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AULA 00
INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Su m á r io
Direit o Processual Civil p/ PGE- SP .................................................................................... 3
Met odologia .................................................................................................................. 5
Apresent ação Pessoal ..................................................................................................... 6
Cronogram a de Aulas ..................................................................................................... 6
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 9
2 - I nt rodução ao Est udo do Direit o Processual Civil .......................................................... 10
2.1 - Fases m et odológicas do Direit o Processual Civil ..................................................... 10
2.1 - Caract eríst icas do Pensam ent o Jurídico At ual ........................................................ 14
2.2 - Processo .......................................................................................................... 14
2.3 - Prest ação Jurisdicional Sat isfat iva ....................................................................... 16
2.4 - Direit o Processual Civil Const it ucional .................................................................. 18
2.5 - Sist em as de Just iça ........................................................................................... 23
2.6 - Dest aques do NCPC ........................................................................................... 23
3 – Lei Processual Civil ................................................................................................. 24
4 - I nt erpret ação, aplicação e eficácia das norm as processuais ........................................... 26
5 - Font es do Direit o Processual Civil .............................................................................. 27
5.1 - Conceit o .......................................................................................................... 27
5.2 - Classificação .................................................................................................... 27
3 - Norm as Processuais Civis ......................................................................................... 30
3.1 - Devido processo legal ........................................................................................ 30
3.2 - Norm as Fundam ent ais do Processo Civil ............................................................... 31
5.2 - Lei processual civil no t em po .............................................................................. 54
4 - Quest ões ............................................................................................................... 57
4.1 - List a de quest ões sem Com ent ários ..................................................................... 57
4.2 – Gabarit o .......................................................................................................... 85
4.3 - List a de quest ões com Com ent ários ..................................................................... 86
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A PRESENTAÇÃO DO CURSO
D ir e it o Pr oce ssu a l Civil p/ PGE- SP
Tenho a felicidade de apresent ar a você o nosso Cur so de D ir e it o Pr oce ssua l
Civil, para o cargo de Procurador do Est ado de São Paulo.
O edit al foi publicado no dia 16.03. A banca organizadora do cert am e é a VUNESP
e as provas obj et ivas ocorrerão em 20 de m aio. São oferecidas 100 vagas iniciais!
Trat a- se da m elhor oport unidade em concursos de procuradoria no ano de 2018.
Vam os falar um pouco sobre a nossa disciplina?
Direit o Processual Civil é um a disciplina nova! Desde a ent rada em vigor da Lei
13.105/ 2015, m uit a coisa m udou desde o CPC73. Diant e disso, t em os que
est udar alguns t em as com t odo cuidado, a fim de que não percam os quest ões
im port ant es na nossa prova.
Com esse curso pret endem os t razer o ent endim ent o da legislação e da
j urisprudência, sem descuidar da dout rina necessária para a com preensão da
m at éria.
Vej am os a em ent a da disciplina no edit al:
PROGRAMA DE DI REI TO PROCESSUAL CI VI L: 1. Direit o Processual Civil: noções gerais,
conceit o, nat ureza e relações com out ros ram os do Direit o. Tut ela const it ucional do
processo. 2. Norm as d 28 Defesa: am plit ude e form as de exercício. Processo: escopos,
conceit o, est rut ura, nat ureza e procedim ent os. 4. Funções essenciais à Just iça:
Magist rat ura, Minist ério Público, Advocacia pública e privada, Defensoria Pública e Auxiliares
da Just iça. I m pedim ent os e suspeições. 5. Tut ela provisória ( t ut ela de urgência e da
evidência) : fundam ent os, pressupost os, fungibilidade, conceit o, finalidade, procedim ent os,
est abilização, efeit os e m odalidades. Tut ela provisória e Fazenda Pública. Tut ela provisória
nos t ribunais. Responsabilidade pelos danos causados pelas lim inares. 6. Processo. Relação
j urídica processual. Pressupost os processuais de exist ência, validade e negat ivos. At os
processuais das part es, do m agist rado e dos auxiliares da Just iça. Form a, t em po e lugar
dos at os processuais. Negócios j urídicos processuais. Prazos processuais em geral e da
Fazenda Pública. Preclusão. Nulidades processuais. Com unicação dos at os processuais.
Form ação, suspensão e ext inção do processo. Processo elet rônico: prát ica elet rônica de at os
processuais. 7. Part es: Conceit o, capacidade, ônus e deveres. Prerrogat ivas da Fazenda
Pública. Represent ação processual das pessoas j urídicas de direit o público.
Responsabilidade por dano processual. Subst it uição e sucessão das part es. Lit isconsórcio.
I nt ervenção lit isconsorcial. I nt ervenção de Terceiros. I nt ervenção da Fazenda Pública. 8.
Honorários, despesas, cust as e m ult as processuais em geral e em relação à Fazenda Pública.
Responsabilidade do Magist rado, do Minist ério Público, dos Advogados públicos e
part iculares, dos Defensores Públicos e dos Auxiliares da Just iça. 9. Fase de conhecim ent o.
Form ação, suspensão e ext inção do processo. Procedim ent o. Pet ição inicial. Pedido e causa
de pedir. Valor da causa. Cit ação. Audiência inicial. Despacho inicial. I ndeferim ent o da inicial
e im procedência lim inar do pedido. Condut as e defesas do réu. Revelia. Saneam ent o e
organização do processo. Providências prelim inares. Julgam ent o ant ecipado. Julgam ent o de
part e do pedido. Julgam ent o conform e o est ado do processo. Teoria geral das provas.
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Princípios que regem a prova civil. Provas em espécie t ípicas e at ípicas. Prova ant ecipada.
Audiência de inst rução e j ulgam ent o. Sent enças de ext inção do processo sem e com
j ulgam ent o do m érit o: efeit os, est rut ura, capít ulos e int erpret ação dessas sent enças. Tut ela
específica e m eios assecurat órios do result ado do processo. Liquidação de sent ença. 10.
Procedim ent os especiais do CPC e da legislação ext ravagant e ( j urisdição cont enciosa e
j urisdição volunt ária) . Ação m onit ória. Ação de prest ação de cont as. Ação de consignação
em pagam ent o. Ação de desapropriação. I nvent ário e part ilha. Em bargos de t erceiro.
Oposição. Habilit ação. Rest auração de aut os. Mandado de segurança: part es, lit isconsórcio,
pet ição inicial, lim inares, procedim ent o, sent ença, recursos. Pedido de suspensão da
segurança. Cum prim ent o de sent ença. Com pet ência originária. 11. Recursos. Teoria geral.
Princípios que regem os recursos cíveis. Recursos em espécie: m odalidades, form as de
int erposição, adm issibilidade, efeit os e j ulgam ent o. Out ros m eios de im pugnação das
decisões j udiciais. Reexam e necessário. 12. Do processo nos t ribunais. Da ordem dos
processos nos t ribunais. Uniform ização de j urisprudência. Assunção de com pet ência.
Conflit o de com pet ência. Hom ologação de decisão est rangeira e cum prim ent o de cart a
rogat ória. I ncident e de Resolução de Dem andas Repet it ivas. I ncident e de arguição de
inconst it ucionalidade. Reclam ação. Ação rescisória. 13. Coisa j ulgada: lim it es obj et ivos e
subj et ivos, fundam ent os, aut oridade, flexibilização e form as de desconst it uição. Eficácia
preclusiva da coisa j ulgada. Relações ent re cognição e coisa j ulgada. 14. Súm ulas e decisões
vinculant es. Conceit os. Procedim ent os de edição e de revisão. Efeit os. Reclam ação. 15.
Teoria geral da execução. Princípios da execução civil. As diversas espécies de execução.
Cit ação do devedor e arrest o. Penhora, depósit o, avaliação e expropriação de bens. Processo
de execução e Fazenda Pública. Tít ulo execut ivo ext raj udicial. Espécies e procedim ent os. 29
Execução Provisória. Defesas do devedor e de t erceiros na execução. Poderes do j uiz e
deveres das part es. Fraude à execução e fraude cont ra credores. Responsabilidade
pat rim onial. Desconsideração da personalidade j urídica. Suspensão e ext inção da execução.
16. Cum prim ent o de sent ença em geral e cont ra a Fazenda Pública. Tít ulos execut ivos
j udiciais. Procedim ent os. Tut ela específica. Poderes do j uiz e deveres das part es.
I m pugnação e out ros m eios de defesa. Cum prim ent o provisório. Pagam ent o de obrigações
de pequeno valor e de grande valor: ofício requisit ório e precat ório. Sequest ro e bloqueio
de bens públicos. I nt ervenção Federal. 17. Arbit ragem , conciliação e m ediação com a
Fazenda Pública: adequação, precauções, responsabilidades, lim it es e efeit os. 18. Processo
colet ivo. Teoria geral: legit im ação, procedim ent os, lim inares, recursos e coisa j ulgada.
Princípios do processo colet ivo. Cum prim ent o de sent ença colet iva. Mandado de Segurança
Colet ivo, Habeas corpus, Habeas Dat a, Mandado de I nj unção, Ação Popular, Ação Civil
Pública, Ação de I m probidade Adm inist rat iva e Dissídio Colet ivo de servidores públicos. 19.
Ações envolvendo pat rim ônio im obiliário. Ações de desapropriação. Ações possessórias.
Ações de responsabilidade civil. Ações m ovidas por servidores públicos em geral. Ações
colet ivas e individuais m ovidas por sindicat os e associações de servidores. Ações sobre
polít icas públicas e sobre fornecim ent o de rem édios ou t rat am ent o de saúde. 20. Processo
j udicial t ribut ário: execução fiscal, ação anulat ória de débit o fiscal, ação de repet ição de
indébit o, ação de consignação em pagam ent o, ação declarat ória, m edida caut elar fiscal e
m andado de segurança. 21. Juizados Especiais Cíveis est aduais e federais. Princípios.
Juizados Especiais da Fazenda Pública: lim it es, part es, t erceiros, com pet ência,
procedim ent o, provas, lim inares, poderes do j uiz, cum prim ent o de sent ença, incident e de
uniform ização e recursos. 22. Jurisprudência dos Tribunais Superiores.
SE VOCÊ FOI N OSSO ALUN O D O CURSO PRÉ- ED I TAL not ou que nest e curso
t em os alguns encont ros a m ais. I sso decorre pelo fat o de que o edit al cont em pla
alguns pont os adicionais na m at éria, com o, por exem plo, a cobrança relat iva à
arbit ragem , j uizados especiais e t ut ela colet iva de direit os. Em relação aos
cont eúdos j á m inist rados, você not ará que o m at erial foi com plem ent ado além
de novas quest ões. Assim , se você j á est udou part e, dê cont inuidade pelo
m at erial novo nos pont os acim a cit ados e o ut ilize m at erial para revisão das
quest ões, leit ura de resum os e dest aques da legislação e j urisprudência.
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M e t odologia
Con t e ú dos
A base inicial de est udo são os t em as t eóricos de cada assunt o. Cont udo, para
fins de concurso, not adam ent e para provas obj et ivas, paut am os o curso:
na le gisla çã o pr oce ssua l a t ua liza da , not adam ent e no NCPC. Os
cont eúdos t erão enfoque prim ordial no ent endim ent o da legislação, haj a
vist a que a m aioria das quest ões cobram a lit e r a lida de da s le is.
Em alguns pont os é im port ant e o conhecim ent o de a ssunt os t e ór icos
e dout r in á r ios, de dout rinadores consagrados na área.
A j u r ispr udê ncia dos t ribunais superiores – especialm ent e STF e STJ –
serão m encionados quando forem relevant es para a nossa prova.
Não t rat arem os da dout rina e da j urisprudência em excesso, m as na m edida do
necessário para fins de prova. Caso cont rário, t ornaríam os o curso
dem asiadam ent e ext enso e im profícuo.
De t oda form a, podem os afirm ar que as aulas serão baseadas em várias “ font es” .
FON TES
Jurisprudência
Dout rina, quando Assunt os
Legislação ( em relevant e dos
essencial e relevant es no
sent ido am plo) Tribunais
m aj orit ária cenário j urídico
Superiores
Qu e st õe s de con cu r so
Há inúm eros est udos que discut em as m elhores t écnicas e m et odologias para
absorção do conhecim ent o. Ent re as diversas t écnicas, a resolução de quest ões
é, cient ificam ent e, um a das m ais eficazes.
Som ada à escrit a de form a facilit ada, esquem at ização dos cont eúdos,
priorizarem os quest ões ant eriores de concurso público.
Além disso, ao longo do cont eúdo t eórico vam os t razer quest ões com ent adas de
concursos. Em regra, pinçam os didat icam ent e alt ernat ivas ou assert ivas de
quest ões ant eriores, com cunho exclusivam ent e didát ico. Você vai not ar que nem
farem os referência à banca, pois a ideia é ut ilizar quest ões didat icam ent e
relevant es para dem onst rar com o a t em át ica pode ser explorada em provas.
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Apr e se n t a çã o Pe ssoa l
Por fim , rest a um a breve apresent ação pessoal. Meu nom e é Ricardo St rapasson
Torques! Sou graduado em Direit o pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR) e
pós- graduado em Direit o Processual.
Est ou envolvido com concurso público há, aproxim adam ent e, 08 anos, quando
ainda est ava na faculdade. Trabalhei no Minist ério da Fazenda, no cargo de ATA.
Fui aprovado para o cargo de Fiscal de Tribut os na Prefeit ura de São José dos
Pinhais/ PR e para os cargos de Técnico Adm inist rat ivo e Analist a Judiciário nos
TRT 4ª , 1º e 9º Regiões. At ualm ent e, resido em Cascavel/ PR e sou professor
exclusivo do Est rat égia Concursos.
Já t rabalhei em out ros cursinhos, presenciais e on- line e, at ualm ent e, e m
pa r ce r ia com o Est r a t é gia Concur sos la nça m os dive r sos cu r sos,
not a da m e nt e na s á r e a s de D ir e it o Ele it or a l, de D ir e it o Pr oce ssua l Civil e
de D ir e it os H um a nos.
Deixarei abaixo m eus cont at os para quaisquer dúvidas ou sugest ões. Será um
prazer orient á- los da m elhor form a possível nest a cam inhada que se inicia hoj e.
www.fb.com / dpcparaconcursos
@proft orques
Cr on ogr a m a de Au la s
Vej am os a dist ribuição das aulas:
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Au la 0 4 4. Funções essenciais à Just iça: Magist rat ura, Minist ério 02.04
Público, Advocacia pública e privada, Defensoria Pública e
Auxiliares da Just iça. I m pedim ent os e suspeições.
8. Honorários, despesas, cust as e m ult as processuais em
geral e em relação à Fazenda Pública. Responsabilidade do
Magist rado, do Minist ério Público, dos Advogados públicos
e part iculares, dos Defensores Públicos e dos Auxiliares da
Just iça.
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Au la 0 9 Teoria geral das provas. Princípios que regem a prova civil. 18.04
Prova ant ecipada. Audiência de inst rução e j ulgam ent o.
Au la 1 1 Sent enças de ext inção do processo sem e com j ulgam ent o 22.04
do m érit o: efeit os, est rut ura, capít ulos e int erpret ação
dessas sent enças. Tut ela específica e m eios assecurat órios
do result ado do processo. Liquidação de sent ença.
13. Coisa j ulgada: lim it es obj et ivos e subj et ivos,
fundam ent os, aut oridade, flexibilização e form as de
desconst it uição. Eficácia preclusiva da coisa j ulgada.
Relações ent re cognição e coisa j ulgada.
16. Cum prim ent o de sent ença em geral e cont ra a
Fazenda Pública. Tít ulos execut ivos j udiciais.
Procedim ent os. Tut ela específica. Poderes do j uiz e
deveres das part es. I m pugnação e out ros m eios de
defesa. Cum prim ent o provisório. Pagam ent o de
obrigações de pequeno valor e de grande valor: ofício
requisit ório e precat ório. Sequest ro e bloqueio de bens
públicos. I nt ervenção Federal.
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As aulas foram dist ribuídas para que possam t rat ar de ada cont eúdo com a calm a
e profundidade necessárias. Event uais aj ust es de cronogram a podem ser
necessários.
N ORMAS P ROCESSUAI S CI VI S
1 - Con side r a çõe s I n icia is
A prim eira coisa que deve ser com preendida ant es de iniciar o est udo de
det erm inada disciplina é saber o que e la é pr opr ia m e nt e . Para quem est á
iniciando é im port ant e para se sit uar na m at éria. Se você j á t em essa noção,
ainda assim não deixe de ler – ainda que m ais rápido –, pois o Direit o Processual
Civil, com o Novo Código de Processo Civil ( NCPC) , t raz novos pressupost os e
um a releit ura const it ucional.
Em sínt ese, abordarem os os seguint es grupos de assunt os:
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Sem som bra de dúvidas, o segundo t ópico é m ais relevant e, pois além de ser o
m ais cobrado em provas, é fundam ent al para que você com preenda o est udo do
Direit o Processual Civil.
Ant es de você com eçar, gost aria de esclarecer um det alhe: algum as quest ões
t razem princípios não explicados ao longo do cont eúdo t eórico. I sso ocorre
porque m uit os deles se referem a inst it ut os processuais civis, que serão
e st uda dos e m a u la s fut ur a s. Preferim os, por quest ões didát icas, priorizar, na
análise t eórica, os princípios foram referidos pelo NCPC. De t oda form a, a fim de
que sua preparação sej a com plet a, quando necessário, explicit arem os o cont eúdo
desses princípios na análise das quest ões e, ao final, reproduzim os t odos eles em
um grande resum o. Claro, se houver dúvida, est ou disponível no fórum .
Boa a aula a t odos!
A ideia dest e t ópico inicial é est abelecer algum as pr e m issa s t e ór ica s que
perm eiam o est udo do Direit o Processual Civil. Vam os com preender,
basicam ent e, algum as caract eríst icas do pensam ent o j urídico at ual e os conceit os
de processo e de t ut ela j urisdicional.
1
A part ir da obra de LOURENÇO, Haroldo. Pr oce sso Civil Sist e m a t iza do. 3ª edição, rev. e
at ual., São Paulo: Edit ora Mét odo, 2017, p. 1 e seguint es.
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No princípio o processo é vist o com o um conj unt o de form as para que o direit o
possa ser exercido. O processo confunde- se com o próprio direit o m at erial. Na
realidade, o processo é, t ão som ent e, o direit o m at erial “ em m ovim ent o” . Dit o
de out ra form a, quando alguém t em um direit o e encont ra resist ência, pode
m ovim ent ar esse direit o para vê- lo assegurado por int erm édio de um processo.
É por essa razão que essa fase é conhecida com o praxism o ou fase sincret ist a.
Há um único corpo que agrega o direit o m at erial e processual.
Na fase seguint e – do processualism o – o processo ganha relevo e aut onom ia
frent e ao direit o m at erial. Essa fase é relevant e para dest acar o Direit o
Processual com o disciplina cient ificam ent e aut ônom a. Por out ro, a busca pela
aut onom ia im plicou no dist anciam ent o em relação ao direit o m at erial, o que é
prej udicial, vist o que o processo exist e para acert ar quest ões de direit o m at erial.
Com o um m eio t erm o, a fase subsequent e – do inst rum ent alism o – surge para,
dent ro da esfera de aut onom ia do Direit o Processual frent e ao Direit o Mat erial,
relacionar am bas as esferas. É no cont ext o do inst rum ent alism o que t em os a
discussão no sent ido de que o direit o processual concret iza e t orna efet ivo o
direit o m at erial, ao passo que o direit o m at erial dá sent ido ao direit o processual.
Mais recent em ent e t em os o desenvolvim ent o fase do neoprocessualism o,
t am bém conhecido com o form alism o valorat ivo, form alism o ét ico ou m odelo
const it ucional de processos. Em bora esses nom es sej am diferent es, podem os
t rat a- los dent ro da m esm a fase, com o sinônim os. A fundo, t em os algum as
dist inções, m as t odos os aut ores que em pregaram essa t erm inologia, chegaram
à conclusão de que as norm as de direit o processual part em da Const it uição.
Va m os sint e t iza r o que vim os a t é a qui?!
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• aut onom ia
• direit o processual em esfera t ot alm ent e dist int a do direit o m at erial
I N STRUM EN TALI SM O
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“ ordenam ent o j urídico” , que engloba t odas as norm as processuais civis, sej a elas
princípios ou regras.
Há um rol ext enso e exem plificat ivo de princípios processuais que m arcam a
int erpret ação e aplicação das regras processuais. Ent re eles, o princípio do acesso
à Just iça é um dos m ais relevant es. Previst o no art . 5º , XXXV, da CF, e no art .
3º , do NCPC, esse princípio deve ser encarado de form a am pla, com a finalidade
de incluir:
o ingresso com ações em j uízo;
Esse é o conceit o habit ual e rest rit o do direit o ao acesso à Just iça.
observância das garant ias do devido processo legal;
Sim plesm ent e o direit o de ingresso não é suficient e, no am plo acesso à j ust iça é
fundam ent al que o procedim ent o se desenvolva com respeit o às norm as processuais.
efet ividade do cont radit ório, na m edida em que as part es part iciparão do processo de
form a dialét ica;
O am plo acesso à j ust iça pressupõe não apenas o direit o de part icipar, m as de t er
condições de influir na decisão do m agist rado.
adequação e t em pest ividade dos procedim ent os j udiciais; e
O acesso à j ust iça em sent ido am plo pressupõe que os procedim ent os j udicias além de
adequados devem ser prest ados com celeridades, com vist as a at ender crit érios de
t em pest ividade.
criação de t écnicas que perm it am a efet iva sat isfação do direit o pela part e vencedora.
Por fim , o am plo acesso à j ust iça pressupõe que, um a ver acert ado de quem é o direit o,
t enham os m ecanism os suficient es e adequados para que possam os garant ir a sat isfação
da part e credora.
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Essas caract eríst icas, em sínt ese, denot am que o Direit o é sem pre pensado a
part ir da Const it uição ( que t em força norm at iva e se sobrepõe a t odas as dem ais
norm as) . Além disso, sem pre que est udam os algum assunt o j urídico nos
deparam os com princípios e esses princípios const it uem espécie de norm as. Logo,
é possível, por exem plo, se o j uiz decida exclusivam ent e com base em princípios.
