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FACULDADE ALFREDO NASSER

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO


CURSO DE PEDAGOGIA

A QUALIDADE NO ENSINO PÚBLICO: SONHO OU REALIDADE?

Andréia Daris Nascimento

APARECIDA DE GOIÂNIA
2010
ANDRÉIA DARIS NASCIMENTO

A QUALIDADE NO ENSINO PÚBLICO: SONHO OU REALIDADE?

Monografia apresentada ao Instituto Superior de


Educação da Faculdade Alfredo Nasser, sob
orientação da Profª Ms Terezinha Duarte Vieira
como requisito para a conclusão da Licenciatura
Plena em Pedagogia.

APARECIDA DE GOIÂNIA
2010
3

FOLHA DE AVALIAÇÃO

A QUALIDADE NO ENSINO PÚBLICO: SONHO OU REALIDADE?

___________ de __________ de 2010.

NOTA:_______

EXAMINADORAS

___________________________________________________
Orientadora: Profª Ms. Terezinha Duarte Vieira

___________________________________________________
Leitor (a) 1: Profª Ms.

___________________________________________________
Leitor (a) 2: Profª
4

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pela rica oportunidade de chegar até aqui.


Sou muito Grata a ele.
Ao meu querido e amado esposo Marcos Antonio Ferreira, por me dar todo
apoio e me incentivar para fazer essa graduação. Muito obrigada Eu te Amo. À
minha Filha Andressa Vitória, por compreender as minhas ausências. É a razão da
minha vida. À minha sogra Deuselina Dias por me apoiar, obrigada.
Ao meu querido sobrinho WilCleber, por ter me ajudado muito na técnica do
computador, quando estava digitando. Muito obrigado pela compreensão.
À minha querida mamãe, que, com certeza, ajudou-me com suas orações, muito
obrigada
5

Dedico esse trabalho ao meu esposo Marcos


Antonio Ferreira, que foi fundamental para que eu
concluísse essa graduação; pela infinita
compreensão. Por todo apoio e incentivo, mesmo
nas horas difíceis ele dizia: não desista você
consegue; por isso, eu sou grata a ele. O que
posso dizer neste momento é muito obrigada; eu te
amo.
6

Autonomia é uma construção que se dá nas lutas


diárias, que travamos com os nossos pares, nos
espaços em que atuamos. (Libâneo)
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................09

CAPÍTULO I - OS PRINCÍPIOS CAPITALISTAS E SUA RELAÇÃO NO


PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO....................11

CAPÍTULO II - O PROCESSO DAS REFORMAS EDUCACIONAIS E SUAS


INFLUÊNCIAS NO CONCEITO DE QUALIDADE.....................................................15

CAPÍTULO III – QUALIDADE: CONCEITO, CONCEPÇÕES E ESCOLA................19


A qualidade da Educação: Conceitos e Definições....................................................23

CAPÍTULO IV – BASE DA GESTÃO PARTICIPATIVA DENTRO DE UMA ESCOLA


PÚBLICA....................................................................................................................26
Resultado da pesquisa ..............................................................................................28

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................30
REFERÊNCIAS..........................................................................................................31
8

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como finalidade compreender, de maneira geral, o


funcionamento e a qualidade do ensino público, através de uma gestão participativa
e democrática que levará autonomia para dentro das escolas.
A gestão participativa, nesse estudo, é entendida como uma forma
significante de desenvolvimento de todo processo decisório. Em escolas
democraticamente administradas, todos assumem papeis fundamentais na tomada
de decisões, nos padrões de desempenho e na garantia de que a organização
atenda adequadamente as necessidades da escola.
Neste tipo de gestão, a qualidade da educação é direcionada para a
sociedade atual; que requer do cidadão qualificação, para se integrar socialmente. A
democracia no ambiente escolar se constrói no relacionamento diário, entre pessoas
e instituições que deve ser analisados, revisto e aperfeiçoado a cada dia. A escola
não é um negócio de um diretor, ela é resultado de um trabalho coletivo que será
conhecida como gestão de qualidade.
O entendimento de conceito de qualidade já pressupõe a idéia de autonomia,
participação, isto é, do trabalho associado das pessoas que analisam situações,
decide sobre encaminhamento e age em conjunto. A qualidade tem que ser em
primeiro lugar dentro de uma escola, é neste espaço que se constrói cidadãos para
inserir na sociedade.
O estudo, para conseguir expor sobre a gestão da escola pública, dividiu-se
em capítulos: o primeiro capítulo apresenta um modelo de uma sociedade capitalista
que se constrói a cada dia e que busca uma educação de qualidade. No segundo
capítulo, são expostas as reformas educacionais e, também, o conceito sobre a
qualidade da educação. Um conceito que se apresenta no ensino público atual. E
por último, no terceiro capítulo, o trabalho aborda sobre as concepções de
qualidade, que são os tipos de gestão que se constroem dentro de uma escola, para
que a mesma seja de qualidade e fundamentada em autonomia.
De forma geral, o artigo objetiva entender a maneira como os gestores de
uma escola pública procedem para garantir um ensino de qualidade, também obter
9

democracia interna, tendo participação de todo corpo docente. Compreender a


importância da força do trabalho docente para a melhoria e qualidade do ensino
público, e, ainda, aprender o perfil que deve ter a sua estrutura administrativa, para
não estar ausente, a ser adequar à realização de objetivos educacionais, para que
estimule a participação que compõe o corpo docente e toda comunidade escolar.
10

