Vous êtes sur la page 1sur 158

www.concurseirosunidos.

org

AULA 00
INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Su m á r io
Direit o Processual Civil p/ PGE- SP .................................................................................... 3
Met odologia .................................................................................................................. 5
Apresent ação Pessoal ..................................................................................................... 6
Cronogram a de Aulas ..................................................................................................... 6
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 9
2 - I nt rodução ao Est udo do Direit o Processual Civil .......................................................... 10
2.1 - Fases m et odológicas do Direit o Processual Civil ..................................................... 10
2.1 - Caract eríst icas do Pensam ent o Jurídico At ual ........................................................ 14
2.2 - Processo .......................................................................................................... 14
2.3 - Prest ação Jurisdicional Sat isfat iva ....................................................................... 16
2.4 - Direit o Processual Civil Const it ucional .................................................................. 18
2.5 - Sist em as de Just iça ........................................................................................... 23
2.6 - Dest aques do NCPC ........................................................................................... 23
3 – Lei Processual Civil ................................................................................................. 24
4 - I nt erpret ação, aplicação e eficácia das norm as processuais ........................................... 26
5 - Font es do Direit o Processual Civil .............................................................................. 27
5.1 - Conceit o .......................................................................................................... 27
5.2 - Classificação .................................................................................................... 27
3 - Norm as Processuais Civis ......................................................................................... 30
3.1 - Devido processo legal ........................................................................................ 30
3.2 - Norm as Fundam ent ais do Processo Civil ............................................................... 31
5.2 - Lei processual civil no t em po .............................................................................. 54
4 - Quest ões ............................................................................................................... 57
4.1 - List a de quest ões sem Com ent ários ..................................................................... 57
4.2 – Gabarit o .......................................................................................................... 85
4.3 - List a de quest ões com Com ent ários ..................................................................... 86
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

5 - Dest aques da Legislação e da Jurisprudência ............................................................ 150


6 – Resum o .............................................................................................................. 152
7 - Considerações Finais ............................................................................................. 159

A PRESENTAÇÃO DO CURSO
D ir e it o Pr oce ssu a l Civil p/ PGE- SP
Tenho a felicidade de apresent ar a você o nosso Cur so de D ir e it o Pr oce ssua l
Civil, para o cargo de Procurador do Est ado de São Paulo.
O edit al foi publicado no dia 16.03. A banca organizadora do cert am e é a VUNESP
e as provas obj et ivas ocorrerão em 20 de m aio. São oferecidas 100 vagas iniciais!
Trat a- se da m elhor oport unidade em concursos de procuradoria no ano de 2018.
Vam os falar um pouco sobre a nossa disciplina?
Direit o Processual Civil é um a disciplina nova! Desde a ent rada em vigor da Lei
13.105/ 2015, m uit a coisa m udou desde o CPC73. Diant e disso, t em os que
est udar alguns t em as com t odo cuidado, a fim de que não percam os quest ões
im port ant es na nossa prova.
Com esse curso pret endem os t razer o ent endim ent o da legislação e da
j urisprudência, sem descuidar da dout rina necessária para a com preensão da
m at éria.
Vej am os a em ent a da disciplina no edit al:
PROGRAMA DE DI REI TO PROCESSUAL CI VI L: 1. Direit o Processual Civil: noções gerais,
conceit o, nat ureza e relações com out ros ram os do Direit o. Tut ela const it ucional do
processo. 2. Norm as d 28 Defesa: am plit ude e form as de exercício. Processo: escopos,
conceit o, est rut ura, nat ureza e procedim ent os. 4. Funções essenciais à Just iça:
Magist rat ura, Minist ério Público, Advocacia pública e privada, Defensoria Pública e Auxiliares
da Just iça. I m pedim ent os e suspeições. 5. Tut ela provisória ( t ut ela de urgência e da
evidência) : fundam ent os, pressupost os, fungibilidade, conceit o, finalidade, procedim ent os,
est abilização, efeit os e m odalidades. Tut ela provisória e Fazenda Pública. Tut ela provisória
nos t ribunais. Responsabilidade pelos danos causados pelas lim inares. 6. Processo. Relação
j urídica processual. Pressupost os processuais de exist ência, validade e negat ivos. At os
processuais das part es, do m agist rado e dos auxiliares da Just iça. Form a, t em po e lugar
dos at os processuais. Negócios j urídicos processuais. Prazos processuais em geral e da
Fazenda Pública. Preclusão. Nulidades processuais. Com unicação dos at os processuais.
Form ação, suspensão e ext inção do processo. Processo elet rônico: prát ica elet rônica de at os
processuais. 7. Part es: Conceit o, capacidade, ônus e deveres. Prerrogat ivas da Fazenda
Pública. Represent ação processual das pessoas j urídicas de direit o público.
Responsabilidade por dano processual. Subst it uição e sucessão das part es. Lit isconsórcio.
I nt ervenção lit isconsorcial. I nt ervenção de Terceiros. I nt ervenção da Fazenda Pública. 8.
Honorários, despesas, cust as e m ult as processuais em geral e em relação à Fazenda Pública.
Responsabilidade do Magist rado, do Minist ério Público, dos Advogados públicos e
part iculares, dos Defensores Públicos e dos Auxiliares da Just iça. 9. Fase de conhecim ent o.
Form ação, suspensão e ext inção do processo. Procedim ent o. Pet ição inicial. Pedido e causa
de pedir. Valor da causa. Cit ação. Audiência inicial. Despacho inicial. I ndeferim ent o da inicial
e im procedência lim inar do pedido. Condut as e defesas do réu. Revelia. Saneam ent o e
organização do processo. Providências prelim inares. Julgam ent o ant ecipado. Julgam ent o de
part e do pedido. Julgam ent o conform e o est ado do processo. Teoria geral das provas.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Princípios que regem a prova civil. Provas em espécie t ípicas e at ípicas. Prova ant ecipada.
Audiência de inst rução e j ulgam ent o. Sent enças de ext inção do processo sem e com
j ulgam ent o do m érit o: efeit os, est rut ura, capít ulos e int erpret ação dessas sent enças. Tut ela
específica e m eios assecurat órios do result ado do processo. Liquidação de sent ença. 10.
Procedim ent os especiais do CPC e da legislação ext ravagant e ( j urisdição cont enciosa e
j urisdição volunt ária) . Ação m onit ória. Ação de prest ação de cont as. Ação de consignação
em pagam ent o. Ação de desapropriação. I nvent ário e part ilha. Em bargos de t erceiro.
Oposição. Habilit ação. Rest auração de aut os. Mandado de segurança: part es, lit isconsórcio,
pet ição inicial, lim inares, procedim ent o, sent ença, recursos. Pedido de suspensão da
segurança. Cum prim ent o de sent ença. Com pet ência originária. 11. Recursos. Teoria geral.
Princípios que regem os recursos cíveis. Recursos em espécie: m odalidades, form as de
int erposição, adm issibilidade, efeit os e j ulgam ent o. Out ros m eios de im pugnação das
decisões j udiciais. Reexam e necessário. 12. Do processo nos t ribunais. Da ordem dos
processos nos t ribunais. Uniform ização de j urisprudência. Assunção de com pet ência.
Conflit o de com pet ência. Hom ologação de decisão est rangeira e cum prim ent o de cart a
rogat ória. I ncident e de Resolução de Dem andas Repet it ivas. I ncident e de arguição de
inconst it ucionalidade. Reclam ação. Ação rescisória. 13. Coisa j ulgada: lim it es obj et ivos e
subj et ivos, fundam ent os, aut oridade, flexibilização e form as de desconst it uição. Eficácia
preclusiva da coisa j ulgada. Relações ent re cognição e coisa j ulgada. 14. Súm ulas e decisões
vinculant es. Conceit os. Procedim ent os de edição e de revisão. Efeit os. Reclam ação. 15.
Teoria geral da execução. Princípios da execução civil. As diversas espécies de execução.
Cit ação do devedor e arrest o. Penhora, depósit o, avaliação e expropriação de bens. Processo
de execução e Fazenda Pública. Tít ulo execut ivo ext raj udicial. Espécies e procedim ent os. 29
Execução Provisória. Defesas do devedor e de t erceiros na execução. Poderes do j uiz e
deveres das part es. Fraude à execução e fraude cont ra credores. Responsabilidade
pat rim onial. Desconsideração da personalidade j urídica. Suspensão e ext inção da execução.
16. Cum prim ent o de sent ença em geral e cont ra a Fazenda Pública. Tít ulos execut ivos
j udiciais. Procedim ent os. Tut ela específica. Poderes do j uiz e deveres das part es.
I m pugnação e out ros m eios de defesa. Cum prim ent o provisório. Pagam ent o de obrigações
de pequeno valor e de grande valor: ofício requisit ório e precat ório. Sequest ro e bloqueio
de bens públicos. I nt ervenção Federal. 17. Arbit ragem , conciliação e m ediação com a
Fazenda Pública: adequação, precauções, responsabilidades, lim it es e efeit os. 18. Processo
colet ivo. Teoria geral: legit im ação, procedim ent os, lim inares, recursos e coisa j ulgada.
Princípios do processo colet ivo. Cum prim ent o de sent ença colet iva. Mandado de Segurança
Colet ivo, Habeas corpus, Habeas Dat a, Mandado de I nj unção, Ação Popular, Ação Civil
Pública, Ação de I m probidade Adm inist rat iva e Dissídio Colet ivo de servidores públicos. 19.
Ações envolvendo pat rim ônio im obiliário. Ações de desapropriação. Ações possessórias.
Ações de responsabilidade civil. Ações m ovidas por servidores públicos em geral. Ações
colet ivas e individuais m ovidas por sindicat os e associações de servidores. Ações sobre
polít icas públicas e sobre fornecim ent o de rem édios ou t rat am ent o de saúde. 20. Processo
j udicial t ribut ário: execução fiscal, ação anulat ória de débit o fiscal, ação de repet ição de
indébit o, ação de consignação em pagam ent o, ação declarat ória, m edida caut elar fiscal e
m andado de segurança. 21. Juizados Especiais Cíveis est aduais e federais. Princípios.
Juizados Especiais da Fazenda Pública: lim it es, part es, t erceiros, com pet ência,
procedim ent o, provas, lim inares, poderes do j uiz, cum prim ent o de sent ença, incident e de
uniform ização e recursos. 22. Jurisprudência dos Tribunais Superiores.

SE VOCÊ FOI N OSSO ALUN O D O CURSO PRÉ- ED I TAL not ou que nest e curso
t em os alguns encont ros a m ais. I sso decorre pelo fat o de que o edit al cont em pla
alguns pont os adicionais na m at éria, com o, por exem plo, a cobrança relat iva à
arbit ragem , j uizados especiais e t ut ela colet iva de direit os. Em relação aos
cont eúdos j á m inist rados, você not ará que o m at erial foi com plem ent ado além
de novas quest ões. Assim , se você j á est udou part e, dê cont inuidade pelo
m at erial novo nos pont os acim a cit ados e o ut ilize m at erial para revisão das
quest ões, leit ura de resum os e dest aques da legislação e j urisprudência.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Qualquer dúvida adicional sem pre perm anecem os à disposição no fórum do


curso.
Vej a com o será desenvolvido o nosso curso:

M e t odologia

Con t e ú dos
A base inicial de est udo são os t em as t eóricos de cada assunt o. Cont udo, para
fins de concurso, not adam ent e para provas obj et ivas, paut am os o curso:
 na le gisla çã o pr oce ssua l a t ua liza da , not adam ent e no NCPC. Os
cont eúdos t erão enfoque prim ordial no ent endim ent o da legislação, haj a
vist a que a m aioria das quest ões cobram a lit e r a lida de da s le is.
 Em alguns pont os é im port ant e o conhecim ent o de a ssunt os t e ór icos
e dout r in á r ios, de dout rinadores consagrados na área.
 A j u r ispr udê ncia dos t ribunais superiores – especialm ent e STF e STJ –
serão m encionados quando forem relevant es para a nossa prova.
Não t rat arem os da dout rina e da j urisprudência em excesso, m as na m edida do
necessário para fins de prova. Caso cont rário, t ornaríam os o curso
dem asiadam ent e ext enso e im profícuo.
De t oda form a, podem os afirm ar que as aulas serão baseadas em várias “ font es” .

FON TES

Jurisprudência
Dout rina, quando Assunt os
Legislação ( em relevant e dos
essencial e relevant es no
sent ido am plo) Tribunais
m aj orit ária cenário j urídico
Superiores

Qu e st õe s de con cu r so
Há inúm eros est udos que discut em as m elhores t écnicas e m et odologias para
absorção do conhecim ent o. Ent re as diversas t écnicas, a resolução de quest ões
é, cient ificam ent e, um a das m ais eficazes.
Som ada à escrit a de form a facilit ada, esquem at ização dos cont eúdos,
priorizarem os quest ões ant eriores de concurso público.
Além disso, ao longo do cont eúdo t eórico vam os t razer quest ões com ent adas de
concursos. Em regra, pinçam os didat icam ent e alt ernat ivas ou assert ivas de
quest ões ant eriores, com cunho exclusivam ent e didát ico. Você vai not ar que nem
farem os referência à banca, pois a ideia é ut ilizar quest ões didat icam ent e
relevant es para dem onst rar com o a t em át ica pode ser explorada em provas.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Não cust a regist rar, t oda s a s que st õe s do m a t e r ia l se r ã o com e nt a da s de


for m a a na lít ica . Sem pre explicarem os o porquê das alt ernat ivas ou da assert iva
est arem corret as ou incorret as. I sso é relevant e, pois o aluno poderá perceber
event uais erros de com preensão e revisar os assunt os t rat ados.
Essa é a nossa propost a do Cur so D ir e it o Pr oce ssua l Civil.

Apr e se n t a çã o Pe ssoa l
Por fim , rest a um a breve apresent ação pessoal. Meu nom e é Ricardo St rapasson
Torques! Sou graduado em Direit o pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR) e
pós- graduado em Direit o Processual.
Est ou envolvido com concurso público há, aproxim adam ent e, 08 anos, quando
ainda est ava na faculdade. Trabalhei no Minist ério da Fazenda, no cargo de ATA.
Fui aprovado para o cargo de Fiscal de Tribut os na Prefeit ura de São José dos
Pinhais/ PR e para os cargos de Técnico Adm inist rat ivo e Analist a Judiciário nos
TRT 4ª , 1º e 9º Regiões. At ualm ent e, resido em Cascavel/ PR e sou professor
exclusivo do Est rat égia Concursos.
Já t rabalhei em out ros cursinhos, presenciais e on- line e, at ualm ent e, e m
pa r ce r ia com o Est r a t é gia Concur sos la nça m os dive r sos cu r sos,
not a da m e nt e na s á r e a s de D ir e it o Ele it or a l, de D ir e it o Pr oce ssua l Civil e
de D ir e it os H um a nos.
Deixarei abaixo m eus cont at os para quaisquer dúvidas ou sugest ões. Será um
prazer orient á- los da m elhor form a possível nest a cam inhada que se inicia hoj e.

rst .est rat egia@gm ail.com

www.fb.com / dpcparaconcursos

@proft orques

Cr on ogr a m a de Au la s
Vej am os a dist ribuição das aulas:

AULA CON TEÚD O D ATA

Au la 0 0 Apresent ação do Curso 17.03


1. Direit o Processual Civil: noções gerais, conceit o,
nat ureza e relações com out ros ram os do Direit o. Tut ela
const it ucional do processo. 2. Norm as de Direit o
Processual Civil. Norm as fundam ent ais e aplicação das
norm as processuais em geral. Princípios const it ucionais,
infraconst it ucionais e inform at ivos do processo civil.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Aplicação das regras processuais no t em po e no espaço:


direit o int ert em poral e direit o adquirido processual.

Au la 0 1 3. Ação, j urisdição, defesa e processo. Ação: classificação, 21.03


elem ent os, ident ificação e condições. Jurisdição:
nat ureza, conceit o, espécies, lim it es, organização.
Defesa: am plit ude e form as de exercício. Processo:
escopos, conceit o, est rut ura, nat ureza e procedim ent os.

Au la 0 2 com pet ência. 25.03

Au la 0 3 6. Processo. Relação j urídica processual. Pressupost os 29.03


processuais de exist ência, validade e negat ivos.
7. Part es: Conceit o, capacidade, ônus e deveres.
Prerrogat ivas da Fazenda Pública. Represent ação
processual das pessoas j urídicas de direit o público.
Responsabilidade por dano processual. Subst it uição e
sucessão das part es. Lit isconsórcio. I nt ervenção
lit isconsorcial. I nt ervenção de Terceiros. I nt ervenção da
Fazenda Pública.

Au la 0 4 4. Funções essenciais à Just iça: Magist rat ura, Minist ério 02.04
Público, Advocacia pública e privada, Defensoria Pública e
Auxiliares da Just iça. I m pedim ent os e suspeições.
8. Honorários, despesas, cust as e m ult as processuais em
geral e em relação à Fazenda Pública. Responsabilidade do
Magist rado, do Minist ério Público, dos Advogados públicos
e part iculares, dos Defensores Públicos e dos Auxiliares da
Just iça.

Au la 0 5 6. At os processuais das part es, do m agist rado e dos 06.04


auxiliares da Just iça. Form a, t em po e lugar dos at os
processuais. Negócios j urídicos processuais. Prazos
processuais em geral e da Fazenda Pública. Preclusão.
Processo elet rônico: prát ica elet rônica de at os
processuais.

Au la 0 6 Nulidades processuais. Com unicação dos at os 10.04


processuais. Valor da causa.

Au la 0 7 5. Tut ela provisória ( t ut ela de urgência e da evidência) : 14.04


fundam ent os, pressupost os, fungibilidade, conceit o,
finalidade, procedim ent os, est abilização, efeit os e
m odalidades. Tut ela provisória e Fazenda Pública. Tut ela
provisória nos t ribunais. Responsabilidade pelos danos
causados pelas lim inares.

Au la 0 8 Form ação, suspensão e ext inção do processo. 9. Fase de 16.04


conhecim ent o. Form ação, suspensão e ext inção do
processo. Procedim ent o. Pet ição inicial. Pedido e causa de
pedir. Cit ação. Audiência inicial. Despacho inicial.
I ndeferim ent o da inicial e im procedência lim inar do
pedido. Condut as e defesas do réu. Revelia. Saneam ent o
e organização do processo. Providências prelim inares.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Julgam ent o ant ecipado. Julgam ent o de part e do pedido.


Julgam ent o conform e o est ado do processo.

Au la 0 9 Teoria geral das provas. Princípios que regem a prova civil. 18.04
Prova ant ecipada. Audiência de inst rução e j ulgam ent o.

Au la 1 0 Provas em espécie t ípicas e at ípicas. 20.04

Au la 1 1 Sent enças de ext inção do processo sem e com j ulgam ent o 22.04
do m érit o: efeit os, est rut ura, capít ulos e int erpret ação
dessas sent enças. Tut ela específica e m eios assecurat órios
do result ado do processo. Liquidação de sent ença.
13. Coisa j ulgada: lim it es obj et ivos e subj et ivos,
fundam ent os, aut oridade, flexibilização e form as de
desconst it uição. Eficácia preclusiva da coisa j ulgada.
Relações ent re cognição e coisa j ulgada.
16. Cum prim ent o de sent ença em geral e cont ra a
Fazenda Pública. Tít ulos execut ivos j udiciais.
Procedim ent os. Tut ela específica. Poderes do j uiz e
deveres das part es. I m pugnação e out ros m eios de
defesa. Cum prim ent o provisório. Pagam ent o de
obrigações de pequeno valor e de grande valor: ofício
requisit ório e precat ório. Sequest ro e bloqueio de bens
públicos. I nt ervenção Federal.

Au la 1 2 10. Procedim ent os especiais do CPC e da legislação 24.04


ext ravagant e ( j urisdição cont enciosa e j urisdição
volunt ária) . Ação m onit ória. Ação de prest ação de cont as.
Ação de consignação em pagam ent o. Ação de
desapropriação. I nvent ário e part ilha. Em bargos de
t erceiro. Oposição. Habilit ação. Rest auração de aut os.
Ações possessórias.

Au la 1 3 Out ros m eios de im pugnação das decisões j udiciais. 26.04


Reexam e necessário. 12. Do processo nos t ribunais. Da
ordem dos processos nos t ribunais. Uniform ização de
j urisprudência. Assunção de com pet ência. Conflit o de
com pet ência. Hom ologação de decisão est rangeira e
cum prim ent o de cart a rogat ória. I ncident e de Resolução
de Dem andas Repet it ivas. I ncident e de arguição de
inconst it ucionalidade. Reclam ação. Ação rescisória. 14.
Súm ulas e decisões vinculant es. Conceit os. Procedim ent os
de edição e de revisão. Efeit os. Reclam ação.

Au la 1 4 11. Recursos. Teoria geral. Princípios que regem os 28.04


recursos cíveis. Recursos em espécie: m odalidades,
form as de int erposição, adm issibilidade, efeit os e
j ulgam ent o.

Au la 1 5 15. Teoria geral da execução. Princípios da execução civil. 30.04


As diversas espécies de execução. Cit ação do devedor e
arrest o. Penhora, depósit o, avaliação e expropriação de
bens. Processo de execução e Fazenda Pública. Tít ulo
execut ivo ext raj udicial. Espécies e procedim ent os. 29
Execução Provisória. Defesas do devedor e de t erceiros na
execução. Poderes do j uiz e deveres das part es. Fraude à

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

execução e fraude cont ra credores. Responsabilidade


pat rim onial. Desconsideração da personalidade j urídica.
Suspensão e ext inção da execução.

Au la 1 6 17. Arbit ragem , conciliação e m ediação com a Fazenda 02.05


Pública: adequação, precauções, responsabilidades,
lim it es e efeit os.

Au la 1 7 18. Processo colet ivo. Teoria geral: legit im ação, 04.05


procedim ent os, lim inares, recursos e coisa j ulgada.
Princípios do processo colet ivo. Cum prim ent o de sent ença
colet iva. Mandado de Segurança Colet ivo, Habeas corpus,
Habeas Dat a, Mandado de I nj unção, Ação Popular, Ação
Civil Pública Mandado de segurança: part es, lit isconsórcio,
pet ição inicial, lim inares, procedim ent o, sent ença,
recursos. Pedido de suspensão da segurança.
Cum prim ent o de sent ença. Com pet ência originária.
Mandado de segurança: part es, lit isconsórcio, pet ição
inicial, lim inares, procedim ent o, sent ença, recursos.
Pedido de suspensão da segurança. Cum prim ent o de
sent ença. Com pet ência originária.

Au la 1 8 21. Juizados Especiais Cíveis est aduais e federais. 06.05


Princípios. Juizados Especiais da Fazenda Pública: lim it es,
part es, t erceiros, com pet ência, procedim ent o, provas,
lim inares, poderes do j uiz, cum prim ent o de sent ença,
incident e de uniform ização e recursos. ( part e 01)
22. Jurisprudência dos Tribunais Superiores.

Au la 1 9 21. Juizados Especiais Cíveis est aduais e federais. 08.05


Princípios. Juizados Especiais da Fazenda Pública: lim it es,
part es, t erceiros, com pet ência, procedim ent o, provas,
lim inares, poderes do j uiz, cum prim ent o de sent ença,
incident e de uniform ização e recursos. ( part e 01)

As aulas foram dist ribuídas para que possam t rat ar de ada cont eúdo com a calm a
e profundidade necessárias. Event uais aj ust es de cronogram a podem ser
necessários.

N ORMAS P ROCESSUAI S CI VI S
1 - Con side r a çõe s I n icia is
A prim eira coisa que deve ser com preendida ant es de iniciar o est udo de
det erm inada disciplina é saber o que e la é pr opr ia m e nt e . Para quem est á
iniciando é im port ant e para se sit uar na m at éria. Se você j á t em essa noção,
ainda assim não deixe de ler – ainda que m ais rápido –, pois o Direit o Processual
Civil, com o Novo Código de Processo Civil ( NCPC) , t raz novos pressupost os e
um a releit ura const it ucional.
Em sínt ese, abordarem os os seguint es grupos de assunt os:
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

1 – caract erização e localização da disciplina;


2 – norm as fundam ent ais;
3 - aplicação das norm as processuais.

Sem som bra de dúvidas, o segundo t ópico é m ais relevant e, pois além de ser o
m ais cobrado em provas, é fundam ent al para que você com preenda o est udo do
Direit o Processual Civil.
Ant es de você com eçar, gost aria de esclarecer um det alhe: algum as quest ões
t razem princípios não explicados ao longo do cont eúdo t eórico. I sso ocorre
porque m uit os deles se referem a inst it ut os processuais civis, que serão
e st uda dos e m a u la s fut ur a s. Preferim os, por quest ões didát icas, priorizar, na
análise t eórica, os princípios foram referidos pelo NCPC. De t oda form a, a fim de
que sua preparação sej a com plet a, quando necessário, explicit arem os o cont eúdo
desses princípios na análise das quest ões e, ao final, reproduzim os t odos eles em
um grande resum o. Claro, se houver dúvida, est ou disponível no fórum .
Boa a aula a t odos!

2 - I n t r odu çã o a o Est u do do D ir e it o Pr oce ssu a l Civil

A ideia dest e t ópico inicial é est abelecer algum as pr e m issa s t e ór ica s que
perm eiam o est udo do Direit o Processual Civil. Vam os com preender,
basicam ent e, algum as caract eríst icas do pensam ent o j urídico at ual e os conceit os
de processo e de t ut ela j urisdicional.

2 .1 - Fa se s m e t odológica s do D ir e it o Pr oce ssu a l Civil 1


Vam os com eçar com um pouco de Hist ória. O Direit o Processual Civil t al com o se
apresent a hoj e, com o conj unt o de caract eríst icas que lhe é pert inent e, não é o
m esm o processo civil de ant igam ent e. Com o t oda disciplina, há um a evolução,
m arcada por avanços e ret rocessos, que lapidam o est ágio at ual do Direit o
Processual Civil.
M a s qua l a im por t â ncia de sse e st udo pa r a concur sos?
Um prim eiro m ot ivo é a cobrança em provas. Além disso, com essas noções
iniciais, você t erá m elhores condições de com preender o porquê de det erm inadas
norm as e a racionalidade do nosso sist em a processual. Em algum as
oport unidades, m esm o sem saber obj et ivam ent e a regra processual, você t em
condições de acert ar a quest ão. O t erceiro e últ im o m ot ivo é conferir bagagem
suficient e para resolução de quest ões que se refiram a casos concret os. O
exam inador, para ser bem - sucedido, em um a quest ão na qual cria um caso
concret o, precisa dom inar essas bases m et odológicas do processo. Caso ele se
ut ilize desse recurso, você est ará preparado.

1
A part ir da obra de LOURENÇO, Haroldo. Pr oce sso Civil Sist e m a t iza do. 3ª edição, rev. e
at ual., São Paulo: Edit ora Mét odo, 2017, p. 1 e seguint es.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Dit o isso, vej a, inicialm ent e, quais são essas fases:

Praxism o Processualism o I nst rum ent alism o Neoprocessuaism o

No princípio o processo é vist o com o um conj unt o de form as para que o direit o
possa ser exercido. O processo confunde- se com o próprio direit o m at erial. Na
realidade, o processo é, t ão som ent e, o direit o m at erial “ em m ovim ent o” . Dit o
de out ra form a, quando alguém t em um direit o e encont ra resist ência, pode
m ovim ent ar esse direit o para vê- lo assegurado por int erm édio de um processo.
É por essa razão que essa fase é conhecida com o praxism o ou fase sincret ist a.
Há um único corpo que agrega o direit o m at erial e processual.
Na fase seguint e – do processualism o – o processo ganha relevo e aut onom ia
frent e ao direit o m at erial. Essa fase é relevant e para dest acar o Direit o
Processual com o disciplina cient ificam ent e aut ônom a. Por out ro, a busca pela
aut onom ia im plicou no dist anciam ent o em relação ao direit o m at erial, o que é
prej udicial, vist o que o processo exist e para acert ar quest ões de direit o m at erial.
Com o um m eio t erm o, a fase subsequent e – do inst rum ent alism o – surge para,
dent ro da esfera de aut onom ia do Direit o Processual frent e ao Direit o Mat erial,
relacionar am bas as esferas. É no cont ext o do inst rum ent alism o que t em os a
discussão no sent ido de que o direit o processual concret iza e t orna efet ivo o
direit o m at erial, ao passo que o direit o m at erial dá sent ido ao direit o processual.
Mais recent em ent e t em os o desenvolvim ent o fase do neoprocessualism o,
t am bém conhecido com o form alism o valorat ivo, form alism o ét ico ou m odelo
const it ucional de processos. Em bora esses nom es sej am diferent es, podem os
t rat a- los dent ro da m esm a fase, com o sinônim os. A fundo, t em os algum as
dist inções, m as t odos os aut ores que em pregaram essa t erm inologia, chegaram
à conclusão de que as norm as de direit o processual part em da Const it uição.
Va m os sint e t iza r o que vim os a t é a qui?!

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

PRAXI SM O ( ou sincret ism o)

• não há aut onom ia


• é o direit o m at erial em m ovim ent o
• o processo é o aspect o prát ico do direit o m at erial

PROCESSUALI SM O ( aut om ism o)

• aut onom ia
• direit o processual em esfera t ot alm ent e dist int a do direit o m at erial

I N STRUM EN TALI SM O

• aut onom ia m ant ida


• aproxim ação do direit o processual ao direit o m at erial
• direit o processual concret iza e efet iva o direit o m at erial, ao passo que est e dá
sent ido àquele

N EOPROCESSUALI SM O ( form alism o valorat ivo,


form alism o ét ico, m odelo const it ucional de processo)

• Const it uição com o norm a fundant e das norm as processuais.

Va m os a pr ofu nda r um pou co m a is a fa se m e t odológica a t ua l?!


Ent re out ras consequências do neoconst it ucionalism o, t em os a valorização dos
princípios, com o espécie de norm a dent ro do nosso ordenam ent o j urídico. O
Direit o Processual Civil deverá ( a) consagrar um a t eoria dos direit os
fundam ent ais e ( b) reforçar a força norm at iva da Const it uição.
Em relação à consagração de um a t eoria dos direit os fundam ent ais, t em os o
desenvolvim ent o de um conj unt o de “ norm as processuais civis fundam ent ais”
que est ão concent radas nos disposit ivos iniciais do NCPC, além de out ros
princípios processuais fixados no Text o da Const it uição.
Paralelam ent e, t odas as norm as processuais previst as na legislação
infraconst it ucional ( ent re as quais dest aca- se o NCPC) devem respeit o à
Const it uição, sob pena de inconst it ucionalidade. A lei perde o papel cent ral do
ordenam ent o, para que a Const it uição se apresent e com o norm a suprem a do
ordenam ent o j urídico.
Com isso, os princípios assum em papel de relevância, pois além de orient arem a
int erpret ação das dem ais regras do ordenam ent o j urídico, podem ser ut ilizadas,
por exem plo, na fundam ent ação de um a decisão, afinal são espécies de norm as.
Nesse cont ext o é int eressant e cit ar o art . 140, do NCPC, que prescreve que o
“ j uiz não se exim e de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenam ent o j urídico” . Not e que, diferent em ent e do CPC73, não fala m eram ent e
em “ decidir de acordo com a lei” , m as decidir t endo em consideração o

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

“ ordenam ent o j urídico” , que engloba t odas as norm as processuais civis, sej a elas
princípios ou regras.
Há um rol ext enso e exem plificat ivo de princípios processuais que m arcam a
int erpret ação e aplicação das regras processuais. Ent re eles, o princípio do acesso
à Just iça é um dos m ais relevant es. Previst o no art . 5º , XXXV, da CF, e no art .
3º , do NCPC, esse princípio deve ser encarado de form a am pla, com a finalidade
de incluir:
 o ingresso com ações em j uízo;
Esse é o conceit o habit ual e rest rit o do direit o ao acesso à Just iça.
 observância das garant ias do devido processo legal;
Sim plesm ent e o direit o de ingresso não é suficient e, no am plo acesso à j ust iça é
fundam ent al que o procedim ent o se desenvolva com respeit o às norm as processuais.
 efet ividade do cont radit ório, na m edida em que as part es part iciparão do processo de
form a dialét ica;
O am plo acesso à j ust iça pressupõe não apenas o direit o de part icipar, m as de t er
condições de influir na decisão do m agist rado.
 adequação e t em pest ividade dos procedim ent os j udiciais; e
O acesso à j ust iça em sent ido am plo pressupõe que os procedim ent os j udicias além de
adequados devem ser prest ados com celeridades, com vist as a at ender crit érios de
t em pest ividade.
 criação de t écnicas que perm it am a efet iva sat isfação do direit o pela part e vencedora.
Por fim , o am plo acesso à j ust iça pressupõe que, um a ver acert ado de quem é o direit o,
t enham os m ecanism os suficient es e adequados para que possam os garant ir a sat isfação
da part e credora.

Não sei se você lem bra, m as ent re os sinônim os da fase do neoprocessualism o


t em os duas expressões int eressant es: form alism o- valorat ivo e form alism o ét ico.
Am bas as expressões fazem referência a um aspect o filosófico relevant e do
Direit o consist e no reforço da ét ica e da boa- fé no processo. Dit o de form a
sim ples, o pr oce sso de ve se r de se nvolvido por int e r m é dio de u m
pr oce dim e nt o for m a l de a cor do com a s nor m a s pr oce ssua is civis
funda m e nt a is.
A part ir disso busca- se m it igar o form alism o. Podem os afirm ar, didat icam ent e
falando, que podem os deixar de observar cert as regras procedim ent ais
( form alism os) , caso sej am at endidas as exigências principiológica do NCPC
( valorat ivo) . É a part ir desse raciocínio que se j ust ifica a realização de nulidades,
quando a finalidade for at ingida ( princípio da inst rum ent alidade das form as) .
Pois bem ! O est udo dessas fases m et odológicas, que const it ui apert ada sínt ese
da Hist ória do Direit o Processual, é fundam ent al para que com preendam os o
est ágio at ual de evolução da nossa m at éria e para que possam os com preender
as caract eríst icas do pensam ent o j urídico at ual, t ópico a ser est udado na
sequência.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

2 .1 - Ca r a ct e r íst ica s do Pe n sa m e n t o Ju r ídico At u a l


Sem a pret ensão de analisar o assunt o de form a aprofundada, vam os cit ar quat ro
caract eríst icas 2 relevant es apont adas pela dout rina sobre o pensam ent o j urídico
cont em porâneo e que im pact am diret am ent e o processo civil at ualm ent e,
not adam ent e com o NCPC. São t em as discut idos na faculdade de Direit o, m as
que aj udarão a m elhor com preender o Direit o Processual.
Vej a:
1ª CARACTERÍ STI CA : reconhecim ent o da força norm at iva da Const it uição.
Todo o nosso ordenam ent o j urídico deve ser pensado e int erpret ado a part ir do Text o
Const it ucional. I sso ficará m uit o evident e no est udo do Direit o Processual Civil, com o
verem os ainda na aula de hoj e.
2ª CARACTERÍ STI CA : desenvolvim ent o da t eoria dos princípios.
Os princípios, ao lado das regras j urídicas, const it uem espécie de norm as que não servem
apenas com o diret riz geral ou parâm et ro int erpret at ivo, m as const it uem verdadeiros
m andam ent os norm at ivos que podem ser ut ilizados pelo m agist rado para fundam ent ação
de det erm inada decisão.
3 ª CARACTERÍ STI CA : t ransform ação da herm enêut ica j urídica, reconhecendo o papel
criat ivo e norm at ivo da at ividade j urisdicional.
Essa caract eríst ica se revela com a ut ilização de t écnicas de conceit os j urídicos
indet erm inados e cláusulas gerais e, t am bém , pela ut ilização de princípios com o o da
razoabilidade e da proporcionalidade.
4 ª CARACTERÍ STI CA : expansão e consagração dos direit os fundam ent ais, que exige o
respeit o ao princípio da dignidade.