At é m esm o pela exist ência de princípios, o j uiz não é um m ero aplicador da lei
ao caso concret o, ele irá criar a norm a concret am ent e aplicável. Por fim , t oda a
razão do direit o est á em realizar o princípio da dignidade. Afinal, o direit o serve
para regrar a vida das pessoas e para que essas pessoas vivam com dignidade.
Com o avançar da m at éria, essas caract eríst icas serão reveladas dent ro do
Código. Essas caract eríst icas est ão present es no est udo do Direit o Processo Civil.
2 .2 - Pr oce sso
A dout rina de Fredie Didier Jr. 3 explora m uit o bem a conceit uação de processo.
Segundo o aut or, podem os com preender o processo de t rês form as:
2
Com base na dout rina de Fredie Dider Jr. I n: DI DI ER JR., Fredie. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssua l
Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil, Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª
edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 44 e seguint es.
3
DI DER JR., Fredie. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 32 e seguint es.
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4
DI DER JR., Fredie. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 36.
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direit o direit o
m at erial processual
São conceit os t eóricos e, m uit as vezes, vagos, m as para a corret a com preensão
da m at éria é im port ant e o enfrent am ent o do assunt o no início do curso. Além
disso, podem os t er esses conceit os explorados em prova quando houver um a
quest ão um pouco m ais aprofundada.
Agora sim , vam os ent ender o que é t u t e la j ur isdiciona l!
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Já a arbit ragem const it ui a t écnica de het erocom posição de conflit os pela at uação
de árbit ros, livrem ent e escolhido pelas part es, por int erm édio de convenção
privada, que decidirá o conflit o relat ivo aos direit os disponíveis.
Todas essas form as de solução de conflit os não se inserem na at ividade fim do
Est ado, m as são est udadas pelo Direit o Processual Civil.
Assim ...
Claro que boa part e do nosso est udo é reservado à prest ação da t ut ela
j urisdicional, cuj a disciplina é m ais ext ensa e det alhada. Mas não podem os
ignorar os denom inados m eios alt ernat ivos.
A prest ação da t ut ela j urisdicional assum iu novo t rat am ent o com o NCPC. No
Código de Processo Civil de 1973 ( CPC73) , originariam ent e, havia um a grande
preocupação com a decisão de conhecim ent o. O CPC73 foi est rut urado de m odo
a criar condições para que a sent ença fosse adequada. Cont udo, com o t em po,
not ou- se que dar um a sent ença de m érit o, que at ribua e assegure direit os e
garant ias, de nada adiant a se não houver m eios para que fosse execut ada.
A execução – ou cum prim ent o da sent ença – não foi pensada no CPC73 para ser
efet iva. Na realidade, o j urisdicionado vencia a ação j udicial m as não levava. Não
t ínham os, port ant o, prest ação e fe t iva da t ut ela j urisdicional.
Com isso, os j urist as perceberam que seria necessário criar inst rum ent os para
conferir efet ividade ao processo. O CPC73 foi alt erado, m as não foi o suficient e.
Agora, com o NCPC espera- se, por m eio dos inst rum ent os criados, t ornar efet iva
a t ut ela. Tão im port ant e com o conhecer do direit o é criar condições concret as
para aplicá- lo, sat isfazendo o direit o t al qual conhecido.
Fala- se, port ant o, em t ut ela sat isfat iva. A efet iva t ut ela j udicial depende do
conhecim ent o ( sent ença de m érit o) e do cum prim ent o ( execução) .
Didat icam ent e, t em os:
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Não é nossa função aqui analisar t odas essas regras, pois o assunt o é est udado
em Direit o Const it ucional, m as, é im port ant e que você saiba que esse grupo de
regras est abelece o m odelo, o pont o de part ida do est udo processual.
( i) Os pr incípios const it u ciona is do dir e it o pr oce ssua l civil com preendem
um conj unt o de norm as que fixa a diret riz m ínim a. Ent re os princípios
const it ucionais processuais civis, dest acam - se:
princípio do acesso à j ust iça;
princípio do devido processo legal;
princípio do cont radit ório;
princípio da am pla defesa;
princípio da inafast abilidade da j urisdição ( ou j uiz nat ural) ;
princípio da im parcialidade;
5
BUENO, Cassio Scarpinella. M a n ua l de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil. Vol. Único, 2ª edição, São
Paulo: Edit ora Saraiva S/ A, 2016, p. 43.
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Para fins dos nossos est udos, é suficient e que saibam os o conceit o e o
em basam ent o legal de cada um deles, nada m ais do que isso. I nclusive, em
relação a alguns princípios, eles são t rat ados t am bém no NCPC, nesses casos,
vam os aprofundá- los. Nest e pont o da aula, desej am os, apenas, que você
com preenda o conceit o.
Evident em ent e, que essa influência será para obt er um provim ent o favorável aos
int eresses da part e.
Esse princípio, cont udo, não se confunde com o próxim o.
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Esse princípio est á previst o no art . 5º , XXXV, da CF, e t raduz a ideia de que a
j urisdição é perm anent e e ficará aguardando que um a part e int eressada ( o
aut or) , provoque- a. A part ir do m om ent0o em que a j urisdição é provocada, t em os
o surgim ent o do processo ( t ecnicam ent e podem os afirm ar: “ da relação j urídico
processual) .
Princípio da im parcialidade
Esse princípio é im port ant e para conferir legit im idade à at uação j urisdicional.
Com o o Est ado at rai para si a j ur isdiçã o, nã o pode r á e x e r cê - la e m be ne fício
pr ópr io ou dos se us j ulga dor e s.
Assim , para que o processo sej a válido, é pressupost o que o j uiz sej a im parcial e
não incorra nas hipót eses de im pedim ent o ou de suspeição, que são est udadas
no art . 144 e art . 145, am bos do NCPC.
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Princípio da m ot ivação
Para encerrar o rol dos princípios const it ucional, t em os o princípio da m ot ivação,
que est á nos m esm os incisos que vim os no princípio ant erior.
Esse princípio inform a que o j uiz, a o de cidir , de ve r á cot e j a r os fa t os com o
dir e it o a plicá ve l, a r gum e nt a ndo e x pr e ssa m e nt e a s r a zõe s que le va r a m
e le de cidir da que la for m a .
O princípio da m ot ivação é im port ant e para que haj a o princípio do duplo grau de
j urisdição. Dit o de out ro m odo, para que a part e possa recorrer, é necessário
saber quais foram os fundam ent os ut ilizados pelo j uiz da decisão recorrida.
Reit eram os, a pret ensão não é esgot ar os princípios, m as est udá- los de form a
obj et iva, t al com o cobrado em prova, a part ir da nossa Const it uição.
Vam os prosseguir?!
Caso não est ej a lem brado, est am os falando das regras const it ucionais que at uam
diret am ent e na esfera processual. Vim os a prim eira, que se refere aos princípios
const it ucionais do processo civil. As dem ais seguem abaixo:
( ii) A CF delineia t am bém a e st r ut ur a do Pode r Judiciá r io br a sile ir o, com a
repart ição da função j urisdicional a part ir das regras de com pet ência.
Assim , quando o cidadão t em um conflit o de int eresses envolvendo cont rat o de
locação saberá, a part ir da CF, que essa ação deve ser aj uizada perant e o Poder
Judiciário Est adual Com um . Agora, na hipót ese de um cont rat o versar
especificam ent e de relação de t rabalho, o aj uizam ent o será perant e o Poder
Judiciário Federal Especial Trabalhist a. Todas essas regras const am da
Const it uição.
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( iii) No t erceiro grupo há est rut uração das fu n çõe s e sse ncia is à Just iça com o
a m agist rat ura, o Minist ério Público, a Defensoria Pública e a advocacia privada.
Tem os, na CF, regras gerais delineando padrões de at uação de at ores que –
j unt am ent e com as part es – porão a est rut ura j udiciária em funcionam ent o.
( iv) A CF est abelece, ainda, alguns procedim ent os específicos cuj a im port ância
rem et e, ao m enos, à previsão desse inst rum ent o na CF. Ent re os pr oce dim e nt os
j ur isdiciona is dife r e ncia dos dest acam - se o m andado de segurança, a ação
civil pública e as ações do cont role concent rado de const it ucionalidade.
Todas essas ações est ão indicadas na Const it uição e m elhor det alhadas em leis
processuais infraconst it ucionais.
À luz dessas regras t em os o Direit o Processual Civil brasileiro.
Confira um a quest ão de prova de concurso público que, ant es m esm o do NCPC,
evidencia o que abordam os acim a:
( TJ- CE/ Tit u la r de Se r viços de N ot a s e de Re gist r os/ 2 0 1 1 ) O Est ado cont em porâneo, com o
expressão do Est ado Social, t em dent re os seus em basam ent os os princípios const it ucionais de
j ust iça e os direit os fundam ent ais. Nesse cont ext o, apont e a alt ernat iva I NCORRETA:
a) Nenhum a lei processual pode cont rariar os princípios const it ucionais e os direit os
fundam ent ais, sob pena de inconst it ucionalidade.
b) No caso de lei processual cuj a aplicação conduz a um j uízo de inconst it ucionalidade, o j uiz de
prim eiro grau poderá declará- la ou, m ediant e a t écnica da int erpret ação conform e a Const it uição,
aplicar a t écnica da declaração parcial de nulidade sem redução de t ext o.
c) As norm as processuais, por sua nat ureza, subm et em - se ao princípio da suprem acia da lei e à
vont ade do legislador, criador da norm a geral e, port ant o, do direit o posit ivo no Est ado
dem ocrát ico de direit o.
d) A lei processual deve ser com preendida e aplicada de acordo com a Const it uição. Por isso,
havendo m ais de um a solução, na int erpret ação da lei, a decisão deve opt ar por aquela que
out orgue m aior efet ividade à Const it uição.
Com e n t á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, pois ret rat a j ust am ent e a suprem acia da Const it uição em relação
ao rest ant e do ordenam ent o infraconst it ucional.
A a lt e r n a t iva B t am bém est á corret a. Em bora envolva assunt o de Direit o Const it ucional, vam os
analisar a quest ão. Se o j uiz verificar, no caso concret o, que det erm inada norm a cont raria a
Const it uição, poderá afast á- la no exercício do cont role difuso de const it ucionalidade ou poderá
m oldar a int erpret ação da norm a segundo a diret riz const it ucional que se dá, por ent re out ras
t écnicas, pela int erpret ação conform e a Const it uição.
A a lt e r na t iva C é a incorret a e, assim , o gabarit o da quest ão. As norm as processuais são
evidenciadas por regras e princípio legais, e, port ant o, não se “ subm et em à suprem acia da lei” ,
m as represent am a suprem acia da lei. A única form a de subm issão da legislação processual diz
respeit o às norm as com st at us const it ucional. Além disso, a subm issão à vont ade do legislador é
consent ânea do Est ado Liberal, não se aplicando ao Est ado Dem ocrát ico de Direit o.
Sem fundam ent o a alt ernat iva.
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Por fim , a a lt e r na t iva D est á corret a e explicit a j ust am ent e o carát er conform ador da
Const it uição que se aplica t am bém à int erpret ação. Se t iverm os duas possibilidades
int erpret at ivas da lei processual, devem os seguir a que se conform a com a CF.
Vam os em frent e!
2 .5 - Sist e m a s de Ju st iça
A exist ência de conflit os de int eresse é algo com um em nossa sociedade. Se t odos
respeit ássem os a regra segundo a qual o “ m eu direit o t erm ina onde com eça o do
out ro” não haveria necessidade de sist em as de j ust iça. Cont udo, a com plexidade
das relações sociais leva à exist ência de conflit os.
Se os conflit os são inevit áveis, é fundam ent al que haj a um a form a de solucionar
esses conflit os.
At ualm ent e, conform e explicit a a dout rinas, e isso fica evident e no NCPC, t em os
várias form as de resolver os conflit os exist ent es nas relações sociais. A esse
conj unt o de form as de solução de conflit os, dá- se o nom e de “ sist em a de j ust iça
m ult iport as” .
conciliação
m ediação
SI STEM A D E JUSTI ÇA
M ULTI PORTAS
arbit ragem
precedent es j udiciais
São t odos sist em as de que a sociedade dispõe para a solução de conflit os.
Port ant o, o Poder Judiciário não é a única form a, m as um a dent re várias as
form as de pacificação de conflit os exist ent es na sociedade.
2 .6 - D e st a qu e s do N CPC
Apenas com o int uit o de sit uá- los no est udo do Direit o Processual Civil é
im port ant e dest acar que, em relação à sist em át ica ant erior do CPC73, o NCPC
t raz algum as regras im port ant es:
neoprocessualism o: int erpret ação do Direit o Processual Civil a part ir da Const it uição,
com a exist ência de norm as processuais fundam ent ais;
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t rat am ent o igualit ário às part es ( em sent ido m at erial) , o que perm it e regras com o a
dist ribuição dinâm ica das provas, a grat uidade de j ust iça, a paridade de arm as, vedação
à decisão surpresas et c.
criação de novas espécies de int ervenção de t erceiro ( incident e de desconsideração da
personalidade j urídica e am icus curie) ;
valorização dos m ecanism os de aut ocom posição de lit ígios;
desenvolvim ent os dos m eios t ecnológicos na t ram it ação processual ( por exem plo,
cit ação elet rônica) ,
precedent es com força obrigat ória
O precedent e const it ui 6 “ a decisão j udicial t om ada à luz de um caso concret o, cuj o núcleo
essencial pode ser com o diret riz para o j ulgam ent o post erior de casos análogos” .
Assim , no caso concret o o m agist rado deverá cot ej ar a decisão a ser prolat ada com o que
pret ende decidir. Há, na realidade, obrigação de observar a “ rat io decidendi” paradigm a
com a quest ão que est á sob j ulgam ent o. Desse m odo, não aplicará o precedent e apenas
se est e est iver superado ou em confront o com o caso concret o. Nesses casos, decorre a
possibilidade de decisão com base naquilo que preveem as norm as processuais ( regras e
princípios) .
Essas são apenas algum as regras im port ant e dent re as diversas alt erações que
t ivem os no NCPC.
Legislar sobre procedim ent os, const it ui t arefa legislat iva da União, dos est ados-
m em bros e do Dist rit o Federal. O art . 24, XI , da CF, est abelece que a União é
6
DONI ZETTI , Elpídio. Cu r so D idá t ico de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. 19ª edição, São Paulo:
Edit ora At las S/ A, 2016, p. 20.
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responsável pela edição de norm as gerais, ao passo que os est ados- m em bros e
o Dist rit o Federal serão responsáveis por t rat arem das regras específicas. Vej a:
Art . 24. Com pet e à União, aos Est ados e ao Dist rit o Federal legislar concorrent em ent e
sobre: ( ...)
XI - procedim ent os em m at éria processual; ( ...)
Assim ...
Nesse cont ext o a Lei 13.105/ 2015 é norm a de Direit o Processual ( no âm bit o da
com pet ência privat iva) , m as que cont ém regras gerais acerca do procedim ent o
( com pet ência concorrent e) . Essas regras gerais est abelecidas pela União, são
com plet adas pelas denom inadas Lei de Organização Judiciária dos Est ados
( com pet ência concorrent e) .
Tradicionalm ent e diz- se que as norm as que disciplinam a relação processual são
cogent es, ao passo que as norm as procedim ent ais são disposit ivas. Assim , as
norm as que disciplinam a relação processual não podem ser m odificadas pela
vont ade das part es, ao passo que as norm as procedim ent ais adm it em
flexibilização. De t odo m odo, com as regras do NCPC, essa análise de form a
est át ica é quest ionável em vist a da possibilidade de form ação de negócios
j urídicos processuais e da calendarização do processo. Assunt o que é m elhor
est udado nos art s. 190 e 191 do NCPC.
Para encerrar, um a consideração.
Em regra, os t rat ados e convenções int ernacionais int ernalizados perant e nosso
ordenam ent o j urídico, um a vez cum pridas as form alidades, ingressam em nosso
ordenam ent o na qualidade de norm as infraconst it ucionais federais, t al com o um a
lei ordinária. Ent ret ant o, quando esse t rat ado ou convenção int ernacional
envolver Direit os Hum anos, t erá carát er supralegal, conform e ent ende o STF, e,
se int ernalizados na form a do art . 5º , §3º , da CF, possuirão st at us de norm a
const it ucional. Qu a l a r e le vâ ncia dos t r a t a dos int e r na ciona is de dir e it os
hum a nos pa r a fins de pr oce sso civil?
Tem os algum as convenções e t rat ados int ernacionais que preveem direit os e
garant ias processuais, que são espécie de direit os hum anos de liberdade,
verdadeiros direit os hum anos de 1ª dim ensão. Em razão disso, se aprovados de
acordo com o quórum especial serão norm as const it ucionais, caso cont rário serão
considerados, à luz da j urisprudência do STF, norm as supralegais.
At ent o a esse det alhe, t em os a seguint e redação no art . 13, do NCPC:
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Art . 13. A j u r isdiçã o civil será regida pelas norm as processuais brasileiras, r e ssa lva da s
as disposições específicas previst as em t rat ados, convenções ou acordos int ernacionais de
que o Brasil sej a part e.
Sigam os!
ciência da
int erpret ação busca do sent ido da t écnica de
norm a j urídica result ado do
preenchim ent o de processo
lacunas na norm a int erpret at ivo e
norm as e princípios j urídica int egrat ivo, pelo
que nort eiam a part e da norm a qual há o
int epret ação j urídica enquadram ent o da
norm a ao caso
at ua na ausência na concret o
saber t eórico saber prát ico norm a
Em relação às regras de int erpret ação verem os, ainda na aula de hoj e, algum as
regras a part ir da lit eralidade do NCPC.
7
MARI NONI , Luiz Guilherm e, ARENHART, Sérgio Cruz e MI TI DI ERO, Daniel. Código de Pr oce sso
Civil Com e n t a do, 2ª edição, rev., am pl. e at ual., São Paulo: Edit ora Revist a dos Tribunais, 2016,
p. 1426
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Vam os em frent e!
5 .1 - Con ce it o
A expressão “ font es” refere- se aos m odos de e la bor a çã o e de r e ve la çã o da
nor m a j ur ídica . A palavra font e rem et e à ideia de origem , de nascedouro, de
surgim ent o. É j ust am ent e esse o conceit o de font e para o direit o:
Font e é a quilo que dá or ige m a o dir e it o ou, m a is e spe cifica m e nt e , à s
nor m a s j ur ídica s.
Para fins de provas de concurso público, devem os conhecer as classificações
t radicionais de font es do Direit o Processual Civil.
5 .2 - Cla ssifica çã o
A classificação de font es t em por finalidade facilit ar a com preensão da est rut ura,
im port ância e aplicação das norm as processuais. A ideia é criar um a sist em át ica
a fim facilit ar a com preensão das diversas font es do Direit o Processual Civil.
Tem os, cont udo, um problem a! Cada dout rinador cria um a didát ica própria para
analisar as norm as processuais. Out ros dout rinadores, com um viés m ais
m oderno, nem m esm o falam em classificação das norm as.
8
Com base em THEODORO JR., Hum bert o. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssua l Civil, volum e 1, rev.,
at ual. e am pl., 56ª edição, São Paulo: Edit ora Forense, 2016.
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lei j urisprudência
Para além da sist em át ica das súm ulas vinculant es, que possuem disciplina
const it ucional ( art . 103- A, da CF) , o NCPC vai além e prevê inclusive um sist em a
processual que se aproxim a do com m om law ao prever o dever de o m agist rado
observar precedent es de t ribunais, not adam ent e dos t ribunais superiores ( STJ e
STF) .
9
THEODORO JR., Hum bert o. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssua l Civil, volum e 1, rev., at ual. e am pl.,
56ª edição, São Paulo: Edit ora Forense, 2016, p. 126.
10
GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. D ir e it o Pr oce ssua l Civil Esqu e m a t iza do. 2ª edição, rev.
e am pl., São Paulo: Edit ora Saraiva, 2012, p. 75.
11
DONI ZETTI , Elpídio. Cu r so D idá t ico de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. 19ª edição, São Paulo:
Edit ora At las S/ A, 2016, p. 6.
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legislat ivas, t ais com o a j urisprudência, analogia, cost um es, princípios gerais do
direit o e os precedent es.
Já as font es m at eriais ( ou não form ais) são aquelas que possuem podem de
orient ar a aplicação, a criação e o surgim ent o de norm as form ais. Cit a- se com o
exem plo a dout rina e a j urisprudência em carát er geral ( logo, sem considerar as
súm ulas e os precedent es de carát er obrigat ório) .
As font es m at eriais est ão relacionadas com fat ores sociais, polít icos, hist óricos,
cult urais e econôm icos que influenciam na criação da norm a j urídica 12 .
Esquem at izando, t em os:
analogia
Form ais
cost um es
princípios gerais
Secundárias
FON TES do direit o
Vam os seguir?!
12
DONI ZETTI , Elpídio. Cu r so D idá t ico de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. 19ª edição, São Paulo:
Edit ora At las S/ A, 2016, p. 6.
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Para a dout rina de Fredie Didier Jr., o processo será devido se est iver de acordo
com o Direit o com o um t odo, const it uindo um a garant ia cont ra o exercício
abusivo.
Assim , o cont eúdo do princípio do devido processo legal é com plexo e envolve
t odo o conj unt o de direit os e garant ias processuais previst os, expressa e
im plicit am ent e, na Const it uição e na legislação processual.
Assim , t odas as regras que se seguirão definem o devido processo legal.
Adem ais, a dout rina discorre acerca das D I M EN SÕES do princípio do devido
processo legal.
Pelo de vido pr oce sso le ga l su bst a n t ivo ent ende- se a aplicação do princípio da
r a zoa bilida de e da pr opor cion a lida de .
13
NERY JR., Nelson. Pr in cípios do Pr oce sso Civil n a Con st it u içã o Fe de r a l, 7ª edição. São
Paulo: Edit ora Revist a dos Tribunais, 2002, p. 75.
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Já pelo de vido pr oce sso j u dicia l ( ou for m a l) ent ende- se que t odo o pr oce sso de ve
se de se nvolve r se guin do r igor osa m e n t e os dit a m e s le ga is.
Em sínt ese:
( TJ- AC/ Té cn ico Ju diciá r io/ 2 0 0 2 ) Acerca dos princípios const it ucionais do processo civil
relat ivos ao princípio do devido processo legal e seus consect ários lógicos, j ulgue os it ens a seguir.