Capítulo I:

Os princípios capitalistas e sua relação no processo de


constituição da qualidade da educação

Segundo Catani(2004), o capitalismo e seu desenvolvimento são, antes de


tudo, um modo de produção que surge em função de determinadas condições
históricas e econômicas, e seu grande objetivo é a produção de mercadorias,
visando a troca realizadas por uma força de trabalho operário, a serviço dos
detentores dos meios de produção e das classes dirigentes.
Para o autor, o desenvolvimento do sistema capitalista ocorre com base nos
valores centrais, ou seja, é a liberdade para o mundo competitivo das atividades
econômicas e a legitimidade dos bens privados e a busca do lucro dá mais valia. A
sociedade atual é imposta pelo capitalismo que leva a humanidade a buscar o
poder, o lucro e a competitividade para sempre seguir a linha capitalista, ou seja,
manter o que a sociedade impõe para a humanidade.
Para viver nessa sociedade, é preciso seguir a linha capitalista porque o
trabalho, que enriquece a classe dominante, desfavorece com isso o trabalhador,
que precisa concordar para sua sobreviver. É desse modo que a sociedade
capitalista se caracteriza, opressão que leva a toda humanidade a trabalhar em
torno dela. Com base nessa afirmação Catani (2004, p. 31) diz que: “O trabalhador
tem que vender para sobreviver a não ser a sua força de trabalho por tanto e forçado
pela fome ou mesmo pela repressão organizada a concordar com o salário que o
patrão propõe.
Com base neste autor, o capitalismo é um sistema econômico mundial, cujo
objetivo é a acumulação do capital, sendo esse principal agente no processo
contínuo de reprodução da riqueza. Explica que o mundo atual é totalmente flexível,
onde tudo desfaz e refaz ao mesmo tempo; e o trabalhador fica à margem da vida
social, por falta de qualificação. O cidadão perde o direito de ser crítico, perde as
oportunidades, pois a sociedade capitalista requer um mundo competitivo, e se o
trabalhador não tiver uma formação sólida, fica de fora dessa competição, por falta
de qualificação profissional.
11

A classe trabalhadora sofre consequências desse sistema e acaba sofrendo


com a desigualdade que existe no mundo, pois esse, na maioria dos casos, não tem
oportunidades de ter serviços com qualidade, para crescer profissionalmente, e ser
reconhecido como cidadão. Para Catani (2003), isso acaba internalizando na vida
das pessoas, que passa apenas a satisfazer as necessidades da classe dominante,
para sobreviver como eles propõem. Os indivíduos perdem sua identidade e
personalidade para acompanhar o capitalismo, pois o acaba sendo obrigados a
satisfazer a burguesia atual, essa causa no indivíduo a perda de sua personalidade,
perde o seu direito de ter um papel na sociedade, seu papel é somente trabalhar
para sua sobrevivência
Segundo o autor, o mundo moderno é alicerçado sobre a relação capitalista,
que se reflete na exploração do trabalho, o trabalhador produz muito mais do que
seu salário e a substância de toda sua riqueza; É a classe trabalhadora que por
meio da mais valia pelo que produz, pois consome os próprios produtos que fabrica
e enriquece os proprietários por meios de produção.
O capitalismo expandiu e se consolidou em todos os países da América
Latina e, também, teve implicações no Brasil inteiro. Em decorrência disso, a
sociedade se desenvolveu com base nos princípios da individualidade e da
propriedade privada, afetou todas as esferas da vida social; com isso, o cidadão
moderno é legalmente submetido a obedecer a regras e condutas impostas pela
sociedade. Nesse sentido, os princípios da sociedade capitalista afetam também a
educação que apregoa uma educação de qualidade.
Com o capitalismo implantado no Brasil, houve mudanças na educação.
Segundo Saviani (2002), a educação se sustenta sobre a base do desenvolvimento
tecnológico que é aliado ao avanço da microeletrônica. Diante disso, a escola se
universaliza para propiciar ao máximo o desenvolvimento das potencialidades dos
indivíduos para sobreviver na sociedade atual.
Dessa forma, a educação passa a ser considerada necessária, não apenas
por razões sociais e culturais, mas, especificamente, por motivos econômicos, pois o
desenvolvimento individual implica no desenvolvimento social. Essa lógica capitalista
concebeu a educação como um investimento de retorno compensador. A educação
12

passa a ser concebida dotada de um valor econômico próprio; considerada como


um bem de produção capital e não apenas de consumo.

O mercado de trabalho almeja por profissionais com melhor qualificação e


que saibam utilizar os aparatos tecnológicos. Assim, investir na educação é
investir na qualificação, formação, desenvolvimento profissional,
produtividade do trabalhador e, dessa forma, promover o crescimento
econômico. O crescimento econômico de um país está estreitamente
vinculado com a oferta e a demanda de capital humano, uma vez que o
crescimento econômico está enlaçado com a democratização do poder de
compra e qualidade de vida da população. (SUANNO, 2010, p. 01)