Essas caract eríst icas, em sínt ese, denot am que o Direit o é sem pre pensado a
part ir da Const it uição ( que t em força norm at iva e se sobrepõe a t odas as dem ais
norm as) . Além disso, sem pre que est udam os algum assunt o j urídico nos
deparam os com princípios e esses princípios const it uem espécie de norm as. Logo,
é possível, por exem plo, se o j uiz decida exclusivam ent e com base em princípios.
At é m esm o pela exist ência de princípios, o j uiz não é um m ero aplicador da lei
ao caso concret o, ele irá criar a norm a concret am ent e aplicável. Por fim , t oda a
razão do direit o est á em realizar o princípio da dignidade. Afinal, o direit o serve
para regrar a vida das pessoas e para que essas pessoas vivam com dignidade.
Com o avançar da m at éria, essas caract eríst icas serão reveladas dent ro do
Código. Essas caract eríst icas est ão present es no est udo do Direit o Processo Civil.

2 .2 - Pr oce sso
A dout rina de Fredie Didier Jr. 3 explora m uit o bem a conceit uação de processo.
Segundo o aut or, podem os com preender o processo de t rês form as:

2
Com base na dout rina de Fredie Dider Jr. I n: DI DI ER JR., Fredie. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssua l
Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil, Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª
edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 44 e seguint es.
3
DI DER JR., Fredie. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 32 e seguint es.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 m ét odo de criação de norm as j urídicas;


 at o j urídico com plexo ( procedim ent o) ; e
 relação j urídica.

Para a prim eira concepção, o processo const it ui um m é t odo


de e x e r cício da j ur isdiçã o. Assim , o processo j udiciário
( t al com o o processo legislat ivo ou adm inist rat ivo) const it ui
um m ét odo de criação de norm as pelo exercício da
j urisdição.
O processo legislat ivo cria norm as j urídicas; o processo adm inist rat ivo produz
norm as gerais e individuais por m eio da Adm inist ração Pública; e o processo
j udiciário cria norm as j urídicas aplicáveis ao caso concret o, por int erm édio do
exercício da j urisdição.
A segunda concepção confu nde pr oce sso com pr oce dim e nt o. O processo é
ent endido sim plesm ent e com o um conj unt o ordenado de at os que t em por
finalidade at ingir um fim : a decisão final. O procedim ent o nada m ais é do que a
reunião desses diversos at os prat icados no curso do processo. É, port ant o, um
at o- com plexo, porque é frut o da reunião de diversos at os procedim ent ais.
A t erceira concepção de processo – que é a dom inant e – ent ende que o processo
const it ui um conj unt o de r e la çõe s j ur ídica s que se est abelecem ent re os
envolvidos no processo ( j uiz, advogados, part es, t erceiros int eressados,
t est em unhas, perit os) .
A part ir dessas concepções, o aut or t raz o conceit o de Direit o Processual Civil.
Segundo Fredie Didier 4 :
O Direit o Processual Civil é o conj unt o das norm as que disciplinam o processo j urisdicional
civil – vist o com o at o- j urídico com plexo ou com o feixe de relações j urídicas. Com põe- se das
norm as que det erm inam o m odo com o o processo deve est rut urar- se e as sit uações
j urídicas que decorrem dos fat os j urídicos processuais.

Va m os a pr ofu nda r um pou co m a is?!


Esse conj unt o de relações j urídicas processuais form adas por at os j urídicos
sucessivos t em um a finalidade: a prest ação da t ut ela j urisdicional.
Essa finalidade do processo, de conduzir a um result ado,
revela seu carát er inst r um e nt a l.
O Direit o Processual Civil t em por fim prover t ut ela
j urisdicional, resolver os conflit os exist ent es na sociedade
e at ribuir o que é de direit o a quem é de direit o.
Port ant o, o processo serve ao direit o m at erial, m as t am bém o direit o m at erial
serve ao direit o processual. Assim , ao m esm o t em po que o processo const it ui um
inst rum ent o para prest ar a t ut ela j urisdicional, para definir o que é de direit o de

4
DI DER JR., Fredie. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 36.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

cada pessoa na sociedade, o direit o m at erial depende do processo para se


revelar. Tem os, assim , um a r e la çã o cir cula r , de com ple m e nt a r ie da de .

direit o direit o
m at erial processual

São conceit os t eóricos e, m uit as vezes, vagos, m as para a corret a com preensão
da m at éria é im port ant e o enfrent am ent o do assunt o no início do curso. Além
disso, podem os t er esses conceit os explorados em prova quando houver um a
quest ão um pouco m ais aprofundada.
Agora sim , vam os ent ender o que é t u t e la j ur isdiciona l!

2 .3 - Pr e st a çã o Ju r isdicion a l Sa t isfa t iva


O Direit o Processual Civil est uda, especialm ent e, o e x e r cício da a t ivida de fim
do Pode r Judiciá r io. Você sabe que os t rês poderes – Execut ivo, Legislat ivo e
Judiciário – possuem funções t ípicas e at ípicas. A função t ípica do poder Judiciário
é pr e st a r a t ut e la j ur isdiciona l e r e solve r os conflit os que surgem ( ou
pot encialm ent e possam surgir) na sociedade.
At ipicam ent e, o Poder Judiciário possui funções legislat ivas, quando um Tribunal
edit a, por exem plo, o seu regim ent o int erno ou códigos de norm as, e funções
adm inist rat ivas, quando exerce gest ão do órgão, com o a adm inist ração dos
servidores, o cont role de m at eriais et c.
Além da at ividade fim do Poder Judiciário, int eressa ao est udo do Direit o
Processual Civil os denom inados m e ios a lt e r na t ivos de soluçã o de conflit os.
O N CPC confe r e gr a nde im por t â ncia a esses m eios, regrando a conciliação, a
m ediação e a arbit ragem .
A conciliação const it ui o m eio consensual de solução de conflit os que se paut a na
int erm ediação de um a t erceira pessoa que se coloca frent e aos lit igant es com o
um facilit ador, podendo sugerir o que ent ende com o o m elhor desfecho do
conflit o.
Na m ediação essa t erceira pessoa m ant ém - se equidist ant e, at uando na m issão
de esclarecer às part es os aspect os relat ivos ao processo para que elas próprias
alcancem a solução.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Já a arbit ragem const it ui a t écnica de het erocom posição de conflit os pela at uação
de árbit ros, livrem ent e escolhido pelas part es, por int erm édio de convenção
privada, que decidirá o conflit o relat ivo aos direit os disponíveis.
Todas essas form as de solução de conflit os não se inserem na at ividade fim do
Est ado, m as são est udadas pelo Direit o Processual Civil.
Assim ...

A at ividade fim do Poder Judiciário, que é pacificar


conflit os de int eresses, pela ent rega da prest ação
j urisdicional.
O D I REI TO
PROCESSUAL
CI VI L ESTUD A
Os denom inados m eios alt ernat ivos de solução de
conflit os ( conciliação, m ediação e arbit ragem ) .

Claro que boa part e do nosso est udo é reservado à prest ação da t ut ela
j urisdicional, cuj a disciplina é m ais ext ensa e det alhada. Mas não podem os
ignorar os denom inados m eios alt ernat ivos.
A prest ação da t ut ela j urisdicional assum iu novo t rat am ent o com o NCPC. No
Código de Processo Civil de 1973 ( CPC73) , originariam ent e, havia um a grande
preocupação com a decisão de conhecim ent o. O CPC73 foi est rut urado de m odo
a criar condições para que a sent ença fosse adequada. Cont udo, com o t em po,
not ou- se que dar um a sent ença de m érit o, que at ribua e assegure direit os e
garant ias, de nada adiant a se não houver m eios para que fosse execut ada.
A execução – ou cum prim ent o da sent ença – não foi pensada no CPC73 para ser
efet iva. Na realidade, o j urisdicionado vencia a ação j udicial m as não levava. Não
t ínham os, port ant o, prest ação e fe t iva da t ut ela j urisdicional.
Com isso, os j urist as perceberam que seria necessário criar inst rum ent os para
conferir efet ividade ao processo. O CPC73 foi alt erado, m as não foi o suficient e.
Agora, com o NCPC espera- se, por m eio dos inst rum ent os criados, t ornar efet iva
a t ut ela. Tão im port ant e com o conhecer do direit o é criar condições concret as
para aplicá- lo, sat isfazendo o direit o t al qual conhecido.
Fala- se, port ant o, em t ut ela sat isfat iva. A efet iva t ut ela j udicial depende do
conhecim ent o ( sent ença de m érit o) e do cum prim ent o ( execução) .
Didat icam ent e, t em os:

conhecer cum prir sat isfazer

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

2 .4 - D ir e it o Pr oce ssu a l Civil Con st it u cion a l


A Const it uição Federal é o cerne da est rut ura hierárquica do nosso ordenam ent o
j urídico, t odas as dem ais norm as que com põem ram os j urídicos específicos
passam pelo filt ro const it ucional. Nat uralm ent e, o Direit o Processual Civil deve
ser const ruído a part ir dos valores e preceit os const it ucionais. É preciso, port ant o,
est abelecer um diá logo int e r disciplina r com a Const it uição.
Dit o de form a sim ples, o Pr oce sso Civil pode cr ia r t oda s a s r e gr a s
pr oce ssua is de sde que nã o cont r a r ie a Const it uiçã o. Se cont rariar, a norm a
processual será inconst it ucional. I sso porque a CF t em hierarquia superior e é
dot ada de suprem acia diant e de t odo o ordenam ent o j urídico.
Port ant o, ant es de iniciar o est udo das regras do NCPC, é im port ant e que
saibam os ident ificar o m odelo processual delineado pela CF.
De acordo com a dout rina 5 , podem os ident ificar quat ro grupos de regras na CF
que at uam diret am ent e na esfera processual:

GRUPOS D E N ORM AS PROCESSUAI S N A CF

 princípios const it ucionais do direit o processual civil

 regras de organização j udiciária

 funções essenciais à Just iça

 procedim ent os j urisdicionais const it ucionalm ent e


diferenciados

Não é nossa função aqui analisar t odas essas regras, pois o assunt o é est udado
em Direit o Const it ucional, m as, é im port ant e que você saiba que esse grupo de
regras est abelece o m odelo, o pont o de part ida do est udo processual.
( i) Os pr incípios const it u ciona is do dir e it o pr oce ssua l civil com preendem
um conj unt o de norm as que fixa a diret riz m ínim a. Ent re os princípios
const it ucionais processuais civis, dest acam - se:
 princípio do acesso à j ust iça;
 princípio do devido processo legal;
 princípio do cont radit ório;
 princípio da am pla defesa;
 princípio da inafast abilidade da j urisdição ( ou j uiz nat ural) ;
 princípio da im parcialidade;

5
BUENO, Cassio Scarpinella. M a n ua l de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil. Vol. Único, 2ª edição, São
Paulo: Edit ora Saraiva S/ A, 2016, p. 43.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 princípio do duplo grau de j urisdição;


 princípio da publicidade dos at os processuais; e
 princípio da m ot ivação.

Para fins dos nossos est udos, é suficient e que saibam os o conceit o e o
em basam ent o legal de cada um deles, nada m ais do que isso. I nclusive, em
relação a alguns princípios, eles são t rat ados t am bém no NCPC, nesses casos,
vam os aprofundá- los. Nest e pont o da aula, desej am os, apenas, que você
com preenda o conceit o.

Princípio do acesso à j ust iça


Esse princípio est á consagrado no art . 5º , XXXV, da CF que, ao t rat ar dos direit os
e garant ias individuais e colet ivas assegura que “ a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou am eaça a direit o” .
A part ir desse inciso, int erpret a- se que a t odos é assegurada a possibilidade de
ingressar j udicialm ent e para evit ar lesão ou am eaça de lesão a direit o. Bast a,
ent ret ant o, conferir form alm ent e a prerrogat iva de acesso à j ust iça, com pre ao
Est ado garant ir que esse acesso sej a efet ivo.

Princípio do devido processo legal


Esse princípio est á descrit o no art . 5º , LI V, da CF, ao prever que “ ninguém será
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” . Significa dizer
que o Est ado poderá im por rest rições a direit os das pessoas, desde que o faça
por int erm édio de um processo regular, que observe t odas regras processuais.
Esse princípio é t ão im port ant e que é considerado com o um supraprincípio ou
post ulado geral do Direit o Processual Civil. Dit o de out ro m odo, podem os concluir
que o devido processo legal é a ba se de t odos os de m a is pr incípios
pr oce ssua is.
Além disso, é int eressant e dest acar que ele não est á previst o explicit am ent e no
NCPC.
Na sequência, vam os analisar dois princípios m uit o próxim os: cont radit ório e
am pla defesa.

Princípio do cont radit ório


O princípio do cont radit ório est á previst o no inc. LV do art . 5º da Const it uição,
que dispõe: “ aos lit igant es, em processo j udicial ou adm inist rat ivo, e aos
acusados em geral são assegurados o cont radit ório e am pla defesa, com os m eios
e recursos a ela inerent es” .
Por cont radit ório devem os com preender:
 o dir e it o a sse gu r a do à pa r t e de pa r t icipa r do pr oce sso; e
 o dir e it o de influ e ncia r o j u iz n a de cisã o a se r t om a da .

Evident em ent e, que essa influência será para obt er um provim ent o favorável aos
int eresses da part e.
Esse princípio, cont udo, não se confunde com o próxim o.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Princípio da am pla defesa


Tam bém previst o no art . 5º , LV, da CF, a am pla defesa report a- se a um dos
aspect os do cont radit ório, que é o dir e it o de pr odu zir pr ova s, a le ga çõe s,
de fe sa no se nt ido de influe ncia r o j uiz. É o segundo aspect o do cont radit ório.
Pelo princípio da am pla defesa, assegura- se à part e o direit o de reagir cont ra as
alegações form uladas cont rariam ent e aos seus int eresses.

Princípio da inafast abilidade da j urisdição


Para com eçar, cuidado com os sinônim os:

Princípio da inafast abilidade = Princípio do Juiz Nat ural = Princípio da indeclinabilidade

Esse princípio est á previst o no art . 5º , XXXV, da CF, e t raduz a ideia de que a
j urisdição é perm anent e e ficará aguardando que um a part e int eressada ( o
aut or) , provoque- a. A part ir do m om ent0o em que a j urisdição é provocada, t em os
o surgim ent o do processo ( t ecnicam ent e podem os afirm ar: “ da relação j urídico
processual) .

Princípio da im parcialidade
Esse princípio é im port ant e para conferir legit im idade à at uação j urisdicional.
Com o o Est ado at rai para si a j ur isdiçã o, nã o pode r á e x e r cê - la e m be ne fício
pr ópr io ou dos se us j ulga dor e s.
Assim , para que o processo sej a válido, é pressupost o que o j uiz sej a im parcial e
não incorra nas hipót eses de im pedim ent o ou de suspeição, que são est udadas
no art . 144 e art . 145, am bos do NCPC.

Princípio do duplo grau de j urisdição


Esse princípio evidencia a possibilida de que a pa r t e a ut or a ou r é , ca so sint a -
se pr e j udica da , possa pr ovoca r nova a n á lise da m e sm a m a t é r ia por
ór gã o de hie r a r quia supe r ior .
É em decorrência do princípio do duplo grau de j urisdição, que t em os os
r e cur sos. O recurso nada m ais é do que um a form a de um t ribunal ( órgão ad
quem , superior) analisar a sent ença proferida pelo j uiz na prim eira inst ância
( órgão a quo, hierarquicam ent e inferior) .
I m port ant e dest acar que esse princípio est á im plícit o no Text o Const it ucional.
Não há um art igo ou incisos na Const it uição que fale em “ duplo grau de
j urisdição” . O que t em os é um sist em a recursal, criado e est rut urado pela
Const it uição, de m odo que podem os concluir que se t rat a de um princípio
const it ucional im plícit o.

Princípio da publicidade dos at os processuais


Ao cont rário de out ros princípios que vim os acim a, esse est á previst o no m eio da
CF. Vide o art . 93, I X e X, da CF:
Art . 93. Lei com plem ent ar, de iniciat iva do Suprem o Tribunal Federal, disporá sobre o
Est at ut o da Magist rat ura, observados os seguint es princípios:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

I X t odos os j u lga m e n t os dos ór gã os do Pode r Ju diciá r io se r ã o pú blicos, e


fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei lim it ar a presença,
em det erm inados at os, à s pr ópr ia s pa r t e s e a se u s a dvoga dos, ou som e n t e a e st e s,
em casos nos quais a preservação do direit o à int im idade do int eressado no sigilo não
prej udique o int eresse público à inform ação; ( Redação dada pela Em enda Const it ucional nº
45, de 2004)
X as decisões adm inist rat ivas dos t ribunais serão m ot ivadas e em se ssã o pú blica , sendo
as disciplinares t om adas pelo vot o da m aioria absolut a de seus m em bros; ( Redação dada
pela Em enda Const it ucional nº 45, de 2004)

O pr oce sso é público, os a t os pr oce ssua is sã o públicos. Assim , qualquer


pessoa poderá consult ar processos, acom panhar audiências. Essa é, cont udo, a
regra. I sso porque t em os exceções. A CF, no inc. I X, acim a fala de um a delas:
int im idade do int eressado.
É por essa razão, por exem plo, que processos de direit o de fam ília correm em
“se gr e do de j ust iça ”. Significa dizer que apenas as part es e os advogados
podem consult ar o t eor das decisões e at os processuais prat icados.
Há out ras sit uações nas quais o processo t ram it ará, excepcionalm ent e, em
segredo de j ust iça. Elas são est udadas, cont udo, em out ro pont o do cont eúdo
t eórico.

Princípio da m ot ivação
Para encerrar o rol dos princípios const it ucional, t em os o princípio da m ot ivação,
que est á nos m esm os incisos que vim os no princípio ant erior.
Esse princípio inform a que o j uiz, a o de cidir , de ve r á cot e j a r os fa t os com o
dir e it o a plicá ve l, a r gum e nt a ndo e x pr e ssa m e nt e a s r a zõe s que le va r a m
e le de cidir da que la for m a .
O princípio da m ot ivação é im port ant e para que haj a o princípio do duplo grau de
j urisdição. Dit o de out ro m odo, para que a part e possa recorrer, é necessário
saber quais foram os fundam ent os ut ilizados pelo j uiz da decisão recorrida.
Reit eram os, a pret ensão não é esgot ar os princípios, m as est udá- los de form a
obj et iva, t al com o cobrado em prova, a part ir da nossa Const it uição.
Vam os prosseguir?!
Caso não est ej a lem brado, est am os falando das regras const it ucionais que at uam
diret am ent e na esfera processual. Vim os a prim eira, que se refere aos princípios
const it ucionais do processo civil. As dem ais seguem abaixo:
( ii) A CF delineia t am bém a e st r ut ur a do Pode r Judiciá r io br a sile ir o, com a
repart ição da função j urisdicional a part ir das regras de com pet ência.
Assim , quando o cidadão t em um conflit o de int eresses envolvendo cont rat o de
locação saberá, a part ir da CF, que essa ação deve ser aj uizada perant e o Poder
Judiciário Est adual Com um . Agora, na hipót ese de um cont rat o versar
especificam ent e de relação de t rabalho, o aj uizam ent o será perant e o Poder
Judiciário Federal Especial Trabalhist a. Todas essas regras const am da
Const it uição.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

( iii) No t erceiro grupo há est rut uração das fu n çõe s e sse ncia is à Just iça com o
a m agist rat ura, o Minist ério Público, a Defensoria Pública e a advocacia privada.
Tem os, na CF, regras gerais delineando padrões de at uação de at ores que –
j unt am ent e com as part es – porão a est rut ura j udiciária em funcionam ent o.
( iv) A CF est abelece, ainda, alguns procedim ent os específicos cuj a im port ância
rem et e, ao m enos, à previsão desse inst rum ent o na CF. Ent re os pr oce dim e nt os
j ur isdiciona is dife r e ncia dos dest acam - se o m andado de segurança, a ação
civil pública e as ações do cont role concent rado de const it ucionalidade.
Todas essas ações est ão indicadas na Const it uição e m elhor det alhadas em leis
processuais infraconst it ucionais.
À luz dessas regras t em os o Direit o Processual Civil brasileiro.
Confira um a quest ão de prova de concurso público que, ant es m esm o do NCPC,
evidencia o que abordam os acim a:

( TJ- CE/ Tit u la r de Se r viços de N ot a s e de Re gist r os/ 2 0 1 1 ) O Est ado cont em porâneo, com o
expressão do Est ado Social, t em dent re os seus em basam ent os os princípios const it ucionais de
j ust iça e os direit os fundam ent ais. Nesse cont ext o, apont e a alt ernat iva I NCORRETA:
a) Nenhum a lei processual pode cont rariar os princípios const it ucionais e os direit os
fundam ent ais, sob pena de inconst it ucionalidade.
b) No caso de lei processual cuj a aplicação conduz a um j uízo de inconst it ucionalidade, o j uiz de
prim eiro grau poderá declará- la ou, m ediant e a t écnica da int erpret ação conform e a Const it uição,
aplicar a t écnica da declaração parcial de nulidade sem redução de t ext o.
c) As norm as processuais, por sua nat ureza, subm et em - se ao princípio da suprem acia da lei e à
vont ade do legislador, criador da norm a geral e, port ant o, do direit o posit ivo no Est ado
dem ocrát ico de direit o.
d) A lei processual deve ser com preendida e aplicada de acordo com a Const it uição. Por isso,
havendo m ais de um a solução, na int erpret ação da lei, a decisão deve opt ar por aquela que
out orgue m aior efet ividade à Const it uição.
Com e n t á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, pois ret rat a j ust am ent e a suprem acia da Const it uição em relação
ao rest ant e do ordenam ent o infraconst it ucional.
A a lt e r n a t iva B t am bém est á corret a. Em bora envolva assunt o de Direit o Const it ucional, vam os
analisar a quest ão. Se o j uiz verificar, no caso concret o, que det erm inada norm a cont raria a
Const it uição, poderá afast á- la no exercício do cont role difuso de const it ucionalidade ou poderá
m oldar a int erpret ação da norm a segundo a diret riz const it ucional que se dá, por ent re out ras
t écnicas, pela int erpret ação conform e a Const it uição.
A a lt e r na t iva C é a incorret a e, assim , o gabarit o da quest ão. As norm as processuais são
evidenciadas por regras e princípio legais, e, port ant o, não se “ subm et em à suprem acia da lei” ,
m as represent am a suprem acia da lei. A única form a de subm issão da legislação processual diz
respeit o às norm as com st at us const it ucional. Além disso, a subm issão à vont ade do legislador é
consent ânea do Est ado Liberal, não se aplicando ao Est ado Dem ocrát ico de Direit o.
Sem fundam ent o a alt ernat iva.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Por fim , a a lt e r na t iva D est á corret a e explicit a j ust am ent e o carát er conform ador da
Const it uição que se aplica t am bém à int erpret ação. Se t iverm os duas possibilidades
int erpret at ivas da lei processual, devem os seguir a que se conform a com a CF.

Vam os em frent e!

2 .5 - Sist e m a s de Ju st iça
A exist ência de conflit os de int eresse é algo com um em nossa sociedade. Se t odos
respeit ássem os a regra segundo a qual o “ m eu direit o t erm ina onde com eça o do
out ro” não haveria necessidade de sist em as de j ust iça. Cont udo, a com plexidade
das relações sociais leva à exist ência de conflit os.
Se os conflit os são inevit áveis, é fundam ent al que haj a um a form a de solucionar
esses conflit os.
At ualm ent e, conform e explicit a a dout rinas, e isso fica evident e no NCPC, t em os
várias form as de resolver os conflit os exist ent es nas relações sociais. A esse
conj unt o de form as de solução de conflit os, dá- se o nom e de “ sist em a de j ust iça
m ult iport as” .

exercício da j urisdição pelo Poder Judiciário

conciliação

m ediação
SI STEM A D E JUSTI ÇA
M ULTI PORTAS
arbit ragem

precedent es j udiciais

est rut ura norm at iva paut ada em regras e


princípios

São t odos sist em as de que a sociedade dispõe para a solução de conflit os.
Port ant o, o Poder Judiciário não é a única form a, m as um a dent re várias as
form as de pacificação de conflit os exist ent es na sociedade.

2 .6 - D e st a qu e s do N CPC
Apenas com o int uit o de sit uá- los no est udo do Direit o Processual Civil é
im port ant e dest acar que, em relação à sist em át ica ant erior do CPC73, o NCPC
t raz algum as regras im port ant es:
 neoprocessualism o: int erpret ação do Direit o Processual Civil a part ir da Const it uição,
com a exist ência de norm as processuais fundam ent ais;

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 t rat am ent o igualit ário às part es ( em sent ido m at erial) , o que perm it e regras com o a
dist ribuição dinâm ica das provas, a grat uidade de j ust iça, a paridade de arm as, vedação
à decisão surpresas et c.
 criação de novas espécies de int ervenção de t erceiro ( incident e de desconsideração da
personalidade j urídica e am icus curie) ;
 valorização dos m ecanism os de aut ocom posição de lit ígios;
 desenvolvim ent os dos m eios t ecnológicos na t ram it ação processual ( por exem plo,
cit ação elet rônica) ,
 precedent es com força obrigat ória
O precedent e const it ui 6 “ a decisão j udicial t om ada à luz de um caso concret o, cuj o núcleo
essencial pode ser com o diret riz para o j ulgam ent o post erior de casos análogos” .
Assim , no caso concret o o m agist rado deverá cot ej ar a decisão a ser prolat ada com o que
pret ende decidir. Há, na realidade, obrigação de observar a “ rat io decidendi” paradigm a
com a quest ão que est á sob j ulgam ent o. Desse m odo, não aplicará o precedent e apenas
se est e est iver superado ou em confront o com o caso concret o. Nesses casos, decorre a
possibilidade de decisão com base naquilo que preveem as norm as processuais ( regras e
princípios) .

Essas são apenas algum as regras im port ant e dent re as diversas alt erações que
t ivem os no NCPC.

3 – Le i Pr oce ssu a l Civil


A legislação processual civil é orient ada basicam ent e pelo NCPC, principal diplom a
norm at ivo processual. Cont udo, com o sabem os, para além do Código,
com preende o conj unt o legislat ivo a Const it uição, que est abelece as regras
cent rais do Direit o Processual Civil, e, t am bém , norm as específicas do Direit o
Processual. Cit a- se com o exem plo dessas norm as específicas a Lei dos Juizados
Especiais ( Lei 9.099/ 1995) .
A lei processual com preende norm as que disciplinam a relação processual e
norm as procedim ent ais. As norm as que disciplinam a relação processual são
aquelas que t rat am dos poderes do j uiz, dos direit os, deveres e prerrogat ivas das
part es. Já as norm as procedim ent ais são aquelas que disciplinam a prát ica de
at os processuais, a exem plo da audiência, quest ões referent es a o rit o et c.
Além dessa dist inção de cont eúdo, t em os out ra dist inção fundam ent al que t em
sede na Const it uição. Legislar sobre Direit o Processual é com pet ência privat iva
da União, conform e se ext rai do art . 22, I , da CF:
Art . 22. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre: ( ...)
I - direit o civil, com ercial, penal, processual, eleit oral, agrário, m arít im o, aeronáut ico,
espacial e do t rabalho; ( ...) .

Legislar sobre procedim ent os, const it ui t arefa legislat iva da União, dos est ados-
m em bros e do Dist rit o Federal. O art . 24, XI , da CF, est abelece que a União é

6
DONI ZETTI , Elpídio. Cu r so D idá t ico de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. 19ª edição, São Paulo:
Edit ora At las S/ A, 2016, p. 20.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

responsável pela edição de norm as gerais, ao passo que os est ados- m em bros e
o Dist rit o Federal serão responsáveis por t rat arem das regras específicas. Vej a:
Art . 24. Com pet e à União, aos Est ados e ao Dist rit o Federal legislar concorrent em ent e
sobre: ( ...)
XI - procedim ent os em m at éria processual; ( ...)

Assim ...

Direit o privat iva da


Processual Civil União
para legislar
COM PETÊN CI A
sobre
concorrent e da
União, est ados-
procedim ent os
m em bros e
Dist rit o Federal

Nesse cont ext o a Lei 13.105/ 2015 é norm a de Direit o Processual ( no âm bit o da
com pet ência privat iva) , m as que cont ém regras gerais acerca do procedim ent o
( com pet ência concorrent e) . Essas regras gerais est abelecidas pela União, são
com plet adas pelas denom inadas Lei de Organização Judiciária dos Est ados
( com pet ência concorrent e) .
Tradicionalm ent e diz- se que as norm as que disciplinam a relação processual são
cogent es, ao passo que as norm as procedim ent ais são disposit ivas. Assim , as
norm as que disciplinam a relação processual não podem ser m odificadas pela
vont ade das part es, ao passo que as norm as procedim ent ais adm it em
flexibilização. De t odo m odo, com as regras do NCPC, essa análise de form a
est át ica é quest ionável em vist a da possibilidade de form ação de negócios
j urídicos processuais e da calendarização do processo. Assunt o que é m elhor
est udado nos art s. 190 e 191 do NCPC.
Para encerrar, um a consideração.
Em regra, os t rat ados e convenções int ernacionais int ernalizados perant e nosso
ordenam ent o j urídico, um a vez cum pridas as form alidades, ingressam em nosso
ordenam ent o na qualidade de norm as infraconst it ucionais federais, t al com o um a
lei ordinária. Ent ret ant o, quando esse t rat ado ou convenção int ernacional
envolver Direit os Hum anos, t erá carát er supralegal, conform e ent ende o STF, e,
se int ernalizados na form a do art . 5º , §3º , da CF, possuirão st at us de norm a
const it ucional. Qu a l a r e le vâ ncia dos t r a t a dos int e r na ciona is de dir e it os
hum a nos pa r a fins de pr oce sso civil?
Tem os algum as convenções e t rat ados int ernacionais que preveem direit os e
garant ias processuais, que são espécie de direit os hum anos de liberdade,
verdadeiros direit os hum anos de 1ª dim ensão. Em razão disso, se aprovados de
acordo com o quórum especial serão norm as const it ucionais, caso cont rário serão
considerados, à luz da j urisprudência do STF, norm as supralegais.
At ent o a esse det alhe, t em os a seguint e redação no art . 13, do NCPC:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Art . 13. A j u r isdiçã o civil será regida pelas norm as processuais brasileiras, r e ssa lva da s
as disposições específicas previst as em t rat ados, convenções ou acordos int ernacionais de
que o Brasil sej a part e.

Sigam os!

4 - I n t e r pr e t a çã o, a plica çã o e e ficá cia da s n or m a s


pr oce ssu a is
Trat a- se de t ópico para o qual devem os ser breves. Os m anuais, inclusive, não
abordam a sist em át ica de form a diret a. Trazem apenas alguns conceit os gerais
a respeit o da aplicação das norm as processuais. De t odo, a corret a aplicação da
norm a, pressupõe a exist ência de norm a eficaz e de um processo int erpret at ivo.
Segundo a dout rina 7 “ int erpret ar significa adscrever sent ido a t ext os e a
elem ent os não t ext uais da ordem j urídica” . A int e r pr e t a çã o refere- se à escolha
dent re vários significados da norm a j urídica dent ro de um conj unt o plausível de
possibilidades. É um a t a r e fa e m ine nt e m e nt e pr á t ica , r e a liza da a pa r t ir da
nor m a j ur ídica post a . Ent ende- se, ainda, com o a de t e r m ina çã o do se nt ido
e a lca nce da s e x pr e ssõe s j ur ídica s.
De form a bem obj et iva, é im port ant e que você saiba dist inguir int erpret ação, de
herm enêut ica, de int egração e aplicação das norm as. Esses conceit os são
im port ant es, pois est ão int rinsecam ent e relacionados com a int erpret ação do
Direit o. Além disso, é possível que quest ões de prova aborde a t em át ica,
procurando nos confundir com os conceit os apresent ados.
A fim de t enham os clara a diferenciação, vide o quadro abaixo:

H ERM EN ÊUTI CA I N TERPRETAÇÃO I N TEGRAÇÃO APLI CAÇÃO

ciência da
int erpret ação busca do sent ido da t écnica de
norm a j urídica result ado do
preenchim ent o de processo
lacunas na norm a int erpret at ivo e
norm as e princípios j urídica int egrat ivo, pelo
que nort eiam a part e da norm a qual há o
int epret ação j urídica enquadram ent o da
norm a ao caso
at ua na ausência na concret o
saber t eórico saber prát ico norm a

Em relação às regras de int erpret ação verem os, ainda na aula de hoj e, algum as
regras a part ir da lit eralidade do NCPC.

7
MARI NONI , Luiz Guilherm e, ARENHART, Sérgio Cruz e MI TI DI ERO, Daniel. Código de Pr oce sso
Civil Com e n t a do, 2ª edição, rev., am pl. e at ual., São Paulo: Edit ora Revist a dos Tribunais, 2016,
p. 1426
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Vam os em frent e!

5 - Fon t e s do D ir e it o Pr oce ssu a l Civil


A im port ância desse est udo para concursos públicos é reduzida, razão pela qual
prat icam ent e não t em os quest ões explorando a t em át ica em concursos públicos.
Cont udo, algum as noções são relevant es. Adem ais, nessa fase inicial do est udo,
o conhecim ent o das font es de Direit o Processual Civil é im port ant e para que
possam os nos am bient ar com a m at éria.

5 .1 - Con ce it o
A expressão “ font es” refere- se aos m odos de e la bor a çã o e de r e ve la çã o da
nor m a j ur ídica . A palavra font e rem et e à ideia de origem , de nascedouro, de
surgim ent o. É j ust am ent e esse o conceit o de font e para o direit o:
Font e é a quilo que dá or ige m a o dir e it o ou, m a is e spe cifica m e nt e , à s
nor m a s j ur ídica s.
Para fins de provas de concurso público, devem os conhecer as classificações
t radicionais de font es do Direit o Processual Civil.

5 .2 - Cla ssifica çã o
A classificação de font es t em por finalidade facilit ar a com preensão da est rut ura,
im port ância e aplicação das norm as processuais. A ideia é criar um a sist em át ica
a fim facilit ar a com preensão das diversas font es do Direit o Processual Civil.
Tem os, cont udo, um problem a! Cada dout rinador cria um a didát ica própria para
analisar as norm as processuais. Out ros dout rinadores, com um viés m ais
m oderno, nem m esm o falam em classificação das norm as.

Font es m ediat as e im ediat as 8


Essa é um a das classificações t radicionais de font es processuais civis. De acordo
com a dout rina as font es im ediat as são aquelas que diret am ent e revelam norm as
j urídica. Cit a- se, com um ent e, a lei a os cost um es com o exem plos de font es
im ediat as.
As font es m ediat as são aquelas que subsidiam o surgim ent o de um a font e
im ediat a, t al com o ocorre em relação à dout rina e à j urisprudência.
É evident e que a principal norm a é a lei processual, cont udo, dada a abst ração
necessária e o carát er genérico da norm a, m uit as vezes o aplicador do direit o
precisa se valer de cost um es j udiciais e, at é m esm o, da j urisprudência e da
dout rina para corret a aplicação do direit o.
De t oda form a, para a prova...

8
Com base em THEODORO JR., Hum bert o. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssua l Civil, volum e 1, rev.,
at ual. e am pl., 56ª edição, São Paulo: Edit ora Forense, 2016.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

FON TES I M ED I ATAS FON TES M ED I ATAS

cost um es dout rina

lei j urisprudência

Não obst ant e ser considerado com o font e m ediat a, a j urisprudência t em se


t ornado cada vez m ais relevant e em nosso ordenam ent o j urídico. Nesse cont ext o,
de acordo com a dout rina 9 :
Diant e, principalm ent e, do prest ígio que o direit o m oderno vem dispensando à força
norm at iva das decisões j udiciais, por m eio das súm ulas vinculant es e do encargo conferido
aos t ribunais de preencher in concret o os conceit os vagos ( conceit os j urídicos
indet erm inados e cláusulas gerais) , cada vez m ais ut ilizados pelo legislador, im possível é
recusar à j urisprudência a qualidade de font e do direit o.