Considera- se o princípio do devido processo legal um supraprincípio, em virt ude de consist ir em
um princípio base, nort eador dos dem ais princípios que devem ser observados no processo.
Com e n t á r ios
Est á cor r e t a a assert iva, t endo em vist a que ret rat a j ust am ent e a ideia do devido processo legal
com o basilar do sist em a processual civil, const it uindo verdadeiro supraprincípio.
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Pa r a com e ça r ...
Parece algo sem m uit a relevância para fins de prova, m as não se engane! Esse
esquem a dem onst ra perfeit am ent e que os princípios possuem força cogent e.
Em bora não se confundam com as regras, os princípios possuem carát er
vinculat ivo e podem servir com o único fundam ent o para j ust ificar um a decisão
j udicial. Ao cont rário do que t ínham os há duas décadas, hoj e, m aj orit ariam ent e
( na dout rina, na j urisprudência e t am bém na legislação) , os princípios N ÃO sã o
a pe na s ve t or e s de int e r pr e t a çã o, m a s nor m a s!
Verem os, nesse t ópico, as bases que sust ent am t odo o Direit o Processual Civil
at ual, const it uídas por regras fundam ent ais e por princípios fundam ent ais.
Esse conj unt o de norm as nã o é e x a u st ivo ( ou num erus clausus) , de form a que
encont rarem os, ao longo do NCPC, out ras “ norm as fundam ent ais” explícit as e,
t am bém , im plícit as. As norm as im plícit as são aquelas que, em bora não escrit as,
podem ser ext raídas das regras e dos princípios expressam ent e prescrit os, por
int erm édio de um a int erpret ação sist em át ica.
Além disso, com o padrão em t odo ram o j urídico, t em os “ norm as fundam ent ais”
na Const it uição Federal ( CF) , diplom a fundam ent al hierarquicam ent e superior ao
NCPC ( que é um a lei infraconst it ucional, de carát er nacional) . A CF possui
algum as norm as processuais que são enquadradas com o garant ias fundam ent ais,
prescrit as especialm ent e no art . 5º . Essas garant ias, em razão da form a que
foram prescrit as, const it uem princípios fundam ent ais. Ent re eles, cit am os dois:
a) o princípio do devido processo legal, base do sist em a norm at ivo processual; e
b) os princípios do cont radit ório e da am pla defesa, que envolvem o direit o de
inform ação e part icipação processuais.
Se m a dia nt a r a ssunt os fut ur os, por or a você de ve sa be r :
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N ORM AS
F UN D AM EN TAI S D O
P ROCESSO CI VI L
EN CON TRAM - SE:
na Const it uição
especialm ent e nos ao longo dos dem ais
Federal, com o
prim eiros 12 art igos do disposit ivos do NCPC,
princípios processuais
NCPC; de form a esparsa; e
fundam ent ais.
Vam os, ent ão, analisar quais são essas fam igeradas “ norm as fundam ent ais” ?!
A Const it uiçã o é a norm a m ais im port ant e do ordenam ent o e con for m a
( or ie nt a ) t oda a le gisla çã o in fr a const it uciona l e, port ant o, o processo civil
será ordenado, disciplinado e int erpret ado conform e a CF. De t oda form a, é
im port ant e conhecer o disposit ivo para não perder um a quest ão de prova lit eral.
Assim ...
pr in cípio
“ com eça por iniciat iva da part e”
disposit ivo
pr in cípio
“ se desenvolve por im pulso oficial”
in qu isit ivo
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Esses princípios são t ão im port ant es para o est udo do direit o processual que são
ut ilizados para j ust ificar os m odelos processuais.
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( TRE- GO/ Ana list a Ju diciá r io - Ár e a Ju diciá r ia / 2 0 1 5 ) Com base no que dispõe o Código de
Processo Civil, j ulgue o it em seguint e.
No direit o processual civil, expressa disposição legal adm it e que o j uiz aj a de ofício e det erm ine
a produção de prova, o que const it ui exceção ao princípio conhecido com o disposit ivo.
Com e n t á r ios
Em bora prevaleça o princípio disposit ivo, t em os várias sit uações, ao longo do processo, em que
o m agist rado poderá agir de ofício na condução do processo. De acordo com o art . 370, do NCPC:
“ Art . 370. Caberá ao j uiz, de ofício ou a requerim ent o da part e, det erm inar as provas necessárias
ao j ulgam ent o do m érit o.
Parágrafo único. O j uiz indeferirá, em decisão fundam ent ada, as diligências inút eis ou m eram ent e
prot elat órias” .
Port ant o, est á cor r e t a a assert iva. Lem bre- se de que nenhum sist em a processual é int eiram ent e
fundam ent ado em um único princípio, sej a ele disposit ivo ou inquisit ivo.
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A part e final do art . 2º m enciona que o processo se desenvolve por “ im pulso oficial” , com o vim os.
Apenas para evit ar perder quest ões em razão de nom enclat ura, part e da dout rina ent ende que
essa referência const it ui o denom inado princípio do im pulso oficial ( ou da dem anda) .
O ent endim ent o é no sent ido de que, um a vez provocada a j urisdição, const it ui int eresse público
ver a dem anda resolvida, de m odo que o m agist rado deve conduzir o processo ao desfecho final.
Tam bém conhecido com o princípio do acesso à Just iça ou da ubiquidade, o art igo
rem et e à ideia de que o Poder Judiciário apreciará a lesão ou am eaça à lesão de
direit o. O Est ado t em o dever de responder ao j urisdicionado ( quem ingressa com
um a ação em Juízo) , proferindo um a decisão, m esm o que negat iva.
Além disso, a garant ia de recorrer à defesa est at al abrange duas perspect ivas:
1 ª pe r spe ct iva – lesões j á ocorridas.
Aquele que se sent iu lesado, poderá buscar reparação à violação perant e o Poder
Judiciário.
2 ª pe r spe ct iva – am eaça de lesão.
A pessoa poderá buscar prot eção j urisdicional a fim de evit ar que haj a lesão a direit o.
Cont udo, o art . 3º não se encerra no caput cit ado acim a. Ele possui parágrafos
que dão o t om da im port ância conferida pelo Direit o Processual Civil aos
m ecanism os alt ernat ivos de solução de conflit os ( t am bém conhecidos com o
inst rum ent os consensuais) .
Parece paradoxal falar em inafast abilidade da j urisdição
frent e aos m ecanism os alt ernat ivos, m as não é. At e nçã o! A
j urisdição é inafast ável, port ant o, é um direit o do cidadão e
dever do Est ado. Cont udo, a j urisdição não é m onopólio do Est ado. Os cidadãos
podem – e o Est ado os incent iva – buscar out ros inst rum ent os para resolução
dos seus conflit os.
I sso leva a out ro quest ionam ent o: a s pe ssoa s pode m se va le r de qua isque r
m e ios pa r a a r e soluçã o de conflit os? Um a pe ssoa pode a m e a ça r out r a
com o in t uit o de “pa cifica r ” a lgum a cont r ové r sia ? Adm it e - se que du a s
pe ssoa s e nt r e m e m via s de fa t o pa r a r e solve r se us pr oble m a s?
Evide nt e m e nt e que nã o! As part es apenas podem ut ilizar os m eios alt ernat ivos
de solução de conflit os que est ej am previst os na legislação processual civil.
Podem se valer, port ant o, da arbit ragem , da conciliação e da m ediação, t odos
previst os nos parágrafos abaixo:
§ 1 o É pe r m it ida a arbit ragem , na form a da lei.
§ 2 o O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos conflit os.
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De acordo com part e da dout rina, esses disposit ivos evidenciam o princípio da
pr om oçã o pe lo Est a do da soluçã o por a ut ocom posiçã o. Assim , sem pre que
possível, o Est ado deve procurar form as consensuais de solucionar os conflit os.
Verifique que essa responsabilidade de est im ular os m ét odos consensuais é dever
do Juízes, dos advogados, do Minist ério Público e dos Defensores Públicos.
Vej a com o o assunt o foi abordado em prova de concurso público:
( D PE- ES/ D e fe n sor Pú blico/ 2 0 1 2 ) Acerca dos princípios da j urisdição, j ulgue o it em abaixo.
O princípio da inafast abilidade diz respeit o à vinculação obrigat ória das part es ao processo, que
passam a int egrar a relação processual em um est ado de suj eição aos efeit os da decisão
j urisdicional.
Com e n t á r ios
Nessa quest ão há confusão ent re o princípio da inevit abilidade e o da inafast abilidade. Logo, a
assert iva é in cor r e t a .
Não confunda!
O princípio da inevit abilidade refere- se à vinculação das part es ao processo. Um a
vez envolvidas na dem anda, as part es do processo vinculam - se à relação
processual em est ado de suj eição aos efeit os da decisão j urisdicional.
O princípio da inevit abilidade é verificado em dois m om ent os dist int os:
a) quando os suj eit os do processo – int egrant es da relação j urídica
processual – não podem , ainda que não concordem , deixar de cum prir o
cham ado j urisdicional.
b) quando, em consequência da int egração obrigat ória, os suj eit os do
processo est ão vinculados aos efeit os da decisão j udicial, do m esm o m odo,
ainda que não concordem .
O princípio da inafast abilidade, por sua vez, define que a lei não pode excluir
am eaça ou lesão a direit o do crivo do Poder Judiciário.
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Princípio da celeridade
Novam ent e est am os diant e de um princípio previst o na Const it uição. Frut o da
Em enda Const it ucional nº 45/ 2004, o inc. LXXVI I I prevê que a t odos, no âm bit o
j udicial e adm inist rat ivo, são assegurados a r a zoá ve l dur a çã o do pr oce sso e
os m eios que garant am a ce le r ida de de sua t r a m it a çã o.
Esse regram ent o é crit icado na m edida em que dá a ent ender que o processo
deve ser rápido ( célere) . Cont udo, a com preensão corret a é no sent ido de que o
processo deve ser eficient e. Vale dizer, o obj et ivo é che ga r a o r e sult a do com
o m e nor núm e r o de a t os pr oce ssua is. Consequência diret a da efet ividade é
a celeridade. Assim , a depender da com plexidade da causa, o processo poderá
dem orar m ais ou m enos t em po, m as não pode perdurar m ais do que o razoável.
À luz disso, prevê o art . 4º , do NCPC:
Art . 4º As part es t êm o dir e it o de obt e r e m pr a zo r a zoá ve l a solu çã o int e gr a l do
m é r it o, in clu ída a a t ivida de sa t isfa t iva .
( BAH I AGÁS/ An a list a de Pr oce ssos Or ga n iza ciona is – D ir e it o/ 2 0 1 6 ) O novo CPC t rouxe
m udanças im port ant es que alt eram subst ancialm ent e o processo civil. Com base no Novo Código
de Processo Civil, j ulgue a assert iva abaixo:
Ações Repet it ivas: foi criada um a ferram ent a para dar a m esm a decisão a m ilhares de ações
iguais, por exem plo, planos de saúde, operadoras de t elefonia, bancos, et c., dando m ais
celeridade aos processos na prim eira inst ância.
Com e n t á r ios
Ent re as diversas form as de m anifest ação do princípio da celeridade no NCPC, t em os a figura
processual das ações repet it ivas, de form a que est á cor r e t a a assert iva.
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Para com preender esse princípio, prim eiram ent e devem os diferenciar a boa- fé
obj et iva da subj et iva.
Com o o nom e indica, a boa- fé subj et iva refere- se à pessoa ( ao suj eit o) . Assim ,
age em boa- fé a pessoa que a cr e dit a est ar at uando de acordo com o direit o.
Boa- fé subj et iva é crença.
A boa- fé que t rat am os aqui é a obj et iva, segundo a qual o com por t a m e nt o
hum a no de ve e st a r pa ut a do e m confor m ida de com um pa dr ã o é t ico de
condut a , independent em ent e da crença da pessoa.
A boa- fé obj et iva é um a cláusula geral, significa dizer, const it ui um a norm a
j urídica const ruída de form a indet erm inada, t ant o em referência à hipót ese
norm at iva, com o em relação à consequência.
Aqui t e m os que a pr ofu nda r ...
Vam os dist inguir cláusula geral de conceit o j urídico
indet erm inado. Am bos t rat am de conceit o vago.
O legislador define bem a consequência, O legislador define que t ant o a hipót ese de
m as perm it e a variação da hipót ese de incidência quant o a de consequência são
incidência. variáveis.
A hipót ese norm at iva descreve a sit uação regulada pela norm a. A consequência
é o efeit o j urídico do fat o descrit o na norm a. Assim , t oda vez que algum a condut a
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se adequar à hipót ese norm at iva, decorre a consequência. Essa é a ideia básica
de subsunção do fat o à norm a.
Por exem plo, incorrer na violação ao direit o de im agem de out rem ( hipót ese de
incidência) poderá acarret ar a reparação dos danos m at eriais e m orais causados
( consequência j urídica) .
Assim ...
D I VULGAR
I N D EVI D AM EN TE
fat o j urídico
A I M AGEM D E UM A
PESSOA
No exem plo, t ant o a hipót ese de incidência quant o a de consequência est ão bem
definidas na norm a.
No caso de conceit o j urídico indet erm inado, a hipót ese de incidência não est á
bem delim it ada.
Por exem plo, o art . 104, do NCPC, est abelece que o advogado não poderá
post ular em j uízo sem procuração, salvo, ent re out ras hipót eses, para prat icar
at o considerado urgent e. A consequência é sabida, a im possibilidade de prat icar
at os sem procuração. A hipót ese de incidência, t odavia, depende de
concret ização do m agist rado ao delinear, naquele caso concret o, se o at o
prat icado é ou não urgent e.
No caso de cláusula geral, nem um nem out ro est ão delim it ados.
Por exem plo, não t em os a definição da hipót ese de incidência do que é boa- fé.
Do m esm o m odo, não sabem os, a priori, qual a consequência decorrent e do
descum prim ent o do dever das part es agir com boa- fé. Port ant o, o princípio da
boa- fé é cláusula geral.
São t am bém exem plos de cláusula geral, a função social da propriedade e o
princípio do devido processo legal.
Port ant o, o pr incípio da boa - fé obj e t iva pr oce ssua l é um a clá usula ge r a l
que im põe que a s pa r t e s, com o o Juiz, o pe r it o, o a dvoga do, a
t e st e m unha , que a j a m no pr oce sso e m r e spe it o a os pa dr õe s é t icos de
condut a .
Para encerrar o t ópico, confira com o o assunt o foi abordado em concurso:
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De acordo com a dout rina, para que o com port am ent o cont radit ório sej a vedado
é necessário verificar quat ro pressupost os:
1 – com port am ent o inicial;
2 – relação de confiança na m anut enção do padrão de condut a;
3 – com port am ent o cont radit ório; e
4 – dano ou pot encial dano em razão da cont radição.
1. " Os princípios da segurança j urídica e da boa- fé obj et iva, bem com o a vedação ao
com port am ent o cont radit ório ( venire cont ra fact um proprium ) , im pedem que a part e, após
prat icar at o em det erm inado sent ido, venha a adot ar com port am ent o post erior e
cont radit ório" ( AgRg no REsp 1099550/ SP, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LI MA, QUI NTA
TURMA, DJe 29/ 03/ 2010) . 2. Agravo regim ent al a que se nega provim ent o.
Princípio da cooperação
No CPC73 esse princípio era im plícit o. No NCPC ele est á expresso no art . 6º e
const it ui um a norm a fundam ent al para o Direit o Processual Civil. Afirm a- se que
esse disposit ivo revela um novo m odelo processual: o m odelo cooperat ivo de
processo, no qual t odas as part es envolvidas na relação processual devem at uar
de form a cooperat iva.
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
14
AgRg no AREsp 569.940/ RJ, Rel. Minist ra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª Turm a, j ulgado em
02/ 10/ 2014, DJe 13/ 10/ 2014.
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O processo cooperat ivo fica ent re dois ext rem os: ent re o processo publicist a e o
processo adversarial. No prim eiro caso, t em os a preponderância da figura do j uiz,
grande personagem do processo, det ent or de diversos poderes. No segundo caso,
há proem inência das part es, a quem cabe conduzir o processo; ao j uiz com pet e
t ão som ent e a decisão.
O princípio da cooperação post ula por um equilíbrio, sem preponderância das
part es ou do m agist rado. Na realidade, t odos os envolvidos no processo ( part es,
j uiz, t est em unhas, perit os, servidores, advogados) devem at uar de form a
cooperat iva, em respeit o às regras de lealdade. Nesse aspect o, podem os afirm ar
que o princípio da cooperação se aproxim a do princípio da boa- fé obj et iva.
Desse m odo, ao se falar em cooperação não se pret ende que aut or e réu se
aj udem m ut uam ent e, o que é im possível, m as que am bos at uem com
observância aos deveres de boa- fé.
Didat icam ent e, ext rai- se do princípio da cooperação quat ro deveres, os quais
est ão at relados à at it ude do m agist rado na condução do processo. Em relação às
part es, a m anifest ação do princípio se aproxim a do dever de agir conform e os
padrões ét icos de condut a.
São deveres decorrent es do princípio da cooperação:
O PRI N CÍ PI O D A
COOPERAÇÃO I M PÕE
QUATRO D EVERES AO JUI Z
dever de
dever de consult a dever de prevenção dever de auxílio
esclarecim ent o
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Por exem plo, o m agist rado não pode indeferir um requerim ent o ou pedido por
não conhecer o pedido da part e.
O de ve r de a ux ílio rem et e à rem oção de obst áculos processuais, a fim de
possibilit ar às part es o cum prim ent o adequado dos seus direit os, das suas
faculdades, dos seus ônus e dos deveres processuais.
Por exem plo, o art . 373, §1º , do NCPC, prevê a possibilidade de m odificação do
ônus da prova diant e de peculiaridades da causa relacionadas à im possibilidade
ou à excessiva dificuldade de cum prir o encargo ou à m aior facilidade de obt enção
da prova do fat o cont rário, poderá o j uiz at ribuir o ônus da prova de m odo
diverso, desde que o faça por decisão fundam ent ada, caso em que deverá dar à
part e a oport unidade de se desincum bir do ônus que lhe foi at ribuído.
Para encerrar, confira com o o assunt o foi explorado em prova de concurso:
( Pr e fe it u r a de Qu ix a dá - CE/ 2 0 1 6 - a da pt a da ) Julgue:
O princípio da cooperação, consagrado no art . 6º do CPC/ 2015, é um corolário do princípio da
boa- fé, gerando o dever de assim agir às part es e ao j uiz, m as não aos auxiliares da j ust iça, pois
est es não part icipam do processo de form a diret a, não sendo razoável a exigência de t al
com port am ent o.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a .
O erro dessa assert iva fica evident e ao referir que o princípio da cooperação não se aplica aos
“ auxiliares da j ust iça, pois est es não part icipam do processo...” . É im port ant e frisar que t odos os
suj eit os do processo, inclusive os auxiliares de j ust iça ( ex. servidores servent uários) devem
observar o princípio da cooperação.
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dos processos ( e não apenas as part es) devem at uar de form a ét ica, leal, sem criar vícios ou
im pedim ent os. Pret ende- se chegar ao fim do processo, com a resolução do m érit o do conflit o.
Com o você pode perceber, esse disposit ivo é abert o e confere m argem de
int egração pelo j uiz no caso concret o. Com o exem plo de aplicação podem os cit ar
a possibilidade de dilat ação de prazos processuais ou at é m esm o a alt eração da
ordem de produção dos m eios de prova previst o no art . 139, VI , do NCPC, que
t em por finalidade possibilit ar o cont radit ório em igualdade de condições.
O assunt o foi explorado da seguint e form a em concurso público:
( Câ m a r a dos D e pu t a dos/ Ana list a Le gisla t ivo/ 2 0 1 4 ) Julgue os seguint es it ens, relat ivos aos
princípios gerais e norm as processuais civis.
O princípio da isonom ia garant e às part es o direit o de produzir as provas, de int erpor recursos
cont ra decisões j udiciais e de se m anifest ar sobre docum ent os j unt ados aos aut os do processo
j udicial.
Com e n t á r ios
Est á in cor r e t a a assert iva. A quest ão t rat a do princípio do cont radit ório e não do princípio da
isonom ia ou igualdade. Com o vim os acim a, o princípio da isonom ia confere a paridade de arm as
às part es.
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Vej a que t odos esses parâm et ros const am do disposit ivo abaixo:
Art . 8 o Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz a t e n de r á a os fin s socia is e à s
e x igê n cia s do be m com u m , resguardando e prom ovendo a dign ida de da pe ssoa
h u m a na e observando a pr opor cion a lida de , a r a zoa bilida de , a le ga lida de , a
pu blicida de e a e ficiê n cia .
Vam os, na sequência, analisar obj et ivam ent e alguns desses parâm et ros:
15
DI DI ER JR., Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 76.
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Proporcionalidade e Razoabilidade
Esses princípios são t rat ados com o sinônim os por grande part e da dout rina e,
inclusive em m uit as provas, são t rat ados com o sinônim os. Cont udo, para um a
quest ão um pouco m ais aprofundada, é im port ant e dist ingui- los, ainda que
obj et ivam ent e.
O princípio da proporcionalidade indica a necessidade de ot im ização do princípio
da legalidade, ao exigir que os m e ios se j a m pr opor ciona is a os fin s busca dos.
O princípio da razoabilidade ot im iza o princípio da igualdade e im põe um a série
de deveres:
dever de equidade: consideração na aplicação da norm a j urídica daquilo que realm ent e
acont ece;
dever de at enção à realidade: efet iva ocorrência do fat o que aut oriza a incidência da
norm a;
dever de equivalência na aplicação do direit o: equivalência ent re a m edida e o crit ério
que a dim ensiona.
Legalidade
A legalidade aqui deve ser com preendida com o o respeit o ao direit o com o um
t odo e não apenas a observância da lei. Port ant o, a legalidade da qual se fala,
para a herm enêut ica processual, rem et e à ideia de r e spe it o a o or de na m e nt o
j ur ídico com o u m t odo.
De t oda form a, com o você perceberá ao longo do curso, o princípio da legalidade
exige nova consideração, ou m elhor, um a ressignificação. I sso porque na
t em át ica do NCPC há o dever de observância dos precedent es j udicias e da
j urisprudência dos t ribunais.