Em decorrência dessa tendência mundial, a educação hoje no Brasil é


compreendida como um comércio, que visa somente o lucro e não a verdadeira
critica que o cidadão deve ter. Acrescenta ainda Catani (2003) que as pessoas que
tem uma educação de qualidade, possuem grandes chances de ter um papel
importante na sociedade e dar suas contribuições. Todavia, infelizmente não são
todos que tem esse direito, pois a educação pública hoje, em sua grande maioria,
não dar conta de oferecer um ensino de qualidade.
Ao contrário do que acontece na escola da rede privada de ensino, pois é
mantida nas mãos de grandes empresários, que controla a situação da qualidade do
ensino com mais veemência. A questão da qualidade, que é levantada na
atualidade, trata-se de uma consequência gerada pelo processo de transformação,
expansão e consolidação do capitalismo, que afetou o mundo do trabalho e da
educação no Século XX e continua a afetar até hoje.
Para o autor, a educação é a base para o cidadão, se ela for de qualidade
este terá oportunidade de ter uma vida melhor dentro da sociedade. Se não for de
qualidade, esse cidadão será submetido a acompanhar e concordar com os
princípios que sustentam a sociedade capitalista. O capitalismo no Brasil se
constituiu internamente pela articulação entre o setor arcaico ao setor moderno
urbano comercial e industrial. O Brasil se constitui inserido nesses setores, no
entanto, é o comercio que predomina no tudo se compra e tudo se vende e, isso,
influencia no processo de modernização do Brasil.
O país na atualidade é dominado pelo capitalismo, que predominou na
sociedade, reflete as culturas estrangeiras, onde no mundo atual todos trabalham
em prol do capitalismo para sobreviver. Como a sociedade se estruturou nessa
13

perspectiva, a humanidade segue essa trajetória capitalista e desigual. Todos os


setores da sociedade brasileira são afetados pelo capitalismo, em razão disso todas
as esferas sociais refletem seus princípios que são os resultados e o lucro.
Segundo Cury (2005), a qualidade do ensino supõe a busca do melhor, de um
padrão científico e fundamentado, dos conteúdos acumulados e transmitidos. Mas
ela é também uma forma de responsabilidade pública face aos desafios da
sociedade contemporânea. Isso quer dizer que a educação é um desafio e de
extrema necessidade. Para que ela seja de qualidade é preciso que der conta de
formar cidadão críticos para inserir, refletir, questionar e transformar a sociedade
capitalista.
14

Capítulo II:

O processo das reformas educacionais e suas influências no


conceito de qualidade

Segundo Paro (2006), há um descompasso entre teoria e a prática. A teoria


diz que a educação deve ser de qualidade e de fácil acesso a todos. Todos têm
direito a educação de qualidade para servir uma sociedade capitalista que exige
qualificação do indivíduo, isso provoca o descontentamento com o ensino oferecido
pelas escolas públicas, pois sem qualidade no ensino, o indivíduo não consegue ser
crítico e acompanhar a sociedade capitalista; gera a insatisfação que é implícita e
reflete na vida do indivíduo.
Atualmente, está estampado no cotidiano, que sem qualificação o indivíduo
não tem possibilidades de crescer intelectualmente, profissionalmente e vive sempre
a mercê da sociedade capitalista. Isso quer dizer que o ensino público estar
deixando a desejar, existe uma teoria a ser seguida corretamente, ou seja, lindo no
papel, mas na prática raramente acontece, esse fato se efetiva na qualidade do
ensino.
A teoria é totalmente diferente das práticas ocorridas, ou seja, a prática na
educação contradiz totalmente com a teoria e com a falta de interesse dos serviços
públicos. A qualidade que a educação deveria ter e está somente nas leis e nas
constituições, ou seja, só na teoria, isso não ocorre nas práticas educacionais. “Com
relação á dimensão social a atuação da escola parece quanto mais ausente, quanto
mais necessárias diante dos inúmeros graves problemas sociais da atualidade”.
(PARO, 2006, p. 18).
Paro (2006) explica que o quadro geral da escola pública é muito mais
complexo, porque o descaso pela educação está completamente visível e a falta de
compromisso com a educação está cada dia refletindo na vida do cidadão. Na
atualidade, a qualificação no ensino é primordial para se viver, pois cada dia que
passa o capitalismo predomina e o cidadão precisa estar preparado para enfrentar
essa realidade; e só uma educação de qualidade para enfrentar esses princípios que
a sociedade enfrenta. Em consequência dessa realidade, a educação abre um
15

amplo campo de questões a serem investigadas, e ao mesmo tempo abre caminhos


de indagações para o profissional da área de educação e outras áreas afins.
Investigar e questionar a prática do ensino público é se firmar em uma
democracia, isso porque com a prática da democracia dentro das escolas,
caracteriza-se com base na opinião de todos que compõe a sua estrutura como
professores, coordenadores, alunos, pais e a comunidade. Considera o autor, que
participar não significa acatar uma só opinião e fazer de um só jeito, entretanto,
oportunizar o exercício da democracia.
Nesse sentido, Paro (2002) afirma que as instituições públicas necessitam de
um dimensionamento do conceito de qualidade, para que ofereça uma melhor
educação, uma educação democrática para formar cidadãos críticos e não
subordinados a sociedade. Cabe também ao serviço publico, como responsável pela
a educação, qualificar os profissionais da área, oferecendo cursos de formação
continuada, para dar suporte aos alunos da rede pública e, com isso, oferecer uma
educação com qualidade e relevância social de educação voltada para democracia.
Então, “A qualidade da educação oferecida deve referi-se, portanto, a
formação da personalidade do educando e em sua integridade, não apenas em
aquisição de conhecimentos em seu sentido tradicional”. (PARO, 2006 p. 34)
O autor considera que, o primeiro ponto a ser considerado em relação à
qualidade, refere-se a necessidade de empreender uma profunda reflexão sobre o
conceito de qualidade da educação escolar. Isso quer dizer que as escolas públicas
deve primeiramente perceber a falta de qualidade no ensino, pois, é através do
ensino que se forma cidadão de bem e se o ensino não tiver uma boa qualidade a
sociedade fica prejudicada.
Explica que a qualidade é essencial na defesa da escola publica que está
associada a uma educação por inteiro, não apenas em relação aos aspectos
quantitativos como é o caso das provas e exames convencionais. A qualidade é um
todo que está relacionada como processo histórico-cultural, envolve dimensões
individuais e sociais, visa tanto aspectos pessoal, social e bens culturais que se
renova continuamente.
Na falta de um conceito mais fundamentado de qualidade de ensino, Paro
(2002) afirma que prevalece aquele que reforça uma concepção tradicional e
16