Para além da sist em át ica das súm ulas vinculant es, que possuem disciplina
const it ucional ( art . 103- A, da CF) , o NCPC vai além e prevê inclusive um sist em a
processual que se aproxim a do com m om law ao prever o dever de o m agist rado
observar precedent es de t ribunais, not adam ent e dos t ribunais superiores ( STJ e
STF) .

Font es form ais ( prim árias e acessórias) e m at eriais 10


Out ra classificação é a que dist ingue norm as form ais de norm as m at eriais e, em
relação àquelas, classifica- as com o prim árias ou acessórias.
A font e form al prim ária é a lei. Font e por excelência do Direit o Processual, que
em basa um Est ado de Direit o. Além dela, t em os t am bém com o font es form ais,
porém secundárias, a analogia, o cost um e, os princípios gerais do direit o, as
súm ulas e os precedent es com carát er vinculant e dos t ribunais. Essas font es
secundárias são relevant es pois nosso ordenam ent o j urídico não com port a
lacunas, de form a que precisam os encont rar m eios de int egração do direit o.
Segundo a dout rina 11 , a font e form al é “ o m eio pelo qual a norm a se revela à
sociedade. No sist em a ít alo- germ ânico ( ou rom ano- germ ânico) , a font e form al
prim ária e im ediat a do direit o é a lei” .
Cont udo, dada a im possibilidade de a legislação prever t odas as sit uações
concret as e fut uras exist ent es e devido à evolução da sociedade, faz- se
necessário exist ir out ros m eios de auxiliares à lei para at ender às om issões

9
THEODORO JR., Hum bert o. Cu r so de D ir e it o Pr oce ssua l Civil, volum e 1, rev., at ual. e am pl.,
56ª edição, São Paulo: Edit ora Forense, 2016, p. 126.
10
GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. D ir e it o Pr oce ssua l Civil Esqu e m a t iza do. 2ª edição, rev.
e am pl., São Paulo: Edit ora Saraiva, 2012, p. 75.
11
DONI ZETTI , Elpídio. Cu r so D idá t ico de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. 19ª edição, São Paulo:
Edit ora At las S/ A, 2016, p. 6.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

legislat ivas, t ais com o a j urisprudência, analogia, cost um es, princípios gerais do
direit o e os precedent es.
Já as font es m at eriais ( ou não form ais) são aquelas que possuem podem de
orient ar a aplicação, a criação e o surgim ent o de norm as form ais. Cit a- se com o
exem plo a dout rina e a j urisprudência em carát er geral ( logo, sem considerar as
súm ulas e os precedent es de carát er obrigat ório) .
As font es m at eriais est ão relacionadas com fat ores sociais, polít icos, hist óricos,
cult urais e econôm icos que influenciam na criação da norm a j urídica 12 .
Esquem at izando, t em os:

Prim árias lei

analogia

Form ais

cost um es

princípios gerais
Secundárias
FON TES do direit o

dout rina súm ulas

Mat eriais j urisprudência precedent es


( com exceção obrigat órios
das súm ulas e
precedent es
obrigat órios)

Vam os seguir?!

12
DONI ZETTI , Elpídio. Cu r so D idá t ico de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. 19ª edição, São Paulo:
Edit ora At las S/ A, 2016, p. 6.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

3 - N or m a s Pr oce ssu a is Civis


Vam os com eçar a análise do NCPC?! Nest e capít ulo t rat arem os dos prim eiros 15
art igos do Código, os quais envolvem dois assunt os: a ) norm as fundam ent ais
do processo civil; e b) aplicação nas norm as processuais.
Ant es disso vam os falar sobre o devido processo legal, princípio basilar do Direit o
Processual Civil.

3 .1 - D e vido pr oce sso le ga l


O devido processo legal não est á previst o expressam ent e ent re os prim eiros
disposit ivos do NCPC. Cont udo, o ent endim ent o m aj orit ário da dout rina at ual é
no sent ido de que esse princípio const it ui a base do Direit o Processual Civil.
É um princípio considerado por part e da dout rina com o clá usula ge r a l, um a vez
que, segundo Nelson Nery Júnior 13 :
bast aria a norm a const it ucional haver adot ado o princípio do “ due processo of law” para que
daí decorressem t odas as consequências processuais que garant iam aos lit igant es o direit o
a um processo e a um a sent ença j ust a. É, por assim dizer, o gênero do qual t odos os dem ais
princípios const it ucionais do processo são espécie.

A fim de com preenderm os o referido princípio, façam os um a análise de cada um


dos seus t erm os:
 D e vido: a expressão “ devido” é um a expressão abert a e indet erm inada, cuj a
det erm inação ocorrerá com o decurso do t em po. Dest e m odo, busca- se reger o processo
conform e as regras ent endidas com o corret as à época em que se insere.
A noção de processo devido se agigant ou com o t em po, de m odo que processo devido,
at ualm ent e, envolve várias garant ias ( cont radit ório, igualdade, duração razoável do
processo, j uiz nat ural, m ot ivação, proibição da prova ilícit a) . Esse rol com preende o que
se denom ina de cont eúdo m ínim o do devido processo legal.
 Pr oce sso: m ét odo de produção de prova. É som ent e por int erm édio do processo que
é possível produzir provas a fim de buscar a prest ação da t ut ela j urisdicional.
 Le ga l: est ar de acordo com o direit o.

Para a dout rina de Fredie Didier Jr., o processo será devido se est iver de acordo
com o Direit o com o um t odo, const it uindo um a garant ia cont ra o exercício
abusivo.
Assim , o cont eúdo do princípio do devido processo legal é com plexo e envolve
t odo o conj unt o de direit os e garant ias processuais previst os, expressa e
im plicit am ent e, na Const it uição e na legislação processual.
Assim , t odas as regras que se seguirão definem o devido processo legal.
Adem ais, a dout rina discorre acerca das D I M EN SÕES do princípio do devido
processo legal.
 Pelo de vido pr oce sso le ga l su bst a n t ivo ent ende- se a aplicação do princípio da
r a zoa bilida de e da pr opor cion a lida de .

13
NERY JR., Nelson. Pr in cípios do Pr oce sso Civil n a Con st it u içã o Fe de r a l, 7ª edição. São
Paulo: Edit ora Revist a dos Tribunais, 2002, p. 75.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 Já pelo de vido pr oce sso j u dicia l ( ou for m a l) ent ende- se que t odo o pr oce sso de ve
se de se nvolve r se guin do r igor osa m e n t e os dit a m e s le ga is.

Em sínt ese:

• Princípio Processual Fundam ent al


PRI N CÍ PI O D O D EVI D O • Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade
PROCESSO LEGAL • Deve desenvolver de m odo a observar os dit am es
legais.

Ve j a com o o a ssunt o foi cobr a do e m pr ova s...

( TJ- AC/ Té cn ico Ju diciá r io/ 2 0 0 2 ) Acerca dos princípios const it ucionais do processo civil
relat ivos ao princípio do devido processo legal e seus consect ários lógicos, j ulgue os it ens a seguir.
Considera- se o princípio do devido processo legal um supraprincípio, em virt ude de consist ir em
um princípio base, nort eador dos dem ais princípios que devem ser observados no processo.
Com e n t á r ios
Est á cor r e t a a assert iva, t endo em vist a que ret rat a j ust am ent e a ideia do devido processo legal
com o basilar do sist em a processual civil, const it uindo verdadeiro supraprincípio.

No m esm o concurso foi cobrada a seguint e assert iva:


( TJ- AC/ Té cn ico Ju diciá r io/ 2 0 0 2 ) Acerca dos princípios const it ucionais do processo civil
relat ivos ao princípio do devido processo legal e seus consect ários lógicos, j ulgue os it ens a seguir.
O princípio do devido processo legal, considerado um a cláusula geral, é gerador de out ros
princípios, incidindo sobre t oda e qualquer at uação do Est ado.
Com e n t á r ios
Conform e analisado acim a, est á igualm ent e cor r e t a a assert iva.

Sobre a diferenciação ent re devido processo form al e devido processo


subst ancial, j á t ivem os:
( TC- D F/ Pr ocu r a dor / 2 0 1 3 ) Acerca da t rilogia est rut ural, dos princípios gerais e das part es que
podem at uar em um processo, j ulgue os it ens a seguir.
Em um a acepção subst ancial, ent ende- se que o princípio do devido processo legal represent a a
exigência e garant ia de que as norm as processuais sej am razoáveis, adequadas, proporcionais e
equilibradas, gerando um a correspondência com o princípio da proporcionalidade, na visão de
m uit os est udiosos.
Com e n t á r ios
Est á cor r e t a a assert iva, conform e explicit ado em aula. A vert ent e subst ancial do devido processo
im plica o reconhecim ent o da proporcionalidade e da razoabilidade; ao passo que a vert ent e form al
diz respeit o à observância das regras processuais est abelecidas na legislação.

3 .2 - N or m a s Fu n da m e n t a is do Pr oce sso Civil


O NCPC t raz, em seu capít ulo int rodut ório, as denom inadas “ nor m a s
funda m e nt a is do Pr oce sso Civil” . O legislador pret endeu reunir, nos prim eiros
12 art igos, as regras e os princípios que orient am t oda a codificação.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Pa r a com e ça r ...

princípios regras N ORM AS


processuais processuais P ROCESSUAI S

Parece algo sem m uit a relevância para fins de prova, m as não se engane! Esse
esquem a dem onst ra perfeit am ent e que os princípios possuem força cogent e.
Em bora não se confundam com as regras, os princípios possuem carát er
vinculat ivo e podem servir com o único fundam ent o para j ust ificar um a decisão
j udicial. Ao cont rário do que t ínham os há duas décadas, hoj e, m aj orit ariam ent e
( na dout rina, na j urisprudência e t am bém na legislação) , os princípios N ÃO sã o
a pe na s ve t or e s de int e r pr e t a çã o, m a s nor m a s!
Verem os, nesse t ópico, as bases que sust ent am t odo o Direit o Processual Civil
at ual, const it uídas por regras fundam ent ais e por princípios fundam ent ais.
Esse conj unt o de norm as nã o é e x a u st ivo ( ou num erus clausus) , de form a que
encont rarem os, ao longo do NCPC, out ras “ norm as fundam ent ais” explícit as e,
t am bém , im plícit as. As norm as im plícit as são aquelas que, em bora não escrit as,
podem ser ext raídas das regras e dos princípios expressam ent e prescrit os, por
int erm édio de um a int erpret ação sist em át ica.
Além disso, com o padrão em t odo ram o j urídico, t em os “ norm as fundam ent ais”
na Const it uição Federal ( CF) , diplom a fundam ent al hierarquicam ent e superior ao
NCPC ( que é um a lei infraconst it ucional, de carát er nacional) . A CF possui
algum as norm as processuais que são enquadradas com o garant ias fundam ent ais,
prescrit as especialm ent e no art . 5º . Essas garant ias, em razão da form a que
foram prescrit as, const it uem princípios fundam ent ais. Ent re eles, cit am os dois:
a) o princípio do devido processo legal, base do sist em a norm at ivo processual; e
b) os princípios do cont radit ório e da am pla defesa, que envolvem o direit o de
inform ação e part icipação processuais.
Se m a dia nt a r a ssunt os fut ur os, por or a você de ve sa be r :

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

N ORM AS
F UN D AM EN TAI S D O
P ROCESSO CI VI L
EN CON TRAM - SE:

na Const it uição
especialm ent e nos ao longo dos dem ais
Federal, com o
prim eiros 12 art igos do disposit ivos do NCPC,
princípios processuais
NCPC; de form a esparsa; e
fundam ent ais.

Vam os, ent ão, analisar quais são essas fam igeradas “ norm as fundam ent ais” ?!

Filt ragem const it ucional


O art . 1º do NCPC diz o óbvio e o que j á foi est udado acim a.
Art . 1º O processo civil será or de na do, disciplin a do e int e r pr e t a do conform e os va lor e s
e a s n or m a s fun da m e n t a is e st a be le cidos n a Con st it u içã o da República Federat iva do
Brasil, observando- se as disposições dest e Código.

A Const it uiçã o é a norm a m ais im port ant e do ordenam ent o e con for m a
( or ie nt a ) t oda a le gisla çã o in fr a const it uciona l e, port ant o, o processo civil
será ordenado, disciplinado e int erpret ado conform e a CF. De t oda form a, é
im port ant e conhecer o disposit ivo para não perder um a quest ão de prova lit eral.

Princípio da inércia da j urisdição


O princípio da inércia da j urisdição t em por finalidade garant ir a im parcialidade
do Juízo, im pondo à part e o dever de iniciar o processo. Esse princípio indica que
som ent e a part e pode iniciar o processo. Dit o de out ra form a, o Poder Judiciário
perm anece inert e at é ser provocado.
A análise m ais aprofundada desse princípio rem et e ao est udo de dois princípios
que dialogam ent re si. Por um lado, t em os o pr incípio disposit ivo, para iniciar
o processo, por out ro, o pr in cípio inquisit ivo, para im pulsioná- lo. Vej a:
Art . 2º O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial,
SALVO as e x ce çõe s pr e vist a s e m le i.

Assim ...

pr in cípio
“ com eça por iniciat iva da part e”
disposit ivo

pr in cípio
“ se desenvolve por im pulso oficial”
in qu isit ivo

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Qua l a r e la çã o e nt r e e sse s pr incípios? D E TOTAL D I VERGÊN CI A! I sso


m esm o! Muit o em bora am bos possam ser ext raídos de um m esm o art igo do
NCPC, cada um apont a para um lado.
De form a bem sim ples:
 A ideia cent ral do princípio disposit ivo é conferir à pa r t e do pr oce sso o ce nt r o da s
a t e n çõe s.
 A ideia cent ral do princípio inquisit ivo é conferir a o j u iz o ce n t r o da s a t e n çõe s.

Esses princípios são t ão im port ant es para o est udo do direit o processual que são
ut ilizados para j ust ificar os m odelos processuais.

E a qui va m os a pr ofu nda r um pouco...


No m odelo disposit ivo, o j uiz deve ficar inert e e a part e t em
a prerrogat iva de conduzir o processo. Nesse caso, o
j ulgador “ apenas” decidirá o caso est rit am ent e à luz das
argum ent ações, t eses e provas produzidas pelas part es. No m odelo inquisit ivo, o
j uiz at ua de form a int ervent iva, conduzindo o processo. Nesse caso, ele poderá
det erm inar a realização de det erm inada prova, orient ando ( conduzindo) o
processo para o desfecho final.
A depender do m odelo adot ado, o result ado final do processo poderá ser
diferent e, se conduzido pelas part es ou pelo j uiz. Sabem os que a ideia do
processo é decidir de form a j ust a, de acordo com as regras que com põem o
ordenam ent o j urídico. Dit o de form a t écnica, a finalidade do processo é ent regar
a t ut ela j urisdicional a quem é de direit o. Cont udo, é plenam ent e fact ível, na
prát ica, que as part es não percebam t odas as nuances do processo e o j uiz o
faça, result ando em um a sent ença diversa se o j uiz não pudesse produzir at os de
ofício.
Diant e disso, pergunt a- se: qua l é o m ode lo m a is a de qua do?
Dout rinariam ent e há m uit a discussão a respeit o. No Direit o Processual Penal
defende- se que o Juiz não pode at uar em defesa da vít im a para condenar o réu.
Em razão do princípio da presunção de inocência, o processo deve ser conduzido
exclusivam ent e por int eresse das part es. Cont udo, esse sist em a penal acusat ório
não é observado em sua int egralidade.
No Direit o Processual Civil t em os alguns valores peculiares de form a que a
inquisit oriedade é adm it ida. I sso fica pat ent e no disposit ivo que est am os
est udando. Num prim eiro m om ent o, o processo deve ser iniciado por desej o
m anifest o da part e ( princípio disposit ivo) , m as o seu desenvolvim ent o pode ser
conduzido pelo j uiz ( princípio inquisit ivo) , pois o Est ado ( aqui represent ado na
figura do j uiz) t em o obj et ivo de dar a cada um o que é seu.
Vej a algum as quest ões:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

( TRE- GO/ Ana list a Ju diciá r io - Ár e a Ju diciá r ia / 2 0 1 5 ) Com base no que dispõe o Código de
Processo Civil, j ulgue o it em seguint e.
No direit o processual civil, expressa disposição legal adm it e que o j uiz aj a de ofício e det erm ine
a produção de prova, o que const it ui exceção ao princípio conhecido com o disposit ivo.
Com e n t á r ios
Em bora prevaleça o princípio disposit ivo, t em os várias sit uações, ao longo do processo, em que
o m agist rado poderá agir de ofício na condução do processo. De acordo com o art . 370, do NCPC:
“ Art . 370. Caberá ao j uiz, de ofício ou a requerim ent o da part e, det erm inar as provas necessárias
ao j ulgam ent o do m érit o.
Parágrafo único. O j uiz indeferirá, em decisão fundam ent ada, as diligências inút eis ou m eram ent e
prot elat órias” .
Port ant o, est á cor r e t a a assert iva. Lem bre- se de que nenhum sist em a processual é int eiram ent e
fundam ent ado em um único princípio, sej a ele disposit ivo ou inquisit ivo.

Desse m odo, t e m os um sist e m a pr oce ssua l m ist o, com de st a que pa r a o


pr incípio disposit ivo. Eve nt ua lm e nt e t e m os a lgu m a s m a nife st a çõe s do
pr incípio inquisit ivo com o, por e x e m plo, na de t e r m ina çã o de pr ova s pe lo
j uiz. D e t odo m odo, o sist e m a é pr e ponde r a nt e m e nt e disposit ivo.
Va m os sint e t iza r ?!

se inicia por iniciat iva da


pr in cípio disposit ivo
part e
N OSSO SI STEM A
PROCESSUAL É M I STO
PORQUE
se desenvolve por im pulso
pr in cípio in qu isit ivo
oficial

Vej a com o o assunt o foi explorado em provas:

( TCM - GO/ Pr ocu r a dor do M inist é r io Pú blico de Cont a s/ 2 0 1 5 - a da pt a da ) Considere os


art igos da lei processual civil e j ulgue o it em seguint e:
O princípio da inércia prevê que nenhum j uiz prest ará a t ut ela j urisdicional senão quando a part e
ou o int eressado a requerer, nos casos e form a legais.
Com e n t á r ios
É j ust am ent e esse o conceit o de inércia da j urisdição, de m odo que est á cor r e t a a assert iva.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A part e final do art . 2º m enciona que o processo se desenvolve por “ im pulso oficial” , com o vim os.
Apenas para evit ar perder quest ões em razão de nom enclat ura, part e da dout rina ent ende que
essa referência const it ui o denom inado princípio do im pulso oficial ( ou da dem anda) .
O ent endim ent o é no sent ido de que, um a vez provocada a j urisdição, const it ui int eresse público
ver a dem anda resolvida, de m odo que o m agist rado deve conduzir o processo ao desfecho final.

Princípio da inafast abilidade da at uação j urisdicional


O art . 3º , do NCPC, ret om a o inc. XXXV, do art . 5º , da CF, o qual disciplina que
a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou am eaça a direit o.
Not e que a redação do NCPC é idênt ica à da Const it uição:
Art . 3 o N ÃO se e x clu ir á da a pr e cia çã o j u r isdicion a l a m e a ça ou le sã o a dir e it o.

Tam bém conhecido com o princípio do acesso à Just iça ou da ubiquidade, o art igo
rem et e à ideia de que o Poder Judiciário apreciará a lesão ou am eaça à lesão de
direit o. O Est ado t em o dever de responder ao j urisdicionado ( quem ingressa com
um a ação em Juízo) , proferindo um a decisão, m esm o que negat iva.
Além disso, a garant ia de recorrer à defesa est at al abrange duas perspect ivas:
1 ª pe r spe ct iva – lesões j á ocorridas.
Aquele que se sent iu lesado, poderá buscar reparação à violação perant e o Poder
Judiciário.
2 ª pe r spe ct iva – am eaça de lesão.
A pessoa poderá buscar prot eção j urisdicional a fim de evit ar que haj a lesão a direit o.

Cont udo, o art . 3º não se encerra no caput cit ado acim a. Ele possui parágrafos
que dão o t om da im port ância conferida pelo Direit o Processual Civil aos
m ecanism os alt ernat ivos de solução de conflit os ( t am bém conhecidos com o
inst rum ent os consensuais) .
Parece paradoxal falar em inafast abilidade da j urisdição
frent e aos m ecanism os alt ernat ivos, m as não é. At e nçã o! A
j urisdição é inafast ável, port ant o, é um direit o do cidadão e
dever do Est ado. Cont udo, a j urisdição não é m onopólio do Est ado. Os cidadãos
podem – e o Est ado os incent iva – buscar out ros inst rum ent os para resolução
dos seus conflit os.
I sso leva a out ro quest ionam ent o: a s pe ssoa s pode m se va le r de qua isque r
m e ios pa r a a r e soluçã o de conflit os? Um a pe ssoa pode a m e a ça r out r a
com o in t uit o de “pa cifica r ” a lgum a cont r ové r sia ? Adm it e - se que du a s
pe ssoa s e nt r e m e m via s de fa t o pa r a r e solve r se us pr oble m a s?
Evide nt e m e nt e que nã o! As part es apenas podem ut ilizar os m eios alt ernat ivos
de solução de conflit os que est ej am previst os na legislação processual civil.
Podem se valer, port ant o, da arbit ragem , da conciliação e da m ediação, t odos
previst os nos parágrafos abaixo:
§ 1 o É pe r m it ida a arbit ragem , na form a da lei.
§ 2 o O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos conflit os.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

§ 3 o A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de conflit os de ve r ã o


se r e st im ula dos por j uízes, advogados, defensores públicos e m em bros do Minist ério
Público, inclusive no curso do processo j udicial.

De acordo com part e da dout rina, esses disposit ivos evidenciam o princípio da
pr om oçã o pe lo Est a do da soluçã o por a ut ocom posiçã o. Assim , sem pre que
possível, o Est ado deve procurar form as consensuais de solucionar os conflit os.
Verifique que essa responsabilidade de est im ular os m ét odos consensuais é dever
do Juízes, dos advogados, do Minist ério Público e dos Defensores Públicos.
Vej a com o o assunt o foi abordado em prova de concurso público:

( D PE- ES/ D e fe n sor Pú blico/ 2 0 1 2 ) Acerca dos princípios da j urisdição, j ulgue o it em abaixo.
O princípio da inafast abilidade diz respeit o à vinculação obrigat ória das part es ao processo, que
passam a int egrar a relação processual em um est ado de suj eição aos efeit os da decisão
j urisdicional.
Com e n t á r ios
Nessa quest ão há confusão ent re o princípio da inevit abilidade e o da inafast abilidade. Logo, a
assert iva é in cor r e t a .

Não confunda!
O princípio da inevit abilidade refere- se à vinculação das part es ao processo. Um a
vez envolvidas na dem anda, as part es do processo vinculam - se à relação
processual em est ado de suj eição aos efeit os da decisão j urisdicional.
O princípio da inevit abilidade é verificado em dois m om ent os dist int os:
a) quando os suj eit os do processo – int egrant es da relação j urídica
processual – não podem , ainda que não concordem , deixar de cum prir o
cham ado j urisdicional.
b) quando, em consequência da int egração obrigat ória, os suj eit os do
processo est ão vinculados aos efeit os da decisão j udicial, do m esm o m odo,
ainda que não concordem .
O princípio da inafast abilidade, por sua vez, define que a lei não pode excluir
am eaça ou lesão a direit o do crivo do Poder Judiciário.

Diz respeit o à vinculação obrigat ória das part es ao


pr in cípio da processo, que passam a int egrar a relação
in e vit a bilida de processual em um est ado de suj eição aos efeit os
da decisão j urisdicional.

pr in cípio da Não se excluirá da apreciação j urisdicional


in a fa st a bilida de am eaça ou lesão a direit o

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Princípio da celeridade
Novam ent e est am os diant e de um princípio previst o na Const it uição. Frut o da
Em enda Const it ucional nº 45/ 2004, o inc. LXXVI I I prevê que a t odos, no âm bit o
j udicial e adm inist rat ivo, são assegurados a r a zoá ve l dur a çã o do pr oce sso e
os m eios que garant am a ce le r ida de de sua t r a m it a çã o.
Esse regram ent o é crit icado na m edida em que dá a ent ender que o processo
deve ser rápido ( célere) . Cont udo, a com preensão corret a é no sent ido de que o
processo deve ser eficient e. Vale dizer, o obj et ivo é che ga r a o r e sult a do com
o m e nor núm e r o de a t os pr oce ssua is. Consequência diret a da efet ividade é
a celeridade. Assim , a depender da com plexidade da causa, o processo poderá
dem orar m ais ou m enos t em po, m as não pode perdurar m ais do que o razoável.
À luz disso, prevê o art . 4º , do NCPC:
Art . 4º As part es t êm o dir e it o de obt e r e m pr a zo r a zoá ve l a solu çã o int e gr a l do
m é r it o, in clu ída a a t ivida de sa t isfa t iva .

Além do expost o, duas expressões são relevant es nesse disposit ivo:

solução int egral at ividade


de m érit o sat isfat iva

Ao se falar em “ soluçã o int e gr a l de m é r it o” ent ende- se que t oda a condução


do processo deve ser dest inada à finalidade do processo, que é a decisão de
m érit o. O j uiz deve – após t odo o t râm it e processual – prest ar a t ut ela
j urisdicional, decidindo efet ivam ent e sobre o conflit o. Evident em ent e que em
det erm inadas sit uações não será possível at ingir o m érit o. Mas, se o vício no
processo for sanável ( corrigível) , é dever do m agist rado possibilit ar à part e que
o ret ifique para que t enham os a decisão final de m érit o.
Em razão disso, por exem plo, o Juiz não pode indeferir um a pet ição inicial por
algum defeit o processual ant es de oport unizar ao aut or a ret ificação.
No capít ulo int rodut ório dest a aula vim os que a prest ação j urisdicional deve ser
sat isfat iva, pois, além de conhecer o conflit o ( decidir) , o m agist rado deve
em preender m eios para cum prir o que fora decidido.
Confira com o o assunt o foi explorado em concurso público:

( BAH I AGÁS/ An a list a de Pr oce ssos Or ga n iza ciona is – D ir e it o/ 2 0 1 6 ) O novo CPC t rouxe
m udanças im port ant es que alt eram subst ancialm ent e o processo civil. Com base no Novo Código
de Processo Civil, j ulgue a assert iva abaixo:
Ações Repet it ivas: foi criada um a ferram ent a para dar a m esm a decisão a m ilhares de ações
iguais, por exem plo, planos de saúde, operadoras de t elefonia, bancos, et c., dando m ais
celeridade aos processos na prim eira inst ância.
Com e n t á r ios
Ent re as diversas form as de m anifest ação do princípio da celeridade no NCPC, t em os a figura
processual das ações repet it ivas, de form a que est á cor r e t a a assert iva.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Vej am os m ais um a quest ão:


( Câ m a r a dos D e put a dos/ Ana list a Le gisla t ivo/ 2 0 1 4 )
Acerca dos fundam ent os e princípios do direit o processual civil, j ulgue o it em subsequent e.
A razoável duração do processo foi elevada a garant ia const it ucional, m as é preciso que a
preocupação com a celeridade não com prom et a a segurança do processo.
Explicit am ent e, passa- se a falar em duração razoável do processo com a Em enda Const it ucional
nº 45/ 2004, ao acrescer o inc. LXXVI I I ao art . 5º , assim dispondo: “ a t odos, no âm bit o j udicial e
adm inist rat ivo, são assegurados a razoável duração do processo e os m eios que garant am a
celeridade de sua t ram it ação” .
O referido princípio obriga os m agist rados a conduzirem o procedim ent o com eficiência, ou sej a,
com a celeridade possível, conform e a com plexidade do processo. Port ant o, celeridade e
segurança processual devem sem pre andar j unt as, de form a que a assert iva est á corret a.

Princípio da boa- fé processual


Esse princípio vem expresso no art . 5º , do NCPC:
Art . 5º Aquele que de qualquer form a part icipa do processo de ve com por t a r - se de a cor do
com a boa - fé .

Para com preender esse princípio, prim eiram ent e devem os diferenciar a boa- fé
obj et iva da subj et iva.
Com o o nom e indica, a boa- fé subj et iva refere- se à pessoa ( ao suj eit o) . Assim ,
age em boa- fé a pessoa que a cr e dit a est ar at uando de acordo com o direit o.
Boa- fé subj et iva é crença.
A boa- fé que t rat am os aqui é a obj et iva, segundo a qual o com por t a m e nt o
hum a no de ve e st a r pa ut a do e m confor m ida de com um pa dr ã o é t ico de
condut a , independent em ent e da crença da pessoa.
A boa- fé obj et iva é um a cláusula geral, significa dizer, const it ui um a norm a
j urídica const ruída de form a indet erm inada, t ant o em referência à hipót ese
norm at iva, com o em relação à consequência.
Aqui t e m os que a pr ofu nda r ...
Vam os dist inguir cláusula geral de conceit o j urídico
indet erm inado. Am bos t rat am de conceit o vago.

CON CEI TO JURÍ D I CO


CLÁUSULA GERAL
I N D ETERM I N AD O

O legislador define bem a consequência, O legislador define que t ant o a hipót ese de
m as perm it e a variação da hipót ese de incidência quant o a de consequência são
incidência. variáveis.

A hipót ese norm at iva descreve a sit uação regulada pela norm a. A consequência
é o efeit o j urídico do fat o descrit o na norm a. Assim , t oda vez que algum a condut a

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

se adequar à hipót ese norm at iva, decorre a consequência. Essa é a ideia básica
de subsunção do fat o à norm a.
Por exem plo, incorrer na violação ao direit o de im agem de out rem ( hipót ese de
incidência) poderá acarret ar a reparação dos danos m at eriais e m orais causados
( consequência j urídica) .
Assim ...
D I VULGAR
I N D EVI D AM EN TE
fat o j urídico
A I M AGEM D E UM A
PESSOA

violação ao direit o de im agem , prescrit o no


H I PÓTESE D E
art . 5º , X e XXI I I , da CF, com binado com
I N CI D ÊN CI A
disposit ivos do CC

CON SEQUÊN CI A dever de indenizar

No exem plo, t ant o a hipót ese de incidência quant o a de consequência est ão bem
definidas na norm a.
No caso de conceit o j urídico indet erm inado, a hipót ese de incidência não est á
bem delim it ada.
Por exem plo, o art . 104, do NCPC, est abelece que o advogado não poderá
post ular em j uízo sem procuração, salvo, ent re out ras hipót eses, para prat icar
at o considerado urgent e. A consequência é sabida, a im possibilidade de prat icar
at os sem procuração. A hipót ese de incidência, t odavia, depende de
concret ização do m agist rado ao delinear, naquele caso concret o, se o at o
prat icado é ou não urgent e.
No caso de cláusula geral, nem um nem out ro est ão delim it ados.
Por exem plo, não t em os a definição da hipót ese de incidência do que é boa- fé.
Do m esm o m odo, não sabem os, a priori, qual a consequência decorrent e do
descum prim ent o do dever das part es agir com boa- fé. Port ant o, o princípio da
boa- fé é cláusula geral.
São t am bém exem plos de cláusula geral, a função social da propriedade e o
princípio do devido processo legal.
Port ant o, o pr incípio da boa - fé obj e t iva pr oce ssua l é um a clá usula ge r a l
que im põe que a s pa r t e s, com o o Juiz, o pe r it o, o a dvoga do, a
t e st e m unha , que a j a m no pr oce sso e m r e spe it o a os pa dr õe s é t icos de
condut a .
Para encerrar o t ópico, confira com o o assunt o foi abordado em concurso:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

( Pr ocu r a dor Ge r a l da Re pública / 2 0 1 5 - a da pt a da ) Julgue:


O princípio da boa- fé obj et iva proíbe que a part e assum a com port am ent os cont radit órios no
desenvolvim ent o da relação processual, o que result a na vedação do venire cont ra fact um
proprium , aplicável t am bém ao direit o processual.
Com e n t á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Um a das decorrências do princípio da boa- fé processual é j ust am ent e
a vedação ao com port am ent o cont radit ório. A m áxim a do venire cont ra fact um proprium não
perm it e que det erm inada pessoa exerça direit o da qual é t it ular, cont rariando com port am ent os
ant eriores. Em bora est ej a dent ro da sua at uação legal, fere o dever de confiança e de lealdade,
const it uindo ação de m á- fé.

De acordo com a dout rina, para que o com port am ent o cont radit ório sej a vedado
é necessário verificar quat ro pressupost os:
1 – com port am ent o inicial;
2 – relação de confiança na m anut enção do padrão de condut a;
3 – com port am ent o cont radit ório; e
4 – dano ou pot encial dano em razão da cont radição.

Para abalizar, confira excert o da j urisprudência do STJ14 . Nesse j ulgado, o STJ


reconheceu a at uação cont radit ória, na m edida em que a part e alegou
diversam ent e dat as de int im ação, ferindo o princípio da boa- fé obj et iva:

1. " Os princípios da segurança j urídica e da boa- fé obj et iva, bem com o a vedação ao
com port am ent o cont radit ório ( venire cont ra fact um proprium ) , im pedem que a part e, após
prat icar at o em det erm inado sent ido, venha a adot ar com port am ent o post erior e
cont radit ório" ( AgRg no REsp 1099550/ SP, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LI MA, QUI NTA
TURMA, DJe 29/ 03/ 2010) . 2. Agravo regim ent al a que se nega provim ent o.

Princípio da cooperação
No CPC73 esse princípio era im plícit o. No NCPC ele est á expresso no art . 6º e
const it ui um a norm a fundam ent al para o Direit o Processual Civil. Afirm a- se que
esse disposit ivo revela um novo m odelo processual: o m odelo cooperat ivo de
processo, no qual t odas as part es envolvidas na relação processual devem at uar
de form a cooperat iva.
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

M a s com o e x igir que a ut or e r é u – a dve r sá r ios n o pr oce sso – se j a m


coope r a t ivos?

14
AgRg no AREsp 569.940/ RJ, Rel. Minist ra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª Turm a, j ulgado em
02/ 10/ 2014, DJe 13/ 10/ 2014.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O processo cooperat ivo fica ent re dois ext rem os: ent re o processo publicist a e o
processo adversarial. No prim eiro caso, t em os a preponderância da figura do j uiz,
grande personagem do processo, det ent or de diversos poderes. No segundo caso,
há proem inência das part es, a quem cabe conduzir o processo; ao j uiz com pet e
t ão som ent e a decisão.
O princípio da cooperação post ula por um equilíbrio, sem preponderância das
part es ou do m agist rado. Na realidade, t odos os envolvidos no processo ( part es,
j uiz, t est em unhas, perit os, servidores, advogados) devem at uar de form a
cooperat iva, em respeit o às regras de lealdade. Nesse aspect o, podem os afirm ar
que o princípio da cooperação se aproxim a do princípio da boa- fé obj et iva.
Desse m odo, ao se falar em cooperação não se pret ende que aut or e réu se
aj udem m ut uam ent e, o que é im possível, m as que am bos at uem com
observância aos deveres de boa- fé.
Didat icam ent e, ext rai- se do princípio da cooperação quat ro deveres, os quais
est ão at relados à at it ude do m agist rado na condução do processo. Em relação às
part es, a m anifest ação do princípio se aproxim a do dever de agir conform e os
padrões ét icos de condut a.
São deveres decorrent es do princípio da cooperação:

O PRI N CÍ PI O D A
COOPERAÇÃO I M PÕE
QUATRO D EVERES AO JUI Z

dever de
dever de consult a dever de prevenção dever de auxílio
esclarecim ent o

O de ve r de consult a im põe ao j uiz dialogar com as part es e, especialm ent e,


consult ar as part es, sobre o que não se m anifest aram , ant es de proferir qualquer
decisão.
Por exem plo, a prévia oit iva das part es ant es de decidir det erm inada m at éria,
ainda que ela se refira a assunt o que possa ser decidido de ofício.
O de ve r de pr e ve nçã o t orna necessário ao j uiz apont ar falhas processuais a fim
de não com prom et er a prest ação de t ut ela j urisdicional.
Por exem plo, ident ificada a ausência de algum pressupost o ou vício processual,
o Juiz t em o dever de prevenir as part es quant o às consequências, não podendo
ficar inert e para evit ar um a decisão de m érit o.
O de ve r de e scla r e cim e nt o revela- se pelo dever de decidir de form a clara e,
ao m esm o t em po, de int im ar a esclarecerem fat os não com preendidos nas
m anifest ações das part es.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Por exem plo, o m agist rado não pode indeferir um requerim ent o ou pedido por
não conhecer o pedido da part e.
O de ve r de a ux ílio rem et e à rem oção de obst áculos processuais, a fim de
possibilit ar às part es o cum prim ent o adequado dos seus direit os, das suas
faculdades, dos seus ônus e dos deveres processuais.
Por exem plo, o art . 373, §1º , do NCPC, prevê a possibilidade de m odificação do
ônus da prova diant e de peculiaridades da causa relacionadas à im possibilidade
ou à excessiva dificuldade de cum prir o encargo ou à m aior facilidade de obt enção
da prova do fat o cont rário, poderá o j uiz at ribuir o ônus da prova de m odo
diverso, desde que o faça por decisão fundam ent ada, caso em que deverá dar à
part e a oport unidade de se desincum bir do ônus que lhe foi at ribuído.
Para encerrar, confira com o o assunt o foi explorado em prova de concurso:

( Pr e fe it u r a de Qu ix a dá - CE/ 2 0 1 6 - a da pt a da ) Julgue:
O princípio da cooperação, consagrado no art . 6º do CPC/ 2015, é um corolário do princípio da
boa- fé, gerando o dever de assim agir às part es e ao j uiz, m as não aos auxiliares da j ust iça, pois
est es não part icipam do processo de form a diret a, não sendo razoável a exigência de t al
com port am ent o.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a .
O erro dessa assert iva fica evident e ao referir que o princípio da cooperação não se aplica aos
“ auxiliares da j ust iça, pois est es não part icipam do processo...” . É im port ant e frisar que t odos os
suj eit os do processo, inclusive os auxiliares de j ust iça ( ex. servidores servent uários) devem
observar o princípio da cooperação.