Ao cont rário do CPC73, no qual a lei era a única font e do Direit o, hoj e t em os os
precedent es j udiciais com o out ra relevant e font e. Port ant o, a form a corret a de
se perceber esse princípio é a legalidade em sent ido m at erial, por int erm édio do
qual o Juiz deve decidir com base no Direit o com o um t odo e não apenas com
base na lei.
Eficiência
A ideia de eficiência no Direit o Processual Civil era im plícit a no CPC73, ext raível
principalm ent e da noção de celeridade processual. Com a previsão no NCPC,
podem os falar que o j uiz, na condução do processo, t orna- se gest or. Ao conduzir
o processo para o seu fim – que é a prest ação da t ut ela j urisdicional – im põe- se
a necessidade de que sej a observada a eficiência.
A sínt ese da eficiência conduz à ideia de r a ciona liza çã o, ou sej a, com m e nos
r e cur sos e e ne r gia , a t ingir a o m á x im o a fin a lida de . Essa gest ão prat icada
pelo m agist rado ocorrerá na int erpret ação e na aplicação da norm a, na m edida
em que deve conduzir as decisões e o rum o do processo de form a a obt er um
processo eficient e.
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Tal com o o princípio do devido processo legal, o princípio do cont radit ório
com port a duas D I M EN SÕES.
Pela dim e nsã o for m a l refere- se ao dir e it o de pa r t icipa r do pr oce sso
( ser ouvido) .
Já pela dim e nsã o m a t e r ia l refere- se ao pode r de in flue n cia r na
de cisã o.
Assim , o j uiz não pode decidir nenhum a quest ão a respeit o da qual não se t enha
dado a oport unidade de a part e se m anifest ar.
Observe- se, ainda, que o aspect o m at erial do princípio do cont radit ório é t am bém
denom inado de princípio da am pla defesa, ou sej a, é o poder de influenciar na
decisão a ser proferida pelo m agist rado.
direit o de
PRI N CÍ PI O D O dim ensão
part icipar do
CON TRAD I TÓRI O form al
processo
possibilidade
PRI N CÍ PI O D A dim ensão efet iva de
AM PLA D EFESA m at erial influir na
decisão
É enfát ica a previsão que t em por finalidade evit ar as denom inadas “ decisões
surpresa” . Assim , a regra é que a part e sej a int im ada a se m anifest ar, para que
possa efet ivam ent e influir no cont eúdo da decisão ant es de ela ser proferida.
Há, cont udo, e x ce çõe s. Nos parágrafos do art . 9º há a m it igação desse princípio,
hipót eses em que o cont radit ório não se dá previam ent e à decisão.
Parágrafo único. O dispost o no caput N ÃO SE APLI CA:
I - à t u t e la pr ovisór ia de u r gê ncia ;
I I - às h ipót e se s de t u t e la da e vidê n cia previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.
Nesses dois casos, o cont radit ório será resguardado, porém , em m om ent o
ult erior. Fala- se, port ant o, em cont r a dit ór io dife r ido.
O que se r ia m e ssa s t ut e la s de ur gê n cia e de
e vidê ncia ?
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No cont ext o das decisões j udiciais, a t ut ela poderá ser definit iva ou provisória. A
t ut ela provisória é aquela ( com o o próprio nom e nos indica) não definit iva, de
form a que exigem confirm ação post erior, por int erm édio de um a t ut ela definit iva
( a sent ença, o acórdão) .
As t ut e la s pr ovisór ia s pode m se r de ur gê ncia ou de e vidê ncia . Novam ent e,
prest e at enção ao nom e!
Será de urgência quando houver de m onst r a çã o de pr oba bilida de do dir e it o
e pe r igo de da no ou r isco a o r e sult a do út il do pr oce sso na form a do art .
300, do NCPC. Essas t ut elas de urgência podem ser, ainda, subclassificadas em
t ut elas de urgência sat isfat iva ( ou ant ecipada) ou t ut elas de urgência caut elar.
Ra pida m e nt e ...
t u t e la s de
a t ut ela de urgência ant ecipada assegura a
u r gê n cia
efet ividade do direit o m at erial
sa t isfa t iva
t u t e la s de
a t ut ela de urgência caut elar assegura a efet ividade
u r gê n cia
do direit o processual
ca u t e la r
Desse m odo, pela leit ura acim a e a part ir dos incisos do art . 9º do NCPC,
chegam os à conclusão de que a m it igação do cont radit ório é sem pre possível
desde que est ej am os diant e de um a t ut ela provisória.
Em relação ao inc. I do art . 9º do NCPC, é possível m it igar o cont radit ório diant e
de t ut ela provisória de urgência, sej a de nat ureza caut elar ou ant ecipada.
Em relação ao inc. I I do art . 9º do NCPC, é adm issível a m it igação do cont radit ório
prévio diant e de t ut elas de evidência quando:
a) houver prova docum ent al m ais t ese firm ada em j ulgam ent o de casos
repet it ivos ou súm ula vinculant e;
b) pedido reipersecut ório ( direit o de perseguição) fundado em prova docum ent al,
quando o j uiz det erm inará a ent rega im ediat a do bem sob pena de m ula.
Em relação ao inc. I I I do art . 9º do NCPC, é adm issível a m it igação do
cont radit ório diant e de t ut ela de evidência em procedim ent os de ação m onit ória,
quando se t em prova escrit a sem eficácia de t ít ulo execut ivo.
Enfim , nas sit uações acim a ( de t ut elas de urgência e de evidência) o cont radit ório
poderá ser excepcionado, ou m elhor, poderá ser post ergado.
Em sínt ese:
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Com e n t á r ios
À luz do que foi t rat ado acim a, fica evident e que essa assert iva est á in cor r e t a , pois no caso de
t ut ela provisória de urgência ou de evidência podem os t er o cont radit ório m it igado.
Dever de consult a
O dever de consult a const it ui regra explícit a no art . 10, do NCPC. Esse dever, na
realidade, é um a ram ificação – um consect ário – do princípio do cont radit ório.
Cont udo, em razão da im port ância que foi concedida ao t em a, t em os:
Art . 10. O j uiz N ÃO pode de cidir , em grau algum de j urisdição, com ba se e m
fu nda m e n t o a r e spe it o do qua l n ã o se t e n h a da do à s pa r t e s opor t u n ida de de se
m a n ife st a r , AI N D A QUE se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
Esse disposit ivo prevê que o j uiz, ant es de decidir algo, deve conceder às part es
a oport unidade para se m anifest ar, m esm o que const it ua um t em a que possa ser
decidido de ofício. É um a form a de o j uiz possibilit ar que as part es possam
influenciar na decisão que será t om ada, concret izando o princípio do cont radit ório
e evit ando decisões surpresas no curso do processo.
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Nat uralm ent e, quando t iverm os princípios m ais relevant es que o da publicidade
em j ogo, é possível rest ringir o acesso à inform ação. I sso se dá, com o prevê o
Text o Const it ucional, em dua s sit uações: a ) para preservação do direit o à
int im idade do int eressado; e b) para preservação do int eresse público.
Já o princípio da m ot ivação rem et e à necessidade de que t oda decisão sej a
explicada, fundam ent ada e j ust ificada pelo m agist rado que a proferiu. Essa regra
perm it e a t ransparência no exercício da função j urisdicional e, ainda, o cont role
das decisões de m odo que represent a um a form a de o m agist rado prest ar cont as
dos seus at os à sociedade.
Em est reit a relação com essas condições, prevê o art . 11, do NCPC:
Art . 11. Todos os j u lga m e n t os dos ór gã os do Pode r Judiciá r io se r ã o pú blicos, e
fu nda m e n t a da s t oda s a s de cisõe s, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada a presença som ent e
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ério Público.
Para encerrar esse t ópico, é necessário um quest ionam ent o: por que e sse s
pr incípios sã o pr e vist os conj unt a m e nt e pe lo a r t . 1 1 ?
Vam os responder com os ensinam ent os da dout rina 16 :
Há ínt im a relação ent re o princípio da publicidade e a regra da m ot ivação das decisões
j udiciais, na m edida em que a publicidade t orna efet iva a part icipação no cont role essas
m esm as decisões. A publicidade é inst rum ent o de eficácia da garant ia da m ot ivação.
16
DI DI ER JR., Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 91.
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vez concluída a inst rução, o processo é “ feit o concluso” para a sent ença. Essa
“ conclusão” nada m ais é do que a inserção do processo na fila de j ulgam ent o.
Essa fila é pública e deve ser acessível para consult a em cart ório ou pela int ernet .
Para fins de prova, é relevant e que você sabia que essa fila poderá ser “ furada” .
Cont udo, isso som ent e poderá ocorrer nas hipót eses previst as no §1º , do art . 12,
do NCPC. Port ant o, leia com at enção:
Art . 12. Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à or de m cr on ológica de
con clu sã o pa r a pr ofe r ir se n t e n ça ou a cór dã o. ( Redação dada pela Lei nº 13.256, de
2016) .
§ 1 o A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e à disposição
para consult a pública em ca r t ór io e na r e de m u ndia l de com put a dor e s.
§ 2 o Est ão EXCLUÍ D OS da regra do caput :
I - as sent enças proferidas em audiência, hom ologat órias de acordo ou de im procedência
lim inar do pedido;
I I - o j ulgam ent o de processos em bloco para aplicação de t ese j urídica firm ada em
j ulgam ent o de casos repet it ivos;
I I I - o j ulgam ent o de recursos repet it ivos ou de incident e de resolução de dem andas
repet it ivas;
I V - as decisões proferidas com base nos art s. 485 e 932;
V - o j ulgam ent o de em bargos de declaração;
VI - o j ulgam ent o de agravo int erno;
VI I - as preferências legais e as m et as est abelecidas pelo Conselho Nacional de Just iça;
VI I I - os processos crim inais, nos órgãos j urisdicionais que t enham com pet ência penal;
I X - a causa que exij a urgência no j ulgam ent o, assim reconhecida por decisão
fundam ent ada.
Os §§ 4º e 5º , por sua vez, t razem algum as regras específicas: eles preveem que
event uais requerim ent os da part e, quando o processo j á est iver apt o a
j ulgam ent o, não irão ret irá- lo da list a, excet o se, em razão desse requerim ent o,
for necessária a conversão da fase de j ulgam ent o para realização de diligência.
§ 4 o Após a inclusão do processo na list a de que t rat a o § 1 o, o requerim ent o form ulado pela
part e não alt era a ordem cronológica para a decisão, excet o quando im plicar a reabert ura
da inst rução ou a conversão do j ulgam ent o em diligência.
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Por fim , t em os duas sit uações específicas que, se ocorrerem , se colocam à frent e
de t odas as sit uações que vim os acim a. São elas:
novo j ulgam ent o de sent ença ou acórdão anulado, excet o se for
necessária a realização de diligência ou com plem ent ação da inst rução; e
j ulgam ent o de recursos especiais e ext raordinários sobrest ados, quando
publicado o acórdão paradigm a.
Vej a:
§ 6 o Ocupará o prim eiro lugar na list a previst a no § 1 o ou, conform e o caso, no § 3 o , o
processo que:
I - t iver sua sent ença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização
de diligência ou de com plem ent ação da inst rução;
I I - se enquadrar na hipót ese do art . 1.040, inciso I I .
Para facilit ar a m em orização dessas hipót eses, o que é fundam ent al para a prova
obj et iva, vej am os um esquem a:
REGRA
EXCEÇÕES
Com isso encerram os o segundo t ópico da aula de hoj e, o qual abrange as norm as
dit as fundam ent ais do Direit o Processual Civil à luz do NCPC. Evident em ent e que
vários desses assunt os serão, em algum m om ent o do curso, ret om ados com
m aior profundidade quando da análise de assunt os específicos de aula.
Confira com o o assunt o foi abordado em provas:
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Vam os prosseguir?!
Esse disposit ivo prevê que será aplicável a lei processual vigent e no m om ent o da
prát ica do at o processual. Essa const at ação é relevant e, pois garant e segurança
j urídica e prevê o processo com o um conj unt o de procedim ent os execut ados de
form a isolada, cada um de acordo com a lei vigent e ao seu t em po. Assim , não há
qualquer problem a em part e do procedim ent o observar o CPC73 e out ra observar
as regras do NCPC.
Conside r a ndo qu e o N CPC pa ssou a vigor a r e m 1 8 / 0 3 / 2 0 1 6 ...
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Nesse cont ext o, de acordo com a dout rina, é im port ant e t er em m ent e que é
vedado o efeit o ret roat ivo, devendo ser adot ado o e fe it o im e dia t o. Assim , 17 “ a
exat a com preensão da dist inção ent re efeit o im ediat o e efeit o ret roat ivo da
legislação leva à necessidade de isolam ent o dos at os processuais” para que
saibam os qual será a norm a aplicável.
Ve j a com o o a ssunt o foi a bor da do e m pr ova ...
( TJM - SP/ Escr e ve n t e / 2 0 1 7 ) Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à m udança de
lei que rege prazos e form as recursais no curso de um a ação.
a) A lei a regular o recurso é aquela do m om ent o da publicação da decisão recorrível.
b) Os prazos processuais serão cont ados de acordo com a lei que regulava o recurso ao t em po
da proposit ura da ação.
c) Se o recurso foi suprim ido por lei nova, valerá o direit o adquirido no m om ent o da proposit ura
da ação.
d) Os prazos serão cont ados pela lei vigent e ao t em po da proposit ura da ação e a form a nos
t erm os da lei nova.
e) Se a lei nova dim inuir o prazo recursal, ainda não em curso, valerá a cont agem nos t erm os da
lei ant eriorm ent e vigent e.
Adem ais, à luz desse disposit ivo, o STJ edit ou dois enunciados adm inist rat ivos,
que explicit am que o parâm et ro para saber se o recurso seguirá os pressupost os
de adm issibilidade do CPC73 ou do NCPC será a dat a da publicação da sent ença.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 2
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 1973 ( relat ivos a decisões publicadas at é
17/ 03/ 2016) devem ser exigidos os requisit os de adm issibilidade na form a nele previst a,
com as int erpret ações dadas, at é ent ão, pela j urisprudência do STJ.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 3
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 2015 ( relat ivos a decisões publicadas a
part ir de 18/ 03/ 2016) serão exigidos os requisit os de adm issibilidade recursal na form a do
CPC/ 2015.
De acordo com os disposit ivos acim a, se a sent ença foi publicada at é 17/ 3/ 2016,
o recurso segue os pressupost os do CPC73; ao passo que se publicada a part ir
do dia 18/ 3/ 2016, são observados os pressupost os recursais do NCPC.
17
MARI NONI , Luiz Guilherm e. ARENHART, Sérgio Cruz e MI TI DI ERO, Daniel. Código de
Pr oce sso Civil Com e nt a do, 2ª edição, rev., at ual. e am pl., São Paulo: Edit ora RT, 2016, p. 166.
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AO PROCESSO
o NCPC aplica- se na ausência de
ELEI TORAL,
norm a específica em carát er
TRABALH I STA E
suplet ivo e subsidiário.
AD M I N I STRATI VO
Além disso, cum pre regist rar alguns disposit ivos específicos do NCPC que t rat am
da aplicação do NCPC:
art . 1.046, do NCPC: aplicação im ediat a do NCPC:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
§ 1º As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973, relat ivas ao procedim ent o
sum ário e aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência dest e Código.
§ 2o Perm anecem em vigor as disposições especiais dos procedim ent os regulados em out ras
leis, aos quais se aplicará suplet ivam ent e est e Código.
§ 3o Os processos m encionados no art . 1.218 da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973,
cuj o procedim ent o ainda não t enha sido incorporado por lei subm et em - se ao procedim ent o
com um previst o nest e Código.
§ 4o As rem issões a disposições do Código de Processo Civil revogado, exist ent es em out ras
leis, passam a referir- se às que lhes são correspondent es nest e Código.
§ 5o A prim eira list a de processos para j ulgam ent o em ordem cronológica observará a
ant iguidade da dist ribuição ent re os j á conclusos na dat a da ent rada em vigor dest e Código.
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Art . 1.049. Sem pre que a lei rem et er a procedim ent o previst o na lei processual sem
especificá- lo, será observado o procedim ent o com um previst o nest e Código.
Parágrafo único. Na hipót ese de a lei rem et er ao procedim ent o sum ário, será observado o
procedim ent o com um previst o nest e Código, com as m odificações previst as na própria lei
especial, se houver.
art . 1.054, do NCPC: aplicação da sent ença parcial de m érit o apenas aos
processos que se iniciarem segundo a vigência do NCPC.
Art . 1.054. O dispost o no art . 503, § 1o, som ent e se aplica aos processos iniciados após a
vigência dest e Código, aplicando- se aos ant eriores o dispost o nos art s. 5º , 325 e 470 da Lei
no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
Chegam os, com isso, ao final da nossa aula dem onst rat iva.
4 - Qu e st õe s
a) I e I I , apenas.
b) I I e I I I ,apenas.
c) I e I I I , apenas.
d) I ,I I e I I I .
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Q9 . CESPE/ SED F/ 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir, relat ivo a norm as processuais civis, capacidade
processual e post ulat ória e int ervenção de t erceiros.
O novo Código de Processo Civil que ent rou em vigor em m arço de 2016 não
se aplica aos processos que j á est avam t ram it ando na dat a da sua vigência.
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Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à m udança de lei que rege
prazos e form as recursais no curso de um a ação.
a) A lei a regular o recurso é aquela do m om ent o da publicação da decisão
recorrível.
b) Os prazos processuais serão cont ados de acordo com a lei que regulava
o recurso ao t em po da proposit ura da ação.
c) Se o recurso foi suprim ido por lei nova, valerá o direit o adquirido no
m om ent o da proposit ura da ação.
d) Os prazos serão cont ados pela lei vigent e ao t em po da proposit ura da
ação e a form a nos t erm os da lei nova.
e) Se a lei nova dim inuir o prazo recursal, ainda não em curso, valerá a
cont agem nos t erm os da lei ant eriorm ent e vigent e.
Q1 2 . I ESES/ TJ- M A/ 2 0 1 6
Com relação a preocupação do legislador no novo Código de Processo Civil
para assegurar um a prest ação j urisdicional célere e elevar o grau de j ust iça,
foram valorados alguns princípios const it ucionais, dos quais podem os
dest acar:
a) Evidenciados no Novo Código de Processo Civil, apenas os princípios da
celeridade, da razoabilidade e do cont radit ório.
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Q1 3 . FCC/ PGE- M T/ 2 0 1 6
De acordo com as regras t ransit órias de direit o int ert em poral est abelecidas
no novo Código de Processo Civil,
a) um a ação de nunciação de obra nova que ainda não t enha sido
sent enciada pelo j uízo de prim eiro grau quando do início da vigência do Novo
Código de Processo Civil, seguirá em conform idade com as disposições do
Código de Processo Civil de 1973.
b) as ações que foram propost as segundo o rit o sum ário ant es do início da
vigência do novo Código de Processo Civil, devem ser adapt adas às
exigências da nova lei inst rum ent al, à luz do princípio da im ediat a aplicação
da lei processual nova.
c) as disposições de direit o probat ório do novo Código de Processo Civil
aplicam - se a t odas as provas que forem produzidas a part ir da dat a da
vigência do novo diplom a processual, independent em ent e da dat a em que a
prova foi requerida ou det erm inada a sua produção de ofício.
d) caso um a ação t enha sido propost a durant e a vigência do Código de
Processo Civil de 1973 e sent enciada j á sob a égide do novo Código de
Processo Civil, resolvendo na sent ença quest ão prej udicial cuj a resolução
dependa o j ulgam ent o do m érit o expressa e incident alm ent e, t al decisão t erá
força de lei e form ará coisa j ulgada.
e) o novo Código de Processo Civil aut oriza, sem ressalvas, a concessão de
t ut ela provisória cont ra a Fazenda Pública, derrogando t acit am ent e as
norm as que dispõem em sent ido cont rário.
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Q1 7 . M PE- SC/ 2 0 1 6
Julgue:
Nos t erm os do novo Código de Processo Civil, o j uiz não pode decidir, em
grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o do qual não
se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, salvo se t rat ar de
m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
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Q2 0 . CESPE/ TCE- RN / 2 0 1 6
O princípio da cooperação processual se relaciona à prest ação efet iva da
t ut ela j urisdicional e represent a a obrigat oriedade de part icipação am pla de
t odos os suj eit os do processo, de m odo a se t er um a decisão de m érit o j ust a
e efet iva em t em po razoável.
Q2 1 . CESPE/ Te le br a s/ 2 0 1 5
A respeit o de j urisdição, ação e processo, j ulgue o it em seguint e.
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Os t erm os processo e procedim ent o são considerados sinônim os, vist o que
represent am a ordem com que os at os processuais se desenvolvem .
Q2 2 . M PD FT/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC
Julgue os it ens a seguir, a respeit o dos princípios processuais civis:
I . O princípio da cooperação significa que as aut oridades j udiciárias de
com arcas diversas t êm o dever de aj uda m út ua quando da colet a de provas
por cart a precat ória.
I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as consagra o respeit o às
form as legais est abelecidas para a prát ica de det erm inado at o.
Desrespeit ada essa form a, o at o não gerará efeit os, m esm o que cum prida a
sua finalidade e não evidenciado prej uízo às part es ou ao processo.
I I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as est á int im am ent e ligado ao
princípio da econom ia processual porque est á baseado no aproveit am ent o
do at o processual viciado, ao invés de declará- lo nulo.
I V. O processo civil com eça por iniciat iva da part e, m as se desenvolve por
im pulso oficial, salvo exceções previst as em lei.
V. A isonom ia no processo civil consist e, sob o aspect o form al, em t rat ar a
t odas as part es igualm ent e, sem quaisquer dist inções
Assinale a alt ernat iva que cont ém os it ens CORRETOS:
a) I , I I e I V.
b) I I I , I V e V.
c) I , I I I e V.
d) I I , I V e V.
e) I I , I I I e V.
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d) I , apenas
e) I e I I , apenas.