conservadora, possível de ser medida pela quantidade de informações exibidas


pelos sujeitos, presumivelmente educados.
Essa concepção é compreendida da seguinte maneira:

Com relação ao tipo de educação mais adequada, e notável a dificuldade


que os educadores em geral tem de definir o que seja qualidade do ensino.
Num primeiro momento o que aparece usualmente e o reconhecimento do
bom ensino como aquele pelo qual o aluno consegue saber matéria e
reproduzi-la em provas e exames. Mas embora, no dia- a -dia as pessoas
tendem confundir qualidade com quantidade de conhecimentos que a
escola consegue passar para os alunos quando são questionadas e
instadas a precisar melhor papel na educação percebe-se a insegurança em
formular respostas satisfatórias. (PARO, 2002, p. 41)

A afirmação é coerente, porque hoje a qualidade é confundida com


quantidade de informação. Esse fato é preocupante, pois a qualidade do ensino não
se resume em quantidade de informações de conteúdos aplicados na escola, deve
se relacionar com formação de cidadãos críticos para sobreviver na sociedade
capitalista.
Essa concepção, não apenas predomina nas estatísticas apresentadas pelos
organismos governamentais, mas se propagam por toda mídia e acabam pautando
os assuntos educacionais, em uma perspectiva de investimento econômico. Dourado
(0000) ressalta sobre a análise da qualidade da educação; para ele essa deve ser
entendida em uma lógica polissêmica, ou seja, com várias significações. Ainda
argumenta que são diversos os elementos para qualificar a educação; devem ser
relacionadas com a organização, gestão e disseminação de saberes e
conhecimentos, fundamentais ao exercício da cidadania.
Na perspectiva do autor, a educação de qualidade serve para que o indivíduo
se qualifique para servir a sociedade. A educação tem diversas finalidades,
estabelecidas por distintos princípios que orientam o processo ensino-aprendizagem,
pois cada país tem sua trajetória cultural e estabelece leis e diretrizes para o sistema
educacional.
Os conceitos e definições acerca da qualidade, que fundamenta e embasa as
práticas educativas na ultimas décadas, apontam para a construção de uma
educação de qualidade para todos. Essa compreensão afirma que a função da
escola é apenas levar os educandos a apropriarem de conhecimentos, somente nas
tradicionais disciplinas curriculares.
17

Assim, a qualidade de educação seria mais efetiva quanto maior fosse a


quantidade desses conteúdos apropriados pelos alunos, e a escola tanto mais
produtiva quanto maior o número de alunos aprovados. Um exemplo desse conceito
pode ser dado em relação aos significados dos resultados; quanto maiores os
resultados obtidos em provas e exames, que medem a posse de tais informações,
ou seja, na cabeça do aluno só deve ficar informações para serem aprovados, e não
conhecimentos gerais e específicos.
Se a educação é atualização histórico-cultural, a formação do indivíduo não
deve ser somente uma simples transmissão de informações, mas dever ser algo
muito mais rico e complexo, para favorecer ao indivíduo uma vida com satisfação e
melhor convivência.
18

Capítulo III:
Qualidade: conceito, concepções e escola

Baseado em Cury (2005), a educação é definida no ordenamento jurídico


como dever, direito do cidadão, uma educação é para todos. A constituição Federal
promulga que:
A educação, direitos de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo em exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (BRASIL, 2010, p. 01)

A educação, nessa perspectiva, busca o desenvolvimento da pessoa para


preparar o indivíduo, para colaborar com a cidadania e, cada vez mais, qualificar
para o mercado de trabalho. Com isso, o indivíduo passa a participar dos destinos
da sociedade e colaborar com sua transformação. O artigo é claro ao afirmar que a
educação é direito de todos, dever do Estado e da família e será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade.
O artigo 14º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBN 9394/96
dispõe que os sistemas de ensino definem as normas da gestão democrática da
escola pública na educação básica de acordo com seguintes princípios:

I participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto


pedagógico da escola
I participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes. (BRASIL, 2010, p. 03)

Esse artigo define uma gestão democrática na escola pública, que entende a
qualidade para a formação do cidadão crítico dentro da sociedade. O ordenamento
legal assinala o padrão de qualidade como princípio do ensino. A qualidade do
ensino envolve os conhecimentos, que tornarão patrimônio comum da humanidade.
Com uma qualidade no ensino a sociedade terá um andamento progressista, porque
a educação é a fundamentação para ingressar no meio da sociedade que hoje grita
por qualificação.
A qualidade do ensino busca o melhor padrão científico, fundamentado nos
conteúdos acumulados e transmitidos. No art. 3º da LDB 9394/96, é exposto que
19

