
ocie a e ci il, a biblioteca e e e ti o, o e íamo e uecer o a i o e o a, e at
tal ez me mo tor lo um a io popular o o o a ra o ro u o tro
pe ar a ima i a o e a criati i a e ar azo a uma ime a pa plia e a e e
pro eto , i e ti icamo , e e , al uma i eia ue po am u cio ar como e trat ia e
i amiza o ociocultural o mu icípio , atra a biblioteca
 ria o e e tro e Docume ta o e e ti a o e e e o ecime to ocal,
em parceria com e ti a e culturai ue e e ol am i e ti a o o mai i er o
mbito o co ecime to
De e ol ime to e ati i a e promotora a literacia i ual, i ital e tec ol ica
ima em, computa o, re e , tec olo ia , etc
a orecer e acol er a i iciati a ci a , e i a ame te propo ta e pro rama o
e e e e ol ime to e pro eto compleme tare rea e i ter e o a
biblioteca
ce ti ar – or ece o meio e recur o lo í tico – a realiza o e ati i a e
“alternativas” de prod o e co ecime to crítico ici a , laborat rio , cria o e
i u o e a zi e publica e o it our el , co cur o liter rio , abertura e
ca i atura pública e tra pare te , ciclo e ci ema, re i cia artí tica e
culturai ue promo am cruzame to i cipli are , clube e leitura aut omo ,
e co tro liter rio , e e e oetr la , leitura e ce a a, ra a o e pro eto
o oro e au io i uai , etc
Di amizar o e pa o público urba o co or a izar eira o li ro e e publica e
pul eriza a pelo bairro , biblioteca e rua para troca ireta e li ro , colaborar e
i ce ti ar pro eto com outra arte per ormati a , i uai , ar uitetura e mera, o
e pa o público

o li ro, Co er aci co a uel Bor a illel p ito, 201 , eri icamo como a
pr tica artí tica promo i a ao lo o a última ca a ob a e i a o e Crítica
titucio al, e tor aram útei a co tru o o pe ame to e a a o crítica o
ue tio ame to a obe i cia ab oluta e a ubmi o o u eito orma autorit ria e
overna o nda ental na ideia de “pr ti as instit intes” a on ronta o o o
“de o ratis o” e por lado representa o dispositivo lo al de an ten o de
mo op lio e po er político, militar, i a ceiro ob uma apar cia uper icial me i tica
e emocracia ca a ez mai e po ta a ua er a eira i te e e omi a o e
co trole, e, por outro, e t i corpora o a o a e trutura e pe ame to i i i uai e
coleti a rata e porta to e abrir e pa o e crítica e cria o, mome to co titui te a
emocracia u ame tal, lo o, a emocratiza o e to o o campo , a ecolo ia,
eco omia, política, arte, etc a pala ra e Bor a illel, re eri o e ao B
1
p ito, 201 10

mu eu ti a ue i terpelar to a a e te e er i terpela o por ela, ati la ue t o era porta to como

otar e a cia a ci a a ia, o erecer l e mai errame ta para colocar em pr tica a ua capaci a e
política atra a i titui o , por ua ez, a i titui o, ao implicar e um proce o i titui te, iria
e o mo i ica a ao ei ar e a etar por e te tipo e i tera e

1 ttp macba cat e i icio

 otas com l m tar s casos ro tos ara i m ticos
Para i alizar, o taríamo ai a e me cio ar al u pro eto ue e ituam o cruzame to
e tre a arte , a cultura e a ci a e, o uai , e i er o mo o , remetem para a leitura e a
literacia, bem como para a emocracia cultural e a ema cipa o a ocie a e ci il

ramsci o um t
mo ume to1 e ica o ao il o o to io ram ci o uarto e último a rie e
mo ume to e oma ir c or e ica o a ra e e critore e pe a ore , i icia o
em 1 com o i o a o u e t m ter o, ola a , e ui o pelo eleu e o u e t
i o , ra a, 2000 e o Bataille o u e t a el, lema a, 2002 te uarto
mo ume to pre ta ome a em ao te rico político italia o e mar i ta to io ram ci
18 1 1 , amo o pelo eu Ca er o e Carta a Pri o 1 2 1 o ume to
ram ci ba ea o a o ta e e ir c or e pro ocar e co tro , criar um e pa o cultural
livre e pensar Gramsci hoje. Estes “monumentos convocam o amor sa e oria iloso ia o
amor i i itu e o pe ame to, re ulta o em e pa o ar uitect ico tempor rio cria o ,
i amiza o e ocupa o com a participa o ati a a comu i a e

ramsci o um t omas irsc or o a or u

i ros l itura o s a o blico auto ri o

s “ i liotecas e rua s o j conheci as entre n s mas a sua e pans o eo r ica at aos
bairro mai peri rico , atra e pro eto elabora o e eri o pelo ci a o , ai a o
tem a e pre o e o impacto o ue po eriam ter De mo o a u citar a apropria o e o
prota o i mo a ocie a e ci il, e te e outro tipo e i iciati a correlacio a a , a
biblioteca mu icipai po eriam er ir como eleme to catali a ore a a o coleti a
Da o ue o e em ia e tremame te cil co ecer a localiza o eo r ica atra e
P e e mapa i itai , eria tamb m perti e te pro uzir um eb ite ue i ica e a
locali a o as “ i liotecas e o li ro ue a pe oa epo ita am ou o tariam e