Q2 7 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
Quant o à eficácia das leis processuais civis, no t em po e no espaço, vigora a
seguint e regra:
a) Ao cont rário das leis subst anciais, o direit o processual civil aplica- se no
Brasil apenas aos nacionais, devendo os est rangeiros suj eit ar- se às norm as
processuais de seus respect ivos países, em razão da soberania a ser
respeit ada.
b) A noção de direit o adquirido é exclusiva do direit o m at erial, inexist indo
direit os processuais adquiridos, porque a lei processual nova aplica- se a t odo
processo em t râm it e, int egralm ent e, sendo irrelevant es os at os processuais
ant eriorm ent e prat icados.
c) Com o o processo civil é indivisível, deve ser regulado por um a única lei;
assim , sobrevindo lei processual nova, quando j á se encont re em t ram it ação
um processo, a lei velha cont inua a reger int egralm ent e o feit o iniciado sob
sua vigência, m esm o após revogada, o que se denom ina ult ra at ividade da
lei velha
d) De m aneira diversa às norm as de direit o m at erial, as leis processuais civis
iniciam sua vigência, em regra, cent o e oit ent a dias após sua prom ulgação,
dada sua com plexidade e necessidade de publicização.
e) A lei processual civil subm et e- se à m esm a disciplina das norm as de direit o
m at erial: um a vez em vigor, a lei nova t em efeit o im ediat o e geral,
respeit ados o at o j urídico perfeit o, o direit o adquirido e a coisa j ulgada.
Q2 8 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
São princípios gerais do processo civil:
a) econom ia processual, publicidade dos at os processuais, event ualidade.
b) individualização da pena, duração razoável do processo, livre invest igação
das provas.
c) presunção de inocência, direit o ao j uiz nat ural, inércia.
d) dom ínio do fat o, vedação à prova ilícit a, cont radit ório e am pla defesa.
e) anualidade, m ot ivação das decisões j udiciais, isonom ia processual.
Q2 9 . PGR/ 2 0 1 5
Const it uem princípios const it ucionais processuais im plícit os:
a) A boa- fé processual, a efet ividade e a paridade de arm as.
b) A boa- fé processual, a efet ividade e a eficiência.
c) A boa- fé processual, efet ividade e a adequação.
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causa conhece do pedido e reform ula a sent ença, indicando que acat ou a
reconsideração com o em bargos de declaração devido ao princípio da
fungibilidade recursal. Ent endendo que a decisão é equivocada e
m anifest am ent e ilegal, o princípio processual violado com a condut a do
m agist rado é o da
a) singularidade.
b) consum ação.
c) t axat ividade.
d) m ot ivação.
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O j uiz decidirá o m érit o nos lim it es propost os pelas part es, sendo- lhe vedado
conhecer de quest ões não suscit adas a cuj o respeit o a lei exige iniciat iva da
part e.
Dizem respeit o aos princípios, respect ivam ent e
a) da inércia e da inafast abilidade da j urisdição.
b) do im pulso oficial e da persuasão racional.
c) da inércia e da congruência.
d) do im pulso oficial e da iniciat iva da part e.
e) da m ot ivação das decisões j udiciais e da adst rição.
Q3 7 . FGV/ TJ- PI / 2 0 1 5
A sent ença que j ulga m at éria não com preendida pela dem anda, que deixa
de j ulgar pedido form ulado pelo aut or ou que confere à part e m ais do que
foi post ulado incorre em vícios, por aplicação de um princípio fundam ent al
do Direit o Processual.
Os vícios e o princípio processual acim a referidos são, respect ivam ent e:
a) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio nem o
t enet ur se det egere;
b) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio da equidade;
c) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio da
congruência;
d) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio nem o t enet ur se
det egere;
e) ext ra pet it a, cit ra pet it a e ult ra pet it a — princípio da congruência.
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b) event ualidade.
c) inércia j urisdicional.
d) adst rição ou congruência.
e) reciprocidade decisória.
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Q4 9 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
Com relação aos princípios const it ucionais do processo civil, assinale a opção
corret a.
a) O sist em a de cot as para ingresso nas universidades, adot ado em t odas
as faculdades, públicas ou part iculares, é consequência do princípio da
igualdade processual.
b) O princípio do j uízo nat ural, no aspect o obj et ivo, desdobra- se em duas
garant ias: a preexist ência do órgão j urisdicional ao fat o e o respeit o absolut o
às regras obj et ivas de det erm inação de com pet ência.
c) No aspect o subj et ivo, o princípio do j uízo nat ural refere- se t ão som ent e à
quest ão da im parcialidade do j uiz.
d) O princípio do devido processo legal é aplicável apenas no âm bit o público,
sem alcançar os part iculares, j á que se refere apenas aos processos j udiciais.
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e) A dim ensão subst ancial do princípio do cont radit ório refere- se ao direit o
de part icipar do processo, de ser ouvido, do aut or que est á no polo passivo
da relação j urídico- processual.
Q5 0 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
De acordo com os princípios const it ucionais do processo civil, assinale a
opção corret a.
a) Quaisquer at os j udiciais realizados pelo m agist rado devem ser m ot ivados,
sob pena de afront a ao princípio const it ucional da m ot ivação.
b) O princípio const it ucional da am pla defesa represent a o direit o do réu de
part icipar do processo para se defender de acusações, inaplicável ao aut or,
j á que não t em necessidade de se defender.
c) O direit o fundam ent al à publicidade est abelece que os at os processuais
são públicos e divulgados oficialm ent e, ressalvada a prot eção à int im idade
ou o int eresse social.
d) O princípio da razoável duração do processo aplica- se exclusivam ent e aos
processos que t ram it am no Poder Judiciário.
e) O princípio do duplo grau de j urisdição est á expresso na Const it uição e
refere- se ao direit o à obt enção de um novo j ulgam ent o por órgão de m esm a
hierarquia ou superior.
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d) j uiz at er- se ao pedido form ulado, ao proferir sent ença, salvo event ual
m at éria aferível de ofício.
e) réu alegar t oda a defesa que t iver cont ra o aut or, na cont est ação, de
form a especificada.
Q5 3 . FCC/ TJ- M S/ 2 0 1 0
É princípio inform at ivo do processo civil o princípio
a) disposit ivo, significando que o j uiz não pode conhecer de m at éria a cuj o
respeit o a lei exige a iniciat iva da part e.
b) da inércia, significando que o processo se origina por im pulso oficial, m as
se desenvolve por iniciat iva da part e.
c) da congruência, significando que o j uiz deve ser coerent e na exposição de
suas razões de decidir.
d) da event ualidade, significando que as part es devem com parecer em t odos
os at os do processo, m anifest ando- se event ualm ent e.
e) da inst rum ent alidade das form as, significando que o at o deve ser
considerado em si m esm o, sem preocupações t eleológicas.
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c) da m ot ivação.
d) do disposit ivo.
e) da cooperação.
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a) Não é a cada um dos suj eit os envolvidos no conflit o sob j ulgam ent o que
cabe, em regra, a dem onst ração dos fat os alegados, com vist a ao
prevalecim ent o de suas respect ivas posições.
b) Em processo civil, sendo disponível o direit o, o j uiz pode sat isfazer- se com
a verdade form al, aquilo que result a ser verdadeiro em face das provas
produzidas, na m aioria dos casos.
c) Nos Juizados Especiais Cíveis est aduais, em que o processo deve se
orient ar pelos crit érios da oralidade, sim plicidade, inform alidade, econom ia
processual e celeridade, não é cabível, em regra, a ant ecipação da t ut ela
j udicial.
d) No processo civil, não se aplica, nos procedim ent os de j urisdição
volunt ária, o princípio inquisit ório, pelo qual o j uiz cont a com poderes de
plena invest igação, podendo det erm inar, de ofício, a realização de provas,
m esm o cont ra a vont ade dos int eressados.
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Q7 0 . FAUEL/ Câ m a r a de M a r ia H e le na – PR/ 2 0 1 7
O novo Código de Processo Civil ( CPC) est abeleceu algum as inovações no
sist em a j urídico. Dent re as inovações est á o art .9º , que est abelece que “ Não
se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida” . O próprio Código est abelece exceções a est a regra, previst os nos
incisos I , I I e I I I do parágrafo único do art . 9º . Com base nisso, assinale a
alt ernat iva que indica um a hipót ese NÃO previst a com o exceção à regra
est abelecida no art . 9º do CPC:
a) Tut ela provisória de urgência.
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Q7 1 . I BFC/ EBSERH / 2 0 1 7
Assinale a alt ernat iva corret a sobre a aplicabilidade das norm as processuais
em face da ent rada em vigor da Lei Federal nº 13.105, de 16/ 03/ 2015 ( Novo
Código de Processo Civil) .
a) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o ordinário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
b) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
c) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
d) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
e) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
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Q7 6 . I AD H ED / Pr e fe it ur a de Ar a gua r i – M G/ 2 0 1 6
De acordo com o dispost o no Código de Processo Civil vigent e, assinale a
alt ernat iva incorret a:
a) Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciários serão públicos e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade;
b) Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada som ent e a presença
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ér io
Público;
c) A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e
à disposição para consult a pública em cart ório e na rede m undial de
com put adores;
d) Os j uízes e os t ribunais deverão seguir à ordem cronológica de conclusão
para proferir sent ença ou acórdão.
Q7 7 . Se r ct a m / Pr e fe it ur a de Quix a dá - CE/ 2 0 1 6
Marque a alt ernat iva corret a:
a) O processo com eça por iniciat iva da part e e sem pre se desenvolve por
im pulso oficial.
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b) A Lei nº 13.105/ 2015, novo CPC, consagra o princípio da prom oção pelo
Est ado da solução por aut ocom posição, ou sej a, um a polít ica pública de
solução de lit ígios, ent endim ent o que j á era adot ado pelo Conselho Nacional
de Just iça – CNJ, especialm ent e na Resolução nº 125/ 2010.
c) A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de
conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público, porém , t ais m ét odos só poderão ser
ut ilizados at é a audiência de saneam ent o do processo.
d) Não com pet e ao Est ado prom over a solução consensual dos conflit os.
e) Com fundam ent o no princípio da duração razoável do processo, o j uiz
pode proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
4 .2 – Ga ba r it o
Q1. CORRETA Q9. I NCORRETA Q17. I NCORRETA
Q2. D Q10. A Q18. C
Q3. C Q11. D Q19. B
Q4. B Q12. C Q20. CORRETA
Q5. A Q13. A Q21. I NCORRETA
Q6. A Q14. CORRETA Q22. B
Q7. B Q15. B Q23. CORRETA
Q8. E Q16. B Q24. D
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Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Ant es m esm o da Em enda Const it ucional n.º 45/ 2004,
o Pact o de San José da Cost a Rica j á previa o direit o a um razoável prazo de
duração dos processos, conform e prevê o art . 8, 1:
Art igo 8. Garant ias j udiciais
1. Toda pessoa t em direit o a ser ouvida, com as devidas garant ias e dent ro de um prazo
razoável, por um j uiz ou t ribunal com pet ent e, independent e e im parcial, est abelecido
ant eriorm ent e por lei, na apuração de qualquer acusação penal form ulada cont ra ela, ou
para que se det erm inem seus direit os ou obrigações de nat ureza civil, t rabalhist a, fiscal ou
de qualquer out ra nat ureza.
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Além disso, o art . 4º , do NCPC, revela que o prazo razoável se est ende t am bém
à at ividade sat isfat iva. Vej am os:
Art . 4 o As part es t êm o direit o de obt er em prazo razoável a solução int egral do m érit o,
incluída a at ividade sat isfat iva.
Assim , em nosso ordenam ent o j urídico, j á se poderia encont rar fundam ent o para
esse princípio. Tant o porque ele explicit a um dos aspect os do devido processo
legal, quant o porque o Pact o de San José da Cost a Rica j á o consagrava.
Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
Os it ens I e I I est ão corret os. O art . 1º , da Const it uição Federal, prevê:
Art . 1º A República Federat iva do Brasil, form ada pela união indissolúvel dos Est ados e
Municípios e do Dist rit o Federal, const it ui- se em Est ado Dem ocrát ico de Direit o e t em com o
fundam ent os:
Assim , no Novo Código de Processo Civil o legislador procurou dar efet ividade à
prem issa cont ida no art . 1º , da CF/ 88.
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Adem ais, o NCPC é a prim eira est rut ura legislat iva do País que nasce no Est ado
Dem ocrát ico de Direit o, volt ado para as garant ias fundam ent ais, at ravés do
est abelecim ent o de um a prot eção j urídica.
Por fim , o it em I I I t am bém est á corret o. O princípio da at ipicidade significa a
adm issibilidade de t odos os m eios de prova, m esm o aqueles não previst os no
NCPC. Esse sist em a engloba não só as provas t ípicas, m as t am bém as at ípicas.
O princípio da at ipicidade t em apoio no art . 369, do NCPC:
Art . 369. As part es t êm o direit o de em pregar t odos os m eios legais, bem com o os
m oralm ent e legít im os, ainda que não especificados nest e Código, para provar a verdade
dos fat os em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazm ent e na convicção do j uiz.
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O princípio do cont radit ório com port a duas
D I M EN SÕES:
Pela dim e nsã o for m a l refere- se ao dir e it o de pa r t icipa r do pr oce sso
( ser ouvido) .
Já pela dim e nsã o m a t e r ia l refere- se ao pode r de in flue n cia r na
de cisã o.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O erro da alt ernat iva é dizer que o j uiz pode
decidir sem ouvir o réu na ação m onit ória e nos casos de t ut ela de evidência.
Vej am os o art . 9º , do NCPC:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.
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Ao se t rat a de t ut ela de evidência, som ent e os incs. I I e I I I do art . 311, aut orizam
decisão " inaudit a alt era part e" , os incs. I e I V exigem cont radit ório prévio.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
10, do NCPC:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
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O it em I est á corret o, pois é o que dispõe o §3º , do art . 3º , da Lei nº 13.105/ 15:
§ 3 o A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de conflit os deverão
ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos e m em bros do Minist ério
Público, inclusive no curso do processo j udicial.
Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o. A lei processual deverá observar os princípios e os
disposit ivos const ant es na Const it uição da República, pois ela const it ui a sua
font e últ im a de legit im idade e validade. Vej am os o art . 1º , do NCPC:
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Art . 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e int erpret ado conform e os valores e as
norm as fundam ent ais est abelecidos na Const it uição da República Federat iva do Brasil,
observando- se as disposições dest e Código.
O it em I I est á incorret o. Os t rat ados int ernacionais firm ados pelo Brasil são
considerados font e do direit o processual civil.
O it em I I I est á corret o. A Lei os cost um es, a dout rina e a j urisprudência, assim
com o a Const it uição Federal e os t rat ados int ernacionais firm ados pelo Brasil, são
considerados font es do direit o processual civil.
Por fim , o it em I V est á corret o. A dout rina e a j urisprudência são im port ant es
font es do direit o processual civil, vist o que auxiliam na elaboração de norm as
j urídicas, e nos próprios j ulgam ent os proferidos pelo Poder Judiciário.
GABARI TO: let ra a
Com e nt á r ios
Vam os à analise dos it ens.
O it em I est á corret o, conform e est abelece o art . 8º , do NCPC:
Art . 8 o Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e às exigências do
bem com um , resguardando e prom ovendo a dignidade da pessoa hum ana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
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O it em I I est á corret o. O princípio da event ualidade significa dizer, por exem plo,
que cabe ao réu form ular t oda sua defesa na cont est ação. Segundo o art . 336,
da Lei nº 13.105/ 15, é dever do réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria que
lhe aproveit a sob pena de preclusão.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.
Com e nt á r ios
Essa quest ão cobra alguns conhecim ent os de t ut ela provisória, cont udo, para
responder a quest ão, bast a o conhecim ent o do art . 9º , do NCPC.
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Vej am os o art . 9º , parágrafo único, I , do NCPC:
Art . 9 o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 10, do NCPC, o j uiz não
pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o
do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que
se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no art . 12, da Lei nº 13.105/ 15, os
j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A boa- fé processual alcança a t odos que at uam
no processo, inclusive, ao j uiz. Vej am os o art . 5º , da referida Lei:
Art . 5 o Aquele que de qualquer form a part icipa do processo deve com port ar- se de acordo
com a boa- fé.
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Q9 . CESPE/ SED F/ 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir, relat ivo a norm as processuais civis, capacidade
processual e post ulat ória e int ervenção de t erceiros.
O novo Código de Processo Civil que ent rou em vigor em m arço de 2016 não
se aplica aos processos que j á est avam t ram it ando na dat a da sua vigência.
Com e nt á r ios
Vej am os o que dispõe o art . 1.043, do NCPC.
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
Assim , nova lei processual t em aplicação im ediat a aos processos que j á est avam
em curso, respeit ando- se os at os processuais j á realizados durant e a vigência da
lei ant erior.
Desse m odo, a assert iva est á incor r e t a .
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Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
14, do NCPC.
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.
Adem ais, à luz desse disposit ivo, o STJ edit ou dois enunciados adm inist rat ivos,
que explicit am que o parâm et ro para saber se o recurso seguirá os pressupost os
de adm issibilidade do CPC73 ou do NCPC será a dat a da publicação da sent ença.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 2
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 1973 ( relat ivos a decisões publicadas at é
17/ 03/ 2016) devem ser exigidos os requisit os de adm issibilidade na form a nele previst a,
com as int erpret ações dadas, at é ent ão, pela j urisprudência do STJ.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 3
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 2015 ( relat ivos a decisões publicadas a
part ir de 18/ 03/ 2016) serão exigidos os requisit os de adm issibilidade recursal na form a do
CPC/ 2015.
De acordo com os disposit ivos acim a, se a sent ença foi publicada at é 17/ 3/ 2016,
o recurso segue os pressupost os do CPC73; ao passo que se publicada a part ir
do dia 18/ 3/ 2016, são observados os pressupost os recursais do NCPC.
Desse m odo, as a lt e r na t iva s B, C e D est ão incorret as, pois se referem à
proposit ura da ação com o parâm et ro.
Por fim , a a lt e r na t iva E est á incorret a, pois não t em qualquer previsão nesse
sent ido.
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b) E - C - C - C.
c) E - C - E - E.
d) C - C - C - E.
Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um a das afirm at ivas.
A prim eira afirm at iva est á cert a, com base no §2º , do art . 3º , do NCPC:
§ 2 o O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos conflit os.
A segunda afirm at iva est á cert a, conform e prevê o art . 4º , da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 4 o As part es t êm o direit o de obt er em prazo razoável a solução int egral do m érit o,
incluída a at ividade sat isfat iva.
A t erceira afirm at iva est á cert a, pois reproduz o art . 10, da referida Lei:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
Por fim , a quart a afirm at iva est á errada. Vej am os o que est abelece o art . 9º do
NCPC:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.
A exceção t razida pelo inc. I I corresponde apenas a duas hipót eses em que o j uiz
est á aut orizado a conceder a t ut ela da evidência, e não, genericam ent e, a
qualquer hipót ese em que a lei adm it e a concessão desse t ipo de t ut ela.
Confira as duas hipót eses em que o j uiz est á aut orizado a conceder a t ut ela da
evidência:
Art . 311. A t ut ela da evidência será concedida, independent em ent e da dem onst ração de
perigo de dano ou de risco ao result ado út il do processo, quando:
I I - as alegações de fat o puderem ser com provadas apenas docum ent alm ent e e houver t ese
firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos ou em súm ula vinculant e;
I I I - se t rat ar de pedido reipersecut ório fundado em prova docum ent al adequada do cont rat o
de depósit o, caso em que será decret ada a ordem de ent rega do obj et o cust odiado, sob
com inação de m ult a;
Q1 2 . I ESES/ TJ- M A/ 2 0 1 6
Com relação a preocupação do legislador no novo Código de Processo Civil
para assegurar um a prest ação j urisdicional célere e elevar o grau de j ust iça,
foram valorados alguns princípios const it ucionais, dos quais podem os
dest acar:
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Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Todos esses princípios
est ão previst os nos art igos iniciais do NCPC.
Observe que t odas as dem ais alt ernat iva lim it am dem ais os princípios previst os
no NCPC.
Q1 3 . FCC/ PGE- M T/ 2 0 1 6
De acordo com as regras t ransit órias de direit o int ert em poral est abelecidas
no novo Código de Processo Civil,
a) um a ação de nunciação de obra nova que ainda não t enha sido
sent enciada pelo j uízo de prim eiro grau quando do início da vigência do Novo
Código de Processo Civil, seguirá em conform idade com as disposições do
Código de Processo Civil de 1973.
b) as ações que foram propost as segundo o rit o sum ário ant es do início da
vigência do novo Código de Processo Civil, devem ser adapt adas às
exigências da nova lei inst rum ent al, à luz do princípio da im ediat a aplicação
da lei processual nova.
c) as disposições de direit o probat ório do novo Código de Processo Civil
aplicam - se a t odas as provas que forem produzidas a part ir da dat a da
vigência do novo diplom a processual, independent em ent e da dat a em que a
prova foi requerida ou det erm inada a sua produção de ofício.
d) caso um a ação t enha sido propost a durant e a vigência do Código de
Processo Civil de 1973 e sent enciada j á sob a égide do novo Código de
Processo Civil, resolvendo na sent ença quest ão prej udicial cuj a resolução
dependa o j ulgam ent o do m érit o expressa e incident alm ent e, t al decisão t erá
força de lei e form ará coisa j ulgada.
e) o novo Código de Processo Civil aut oriza, sem ressalvas, a concessão de
t ut ela provisória cont ra a Fazenda Pública, derrogando t acit am ent e as
norm as que dispõem em sent ido cont rário.
Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A respeit o dos
procedim ent os especiais previst os no CPC/ 73, vej am os o §1º , do art . 1.046, do
NCPC:
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Porém , o art . 1.054, dispõe que essa regra som ent e se aplica aos processos
iniciados após a sua vigência, não se aplicando, port ant o, às ações propost as
durant e a vigência do CPC/ 73.
Art . 1.054. O dispost o no art . 503, § 1o, som ent e se aplica aos processos iniciados após a
vigência dest e Código, aplicando- se aos ant eriores o dispost o nos art s. 5º , 325 e 470 da Lei
no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 1.059, da Lei nº 13.105/ 15, o
NCPC não ext ingue as norm as que im pedem a concessão de t ut ela provisória
cont ra a Fazenda Pública.
Com e nt á r ios
O art . 4º , do NCPC, est abelece que a part e t em o direit o a um a solução de m érit o,
que deve ser proferida em t em po razoável. Para se chegar a essa decisão é
fundam ent al que o m agist rado oport unize às part es a possibilidade de se
m anifest ar ant es de decidir, ainda m ais se a decisão definit iva ocorrer sem a
análise do m érit o e independent em ent e de ser analisável de ofício.