“Estado tem o dever de garantir o padrão da qualidade no ensino público”. (BRASIL,


0000, p. 00). Esse artigo acima afirma que o ministério público tem que ter
compromisso diante da sociedade, para garantir a todos uma educação de
qualidade, Uma igualdade para todos ter acesso é permanência na escola.
O artigo 15º da LDB 9394/96 promulga que:

Os sistemas de ensino assegurarão ás unidades publicas de educação


básica que os integrem progressivos grau de autonomia pedagógica,
administrativa e de gestão financeira, observada as normas gerais de direito
financeiro público. (BRASIL, 2010, p. 03)

De acordo com o artigo da LDB 9394/96, o ensino público deve integrar a


autonomia nas escolas, pois com isso a gestão será democrática, podendo garantir
qualidade de ensino aos indivíduos, uma forma de motivar a permanência no
processo de ensino aprendizagem.
No artigo 22º da LDB 9394/96 propõe que: “A educação básica tem por
finalidade desenvolver o educando, assegurar lhe a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores”. Conforme o artigo citado, a educação é a base, para o cidadão
progredir dentro da sociedade, para ter melhores condições para o mercado de
trabalho. Assim, fica comprovado que a educação de qualidade é a base de um
cidadão valorizado.
A Organização das Nações Unidas - Unesco, o Banco Mundial também
conceituam a qualidade de ensino. Estas instituições mundiais propõem contribuir
com a produção de uma matriz teórico-conceitual, que vem discutir políticas voltadas
a garantia da qualidade da educação. Eles exercem influências na formulação das
políticas educacionais.
Para Dourado (2007), a qualidade do ensino visa assegurar os planos de
ação de educação adotados por metas gerais, que até no ano de 2010 toda criança
conclua a educação primária com qualidade. E os jovens tenham acesso à
educação secundária de qualidade, uma forma de oferecer oportunidades por muito
tempo para a população. Isso significa que a qualidade está relacionada com as
20

metas do Plano de Ação1. Portanto, o desafio que se coloca para todos os países, é
oferecer educação como direito obrigatório para todos, afinal a educação é direito de
todos.
Para definir o conceito de qualidade, é preciso entender que esse conceito
tem relação com os fundamentos da UNESCO, para esse organismo multilateral, a
qualidade utiliza paradigma de insumo, processo e resultado. Nesse sentido, a
qualidade da educação é definida com relação aos recursos materiais e humanos,
que nela se investem no âmbito da instituição escolar da sala de aula nos processos
de ensino e aprendizado. Como afirma Dourado (2007, p. 13):

A qualidade da educação é, portanto, entendida nos documentos da Unesco


(2002, 2003) como fator de promoção da equidade, destacando-se o
impacto das experiências educativas na vida das pessoas e na contribuição
para a promoção da igualdade de oportunidade.

Para o Banco Mundial, segundo o autor, a melhoria da qualidade acontece


por meio da criação de sistemas educacionais, de avaliação de aprendizagem e pela
garantia de insumos crescentes nas escolas como: livros, textos equipamentos,
laboratórios e formação pedagógica. Nesse sentido, os empréstimos do banco,
estão cada vez, vinculados ao financiamento de projetos, que tenham objetivos de
melhorar a qualidade de educação e a administração educacional.
Acrescenta ainda o autor, que para o banco, a gestão entra no conceito de
qualidade, e estão nos seus documentos como estratégia fundamental para pensar
na qualidade do ensino oferecido. Isso quer dizer que a gestão deve ser
democrática, a administração deve ser flexível e autônoma. Além disso, o autor
afirma que,

De acordo com o banco, o fator decisivo que a qualidade se efetive nas


escolas, sobretudo as que atendem as populações mais pobres , e tomar o
aluno com foco central do sistema educativo, de modo que ele seja ativo no
processo de aprendizagem. (DOURADO, 2007, p. 13)

Já para os Ministérios da Educação dos Países das América. Dourado (2007)


explica que, o conceito de qualidade para esse órgão, tem relações com as

1 Plano de ação é documento que traz todas as diretivas de gestão de uma organização, privada ou
pública.
21

dimensões extra-escolares, dimensões essas que não podem ser desprezadas, pois
afetam diretamente nos processos educativos. Segundo o autor, as escolas devem
motivar os alunos e as famílias para a vida social. As escolas devem ter programas
compensatórios e projetos para realizar atividades extra-escolares, levantando
questões como: fome, violência, drogas, sexualidade, desestruturação familiar,
trabalho infantil, racismo, acesso a cultura, saúde e lazer. Com isso Dourado afirma:

Por outro lado, implica efetivar uma visão democrática da educação como
direito e bem social que deve expressar por meio de um trato escolar
pedagógico que, ao considerar a heterogeneidade sócio-cultural dos
sujeitos-alunos seja capaz de implementar os processos educativos e
emancipatórios. (DOURADO, 2007, p. 15)