1 ttp mou ema azi e it t oma ir c or ram ci mo ume t ttp t oma ir c or eb ite com
e co trar De te mo o, ome tar e ia o i lo o e a partil a em tor o a literatura e o
co ecime to
m ca o emblem tico o pro eto ta te Pública,1 i au ura o em Porto le re em
ul o e 2008, co cebi o e impleme ta o pelo ru o a e om e trutura imple e
e ta te para li ro , e em e um tipo e co trolo e po ere público ou pri a o , a
e ta te ocupam o e pa o ormalme te u a o para publici a e a para e o autocarro ,
permiti o a im o li re i terc mbio e li ro e tre a pe oa , promo e o e e mo o a
auto e t o coleti a e um pro eto cultural ue co u a mobili a e, urba i mo e literatura

i ibibliot ca uma ara m autocarro orto l r rasil oto rafia st io ma

iras ofici as f sti ais lit r rios

e e ol ime to a e era liter ria ao í el local, uma ocie a e aberta e i ter i cipli ar,
re uer a promo o a mai i er a orma liter ria e e pro eto e itoriai i epe e te ,
o e a liber a e e e pre o, e pe ame to e criati i a e po a e acto o a ar
e i t cia pra m tica o uoti ia o a ci a e , para al m a mo ocultura promo i a pelo
tatu uo De e a ma u atura ba ea a o o t our el D , i iciati a e la
Poetr ou a e i t cia e coleti o e e i e alter ati a e i epe e te m co te to

1
ttp imeo com c a el e ta tepublica
com me or i er i a e cultural e me or pe or co mopolita, o papel a biblioteca pública
pa a muito por ati ar e azer parte e uma e trat ia e ac o coleti a plural ue pro o ue a
emer cia e i iciati a cí ica e a emocracia cultural
eira Laica1 oi cria a como e e to e e i o i epe e te, te o como ob eti o
ba ilare a promo o a biblio i er i a e e a luta co tra o mo oliti mo cultural Parti o e
uma l ica e e pa o e com rcio cultural alter ati o e u to, eu i ibili a e a i úmero
e itore i epe e te , arti ta r ico e arte o e promo i o i er o e e to era ore
e po i e e arte r ica , ba a e e a a, o ici a e eri ra ia e tipo ra ia, co certo ,
publica e , ci ema e a ima o
i e e tPt prop e uma rie e ati i a e ue em tor o o pa orama artí tico
co tempor eo e ta rea, e i a ame te o u i er o a micro e i o, a auto e i o, a
publica o i epe e te e a cultura alter ati a a ocia a ao li ro e obretu o ao
a zi e
e ti al il cio1 a ume e como uma i iciati a local e participati a ue co i a
e trutura , parceiro e arti ta a i te rarem um pro rama ue, ura te uatro ia e
i emi a pelo e pa o público o ai o o r

ss mbl ias comu it rias o as sociabili a s i t rculturais

A existência de “assemb eias a es an n a e e ncia a s a c ise de e

aparecime to a e era pública e mo ime to ociai e político com o ob eti o e re atar
20
a emocracia m pa a, o a o e 2011 oi marca o pelo o i e to i a o
co oca o por i er o coleti o ue e i iam uma mu a a e i tema político
mo ime to ccu , i icia o pelo ccu all treet, ur iu a partir a i u ti a eco mica
e ue 1 o oli arca acumula a ri ueza e ui ale te ao o ci a o , te o e
e te i o tamb m por i er a e era culturai , omea ame te pela o mu eu público
21
ccu u eu
ta i iciati a , e tre outra , emo tram ue o e a e i cia a emocracia o e
po e azer em a a emocracia cultural e, e e e ti o, ue tamb m a i titui e
pública , e te ca o, a biblioteca , o parte i te ra te a tra orma o cultural e política
ece ria e e a o ireito uma o e culturai
e bleia a Batata 22 orre e ra aco tece uma pra a pública e um proce o
ue i a promo er a rela e pe oai e coleti a li a a a i er a e era e a o,
a orece o a im a cria o e ma a crítica cí ica, bem como a i tera o, i ter eracio al e
i tercultural De te mo o, a embleia a Batata tem como i ali a e pote ciar a
auto omia e a capaci a e e i ter e o o mai o e a i a pública Prete e
i ualme te promo er o co ecime to e a co cie cializa o a tra orma e ociai
ece ria para o apro u ame to a emocracia participati a a ria ime e a
política a a reu i o a a embleia co tituí a por i er o compo e te 1 i ter e o
artí tica per ormati a circo e rua 2 cria o e um e pa o e e pre o pl tica e a e crita
criati a cria o e po ter e me a e i uai e ba ca com i orma o ebate
tem tico re ei o e etaria a co clu e e pla o e a o e bleia a Batata oi
i cluí a o pro eto iciati a Locai e u a a mapea a pelo pro eto lter ati a 2