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Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a, pois em bora o art . 9º , do NCPC, prevej a que o
j uiz não pode proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida, o inc. I est abelece que o caput será excepcionado quando
envolver t ut elas provisórias de urgência e de evidência. Assim , m aliciosam ent e a
quest ão t ornou a exceção com o regra, pois é possível a concessão de t ut elas
provisórias com cont radit ório diferido.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois ret rat a o princípio
da boa- fé obj et iva processual, esculpido no art . 5º , do NCPC.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. O princípio da cooperação não se resum e às
part es do processo, pois deve ser com preendido por t odos os suj eit os do processo
para além das part es, abrangendo t est em unhas, perit os, advogados ( públicos e
privado) , m em bros do Minist ério Público e, inclusive, o m agist rado.
Vej a que o art . 6º não m enciona apenas as part es, m as os suj eit os do processo:
Art . 6 o Todos os SUJEI TOS do pr oce sso devem cooperar ent re si para que se obt enha,
em t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
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Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a. Not e que ela é reprodução lit eral do art . 7º , do
NCPC:
Art . 7 o É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício de direit os
e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.
Agora sim t em os a reprodução exat a do art . 10, do NCPC. Port ant o, est á corret a
a a lt e r na t iva C.
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A a lt e r na t iva D est á corret a, pois ret rat a o caput do art . 12, do NCPC:
Art . 12. Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
Q1 7 . M PE- SC/ 2 0 1 6
Julgue:
Nos t erm os do novo Código de Processo Civil, o j uiz não pode decidir, em
grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o do qual não
se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, salvo se t rat ar de
m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva
decidir de ofício, o j uiz não poderá decidir sem dar às part es a oport unidade de
se m anifest ar. Vej am os os art . 10, do NCPC:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, AI N D A que
se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
Com e nt á r ios
O princípio da inafast abilidade do cont role j urisdicional t em previsão expressa na
CF e indica que não poderão ser criados im pedim ent os ao acesso do cidadão aos
órgãos j urisdicionais quando algum direit o seu est iver sendo violado ou
am eaçado de lesão.
Adem ais, se esse direit o est iver am eaçado pela possibilidade de decurso do
t em po ou por algum a at it ude que o réu puder vir a t om ar, o j uiz est ará aut orizado
pela própria lei processual a ant ecipar os efeit os da t ut ela pret endida pelo aut or.
Que st ion a - se : e o pr incípio do con t r a dit ór io ( a lt e r n a t iva D ) nã o e st a r ia
t a m bé m dir e t a m e nt e r e la ciona do?
A concessão de t ut elas sem prévia oit iva da part e cont rária ( j ust ificação) afet a o
cont radit ório. Nesse caso, o cont radit ório será diferido, ou sej a, será exercido
post eriorm ent e. Cont udo, em razão ( diret a) do princípio da inafast abilidade da
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Com e nt á r ios
Tem os aqui um a quest ão com plexa, m as que explora cont eúdos relevant es, razão
pela qual est udarem os alguns cont eúdos im port ant es. Vam os analisar cada um
dos it ens.
O it em I est á corret o. Os princípios do cont radit ório perm anent e e obrigat ório, da
cooperação, do m áxim o aproveit am ent o dos at os processuais, da prim azia do
j ulgam ent o de m érit o e da excepcionalidade dos recursos int erm ediários, est ão
descrit os no prim eiro capít ulo do NCPC.
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Em bora não t enham os falado diret am ent e do “ m áxim o aproveit am ent o dos at os
processuais” e da “ excepcionalidade dos recursos int erm ediários” , part e da
dout rina ext rai esses princípios dos disposit ivos iniciais. Vam os, em razão disso,
t rat ar do conceit o de cada um deles:
princípio do m áxim o aproveit am ent o dos at os processuais – em nom e da celeridade,
um at o processual som ent e será anulado ou refeit o em razão de vícios se não for possível
aproveit á- lo.
princípio da excepcionalidade dos recursos int erm ediários – est ipula que as hipót eses
de cabim ent o de recursos cont ra decisões int erlocut órias são lim it adas.
O it em I I t am bém est á corret o. O NCPC busca a segurança j urídica ao t rat ar, por
exem plo, da irret roat ividade da norm a processual e prevê expressam ent e a
isonom ia no art . 7º . O est udo dos precedent es será desenvolvido m ais adiant e,
m as um a das grandes caract eríst icas do Novo Código é o reforço concedido aos
precedent es.
O it em I I I est á corret o e t raz um a t eoria relat ivam ent e nova, que ganha força no
NCPC.
O st are decisis é um precedent e de respeit o obrigat ório, criado a part ir de um a
decisão j udicial dada por algum órgão j udiciário vinculant e. Trat a- se de t eoria
criada no sist em a do com m on law. Para a aplicação do sist em a de precedent es
devem ser consideradas t rês t écnicas: “ dist inguishing” , “ overruling” e
“ prospect ive overruling” .
O dist inguishing envolve a ideia de com paração ent re um caso concret o qualquer
e as razões de decidir da decisão paradigm a, para verificar se am bos os casos
possuem algum a sem elhança.
O overruling rem et e à ideia de revogação do ent endim ent o paradigm át ico
consubst anciado no precedent e, em razão da m odificação de valores sociais ou
dos conceit os j urídicos. Além de superar o precedent e considerado com o
paradigm a, no overrruling im põe- se ao órgão j ulgador a const rução de novo
posicionam ent o j urídico.
Com a superação do precedent e, t em - se adm it ido a adoção de efeit os
prospect ivos ao overruling. Fala- se, assim , em prospect ive overrruling que t em
por finalidade não at ingir det erm inados grupo de j ulgados. Desse m odo,
pret ende- se evit ar sit uações em que det erm inada part e vencedora em inst âncias
inferiores, j ust am ent e em virt ude de as decisões est arem seguindo o
ent endim ent o predom inant e nas cort es superiores, sej a surpreendida com a
m udança brusca de ent endim ent o. De form a sem elhant e, o prospect ive
overrruling é adot ado pelo STF em sede de cont role concent rado de
const it ucionalidade quando, em vist a das razões de segurança j urídica ou de
excepcional int eresse social, rest ringe os efeit os daquela declaração ou decida
que ela só t erá eficácia a part ir de seu t rânsit o em j ulgado ou de out ro m om ent o
que venha a ser fixado.
Port ant o, est á corret o o it em I I I que t rat a das t rês t écnicas de adequação do
sist em a de precedent es às alt erações int erpret at ivas da norm a e às
circunst âncias fact uais post as sob exam e dos j uízes e dos t ribunais.
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Por fim , o it em I V est á incorret o, pois além das súm ulas, o sist em a de
precedent es prevê o respeit o às t eses j urídicas fixadas pelos t ribunais superiores
e pelo Pleno ou pelo Órgão Especial dos dem ais t ribunais.
Assim , a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Q2 0 . CESPE/ TCE- RN / 2 0 1 6
O princípio da cooperação processual se relaciona à prest ação efet iva da
t ut ela j urisdicional e represent a a obrigat oriedade de part icipação am pla de
t odos os suj eit os do processo, de m odo a se t er um a decisão de m érit o j ust a
e efet iva em t em po razoável.
Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . O princípio da cooperação processual depende de t odos
os suj eit os cooperarem ent re si para obt er- se decisão de m érit o j ust a e efet iva,
em t em po razoável, conform e t em os no art . 6º , do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
Q2 1 . CESPE/ Te le br a s/ 2 0 1 5
A respeit o de j urisdição, ação e processo, j ulgue o it em seguint e.
Os t erm os processo e procedim ent o são considerados sinônim os, vist o que
represent am a ordem com que os at os processuais se desenvolvem .
Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . O procedim ent o é um dos elem ent os form adores do
processo. Na realidade, o procedim ent o const it ui a ordenação dos at os que
result am da relação j urídica processual. O t erm o processo se refere à at uação da
j urisdição, j á o t erm o procedim ent o é a sucessão de at os, que represent a a form a
com o o processo se desenvolve.
Q2 2 . M PD FT/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC
Julgue os it ens a seguir, a respeit o dos princípios processuais civis:
I . O princípio da cooperação significa que as aut oridades j udiciárias de
com arcas diversas t êm o dever de aj uda m út ua quando da colet a de provas
por cart a precat ória.
I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as consagra o respeit o às
form as legais est abelecidas para a prát ica de det erm inado at o.
Desrespeit ada essa form a, o at o não gerará efeit os, m esm o que cum prida a
sua finalidade e não evidenciado prej uízo às part es ou ao processo.
I I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as est á int im am ent e ligado ao
princípio da econom ia processual porque est á baseado no aproveit am ent o
do at o processual viciado, ao invés de declará- lo nulo.
I V. O processo civil com eça por iniciat iva da part e, m as se desenvolve por
im pulso oficial, salvo exceções previst as em lei.
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Vam os analisar cada um os it ens.
O it em I est á incorret o. O princípio da cooperação prevê que t odos os suj eit os do
processo devem cooperar ent re si para que se obt enha a solução do processo
com efet ividade e em t em po razoável. I sso envolve a colaboração das part es com
o j uiz, do j uiz com as part es e das part es ent re si.
Acredit o que à luz do NCPC essa quest ão fica enfraquecida, pois a cooperação no
CPC73 ( quando a quest ão em com ent o foi edit ada) o princípio da cooperação se
dava na relação t riangular ent re j uiz- aut or- réu. Agora, no NCPC, o princípio da
cooperação ganha um a roupagem m ais am pla, para abranger t odos os suj eit os
do processo e, port ant o, at os de cooperação ent re j uízos.
O it em I I t am bém est á incorret o. O princípio da inst rum ent alidade das form as
consagra o respeit o às form as legais est abelecidas para a prát ica de det erm inado
at o. Desrespeit ada essa form a, o at o gerará efeit os m esm o que cum prida a sua
finalidade, desde que não sej a evidenciado prej uízo às part es ou ao processo.
O it em I I I est á corret o. O princípio da inst rum ent alidade das form as est á
int im am ent e ligado ao princípio da econom ia processual porque est á baseado no
aproveit am ent o do at o processual viciado, ao invés de declará- lo nulo.
O it em I V est á corret o e reproduz o art . 2º , do NCPC:
Art . 2º O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.
O it em I V est á corret o, pois sob o aspect o form al, a igualdade não leva em
consideração as peculiaridades m at eriais.
Port ant o, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
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Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o. O direit o processual civil é com post o por regras cogent es,
im perat ivas e de ordem pública. O desrespeit o dessas regras, devido à
im port ância e à obrigat oriedade, pode ser declarado de ofício pelo j uiz,
acarret ando na anulação do at o processual.
O it em I I t am bém est á corret o. A nova lei processual é im ediat a t ant o para as
ações fut uras quant o para os processos em curso. Ela som ent e não alcança, com o
regra geral, os at os prat icados ant es da sua ent rada em vigor.
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O it em I I I est á incorret o. Relat ivam ent e aos t ít ulos execut ivos ext raj udiciais, vale
a norm a aplicável no m om ent o do aj uizam ent o da execução e não no m om ent o
em que o t ít ulo foi form ado.
Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Com e nt á r ios
De acordo com a Súm ula STJ 358, “ o cancelam ent o de pensão alim ent ícia de filho
que at ingiu a m aioridade est á suj eit o à decisão j udicial, m ediant e cont radit ório,
ainda que nos próprios aut os” .
Assim , a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
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Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á incorret o. Com o o processo civil int egra o direit o público, suas
norm as são cogent es, cont udo, a lei processual dispõe de norm as disposit ivas,
que podem ser, por convenção das part es, alt eradas.
O it em I I est á corret o. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre o direit o
processual, t endo, os Est ados- m em bros, com pet ência concorrent e à União para
legislar sobre norm as procedim ent ais em m at éria processual, conform e art .22, I
e art . 24, XI , am bos da CF.
Art . 22. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre:
I - direit o civil, com ercial, penal, processual, eleit oral, agrário, m arít im o, aeronáut ico,
espacial e do t rabalho;
Art . 24. Com pet e à União, aos Est ados e ao Dist rit o Federal legislar concorrent em ent e
sobre:
XI - procedim ent os em m at éria processual;
Q2 7 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
Quant o à eficácia das leis processuais civis, no t em po e no espaço, vigora a
seguint e regra:
a) Ao cont rário das leis subst anciais, o direit o processual civil aplica- se no
Brasil apenas aos nacionais, devendo os est rangeiros suj eit ar- se às norm as
processuais de seus respect ivos países, em razão da soberania a ser
respeit ada.
b) A noção de direit o adquirido é exclusiva do direit o m at erial, inexist indo
direit os processuais adquiridos, porque a lei processual nova aplica- se a t odo
processo em t râm it e, int egralm ent e, sendo irrelevant es os at os processuais
ant eriorm ent e prat icados.
c) Com o o processo civil é indivisível, deve ser regulado por um a única lei;
assim , sobrevindo lei processual nova, quando j á se encont re em t ram it ação
um processo, a lei velha cont inua a reger int egralm ent e o feit o iniciado sob
sua vigência, m esm o após revogada, o que se denom ina ult ra at ividade da
lei velha
d) De m aneira diversa às norm as de direit o m at erial, as leis processuais civis
iniciam sua vigência, em regra, cent o e oit ent a dias após sua prom ulgação,
dada sua com plexidade e necessidade de publicização.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. Não há previsão na legislação nesse sent ido.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Os processos em curso respeit arão a nova lei. Já
os t ransit ados na vigência da lei ant iga, persist irão.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com o sabem os, a aplicação da lei processual se
dá no m om ent o da prát ica do at o, do que se ext rai do art . 14, do NCPC. Adem ais,
para fundam ent ar a quest ão podem os nos socorrer t am bém ao art . 1.046, do
NCPC, que disciplina a t ransição do CPC73 para o NCPC:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
No caso específico do NCPC, o art . 1.045 previu que o Código ent raria em vigor
decorrido um ano da dat a de sua publicação. Considerando que o t ext o foi
publicado em 17/ 03/ 2016, o NCPC ent rou em vigor no dia 18/ 03/ 2016, quando
decorreu um ano da publicação.
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, cuj o fundam ent o é
ext raído do art . 14 do NCPC:
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.
Q2 8 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
São princípios gerais do processo civil:
a) econom ia processual, publicidade dos at os processuais, event ualidade.
b) individualização da pena, duração razoável do processo, livre invest igação
das provas.
c) presunção de inocência, direit o ao j uiz nat ural, inércia.
d) dom ínio do fat o, vedação à prova ilícit a, cont radit ório e am pla defesa.
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A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da econom ia
apont a que o j uiz deve conduzir o processo de form a a obt er o m áxim o de
proveit o na aplicação do direit o com o m ínim o de dispêndio.
O princípio da publicidade, por sua vez, indica que t odos os at os do processo
devem ser públicos, para que possam ser cont rolados. Vam os aproveit ar a
quest ão para, desde j á, referir o art . 189, do NCPC:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.
O princípio da event ualidade apont a que incum be ao réu apresent ar t odos os seus
argum ent os de defesa e est á previst o no art . 336, do NCPC.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Os princípios da individualização da pena, da
duração razoável do processo e da livre invest igação das provas envolvem
princípios processuais penais.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Os princípios da presunção de inocência, do
direit o ao j uiz nat ural e da inércia t am bém se relacionam ao Direit o Processual
Penal.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Os princípios do dom ínio do fat o, da vedação à
prova ilícit a, do cont radit ório e da am pla defesa referem - se ao Direit o Processual
Penal.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Os princípios da anualidade dizem respeit o ao
Direit o Tribut ário.
Q2 9 . PGR/ 2 0 1 5
Const it uem princípios const it ucionais processuais im plícit os:
a) A boa- fé processual, a efet ividade e a paridade de arm as.
b) A boa- fé processual, a efet ividade e a eficiência.
c) A boa- fé processual, efet ividade e a adequação.
d) A boa- fé processual, a efet ividade e a publicidade.
Com e nt á r ios
Para não errar essa quest ão é necessário est ar at ent o ao fat o de que são cobrados
princípios const it u ciona is im plícit os. Nesse cont ext o:
boa- fé processual: im plícit o;
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Port ant o, são princípios const it ucionais processuais im plícit os: a boa- fé
processual, a efet ividade e a adequação. Assim , a a lt e r n a t iva C est á corret a e
é o gabarit o da quest ão.
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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. As regras processuais cont idas no Código de
Processo Civil devem ser aplicadas de acordo com os princípios processuais.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. A analogia, os cost um es e os princípios gerais do
Direit o são t idos com o font es secundárias das norm as processuais.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A int erpret ação lit eral não pode ser ut ilizada em
det rim ent o da percepção sist em át ica das regras e dos princípios processuais.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Não se adm it e que o j ulgam ent o sej a baseado
nas percepções pessoais do j uiz, pois deve ser fundam ent ado nas regras de
direit o e na prova cont ida nos aut os.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Com pet e ao j uiz aplicar
os princípios e as regras de m odo a definir com clareza o alcance e a incidência
das norm as processuais.
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As duas proposições rem et em à aplicação dos direit os e garant ias fundam ent ais
às relações ent re pessoas privadas. Sabe- se que os direit os fundam ent ais
surgiram – not adam ent e os de prim eira dim ensão – com a finalidade de im por
lim it es às arbit rariedades est at ais. Cont udo, dada a relevância desses princípios
int ernam ent e, ent ende- se que eles são aplicáveis não apenas às relações que
envolvam o Est ado.
Nesse cont ext o, as garant ais processuais, t al com o a do cont radit ório, aplicam -
se às relações ent re pessoas privadas. Desse m odo, as proposições acim a est ão
corret as.
A propósit o, é clássico o j ulgam ent o exarado no RE nº 201.819 do STF18 . Confira
a em ent a:
SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. UNI ÃO BRASI LEI RA DE COMPOSI TORES.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADI TÓRI O. EFI CÁCI A
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S NAS RELAÇÕES PRI VADAS. RECURSO DESPROVI DO. I .
EFI CÁCI A DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S NAS RELAÇÕES PRI VADAS. As violações a
direit os fundam ent ais não ocorrem som ent e no âm bit o das relações ent re o cidadão e o
Est ado, m as igualm ent e nas relações t ravadas ent re pessoas físicas e j urídicas de direit o
privado. Assim , os direit os fundam ent ais assegurados pela Const it uição vinculam
diret am ent e não apenas os poderes públicos, est ando direcionados t am bém à prot eção dos
18
RE 201819, Rel. Ellen Gracie, Relat or p/ acórdão: Min. Gilm ar Mendes, 2ª Turm a, j ulgado em
11/ 10/ 2005, DJ 27- 10- 2006.
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part iculares em face dos poderes privados. I I . OS PRI NCÍ PI OS CONSTI TUCI ONAI S COMO
LI MI TES À AUTONOMI A PRI VADA DAS ASSOCI AÇÕES. A ordem j urídico- const it ucional
brasileira não conferiu a qualquer associação civil a possibilidade de agir à revelia dos
princípios inscrit os nas leis e, em especial, dos post ulados que t êm por fundam ent o diret o
o próprio t ext o da Const it uição da República, not adam ent e em t em a de prot eção às
liberdades e garant ias fundam ent ais. O espaço de aut onom ia privada garant ido pela
Const it uição às associações não est á im une à incidência dos princípios const it ucionais que
asseguram o respeit o aos direit os fundam ent ais de seus associados. A aut onom ia privada,
que encont ra claras lim it ações de ordem j urídica, não pode ser exercida em det rim ent o ou
com desrespeit o aos direit os e garant ias de t erceiros, especialm ent e aqueles posit ivados
em sede const it ucional, pois a aut onom ia da vont ade não confere aos part iculares, no
dom ínio de sua incidência e at uação, o poder de t ransgredir ou de ignorar as rest rições
post as e definidas pela própria Const it uição, cuj a eficácia e força norm at iva t am bém se
im põem , aos part iculares, no âm bit o de suas relações privadas, em t em a de liberdades
fundam ent ais. I I I . SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. ENTI DADE QUE I NTEGRA
ESPAÇO PÚBLI CO, AI NDA QUE NÃO- ESTATAL. ATI VI DADE DE CARÁTER PÚBLI CO.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DO DEVI DO PROCESSO LEGAL.APLI CAÇÃO DI RETA
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S À AMPLA DEFESA E AO CONTRADI TÓRI O. As associações
privadas que exercem função predom inant e em det erm inado âm bit o econôm ico e/ ou social,
m ant endo seus associados em relações de dependência econôm ica e/ ou social, int egram o
que se pode denom inar de espaço público, ainda que não- est at al. A União Brasileira de
Com posit ores - UBC, sociedade civil sem fins lucrat ivos, int egra a est rut ura do ECAD e,
port ant o, assum e posição privilegiada para det erm inar a ext ensão do gozo e fruição dos
direit os aut orais de seus associados. A exclusão de sócio do quadro social da UBC, sem
qualquer garant ia de am pla defesa, do cont radit ório, ou do devido processo const it ucional,
onera consideravelm ent e o recorrido, o qual fica im possibilit ado de perceber os direit os
aut orais relat ivos à execução de suas obras. A vedação das garant ias const it ucionais do
devido processo legal acaba por rest ringir a própria liberdade de exercício profissional do
sócio. O carát er público da at ividade exercida pela sociedade e a dependência do vínculo
associat ivo para o exercício profissional de seus sócios legit im am , no caso concret o, a
aplicação diret a dos direit os fundam ent ais concernent es ao devido processo legal, ao
cont radit ório e à am pla defesa ( art . 5º , LI V e LV, CF/ 88) . I V. RECURSO EXTRAORDI NÁRI O
DESPROVI DO.
Com e nt á r ios
Nessa quest ão a banca explorou um assunt o int eressant e.
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Fora essas hipót eses, não há possibilidade de out ro inst rum ent o de irresignação.
I m port ant e m encionar, ainda:
Pr in cípio da con su m a çã o
• Um a vez que a part e int erpôs um recurso, não poderá adit ar ou m odificar os
recursos, pois o at o processual consum a- se quando prat icado.
Pr in cípio da m ot iva çã o
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Com e nt á r ios
No m esm o sent ido da quest ão ant erior, a alt ernat iva corret a e o gabarit o da
quest ão é a a lt e r na t iva A, pois o princípio da t axat ividade im pede que um
pedido de reconsideração – feit o incorret am ent e – sej a recebido com o em bargos
de declaração.