Essas atividades extra-escolares fazem parte do ensino-aprendizagem, e com


certeza, leva a melhoria e a qualidade do ensino que formará cidadãos preparados e
críticos para enfrentar a sociedade. Além disso, o ministério da educação preocupa
com a definição e a garantia de padrões mínimos de qualidade, o que inclui a
igualdade de condições de acesso, permanência e desempenho escolar. Para o
MEC é necessário modalidades de educação, com o objetivo de promover o
desenvolvimento de capacidades e competências gerais e especificas em todo
território nacional, tendo em vista o mundo do trabalho e o exercício da cidadania.
Explica o autor que, educação de qualidade tem se tornado exigência da
sociedade atual, assim como a ampliação do tempo de escolarização, o que, de
certa forma tem contribuído para o entendimento da educação como bem público e
direito social, colocando sobre tudo, na esfera das obrigações e deveres do Estado.
Tal situação tem se configurado no panorama internacional a partir de acordos,
planos e metas voltados a garantia de acesso e permanência com qualidade social.
O autor ainda define que as dimensões intra-escolares afetam os processos
educativos, e os resultados escolares em termos de uma aprendizagem mais
significativas, dimensiona que:

Uma vez que incidem diretamente nos processos de organização e gestão ,


nas praticas curriculares , nos processos formativos , no papel e nas
expectativas sociais dos alunos , no planejamento pedagógico , nos
processos de participação , na dinâmica da avaliação e, portanto , no
sucesso escolar dos estudantes. (DOURADO, 2007, p. 19)
22

Dourado (2007) afirma que as dimensões intra-escolares são funcionamentos


dentro da escola, ou seja, espaços físicos com: laboratórios específicos, áreas de
convivências, de recreação e práticas desportivas, dentre outros. As dimensões
intra-escolares se destacam em dois níveis: o do espaço social e dos direitos,
obrigações e garantias, cada um com seus aspectos relevantes na conceituação e
definição da qualidade da educação.
Acrescenta Dourado (2007), que o MEC entende que o dever do Estado
deveria ser proporcionar às escolas públicas a total segurança da comunidade
escolar, o que é percebido por meio de uniformes, crachás, carteiras estudantis,
controle de entrada e saída, ronda de policiais, controle acentuado da frequência,
aumentos da altura de muros. Com isso, a escola se torna favorável a sociedade e
também faz parte da qualidade da educação.
Também pode se destacar nas dimensões intra-escolares a gestão e a
organização do trabalho escolar, que leva a valorizar todos que compõem a escola e
os seus serviços prestados. Destaca também a permanência e desempenho escolar
que leva o acesso e condições de permanência adequadas à diversidade
socioeconômica e cultural e a garantia total dos estudantes. São aspectos que se
resumem em prestar um serviço de qualidade para a população, uma educação que
os tornaram críticos, bem sucedidos dentro de uma sociedade controladora. Mas
também se pode dizer que a sociedade requer uma educação de qualidade, que
trará melhor vida social para todos.

A qualidade da Educação: Conceitos e Definições

Segundo Dourado (2007), educação é essencialmente uma prática social,


presente em diferentes espaços e momentos da produção da vida social. Isso quer
dizer que a educação está presente em toda vida de um indivíduo, refletindo em
suas práticas sociais, em todo momento. Neste contexto, reflete a qualidade da
educação.
A primeira finalidade dos jovens é que tenham acesso a educação secundária
e as crianças concluam a educação primária de qualidade. Isso implica qualificar a
educação a ser oferecida e ressaltar como direito humano fundamental a todo
23

cidadão. Se o chefe de cada nação se comprometesse realmente com a educação,


isso melhoraria o nível educativo que beneficia a todos.
A qualidade da educação entendida como fenômeno deve ser abordada a
partir de várias perspectivas, que assegurem dimensões comuns. A qualidade da
educação é definida envolvendo recursos materiais e humanos, tendo em vista, a
relação que ocorre na escola e na sala de aula, os processos ocorridos dentro de
uma sala de aula, ou seja, o ensino- aprendizagem implica uma qualidade que pode
ser definida a partir do desempenho do aluno. Para que isso ocorra, o profissional
que atua na sala de aula deve ser bem qualificado para lidar com as questões
relativas à sociedade.
Para Paro (2006), qualidade na educação se vê em uma verdadeira gestão
democrática e autônoma dentro das escolas, onde se valoriza cada profissional da
área, que determinará uma educação de qualidade para todos sem hierarquia. Paro
(000) explica que todos têm papel fundamental dentro da escola, para garantir um
verdadeiro ensino de qualidade, sem opressão de gestores.
Já Libâneo (2009) explica que a qualidade da educação se dá por meio da
participação de todos. Para ele, todos que compõem a escola pública têm direito de
expor suas idéias e por em prática para complementar o ensino. Para que ele seja
de qualidade deve proporcionar ao aluno uma visão crítica de mundo e, o ensinar a
ser também autônomo dentro da sociedade. Isso é qualidade para Libâneo. O
gestor nunca deve trabalhar sozinho e, sim, com a competência de todos para
formar um ensino de qualidade.
Qualidade no ensino? Gestão democrática? O que podemos fazer para isso
realmente acontecer dentro das escolas e oferecer qualidade ao nosso aluno?
Temos que ser democráticos; temos que participar, ter autonomia dentro da sala de
aula, intervir com os alunos, compartilhando experiências, provocando nossos
alunos a serem críticos. Mas para isso acontecer, as escolas deve ter uma estrutura
administrativa democrática, enfatizando a necessidade de uma organização escolar,
que propicie maior agilidade nos processos educativos, dando autonomia e
participação para todos. Assim, o ensino será de qualidade através da democracia.
Se realmente houver uma verdadeira transformação democrática dentro das
escolas, o ensino será mais valorizado e a forma tradicional será transformada em
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democracia e autonomia, Deve se tomar como regra básica e radical uma função
educativa que leve condições para o educando querer aprender, e para isso
acontecer o gestor da escola deve dá espaço e oportunidade para todos se
expressar e não trabalhar sozinho mas com a participação coletiva de todos . Com
isso acontecendo, o ensino será valorizado e de qualidade.
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Capítulo IV:

Base da gestão participativa dentro de uma escola pública

A gestão da escola pública é constituída por diretor, coordenador pedagógico,


secretária e professores, em função da escola e que prestam serviços ao Estado e
órgãos públicos, que tendem oferecer um ensino de qualidade para a comunidade.
Segundo Libâneo (2009), para todos que compõe a escola pública é essencial
formar um ensino de qualidade, que deve contar com participação, autonomia e
democratização, pois todos têm um papel primordial dentro da escola para
proporcionar a cada aluno um ensino de qualidade.
Será que realmente isso acontece dentro das escolas públicas? Será que a
democratização e realizada de forma participativa, onde todos dão sua opinião para
a melhoria do ensino? Sabemos que na realidade, na maioria das escolas públicas,
acontece outra coisa oposta do que se viu na teoria.
Se fosse posta em prática as realidades da teoria, que os teóricos da área
abordam sobre o ensino, seria de qualidade para formar verdadeiros cidadãos
críticos. O ensino de qualidade deve ser constituído pelos os gestores, utilizando
uma democracia que dá aos professores autonomia para atuar dentro das salas de
aula, oferecendo aos seus alunos um ensino de qualidade não tradicional, dentro
dos padrões didáticos e métodos de ensino, que refere-se a formação da
personalidade do educando em sua integridade, assim seria um ensino de
qualidade.
Para Libâneo (2009), a escola pública deve ter uma responsabilidade de levar
autonomia para os profissionais da educação, para se trabalhar de forma dinâmica
dentro das salas de aula, proporcionando aos alunos democracia, liberdade de
expressão e indagações sobre conteúdos. Não só os professores afirmam e dizem
que tal coisa é correta ou incorreta e, sim dá oportunidade para o aluno procurar
suas respostas de forma crítica. Isso é uma forma democrática de se trabalhar em
sala de aula, provocar o aluno, levando a ele o que precisa saber de forma dinâmica.
Segundo Paro (2002), deve existir democracia, não deixando de ter uma
hierarquia dentro das escolas públicas, e sim uma democracia deve atingir todos os
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setores da instituição, pois só assim desenvolver um trabalho pedagógico com


qualidade. Para isso é preciso identificar os pontos negativos que existem sobre os
gestores da escola pública, que atrapalham o andamento da unidade, e que
dificultam os relacionamentos entre os funcionários que compõe por ultimo afetando
diretamente o ensino.
Para Paro (2006) analisar todas as dificuldades que se encontra na
organização escolar e que afeta a estrutura da administração e da gestão, é preciso
mudar quase tudo na forma de operar nas escolas, e é necessária autonomia
administrativa, para se ter um bom ensino.
Tem se visto nas escolas públicas a falta de democracia e autonomia por
parte dos gestores, que acabam limitando a qualidade do ensino, pois a proposta
hoje é a democratização autônoma e participação dos que compõe a escola para
que haja qualificação, onde é de direito de cada cidadão se ter uma educação de
qualidade
Todas as escolas e, especialmente, as públicas deve ter uma administração
democrática, partindo da gestão para que haja interação com professores e alunos.
Para isso, é preciso de programas de criação e projetos escolares que tenham
participação de todos da escola.
A participação dentro de uma escola faz com que haja autonomia e liberdade
de expressão, onde cada um expõe suas idéias escuta e comenta, ou seja, se une
em um só propósito, qualificar a educação, pois as escolas lida com seres humanos,
seres que tem esse direito de educação de qualidade, para no futuro bem próximo
onde cada um vai encarar a realidade da sociedade que os esperam.
Com a qualidade, um ensino bem planejado contribuirá viver bem, indagar e
transformar a sociedade. Sabe-se que existem alguns tipos de gestão, que se
encontra nas escolas públicas, e uma dela e a gestão tradicional, que impõe a
autonomia dos professores e os demais que compõe a escola, tendo que seguir o
modelo posto pela a direção da escola.
Assim, a qualidade do ensino fica para traz, deixando o espaço vazio para a
democracia, ou seja, é um modelo que o professor não tem como participar e
desenvolver um trabalho com as suas próprias metodologias, e sempre usando a
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metodologia da direção, esse é o modelo tradicional que, com certeza, não leva a
qualidade para o ensino.
A proposta hoje é de uma gestão democrática, de uma administração onde
todos na escola expressam, opinam, questionam e trocam experiências. Essa
democracia na maioria das escolas não existe, se realmente existisse essa
democracia, com certeza a qualidade no ensino público seria vista de forma
diferenciada, que refletiria na vida do cidadão dentro da sociedade.