Vej am os m ais um a quest ão:


( TCE- RN / Au dit or / 2 0 1 5 )
Um sist em a processual civil que não proporcione à sociedade o reconhecim ent o e a realização
dos direit os, am eaçados ou violados, que t em cada um dos j urisdicionados, não se harm oniza
com as garant ias const it ucionais de um Est ado Dem ocrát ico de Direit o.
Com issão de Jurist as – Senado Federal, PL n.º 166/ 2010, Exposição de m ot ivos, Brasília,
8/ 6/ 2010.
Tendo com o referência inicial o fragm ent o de t ext o ant erior, adapt ado da exposição de m ot ivos
do Novo Código de Processo Civil, j ulgue os it ens a seguir de acordo com a t eoria geral do
processo e as norm as do processo civil cont em porâneo.
O princípio da cooperação processual se relaciona à prest ação efet iva da t ut ela j urisdicional e
represent a a obrigat oriedade de part icipação am pla de t odos os suj eit os do processo, de m odo a
se t er um a decisão de m érit o j ust a e efet iva em t em po razoável.
Com e n t á r ios
Trat a- se de quest ão didát ica, que sint et iza corret am ent e a ideia por t rás do princípio da
cooperação, pelo que est á cor r e t a .
A cooperação com o princípio deve ser com preendida no sent ido de “ cooperar” , ou sej a, de operar
j unt os, t rabalhar j unt os na const rução do result ado do processo. Desse m odo, t odos os suj eit os

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

dos processos ( e não apenas as part es) devem at uar de form a ét ica, leal, sem criar vícios ou
im pedim ent os. Pret ende- se chegar ao fim do processo, com a resolução do m érit o do conflit o.

De acordo com a dout rina, o princípio da cooperação caract eriza- se por:

CARACTERÍ STI CAS D O PRI N CÍ PI O D A COOPERAÇÃO

• Aplica- se a t odos os suj eit os do processo;


• Decorre do princípio da boa- fé obj et iva;
• Evit ar as at it udes e at os procrast inat órios ao processo;
• Busca a celeridade processual.

Princípio da igualdade no processo


Tam bém conhecido com o princípio da isonom ia ou da paridade de arm as, esse
princípio vem previst o expressam ent e no art . 7º , do NCPC.
Art . 7 o É assegurada às part es pa r ida de de t r a t a m e n t o e m r e la çã o a o e x e r cício de
dir e it os e fa cu lda de s pr oce ssua is, a os m e ios de de fe sa , a os ônu s, a os de ve r e s e à
a plica çã o de sa n çõe s pr oce ssua is, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.

O disposit ivo é claro em inform ar que a paridade de t rat am ent o se dá em relação:


 ao exercício dos direit os e faculdades processuais;
 aos m eios de defesa;
 aos ônus;
 aos deveres; e
 à aplicação de sanções processuais.

Com o você pode perceber, esse disposit ivo é abert o e confere m argem de
int egração pelo j uiz no caso concret o. Com o exem plo de aplicação podem os cit ar
a possibilidade de dilat ação de prazos processuais ou at é m esm o a alt eração da
ordem de produção dos m eios de prova previst o no art . 139, VI , do NCPC, que
t em por finalidade possibilit ar o cont radit ório em igualdade de condições.
O assunt o foi explorado da seguint e form a em concurso público:

( Câ m a r a dos D e pu t a dos/ Ana list a Le gisla t ivo/ 2 0 1 4 ) Julgue os seguint es it ens, relat ivos aos
princípios gerais e norm as processuais civis.
O princípio da isonom ia garant e às part es o direit o de produzir as provas, de int erpor recursos
cont ra decisões j udiciais e de se m anifest ar sobre docum ent os j unt ados aos aut os do processo
j udicial.
Com e n t á r ios
Est á in cor r e t a a assert iva. A quest ão t rat a do princípio do cont radit ório e não do princípio da
isonom ia ou igualdade. Com o vim os acim a, o princípio da isonom ia confere a paridade de arm as
às part es.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Herm enêut ica processual civil


No art . 8º do NCPC, o legislador definiu parâm et ros que devem ser ut ilizados pelo
m agist rado na int erpret ação e na aplicação das norm as processuais civis. São
eles:

at endim ent o aos


fins sociais e às dignidade da pessoa
proporcionalidade razoabilidade
exigências do bem hum ana
com um

legalidade publicidade eficiência

Vej a que t odos esses parâm et ros const am do disposit ivo abaixo:
Art . 8 o Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz a t e n de r á a os fin s socia is e à s
e x igê n cia s do be m com u m , resguardando e prom ovendo a dign ida de da pe ssoa
h u m a na e observando a pr opor cion a lida de , a r a zoa bilida de , a le ga lida de , a
pu blicida de e a e ficiê n cia .

Vam os, na sequência, analisar obj et ivam ent e alguns desses parâm et ros:

At endim ent o aos fins sociais e às exigências do bem com um


Esse prim eiro parâm et ro é reproduzido do art . 4º , da Lei nº 12.376/ 2010,
conhecida com o Lei de I nt rodução às Norm as do Direit o Brasileiro ( LI NDB) .
Ao se falar em at endim ent o aos fins sociais e às exigências do bem com um ,
im põe- se ao j uiz o dever de considerar na int erpret ação e na aplicação da lei, a
própria finalidade do Direit o, que é regrar a vida em sociedade.

Dignidade da pessoa hum ana


Tem os aqui a dim ensão processual do princípio da dignidade da pessoa hum ana.
Em bora sej a m ais fácil falar em dignidade quando nos referim os a regras de
direit o m at erial, o t rat am ent o no boj o de um processo deve se desenvolver com
respeit o à dignidade, de m odo que não é adm it ido aplicar ou int erpret ar as
norm as processuais com violação dos direit os m ais básicos das pessoas.
De acordo com Fredie Didier Jr. 15 , ao reconhecer esse princípio com o de cont eúdo
com plexo, o NCPC enuncia “ a dignidade da pessoa hum ana pode ser considerada
com o sobreprincípio const it ucional, do qual t odos os princípios e regras relat ivas
aos direit os fundam ent ais seriam derivação” , inclusive os processuais.

15
DI DI ER JR., Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 76.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Proporcionalidade e Razoabilidade
Esses princípios são t rat ados com o sinônim os por grande part e da dout rina e,
inclusive em m uit as provas, são t rat ados com o sinônim os. Cont udo, para um a
quest ão um pouco m ais aprofundada, é im port ant e dist ingui- los, ainda que
obj et ivam ent e.
O princípio da proporcionalidade indica a necessidade de ot im ização do princípio
da legalidade, ao exigir que os m e ios se j a m pr opor ciona is a os fin s busca dos.
O princípio da razoabilidade ot im iza o princípio da igualdade e im põe um a série
de deveres:
 dever de equidade: consideração na aplicação da norm a j urídica daquilo que realm ent e
acont ece;
 dever de at enção à realidade: efet iva ocorrência do fat o que aut oriza a incidência da
norm a;
 dever de equivalência na aplicação do direit o: equivalência ent re a m edida e o crit ério
que a dim ensiona.

Legalidade
A legalidade aqui deve ser com preendida com o o respeit o ao direit o com o um
t odo e não apenas a observância da lei. Port ant o, a legalidade da qual se fala,
para a herm enêut ica processual, rem et e à ideia de r e spe it o a o or de na m e nt o
j ur ídico com o u m t odo.
De t oda form a, com o você perceberá ao longo do curso, o princípio da legalidade
exige nova consideração, ou m elhor, um a ressignificação. I sso porque na
t em át ica do NCPC há o dever de observância dos precedent es j udicias e da
j urisprudência dos t ribunais.
Ao cont rário do CPC73, no qual a lei era a única font e do Direit o, hoj e t em os os
precedent es j udiciais com o out ra relevant e font e. Port ant o, a form a corret a de
se perceber esse princípio é a legalidade em sent ido m at erial, por int erm édio do
qual o Juiz deve decidir com base no Direit o com o um t odo e não apenas com
base na lei.

Eficiência
A ideia de eficiência no Direit o Processual Civil era im plícit a no CPC73, ext raível
principalm ent e da noção de celeridade processual. Com a previsão no NCPC,
podem os falar que o j uiz, na condução do processo, t orna- se gest or. Ao conduzir
o processo para o seu fim – que é a prest ação da t ut ela j urisdicional – im põe- se
a necessidade de que sej a observada a eficiência.
A sínt ese da eficiência conduz à ideia de r a ciona liza çã o, ou sej a, com m e nos
r e cur sos e e ne r gia , a t ingir a o m á x im o a fin a lida de . Essa gest ão prat icada
pelo m agist rado ocorrerá na int erpret ação e na aplicação da norm a, na m edida
em que deve conduzir as decisões e o rum o do processo de form a a obt er um
processo eficient e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Princípio do Cont radit ório


O princípio do cont radit ório im põe que ne n hu m a de cisã o se j a t om a da se m
pr é via oit iva da s pa r t e s, ainda m ais se for cont rária aos seus int eresses. É
j ust am ent e isso que const a do caput do art . 9º , do NCPC:
Art . 9º N ÃO se proferirá de cisã o con t r a u m a da s pa r t e s se m qu e e la se j a pr e via m e n t e
ou vida .

Tal com o o princípio do devido processo legal, o princípio do cont radit ório
com port a duas D I M EN SÕES.
 Pela dim e nsã o for m a l refere- se ao dir e it o de pa r t icipa r do pr oce sso
( ser ouvido) .
 Já pela dim e nsã o m a t e r ia l refere- se ao pode r de in flue n cia r na
de cisã o.
Assim , o j uiz não pode decidir nenhum a quest ão a respeit o da qual não se t enha
dado a oport unidade de a part e se m anifest ar.
Observe- se, ainda, que o aspect o m at erial do princípio do cont radit ório é t am bém
denom inado de princípio da am pla defesa, ou sej a, é o poder de influenciar na
decisão a ser proferida pelo m agist rado.

direit o de
PRI N CÍ PI O D O dim ensão
part icipar do
CON TRAD I TÓRI O form al
processo

possibilidade
PRI N CÍ PI O D A dim ensão efet iva de
AM PLA D EFESA m at erial influir na
decisão

É enfát ica a previsão que t em por finalidade evit ar as denom inadas “ decisões
surpresa” . Assim , a regra é que a part e sej a int im ada a se m anifest ar, para que
possa efet ivam ent e influir no cont eúdo da decisão ant es de ela ser proferida.
Há, cont udo, e x ce çõe s. Nos parágrafos do art . 9º há a m it igação desse princípio,
hipót eses em que o cont radit ório não se dá previam ent e à decisão.
Parágrafo único. O dispost o no caput N ÃO SE APLI CA:
I - à t u t e la pr ovisór ia de u r gê ncia ;
I I - às h ipót e se s de t u t e la da e vidê n cia previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

Didat icam ent e, podem os afirm ar que as exceções são duas:


 t ut elas de urgência; e
 t ut elas de evidência.

Nesses dois casos, o cont radit ório será resguardado, porém , em m om ent o
ult erior. Fala- se, port ant o, em cont r a dit ór io dife r ido.
O que se r ia m e ssa s t ut e la s de ur gê n cia e de
e vidê ncia ?

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

No cont ext o das decisões j udiciais, a t ut ela poderá ser definit iva ou provisória. A
t ut ela provisória é aquela ( com o o próprio nom e nos indica) não definit iva, de
form a que exigem confirm ação post erior, por int erm édio de um a t ut ela definit iva
( a sent ença, o acórdão) .
As t ut e la s pr ovisór ia s pode m se r de ur gê ncia ou de e vidê ncia . Novam ent e,
prest e at enção ao nom e!
Será de urgência quando houver de m onst r a çã o de pr oba bilida de do dir e it o
e pe r igo de da no ou r isco a o r e sult a do út il do pr oce sso na form a do art .
300, do NCPC. Essas t ut elas de urgência podem ser, ainda, subclassificadas em
t ut elas de urgência sat isfat iva ( ou ant ecipada) ou t ut elas de urgência caut elar.
Ra pida m e nt e ...

t u t e la s de
a t ut ela de urgência ant ecipada assegura a
u r gê n cia
efet ividade do direit o m at erial
sa t isfa t iva

t u t e la s de
a t ut ela de urgência caut elar assegura a efet ividade
u r gê n cia
do direit o processual
ca u t e la r

Aqui, exem plos auxiliam m uit o a com preensão do t em a.


Um pedido lim inar para int ernação da pessoa para realização de cirurgia
em ergencial é exem plo de t ut ela de urgência sat isfat iva. Nesse caso, a sent ença
definit iva irá confirm ar o direit o m at erial pret endido, qual sej a, o de ser int ernado
para realização de cirurgia em ergencial.
Um pedido lim inar para pleit ear a indisponibilidade dos bens do devedor que est á
se desfazendo do pat rim ônio t em por finalidade assegurar o result ado út il do
processo. Não est á assegurando propriam ent e o direit o m at erial, m as prevendo
m eios ( processuais) de, ao final, com a sent ença que o condena devedor, t er
condições de assegurar a efet iva prest ação j urisdicional. Nesse caso, a t ut ela é
caut elar.
Agora, serão de evidência as t ut elas que se enquadrarem em sit uações
específicas previst as no art . 311 e 701, am bos do NCPC. Nesse caso, o direit o da
pessoa é t ão evident e que o cam inho para obt enção do provim ent o j udicial
favorável pode ser encurt ado ou, em razão da at it ude prot elat ória da out ra part e,
o m agist rado confere rapidez ao provim ent o com o form a de puni- la.
Para nós, int eressam t rês sit uações nas quais adm it e- se o diferim ent o do
cont radit ório:
 a r t . 3 1 1 , I I , do N CPC: “ as alegações de fat o puderem ser com provadas apenas
docum ent alm ent e e houver t ese firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos ou em
súm ula vinculant e” ; e
 a r t . 3 1 1 , I I I , do N CPC: “ se t rat ar de pedido reipersecut ório fundado em prova
docum ent al adequada do cont rat o de depósit o, caso em que será decret ada a ordem de
ent rega do obj et o cust odiado, sob com inação de m ult a” ;
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 a r t . 7 0 1 , do N CPC: “ sendo evident e o direit o do aut or, o j uiz deferirá a expedição de


m andado de pagam ent o, de ent rega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou
de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 dias para o cum prim ent o e o pagam ent o de
honorários advocat ícios de cinco por cent o do valor at ribuído à causa” .

Desse m odo, pela leit ura acim a e a part ir dos incisos do art . 9º do NCPC,
chegam os à conclusão de que a m it igação do cont radit ório é sem pre possível
desde que est ej am os diant e de um a t ut ela provisória.
Em relação ao inc. I do art . 9º do NCPC, é possível m it igar o cont radit ório diant e
de t ut ela provisória de urgência, sej a de nat ureza caut elar ou ant ecipada.
Em relação ao inc. I I do art . 9º do NCPC, é adm issível a m it igação do cont radit ório
prévio diant e de t ut elas de evidência quando:
a) houver prova docum ent al m ais t ese firm ada em j ulgam ent o de casos
repet it ivos ou súm ula vinculant e;
b) pedido reipersecut ório ( direit o de perseguição) fundado em prova docum ent al,
quando o j uiz det erm inará a ent rega im ediat a do bem sob pena de m ula.
Em relação ao inc. I I I do art . 9º do NCPC, é adm issível a m it igação do
cont radit ório diant e de t ut ela de evidência em procedim ent os de ação m onit ória,
quando se t em prova escrit a sem eficácia de t ít ulo execut ivo.
Enfim , nas sit uações acim a ( de t ut elas de urgência e de evidência) o cont radit ório
poderá ser excepcionado, ou m elhor, poderá ser post ergado.
Em sínt ese:

t ut ela provisória prova docum ent al +


( urgência ou precedent e ou súm ula
ant ecipada) vinculant es
ADMI TE- SE A
MI TI GAÇÃO DO
CONTRADI TÓRI O
PRÉVI O
pedido reipersecut ório
t ut ela de evidência
+ prova docum ent al

procedim ent o de ação


m onit ória

Vej a com o o assunt o foi cobrado em prova:

( I PSM I / Pr ocu r a dor - 2 0 1 6 – a da pt a da ) Julgue:


É lícit o ao j uiz conceder t ut ela de urgência som ent e após j ust ificação prévia, preservando- se o
princípio do cont radit ório.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Com e n t á r ios
À luz do que foi t rat ado acim a, fica evident e que essa assert iva est á in cor r e t a , pois no caso de
t ut ela provisória de urgência ou de evidência podem os t er o cont radit ório m it igado.

Mais um a quest ão!


( TC- D F/ Audit or de Con t r ole Ex t e r n o/ 2 0 1 4 ) Julgue o it em seguint e, acerca dos princípios
const it ucionais do processo civil.
Ao possibilit ar às part es o livre e irrest rit o acesso à j ust iça, a CF não prevê a obrigat oriedade de
observância do princípio do cont radit ório para a hipót ese de processo adm inist rat ivo.
Com e n t á r ios
Essa quest ão é relevant e, pois o princípio do cont radit ório, previst o no art . 5º , LV, da CF, aplica-
se não apenas ao processo j udicial, m as t am bém ao processo adm inist rat ivo.
Confira:
“ LV - aos lit igant es, em processo j udicial ou adm inist rat ivo, e aos acusados em geral são
assegurados o cont radit ório e am pla defesa, com os m eios e recursos a ela inerent es” ;
Port ant o, est á in cor r e t a a assert iva.

Vej am os m ais um a quest ão para sedim ent ar o cont eúdo:


( TJ- AC/ Té cn ico Ju diciá r io/ 2 0 1 2 ) Julgue:
O princípio do cont radit ório aplica- se som ent e à part e ré do processo, a qual, para providenciar
a sua defesa, necessit a ser inform ada da exist ência do processo.
Com e n t á r ios
Em bora fique m ais evident e com preender o princípio do cont radit ório em relação à part e ré, no
exercício da defesa, o ent endim ent o a ser levado em prova é no sent ido de que o princípio do
cont radit ório aplica- se a t odas as part es envolvidas no processo, inclusive aos t erceiros
int eressados que venham a int ervir. I n cor r e t a a assert iva.
O cont radit ório est á int rinsecam ent e relacionado com a ideia de processo. A vert ent e at ual do
processo com preende- o com o “ procedim ent o em cont radit ório” , de m odo que é im anent e a
at uação das part es no processo.
Assim , além de conceder às part es o direit o de poder se m anifest ar no processo, eles devem
possuir verdadeiro poder de influenciar o processo com m anifest ação, com ideias, com
apresent ação de fat os novos, com argum ent ação j urídica; enfim , com t udo o que for perm it ido
pelo Direit o.

Dever de consult a
O dever de consult a const it ui regra explícit a no art . 10, do NCPC. Esse dever, na
realidade, é um a ram ificação – um consect ário – do princípio do cont radit ório.
Cont udo, em razão da im port ância que foi concedida ao t em a, t em os:
Art . 10. O j uiz N ÃO pode de cidir , em grau algum de j urisdição, com ba se e m
fu nda m e n t o a r e spe it o do qua l n ã o se t e n h a da do à s pa r t e s opor t u n ida de de se
m a n ife st a r , AI N D A QUE se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Esse disposit ivo prevê que o j uiz, ant es de decidir algo, deve conceder às part es
a oport unidade para se m anifest ar, m esm o que const it ua um t em a que possa ser
decidido de ofício. É um a form a de o j uiz possibilit ar que as part es possam
influenciar na decisão que será t om ada, concret izando o princípio do cont radit ório
e evit ando decisões surpresas no curso do processo.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Princípio da publicidade e m ot ivação


Am bos os princípios t êm sede const it ucional. No art . 5º , LX, e t am bém no art .
93, incs. I X e X, t em os referência expressa à publicidade e à m ot ivação.
O princípio da publicidade indica duplo sent ido:
1 º se n t ido: são vedados j ulgam ent os secret os. Assim , em regra, t odos os j ulgam ent os
devem ser acessíveis a quem quiser acom panhá- los.
2 º se n t ido: as decisões devem ser publicizadas. Todas as decisões proferidas devem ser
publicadas, a fim de cient ificar as part es.

Nat uralm ent e, quando t iverm os princípios m ais relevant es que o da publicidade
em j ogo, é possível rest ringir o acesso à inform ação. I sso se dá, com o prevê o
Text o Const it ucional, em dua s sit uações: a ) para preservação do direit o à
int im idade do int eressado; e b) para preservação do int eresse público.
Já o princípio da m ot ivação rem et e à necessidade de que t oda decisão sej a
explicada, fundam ent ada e j ust ificada pelo m agist rado que a proferiu. Essa regra
perm it e a t ransparência no exercício da função j urisdicional e, ainda, o cont role
das decisões de m odo que represent a um a form a de o m agist rado prest ar cont as
dos seus at os à sociedade.
Em est reit a relação com essas condições, prevê o art . 11, do NCPC:
Art . 11. Todos os j u lga m e n t os dos ór gã os do Pode r Judiciá r io se r ã o pú blicos, e
fu nda m e n t a da s t oda s a s de cisõe s, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada a presença som ent e
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ério Público.

Para encerrar esse t ópico, é necessário um quest ionam ent o: por que e sse s
pr incípios sã o pr e vist os conj unt a m e nt e pe lo a r t . 1 1 ?
Vam os responder com os ensinam ent os da dout rina 16 :
Há ínt im a relação ent re o princípio da publicidade e a regra da m ot ivação das decisões
j udiciais, na m edida em que a publicidade t orna efet iva a part icipação no cont role essas
m esm as decisões. A publicidade é inst rum ent o de eficácia da garant ia da m ot ivação.

Considerando o at ual sist em a processual – que prest igia a ut ilização de


precedent es – esses princípios ganham ainda m ais relevância.

Ordem cronológica de conclusão


Para encerrar o t em a relat ivo às norm as fundam ent ais previst as no Código, rest a
est udar o art . 12, que é o m ais ext enso ent re esses disposit ivos. Cont udo, não
t raz m aior com plexidade.
A regra é sim ples: o j uiz deve j ulgar os processos de acordo com a ordem
cronológica. Cada dem anda possui um t em po de desenvolvim ent o, a depender
da com plexidade, da cooperação das part es e dos int eressados envolvidos. Um a

16
DI DI ER JR., Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil: int rodução ao Direit o Processual Civil,
Part e Geral e Processo de Conhecim ent o. Vol. 1, 18ª edição, rev., am pl. e at ual., Bahia: Edit ora
JusPodvim , 2016, p. 91.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

vez concluída a inst rução, o processo é “ feit o concluso” para a sent ença. Essa
“ conclusão” nada m ais é do que a inserção do processo na fila de j ulgam ent o.
Essa fila é pública e deve ser acessível para consult a em cart ório ou pela int ernet .
Para fins de prova, é relevant e que você sabia que essa fila poderá ser “ furada” .
Cont udo, isso som ent e poderá ocorrer nas hipót eses previst as no §1º , do art . 12,
do NCPC. Port ant o, leia com at enção:
Art . 12. Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à or de m cr on ológica de
con clu sã o pa r a pr ofe r ir se n t e n ça ou a cór dã o. ( Redação dada pela Lei nº 13.256, de
2016) .
§ 1 o A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e à disposição
para consult a pública em ca r t ór io e na r e de m u ndia l de com put a dor e s.
§ 2 o Est ão EXCLUÍ D OS da regra do caput :
I - as sent enças proferidas em audiência, hom ologat órias de acordo ou de im procedência
lim inar do pedido;
I I - o j ulgam ent o de processos em bloco para aplicação de t ese j urídica firm ada em
j ulgam ent o de casos repet it ivos;
I I I - o j ulgam ent o de recursos repet it ivos ou de incident e de resolução de dem andas
repet it ivas;
I V - as decisões proferidas com base nos art s. 485 e 932;
V - o j ulgam ent o de em bargos de declaração;
VI - o j ulgam ent o de agravo int erno;
VI I - as preferências legais e as m et as est abelecidas pelo Conselho Nacional de Just iça;
VI I I - os processos crim inais, nos órgãos j urisdicionais que t enham com pet ência penal;
I X - a causa que exij a urgência no j ulgam ent o, assim reconhecida por decisão
fundam ent ada.

A finalidade desse disposit ivo é est abelecer um a regra de organização no


gabinet e dos m agist rados, conferindo publicidade e t ransparência no
gerenciam ent o de processos.
É im port ant e not ar que a ordem de j ulgam ent o de acordo com a cronologia é
preferencial ou indicat iva, pois t em os várias hipót eses de exceção, que est ão
previst as no §1º .
Com base nessas exceções a list a deve ser refeit a, ou m elhor, os processos
devem ser reorganizados e a ordem definit iva deve ser publicada. Vej a:
§ 3 o Após elaboração de list a própria, r e spe it a r - se - á a or de m cr on ológica da s
con clu sõe s e n t r e a s pr e fe r ê n cia s le ga is.

Os §§ 4º e 5º , por sua vez, t razem algum as regras específicas: eles preveem que
event uais requerim ent os da part e, quando o processo j á est iver apt o a
j ulgam ent o, não irão ret irá- lo da list a, excet o se, em razão desse requerim ent o,
for necessária a conversão da fase de j ulgam ent o para realização de diligência.
§ 4 o Após a inclusão do processo na list a de que t rat a o § 1 o, o requerim ent o form ulado pela
part e não alt era a ordem cronológica para a decisão, excet o quando im plicar a reabert ura
da inst rução ou a conversão do j ulgam ent o em diligência.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

§ 5 o Decidido o requerim ent o previst o no § 4 o , o processo ret ornará à m esm a posição em


que ant eriorm ent e se encont rava na list a.

Por fim , t em os duas sit uações específicas que, se ocorrerem , se colocam à frent e
de t odas as sit uações que vim os acim a. São elas:
 novo j ulgam ent o de sent ença ou acórdão anulado, excet o se for
necessária a realização de diligência ou com plem ent ação da inst rução; e
 j ulgam ent o de recursos especiais e ext raordinários sobrest ados, quando
publicado o acórdão paradigm a.
Vej a:
§ 6 o Ocupará o prim eiro lugar na list a previst a no § 1 o ou, conform e o caso, no § 3 o , o
processo que:
I - t iver sua sent ença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização
de diligência ou de com plem ent ação da inst rução;
I I - se enquadrar na hipót ese do art . 1.040, inciso I I .

Para facilit ar a m em orização dessas hipót eses, o que é fundam ent al para a prova
obj et iva, vej am os um esquem a:

REGRA

• processos devem ser j ulgados conform e a ordem cronológica de conclusão

EXCEÇÕES

• j ulgam ent o de processos ou recursos anulados


• j ulgam ent o de recursos especiais e ext raordinários sobrest ados, quando há
publicação da decisão paradigm a
• j ulgam ent o de processos em audiência
• j ulgam ent os de sent enças hom ologat órias de acordo
• j ulgam ent o de sent enças de im procedência lim it ar do pedido
• j ulgam ent o de processos e recursos processuais em bloco ( casos repet it ivos)
• sent ença sem j ulgam ent o de m érit o
• j ulgam ent o ant ecipada pelo relat or do processo
• j ulgam ent o de em bargos de declaração e de agravo int erno
• j ulgam ent o de ações que possuem preferência legal ou decorrent e de m et as do
CNJ
• j ulgam ent o de processos de nat ural crim inal
• j ulgam ent o de processos urgent es assim fundam ent ado na decisão

Com isso encerram os o segundo t ópico da aula de hoj e, o qual abrange as norm as
dit as fundam ent ais do Direit o Processual Civil à luz do NCPC. Evident em ent e que
vários desses assunt os serão, em algum m om ent o do curso, ret om ados com
m aior profundidade quando da análise de assunt os específicos de aula.
Confira com o o assunt o foi abordado em provas:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

( Pr e fe it u r a de Pir a qu a r a - PR/ Pr ocu r a dor / 2 0 1 6 - a da pt a da ) Sobre a disciplina dos recursos


no Código de Processo Civil, j ulgue a seguint e assert iva:
O j ulgam ent o dos recursos repet it ivos ou de incident e de resolução de dem andas repet it ivas não
obedece à ordem cronológica de conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
Com e n t á r ios
É j ust am ent e isso! O art . 12, §2º , I I I , do NCPC, prevê que o j ulgam ent o de recursos repet it ivos
ou de incident es de resolução de dem andas repet it ivas est ão excluídos da regra cronológica de
conclusão. Port ant o, est á cor r e t a a assert iva.

Vam os prosseguir?!

5 .2 - Le i pr oce ssu a l civil n o t e m po


O art . 14 prevê o princípio do t em pus regit act us, que est abelece a
irret roat ividade da norm a processual. Significa dizer que será aplicável a norm a
que est iver vigent e à época da prát ica dos at os processuais, desde que sej am
respeit adas as sit uações j urídicas consolidadas.
Art . 14. A n or m a pr oce ssu a l N ÃO r e t r oa gir á e será a plicá ve l im e dia t a m e n t e a os
pr oce ssos e m cu r so, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas
consolidadas sob a vigência da norm a revogada.

Esse disposit ivo prevê que será aplicável a lei processual vigent e no m om ent o da
prát ica do at o processual. Essa const at ação é relevant e, pois garant e segurança
j urídica e prevê o processo com o um conj unt o de procedim ent os execut ados de
form a isolada, cada um de acordo com a lei vigent e ao seu t em po. Assim , não há
qualquer problem a em part e do procedim ent o observar o CPC73 e out ra observar
as regras do NCPC.
Conside r a ndo qu e o N CPC pa ssou a vigor a r e m 1 8 / 0 3 / 2 0 1 6 ...

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Nesse cont ext o, de acordo com a dout rina, é im port ant e t er em m ent e que é
vedado o efeit o ret roat ivo, devendo ser adot ado o e fe it o im e dia t o. Assim , 17 “ a
exat a com preensão da dist inção ent re efeit o im ediat o e efeit o ret roat ivo da
legislação leva à necessidade de isolam ent o dos at os processuais” para que
saibam os qual será a norm a aplicável.
Ve j a com o o a ssunt o foi a bor da do e m pr ova ...

( TJM - SP/ Escr e ve n t e / 2 0 1 7 ) Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à m udança de
lei que rege prazos e form as recursais no curso de um a ação.
a) A lei a regular o recurso é aquela do m om ent o da publicação da decisão recorrível.
b) Os prazos processuais serão cont ados de acordo com a lei que regulava o recurso ao t em po
da proposit ura da ação.
c) Se o recurso foi suprim ido por lei nova, valerá o direit o adquirido no m om ent o da proposit ura
da ação.
d) Os prazos serão cont ados pela lei vigent e ao t em po da proposit ura da ação e a form a nos
t erm os da lei nova.
e) Se a lei nova dim inuir o prazo recursal, ainda não em curso, valerá a cont agem nos t erm os da
lei ant eriorm ent e vigent e.

A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .


14, do NCPC.
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.

Adem ais, à luz desse disposit ivo, o STJ edit ou dois enunciados adm inist rat ivos,
que explicit am que o parâm et ro para saber se o recurso seguirá os pressupost os
de adm issibilidade do CPC73 ou do NCPC será a dat a da publicação da sent ença.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 2
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 1973 ( relat ivos a decisões publicadas at é
17/ 03/ 2016) devem ser exigidos os requisit os de adm issibilidade na form a nele previst a,
com as int erpret ações dadas, at é ent ão, pela j urisprudência do STJ.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 3
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 2015 ( relat ivos a decisões publicadas a
part ir de 18/ 03/ 2016) serão exigidos os requisit os de adm issibilidade recursal na form a do
CPC/ 2015.

De acordo com os disposit ivos acim a, se a sent ença foi publicada at é 17/ 3/ 2016,
o recurso segue os pressupost os do CPC73; ao passo que se publicada a part ir
do dia 18/ 3/ 2016, são observados os pressupost os recursais do NCPC.

17
MARI NONI , Luiz Guilherm e. ARENHART, Sérgio Cruz e MI TI DI ERO, Daniel. Código de
Pr oce sso Civil Com e nt a do, 2ª edição, rev., at ual. e am pl., São Paulo: Edit ora RT, 2016, p. 166.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Desse m odo, as a lt e r na t iva s B, C e D est ão incorret as, pois se referem à


proposit ura da ação com o parâm et ro.
Por fim , a a lt e r na t iva E est á incorret a, pois não qualquer previsão nesse sent ido.
Por fim , leia o art igo 15:
Art . 15. Na a u sê n cia de n or m a s que regulem processos eleit orais, t rabalhist as ou
adm inist rat ivos, as disposições dest e Código lhes serão aplicadas suplet iva e
subsidiariam ent e.

Pa r a fins de pr ova ...

AO PROCESSO
o NCPC aplica- se na ausência de
ELEI TORAL,
norm a específica em carát er
TRABALH I STA E
suplet ivo e subsidiário.
AD M I N I STRATI VO

Além disso, cum pre regist rar alguns disposit ivos específicos do NCPC que t rat am
da aplicação do NCPC:
 art . 1.046, do NCPC: aplicação im ediat a do NCPC:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
§ 1º As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973, relat ivas ao procedim ent o
sum ário e aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência dest e Código.
§ 2o Perm anecem em vigor as disposições especiais dos procedim ent os regulados em out ras
leis, aos quais se aplicará suplet ivam ent e est e Código.
§ 3o Os processos m encionados no art . 1.218 da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973,
cuj o procedim ent o ainda não t enha sido incorporado por lei subm et em - se ao procedim ent o
com um previst o nest e Código.
§ 4o As rem issões a disposições do Código de Processo Civil revogado, exist ent es em out ras
leis, passam a referir- se às que lhes são correspondent es nest e Código.
§ 5o A prim eira list a de processos para j ulgam ent o em ordem cronológica observará a
ant iguidade da dist ribuição ent re os j á conclusos na dat a da ent rada em vigor dest e Código.