Com e nt á r ios
Em bora elaborada para o CPC73, a quest ão pode ser aplicada no cont ext o do
NCPC.
Conform e const a do art . 9º , do NCPC, não poderá o m agist rado t om ar um a
decisão sem previam ent e ouvir a part e cont rária, ainda m ais se essa decisão
gerar prej uízo. No caso, devido aos defeit os e irregularidades const at adas na
exposição dos fat os, o m agist rado não poderá “ declarar a ineficácia” , “ indeferir
de im ediat o a inicial” ou “ declarar a nulidade do processo” . Sem ent rar no m érit o
da possibilidade de se adot ar essas decisões, você deve, de pront o, elim inar as
a lt e r na t iva s A, C e D .
A a lt e r n a t iva B t am bém não é corret a, pois, com o sabem os, por dever de
cooperação e da prim azia da decisão de m érit o, o m agist rado deve “ alert ar” a
part e quant o a event uais irregularidades, a fim de se chegar à decisão de m érit o.
Port ant o, sem m esm o aprofundar o est udo do NCPC, você conclui que a
a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão. No m esm o sent ido, t em os o art .
321, do NCPC, que t rat a em específico do assunt o ret rat ado:
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Art . 321. O j uiz, ao verificar que a pet ição inicial N ÃO pr e e n ch e os r e qu isit os dos art s.
319 e 320 ou qu e a pr e se n t a de fe it os e ir r e gu la r ida de s capazes de dificult ar o
j ulgam ent o de m érit o, de t e r m ina r á qu e o a u t or , N O PRAZO D E 1 5 ( qu inze ) D I AS, a
e m e n de ou a com ple t e , in dica n do com pr e cisã o o qu e de ve se r cor r igido ou
com ple t a do.
Com e nt á r ios
Essa quest ão abrange dois princípios relevant es do Direit o Processual Civil.
O prim eiro deles est á previst o no art . 2º , do NCPC, sendo denom inado de
princípio da inércia da j urisdição, que im põe à part e dar início ao processo.
O segundo é conhecido com o princípio da congruência ( ou adst rição) . Previst o no
art . 141, do NCPC, ele est abelece que o m agist rado est á vinculado àquilo que foi
propost o pelas part es no processo, de m odo que não poderá analisar de ofício
quest ões que a lei at ribua à iniciat iva da part e. Esse princípio prest igia o m odelo
disposit ivo de processo.
Port ant o, a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.
Ra pida m e nt e ...
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• um a vez provocada a j urisdição, const it ui int eresse público ver a dem anda
resolvida, de m odo que o m agist rado deve conduzir o processo ao desfecho
final.
pr in cípio da pe r su a sã o r a cion a l
Com e nt á r ios
Tem os aqui a referência ao art . §1º , do art . 437, do NCPC, que ret rat a o princípio
do cont radit ório, de form a que a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.
§ 1o Sem pre que um a das part es requerer a j unt ada de docum ent o aos aut os, o j uiz ouvirá,
a seu respeit o, a out ra part e, que disporá do prazo de 15 ( quinze) dias para adot ar qualquer
das post uras indicadas no art . 436.
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• pret ende- se conferir efet ivam ent e o direit o reconhecido em sent ença para que
a part e possa gozá- lo
princípio da prevenção
• quando houver m ais de um j uiz com pet ent e, será prevent o o j uízo do regist ro
ou dist ribuição do processo.
Q3 7 . FGV/ TJ- PI / 2 0 1 5
A sent ença que j ulga m at éria não com preendida pela dem anda, que deixa
de j ulgar pedido form ulado pelo aut or ou que confere à part e m ais do que
foi post ulado incorre em vícios, por aplicação de um princípio fundam ent al
do Direit o Processual.
Os vícios e o princípio processual acim a referidos são, respect ivam ent e:
a) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio nem o
t enet ur se det egere;
b) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio da equidade;
c) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio da
congruência;
d) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio nem o t enet ur se
det egere;
e) ext ra pet it a, cit ra pet it a e ult ra pet it a — princípio da congruência.
Com e nt á r ios
A decisão ext ra pet it a é aquela proferida for a dos pedidos da part e, ou sej a, que
concede algo além do rol post ulado, enquant o a decisão ult ra pet it a é aquela que
aprecia o pedido e lhe at ribui um a e x t e nsã o m a ior do que a pret endida pela
part e. Já a decisão infra pet it a, t am bém conhecida com o cit ra pet it a, de ix a de
apreciar pedido form ulado pelo aut or.
O princípio da congruência ou adst rição est á previst o no art . 492, do NCPC, e
refere- se à necessidade de o m agist rado decidir a lide dent ro dos lim it es
obj et ivados pelas part es, não podendo proferir sent ença de
form a ext ra, ult ra ou infra pet it a.
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Art . 492. É vedado ao j uiz proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, bem com o
condenar a part e em quant idade superior ou em obj et o diverso do que lhe foi dem andado.
Parágrafo único. A decisão deve ser cert a, ainda que resolva relação j urídica condicional.
Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á incorret o. O direit o processual civil é
com post o pr e ponde r a nt e m e nt e por r e gr a s coge nt e s, im perat ivas ou de
ordem pública, que não podem t er sua incidência afast ada pela vont ade das
part es.
O it em I I est á corret o. Com pet e à União legislar sobre o direit o processual civil,
t endo os Est ados, porém , com pet ência concorrent e à União para legislar sobre
norm as procedim ent ais em m at éria processual. Vej am os o art . 22, I , e o art . 24,
XI , am bos da Const it uição Federal.
Art . 22. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre:
I - direit o civil, com ercial, penal, processual, eleit oral, agrário, m arít im o, aeronáut ico,
espacial e do t rabalho;
Art . 24. Com pet e à União, aos Est ados e ao Dist rit o Federal legislar concorrent em ent e
sobre:
XI - procedim ent os em m at éria processual;
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O it em I I I est á corret o. Com base no art . 4º , da LI NDB, as font es form ais são
const it uídas pelas leis, por analogia, pelos cost um es e pelos princípios gerais do
Direit o.
Art . 4 o Quando a lei for om issa, o j uiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os cost um es
e os princípios gerais de direit o.
Com e nt á r ios
O princípio da event ualidade significa dizer que cabe ao réu form ular t oda sua
defesa na cont est ação.
Segundo o art . 336, do NCPC, é dever do réu alegar, na cont est ação, t oda a
m at éria que lhe aproveit a sob pena de preclusão.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.
O art . 342, do NCPC, m enciona quando será possível o réu deduzir novas
alegações, depois da cont est ação.
Art . 342. Depois da cont est ação, só é lícit o ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relat ivas a direit o ou a fat o supervenient e;
I I - com pet ir ao j uiz conhecer delas de ofício;
I I I - por expressa aut orização legal, puderem ser form uladas em qualquer t em po e grau de
j urisdição.
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A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Essa possibilidade t raduz
o poder geral de caut ela do j uiz e est á previst a no art . 297, do NCPC.
Art . 297. O j uiz poderá det erm inar as m edidas que considerar adequadas para efet ivação
da t ut ela provisória.
Parágrafo único. A efet ivação da t ut ela provisória observará as norm as referent es ao
cum prim ent o provisório da sent ença, no que couber.
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Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o. As font es form ais da norm a processual civil preveem ou
consent em det erm inados at os, a saber: a lei, os t rat ados int ernacionais, os
princípios gerais do direit o e os usos e cost um es forenses. Nesse sent ido, confira
o art . 13, do NCPC:
Art . 13. A j urisdição civil será regida pelas norm as processuais brasileiras, ressalvadas as
disposições específicas previst as em t rat ados, convenções ou acordos int ernacionais de que
o Brasil sej a part e.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. O princípio const it ucional da inafast abilidade do
cont role j urisdicional se aplica ao processo civil, t al com o vários out ros princípios
const it ucionais.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O princípio const it ucional da inafast abilidade do
cont role j urisdicional não só se aplica com o é pr ópr io do D ir e it o Pr oce ssua l
Civil.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a, pois est am os a t rat ar do princípio da
indeclinabilidade. Muit o em bora se relacione com o princípio da inafast abilidade,
o princípio da indeclinabilidade im põe um dever ao m agist rado, qual sej a, o de
apreciar as dem andas quando provocado pela part e. Port ant o, se est iver dent ro
das hipót eses legais de com pet ência, não poderá o m agist rado se recusar a
decidir a causa propost a em face do princípio da indeclinabilidade.
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O princípio da congruência t rat a- se de um a proibição ao m agist rado. O j uiz não
poderá conceder nada a m ais ou diferent e do que foi pedido, com base no art .
141, do NCPC:
Art . 141. O j uiz decidirá o m érit o nos lim it es propost os pelas part es, sendo- lhe vedado
conhecer de quest ões não suscit adas a cuj o respeit o a lei exige iniciat iva da part e.
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O princípio da dem anda significa que o Juiz est á vinculado ao pedido form ulado
nos aut os do processo. Tendo em vist a que a j urisdição é inert e, a provocação
inicial pela part e acaba por vincular o m agist rado àquilo que foi pedido, devendo
a decisão ficar rest rit a ao que foi requerido.
É o que det erm ina o art . 2º , do NCPC.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.
I m port ant e dest acar que o próprio disposit ivo enuncia, ao m esm o t em po, o
princípio da dem anda e o do im pulso oficial. Desse m odo, é de se not ar que
am bos cam inham j unt os na m archa processual. Sem a provocação, não há
m ovim ent ação da m áquina j udiciária que será conduzida por im pulso oficial.
Desse m odo, a a lt e r na t iva A est á incorret a e se cont rapõe à a lt e r n a t iva D , que
é o gabarit o da quest ão.
Quant o à a lt e r na t iva B, em regra, não é possível inovar alegações em sede
recursal, conform e será est udado m ais adiant e.
A a lt e r na t iva C est á incorret a, pois de acordo com o art . 492, do NCPC, não
poderá o m agist rado proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, sob pena de
violação ao princípio da adst rição ( ou congruência) .
Por fim , peca a a lt e r na t iva E ao t rat ar do t em a de form a dem asiadam ent e
abrangent e, pois o princípio da dem anda é circunscrit o por requisit os e condições,
conform e est udarem os adiant e.
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princípio da ubiquidade
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O princípio da event ualidade apont a que incum be ao réu apresent ar t odos os seus
argum ent os de defesa e vem previst o no art . 336, do NCPC.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.
Pr incípio da a dst r içã o: o m agist rado est á vinculado àquilo que foi
propost o pelas part es no processo, de m odo que não poderá analisar de
ofício quest ões que a lei at ribua à iniciat iva da part e. Esse princípio prest igia
o m odelo disposit ivo de processo.
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A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Trat a- se do princípio da
inércia da j urisdição. Esse princípio nos diz que o processo com eça por iniciat iva
da part e ( princípio disposit ivo) ou se desenvolve por im pulso oficial ( princípio
inquisit ivo) .
Tem os um sist em a processual m ist o, com dest aque para o princípio disposit ivo,
na m edida em que o Juiz poderá at uar apenas para a produção de provas no
processo e para conduzi- lo ao final. No m ais, o Direit o Processual Civil revela- se
disposit ivo.
Vej am os o art . 2º , do NCPC.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.
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Q4 9 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
Com relação aos princípios const it ucionais do processo civil, assinale a opção
corret a.
a) O sist em a de cot as para ingresso nas universidades, adot ado em t odas
as faculdades, públicas ou part iculares, é consequência do princípio da
igualdade processual.
b) O princípio do j uízo nat ural, no aspect o obj et ivo, desdobra- se em duas
garant ias: a preexist ência do órgão j urisdicional ao fat o e o respeit o absolut o
às regras obj et ivas de det erm inação de com pet ência.
c) No aspect o subj et ivo, o princípio do j uízo nat ural refere- se t ão som ent e à
quest ão da im parcialidade do j uiz.
d) O princípio do devido processo legal é aplicável apenas no âm bit o público,
sem alcançar os part iculares, j á que se refere apenas aos processos j udiciais.
e) A dim ensão subst ancial do princípio do cont radit ório refere- se ao direit o
de part icipar do processo, de ser ouvido, do aut or que est á no polo passivo
da relação j urídico- processual.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. É consequência do princípio da igualdade em seu
aspect o m at erial, por int erm édio do qual deve conceder t rat am ent o privilegiado
àqueles que est iverem em condição j urídica inferior ( hipossuficient e) . Desse
m odo, caract eriza- se a aplicação da isonom ia em sent ido m at erial, não
const it uindo relação com o princípio da igualdade em sent ido processual.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Não t rat am os desse
princípio na part e t eórica da m at éria. Desse m odo, vam os desenvolver aqui
alguns conceit os relevant es.
Previst o no art . 5º , XXXVI I e LI I I , am bos da CF, a definição do Juiz com pet ent e
para j ulgar a causa sem pre est ará det erm inado de form a prévia ao surgim ent o
do conflit o ou, m ais especificam ent e, da dem anda.
Nesse cont ext o, decorre diret am ent e do princípio a vedação ao Juízo de exceção,
ou sej a, do Juízo const it uído após o acont ecim ent o dos fat os a serem j ulgados.
Dout rinariam ent e, o princípio do Juiz nat ural é analisado sob o aspect o subj et ivo
e obj et ivo.
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Desse m odo, o princípio do j uízo nat ural desdobra- se em duas garant ias: a pré-
exist ência do órgão j urisdicional ao fat o e o respeit o absolut o às regras obj et ivas
de det erm inação de com pet ência.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com o vim os acim a, a garant ia do j uiz nat ural
pelo aspect o subj et ivo consist e na exigência da im parcialidade e da
independência dos m agist rados.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O devido processo legal aplica- se, t am bém , às
relações j urídicas privadas, pela denom inada eficácia horizont al dos direit os
fundam ent ais.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. A part e t em o direit o de ser ouvida e de poder
influenciar na decisão do m agist rado. Além disso, o princípio do cont radit ório
cont em pla t ant o o polo at ivo quant o o polo passivo da relação j urídico- processual.
Q5 0 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
De acordo com os princípios const it ucionais do processo civil, assinale a
opção corret a.
a) Quaisquer at os j udiciais realizados pelo m agist rado devem ser m ot ivados,
sob pena de afront a ao princípio const it ucional da m ot ivação.
b) O princípio const it ucional da am pla defesa represent a o direit o do réu de
part icipar do processo para se defender de acusações, inaplicável ao aut or,
j á que não t em necessidade de se defender.
c) O direit o fundam ent al à publicidade est abelece que os at os processuais
são públicos e divulgados oficialm ent e, ressalvada a prot eção à int im idade
ou o int eresse social.
d) O princípio da razoável duração do processo aplica- se exclusivam ent e aos
processos que t ram it am no Poder Judiciário.
e) O princípio do duplo grau de j urisdição est á expresso na Const it uição e
refere- se ao direit o à obt enção de um novo j ulgam ent o por órgão de m esm a
hierarquia ou superior.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. O princípio da event ualidade apont a que incum be
ao réu apresent ar t odos os seus argum ent os de defesa e vem previst o no art .
336, do NCPC.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da
congruência ou adst rição est á previst o no art . 492, do NCPC, e refere- se à
necessidade de o m agist rado decidir a lide dent ro dos lim it es obj et ivados pelas
part es, não podendo proferir sent ença de form a ext ra, ult ra ou infra pet it a.
Art . 492. É vedado ao j uiz proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, bem com o
condenar a part e em quant idade superior ou em obj et o diverso do que lhe foi dem andado.
Parágrafo único. A decisão deve ser cert a, ainda que resolva relação j urídica condicional.
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O princípio da event ualidade apont a que incum be ao réu apresent ar t odos os seus
argum ent os de defesa e est á previst o no art . 336, do NCPC.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.
Q5 3 . FCC/ TJ- M S/ 2 0 1 0
É princípio inform at ivo do processo civil o princípio
a) disposit ivo, significando que o j uiz não pode conhecer de m at éria a cuj o
respeit o a lei exige a iniciat iva da part e.
b) da inércia, significando que o processo se origina por im pulso oficial, m as
se desenvolve por iniciat iva da part e.
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A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio disposit ivo
significa que as part es são os suj eit os processuais que se acham em condições
para delim it ar quais são os m eios de provas para provar as suas alegações. A
iniciat iva das provas deve part ir das part es, previst o no art . 141, do NCPC.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O princípio da inércia est á previst o no art . 2º , do
NCPC.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. O j uiz deve decidir a lide dent ro dos lim it es
observados pelas part es, conform e art . 492, do NCPC.
Art . 492. É vedado ao j uiz proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, bem com o
condenar a part e em quant idade superior ou em obj et o diverso do que lhe foi dem andado.
Parágrafo único. A decisão deve ser cert a, ainda que resolva relação j urídica condicional.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O princípio da event ualidade aborda que com pet e
ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as razões de
fat o e de direit o, com que im pugna o pedido do aut or e especifica as provas que
desej a produzir, conform e previst o no art . 336, do NCPC.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. A inst rum ent alidade é um direit o nort eador da
eficácia e da celeridade dos at os processuais. O at o cuj o obj et ivo não for
alcançado deve ser anulado.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 1.045, do NCPC, o código
ent ra em vigor após 1 ano da dat a da sua publicação.
Art . 1.045. Est e Código ent ra em vigor após decorrido 1 ( um ) ano da dat a de sua publicação
oficial.
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O caso descrit o refere- se ao princípio processual da cooperação, previst o no art .
6º , do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
Todos os suj eit os processuais devem colaborar ent re si, o que, ao m enos em
t ese, envolveria a colaboração das part es com o j uiz, do j uiz com as part es e das
part es ent re si.
O j uiz passa a ser um int egrant e do debat e que se est abelece na dem anda,
prest igiando esse debat e ent re t odos, com a ideia cent ral de que, quant o m ais
cooperação houver ent re os suj eit os processuais, a qualidade da prest ação
j urisdicional será m elhor.
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A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
489, §1º , I :
Art . 489. São elem ent os essenciais da sent ença:
§ 1 o Não se considera fundam ent ada qualquer decisão j udicial, sej a ela int erlocut ória,
sent ença ou acórdão, que:
I - se lim it ar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de at o norm at ivo, sem explicar sua
relação com a causa ou a quest ão decidida;
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A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da dem anda,
est á associado à necessidade de preservação da im parcialidade do órgão j udicial
incum bido da prest ação j urisdicional e da im parcialidade que deve caract erizar a
at uação do m agist rado nele invest ido.
Por sua vez, o princípio do im pulso oficial é aquele segundo o qual com pet e ao
j uiz, assim t am bém ao t ribunal, fazer com que o processo se desenvolva em
at enção ao procedim ent o definido em lei e alcance seu t erm o em t em po razoável.
Com e nt á r ios
Aplica- se a t eoria do isolam ent o dos at os processuais. Som ent e os at os
processuais j á prat icados é que est ariam im unes da aplicação da lei nova, os
dem ais, não prat icados, ainda que pert encent es a m esm a fase processual, sofrem
aplicação da lei nova. A não observância dest a t eoria im plica em ferim ent o a um
direit o processual adquirido .
Desse m odo, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. O art . 17, da Lei nº 9.099/ 95, prevê a
possibilidade do pedido cont rapost o. Vej am os:
Art . 17. Com parecendo inicialm ent e am bas as part es, inst aurar- se- á, desde logo, a sessão
de conciliação, dispensados o regist ro prévio de pedido e a cit ação.
Parágrafo único. Havendo pedidos cont rapost os, poderá ser dispensada a cont est ação
form al e am bos serão apreciados na m esm a sent ença.
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A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A Const it uição Federal,
ao criar j uízos e t ribunais, aos quais com pet e, ent re out ras coisas, j ulgar recursos
cont ra decisões de prim eiro grau, est abeleceu um sist em a em que, norm alm ent e,
há o duplo grau, que serve para prom over o cont role dos at os j udiciais quando
houver inconform ism o das part es, subm et endo- os à apreciação de um órgão de
superior inst ância, com post o, em regra, por j uízes m ais experient es.
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A regra da correlação ou
da congruência est á diret am ent e relacionada com o princípio do cont radit ório.
O princípio da congruência é um a consequência da garant ia do cont radit ório, a
part e t em o direit o de m anifest ar- se sobre t udo o que possa int erferir no cont eúdo
da decisão, assim , o m agist rado deve at er- se ao que foi dem andado exat am ent e
porque, em relação a isso, as part es puderam m anifest ar- se.
Com e nt á r ios
O princípio da oralidade, segundo a dout rina, apresent a os seguint es
subprincípios:
da im ediação: com pet e ao j uiz do processo colher diret am ent e a prova oral,
sem int erm ediários;
da ident idade física do j uiz: t raz a ideia de que o j uiz que colheu a prova é
o que est á m ais habilit ado a proferir sent ença;
da concent ração: a audiência de inst rução deve ser una e concent rada;
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A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Pelo princípio da
inst rum ent alidade das form as, t em os que a exist ência do at o processual não é
um fim em si m esm o, m as inst rum ent o ut ilizado para se at ingir det erm inada
finalidade. Assim , ainda que com vício, se o at o at inge sua finalidade sem causar
prej uízo às part es não se declara sua nulidade.
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A a lt e r n a t iva A est á corret a. O j uiz ocupa o vért ice de cim a, localizando,
necessariam ent e, em posição equidist ant e de am bas as part es . I nvest ido em
aut oridade, indispensável para a harm ônica condução do processo, o j uiz est á
ent re as part es e, t am bém , acim a delas.
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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Cabe a cada um dos suj eit os envolvidos no
processo, via de regra, a dem onst ração dos fat os alegados, defendendo suas
respect ivas posições.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. No direit o processual
civil vale o princípio da verdade form al, ao cont rário do que ocorre no direit o
processual penal ou, ainda, direit o do t rabalho, onde vige o princípio da verdade
real.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. São cabíveis a t ut ela acaut elat ória e a
ant ecipat ória nos Juizados Especiais Cíveis.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Ao j uiz é licit o invest igar livrem ent e os fat os e
ordenar de ofício a realização de quaisquer provas.