1
ttp eiralaica or pre com
18
ttp zi e e tpt or pre com
1
ttp e ti al ile cio com
20
ttp e i ipe ia or i i o imie to 1
21
ttp occup mu eum or
22
ttp aceboo com a embleia abatata
2
ttp pro etoalter ati a or mapa e i iciati a
ttp oc i tatic com u b 0a cc ee 8 2 b 18 81c p
 ss mbl ia a atata orr s ras s t mbro oto rafia uar o atoso

f r cias biblio r ficas

ambe , ior io 200 , Crítica o co te or eo Política o er cia ter acio ai
e erral e Porto erral e

Berar i, ra co 200 , “ c izo co om ub ta ce, 112, 1, 8

Berar i, ra co 2010 , “ o itaria ub ecti atio lu our al 20 o ulta o a

1 10 2018, i po í el em ttp e lu com

Berar i, ra co 2012 , “ ma cipatio o t e i Poetr a i a ce Duri t e e tiet

e tur lu our al o ulta o a 1 10 2018, i po í el em ttp e
lu com

Bouta , a oulier 2011 , Co iti e Ca itali ambri e Polit Pre

Burrou , illiam 1 , re olu o electr ica i boa e a

abral, a uel illa er e 2001 , “Democracia e Participa o Política , Co te to e

ociolo ia, 1 , 1 1 ocia o Portu ue a e ociolo ia

o el o a uropa 1 8 , eclara o uro eia obre o ob eti o Culturai tra bur o

Debor , u 1 1, ocie a e o ect culo i boa i e mobili i mobile

Decreto ei 2 201 e 1 e e ereiro Di rio a epública 2 201 , rie

Pre i cia o o el o e i i tro
Deleuze, ille 1 2 , Po t cript o t e ocietie o o trol ctober, i ter ,

Deleuze, ille uattari, eli 1 8 , ti e i u ica o i er it o i e ota

Pre

ze ber er, a a u 1 0 , “ o titue t o a eor o t e e ia”, e Le t

e ie ,1

te e , o o Pi arra 200 , a o Público e e ocracia i boa i e olibri

p ito, arcelo 201 , Co er aci co a uel Bor a illel a ri icio e

urpial

er a e , t io 201 , Para u a e ocracia Plurali ta e Partici ati a i boa

u o ociai

erreira, o 2001 , Pelouro a Cultura a C ara a e i o o orte ito ota

co clu i a u i u rito or ue tio rio o ulta o em 1 0 2008, i po í el em
i e pt

i ueire o, er a a 200 , “ e e acio al e Biblioteca Pública atualizar para

re po er a o o e a io ”, Ca er o B 1, 1 2

oucault, ic el 1 8 , i iar e u ir a ci e to a ri o Petr poli itora oze

oucault, ic el 2010 , or e o i cur o o Paulo itora o ola

ome , ui oure o, a a 200 , “Democratiza o ultural e orma o e Público

Inquérito ao “ r i o u ati o ” ortu a ”, B e ui a , 1 b er at rio a
ati i a e ulturai

uattari, li 1 81 , e olu o olecular ul a e olítica o e eo o Paulo

itora Bra ilia e

ai e , a 2010 , “ e i a cial ri i a a ri i o ma i atio ”, or a a

0, 18 202

are t, a a 200 , ro e a a olítica i boa el io D ua

ame o , re ric 1 , “ ulture a i a ce apital”, Critical uir , 2 1 , 2 2

lei , aomi 200 , e oc octri e a a a a om ou e

aclau, r e to ou e, a tal 1 8 , e e o a ociali t trate o re er o

atour, Bru o 2011 , “ et or , ocietie , p ere e lectio o a rt et or

eori t”, ter atio al our al o Co u icatio , , 810

e b re, e ri 2012 , ireito ci a e i boa i raria etra i re

ei 0 2018 e 1 e a o to Di rio a epública 1 2018, rie embleia a

epública

ope , o o ei eira 200 , a e ocrati a o e ocracia cultural Porto Pro e i e

 arcu e, erbert 2011 , o e u i i e io al i boa etra i re

ar , arl 1 , Co tributio to t e Criti ue o Political co o o co o Pro re

Publi er

ato o, ui 201 , a e erati a a e a ta a erce o i t tica e a

i u triali a o o o ol ar e aru aroc i ta o co tro ual a , 8
i boa o ulta o em 12 08 2018, i po í el em ttp aim or pt ata p ta
co tro ual 0 p

ato o, ui 201 , “ ue op e para uma política cultural tra orma ora ”, e i ta

Lu o a e tu o Culturai , 2 2 , 1 1

ou e, a tal 201 , trat ia e olítica ra ical e re i t cia e t tica

o ulta o em 02 08 201 , i po í el em ttp e uer a et arti o e trate ia e
politica ra ical e re i te cia e tetica 0 ra u o e ui ato o

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