Desse disposit ivo é relevant e que você saiba:


 o NCPC se aplica aos processos pendent es, ou sej a, aos processos que iniciaram sob a
regência d CPC73 e ainda não t ransit aram em j ulgado; e
 os procedim ent os e rit os específicos do CPC73 revogados pelo NCPC pendent es
perm anecem aplicados at é o t rânsit o em j ulgado da sent ença.

 art . 1.047, do NCPC: regras novas referent es ao direit o probat ório em


processos vigent es se aplicam apenas se as part es requerem a aplicação ou form e
det erm inadas pelo j uiz.
Art . 1.047. As disposições de direit o probat ório adot adas nest e Código aplicam - se apenas
às provas requeridas ou det erm inadas de ofício a part ir da dat a de início de sua vigência.

 art . 1.049, do NCPC: o procedim ent o com um é subsidiário e suplet ivo.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Art . 1.049. Sem pre que a lei rem et er a procedim ent o previst o na lei processual sem
especificá- lo, será observado o procedim ent o com um previst o nest e Código.
Parágrafo único. Na hipót ese de a lei rem et er ao procedim ent o sum ário, será observado o
procedim ent o com um previst o nest e Código, com as m odificações previst as na própria lei
especial, se houver.

 art . 1.052: aplicação do CPC73 às execuções cont ra devedor insolvent e cuj as


ações est ej am em curso.
Art . 1.052. At é a edição de lei específica, as execuções cont ra devedor insolvent e, em curso
ou que venham a ser propost as, perm anecem reguladas pelo Livro I I , Tít ulo I V, da Lei no
5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

 art . 1.054, do NCPC: aplicação da sent ença parcial de m érit o apenas aos
processos que se iniciarem segundo a vigência do NCPC.
Art . 1.054. O dispost o no art . 503, § 1o, som ent e se aplica aos processos iniciados após a
vigência dest e Código, aplicando- se aos ant eriores o dispost o nos art s. 5º , 325 e 470 da Lei
no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

Chegam os, com isso, ao final da nossa aula dem onst rat iva.

4 - Qu e st õe s

4 .1 - List a de qu e st õe s se m Com e n t á r ios


Q1 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 7
Tendo o t ext o precedent e com o referência inicial, j ulgue o it em a seguir à
luz do ent endim ent o j urisprudencial e dout rinário acerca das norm as
fundam ent ais do processo civil.
Apesar de o CPC garant ir às part es a obt enção, em prazo razoável, da
solução int egral do m érit o, esse direit o j á exist ia no ordenam ent o j urídico
brasileiro at é m esm o ant es da Em enda Const it ucional n.º 45/ 2004.

Q2 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Não é adm issível pensar em um a ordem const it ucional dem ocrát ica sem t er
present e o processo, na m edida em que é inst rum ent o indispensável à t ut ela
de direit os fundam ent ais e asseguração da dignidade da pessoa hum ana. No
cam po do direit o probat ório, t al conclusão reflet e na m edida da exist ência
de um direit o fundam ent al à prova, com o corolário do devido processo legal.
A esse respeit o, analise as afirm at ivas.
I . No CPC/ 15, o legislador procurou dar efet ividade à prem issa cont ida no
art . 1 º da Cart a Const it ucional.
I I . Tent ou t raduzir para o processo civil o significado de Est ado Dem ocrát ico
de Direit o. Tal opção foi inserida, inclusive, na Part e Geral do CPC/ 15.
I I I . Na busca para harm onizar o m odelo const it ucional do direit o processual
civil com o princípio da at ipicidade da prova Processual, especialm ent e o
cont eúdo que t rat a do direit o probat ório.
Est á corret o o que se afirm a em :
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

a) I e I I , apenas.
b) I I e I I I ,apenas.
c) I e I I I , apenas.
d) I ,I I e I I I .

Q3 . FAURGS/ TJ- RS/ 2 0 1 7


Sobre o direit o ao cont radit ório e suas consequências, assinale a alt ernat iva
corret a.
a) O princípio do cont radit ório exige apenas a ciência bilat eral dos at os e
t erm os do processo, bem com o a possibilidade de cont radit á- los.
b) Na ação m onit oria e nas dem ais hipót eses de t ut ela da evidência, o Juiz
poderá deferir a m edida requerida sem ouvir previam ent e o réu.
c) O Juiz deve subm et er ao cont radit ório, debat endo previam ent e com as
part es, m esm o as m at érias passíveis de serem exam inadas de ofício.
d) Bast a que o Juiz explicit e as razões de sua decisão, não precisando
analisar os argum ent os favoráveis ou cont rários à conclusão por ele adot ada.
e) Não há a previsão de int im ação para cont rarrazões nos em bargos de
declaração, j á que esse recurso não se prest a à m odificação da decisão.

Q4 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


É corret o afirm ar no que t angem as norm as fundam ent ais do novo Código
de Processo Civil:
I . A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de
conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público, inclusive no curso do processo j udicial.
I I . Os j uízes e os t ribunais at enderão, obrigat oriam ent e à ordem cronológica
de conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
I I I . O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso
oficial, salvo as exceções previst as em lei.
I V. É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício
de direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo
efet ivo cont radit ório.
A sequência corret a é:
a) As assert ivas I , I I , I I I e I V est ão corret as.
b) Apenas as assert ivas I , I I I , I V est ão corret as.
c) Apenas as assert ivas I e I V est ão corret as.
d) Apenas a assert iva I I est á corret a.

Q5 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Com relação às font es do direit o processual civil brasileiro, avalie as


seguint es proposições:
I . O processo civil será int erpret ado conform e os valores e norm as
fundam ent ais est abelecidos na Const it uição da República Federat iva do
Brasil.
I I . Os t rat ados int ernacionais em que o Brasil sej a part e não são font es para
aplicação do direit o processual civil.
I I I . A lei, os cost um es, a dout rina e a j urisprudência são consideradas font es
do direit o processual civil.
I V. A dout rina e a j urisprudência são im port ant es font es do direit o processual
civil, sej a para a elaboração das norm as j urídicas, sej a para a solução do
lit ígio que se apresent a ao Poder Judiciário.
Est á corret o apenas o que se afirm a em :
a) I , I I I e I V.
b) I I , I I I e I V.
c) I , I I e I I I .
d) I e I I .

Q6 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Os princípios são im port ant es para qualquer ram o do direit o, post o que
indicam um cam inho para alcançar o real sent ido da norm a. Analise os
princípios que seguem :
I . Princípio da legalidade encont ra adoção expressa no art . 8º , do CPC/ 2015,
ao at ribuir ao j uiz o dever de “ aplicar o ordenam ent o j urídico” , at endendo
aos fins sociais e às exigências do bem com um .
I I . Pelo princípio da event ualidade ou da preclusão, cada faculdade
processual deve ser exercida dent ro da fase adequada, sob pena de se
perder a oport unidade de prat icar o at o respect ivo.
I I I . O princípio da verdade real consist e na obrigação do j uiz de perseguir a
veracidade das versões apresent adas, por m eio de vários deveres e de um a
at uação oficial na condução da produção probat ória, sem que isso im plique
qualquer violação da im parcialidade e da independência do Est ado- Juiz.
I V. O princípio do duplo grau de j urisdição não adm it e que o recurso cont ra
sent ença proferida por j uiz de prim eiro grau sej a apreciado por órgão
recursal form ado por grupo de j uízes de prim eiro grau.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) I , I I e I I I , apenas.
b) I I , I I I e I V, apenas.
c) I e I V, apenas.
d) I , I I , I I I e I V.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Q7 . COM PERVE/ Câ m a r a de Cur r a is N ovo – RN / 2 0 1 7


O princípio const it ucional do cont radit ório, na nova est rut uração conferida
pelo Código de Processo Civil ( Lei nº 13.105/ 15) , est á baseado na ideia de
que o cont radit ório dinâm ico possibilit a um a preparação m ais adequada
durant e a cognição, aprim ora o debat e e, consequent em ent e, conduz a um a
decisão de m elhor qualidade. De acordo com esse princípio, o j uiz é im pedido
de
a) conceder t ut ela de urgência cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida.
b) proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
c) conceder t ut ela da evidência cont ra um a das part es, quando houver t ese
firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos, sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
d) proferir decisão com base em fundam ent o a respeit o do qual não se t enha
dado às part es oport unidade de se m anifest ar, excet o nas m at érias em que
possa decidir de ofício.

Q8 . CESPE/ TRE- PE/ 2 0 1 7


Acerca das norm as processuais civis, assinale a opção corret a.
a) O j uiz não pode decidir com base em fundam ent o a respeit o do qual não
t enha sido dada oport unidade de m anifest ação às part es, ressalvado o caso
de m at éria que deva decidir de ofício.
b) Os j uízes e t ribunais t erão de, inexoravelm ent e, at ender à ordem
cronológica de conclusão para proferir sent ença ou decisão.
c) A boa- fé processual obj et iva, que não se aplica ao j uiz, prevê que as
part es no processo t enham um com port am ent o probo e leal.
d) O m odelo cooperat ivo, que at ende à nova ordem do processo civil no
Est ado const it ucional, propõe que o j uiz sej a assim ét rico no decidir e na
condução do processo.
e) O cont radit ório subst ancial t em por escopo propiciar às part es a ciência
dos at os processuais, bem com o possibilit ar que elas influenciem na
form ação da convicção do j ulgador.

Q9 . CESPE/ SED F/ 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir, relat ivo a norm as processuais civis, capacidade
processual e post ulat ória e int ervenção de t erceiros.
O novo Código de Processo Civil que ent rou em vigor em m arço de 2016 não
se aplica aos processos que j á est avam t ram it ando na dat a da sua vigência.

Q1 0 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 7

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à m udança de lei que rege
prazos e form as recursais no curso de um a ação.
a) A lei a regular o recurso é aquela do m om ent o da publicação da decisão
recorrível.
b) Os prazos processuais serão cont ados de acordo com a lei que regulava
o recurso ao t em po da proposit ura da ação.
c) Se o recurso foi suprim ido por lei nova, valerá o direit o adquirido no
m om ent o da proposit ura da ação.
d) Os prazos serão cont ados pela lei vigent e ao t em po da proposit ura da
ação e a form a nos t erm os da lei nova.
e) Se a lei nova dim inuir o prazo recursal, ainda não em curso, valerá a
cont agem nos t erm os da lei ant eriorm ent e vigent e.

Q1 1 . OBJETI VA/ SAM AE de Ja gua r ia íva – PR/ 2 0 1 6


Considerando- se o Código de Processo Civil Brasileiro, acerca das norm as
fundam ent ais nort eadoras do processo civil, m arcar C para as afirm at ivas
Cert as, E para as Erradas e, após, assinalar a alt ernat iva que apresent a a
sequência CORRETA:
( ) O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos
conflit os.
( ) As part es t êm o direit o de obt er em prazo razoável a solução int egral do
m érit o, incluída a at ividade sat isfat iva.
( ) O j uiz não pode decidir em grau algum de j urisdição, com base em
fundam ent o a respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de
se m anifest ar, ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de
ofício.
( ) Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida, salvo, exclusivam ent e, nas hipót eses de t ut ela da
evidência.
a) C - E - E - E.
b) E - C - C - C.
c) E - C - E - E.
d) C - C - C - E.

Q1 2 . I ESES/ TJ- M A/ 2 0 1 6
Com relação a preocupação do legislador no novo Código de Processo Civil
para assegurar um a prest ação j urisdicional célere e elevar o grau de j ust iça,
foram valorados alguns princípios const it ucionais, dos quais podem os
dest acar:
a) Evidenciados no Novo Código de Processo Civil, apenas os princípios da
celeridade, da razoabilidade e do cont radit ório.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) Essencialm ent e o princípio do j uiz nat ural e da celeridade.


c) Princípio da am pla defesa, do cont radit ório, do devido processo legal, da
celeridade, da dignidade da pessoa hum ana, m oralidade, publicidade e
razoabilidade.
d) Som ent e os princípios da celeridade e da dignidade da pessoa hum ana.

Q1 3 . FCC/ PGE- M T/ 2 0 1 6
De acordo com as regras t ransit órias de direit o int ert em poral est abelecidas
no novo Código de Processo Civil,
a) um a ação de nunciação de obra nova que ainda não t enha sido
sent enciada pelo j uízo de prim eiro grau quando do início da vigência do Novo
Código de Processo Civil, seguirá em conform idade com as disposições do
Código de Processo Civil de 1973.
b) as ações que foram propost as segundo o rit o sum ário ant es do início da
vigência do novo Código de Processo Civil, devem ser adapt adas às
exigências da nova lei inst rum ent al, à luz do princípio da im ediat a aplicação
da lei processual nova.
c) as disposições de direit o probat ório do novo Código de Processo Civil
aplicam - se a t odas as provas que forem produzidas a part ir da dat a da
vigência do novo diplom a processual, independent em ent e da dat a em que a
prova foi requerida ou det erm inada a sua produção de ofício.
d) caso um a ação t enha sido propost a durant e a vigência do Código de
Processo Civil de 1973 e sent enciada j á sob a égide do novo Código de
Processo Civil, resolvendo na sent ença quest ão prej udicial cuj a resolução
dependa o j ulgam ent o do m érit o expressa e incident alm ent e, t al decisão t erá
força de lei e form ará coisa j ulgada.
e) o novo Código de Processo Civil aut oriza, sem ressalvas, a concessão de
t ut ela provisória cont ra a Fazenda Pública, derrogando t acit am ent e as
norm as que dispõem em sent ido cont rário.

Q1 4 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


No que diz respeit o às norm as processuais, aos at os e negócios processuais
e aos honorários de sucum bência, j ulgue o it em que se segue, com base no
dispost o no novo Código de Processo Civil.
Em observância ao princípio da prim azia da decisão de m érit o, o m agist rado
deve conceder à part e oport unidade para, se possível, corrigir vício
processual ant es de proferir sent ença t erm inat iva.

Q1 5 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva corret a.
a) A garant ia do cont radit ório part icipat ivo im pede que se profira decisão ou
se conceda t ut ela ant ecipada cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida ( decisão surpresa) .

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) A boa- fé no processo t em a função de est abelecer com port am ent os


probos e ét icos aos diversos personagens do processo e rest ringir ou proibir
a prát ica de at os at ent at órios à dignidade da j ust iça.
c) O princípio da cooperação at inge som ent e as part es do processo que
devem cooperar ent re si para que se obt enha, em t em po razoável, decisão
de m érit o j ust a e efet iva.
d) Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e
econôm icos e às exigências do bem público, resguardando e prom ovendo a
dignidade da pessoa hum ana.
e) Será possível, em qualquer grau de j urisdição, a prolação de decisão sem
que se dê às part es oport unidade de se m anifest ar, se for m at éria da qual o
j uiz deva decidir de ofício.

Q1 6 . FAFI PA/ Câ m a r a de Ca m ba r á – PR/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva I NCORRETA acerca das norm as fundam ent ais
previst as no Código de Processo Civil vigent e ( Lei 13.105/ 2015) .
a) É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício
de direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo
efet ivo cont radit ório.
b) Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida, salvo nos casos em que envolver m at éria de ordem
pública, hipót ese em que o j uiz decidirá de ofício, sem que para isso t enha
que oport unizar às part es m anifest ar- se.
c) O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em
fundam ent o a respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de
se m anifest ar, ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de
ofício.
d) Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem
cronológica de conclusão para proferir sent ença ou acórdão.

Q1 7 . M PE- SC/ 2 0 1 6
Julgue:
Nos t erm os do novo Código de Processo Civil, o j uiz não pode decidir, em
grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o do qual não
se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, salvo se t rat ar de
m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Q1 8 . FGV/ M PE- RJ/ 2 0 1 6


A possibilidade de concessão, pelo j uiz da causa, de t ut ela ant ecipat ória do
m érit o, inaudit a alt era part e, em razão de requerim ent o form ulado nesse
sent ido pela part e aut ora em sua pet ição inicial, est á diret am ent e
relacionada ao princípio:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

a) do j uiz nat ural;


b) da inércia da j urisdição;
c) da inafast abilidade do cont role j urisdicional;
d) do cont radit ório;
e) da m ot ivação das decisões j udiciais.

Q1 9 . TRF – 4 ª REGI ÃO/ 2 0 1 6


Dadas as assert ivas abaixo, assinale a alt ernat iva corret a.
Considerando o Código de Processo Civil de 2015:
I . O Código é m arcado pelos princípios do cont radit ório perm anent e e
obrigat ório, da cooperação, do m áxim o aproveit am ent o dos at os
processuais, da prim azia do j ulgam ent o de m érit o e da excepcionalidade dos
recursos int erm ediários, ent re out ros.
I I . O Código busca a segurança j urídica e a isonom ia, reforçando o sist em a
de precedent es ( st are decisis) e est abelecendo com o regra, no plano
vert ical, a observância dos precedent es e da j urisprudência e, no plano
horizont al, a est abilidade, a int egridade e a coerência da j urisprudência.
I I I . A dist inção ( dist inguishing) , a superação ( overruling) e a superação para
a frent e, m ediant e m odulação dos efeit os ( prospect ive overruling) , são
t écnicas de adequação do sist em a de precedent es às alt erações
int erpret at ivas da norm a e às circunst âncias fact uais post as sob exam e dos
j uízes e dos t ribunais.
I V. Paralelam ent e à prot eção da segurança j urídica, a necessidade de
evolução da herm enêut ica exige que apenas súm ulas, vinculant es ou não,
sej am consideradas parâm et ros para aplicação do sist em a de precedent es,
sob pena de se im obilizar a exegese das norm as.
a) Est ão corret as apenas as assert ivas I e I I .
b) Est ão corret as apenas as assert ivas I , I I e I I I .
c) Est ão corret as apenas as assert ivas I I , I I I e I V.
d) Est ão corret as t odas as assert ivas.
e) Nenhum a assert iva est á corret a.

Q2 0 . CESPE/ TCE- RN / 2 0 1 6
O princípio da cooperação processual se relaciona à prest ação efet iva da
t ut ela j urisdicional e represent a a obrigat oriedade de part icipação am pla de
t odos os suj eit os do processo, de m odo a se t er um a decisão de m érit o j ust a
e efet iva em t em po razoável.

Q2 1 . CESPE/ Te le br a s/ 2 0 1 5
A respeit o de j urisdição, ação e processo, j ulgue o it em seguint e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Os t erm os processo e procedim ent o são considerados sinônim os, vist o que
represent am a ordem com que os at os processuais se desenvolvem .

Q2 2 . M PD FT/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC
Julgue os it ens a seguir, a respeit o dos princípios processuais civis:
I . O princípio da cooperação significa que as aut oridades j udiciárias de
com arcas diversas t êm o dever de aj uda m út ua quando da colet a de provas
por cart a precat ória.
I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as consagra o respeit o às
form as legais est abelecidas para a prát ica de det erm inado at o.
Desrespeit ada essa form a, o at o não gerará efeit os, m esm o que cum prida a
sua finalidade e não evidenciado prej uízo às part es ou ao processo.
I I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as est á int im am ent e ligado ao
princípio da econom ia processual porque est á baseado no aproveit am ent o
do at o processual viciado, ao invés de declará- lo nulo.
I V. O processo civil com eça por iniciat iva da part e, m as se desenvolve por
im pulso oficial, salvo exceções previst as em lei.
V. A isonom ia no processo civil consist e, sob o aspect o form al, em t rat ar a
t odas as part es igualm ent e, sem quaisquer dist inções
Assinale a alt ernat iva que cont ém os it ens CORRETOS:
a) I , I I e I V.
b) I I I , I V e V.
c) I , I I I e V.
d) I I , I V e V.
e) I I , I I I e V.

Q2 3 . CESPE/ TCU/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


No que concerne aos princípios processuais e à j urisdição, j ulgue o it em que
se segue.
A m it igação do cont radit ório e da am pla defesa, direit os const it ucionalm ent e
garant idos, é adm it ida em t ut elas provisórias de urgência ou de evidência.

Q2 4 . FCC/ TJ- SC/ a da pt a da a o N CPC


No t ocant e às norm as processuais civis, exam ine os enunciados seguint es:
I . Quant o ao seu grau de obrigat oriedade, pode- se afirm ar que o direit o
processual civil é com post o preponderant em ent e por regras cogent es,
im perat ivas ou de ordem pública, que não podem t er sua incidência afast ada
pela vont ade das part es.
I I . No que t ange ao direit o int ert em poral, norm alm ent e são aplicáveis as
norm as processuais que est ão em vigor no m om ent o da prát ica dos at os no

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

processo, não as que vigoravam na época em que se passaram os fat os da


causa.
I I I . Relat ivam ent e aos t ít ulos execut ivos ext raj udiciais, vale a regra que
vigorava quando o at o ext raj udicial foi prat icado e não a regra do m om ent o
do aj uizam ent o da ação execut iva.
É corret o o que se afirm a APENAS em
a) I I I .
b) I I e I I I .
c) I e I I I .
d) I e I I .
e) I I .

Q2 5 . VUN ESP/ M PE- SP/ 2 0 1 5


O cancelam ent o unilat eral de pensão alim ent ícia de filho que at ingiu a
m aioridade, sem que haj a decisão j udicial, viola, com m aior int ensidade,
o( s) princípio( s)
a) do devido processo legal.
b) da isonom ia.
c) da boa- fé e lealdade processual.
d) do cont radit ório e da am pla defesa.
e) da inafast abilidade do cont role j udicial.

Q2 6 . FCC/ TJ- PE/ 2 0 1 5


Em relação à norm a processual civil e a suas font es form ais, considere os
enunciados seguint es:
I . Com o o processo civil int egra o direit o público, suas norm as são sem pre
cogent es, inexist indo norm as disposit ivas processuais.
I I . Tendo em vist a a lei federal com o font e form al prim ária do processo civil,
é corret o dizer que com pet e à União legislar sobre o direit o processual civil,
t endo porém os Est ados com pet ência concorrent e à União para legislar sobre
norm as procedim ent ais em m at éria processual.
I I I . As font es form ais acessórias do direit o processual civil são as m esm as
das norm as em geral, quais sej am , analogia, cost um es e princípios gerais
do direit o; servem para suprir as lacunas do ordenam ent o j urídico,
int egrando- o.
Est á corret o o que se afirm a em
a) I e I I I , apenas
b) I , I I e I I I
c) I I e I I I , apenas.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

d) I , apenas
e) I e I I , apenas.

Q2 7 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
Quant o à eficácia das leis processuais civis, no t em po e no espaço, vigora a
seguint e regra:
a) Ao cont rário das leis subst anciais, o direit o processual civil aplica- se no
Brasil apenas aos nacionais, devendo os est rangeiros suj eit ar- se às norm as
processuais de seus respect ivos países, em razão da soberania a ser
respeit ada.
b) A noção de direit o adquirido é exclusiva do direit o m at erial, inexist indo
direit os processuais adquiridos, porque a lei processual nova aplica- se a t odo
processo em t râm it e, int egralm ent e, sendo irrelevant es os at os processuais
ant eriorm ent e prat icados.
c) Com o o processo civil é indivisível, deve ser regulado por um a única lei;
assim , sobrevindo lei processual nova, quando j á se encont re em t ram it ação
um processo, a lei velha cont inua a reger int egralm ent e o feit o iniciado sob
sua vigência, m esm o após revogada, o que se denom ina ult ra at ividade da
lei velha
d) De m aneira diversa às norm as de direit o m at erial, as leis processuais civis
iniciam sua vigência, em regra, cent o e oit ent a dias após sua prom ulgação,
dada sua com plexidade e necessidade de publicização.
e) A lei processual civil subm et e- se à m esm a disciplina das norm as de direit o
m at erial: um a vez em vigor, a lei nova t em efeit o im ediat o e geral,
respeit ados o at o j urídico perfeit o, o direit o adquirido e a coisa j ulgada.

Q2 8 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
São princípios gerais do processo civil:
a) econom ia processual, publicidade dos at os processuais, event ualidade.
b) individualização da pena, duração razoável do processo, livre invest igação
das provas.
c) presunção de inocência, direit o ao j uiz nat ural, inércia.
d) dom ínio do fat o, vedação à prova ilícit a, cont radit ório e am pla defesa.
e) anualidade, m ot ivação das decisões j udiciais, isonom ia processual.

Q2 9 . PGR/ 2 0 1 5
Const it uem princípios const it ucionais processuais im plícit os:
a) A boa- fé processual, a efet ividade e a paridade de arm as.
b) A boa- fé processual, a efet ividade e a eficiência.
c) A boa- fé processual, efet ividade e a adequação.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

d) A boa- fé processual, a efet ividade e a publicidade.

Q3 0 . FGV/ TJ- BA/ 2 0 1 5


A herm enêut ica j urídica vem se dest acando com o um dos t em as cent rais na
reform ulação da ciência processual m oderna. De acordo com a herm enêut ica
j urídica, o j uiz deve, ao j ulgar, aplicar:
a) os princípios processuais de acordo com as regras processuais cont idas
no Código de Processo Civil;
b) a analogia, os cost um es e os princípios gerais do Direit o com o font es
prim árias das norm as processuais;
c) a int erpret ação lit eral, em det rim ent o da percepção sist em át ica das regras
e princípios processuais;
d) a sua percepção pessoal sobre as regras processuais em razão do princípio
const it ucional da m ot ivação;
e) os princípios e as regras de m odo a definir com clareza o alcance e a
incidência das norm as processuais.

Q3 1 . FUN D EP/ TCE- M G/ 2 0 1 5


Sobre os princípios const it ucionais explícit os e im plícit os do Direit o
Processual, são dadas um a proposição 1 e um a razão 2.
1. O devido processo legal aplica- se, t am bém , às relações j urídicas privadas.
Na verdade, qualquer direit o fundam ent al, e o devido processo legal é um
deles, aplica- se ao âm bit o das relações j urídicas privadas,
PORQUE
2. a palavra processo, aqui, deve ser com preendida em seu sent ido am plo:
qualquer m odo de produção de norm as j urídicas ( j urisdicional,
adm inist rat ivo, legislat ivo ou negocial) . Desse m odo, a at ual Const it uição
Brasileira adm it e a am pla vinculação dos part iculares aos direit os
fundam ent ais nela erigidos, de m odo que não só o Est ado com o t oda a
sociedade podem ser suj eit os desses direit os.
Assinale a alt ernat iva CORRETA.
a) A proposição e a razão são verdadeiras e a razão j ust ifica a proposição
b) A proposição e a razão são verdadeiras, m as a razão não j ust ifica a
proposição
c) A proposição é verdadeira, m as a razão é falsa
d) A proposição é falsa, m as a razão é verdadeira.
e) A proposição e a razão são falsas.

Q3 2 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 5


Foi em it ida sent ença const it ut iva em processo ordinário. I nconform ado com
o result ado um a das part es form ula pedido de reconsideração. O Juiz da

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

causa conhece do pedido e reform ula a sent ença, indicando que acat ou a
reconsideração com o em bargos de declaração devido ao princípio da
fungibilidade recursal. Ent endendo que a decisão é equivocada e
m anifest am ent e ilegal, o princípio processual violado com a condut a do
m agist rado é o da
a) singularidade.
b) consum ação.
c) t axat ividade.
d) m ot ivação.

Q3 3 . CESPE/ TJ- RR/ 2 0 1 3


Considere que, t endo sido proferida sent ença de m érit o, um a das part es
t enha int erpost o pedido de reconsideração e o j uiz t enha recebido o pedido
com o em bargos de declaração. Nesse caso, o m agist rado
a) afront ou o princípio da t axat ividade.
b) obedeceu ao princípio da fungibilidade.
c) violou o princípio da consum ação.
d) at endeu ao princípio da com plem ent aridade.
e) desrespeit ou o princípio da singularidade.

Q3 4 . FCC/ TCE- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


Rom ero propõe ação de despej o por falt a de pagam ent o cont ra Oicilef, m as
seu advogado apresent a pet ição inicial sem a observância de t odos os
requisit os legais, ost ent ando ainda defeit os e irregularidades na exposição
dos fat os capazes de dificult ar o j ulgam ent o do m érit o. Em razão disso,
deverá o j uiz, em relação à inicial,
a) declarar a ineficácia da inicial apresent ada, int im ando o aut or para que a
subst it ua, para aproveit am ent o das cust as processuais recolhidas.
b) det erm inar a im ediat a cit ação do réu, pois pelo princípio da isonom ia
processual não pode orient ar o aut or de nenhum m odo.
c) indeferir de im ediat o a inicial, pelo prej uízo aos princípios do cont radit ório
e da am pla defesa.
d) declarar a nulidade do processo, por se t rat ar de vícios insanáveis.
e) det erm inar que o aut or a em ende, ou a com plet e, no prazo de quinze
dias.

Q3 5 . FCC/ TCM - GO/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


Considere os art igos da lei processual civil:
O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso
oficial, salvo as exceções previst as em lei.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O j uiz decidirá o m érit o nos lim it es propost os pelas part es, sendo- lhe vedado
conhecer de quest ões não suscit adas a cuj o respeit o a lei exige iniciat iva da
part e.
Dizem respeit o aos princípios, respect ivam ent e
a) da inércia e da inafast abilidade da j urisdição.
b) do im pulso oficial e da persuasão racional.
c) da inércia e da congruência.
d) do im pulso oficial e da iniciat iva da part e.
e) da m ot ivação das decisões j udiciais e da adst rição.

Q3 6 . FGV/ TJ- BA/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


Est abelece o NCPC que sem pre que um a das part es requerer a j unt ada de
docum ent o aos aut os, o j uiz ouvirá, a seu respeit o, a out ra part e, que
disporá do prazo de 15 dias para im pugnar a adm issibilidade da prova
docum ent al, im pugnar sua aut ent icidade, suscit ar sua falsidade, com ou sem
deflagração do incident e de arguição de falsidade ou apenas m anifest ar- se
sobre seu cont eúdo
Tal regra encont ra fundam ent o const it ucional no princípio:
a) da efet ividade;
b) da econom ia processual;
c) do cont radit ório;
d) disposit ivo;
e) da prevenção.

Q3 7 . FGV/ TJ- PI / 2 0 1 5
A sent ença que j ulga m at éria não com preendida pela dem anda, que deixa
de j ulgar pedido form ulado pelo aut or ou que confere à part e m ais do que
foi post ulado incorre em vícios, por aplicação de um princípio fundam ent al
do Direit o Processual.
Os vícios e o princípio processual acim a referidos são, respect ivam ent e:
a) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio nem o
t enet ur se det egere;
b) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio da equidade;
c) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio da
congruência;
d) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio nem o t enet ur se
det egere;
e) ext ra pet it a, cit ra pet it a e ult ra pet it a — princípio da congruência.

Q3 8 . FCC/ TJ- PE/ 2 0 1 5


www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Em relação à norm a processual civil e a suas font es form ais, considere os


enunciados seguint es:
I . Com o o processo civil int egra o direit o público, suas norm as são sem pre
cogent es, inexist indo norm as disposit ivas processuais.
I I . Tendo em vist a a lei federal com o font e form al prim ária do processo civil,
é corret o dizer que com pet e à União legislar sobre o direit o processual civil,
t endo porém os Est ados com pet ência concorrent e à União para legislar sobre
norm as procedim ent ais em m at éria processual.
I I I . As font es form ais acessórias do direit o processual civil são as m esm as
das norm as em geral, quais sej am , analogia, cost um es e princípios gerais
do direit o; servem para suprir as lacunas do ordenam ent o j urídico,
int egrando- o.
Est á corret o o que se afirm a em
a) I e I I I , apenas
b) I , I I e I I I
c) I I e I I I , apenas.
d) I , apenas
e) I e I I , apenas.

Q3 9 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 4


Em m at éria de defesa, ent ende- se por princípio da event ualidade
a) o dever do réu de alegar, na cont est ação, t oda a m at éria que lhe
aproveit a, sob pena de preclusão.
b) a faculdade do réu de apresent ar reconvenção em subst it uição à
cont est ação.
c) a prerrogat iva do réu de não ser com pelido a produzir prova cont ra si.
d) a garant ia do exercício do cont radit ório, caso o aut or apresent e novos
docum ent os, na fase de inst rução processual.

Q4 0 . FCC/ TJ- CE/ 2 0 1 4 / a da pt a da a o N CPC


No processo caut elar, além dos procedim ent os caut elares específicos, pode
o j uiz det erm inar as m edidas que considerar adequadas para efet ivação da
t ut ela provisória, desde que m ot ive seu convencim ent o de m odo claro e
preciso.
a) princípio da im posição norm at iva do j uízo.
b) princípio da inst rum ent alidade processual.
c) poder de coerção j urisdicional.
d) poder de ant ecipação t ut elar do provim ent o j urisdicional pelo j uiz.
e) poder geral de caut ela do j uiz.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Q4 1 . FCC/ TJ- AP/ 2 0 1 4


Considere:
I . São font es form ais da norm a processual civil a Const it uição Federal, bem
com o os dem ais at os que ela prevê ou consent e, quais sej am , a lei, os
t rat ados int ernacionais, os princípios gerais do direit o e os usos e cost um es
forenses.
I I . Na int erpret ação da lei processual civil, o m ét odo em pregado é o
exegét ico ou gram at ical, consist ent e na busca do significado do t ext o no
conj unt o das disposições correlat as, cont idas na ordem j urídico- posit iva
com o um t odo.
I I I . No t ocant e à eficácia da lei processual civil no t em po, aplica- se
ordinariam ent e a regra t em pus regit act um , pela qual fat os ocorridos e
sit uações j á consum adas no passado não se regem pela lei nova que ent ra
em vigor, m as cont inuam valorados segundo a lei do seu t em po.
Est á corret o o que const a em
a) I I I , apenas.
b) I e I I I , apenas.
c) I e I I , apenas.
d) I I e I I I , apenas.
e) I , I I e I I I .

Q4 2 . FCC/ TJ- AP/ 2 0 1 4


O princípio const it ucional da inafast abilidade do cont role j urisdicional
a) não se aplica ao processo civil, por ser de direit o subst ancial
const it ucional.
b) não se aplica ao processo civil, por ser próprio do Direit o Adm inist rat ivo
e do Direit o Tribut ário.
c) aplica- se ao processo civil e significa a obrigat oriedade de o Juiz decidir
as dem andas propost as, quaisquer que sej am .
d) aplica- se ao processo civil e significa que a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário qualquer lesão ou am eaça a direit o.
e) aplica- se ao processo civil e significa que ninguém pode alegar o
desconhecim ent o da lei para im pedir a prest ação j urisdicional.

Q4 3 . FCC/ TRT- 1 8 ª Re giã o ( GO) / 2 0 1 4


É defeso ao Juiz proferir sent ença, a favor do aut or, de nat ureza diversa da
pedida, bem com o condenar o réu em quant idade superior ou em obj et o
diverso do que lhe foi dem andado. Esse enunciado norm at ivo refere- se ao
princípio processual da
a) obrigat oriedade da j urisdição.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) event ualidade.
c) inércia j urisdicional.
d) adst rição ou congruência.
e) reciprocidade decisória.

Q4 4 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 4


A respeit o do princípio da dem anda, é corret o afirm ar que
a) o int eressado deve t er a iniciat iva quant o ao exercício de sua pret ensão
em j uízo, sendo que o princípio da dem anda é excludent e princípio do
im pulso oficial.
b) perm it e que as part es possam t ecer suas alegações ao longo de t odo o
processo, inclusive no segundo grau, não havendo que se falar em preclusão.
c) prevê que cabe ao órgão j ulgador det erm inar, de ofício, t odas as
providências necessárias com vist as à sat isfação do direit o do aut or, ainda
que est e não o t enha requerido.
d) o int eressado deve t er a iniciat iva quant o ao exercício de sua pret ensão
em j uízo, sendo que o princípio da dem anda é com plem ent ado pelo princípio
do im pulso oficial.
e) assegura a t odos os j urisdicionados o direit o const it ucional de dem andar,
de form a am pla e ilim it ada.

Q4 5 . VUN ESP/ EM PLASA/ 2 0 1 4


Ent re os princípios const it ucionais do processo, est á o da ubiquidade, o qual
det erm ina que;
a) nenhum a am eaça ou lesão de direit o individual ou colet ivo será subt raída
à apreciação do Poder Judiciário.
b) o j uiz deve t rat ar as part es de m aneira isonôm ica, ainda que ist o
signifique t rat ar desigualm ent e os desiguais.
c) o j uiz, no exercício da função j urisdicional, deve se paut ar por crit érios de
equidade, em t odos os seus t erm os.
d) em caso de dúvida sobre quem t em razão, o j uiz não poderá deixar de
sent enciar, devendo aplicar a regra do ônus da prova.
e) o j uiz, no exercício da função j urisdicional, deve agir com im parcialidade,
em t odos os seus t erm os, perm anecendo equidist ant e das part es.