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absolut os, não podendo, pois, ser lim it ada a presença, em det erm inados
at os, apenas às próprias part es e a seus advogados, ou som ent e a est es.
d) O princípio da lealdade processual, se desat endido por qualquer das
part es, em nada afet ará a fundam ent ação do at o j udicial, porque é
assegurada aos procuradores plena e incondicionada liberdade de condut a
no processo.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. A necessidade da m ot ivação das decisões se dá
com o garant ia das part es na fiscalização ext erna dos at os processuais, com o para
saber qual o fundam ent o j urídico diant e de um event ual recurso int erpost o.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A fundam ent ação
const it ui inst rum ent o para que as part es possam conhecer as razões de decidir
do Juiz, m as t am bém para que a sociedade possa efet uar o cont role da at uação
do m agist rado.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Encont ra- se previst a a lim it ação da presença, a
cert os at os processuais, não só as part es e seus advogados, m as t am bém
som ent e aos advogados.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O princípio da lealdade processual é um a
decorrência do princípio da boa- fé processual que nada m ais é do que a boa fé
com o norm a, um a im posição de um a condut a leal. O princípio da boa- fé exige
um com port am ent o leal de acordo com os dados obj et ivos do caso.
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A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A função da j urisdição
deixou de ser apenas a de propiciar inst rum ent os aos lit igant es para solução de
seus conflit os, passando a desem penhar relevant e m issão de ordem pública na
pacificação social sob o im pério da lei. Nesse processo m oderno o int eresse em
j ogo é t ant o das part es com o do j uiz, e da sociedade em cuj o nom e at ua. Todos
agem , assim , em direção ao escopo de cum prir os desígnios m áxim os da
pacificação social. O j uiz, operando pela sociedade com o um t odo, t em at é
m esm o int eresse público m aior na boa at uação j urisdicional e na j ust iça e
efet ividade do provim ent o com que se com põe o lit ígio. Não há m ais provas de
valor previam ent e hierarquizado no direit o processual m oderno, a não ser
naqueles at os solenes em que a form a é de sua própria subst ância. Por isso, o
j uiz ao sent enciar deve form ar seu convencim ent o livrem ent e, valorando os
elem ent os de prova segundo crit érios lógicos e dando a fundam ent ação de seu
decisório.
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Vej am os o art . 5º , do NCPC.
Art . 5 o Aquele que de qualquer form a part icipa do processo deve com port ar- se de acordo
com a boa- fé.
Est e art igo t raz com o base a boa- fé obj et iva, na qual deve prevalecer o
com port am ent o j ust o, desprovido de m aldade ou segundas int enções.
A boa- fé subj et iva consist e em crenças int ernas, conhecim ent o e
desconhecim ent os, convicções int ernas.
Dessa form a, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Q7 0 . FAUEL/ Câ m a r a de M a r ia H e le na – PR/ 2 0 1 7
O novo Código de Processo Civil ( CPC) est abeleceu algum as inovações no
sist em a j urídico. Dent re as inovações est á o art .9º , que est abelece que “ Não
se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida” . O próprio Código est abelece exceções a est a regra, previst os nos
incisos I , I I e I I I do parágrafo único do art . 9º . Com base nisso, assinale a
alt ernat iva que indica um a hipót ese NÃO previst a com o exceção à regra
est abelecida no art . 9º do CPC:
a) Tut ela provisória de urgência.
b) Alegações de fat o que puderem ser com provadas apenas
docum ent alm ent e e houver t ese firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos
ou em súm ula vinculant e.
c) Em ação m onit ória sendo evident e o direit o do aut or.
d) Em ação caut elar aut ônom a.
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A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O NCPC ext inguiu o
processo caut elar aut ônom o.
Vej am os o art . 9º , da referida Lei:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
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Q7 1 . I BFC/ EBSERH / 2 0 1 7
Assinale a alt ernat iva corret a sobre a aplicabilidade das norm as processuais
em face da ent rada em vigor da Lei Federal nº 13.105, de 16/ 03/ 2015 ( Novo
Código de Processo Civil) .
a) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o ordinário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
b) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
c) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
d) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
e) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
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Com a ent rada em vigor no NCPC, necessário se fez o est abelecim ent o de norm as
de direit o int ert em poral para organizar os processos que se form aram com base
em procedim ent os revogados ( sum ário e especial) , conform e prevê o art . 1.046,
§1º , do NCPC:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
§ 1 o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973, relat ivas ao procedim ent o
sum ário e aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência dest e Código.
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As disposições do CPC/ 73 relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos procedim ent os
especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações propost as e não
sent enciadas at é o início da vigência do NCPC. Ou sej a, t odas as ações propost as
e não sent enciadas at é a vigência do NCPC cont inuarão seguindo as norm as do
rit o sum ário e especial respect ivo.
Assim , a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. A Const it uição da República é t ant o o parâm et ro
de validade das norm as de processo civil, com o de t odos os out ros ram os do
Direit o.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 5º , XXXV, CF/ 88, a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou am eaça a direit o. Port ant o, a
at uação prevent iva da j urisdição t am bém é assegurada àquele que dela
necessit a.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Segundo o art . 7º , do NCPC, é assegurada às
part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício de direit os e faculdades
processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções
processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no art . 17, da Lei nº 13.105/ 15, para
post ular em j uízo é necessário t er int eresse e legit im idade.
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
19, da referida Lei:
Art . 19. O int eresse do aut or pode lim it ar- se à declaração:
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A a lt e r na t iva A est á corret a, com base no art . 6, do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
A a lt e r na t iva E est á corret a, pois é o que dispõe o art . 12, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 12. Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 10, do NCPC, o j uiz não
pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o
do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que
se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
As a lt e r n a t iva s B e C est ão incorret as. Vej am os o art . 9º , da referida Lei:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.
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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 14, do NCPC, a norm a
processual não ret roage.
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.
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Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.
Q7 6 . I AD H ED / Pr e fe it ur a de Ar a gua r i – M G/ 2 0 1 6
De acordo com o dispost o no Código de Processo Civil vigent e, assinale a
alt ernat iva incorret a:
a) Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciários serão públicos e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade;
b) Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada som ent e a presença
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ér io
Público;
c) A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e
à disposição para consult a pública em cart ório e na rede m undial de
com put adores;
d) Os j uízes e os t ribunais deverão seguir à ordem cronológica de conclusão
para proferir sent ença ou acórdão.
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A a lt e r na t iva A est á corret a, pois reproduz o art . 11, do NCPC:
Art . 11. Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade.
Q7 7 . Se r ct a m / Pr e fe it ur a de Quix a dá - CE/ 2 0 1 6
Marque a alt ernat iva corret a:
a) O processo com eça por iniciat iva da part e e sem pre se desenvolve por
im pulso oficial.
b) A Lei nº 13.105/ 2015, novo CPC, consagra o princípio da prom oção pelo
Est ado da solução por aut ocom posição, ou sej a, um a polít ica pública de
solução de lit ígios, ent endim ent o que j á era adot ado pelo Conselho Nacional
de Just iça – CNJ, especialm ent e na Resolução nº 125/ 2010.
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. Com base no art . 2º , do NCPC, o processo com eça
por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.
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A a lt e r n a t iva A est á corret a, conform e est abelece o art . 190, da Lei nº
13.105/ 15:
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.
Não é t odo e qualquer j ulgam ent o do STF e do STJ que devem ser,
obrigat oriam ent e, observados, m as apenas est es j ulgam ent os dit os paradigm as,
especificados pelo disposit ivo legal em com ent o.
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A a lt e r na t iva C est á corret a, pois é o que dispõe o art . 165, com binado com o
art . 696, do NCPC.
Art . 165. Os t ribunais criarão cent ros j udiciários de solução consensual de conflit os,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e m ediação e pelo
desenvolvim ent o de program as dest inados a auxiliar, orient ar e est im ular a
aut ocom posição.
Art . 696. A audiência de m ediação e conciliação poderá dividir- se em t ant as sessões
quant as sej am necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prej uízo de
providências j urisdicionais para evit ar o perecim ent o do direit o.
art . 4º , do NCPC:
Art . 4º As part es t êm o dir e it o de obt e r e m pr a zo r a zoá ve l a solu çã o int e gr a l do
m é r it o, in clu ída a a t ivida de sa t isfa t iva .
art . 5º , do NCPC:
Art . 5º Aquele que de qualquer form a part icipa do processo de ve com por t a r - se de a cor do
com a boa - fé .
art . 6º , do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
art . 9º , do NCPC:
Art . 9º N ÃO se proferirá de cisã o con t r a u m a da s pa r t e s se m qu e e la se j a pr e via m e n t e
ou vida .
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Súm u la STJ nº 3 5 8 : A Súm ula dest aca o princípio do cont radit ório, que
requer a oit iva prévia das part es envolvidas no processo ant es de qualquer
decisão j udicial.
Súm ula STJ 358
O cancelam ent o de pensão alim ent ícia de filho que at ingiu a m aioridade est á suj eit o à
decisão j udicial, m ediant e cont radit ório, ainda que nos próprios aut os.
19
HC 88.420, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ de 8- 6- 2007.
20
RE 794.149 AgR, Re RE 794.149 AgR, rel. m in. Dias Toffoli, j . 18- 11- 2014, 1ª T, DJE de 4- 12-
2014l. Min. Dias Toffoli, 1ª T, DJE de 4- 12- 2014.
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o próprio t ext o da Const it uição da República, not adam ent e em t em a de prot eção às
liberdades e garant ias fundam ent ais. O espaço de aut onom ia privada garant ido pela
Const it uição às associações não est á im une à incidência dos princípios const it ucionais que
asseguram o respeit o aos direit os fundam ent ais de seus associados. A aut onom ia privada,
que encont ra claras lim it ações de ordem j urídica, não pode ser exercida em det rim ent o ou
com desrespeit o aos direit os e garant ias de t erceiros, especialm ent e aqueles posit ivados
em sede const it ucional, pois a aut onom ia da vont ade não confere aos part iculares, no
dom ínio de sua incidência e at uação, o poder de t ransgredir ou de ignorar as rest rições
post as e definidas pela própria Const it uição, cuj a eficácia e força norm at iva t am bém se
im põem , aos part iculares, no âm bit o de suas relações privadas, em t em a de liberdades
fundam ent ais. I I I . SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. ENTI DADE QUE I NTEGRA
ESPAÇO PÚBLI CO, AI NDA QUE NÃO- ESTATAL. ATI VI DADE DE CARÁTER PÚBLI CO.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DO DEVI DO PROCESSO LEGAL.APLI CAÇÃO DI RETA
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S À AMPLA DEFESA E AO CONTRADI TÓRI O. As associações
privadas que exercem função predom inant e em det erm inado âm bit o econôm ico e/ ou social,
m ant endo seus associados em relações de dependência econôm ica e/ ou social, int egram o
que se pode denom inar de espaço público, ainda que não- est at al. A União Brasileira de
Com posit ores - UBC, sociedade civil sem fins lucrat ivos, int egra a est rut ura do ECAD e,
port ant o, assum e posição privilegiada para det erm inar a ext ensão do gozo e fruição dos
direit os aut orais de seus associados. A exclusão de sócio do quadro social da UBC, sem
qualquer garant ia de am pla defesa, do cont radit ório, ou do devido processo const it ucional,
onera consideravelm ent e o recorrido, o qual fica im possibilit ado de perceber os direit os
aut orais relat ivos à execução de suas obras. A vedação das garant ias const it ucionais do
devido processo legal acaba por rest ringir a própria liberdade de exercício profissional do
sócio. O carát er público da at ividade exercida pela sociedade e a dependência do vínculo
associat ivo para o exercício profissional de seus sócios legit im am , no caso concret o, a
aplicação diret a dos direit os fundam ent ais concernent es ao devido processo legal, ao
cont radit ório e à am pla defesa ( art . 5º , LI V e LV, CF/ 88) . I V. RECURSO EXTRAORDI NÁRI O
DESPROVI DO.
6 – Re su m o
Para finalizar o est udo da m at éria, t razem os um
resum o dos principais aspect os est udados ao longo
da aula. Sugerim os que esse resum o sej a est udado
sem pre previam ent e ao início da aula seguint e,
com o form a de “ refrescar” a m em ória. Além disso, segundo a organização de
est udos de vocês, a cada ciclo de est udos é fundam ent al ret om ar esses resum os.
Caso encont rem dificuldade em com preender algum a inform ação, não deixem de
ret ornar à aula.
--
I n t r odu çã o a o D ir e it o Pr oce ssua l Civil
CARACTERÍ STI CAS DO PENSAMENTO JURÍ DI CO ATUAL
reconhecim ent o da força norm at iva da Const it uição.
desenvolvim ent o da t eoria dos princípios.
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t ransform ação da herm enêut ica j urídica, reconhecendo o papel criat ivo e norm at ivo da
at ividade j urisdicional.
expansão e consagração dos direit os fundam ent ais, que exige o respeit o ao princípio da
dignidade.
CONCEI TO: O Direit o Processual Civil é o conj unt o das norm as que disciplinam o processo
j urisdicional civil – vist o com o at o- j urídico com plexo ou com o feixe de relações j urídicas. Com põe-
se das norm as que det erm inam o m odo com o o processo deve est rut urar- se e as sit uações
j urídicas que decorrem dos fat os j urídicos processuais.
O DI REI TO PROCESSUAL CI VI L ESTUDA:
A at ividade fim do Poder Judiciário, que é pacificar conflit os de int eresses, pela ent rega
da prest ação j urisdicional.
Os denom inados m eios alt ernat ivos de solução de conflit os ( conciliação, m ediação e
arbit ragem ) .
PRESTAÇÃO JURI SDI CI ONAL SATI SFATI VA
O Direit o Processual Civil, para ser efet ivo, deve proferir a sent ença de m érit o e criar
m eios eficazes para o cum prim ent o da sent ença.
DI REI TO PROCESSUAL CI VI L CONSTI TUCI ONAL
A CF – em razão da suprem acia – em relação às norm as processuais est abelece: a)
princípios const it ucionais do processo civil; b) regras de organização j udiciária; c) funções
essenciais à Just iça; d) procedim ent os j urisdicionais const it ucionalm ent e diferenciados.
I n t e r pr e t a çã o, a plica çã o e e ficá cia
HERMENÊUTICA - ciência da int erpret ação
norm as e princípios que nort eiam a int epret ação
saber t eórico
INTERPRETAÇÃO - busca do sent ido da norm a j urídica
part e da norm a j urídica
saber prát ico
INTEGRAÇÃO - t écnica de preenchim ent o de lacunas na norm a j urídica
at ua na ausência na norm a
APLICAÇÃO - result ado do processo int erpret at ivo e int egrat ivo, pelo qual há o enquadram ent o
da norm a ao caso concret o.
Font e s do D ir e it o Pr oce ssu a l Civil
CONCEI TO: aquilo que dá origem ao direit o ou, m ais especificam ent e, às norm as j urídicas.
CLASSI FI CAÇÃO
classificação Nery Jr.:
font es im ediat as: cost um es e lei
font es m ediat as: dout rina e j urisprudência
classificação Marcus Gonçalves:
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font es
o form ais
prim árias: lei
secundárias: analogia, cost um es, princípios gerais do direit o, súm ulas e
precedent es obrigat órios
o m at eriais: dout rina e j urisprudência ( com exceção das súm ulas e precedent es
obrigat órios)
N or m a s Pr oce ssua is Civis
DEVI DO PROCESSO LEGAL: princípio processual fundam ent al, que rem et e à ideia de
razoabilidade e proporcionalidade e do dever de o procedim ent o se desenvolver de m odo a
observar os dit am es legais.
PRI NCÍ PI O DA AÇÃO ( princípio da inércia de j urisdição e do im pulso oficial)
“ com eça por iniciat iva da part e” princípio disposit ivo
“ se desenvolve por im pulso oficial” princípio inquisit ivo
Tem os um sist em a processual m ist o, com dest aque para o princípio disposit ivo, na
m edida em que o Juiz poderá at uar apenas para produção de provas no processo e para
conduzi- lo ao final. No m ais, o Direit o Processual Civil revela- se disposit ivo.
PRI NCÍ PI O DA I NAFASTABI LI DADE DA ATUAÇÃO JURI SDI CI ONAL
O Poder Judiciário não excluirá da apreciação am eaça ou lesão a direit o.
PRI NCÍ PI O DA CELERI DADE
Pret ende- se chegar ao result ado final com o m enor núm ero de at os possíveis.
Solução int egral de m érit o.
PRI NCÍ PI O DA BOA- FÉ PROCESSUAL
cláusula geral, pois a hipót ese de incidência e a consequência são dependem de int egração.
im põe t ant o às part es, com o ao Juiz, ao perit o, ao advogado, à t est em unha, que aj am no
processo em respeit o aos padrões ét icos de condut a.
part es do processo versus suj eit os do processo
PRI NCÍ PI O DA COOPERAÇÃO
Post ula por um equilíbrio, sem preponderância das part es ou do m agist rado. Na
realidade, t odos os envolvidos no processo ( part es, j uiz, t est em unhas, perit os, servidores,
advogados) devem at uar de form a cooperat iva, em respeit o às regras de lealdade.
PRI NCÍ PI O DA I GUALDADE NO PROCESSO ( I SONOMI A)
Paridade de t rat am ent o se dá em relação: ao exercício dos direit os e faculdades
processuais; aos m eios de defesa; aos ônus; aos deveres; e à aplicação de sanções
processuais.
HERMENÊUTI CA PROCESSUAL CI VI L
at endim ent o aos fins sociais e às exigências do bem com um
dignidade da pessoa hum ana: supraprincípio.
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proporcionalidade e razoabilidade
proporcionalidade: adequação ent re m eios e fins
razoabilidade: equidade, at enção à realidade e equivalência na aplicação do
direit o.
legalidade: respeit o ao Direit o com o um t odo ( ressignificação em razão dos precedent es
j udiciais)
eficiência: racionalização, ou sej a, com m enos recursos e energia, at ingir ao m áxim o a
finalidade.
PRI NCÍ PI O DO CONTRADI TÓRI O
Nenhum a decisão deve ser t om ada sem prévia oit iva das part es, com exceção das
t ut elas provisórias de urgência e de evidência, no qual o cont radit ório é diferido.
dim ensões:
dim ensão form al refere- se ao direit o de part icipar do processo ( ser ouvido) .
dim ensão m at erial refere- se ao poder de influenciar na decisão.
em nom e da eficácia horizont al dos direit os fundam ent ais, aplica- se às relações
int erprivados.
DEVER DE CONSULTA: consect ário do princípio do cont radit ório.
PRI NCÍ PI O DA PUBLI CI DADE E MOTI VAÇÃO:
publicidade: ciência às part es e abert ura ao público. Rest rições: a) para preservação do
direit o à int im idade do int eressado; e b) para preservação do int eresse público.
ORDEM CRONOLÓGI CA DE CONCLUSÃO REGRA: processos devem ser j ulgados conform e a
ordem cronológica de conclusão
EXCEÇÕES
j ulgam ent o de processos ou recursos anulados
j ulgam ent o de recursos especiais e ext raordinários sobrest ados, quando há
publicação da decisão paradigm a
j ulgam ent o de processos em audiência,
j ulgam ent os de sent enças hom ologat órias de acordo
j ulgam ent o de sent enças de im procedência lim it ar do pedido
j ulgam ent o de processos e recursos processuais em bloco ( casos repet it ivos)
sent ença sem j ulgam ent o de m érit o
j ulgam ent o ant ecipada pelo relat or do processo
j ulgam ent o de em bargos de declaração e de agravo int erno
j ulgam ent o de ações que possuem preferência legal ou decorrent e de m et as do
CNJ
j ulgam ent o de processos de nat ural crim inal
j ulgam ent o de processos urgent es assim fundam ent ado na decisão
PRI NCÍ PI O DO MÁXI MO APROVEI TAMENTO DOS ATOS PROCESSUAI S
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Relacionado com o princípio da m ot ivação, prevê que o j uiz apreciará a prova const ant e
dos aut os, independent em ent e do suj eit o que a t iver prom ovido, e indicará na decisão as
razões da form ação de seu convencim ent o.
PRI NCÍ PI O DA EFETI VI DADE
Pret ende- se conferir efet ivam ent e o direit o reconhecido em sent ença para que a part e
possa gozá- lo.
PRI NCÍ PI O DA ECONOMI A PROCESSUAL
Visa obt er o m aior result ado com o m ínim o de at os processuais.
PRI NCÍ PI O DO DI SPOSI TI VO
Nenhum j uiz prest ará a t ut ela j urisdicional senão quando a part e ou o int eressado a
requerer, nos casos e form as legais.
PRI NCÍ PI O DA PREVENÇÃO
Quando houver m ais de um j uiz com pet ent e, será prevent o o j uízo em que houver
regist ro ou dist ribuição do feit o.
PRI NCÍ PI O DA EVENTUALI DADE
Significa que cabe ao réu form ular t oda sua defesa na cont est ação.
PRI NCÍ PI O DA I NDECLI NABI LI DADE
I m põe um dever ao m agist rado, qual sej a, o de apreciar as dem andas quando provocado
pela part e.
PRI NCÍ PI O DA I NAFASTABI LI DADE OU DA UBI QUI DADE OU DO ACESSO À JUSTI ÇA
Aborda que o Poder Judiciário não excluirá da apreciação am eaça ou lesão a direit o.
PRI NCÍ PI O DA OBRI GATORI EDADE
Significa que ninguém pode alegar o desconhecim ent o da lei para im pedir a prest ação
j urisdicional.
PRI NCÍ PI O DA PRODUÇÃO DA PROVA LÍ CI TA
Considerado por alguns com o princípio, facult a à part e produzir t odas e quaisquer
provas não vedadas para com provar o alegado ou defendido em Juízo.
PRI NCÍ PI O DA LI VRE I NVESTI GAÇÃO PROBATÓRI A
Concede liberdade ao m agist rado para, diant e das provas produzidas, ut ilizar- se
daquelas que pret ende para form ação do seu convencim ent o.
PRI NCÍ PI O DA I SONOMI A OU I GUALDADE
Paridade de t rat am ent o se dá em relação ao exercício dos direit os e faculdades
processuais, aos m eios de defesa, aos ônus; aos deveres e à aplicação de sanções
processuais.
PRI NCÍ PI O DA ADSTRI ÇÃO
O m agist rado est á vinculado àquilo que foi propost o pelas part es no processo, de m odo
que não poderá analisar de ofício quest ões que a lei at ribua a iniciat iva da part e. Esse
princípio prest igia o m odelo disposit ivo de processo.
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