Resultados da pesquisa

Para fundamentar, como se constitui de fato a gestão democrática na escola


pública, foi realizada uma pesquisa de campo, para complementar e observar os
tipos de gestão e como funciona a democracia dentro de uma escola pública. Foi
feito levantamento de dados através questionário de perguntas objetivas em três
escolas públicas de Aparecida de Goiânia.
Na escola A, a questão que levanta sobre autonomia e participação exposta
no questionário, a resposta obtida foi clara e objetiva. Pelo levantamento mostrou
que a escola é autônoma e democrática, demonstra que seu trabalho é de
qualidade, pois para proporciona aos seus alunos um bom ensino, que é a sua meta
conforme a pesquisa
Ao que recorre à gestão, pode-se dizer que é totalmente democrática, pois é
por eleição que se tem o cargo para diretor; os pais e a comunidade também
participam para que trabalho pedagógico avance de forma coerente, como ficou
evidenciado através da pesquisa.
Já no item sobre o entendimento ao conselho escolar, a resposta foi clara,
que é um órgão de representação da comunidade escolar, que é composto por
representante dos profissionais da escola. Para a escola A, o conselho é um
mecanismo de participação, que evidencia que essa escola é realmente
democrática. Já na escola B, ao que se refere a gestão, pode-se pelo levantamento
de dados que é também democrática , porém por ser uma escola conveniada, não
há eleição para diretor, mas não deixa de ser uma escola democrática .
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No que diz respeito a autonomia, a escola B é totalmente autônoma em suas


decisões, lá os professores tem plena liberdade de expressão, dentro da sua sala de
aula . Com isso, leva o ensino dessa escola ser de qualidade. Na mesma também
existe conselho de classe, com participação de todos para discutir a melhoria e a
qualidade do ensino, oferecido através de uma ação pedagógica.
Continuando a falar da escola B, ao que se recorre à gestão, sua forma de
organizar seu trabalho é coerente com seus objetivos e metas, estabelecido pelo
sistema de ensino. Por final, a última escola C, onde foi feito o levantamento,
também foram unânimes, ao responder as perguntas do questionário aplicado.
No que diz respeito à gestão, ela se mostrou que é democrática, pode se
observar através do questionário que há eleição para o cargo de diretor e, isso
mostra, que em primeiro lugar, essa escola tem uma gestão democrática. Através
da pesquisa essa escola afirmou que há participação da comunidade local e dos
pais, que é de extrema importância para contribuir com a qualidade do ensino
oferecido por ela. No item autonomia, ela se mostrou que é também autônoma, pois
dá liberdade para seus profissionais trabalharem com autonomia dentro da sala de
aula, levando conhecimento científico para seus alunos.
Na escola C, o conselho de classe é fundamental para discutir o desempenho
dos alunos, considera primordial a participação de todos, inclusive dos pais. Para a
escola, o conselho escolar deve se constituir em um espaço de discussão, de
caráter consultivo e deliberativo que se consulta, se aprova, se define, determine e
se delibera tudo o que diz respeito à unidade escolar.
Por final, essa pesquisa de campo teve por finalidade observar a qualidade do
ensino, oferecida pelas escolas através de suas gestões, participação e autonomia.
Esses três itens, citados acima, são fundamentais para que se haja democracia
dentro das escolas, e que oferecerá uma qualificação para seu público.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pelo estudo proposto, pode-se dizer que a educação demanda novas


metodologias, para o bom desenvolvimento da gestão participativa e da qualidade
do ensino. Quando se fala em qualidade da educação, é importante, antes de tudo,
levar em conta os objetivos que se pretende com ela. Então, é fundamental que
dentro da qualidade se predomine o trabalho coletivo e autonomia dentro de uma
escola pública.
A qualidade refere-se também ao direito à aprendizagem de todos na
perspectiva da emancipação social, da inclusão, do diálogo da construção de novas
marcas que, com certeza levará a uma verdadeira qualidade no ensino. Pensar
educação hoje é pensar em uma qualidade, que levará a construção de uma
sociedade capaz de assegurar direitos sociais, políticos, econômicos e culturais.
Pode-se dizer que a partir de um bom entendimento, o profissionalismo, o
respeito mútuo e a valorização do trabalho são elementos imprescindíveis para a
realização de qualquer processo de inovação educativa. A democratização da
escola se insere na luta pela democratização da sociedade que irá conseguir só
através do ensino de qualidade.
A construção da autonomia leva a qualidade no ensino, e está ligada a
democratização da cultura escolar e as ações no cotidiano. Ações voltadas para os
exercícios da autonomia mediante a articulação das dimensões pedagógicas e
educativas. Assim sendo, é possível concluir que não se trabalha apenas para a
construção de uma qualidade no ensino, mas também para melhorar a qualidade de
vida das pessoas, para que se tornem parte desse processo dentro da sociedade.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal da República Brasileira. In:


http://paraiso.etfto.gov.br/ constituicao.pdf. Acesso em 30. Out. 2010.

______. Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. In:


http:/www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acessado em 30. Out. 2010.

CATANI, Afrani Mendes: O que é Capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 2004.


(Coleção primeiros passos)

CURY, Carlos Roberto Jamil. Direito à Educação: Um campo de atuação do gestor


educacional na escola. 2005.

DOURADO, Luiz Fernando (Coord.) A qualidade da educação: conceitos e


definições. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira, 2007. 65 p.

LIBÂNEO, Jose Carlos. Educação escolar: estrutura e organização. 7ª ed. São


Paulo: Cortez, 2009 (Coleção docência em formação/Coordenação Antonio
Severino, Selma Garrido Pimenta)

LOMBARDI, Jose Caludinei; SAVIANE, Dermeval; SAFELICE, Jose Luis (Orgs).


Capitalismo, trabalho e educação. 3ªed. Campinas: Autores associados –
Histerdbr, 2005. (Coleção contemporânea).

PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. São


Paulo: Ática, 2006

SUANNO, Marilza Vanessa Rosa. Investir em capital humano. In: BELLO, José
Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Goiania, 2002. Disponível em:
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/filos21.htm>. Acesso em: 16, Nov. 2010.

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