Q4 6 . FCC/ TRT- 1 ª REGI ÃO ( RJ) / 2 0 1 3


Com pet e ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo
as razões de fat o e de direit o, com que im pugna o pedido do aut or e
especificando as provas que pret ende produzir. Esse enunciado legal
concerne ao princípio;
a) const it ucional da produção da prova lícit a.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) processual da livre invest igação probat ória.


c) processual da event ualidade.
d) const it ucional da isonom ia.
e) processual da adst rição ou congruência.

Q4 7 . FCC/ M PE- M A/ 2 0 1 3 / a da pt a do a o N CPC


O processo se origina por iniciat iva da part e ( nem o iudex sine act ore ne
procedat iudex ex officio) , m as se desenvolve por im pulso oficial ( NCPC, art .
2º ) ( Nelson Nery Jr e Rosa Maria de Andrade Nery, Código de Processo Civil
Com ent ado, 13. ed., 2013, p. 207) . Trat a- se do princípio de direit o
processual da
a) inércia ou disposit ivo.
b) inafast abilidade da j urisdição.
c) celeridade processual.
d) inst rum ent alidade.
e) est abilidade da lide.

Q4 8 . FCC/ AL- PB/ 2 0 1 3


O pedido do aut or delim it a a j urisdição a ser prest ada. O princípio processual
que inform a essa delim it ação é o da
a) duração razoável do processo.
b) event ualidade.
c) im parcialidade.
d) adst rição ou congruência.
e) celeridade ou econom ia processuais.

Q4 9 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
Com relação aos princípios const it ucionais do processo civil, assinale a opção
corret a.
a) O sist em a de cot as para ingresso nas universidades, adot ado em t odas
as faculdades, públicas ou part iculares, é consequência do princípio da
igualdade processual.
b) O princípio do j uízo nat ural, no aspect o obj et ivo, desdobra- se em duas
garant ias: a preexist ência do órgão j urisdicional ao fat o e o respeit o absolut o
às regras obj et ivas de det erm inação de com pet ência.
c) No aspect o subj et ivo, o princípio do j uízo nat ural refere- se t ão som ent e à
quest ão da im parcialidade do j uiz.
d) O princípio do devido processo legal é aplicável apenas no âm bit o público,
sem alcançar os part iculares, j á que se refere apenas aos processos j udiciais.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

e) A dim ensão subst ancial do princípio do cont radit ório refere- se ao direit o
de part icipar do processo, de ser ouvido, do aut or que est á no polo passivo
da relação j urídico- processual.

Q5 0 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
De acordo com os princípios const it ucionais do processo civil, assinale a
opção corret a.
a) Quaisquer at os j udiciais realizados pelo m agist rado devem ser m ot ivados,
sob pena de afront a ao princípio const it ucional da m ot ivação.
b) O princípio const it ucional da am pla defesa represent a o direit o do réu de
part icipar do processo para se defender de acusações, inaplicável ao aut or,
j á que não t em necessidade de se defender.
c) O direit o fundam ent al à publicidade est abelece que os at os processuais
são públicos e divulgados oficialm ent e, ressalvada a prot eção à int im idade
ou o int eresse social.
d) O princípio da razoável duração do processo aplica- se exclusivam ent e aos
processos que t ram it am no Poder Judiciário.
e) O princípio do duplo grau de j urisdição est á expresso na Const it uição e
refere- se ao direit o à obt enção de um novo j ulgam ent o por órgão de m esm a
hierarquia ou superior.

Q5 1 . FCC/ TRF- 5 ª REGI ÃO/ 2 0 1 2


" É defeso ao j uiz proferir sent ença, a favor do aut or, de nat ureza diversa da
pedida, bem com o condenar o réu em quant idade superior ou em obj et o
diverso do que lhe foi dem andado" . No que se refere ao princípio processual
civil t rat a- se
a) da event ualidade ou especificidade.
b) da correlação ou congruência.
c) do livre convencim ent o e persuasão racional.
d) da legalidade e isonom ia processuais.
e) da inafast abilidade da j urisdição.

Q5 2 . FCC/ 2 0 ª REGI ÃO ( SE) / 2 0 1 2


Pelo princípio da event ualidade, deve o
a) réu com port ar- se de m odo leal no processo, salvo event ual cont raposição
à m á- fé processual do aut or.
b) j uiz aproveit ar os at os processuais, ainda que prat icados por form a
equivocada, se at ingiram sua finalidade e não houve prej uízo à part e
adversa.
c) j uiz fundam ent ar cada t ópico da sent ença, para a hipót ese de int erposição
de event ual recurso de apelação.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

d) j uiz at er- se ao pedido form ulado, ao proferir sent ença, salvo event ual
m at éria aferível de ofício.
e) réu alegar t oda a defesa que t iver cont ra o aut or, na cont est ação, de
form a especificada.

Q5 3 . FCC/ TJ- M S/ 2 0 1 0
É princípio inform at ivo do processo civil o princípio
a) disposit ivo, significando que o j uiz não pode conhecer de m at éria a cuj o
respeit o a lei exige a iniciat iva da part e.
b) da inércia, significando que o processo se origina por im pulso oficial, m as
se desenvolve por iniciat iva da part e.
c) da congruência, significando que o j uiz deve ser coerent e na exposição de
suas razões de decidir.
d) da event ualidade, significando que as part es devem com parecer em t odos
os at os do processo, m anifest ando- se event ualm ent e.
e) da inst rum ent alidade das form as, significando que o at o deve ser
considerado em si m esm o, sem preocupações t eleológicas.

Q5 4 . VUN ESP/ Câ m a r a de M ogi da s Cr uze s- SP/ 2 0 1 7


A respeit o da lei processual civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) O prazo de vacat io legis do novo Código de Processo Civil foi de seis m eses
decorrido da dat a de sua publicação.
b) As condições da ação regem - se pela lei vigent e à dat a de proposit ura da
ação.
c) A lei vigent e na dat a do oferecim ent o da peça recursal é a reguladora dos
efeit os e dos requisit os da adm issibilidade dos recursos.
d) A revelia, bem com o os efeit os, regulam - se pela lei vigent e na dat a do
aj uizam ent o da dem anda.
e) A respost a do réu, bem com o seus efeit os, regem - se pela lei vigent e na
dat a do aj uizam ent o da dem anda, que t orna a coisa j ulgada.

Q5 5 . VUN ESP/ Câ m a r a de M ogi da s Cr uze s- SP/ 2 0 1 7


Caio aj uizou a com pet ent e ação de indenização por danos m at eriais e m orais
cont ra Gaio, em razão de acident e aut om obilíst ico. Todavia, o aut or deixou
de indicar a quant ificação dos danos m orais sofridos. O j uiz da ação
det erm inou que Caio em endasse a inicial, indicando a quant ificação dos
danos m orais sofridos em razão do infort únio.
O caso descrit o refere- se ao princípio processual
a) da vedação da decisão surpresa.
b) do cont radit ório e da am pla defesa.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

c) da m ot ivação.
d) do disposit ivo.
e) da cooperação.

Q5 6 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Andr a dina - SP/ 2 0 1 7


Em um a decisão incident al, nos aut os de prim eiro grau, o j uiz defere a
concessão de t ut ela provisória de urgência ant ecipada requerida pelo aut or,
valendo- se com o fundam ent ação apenas da seguint e frase: “ Defiro a t ut ela
nos m oldes pleit eados, por preencher os requisit os do Código de Processo
Civil” . Diant e dessa circunst ância, é cert o afirm ar que
a) caso não sej a feit o o agravo de inst rum ent o, a t ut ela será est abilizada,
podendo ser rediscut ida pelas part es em ação própria que deverá ser
propost a em at é dois anos da dat a do deferim ent o.
b) a decisão do j uiz padece de om issão acerca da corret a fundam ent ação,
cabendo ao réu int erpor em bargos de declaração para suprir t al om issão, o
que não poderá ser feit o pelo aut or da dem anda vez que ele foi beneficiado
com o deferim ent o da sua pret ensão.
c) a decisão est á devidam ent e fundam ent ada, pois apont ou qual a legislação
foi ut ilizada para form ar o convencim ent o do j uiz.
d) por se t rat ar de t ut ela ant ecipada ant ecedent e, caberá ao réu int erpor
agravo de inst rum ent o cont ra a decisão, recurso esse que deverá ser
endereçado diret am ent e ao órgão colegiado.
e) a decisão padece de um vício, pois não se considera com o fundam ent ação
a m era indicação do at o norm at ivo que daria suport e ao ent endim ent o do
j uiz.

Q5 7 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de M ogi da s Cr uze s- SP/ 2 0 1 6


O princípio da dem anda e im pulso oficial t em relação com a
a) im parcialidade do j uiz.
b) prevalência à conciliação.
c) duração razoável do processo.
d) paridade e o cont radit ório.
e) proporcionalidade e a razoabilidade.

Q5 8 . VUN ESP/ D PE- M S/ 2 0 1 4


A respeit o da incidência da lei processual nova sobre processos pendent es
quando do início da sua vigência, aplica- se a t eoria
a) da unidade processual, segundo a qual a lei nova se aplica apenas aos
processos aj uizados após sua ent rada em vigor, evit ando a ret roat ividade e
preservando a validade dos at os processuais j á prat icados.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) da unidade processual, consoant e a qual a lei nova deve incidir sobre


t odos os at os, passados e fut uros do processo pendent e, repet indo- se os
at os prat icados em desconform idade com a lei nova.
c) do isolam ent o dos at os processuais, ist o é, os at os ainda pendent es dos
processos em curso se suj eit am aos com andos da lei nova, respeit ada a
eficácia daqueles at os j á prat icados de acordo com a lei ant iga.
d) das fases processuais, devendo cada fase ( post ulat ória, probat ória,
decisória e recursal) ser com preendida com o um conj unt o inseparável de
at os, devendo a lei nova disciplinar apenas os at os processuais de fases
ainda não iniciadas.

Q5 9 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 3


É possível afirm ar que, em sua cont est ação, o réu deve
a) apresent ar pedido cont rapost o na própria peça de cont est ação, se assim
o desej ar, desde que o procedim ent o sej a ordinário.
b) im pugnar t ão som ent e os vícios processuais, caso est es inviabilizem a
apreciação do m érit o, em obediência ao princípio da inst rum ent alidade das
form as.
c) apresent ar t oda a m at éria de defesa, ainda que haj a cont rariedade ent re
um a t ese e out ra, em hom enagem ao princípio da event ualidade.
d) apresent ar as m at érias que o j uiz poderia t er conhecido de ofício ant es
da defesa, sob pena de preclusão e supervenient e im pedim ent o para que o
j uiz as conheça de ofício.

Q6 0 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 2


Sobre o princípio do duplo grau de j urisdição, é corret o afirm ar que
a) é garant ia const it ucional expressa que assegura à part e o direit o de t er a
decisão j udicial revist a e que veda a edição de lei ordinária que venha a
suprim ir recursos previst os no sist em a.
b) não é garant ia const it ucional, m as a previsão expressa desse princípio,
na Cart a Magna, no sent ido de propi- ciar a revisão da decisão j udicial,
im pede a supressão, por lei ordinária, de qualquer recurso.
c) não é garant ia const it ucional expressa na Cart a Magna, pelo que é
perfeit am ent e possível a edição de lei ordinária que venha suprim ir algum
recurso previst o no sist em a.
d) é garant ia const it ucional expressa, const it uindo cláusula pét rea, que
garant e aos j urisdicionados o direit o de recorrer, at ravés dos m eios recursais
previst os no sist em a, que não podem ser suprim idos.

Q6 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9


A regra da correlação ou da congruência
a) refere- se som ent e à causa de pedir.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) não foi adot ada pelo legislador brasileiro.


c) foi adot ada pelo legislador brasileiro e não com port a exceções.
d) est á diret am ent e relacionada com o princípio do cont radit ório.

Q6 2 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9


O princípio da oralidade
a) é observado em segundo grau.
b) com preende as regras sobre im ediat idade, irrecorribilidade das
int erlocut órias, concent ração, ident idade física do j uiz e prevenção.
c) com preende as regras sobre im ediat idade, irrecorribilidade das
int erlocut órias, concent ração e ident idade física do j uiz.
d) foi adot ado no Código de Processo Civil brasileiro, sem rest rições.

Q6 3 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9


O princípio da inst rum ent alidade das form as
a) t orna irrelevant e o vício, desde que o at o t enha at ingido sua finalidade.
b) só pode ser aplicado às hipót eses expressam ent e previst as em lei.
c) afast a a nulidade, desde que prat icado novam ent e o at o.
d) não incide em nenhum a hipót ese de nulidade absolut a.

Q6 4 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Segundo o que é sabido, quant o aos princípios gerais do direit o processual
civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) O j uiz coloca- se ent re as part es e acim a delas, no desem penho de sua
função dent ro do processo.
b) Não é para assegurar sua im parcialidade, m as sim , para reforçar sua
aut oridade, que a Const it uição Federal est ipula garant ias e prescreve
vedações ao j uiz.
c) Não at ent a cont ra o princípio da razoável duração do processo a falt a de
at endim ent o à lei que m anda dar prioridade, nos j uízos e t ribunais, às causas
de int eresse de pessoas com idade igual ou superior a sessent a anos.
d) Não é da ciência a cada lit igant e dos at os prat icados pelo j uiz e pelo
adversário que, no processo, pode- se efet ivar o cont radit ório, de m odo a se
t er inform ação e reação.

Q6 5 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Afast ada possibilidade de confusão ent re princípio da indisponibilidade e
princípio disposit ivo, assinale a alt ernat iva corret a.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

a) Não é a cada um dos suj eit os envolvidos no conflit o sob j ulgam ent o que
cabe, em regra, a dem onst ração dos fat os alegados, com vist a ao
prevalecim ent o de suas respect ivas posições.
b) Em processo civil, sendo disponível o direit o, o j uiz pode sat isfazer- se com
a verdade form al, aquilo que result a ser verdadeiro em face das provas
produzidas, na m aioria dos casos.
c) Nos Juizados Especiais Cíveis est aduais, em que o processo deve se
orient ar pelos crit érios da oralidade, sim plicidade, inform alidade, econom ia
processual e celeridade, não é cabível, em regra, a ant ecipação da t ut ela
j udicial.
d) No processo civil, não se aplica, nos procedim ent os de j urisdição
volunt ária, o princípio inquisit ório, pelo qual o j uiz cont a com poderes de
plena invest igação, podendo det erm inar, de ofício, a realização de provas,
m esm o cont ra a vont ade dos int eressados.

Q6 6 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Sabendo- se que t odos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciário
deverão ser públicos e fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de
nulidade, assinale a alt ernat iva corret a.
a) A necessidade de m ot ivação não deve ser int erpret ada com o garant ia das
part es, de m odo a possibilit ar event ual alt eração da decisão.
b) A fundam ent ação obrigat ória das decisões ou sent enças t em em cont a
não apenas as part es e o órgão com pet ent e para j ulgar um event ual recurso,
m as t am bém qualquer do povo, com a finalidade de se aferir em concret o a
im parcialidade do j uiz do j ulgam ent o, a legalidade e a j ust iça das decisões.
c) A exigência de publicidade e fundam ent ação dos j ulgam ent os const it ui
garant ias do indivíduo no t ocant e ao exercício da j urisdição em t erm os
absolut os, não podendo, pois, ser lim it ada a presença, em det erm inados
at os, apenas às próprias part es e a seus advogados, ou som ent e a est es.
d) O princípio da lealdade processual, se desat endido por qualquer das
part es, em nada afet ará a fundam ent ação do at o j udicial, porque é
assegurada aos procuradores plena e incondicionada liberdade de condut a
no processo.

Q6 7 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Assinale a alt ernat iva consent ânea com as exigências de efet ividade do
processo.
a) Não reunião de processos em casos de cont inência e conexão, não
aceit ação de reconvenção nem de ação declarat ória incident al e de
lit isconsórcio const it uem opção válida e eficaz em relação ao obj et ivo em
quest ão.
b) Em prego de t ant as at ividades processuais, quant as se m ost rem possíveis,
para se alcançar o m áxim o result ado na at uação do direit o, não o m ínim o

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

em prego possível de at ividades processuais, opera no sent ido de se


conseguir o obj et ivo de razoável duração do processo.
c) O result ado consist ent e em ext ensa e cuidadosam ent e elaborada
sent ença, independent em ent e de t em po, ent ende m ais com a devida
prest ação j urisdicional, geralm ent e, do que a sent ença resum ida e pront a,
am bas proferidas com respeit o ao princípio do devido processo legal.
d) A at enção e pront a solução, no que se refere aos requisit os ou
pressupost os e condições da ação, serve de base decisiva para razoável
duração do processo.

Q6 8 . FUN ECE/ UECE/ 2 0 1 7


At ent e ao seguint e excert o: “ Não há m ais provas de valor previam ent e
hierarquizado no direit o processual m oderno, a não ser naqueles at os
solenes em que a form a é de sua própria subst ância.”
( Hum bert o Theodoro Júnior, Curso de Direit o Processual Civil)
O t recho em dest aque rem et e ao princípio processual civilist a denom inado
a) princípio da inst rum ent alidade das form as.
b) princípio da am pla defesa.
c) princípio da verdade real.
d) princípio do cont radit ório.

Q6 9 . I N STI TUTO AOCP/ EBSERH / 2 0 1 7


São princípios que nort eiam o novo CPC:
a) j ust a causa e legit im idade.
b) duração razoável do processo e boa- fé obj et iva.
c) arbit rariedade e cooperação.
d) fins sociais e boa- fé subj et iva.
e) cooperação e boa- fé subj et iva.

Q7 0 . FAUEL/ Câ m a r a de M a r ia H e le na – PR/ 2 0 1 7
O novo Código de Processo Civil ( CPC) est abeleceu algum as inovações no
sist em a j urídico. Dent re as inovações est á o art .9º , que est abelece que “ Não
se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida” . O próprio Código est abelece exceções a est a regra, previst os nos
incisos I , I I e I I I do parágrafo único do art . 9º . Com base nisso, assinale a
alt ernat iva que indica um a hipót ese NÃO previst a com o exceção à regra
est abelecida no art . 9º do CPC:
a) Tut ela provisória de urgência.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) Alegações de fat o que puderem ser com provadas apenas


docum ent alm ent e e houver t ese firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos
ou em súm ula vinculant e.
c) Em ação m onit ória sendo evident e o direit o do aut or.
d) Em ação caut elar aut ônom a.

Q7 1 . I BFC/ EBSERH / 2 0 1 7
Assinale a alt ernat iva corret a sobre a aplicabilidade das norm as processuais
em face da ent rada em vigor da Lei Federal nº 13.105, de 16/ 03/ 2015 ( Novo
Código de Processo Civil) .
a) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o ordinário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
b) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
c) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
d) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
e) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.

Q7 2 . M PE- PR/ M PE- PR/ 2 0 1 6


Sobre as norm as fundam ent ais do Processo Civil e os t em as de j urisdição e
ação, assinale a alt ernat iva corret a:
a) A Const it uição da República Federat iva do Brasil serve, para o Direit o
Processual Civil, com o crit ério de validade, sem influenciar a int erpret ação
dos disposit ivos legais;

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) A at uação da j urisdição depende da const at ação de lesão a direit o, sem


se cogit ar sobre um a at uação prevent iva em casos de am eaças a direit os;
c) Para o Código de Processo Civil de 2015, o cont radit ório é garant ia de
ouvir e ser ouvido, não t endo relação com os ônus processuais, os deveres
nem à aplicação de sanções processuais;
d) De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, post ular em j uízo
requer int eresse de agir, legit im idade de part e e possibilidade j urídica do
pedido;
e) O int eresse do aut or pode ser lim it ar à declaração do m odo de ser relação
j urídica, ainda que não exist a pedido de condenação ou de reparação de
dano.

Q7 3 . FUN D ATEC/ Pr e fe it ur a de Por t o Ale gr e - RS/ 2 0 1 6


Considerando as norm as fundam ent ais do processo civil dispost as no Código
de Processo Civil ( Lei nº 13.105/ 15) , assinale a alt ernat iva I NCORRETA.
a) Em razão da colaboração, t odos os suj eit os que at uam no processo,
inclusive o j uiz, devem cooperar ent re si para que se obt enha, em t em po
razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
b) A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de
conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público.
c) Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e
econôm icos e às exigências do bem com um , zelando pela prom oção da
dignidade da pessoa hum ana.
d) Pelo princípio da publicidade, t odos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos. Todavia, t ram it am em segredo de j ust iça os
processos em que o exij a o int eresse público ou social.
e) O j ulgam ent o segundo a ordem cronológica de conclusão pelos j uízes e
t ribunais é de at endim ent o preferencial.

Q7 4 . FUN D ATEC/ Pr e fe it ur a de Por t o Ale gr e - RS/ 2 0 1 6


Considerando o princípio const it ucional do cont radit ório, na est rut uração
conferida pelo Código de Processo Civil ( Lei nº 13.105/ 15) , assinale a
alt ernat iva corret a.
a) O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em
fundam ent o a respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de
se m anifest ar, ressalvadas as quest ões sobre as quais deva decidir de ofício.
b) É vedado ao j uiz apreciar quest ão, proferir decisão ou conceder t ut ela de
urgência cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e ouvida.
c) O j uiz não pode conceder t ut ela da evidência, quando houver t ese firm ada
em j ulgam ent o de casos repet it ivos, cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

d) É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício


de direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo
efet ivo cont radit ório.
e) Nos t ribunais, quando j á j ulgada a causa pelo j uiz de prim eiro grau, se o
relat or const at ar a ocorrência de fat o supervenient e à decisão recorrida que
deva ser considerado no j ulgam ent o do recurso, poderá int im ar as part es
para que se m anifest em no prazo de dez dias.

Q7 5 . FCC/ D PE- BA/ 2 0 1 6


Sobre o direit o processual int ert em poral, o novo Código de Processo Civil
a) ret roage porque a norm a processual é de nat ureza cogent e.
b) t orna aplicáveis a t odas as provas as disposições de direit o probat ório
adot adas, ainda que requeridas ant es do início de sua vigência.
c) vige desde o dia de sua publicação, porque a lei processual é de nat ureza
cogent e e possui efeit o im ediat o.
d) ext inguiu o procedim ent o sum ário, im pondo a ext inção de t odas as ações
aj uizadas sob est e procedim ent o, incluindo as ant eriores à sua ent rada em
vigor.
e) não possui efeit o ret roat ivo e se aplica, em regra, aos processos em curso,
respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas
consolidadas sob a vigência da norm a revogada.

Q7 6 . I AD H ED / Pr e fe it ur a de Ar a gua r i – M G/ 2 0 1 6
De acordo com o dispost o no Código de Processo Civil vigent e, assinale a
alt ernat iva incorret a:
a) Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciários serão públicos e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade;
b) Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada som ent e a presença
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ér io
Público;
c) A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e
à disposição para consult a pública em cart ório e na rede m undial de
com put adores;
d) Os j uízes e os t ribunais deverão seguir à ordem cronológica de conclusão
para proferir sent ença ou acórdão.

Q7 7 . Se r ct a m / Pr e fe it ur a de Quix a dá - CE/ 2 0 1 6
Marque a alt ernat iva corret a:
a) O processo com eça por iniciat iva da part e e sem pre se desenvolve por
im pulso oficial.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) A Lei nº 13.105/ 2015, novo CPC, consagra o princípio da prom oção pelo
Est ado da solução por aut ocom posição, ou sej a, um a polít ica pública de
solução de lit ígios, ent endim ent o que j á era adot ado pelo Conselho Nacional
de Just iça – CNJ, especialm ent e na Resolução nº 125/ 2010.
c) A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de
conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público, porém , t ais m ét odos só poderão ser
ut ilizados at é a audiência de saneam ent o do processo.
d) Não com pet e ao Est ado prom over a solução consensual dos conflit os.
e) Com fundam ent o no princípio da duração razoável do processo, o j uiz
pode proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.

Q7 8 . I ESES/ BAH I AGÁS/ 2 0 1 6


O novo CPC t rouxe m udanças im port ant es que alt eram subst ancialm ent e o
processo civil. Assinale dent re as proposições seguint es s que est iver
I NCORRETA.
a) Os At os Processuais: o j uiz e as part es poderão acordar a respeit o dos
at os e procedim ent os processuais, podendo alt erar o t ram it e do processo.
b) Os j uízes e t ribunais serão obrigados a respeit ar j ulgam ent os do STF e
STJ. O j uiz t am bém poderá arquivar o pedido que cont raria a j urisprudência,
a pedido das part es.
c) Conciliação e Mediação: os Tribunais serão obrigados a criar cent ros para
realização de audiências de conciliação. A audiência de conciliação poderá
ser feit a em m ais de um a sessão e durant e a inst rução do processo o j uiz
poderá fazer nova t ent at iva de conciliação.
d) Ações Repet it ivas: foi criada um a ferram ent a para dar a m esm a decisão
a m ilhares de ações iguais, por exem plo, planos de saúde, operadoras de
t elefonia, bancos, et c., dando m ais celeridade aos processos na prim eira
inst ância.
e) Prazos: a cont agem dos prazos será feit a apenas em dias út eis e serão
suspensos os prazos no fim de ano. Os prazos para Recursos serão de 15
dias e som ent e Em bargos de Declaração t erá prazo de 5 dias.

4 .2 – Ga ba r it o
Q1. CORRETA Q9. I NCORRETA Q17. I NCORRETA
Q2. D Q10. A Q18. C
Q3. C Q11. D Q19. B
Q4. B Q12. C Q20. CORRETA
Q5. A Q13. A Q21. I NCORRETA
Q6. A Q14. CORRETA Q22. B
Q7. B Q15. B Q23. CORRETA
Q8. E Q16. B Q24. D

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Q25. D Q43. D Q61. D


Q26. C Q44. D Q62. C
Q27. E Q45. A Q63. A
Q28. A Q46. C Q64. A
Q29. C Q47. A Q65. B
Q30. E Q48. D Q66. B
Q31. A Q49. B Q67. D
Q32. C Q50. C Q68. C
Q33. A Q51. B Q69. B
Q34. E Q52. E Q70. D
Q35. C Q53. A Q71. E
Q36. C Q54. B Q72. E
Q37. E Q55. E Q73. C
Q38. C Q56. E Q74. D
Q39. A Q57. A Q75. E
Q40. E Q58. C Q76. D
Q41. B Q59. C Q77. B
Q42. D Q60. C Q78. B

4 .3 - List a de qu e st õe s com Com e n t á r ios


Q1 . CESPE/ D PU/ 2 0 1 7
Tendo o t ext o precedent e com o referência inicial, j ulgue o it em a seguir à
luz do ent endim ent o j urisprudencial e dout rinário acerca das norm as
fundam ent ais do processo civil.
Apesar de o CPC garant ir às part es a obt enção, em prazo razoável, da
solução int egral do m érit o, esse direit o j á exist ia no ordenam ent o j urídico
brasileiro at é m esm o ant es da Em enda Const it ucional n.º 45/ 2004.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Ant es m esm o da Em enda Const it ucional n.º 45/ 2004,
o Pact o de San José da Cost a Rica j á previa o direit o a um razoável prazo de
duração dos processos, conform e prevê o art . 8, 1:
Art igo 8. Garant ias j udiciais
1. Toda pessoa t em direit o a ser ouvida, com as devidas garant ias e dent ro de um prazo
razoável, por um j uiz ou t ribunal com pet ent e, independent e e im parcial, est abelecido
ant eriorm ent e por lei, na apuração de qualquer acusação penal form ulada cont ra ela, ou
para que se det erm inem seus direit os ou obrigações de nat ureza civil, t rabalhist a, fiscal ou
de qualquer out ra nat ureza.

O princípio da duração razoável do processo foi int roduzido na CF pela Em enda


Const it ucional nº 45/ 2004, que acrescent ou ao art . 5º o inc. LXXVI I I onde
est abelece que a t odos, no âm bit o j udicial e adm inist rat ivo, são assegurados a
r a zoá ve l dur a çã o do pr oce sso e os m eios que garant am a ce le r ida de de sua
t r a m it a çã o.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Além disso, o art . 4º , do NCPC, revela que o prazo razoável se est ende t am bém
à at ividade sat isfat iva. Vej am os:
Art . 4 o As part es t êm o direit o de obt er em prazo razoável a solução int egral do m érit o,
incluída a at ividade sat isfat iva.

Assim , em nosso ordenam ent o j urídico, j á se poderia encont rar fundam ent o para
esse princípio. Tant o porque ele explicit a um dos aspect os do devido processo
legal, quant o porque o Pact o de San José da Cost a Rica j á o consagrava.

Q2 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Não é adm issível pensar em um a ordem const it ucional dem ocrát ica sem t er
present e o processo, na m edida em que é inst rum ent o indispensável à t ut ela
de direit os fundam ent ais e asseguração da dignidade da pessoa hum ana. No
cam po do direit o probat ório, t al conclusão reflet e na m edida da exist ência
de um direit o fundam ent al à prova, com o corolário do devido processo legal.
A esse respeit o, analise as afirm at ivas.
I . No CPC/ 15, o legislador procurou dar efet ividade à prem issa cont ida no
art . 1 º da Cart a Const it ucional.
I I . Tent ou t raduzir para o processo civil o significado de Est ado Dem ocrát ico
de Direit o. Tal opção foi inserida, inclusive, na Part e Geral do CPC/ 15.
I I I . Na busca para harm onizar o m odelo const it ucional do direit o processual
civil com o princípio da at ipicidade da prova Processual, especialm ent e o
cont eúdo que t rat a do direit o probat ório.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) I e I I , apenas.
b) I I e I I I ,apenas.
c) I e I I I , apenas.
d) I ,I I e I I I .

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
Os it ens I e I I est ão corret os. O art . 1º , da Const it uição Federal, prevê:
Art . 1º A República Federat iva do Brasil, form ada pela união indissolúvel dos Est ados e
Municípios e do Dist rit o Federal, const it ui- se em Est ado Dem ocrát ico de Direit o e t em com o
fundam ent os:

Enquant o o art . 1º , do NCPC, est abelece:


Art . 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e int erpret ado conform e os valores e as
norm as fundam ent ais est abelecidos na Const it uição da República Federat iva do Brasil,
observando- se as disposições dest e Código.

Assim , no Novo Código de Processo Civil o legislador procurou dar efet ividade à
prem issa cont ida no art . 1º , da CF/ 88.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Adem ais, o NCPC é a prim eira est rut ura legislat iva do País que nasce no Est ado
Dem ocrát ico de Direit o, volt ado para as garant ias fundam ent ais, at ravés do
est abelecim ent o de um a prot eção j urídica.
Por fim , o it em I I I t am bém est á corret o. O princípio da at ipicidade significa a
adm issibilidade de t odos os m eios de prova, m esm o aqueles não previst os no
NCPC. Esse sist em a engloba não só as provas t ípicas, m as t am bém as at ípicas.
O princípio da at ipicidade t em apoio no art . 369, do NCPC:
Art . 369. As part es t êm o direit o de em pregar t odos os m eios legais, bem com o os
m oralm ent e legít im os, ainda que não especificados nest e Código, para provar a verdade
dos fat os em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazm ent e na convicção do j uiz.

Desse m odo, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q3 . FAURGS/ TJ- RS/ 2 0 1 7


Sobre o direit o ao cont radit ório e suas consequências, assinale a alt ernat iva
corret a.
a) O princípio do cont radit ório exige apenas a ciência bilat eral dos at os e
t erm os do processo, bem com o a possibilidade de cont radit á- los.
b) Na ação m onit oria e nas dem ais hipót eses de t ut ela da evidência, o Juiz
poderá deferir a m edida requerida sem ouvir previam ent e o réu.
c) O Juiz deve subm et er ao cont radit ório, debat endo previam ent e com as
part es, m esm o as m at érias passíveis de serem exam inadas de ofício.
d) Bast a que o Juiz explicit e as razões de sua decisão, não precisando
analisar os argum ent os favoráveis ou cont rários à conclusão por ele adot ada.
e) Não há a previsão de int im ação para cont rarrazões nos em bargos de
declaração, j á que esse recurso não se prest a à m odificação da decisão.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O princípio do cont radit ório com port a duas
D I M EN SÕES:
 Pela dim e nsã o for m a l refere- se ao dir e it o de pa r t icipa r do pr oce sso
( ser ouvido) .
 Já pela dim e nsã o m a t e r ia l refere- se ao pode r de in flue n cia r na
de cisã o.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O erro da alt ernat iva é dizer que o j uiz pode
decidir sem ouvir o réu na ação m onit ória e nos casos de t ut ela de evidência.
Vej am os o art . 9º , do NCPC:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Ao se t rat a de t ut ela de evidência, som ent e os incs. I I e I I I do art . 311, aut orizam
decisão " inaudit a alt era part e" , os incs. I e I V exigem cont radit ório prévio.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
10, do NCPC:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Um a t ut ela j urisdicional que é proferida sem


conhecer os argum ent os das part es envolvidas não é suficient e, não é
dem ocrát ica e não at ende aos preceit os const it ucionais.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Em regra, os em bargos de declaração não
ensej am a int im ação da part e em bargada para cont rarrazões, j á que o referido
recurso não é capaz de ensej ar alt eração subst ancial na decisão im pugnada.
Porém , excepcionalm ent e, caso sej am pleit eados os efeit os infringent es, o
em bargado deverá se m anifest ar no prazo de 05 dias, conform e prevê o §2º , do
art . 1.023, do NCPC:
§ 2 o O j uiz int im ará o em bargado para, querendo, m anifest ar- se, no prazo de 5 ( cinco) dias,
sobre os em bargos opost os, caso seu event ual acolhim ent o im plique a m odificação da
decisão em bargada.

Q4 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


É corret o afirm ar no que t angem as norm as fundam ent ais do novo Código
de Processo Civil:
I . A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de
conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público, inclusive no curso do processo j udicial.
I I . Os j uízes e os t ribunais at enderão, obrigat oriam ent e à ordem cronológica
de conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
I I I . O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso
oficial, salvo as exceções previst as em lei.
I V. É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício
de direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo
efet ivo cont radit ório.
A sequência corret a é:
a) As assert ivas I , I I , I I I e I V est ão corret as.
b) Apenas as assert ivas I , I I I , I V est ão corret as.
c) Apenas as assert ivas I e I V est ão corret as.
d) Apenas a assert iva I I est á corret a.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O it em I est á corret o, pois é o que dispõe o §3º , do art . 3º , da Lei nº 13.105/ 15:
§ 3 o A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de conflit os deverão
ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos e m em bros do Minist ério
Público, inclusive no curso do processo j udicial.

O it em I I est á incorret o. De acordo com o art . 12, da referida Lei, os j uízes e os


t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de conclusão para
proferir sent ença ou acórdão.
O it em I I I est á corret o, com base no art . 2º , do NCPC:
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.

O it em I V est á corret o, segundo o art . 7º , da Lei nº 13.105/ 15:


Art . 7 o É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício de direit os
e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.

Port ant o, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Com relação às font es do direit o processual civil brasileiro, avalie as
seguint es proposições:
I . O processo civil será int erpret ado conform e os valores e norm as
fundam ent ais est abelecidos na Const it uição da República Federat iva do
Brasil.
I I . Os t rat ados int ernacionais em que o Brasil sej a part e não são font es para
aplicação do direit o processual civil.
I I I . A lei, os cost um es, a dout rina e a j urisprudência são consideradas font es
do direit o processual civil.
I V. A dout rina e a j urisprudência são im port ant es font es do direit o processual
civil, sej a para a elaboração das norm as j urídicas, sej a para a solução do
lit ígio que se apresent a ao Poder Judiciário.
Est á corret o apenas o que se afirm a em :
a) I , I I I e I V.
b) I I , I I I e I V.
c) I , I I e I I I .
d) I e I I .

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o. A lei processual deverá observar os princípios e os
disposit ivos const ant es na Const it uição da República, pois ela const it ui a sua
font e últ im a de legit im idade e validade. Vej am os o art . 1º , do NCPC:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Art . 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e int erpret ado conform e os valores e as
norm as fundam ent ais est abelecidos na Const it uição da República Federat iva do Brasil,
observando- se as disposições dest e Código.

O it em I I est á incorret o. Os t rat ados int ernacionais firm ados pelo Brasil são
considerados font e do direit o processual civil.
O it em I I I est á corret o. A Lei os cost um es, a dout rina e a j urisprudência, assim
com o a Const it uição Federal e os t rat ados int ernacionais firm ados pelo Brasil, são
considerados font es do direit o processual civil.
Por fim , o it em I V est á corret o. A dout rina e a j urisprudência são im port ant es
font es do direit o processual civil, vist o que auxiliam na elaboração de norm as
j urídicas, e nos próprios j ulgam ent os proferidos pelo Poder Judiciário.
GABARI TO: let ra a

Q6 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Os princípios são im port ant es para qualquer ram o do direit o, post o que
indicam um cam inho para alcançar o real sent ido da norm a. Analise os
princípios que seguem :
I . Princípio da legalidade encont ra adoção expressa no art . 8º , do CPC/ 2015,
ao at ribuir ao j uiz o dever de “ aplicar o ordenam ent o j urídico” , at endendo
aos fins sociais e às exigências do bem com um .
I I . Pelo princípio da event ualidade ou da preclusão, cada faculdade
processual deve ser exercida dent ro da fase adequada, sob pena de se
perder a oport unidade de prat icar o at o respect ivo.
I I I . O princípio da verdade real consist e na obrigação do j uiz de perseguir a
veracidade das versões apresent adas, por m eio de vários deveres e de um a
at uação oficial na condução da produção probat ória, sem que isso im plique
qualquer violação da im parcialidade e da independência do Est ado- Juiz.
I V. O princípio do duplo grau de j urisdição não adm it e que o recurso cont ra
sent ença proferida por j uiz de prim eiro grau sej a apreciado por órgão
recursal form ado por grupo de j uízes de prim eiro grau.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) I , I I e I I I , apenas.
b) I I , I I I e I V, apenas.
c) I e I V, apenas.
d) I , I I , I I I e I V.

Com e nt á r ios
Vam os à analise dos it ens.
O it em I est á corret o, conform e est abelece o art . 8º , do NCPC:
Art . 8 o Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e às exigências do
bem com um , resguardando e prom ovendo a dignidade da pessoa hum ana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O it em I I est á corret o. O princípio da event ualidade significa dizer, por exem plo,
que cabe ao réu form ular t oda sua defesa na cont est ação. Segundo o art . 336,
da Lei nº 13.105/ 15, é dever do réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria que
lhe aproveit a sob pena de preclusão.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.

O it em I I I est á corret o. De acordo com o art . 2º , da referida Lei, o processo


com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo as
exceções previst as em lei. Além disso, o art . 370, est abelece que caberá ao j uiz,
de ofício ou a requerim ent o da part e, det erm inar as provas necessárias ao
j ulgam ent o do m érit o.
O it em I V est á incorret o. O princípio do duplo grau de j urisdição inform a que t oda
decisão j udicial final deve ser im pugnável, pelo m enos, por um recurso. O
princípio det erm ina que t oda decisão j udicial final deve poder ser revist a, e não
t oda e qualquer decisão j udicial. Por isso, é aceit ável que algum as decisões
int erlocut órias sej am irrecorríveis.
Ga ba r it o: LETRA A

Q7 . COM PERVE/ Câ m a r a de Cur r a is N ovo – RN / 2 0 1 7


O princípio const it ucional do cont radit ório, na nova est rut uração conferida
pelo Código de Processo Civil ( Lei nº 13.105/ 15) , est á baseado na ideia de
que o cont radit ório dinâm ico possibilit a um a preparação m ais adequada
durant e a cognição, aprim ora o debat e e, consequent em ent e, conduz a um a
decisão de m elhor qualidade. De acordo com esse princípio, o j uiz é im pedido
de
a) conceder t ut ela de urgência cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida.
b) proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
c) conceder t ut ela da evidência cont ra um a das part es, quando houver t ese
firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos, sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
d) proferir decisão com base em fundam ent o a respeit o do qual não se t enha
dado às part es oport unidade de se m anifest ar, excet o nas m at érias em que
possa decidir de ofício.

Com e nt á r ios
Essa quest ão cobra alguns conhecim ent os de t ut ela provisória, cont udo, para
responder a quest ão, bast a o conhecim ent o do art . 9º , do NCPC.
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Vej am os o art . 9º , parágrafo único, I , do NCPC:
Art . 9 o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

I - à t ut ela provisória de urgência;

A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, com base no art . 9º ,


caput , da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 9 o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e ouvida.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 311, I I , da referida Lei, a


t ut ela da evidência será concedida, independent em ent e da dem onst ração de
perigo de dano ou de risco ao result ado út il do processo, quando as alegações de
fat o puderem ser com provadas apenas docum ent alm ent e e houver t ese firm ada
em j ulgam ent o de casos repet it ivos ou em súm ula vinculant e.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 10, do NCPC, prevê que o j uiz não pode
decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o do
qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Q8 . CESPE/ TRE- PE/ 2 0 1 7


Acerca das norm as processuais civis, assinale a opção corret a.
a) O j uiz não pode decidir com base em fundam ent o a respeit o do qual não
t enha sido dada oport unidade de m anifest ação às part es, ressalvado o caso
de m at éria que deva decidir de ofício.
b) Os j uízes e t ribunais t erão de, inexoravelm ent e, at ender à ordem
cronológica de conclusão para proferir sent ença ou decisão.
c) A boa- fé processual obj et iva, que não se aplica ao j uiz, prevê que as
part es no processo t enham um com port am ent o probo e leal.
d) O m odelo cooperat ivo, que at ende à nova ordem do processo civil no
Est ado const it ucional, propõe que o j uiz sej a assim ét rico no decidir e na
condução do processo.
e) O cont radit ório subst ancial t em por escopo propiciar às part es a ciência
dos at os processuais, bem com o possibilit ar que elas influenciem na
form ação da convicção do j ulgador.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 10, do NCPC, o j uiz não
pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o
do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que
se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no art . 12, da Lei nº 13.105/ 15, os
j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sent ença ou acórdão.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A boa- fé processual alcança a t odos que at uam
no processo, inclusive, ao j uiz. Vej am os o art . 5º , da referida Lei:
Art . 5 o Aquele que de qualquer form a part icipa do processo deve com port ar- se de acordo
com a boa- fé.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Segundo o art . 6º , do NCPC, o j uiz deve


resguardar a isonom ia ent re as part es, não devendo at uar de form a assim ét rica.
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio do


cont radit ório subst ancial pode ser definido com o a garant ia de part icipação at iva
dos suj eit os processuais no at o de decidir do j ulgador, com carát er de influência
no provim ent o j urisdicional, evit ando qualquer surpresa quando da decisão do
j uiz. Deve haver oit iva e a oport unidade de defesa das part es. Port ant o, será
subst ancial o cont radit ório quando as part es puderem , de fat o, influenciar a
decisão do j uiz.
GABARI TO: let ra A

Q9 . CESPE/ SED F/ 2 0 1 7
Julgue o it em a seguir, relat ivo a norm as processuais civis, capacidade
processual e post ulat ória e int ervenção de t erceiros.
O novo Código de Processo Civil que ent rou em vigor em m arço de 2016 não
se aplica aos processos que j á est avam t ram it ando na dat a da sua vigência.

Com e nt á r ios
Vej am os o que dispõe o art . 1.043, do NCPC.
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

Assim , nova lei processual t em aplicação im ediat a aos processos que j á est avam
em curso, respeit ando- se os at os processuais j á realizados durant e a vigência da
lei ant erior.
Desse m odo, a assert iva est á incor r e t a .

Q1 0 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 7


Assinale a alt ernat iva corret a no que diz respeit o à m udança de lei que rege
prazos e form as recursais no curso de um a ação.
a) A lei a regular o recurso é aquela do m om ent o da publicação da decisão
recorrível.
b) Os prazos processuais serão cont ados de acordo com a lei que regulava
o recurso ao t em po da proposit ura da ação.
c) Se o recurso foi suprim ido por lei nova, valerá o direit o adquirido no
m om ent o da proposit ura da ação.
d) Os prazos serão cont ados pela lei vigent e ao t em po da proposit ura da
ação e a form a nos t erm os da lei nova.
e) Se a lei nova dim inuir o prazo recursal, ainda não em curso, valerá a
cont agem nos t erm os da lei ant eriorm ent e vigent e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
14, do NCPC.
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.

Adem ais, à luz desse disposit ivo, o STJ edit ou dois enunciados adm inist rat ivos,
que explicit am que o parâm et ro para saber se o recurso seguirá os pressupost os
de adm issibilidade do CPC73 ou do NCPC será a dat a da publicação da sent ença.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 2
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 1973 ( relat ivos a decisões publicadas at é
17/ 03/ 2016) devem ser exigidos os requisit os de adm issibilidade na form a nele previst a,
com as int erpret ações dadas, at é ent ão, pela j urisprudência do STJ.
STJ Enunciado Adm inist rat ivo 3
Aos recursos int erpost os com fundam ent o no CPC/ 2015 ( relat ivos a decisões publicadas a
part ir de 18/ 03/ 2016) serão exigidos os requisit os de adm issibilidade recursal na form a do
CPC/ 2015.

De acordo com os disposit ivos acim a, se a sent ença foi publicada at é 17/ 3/ 2016,
o recurso segue os pressupost os do CPC73; ao passo que se publicada a part ir
do dia 18/ 3/ 2016, são observados os pressupost os recursais do NCPC.
Desse m odo, as a lt e r na t iva s B, C e D est ão incorret as, pois se referem à
proposit ura da ação com o parâm et ro.
Por fim , a a lt e r na t iva E est á incorret a, pois não t em qualquer previsão nesse
sent ido.

Q1 1 . OBJETI VA/ SAM AE de Ja gua r ia íva – PR/ 2 0 1 6


Considerando- se o Código de Processo Civil Brasileiro, acerca das norm as
fundam ent ais nort eadoras do processo civil, m arcar C para as afirm at ivas
Cert as, E para as Erradas e, após, assinalar a alt ernat iva que apresent a a
sequência CORRETA:
( ) O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos
conflit os.
( ) As part es t êm o direit o de obt er em prazo razoável a solução int egral do
m érit o, incluída a at ividade sat isfat iva.
( ) O j uiz não pode decidir em grau algum de j urisdição, com base em
fundam ent o a respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de
se m anifest ar, ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de
ofício.
( ) Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida, salvo, exclusivam ent e, nas hipót eses de t ut ela da
evidência.
a) C - E - E - E.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) E - C - C - C.
c) E - C - E - E.
d) C - C - C - E.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um a das afirm at ivas.
A prim eira afirm at iva est á cert a, com base no §2º , do art . 3º , do NCPC:
§ 2 o O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos conflit os.

A segunda afirm at iva est á cert a, conform e prevê o art . 4º , da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 4 o As part es t êm o direit o de obt er em prazo razoável a solução int egral do m érit o,
incluída a at ividade sat isfat iva.

A t erceira afirm at iva est á cert a, pois reproduz o art . 10, da referida Lei:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Por fim , a quart a afirm at iva est á errada. Vej am os o que est abelece o art . 9º do
NCPC:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

A exceção t razida pelo inc. I I corresponde apenas a duas hipót eses em que o j uiz
est á aut orizado a conceder a t ut ela da evidência, e não, genericam ent e, a
qualquer hipót ese em que a lei adm it e a concessão desse t ipo de t ut ela.
Confira as duas hipót eses em que o j uiz est á aut orizado a conceder a t ut ela da
evidência:
Art . 311. A t ut ela da evidência será concedida, independent em ent e da dem onst ração de
perigo de dano ou de risco ao result ado út il do processo, quando:
I I - as alegações de fat o puderem ser com provadas apenas docum ent alm ent e e houver t ese
firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos ou em súm ula vinculant e;
I I I - se t rat ar de pedido reipersecut ório fundado em prova docum ent al adequada do cont rat o
de depósit o, caso em que será decret ada a ordem de ent rega do obj et o cust odiado, sob
com inação de m ult a;

Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 2 . I ESES/ TJ- M A/ 2 0 1 6
Com relação a preocupação do legislador no novo Código de Processo Civil
para assegurar um a prest ação j urisdicional célere e elevar o grau de j ust iça,
foram valorados alguns princípios const it ucionais, dos quais podem os
dest acar:
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

a) Evidenciados no Novo Código de Processo Civil, apenas os princípios da


celeridade, da razoabilidade e do cont radit ório.
b) Essencialm ent e o princípio do j uiz nat ural e da celeridade.
c) Princípio da am pla defesa, do cont radit ório, do devido processo legal, da
celeridade, da dignidade da pessoa hum ana, m oralidade, publicidade e
razoabilidade.
d) Som ent e os princípios da celeridade e da dignidade da pessoa hum ana.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Todos esses princípios
est ão previst os nos art igos iniciais do NCPC.
Observe que t odas as dem ais alt ernat iva lim it am dem ais os princípios previst os
no NCPC.

Q1 3 . FCC/ PGE- M T/ 2 0 1 6
De acordo com as regras t ransit órias de direit o int ert em poral est abelecidas
no novo Código de Processo Civil,
a) um a ação de nunciação de obra nova que ainda não t enha sido
sent enciada pelo j uízo de prim eiro grau quando do início da vigência do Novo
Código de Processo Civil, seguirá em conform idade com as disposições do
Código de Processo Civil de 1973.
b) as ações que foram propost as segundo o rit o sum ário ant es do início da
vigência do novo Código de Processo Civil, devem ser adapt adas às
exigências da nova lei inst rum ent al, à luz do princípio da im ediat a aplicação
da lei processual nova.
c) as disposições de direit o probat ório do novo Código de Processo Civil
aplicam - se a t odas as provas que forem produzidas a part ir da dat a da
vigência do novo diplom a processual, independent em ent e da dat a em que a
prova foi requerida ou det erm inada a sua produção de ofício.
d) caso um a ação t enha sido propost a durant e a vigência do Código de
Processo Civil de 1973 e sent enciada j á sob a égide do novo Código de
Processo Civil, resolvendo na sent ença quest ão prej udicial cuj a resolução
dependa o j ulgam ent o do m érit o expressa e incident alm ent e, t al decisão t erá
força de lei e form ará coisa j ulgada.
e) o novo Código de Processo Civil aut oriza, sem ressalvas, a concessão de
t ut ela provisória cont ra a Fazenda Pública, derrogando t acit am ent e as
norm as que dispõem em sent ido cont rário.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A respeit o dos
procedim ent os especiais previst os no CPC/ 73, vej am os o §1º , do art . 1.046, do
NCPC:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

§ 1o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973, relat ivas ao procedim ent o


sum ário e aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência dest e Código.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. O disposit ivo m encionado acim a faz referência


às ações que t ram it am sob procedim ent os especiais e sob rit o sum ário
ant eriorm ent e previst os no CPC/ 73.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 1.047, da Lei nº 13.105/ 15,
as disposições de direit o probat ório adot adas nest e Código aplicam - se apenas às
provas requeridas ou det erm inadas de ofício a part ir da dat a de início de sua
vigência.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O art . 503, §1º , do NCPC, est abelece que a
resolução de quest ão prej udicial, decidida expressa e incident alm ent e no
processo, t em força de lei em algum as hipót eses:
§ 1 o O dispost o no caput aplica- se à resolução de quest ão prej udicial, decidida expressa e
incident em ent e no processo, se:
I - dessa resolução depender o j ulgam ent o do m érit o;
I I - a seu respeit o t iver havido cont radit ório prévio e efet ivo, não se aplicando no caso de
revelia;
I I I - o j uízo t iver com pet ência em razão da m at éria e da pessoa para resolvê- la com o
quest ão principal.

Porém , o art . 1.054, dispõe que essa regra som ent e se aplica aos processos
iniciados após a sua vigência, não se aplicando, port ant o, às ações propost as
durant e a vigência do CPC/ 73.
Art . 1.054. O dispost o no art . 503, § 1o, som ent e se aplica aos processos iniciados após a
vigência dest e Código, aplicando- se aos ant eriores o dispost o nos art s. 5º , 325 e 470 da Lei
no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 1.059, da Lei nº 13.105/ 15, o
NCPC não ext ingue as norm as que im pedem a concessão de t ut ela provisória
cont ra a Fazenda Pública.

Q1 4 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


No que diz respeit o às norm as processuais, aos at os e negócios processuais
e aos honorários de sucum bência, j ulgue o it em que se segue, com base no
dispost o no novo Código de Processo Civil.
Em observância ao princípio da prim azia da decisão de m érit o, o m agist rado
deve conceder à part e oport unidade para, se possível, corrigir vício
processual ant es de proferir sent ença t erm inat iva.

Com e nt á r ios
O art . 4º , do NCPC, est abelece que a part e t em o direit o a um a solução de m érit o,
que deve ser proferida em t em po razoável. Para se chegar a essa decisão é
fundam ent al que o m agist rado oport unize às part es a possibilidade de se
m anifest ar ant es de decidir, ainda m ais se a decisão definit iva ocorrer sem a
análise do m érit o e independent em ent e de ser analisável de ofício.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Port ant o, cor r e t a a assert iva.

Q1 5 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva corret a.
a) A garant ia do cont radit ório part icipat ivo im pede que se profira decisão ou
se conceda t ut ela ant ecipada cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida ( decisão surpresa) .
b) A boa- fé no processo t em a função de est abelecer com port am ent os
probos e ét icos aos diversos personagens do processo e rest ringir ou proibir
a prát ica de at os at ent at órios à dignidade da j ust iça.
c) O princípio da cooperação at inge som ent e as part es do processo que
devem cooperar ent re si para que se obt enha, em t em po razoável, decisão
de m érit o j ust a e efet iva.
d) Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e
econôm icos e às exigências do bem público, resguardando e prom ovendo a
dignidade da pessoa hum ana.
e) Será possível, em qualquer grau de j urisdição, a prolação de decisão sem
que se dê às part es oport unidade de se m anifest ar, se for m at éria da qual o
j uiz deva decidir de ofício.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a, pois em bora o art . 9º , do NCPC, prevej a que o
j uiz não pode proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida, o inc. I est abelece que o caput será excepcionado quando
envolver t ut elas provisórias de urgência e de evidência. Assim , m aliciosam ent e a
quest ão t ornou a exceção com o regra, pois é possível a concessão de t ut elas
provisórias com cont radit ório diferido.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois ret rat a o princípio
da boa- fé obj et iva processual, esculpido no art . 5º , do NCPC.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. O princípio da cooperação não se resum e às
part es do processo, pois deve ser com preendido por t odos os suj eit os do processo
para além das part es, abrangendo t est em unhas, perit os, advogados ( públicos e
privado) , m em bros do Minist ério Público e, inclusive, o m agist rado.
Vej a que o art . 6º não m enciona apenas as part es, m as os suj eit os do processo:
Art . 6 o Todos os SUJEI TOS do pr oce sso devem cooperar ent re si para que se obt enha,
em t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Com base no art . 8º , do NCPC, ao aplicar o


ordenam ent o j urídico, o j uiz at ent ará aos fins sociais e às exigências do bem
com um . Não há referência aos “ fins econôm icos” .
Art . 8 o Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e às exigências do
bem com um , resguardando e prom ovendo a dignidade da pessoa hum ana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Finalm ent e, a a lt e r na t iva E est á t ot alm ent e equivocada. É j ust am ent e o


cont rário do que prevê o art . 10, do NCPC. N ÃO será possível, em grau algum
de j urisdição, a prolação de decisão sem que se dê às part es oport unidade de se
m anifest ar, ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício. Leia
novam ent e:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Q1 6 . FAFI PA/ Câ m a r a de Ca m ba r á – PR/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva I NCORRETA acerca das norm as fundam ent ais
previst as no Código de Processo Civil vigent e ( Lei 13.105/ 2015) .
a) É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício
de direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo
efet ivo cont radit ório.
b) Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida, salvo nos casos em que envolver m at éria de ordem
pública, hipót ese em que o j uiz decidirá de ofício, sem que para isso t enha
que oport unizar às part es m anifest ar- se.
c) O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em
fundam ent o a respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de
se m anifest ar, ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de
ofício.
d) Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem
cronológica de conclusão para proferir sent ença ou acórdão.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a. Not e que ela é reprodução lit eral do art . 7º , do
NCPC:
Art . 7 o É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício de direit os
e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. O j uiz não poderá


decidir, independent em ent e do grau de j urisdição, sem que se t enha dado às
part es o direit o de se m anifest ar. Assim , de acordo com o art . 10, do NCPC,
m esm o quando envolver assunt o que o j uiz possa decidir de ofício, deve- se
conceder a oport unidade de m anifest ação à part e a fim de evit ar decisões
surpresa. Vej am os o art igo:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que se
t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Agora sim t em os a reprodução exat a do art . 10, do NCPC. Port ant o, est á corret a
a a lt e r na t iva C.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r na t iva D est á corret a, pois ret rat a o caput do art . 12, do NCPC:
Art . 12. Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sent ença ou acórdão.

Q1 7 . M PE- SC/ 2 0 1 6
Julgue:
Nos t erm os do novo Código de Processo Civil, o j uiz não pode decidir, em
grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o do qual não
se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, salvo se t rat ar de
m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Ainda que se t rat e de m at éria sobre a qual deva
decidir de ofício, o j uiz não poderá decidir sem dar às part es a oport unidade de
se m anifest ar. Vej am os os art . 10, do NCPC:
Art . 10. O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a
respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, AI N D A que
se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

Q1 8 . FGV/ M PE- RJ/ 2 0 1 6


A possibilidade de concessão, pelo j uiz da causa, de t ut ela ant ecipat ória do
m érit o, inaudit a alt era part e, em razão de requerim ent o form ulado nesse
sent ido pela part e aut ora em sua pet ição inicial, est á diret am ent e
relacionada ao princípio:
a) do j uiz nat ural;
b) da inércia da j urisdição;
c) da inafast abilidade do cont role j urisdicional;
d) do cont radit ório;
e) da m ot ivação das decisões j udiciais.

Com e nt á r ios
O princípio da inafast abilidade do cont role j urisdicional t em previsão expressa na
CF e indica que não poderão ser criados im pedim ent os ao acesso do cidadão aos
órgãos j urisdicionais quando algum direit o seu est iver sendo violado ou
am eaçado de lesão.
Adem ais, se esse direit o est iver am eaçado pela possibilidade de decurso do
t em po ou por algum a at it ude que o réu puder vir a t om ar, o j uiz est ará aut orizado
pela própria lei processual a ant ecipar os efeit os da t ut ela pret endida pelo aut or.
Que st ion a - se : e o pr incípio do con t r a dit ór io ( a lt e r n a t iva D ) nã o e st a r ia
t a m bé m dir e t a m e nt e r e la ciona do?
A concessão de t ut elas sem prévia oit iva da part e cont rária ( j ust ificação) afet a o
cont radit ório. Nesse caso, o cont radit ório será diferido, ou sej a, será exercido
post eriorm ent e. Cont udo, em razão ( diret a) do princípio da inafast abilidade da
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

j urisdição, há a possibilidade de concessão de t ut ela provisória ant ecipada


ant ecedent e. O cont radit ório diferido nesses casos é m era consequência
( indiret a) .
Port ant o, em bora o princípio do cont radit ório est ej a relacionado, essa relação é
indiret a, de m era consequência.
Port ant o, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 9 . TRF – 4 ª REGI ÃO/ 2 0 1 6


Dadas as assert ivas abaixo, assinale a alt ernat iva corret a.
Considerando o Código de Processo Civil de 2015:
I . O Código é m arcado pelos princípios do cont radit ório perm anent e e
obrigat ório, da cooperação, do m áxim o aproveit am ent o dos at os
processuais, da prim azia do j ulgam ent o de m érit o e da excepcionalidade dos
recursos int erm ediários, ent re out ros.
I I . O Código busca a segurança j urídica e a isonom ia, reforçando o sist em a
de precedent es ( st are decisis) e est abelecendo com o regra, no plano
vert ical, a observância dos precedent es e da j urisprudência e, no plano
horizont al, a est abilidade, a int egridade e a coerência da j urisprudência.
I I I . A dist inção ( dist inguishing) , a superação ( overruling) e a superação para
a frent e, m ediant e m odulação dos efeit os ( prospect ive overruling) , são
t écnicas de adequação do sist em a de precedent es às alt erações
int erpret at ivas da norm a e às circunst âncias fact uais post as sob exam e dos
j uízes e dos t ribunais.
I V. Paralelam ent e à prot eção da segurança j urídica, a necessidade de
evolução da herm enêut ica exige que apenas súm ulas, vinculant es ou não,
sej am consideradas parâm et ros para aplicação do sist em a de precedent es,
sob pena de se im obilizar a exegese das norm as.
a) Est ão corret as apenas as assert ivas I e I I .
b) Est ão corret as apenas as assert ivas I , I I e I I I .
c) Est ão corret as apenas as assert ivas I I , I I I e I V.
d) Est ão corret as t odas as assert ivas.
e) Nenhum a assert iva est á corret a.

Com e nt á r ios
Tem os aqui um a quest ão com plexa, m as que explora cont eúdos relevant es, razão
pela qual est udarem os alguns cont eúdos im port ant es. Vam os analisar cada um
dos it ens.
O it em I est á corret o. Os princípios do cont radit ório perm anent e e obrigat ório, da
cooperação, do m áxim o aproveit am ent o dos at os processuais, da prim azia do
j ulgam ent o de m érit o e da excepcionalidade dos recursos int erm ediários, est ão
descrit os no prim eiro capít ulo do NCPC.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Em bora não t enham os falado diret am ent e do “ m áxim o aproveit am ent o dos at os
processuais” e da “ excepcionalidade dos recursos int erm ediários” , part e da
dout rina ext rai esses princípios dos disposit ivos iniciais. Vam os, em razão disso,
t rat ar do conceit o de cada um deles:
 princípio do m áxim o aproveit am ent o dos at os processuais – em nom e da celeridade,
um at o processual som ent e será anulado ou refeit o em razão de vícios se não for possível
aproveit á- lo.
 princípio da excepcionalidade dos recursos int erm ediários – est ipula que as hipót eses
de cabim ent o de recursos cont ra decisões int erlocut órias são lim it adas.

O it em I I t am bém est á corret o. O NCPC busca a segurança j urídica ao t rat ar, por
exem plo, da irret roat ividade da norm a processual e prevê expressam ent e a
isonom ia no art . 7º . O est udo dos precedent es será desenvolvido m ais adiant e,
m as um a das grandes caract eríst icas do Novo Código é o reforço concedido aos
precedent es.
O it em I I I est á corret o e t raz um a t eoria relat ivam ent e nova, que ganha força no
NCPC.
O st are decisis é um precedent e de respeit o obrigat ório, criado a part ir de um a
decisão j udicial dada por algum órgão j udiciário vinculant e. Trat a- se de t eoria
criada no sist em a do com m on law. Para a aplicação do sist em a de precedent es
devem ser consideradas t rês t écnicas: “ dist inguishing” , “ overruling” e
“ prospect ive overruling” .
O dist inguishing envolve a ideia de com paração ent re um caso concret o qualquer
e as razões de decidir da decisão paradigm a, para verificar se am bos os casos
possuem algum a sem elhança.
O overruling rem et e à ideia de revogação do ent endim ent o paradigm át ico
consubst anciado no precedent e, em razão da m odificação de valores sociais ou
dos conceit os j urídicos. Além de superar o precedent e considerado com o
paradigm a, no overrruling im põe- se ao órgão j ulgador a const rução de novo
posicionam ent o j urídico.
Com a superação do precedent e, t em - se adm it ido a adoção de efeit os
prospect ivos ao overruling. Fala- se, assim , em prospect ive overrruling que t em
por finalidade não at ingir det erm inados grupo de j ulgados. Desse m odo,
pret ende- se evit ar sit uações em que det erm inada part e vencedora em inst âncias
inferiores, j ust am ent e em virt ude de as decisões est arem seguindo o
ent endim ent o predom inant e nas cort es superiores, sej a surpreendida com a
m udança brusca de ent endim ent o. De form a sem elhant e, o prospect ive
overrruling é adot ado pelo STF em sede de cont role concent rado de
const it ucionalidade quando, em vist a das razões de segurança j urídica ou de
excepcional int eresse social, rest ringe os efeit os daquela declaração ou decida
que ela só t erá eficácia a part ir de seu t rânsit o em j ulgado ou de out ro m om ent o
que venha a ser fixado.
Port ant o, est á corret o o it em I I I que t rat a das t rês t écnicas de adequação do
sist em a de precedent es às alt erações int erpret at ivas da norm a e às
circunst âncias fact uais post as sob exam e dos j uízes e dos t ribunais.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Por fim , o it em I V est á incorret o, pois além das súm ulas, o sist em a de
precedent es prevê o respeit o às t eses j urídicas fixadas pelos t ribunais superiores
e pelo Pleno ou pelo Órgão Especial dos dem ais t ribunais.
Assim , a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 0 . CESPE/ TCE- RN / 2 0 1 6
O princípio da cooperação processual se relaciona à prest ação efet iva da
t ut ela j urisdicional e represent a a obrigat oriedade de part icipação am pla de
t odos os suj eit os do processo, de m odo a se t er um a decisão de m érit o j ust a
e efet iva em t em po razoável.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . O princípio da cooperação processual depende de t odos
os suj eit os cooperarem ent re si para obt er- se decisão de m érit o j ust a e efet iva,
em t em po razoável, conform e t em os no art . 6º , do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

Q2 1 . CESPE/ Te le br a s/ 2 0 1 5
A respeit o de j urisdição, ação e processo, j ulgue o it em seguint e.
Os t erm os processo e procedim ent o são considerados sinônim os, vist o que
represent am a ordem com que os at os processuais se desenvolvem .

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . O procedim ent o é um dos elem ent os form adores do
processo. Na realidade, o procedim ent o const it ui a ordenação dos at os que
result am da relação j urídica processual. O t erm o processo se refere à at uação da
j urisdição, j á o t erm o procedim ent o é a sucessão de at os, que represent a a form a
com o o processo se desenvolve.

Q2 2 . M PD FT/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC
Julgue os it ens a seguir, a respeit o dos princípios processuais civis:
I . O princípio da cooperação significa que as aut oridades j udiciárias de
com arcas diversas t êm o dever de aj uda m út ua quando da colet a de provas
por cart a precat ória.
I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as consagra o respeit o às
form as legais est abelecidas para a prát ica de det erm inado at o.
Desrespeit ada essa form a, o at o não gerará efeit os, m esm o que cum prida a
sua finalidade e não evidenciado prej uízo às part es ou ao processo.
I I I . O princípio da inst rum ent alidade das form as est á int im am ent e ligado ao
princípio da econom ia processual porque est á baseado no aproveit am ent o
do at o processual viciado, ao invés de declará- lo nulo.
I V. O processo civil com eça por iniciat iva da part e, m as se desenvolve por
im pulso oficial, salvo exceções previst as em lei.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

V. A isonom ia no processo civil consist e, sob o aspect o form al, em t rat ar a


t odas as part es igualm ent e, sem quaisquer dist inções
Assinale a alt ernat iva que cont ém os it ens CORRETOS:
a) I , I I e I V.
b) I I I , I V e V.
c) I , I I I e V.
d) I I , I V e V.
e) I I , I I I e V.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um os it ens.
O it em I est á incorret o. O princípio da cooperação prevê que t odos os suj eit os do
processo devem cooperar ent re si para que se obt enha a solução do processo
com efet ividade e em t em po razoável. I sso envolve a colaboração das part es com
o j uiz, do j uiz com as part es e das part es ent re si.
Acredit o que à luz do NCPC essa quest ão fica enfraquecida, pois a cooperação no
CPC73 ( quando a quest ão em com ent o foi edit ada) o princípio da cooperação se
dava na relação t riangular ent re j uiz- aut or- réu. Agora, no NCPC, o princípio da
cooperação ganha um a roupagem m ais am pla, para abranger t odos os suj eit os
do processo e, port ant o, at os de cooperação ent re j uízos.
O it em I I t am bém est á incorret o. O princípio da inst rum ent alidade das form as
consagra o respeit o às form as legais est abelecidas para a prát ica de det erm inado
at o. Desrespeit ada essa form a, o at o gerará efeit os m esm o que cum prida a sua
finalidade, desde que não sej a evidenciado prej uízo às part es ou ao processo.
O it em I I I est á corret o. O princípio da inst rum ent alidade das form as est á
int im am ent e ligado ao princípio da econom ia processual porque est á baseado no
aproveit am ent o do at o processual viciado, ao invés de declará- lo nulo.
O it em I V est á corret o e reproduz o art . 2º , do NCPC:
Art . 2º O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.

O it em I V est á corret o, pois sob o aspect o form al, a igualdade não leva em
consideração as peculiaridades m at eriais.
Port ant o, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 3 . CESPE/ TCU/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


No que concerne aos princípios processuais e à j urisdição, j ulgue o it em que
se segue.
A m it igação do cont radit ório e da am pla defesa, direit os const it ucionalm ent e
garant idos, é adm it ida em t ut elas provisórias de urgência ou de evidência.

Com e nt á r ios

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A assert iva est á cor r e t a .


Na ant ecipação dos efeit os da t ut ela não há m it igação do princípio const it ucional
do cont radit ório, ela é apenas inicialm ent e diferida, sendo assegurado o
cont radit ório ao réu após a det erm inação da m edida ant ecipat ória. Vej a o art . 9º ,
do NCPC, especialm ent e as exceções do parágrafo único:
Art . 9º Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

Q2 4 . FCC/ TJ- SC/ a da pt a da a o N CPC


No t ocant e às norm as processuais civis, exam ine os enunciados seguint es:
I . Quant o ao seu grau de obrigat oriedade, pode- se afirm ar que o direit o
processual civil é com post o preponderant em ent e por regras cogent es,
im perat ivas ou de ordem pública, que não podem t er sua incidência afast ada
pela vont ade das part es.
I I . No que t ange ao direit o int ert em poral, norm alm ent e são aplicáveis as
norm as processuais que est ão em vigor no m om ent o da prát ica dos at os no
processo, não as que vigoravam na época em que se passaram os fat os da
causa.
I I I . Relat ivam ent e aos t ít ulos execut ivos ext raj udiciais, vale a regra que
vigorava quando o at o ext raj udicial foi prat icado e não a regra do m om ent o
do aj uizam ent o da ação execut iva.
É corret o o que se afirm a APENAS em
a) I I I .
b) I I e I I I .
c) I e I I I .
d) I e I I .
e) I I .

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o. O direit o processual civil é com post o por regras cogent es,
im perat ivas e de ordem pública. O desrespeit o dessas regras, devido à
im port ância e à obrigat oriedade, pode ser declarado de ofício pelo j uiz,
acarret ando na anulação do at o processual.
O it em I I t am bém est á corret o. A nova lei processual é im ediat a t ant o para as
ações fut uras quant o para os processos em curso. Ela som ent e não alcança, com o
regra geral, os at os prat icados ant es da sua ent rada em vigor.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O it em I I I est á incorret o. Relat ivam ent e aos t ít ulos execut ivos ext raj udiciais, vale
a norm a aplicável no m om ent o do aj uizam ent o da execução e não no m om ent o
em que o t ít ulo foi form ado.
Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 5 . VUN ESP/ M PE- SP/ 2 0 1 5


O cancelam ent o unilat eral de pensão alim ent ícia de filho que at ingiu a
m aioridade, sem que haj a decisão j udicial, viola, com m aior int ensidade,
o( s) princípio( s)
a) do devido processo legal.
b) da isonom ia.
c) da boa- fé e lealdade processual.
d) do cont radit ório e da am pla defesa.
e) da inafast abilidade do cont role j udicial.

Com e nt á r ios
De acordo com a Súm ula STJ 358, “ o cancelam ent o de pensão alim ent ícia de filho
que at ingiu a m aioridade est á suj eit o à decisão j udicial, m ediant e cont radit ório,
ainda que nos próprios aut os” .
Assim , a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 6 . FCC/ TJ- PE/ 2 0 1 5


Em relação à norm a processual civil e a suas font es form ais, considere os
enunciados seguint es:
I . Com o o processo civil int egra o direit o público, suas norm as são sem pre
cogent es, inexist indo norm as disposit ivas processuais.
I I . Tendo em vist a a lei federal com o font e form al prim ária do processo civil,
é corret o dizer que com pet e à União legislar sobre o direit o processual civil,
t endo porém os Est ados com pet ência concorrent e à União para legislar sobre
norm as procedim ent ais em m at éria processual.
I I I . As font es form ais acessórias do direit o processual civil são as m esm as
das norm as em geral, quais sej am , analogia, cost um es e princípios gerais
do direit o; servem para suprir as lacunas do ordenam ent o j urídico,
int egrando- o.
Est á corret o o que se afirm a em
a) I e I I I , apenas
b) I , I I e I I I
c) I I e I I I , apenas.
d) I , apenas
e) I e I I , apenas.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á incorret o. Com o o processo civil int egra o direit o público, suas
norm as são cogent es, cont udo, a lei processual dispõe de norm as disposit ivas,
que podem ser, por convenção das part es, alt eradas.
O it em I I est á corret o. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre o direit o
processual, t endo, os Est ados- m em bros, com pet ência concorrent e à União para
legislar sobre norm as procedim ent ais em m at éria processual, conform e art .22, I
e art . 24, XI , am bos da CF.
Art . 22. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre:
I - direit o civil, com ercial, penal, processual, eleit oral, agrário, m arít im o, aeronáut ico,
espacial e do t rabalho;
Art . 24. Com pet e à União, aos Est ados e ao Dist rit o Federal legislar concorrent em ent e
sobre:
XI - procedim ent os em m at éria processual;

O it em I I I est á corret o. O j uiz não se exim e de decidir sob a alegação de lacuna


ou obscuridade no ordenam ent o j urídico. O j uiz só decidirá por equidade nos
casos previst os em lei. Nesse cont ext o, confira o art . art . 140, do NCPC:
Art . 140. O j uiz não se exim e de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenam ent o j urídico.
Parágrafo único. O j uiz só decidirá por equidade nos casos previst os em lei.

Port ant o, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 7 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
Quant o à eficácia das leis processuais civis, no t em po e no espaço, vigora a
seguint e regra:
a) Ao cont rário das leis subst anciais, o direit o processual civil aplica- se no
Brasil apenas aos nacionais, devendo os est rangeiros suj eit ar- se às norm as
processuais de seus respect ivos países, em razão da soberania a ser
respeit ada.
b) A noção de direit o adquirido é exclusiva do direit o m at erial, inexist indo
direit os processuais adquiridos, porque a lei processual nova aplica- se a t odo
processo em t râm it e, int egralm ent e, sendo irrelevant es os at os processuais
ant eriorm ent e prat icados.
c) Com o o processo civil é indivisível, deve ser regulado por um a única lei;
assim , sobrevindo lei processual nova, quando j á se encont re em t ram it ação
um processo, a lei velha cont inua a reger int egralm ent e o feit o iniciado sob
sua vigência, m esm o após revogada, o que se denom ina ult ra at ividade da
lei velha
d) De m aneira diversa às norm as de direit o m at erial, as leis processuais civis
iniciam sua vigência, em regra, cent o e oit ent a dias após sua prom ulgação,
dada sua com plexidade e necessidade de publicização.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

e) A lei processual civil subm et e- se à m esm a disciplina das norm as de direit o


m at erial: um a vez em vigor, a lei nova t em efeit o im ediat o e geral,
respeit ados o at o j urídico perfeit o, o direit o adquirido e a coisa j ulgada.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Não há previsão na legislação nesse sent ido.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Os processos em curso respeit arão a nova lei. Já
os t ransit ados na vigência da lei ant iga, persist irão.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com o sabem os, a aplicação da lei processual se
dá no m om ent o da prát ica do at o, do que se ext rai do art . 14, do NCPC. Adem ais,
para fundam ent ar a quest ão podem os nos socorrer t am bém ao art . 1.046, do
NCPC, que disciplina a t ransição do CPC73 para o NCPC:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Não há previsão específica nesse sent ido, de


form a que as leis processuais civis iniciam sua vigência, em regra, 45 dias depois
de oficialm ent e publicadas, seguindo a diret riz da Lei de I nt rodução às Norm as
do Direit o Brasileiro. Nesse cont ext o prevê o art . 1º , da Lei nº 12.376/ 2010:
Art . 1 o Salvo disposição cont rária, a lei com eça a vigorar em t odo o país quarent a e cinco
dias depois de oficialm ent e publicada.

No caso específico do NCPC, o art . 1.045 previu que o Código ent raria em vigor
decorrido um ano da dat a de sua publicação. Considerando que o t ext o foi
publicado em 17/ 03/ 2016, o NCPC ent rou em vigor no dia 18/ 03/ 2016, quando
decorreu um ano da publicação.
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, cuj o fundam ent o é
ext raído do art . 14 do NCPC:
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.

Ainda a respeit o do assunt o, podem os cit ar o art . 6º , da LI NDB, um a vez que,


em vigor, a lei nova t em efeit o im ediat o e geral, respeit ados o at o j urídico
perfeit o, o direit o adquirido e a coisa j ulgada.
Art . 6º A Lei em vigor t erá efeit o im ediat o e geral, respeit ados o at o j urídico perfeit o, o
direit o adquirido e a coisa j ulgada.

Q2 8 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
São princípios gerais do processo civil:
a) econom ia processual, publicidade dos at os processuais, event ualidade.
b) individualização da pena, duração razoável do processo, livre invest igação
das provas.
c) presunção de inocência, direit o ao j uiz nat ural, inércia.
d) dom ínio do fat o, vedação à prova ilícit a, cont radit ório e am pla defesa.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

e) anualidade, m ot ivação das decisões j udiciais, isonom ia processual.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da econom ia
apont a que o j uiz deve conduzir o processo de form a a obt er o m áxim o de
proveit o na aplicação do direit o com o m ínim o de dispêndio.
O princípio da publicidade, por sua vez, indica que t odos os at os do processo
devem ser públicos, para que possam ser cont rolados. Vam os aproveit ar a
quest ão para, desde j á, referir o art . 189, do NCPC:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

O princípio da event ualidade apont a que incum be ao réu apresent ar t odos os seus
argum ent os de defesa e est á previst o no art . 336, do NCPC.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Os princípios da individualização da pena, da
duração razoável do processo e da livre invest igação das provas envolvem
princípios processuais penais.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Os princípios da presunção de inocência, do
direit o ao j uiz nat ural e da inércia t am bém se relacionam ao Direit o Processual
Penal.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Os princípios do dom ínio do fat o, da vedação à
prova ilícit a, do cont radit ório e da am pla defesa referem - se ao Direit o Processual
Penal.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Os princípios da anualidade dizem respeit o ao
Direit o Tribut ário.

Q2 9 . PGR/ 2 0 1 5
Const it uem princípios const it ucionais processuais im plícit os:
a) A boa- fé processual, a efet ividade e a paridade de arm as.
b) A boa- fé processual, a efet ividade e a eficiência.
c) A boa- fé processual, efet ividade e a adequação.
d) A boa- fé processual, a efet ividade e a publicidade.

Com e nt á r ios
Para não errar essa quest ão é necessário est ar at ent o ao fat o de que são cobrados
princípios const it u ciona is im plícit os. Nesse cont ext o:
 boa- fé processual: im plícit o;
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 efet ividade: im plícit o;


 paridade de arm as: é o princípio da igualdade, ext raível do caput e do inc. I , do art . 5º ,
da CF;
 eficiência: previst o no art . 37, caput , da CF;
 adequação: im plícit o; e
 publicidade: previst o nos incs. I X e X, do art . 93, da CF.

Port ant o, são princípios const it ucionais processuais im plícit os: a boa- fé
processual, a efet ividade e a adequação. Assim , a a lt e r n a t iva C est á corret a e
é o gabarit o da quest ão.

Q3 0 . FGV/ TJ- BA/ 2 0 1 5


A herm enêut ica j urídica vem se dest acando com o um dos t em as cent rais na
reform ulação da ciência processual m oderna. De acordo com a herm enêut ica
j urídica, o j uiz deve, ao j ulgar, aplicar:
a) os princípios processuais de acordo com as regras processuais cont idas
no Código de Processo Civil;
b) a analogia, os cost um es e os princípios gerais do Direit o com o font es
prim árias das norm as processuais;
c) a int erpret ação lit eral, em det rim ent o da percepção sist em át ica das regras
e princípios processuais;
d) a sua percepção pessoal sobre as regras processuais em razão do princípio
const it ucional da m ot ivação;
e) os princípios e as regras de m odo a definir com clareza o alcance e a
incidência das norm as processuais.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. As regras processuais cont idas no Código de
Processo Civil devem ser aplicadas de acordo com os princípios processuais.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. A analogia, os cost um es e os princípios gerais do
Direit o são t idos com o font es secundárias das norm as processuais.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A int erpret ação lit eral não pode ser ut ilizada em
det rim ent o da percepção sist em át ica das regras e dos princípios processuais.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Não se adm it e que o j ulgam ent o sej a baseado
nas percepções pessoais do j uiz, pois deve ser fundam ent ado nas regras de
direit o e na prova cont ida nos aut os.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Com pet e ao j uiz aplicar
os princípios e as regras de m odo a definir com clareza o alcance e a incidência
das norm as processuais.

Q3 1 . FUN D EP/ TCE- M G/ 2 0 1 5


Sobre os princípios const it ucionais explícit os e im plícit os do Direit o
Processual, são dadas um a proposição 1 e um a razão 2.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

1. O devido processo legal aplica- se, t am bém , às relações j urídicas privadas.


Na verdade, qualquer direit o fundam ent al, e o devido processo legal é um
deles, aplica- se ao âm bit o das relações j urídicas privadas,
PORQUE
2. a palavra processo, aqui, deve ser com preendida em seu sent ido am plo:
qualquer m odo de produção de norm as j urídicas ( j urisdicional,
adm inist rat ivo, legislat ivo ou negocial) . Desse m odo, a at ual Const it uição
Brasileira adm it e a am pla vinculação dos part iculares aos direit os
fundam ent ais nela erigidos, de m odo que não só o Est ado com o t oda a
sociedade podem ser suj eit os desses direit os.
Assinale a alt ernat iva CORRETA.
a) A proposição e a razão são verdadeiras e a razão j ust ifica a proposição
b) A proposição e a razão são verdadeiras, m as a razão não j ust ifica a
proposição
c) A proposição é verdadeira, m as a razão é falsa
d) A proposição é falsa, m as a razão é verdadeira.
e) A proposição e a razão são falsas.

Com e nt á r ios
As duas proposições rem et em à aplicação dos direit os e garant ias fundam ent ais
às relações ent re pessoas privadas. Sabe- se que os direit os fundam ent ais
surgiram – not adam ent e os de prim eira dim ensão – com a finalidade de im por
lim it es às arbit rariedades est at ais. Cont udo, dada a relevância desses princípios
int ernam ent e, ent ende- se que eles são aplicáveis não apenas às relações que
envolvam o Est ado.
Nesse cont ext o, as garant ais processuais, t al com o a do cont radit ório, aplicam -
se às relações ent re pessoas privadas. Desse m odo, as proposições acim a est ão
corret as.
A propósit o, é clássico o j ulgam ent o exarado no RE nº 201.819 do STF18 . Confira
a em ent a:

SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. UNI ÃO BRASI LEI RA DE COMPOSI TORES.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADI TÓRI O. EFI CÁCI A
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S NAS RELAÇÕES PRI VADAS. RECURSO DESPROVI DO. I .
EFI CÁCI A DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S NAS RELAÇÕES PRI VADAS. As violações a
direit os fundam ent ais não ocorrem som ent e no âm bit o das relações ent re o cidadão e o
Est ado, m as igualm ent e nas relações t ravadas ent re pessoas físicas e j urídicas de direit o
privado. Assim , os direit os fundam ent ais assegurados pela Const it uição vinculam
diret am ent e não apenas os poderes públicos, est ando direcionados t am bém à prot eção dos

18
RE 201819, Rel. Ellen Gracie, Relat or p/ acórdão: Min. Gilm ar Mendes, 2ª Turm a, j ulgado em
11/ 10/ 2005, DJ 27- 10- 2006.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

part iculares em face dos poderes privados. I I . OS PRI NCÍ PI OS CONSTI TUCI ONAI S COMO
LI MI TES À AUTONOMI A PRI VADA DAS ASSOCI AÇÕES. A ordem j urídico- const it ucional
brasileira não conferiu a qualquer associação civil a possibilidade de agir à revelia dos
princípios inscrit os nas leis e, em especial, dos post ulados que t êm por fundam ent o diret o
o próprio t ext o da Const it uição da República, not adam ent e em t em a de prot eção às
liberdades e garant ias fundam ent ais. O espaço de aut onom ia privada garant ido pela
Const it uição às associações não est á im une à incidência dos princípios const it ucionais que
asseguram o respeit o aos direit os fundam ent ais de seus associados. A aut onom ia privada,
que encont ra claras lim it ações de ordem j urídica, não pode ser exercida em det rim ent o ou
com desrespeit o aos direit os e garant ias de t erceiros, especialm ent e aqueles posit ivados
em sede const it ucional, pois a aut onom ia da vont ade não confere aos part iculares, no
dom ínio de sua incidência e at uação, o poder de t ransgredir ou de ignorar as rest rições
post as e definidas pela própria Const it uição, cuj a eficácia e força norm at iva t am bém se
im põem , aos part iculares, no âm bit o de suas relações privadas, em t em a de liberdades
fundam ent ais. I I I . SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. ENTI DADE QUE I NTEGRA
ESPAÇO PÚBLI CO, AI NDA QUE NÃO- ESTATAL. ATI VI DADE DE CARÁTER PÚBLI CO.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DO DEVI DO PROCESSO LEGAL.APLI CAÇÃO DI RETA
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S À AMPLA DEFESA E AO CONTRADI TÓRI O. As associações
privadas que exercem função predom inant e em det erm inado âm bit o econôm ico e/ ou social,
m ant endo seus associados em relações de dependência econôm ica e/ ou social, int egram o
que se pode denom inar de espaço público, ainda que não- est at al. A União Brasileira de
Com posit ores - UBC, sociedade civil sem fins lucrat ivos, int egra a est rut ura do ECAD e,
port ant o, assum e posição privilegiada para det erm inar a ext ensão do gozo e fruição dos
direit os aut orais de seus associados. A exclusão de sócio do quadro social da UBC, sem
qualquer garant ia de am pla defesa, do cont radit ório, ou do devido processo const it ucional,
onera consideravelm ent e o recorrido, o qual fica im possibilit ado de perceber os direit os
aut orais relat ivos à execução de suas obras. A vedação das garant ias const it ucionais do
devido processo legal acaba por rest ringir a própria liberdade de exercício profissional do
sócio. O carát er público da at ividade exercida pela sociedade e a dependência do vínculo
associat ivo para o exercício profissional de seus sócios legit im am , no caso concret o, a
aplicação diret a dos direit os fundam ent ais concernent es ao devido processo legal, ao
cont radit ório e à am pla defesa ( art . 5º , LI V e LV, CF/ 88) . I V. RECURSO EXTRAORDI NÁRI O
DESPROVI DO.

A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q3 2 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 5


Foi em it ida sent ença const it ut iva em processo ordinário. I nconform ado com
o result ado um a das part es form ula pedido de reconsideração. O Juiz da
causa conhece do pedido e reform ula a sent ença, indicando que acat ou a
reconsideração com o em bargos de declaração devido ao princípio da
fungibilidade recursal. Ent endendo que a decisão é equivocada e
m anifest am ent e ilegal, o princípio processual violado com a condut a do
m agist rado é o da
a) singularidade.
b) consum ação.
c) t axat ividade.
d) m ot ivação.

Com e nt á r ios
Nessa quest ão a banca explorou um assunt o int eressant e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Não há previsão de pedido de reconsideração da sent ença. Caso a part e não


concorde, prevê o NCPC, no art . 1.009 e seguint es, a possibilidade de
int erposição do recurso de apelação.
Desse m odo, à luz do princípio da t axat ividade dos recursos, t em os que apenas
serão considerados os recursos que est iverem previst os no NCPC ou em
legislação específica. Logo, a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.
Adem ais, o art . 994, do NCPC, enum era quais são os recursos cabíveis. Vej a:
Art . 994. São cabíveis os seguint es recursos:
I - apelação;
I I - agravo de inst rum ent o;
I I I - agravo int erno;
I V - em bargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VI I - recurso ext raordinário;
VI I I - agravo em recurso especial ou ext raordinário;
I X - em bargos de divergência.

Fora essas hipót eses, não há possibilidade de out ro inst rum ent o de irresignação.
I m port ant e m encionar, ainda:

Pr in cípio da sin gu la r ida de ( u n ir r e cor r ibilida de ou u n icida de )

• Para cada at o j udicial recorrível exist e um recurso próprio previst o, de form a


que é, em regra, vedado à part e ut ilizar de m ais de um recurso para im pugnar
um m esm o at o decisório.

Pr in cípio da con su m a çã o

• Um a vez que a part e int erpôs um recurso, não poderá adit ar ou m odificar os
recursos, pois o at o processual consum a- se quando prat icado.

Pr in cípio da m ot iva çã o

• Exigência de fundam ent ação explícit a do m agist rado quant o à decisão


adot ada.

Q3 3 . CESPE/ TJ- RR/ 2 0 1 3


Considere que, t endo sido proferida sent ença de m érit o, um a das part es
t enha int erpost o pedido de reconsideração e o j uiz t enha recebido o pedido
com o em bargos de declaração. Nesse caso, o m agist rado
a) afront ou o princípio da t axat ividade.
b) obedeceu ao princípio da fungibilidade.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

c) violou o princípio da consum ação.


d) at endeu ao princípio da com plem ent aridade.
e) desrespeit ou o princípio da singularidade.

Com e nt á r ios
No m esm o sent ido da quest ão ant erior, a alt ernat iva corret a e o gabarit o da
quest ão é a a lt e r na t iva A, pois o princípio da t axat ividade im pede que um
pedido de reconsideração – feit o incorret am ent e – sej a recebido com o em bargos
de declaração.

Q3 4 . FCC/ TCE- CE/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


Rom ero propõe ação de despej o por falt a de pagam ent o cont ra Oicilef, m as
seu advogado apresent a pet ição inicial sem a observância de t odos os
requisit os legais, ost ent ando ainda defeit os e irregularidades na exposição
dos fat os capazes de dificult ar o j ulgam ent o do m érit o. Em razão disso,
deverá o j uiz, em relação à inicial,
a) declarar a ineficácia da inicial apresent ada, int im ando o aut or para que a
subst it ua, para aproveit am ent o das cust as processuais recolhidas.
b) det erm inar a im ediat a cit ação do réu, pois pelo princípio da isonom ia
processual não pode orient ar o aut or de nenhum m odo.
c) indeferir de im ediat o a inicial, pelo prej uízo aos princípios do cont radit ório
e da am pla defesa.
d) declarar a nulidade do processo, por se t rat ar de vícios insanáveis.
e) det erm inar que o aut or a em ende, ou a com plet e, no prazo de quinze
dias.

Com e nt á r ios
Em bora elaborada para o CPC73, a quest ão pode ser aplicada no cont ext o do
NCPC.
Conform e const a do art . 9º , do NCPC, não poderá o m agist rado t om ar um a
decisão sem previam ent e ouvir a part e cont rária, ainda m ais se essa decisão
gerar prej uízo. No caso, devido aos defeit os e irregularidades const at adas na
exposição dos fat os, o m agist rado não poderá “ declarar a ineficácia” , “ indeferir
de im ediat o a inicial” ou “ declarar a nulidade do processo” . Sem ent rar no m érit o
da possibilidade de se adot ar essas decisões, você deve, de pront o, elim inar as
a lt e r na t iva s A, C e D .
A a lt e r n a t iva B t am bém não é corret a, pois, com o sabem os, por dever de
cooperação e da prim azia da decisão de m érit o, o m agist rado deve “ alert ar” a
part e quant o a event uais irregularidades, a fim de se chegar à decisão de m érit o.
Port ant o, sem m esm o aprofundar o est udo do NCPC, você conclui que a
a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão. No m esm o sent ido, t em os o art .
321, do NCPC, que t rat a em específico do assunt o ret rat ado:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Art . 321. O j uiz, ao verificar que a pet ição inicial N ÃO pr e e n ch e os r e qu isit os dos art s.
319 e 320 ou qu e a pr e se n t a de fe it os e ir r e gu la r ida de s capazes de dificult ar o
j ulgam ent o de m érit o, de t e r m ina r á qu e o a u t or , N O PRAZO D E 1 5 ( qu inze ) D I AS, a
e m e n de ou a com ple t e , in dica n do com pr e cisã o o qu e de ve se r cor r igido ou
com ple t a do.

Q3 5 . FCC/ TCM - GO/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


Considere os art igos da lei processual civil:
O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso
oficial, salvo as exceções previst as em lei.
O j uiz decidirá o m érit o nos lim it es propost os pelas part es, sendo- lhe vedado
conhecer de quest ões não suscit adas a cuj o respeit o a lei exige iniciat iva da
part e.
Dizem respeit o aos princípios, respect ivam ent e
a) da inércia e da inafast abilidade da j urisdição.
b) do im pulso oficial e da persuasão racional.
c) da inércia e da congruência.
d) do im pulso oficial e da iniciat iva da part e.
e) da m ot ivação das decisões j udiciais e da adst rição.

Com e nt á r ios
Essa quest ão abrange dois princípios relevant es do Direit o Processual Civil.
O prim eiro deles est á previst o no art . 2º , do NCPC, sendo denom inado de
princípio da inércia da j urisdição, que im põe à part e dar início ao processo.
O segundo é conhecido com o princípio da congruência ( ou adst rição) . Previst o no
art . 141, do NCPC, ele est abelece que o m agist rado est á vinculado àquilo que foi
propost o pelas part es no processo, de m odo que não poderá analisar de ofício
quest ões que a lei at ribua à iniciat iva da part e. Esse princípio prest igia o m odelo
disposit ivo de processo.
Port ant o, a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.
Ra pida m e nt e ...

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

pr in cípio do im pu lso oficia l ( pr in cípio da de m a n da )

• um a vez provocada a j urisdição, const it ui int eresse público ver a dem anda
resolvida, de m odo que o m agist rado deve conduzir o processo ao desfecho
final.

pr in cípio da pe r su a sã o r a cion a l

• relacionado com o princípio da m ot ivação, prevê que o j uiz apreciará a prova


const ant e dos aut os, independent em ent e do suj eit o que a t iver prom ovido, e
indicará, na decisão, as razões da form ação de seu convencim ent o.

Q3 6 . FGV/ TJ- BA/ 2 0 1 5 / a da pt a da a o N CPC


Est abelece o NCPC que sem pre que um a das part es requerer a j unt ada de
docum ent o aos aut os, o j uiz ouvirá, a seu respeit o, a out ra part e, que
disporá do prazo de 15 dias para im pugnar a adm issibilidade da prova
docum ent al, im pugnar sua aut ent icidade, suscit ar sua falsidade, com ou sem
deflagração do incident e de arguição de falsidade ou apenas m anifest ar- se
sobre seu cont eúdo
Tal regra encont ra fundam ent o const it ucional no princípio:
a) da efet ividade;
b) da econom ia processual;
c) do cont radit ório;
d) disposit ivo;
e) da prevenção.

Com e nt á r ios
Tem os aqui a referência ao art . §1º , do art . 437, do NCPC, que ret rat a o princípio
do cont radit ório, de form a que a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.
§ 1o Sem pre que um a das part es requerer a j unt ada de docum ent o aos aut os, o j uiz ouvirá,
a seu respeit o, a out ra part e, que disporá do prazo de 15 ( quinze) dias para adot ar qualquer
das post uras indicadas no art . 436.

Para não errar:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

princípio da efet ividade

• pret ende- se conferir efet ivam ent e o direit o reconhecido em sent ença para que
a part e possa gozá- lo

princípio da econom ia processual

• visa obt er o m aior result ado com o m ínim o de at os processuais

princípio do disposit ivo

• nenhum j uiz prest ará a t ut ela j urisdicional senão quando a part e ou o


int eressado a requerer, nos casos e form as legais

princípio da prevenção

• quando houver m ais de um j uiz com pet ent e, será prevent o o j uízo do regist ro
ou dist ribuição do processo.

Q3 7 . FGV/ TJ- PI / 2 0 1 5
A sent ença que j ulga m at éria não com preendida pela dem anda, que deixa
de j ulgar pedido form ulado pelo aut or ou que confere à part e m ais do que
foi post ulado incorre em vícios, por aplicação de um princípio fundam ent al
do Direit o Processual.
Os vícios e o princípio processual acim a referidos são, respect ivam ent e:
a) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio nem o
t enet ur se det egere;
b) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio da equidade;
c) nulidade absolut a, nulidade relat iva e irregularidade — princípio da
congruência;
d) ext ra pet it a, ret ro pet it a e supra pet it a — princípio nem o t enet ur se
det egere;
e) ext ra pet it a, cit ra pet it a e ult ra pet it a — princípio da congruência.

Com e nt á r ios
A decisão ext ra pet it a é aquela proferida for a dos pedidos da part e, ou sej a, que
concede algo além do rol post ulado, enquant o a decisão ult ra pet it a é aquela que
aprecia o pedido e lhe at ribui um a e x t e nsã o m a ior do que a pret endida pela
part e. Já a decisão infra pet it a, t am bém conhecida com o cit ra pet it a, de ix a de
apreciar pedido form ulado pelo aut or.
O princípio da congruência ou adst rição est á previst o no art . 492, do NCPC, e
refere- se à necessidade de o m agist rado decidir a lide dent ro dos lim it es
obj et ivados pelas part es, não podendo proferir sent ença de
form a ext ra, ult ra ou infra pet it a.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Art . 492. É vedado ao j uiz proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, bem com o
condenar a part e em quant idade superior ou em obj et o diverso do que lhe foi dem andado.
Parágrafo único. A decisão deve ser cert a, ainda que resolva relação j urídica condicional.

Port ant o, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q3 8 . FCC/ TJ- PE/ 2 0 1 5


Em relação à norm a processual civil e a suas font es form ais, considere os
enunciados seguint es:
I . Com o o processo civil int egra o direit o público, suas norm as são sem pre
cogent es, inexist indo norm as disposit ivas processuais.
I I . Tendo em vist a a lei federal com o font e form al prim ária do processo civil,
é corret o dizer que com pet e à União legislar sobre o direit o processual civil,
t endo porém os Est ados com pet ência concorrent e à União para legislar sobre
norm as procedim ent ais em m at éria processual.
I I I . As font es form ais acessórias do direit o processual civil são as m esm as
das norm as em geral, quais sej am , analogia, cost um es e princípios gerais
do direit o; servem para suprir as lacunas do ordenam ent o j urídico,
int egrando- o.
Est á corret o o que se afirm a em
a) I e I I I , apenas
b) I , I I e I I I
c) I I e I I I , apenas.
d) I , apenas
e) I e I I , apenas.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á incorret o. O direit o processual civil é
com post o pr e ponde r a nt e m e nt e por r e gr a s coge nt e s, im perat ivas ou de
ordem pública, que não podem t er sua incidência afast ada pela vont ade das
part es.
O it em I I est á corret o. Com pet e à União legislar sobre o direit o processual civil,
t endo os Est ados, porém , com pet ência concorrent e à União para legislar sobre
norm as procedim ent ais em m at éria processual. Vej am os o art . 22, I , e o art . 24,
XI , am bos da Const it uição Federal.
Art . 22. Com pet e privat ivam ent e à União legislar sobre:
I - direit o civil, com ercial, penal, processual, eleit oral, agrário, m arít im o, aeronáut ico,
espacial e do t rabalho;
Art . 24. Com pet e à União, aos Est ados e ao Dist rit o Federal legislar concorrent em ent e
sobre:
XI - procedim ent os em m at éria processual;

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O it em I I I est á corret o. Com base no art . 4º , da LI NDB, as font es form ais são
const it uídas pelas leis, por analogia, pelos cost um es e pelos princípios gerais do
Direit o.
Art . 4 o Quando a lei for om issa, o j uiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os cost um es
e os princípios gerais de direit o.

Dessa form a, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q3 9 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 4


Em m at éria de defesa, ent ende- se por princípio da event ualidade
a) o dever do réu de alegar, na cont est ação, t oda a m at éria que lhe
aproveit a, sob pena de preclusão.
b) a faculdade do réu de apresent ar reconvenção em subst it uição à
cont est ação.
c) a prerrogat iva do réu de não ser com pelido a produzir prova cont ra si.
d) a garant ia do exercício do cont radit ório, caso o aut or apresent e novos
docum ent os, na fase de inst rução processual.

Com e nt á r ios
O princípio da event ualidade significa dizer que cabe ao réu form ular t oda sua
defesa na cont est ação.
Segundo o art . 336, do NCPC, é dever do réu alegar, na cont est ação, t oda a
m at éria que lhe aproveit a sob pena de preclusão.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.

O art . 342, do NCPC, m enciona quando será possível o réu deduzir novas
alegações, depois da cont est ação.
Art . 342. Depois da cont est ação, só é lícit o ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relat ivas a direit o ou a fat o supervenient e;
I I - com pet ir ao j uiz conhecer delas de ofício;
I I I - por expressa aut orização legal, puderem ser form uladas em qualquer t em po e grau de
j urisdição.

Assim , a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q4 0 . FCC/ TJ- CE/ 2 0 1 4 / a da pt a da a o N CPC


No processo caut elar, além dos procedim ent os caut elares específicos, pode
o j uiz det erm inar as m edidas que considerar adequadas para efet ivação da
t ut ela provisória, desde que m ot ive seu convencim ent o de m odo claro e
preciso.
a) princípio da im posição norm at iva do j uízo.
b) princípio da inst rum ent alidade processual.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

c) poder de coerção j urisdicional.


d) poder de ant ecipação t ut elar do provim ent o j urisdicional pelo j uiz.
e) poder geral de caut ela do j uiz.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Essa possibilidade t raduz
o poder geral de caut ela do j uiz e est á previst a no art . 297, do NCPC.
Art . 297. O j uiz poderá det erm inar as m edidas que considerar adequadas para efet ivação
da t ut ela provisória.
Parágrafo único. A efet ivação da t ut ela provisória observará as norm as referent es ao
cum prim ent o provisório da sent ença, no que couber.

Q4 1 . FCC/ TJ- AP/ 2 0 1 4


Considere:
I . São font es form ais da norm a processual civil a Const it uição Federal, bem
com o os dem ais at os que ela prevê ou consent e, quais sej am , a lei, os
t rat ados int ernacionais, os princípios gerais do direit o e os usos e cost um es
forenses.
I I . Na int erpret ação da lei processual civil, o m ét odo em pregado é o
exegét ico ou gram at ical, consist ent e na busca do significado do t ext o no
conj unt o das disposições correlat as, cont idas na ordem j urídico- posit iva
com o um t odo.
I I I . No t ocant e à eficácia da lei processual civil no t em po, aplica- se
ordinariam ent e a regra t em pus regit act um , pela qual fat os ocorridos e
sit uações j á consum adas no passado não se regem pela lei nova que ent ra
em vigor, m as cont inuam valorados segundo a lei do seu t em po.
Est á corret o o que const a em
a) I I I , apenas.
b) I e I I I , apenas.
c) I e I I , apenas.
d) I I e I I I , apenas.
e) I , I I e I I I .

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o. As font es form ais da norm a processual civil preveem ou
consent em det erm inados at os, a saber: a lei, os t rat ados int ernacionais, os
princípios gerais do direit o e os usos e cost um es forenses. Nesse sent ido, confira
o art . 13, do NCPC:
Art . 13. A j urisdição civil será regida pelas norm as processuais brasileiras, ressalvadas as
disposições específicas previst as em t rat ados, convenções ou acordos int ernacionais de que
o Brasil sej a part e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O it em I I est á incorret o. Lem bre- se:


 m é t odo sist e m á t ico - busca do significado do t ext o no conj unt o das disposições
correlat as, cont idas na ordem j urídico- posit iva com o um t odo.
 m é t odo e x e gé t ico ( ou gram at ical) - exam e das palavras e orações cont idas no t ext o.

O it em I I I est á corret o. Quant o à eficácia da lei processual em relação aos


processos pendent es, aplica- se a regra do “ t em pus regit act um ” , segundo a qual
fat os ocorridos e sit uações j á consum adas no passado não se regem pela lei nova
que ent ra em vigor, m as cont inuam valorados segundo a lei do seu t em po.
Nesse cont ext o, prevê o NCPC:
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.

Port ant o, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q4 2 . FCC/ TJ- AP/ 2 0 1 4


O princípio const it ucional da inafast abilidade do cont role j urisdicional
a) não se aplica ao processo civil, por ser de direit o subst ancial
const it ucional.
b) não se aplica ao processo civil, por ser próprio do Direit o Adm inist rat ivo
e do Direit o Tribut ário.
c) aplica- se ao processo civil e significa a obrigat oriedade de o Juiz decidir
as dem andas propost as, quaisquer que sej am .
d) aplica- se ao processo civil e significa que a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário qualquer lesão ou am eaça a direit o.
e) aplica- se ao processo civil e significa que ninguém pode alegar o
desconhecim ent o da lei para im pedir a prest ação j urisdicional.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O princípio const it ucional da inafast abilidade do
cont role j urisdicional se aplica ao processo civil, t al com o vários out ros princípios
const it ucionais.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O princípio const it ucional da inafast abilidade do
cont role j urisdicional não só se aplica com o é pr ópr io do D ir e it o Pr oce ssua l
Civil.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a, pois est am os a t rat ar do princípio da
indeclinabilidade. Muit o em bora se relacione com o princípio da inafast abilidade,
o princípio da indeclinabilidade im põe um dever ao m agist rado, qual sej a, o de
apreciar as dem andas quando provocado pela part e. Port ant o, se est iver dent ro
das hipót eses legais de com pet ência, não poderá o m agist rado se recusar a
decidir a causa propost a em face do princípio da indeclinabilidade.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da


inafast abilidade aborda que o Poder Judiciário não excluirá da apreciação am eaça
ou lesão a direit o. Vej am os o art . 5, inciso XXXV, da CF.
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou am eaça a direit o;

A a lt e r na t iva E est á incorret a. O princípio da obrigat oriedade significa que


ninguém pode alegar o desconhecim ent o da lei para im pedir a prest ação
j urisdicional.

Q4 3 . FCC/ TRT- 1 8 ª Re giã o ( GO) / 2 0 1 4


É defeso ao Juiz proferir sent ença, a favor do aut or, de nat ureza diversa da
pedida, bem com o condenar o réu em quant idade superior ou em obj et o
diverso do que lhe foi dem andado. Esse enunciado norm at ivo refere- se ao
princípio processual da
a) obrigat oriedade da j urisdição.
b) event ualidade.
c) inércia j urisdicional.
d) adst rição ou congruência.
e) reciprocidade decisória.

Com e nt á r ios
O princípio da congruência t rat a- se de um a proibição ao m agist rado. O j uiz não
poderá conceder nada a m ais ou diferent e do que foi pedido, com base no art .
141, do NCPC:
Art . 141. O j uiz decidirá o m érit o nos lim it es propost os pelas part es, sendo- lhe vedado
conhecer de quest ões não suscit adas a cuj o respeit o a lei exige iniciat iva da part e.

Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q4 4 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 4


A respeit o do princípio da dem anda, é corret o afirm ar que
a) o int eressado deve t er a iniciat iva quant o ao exercício de sua pret ensão
em j uízo, sendo que o princípio da dem anda é excludent e princípio do
im pulso oficial.
b) perm it e que as part es possam t ecer suas alegações ao longo de t odo o
processo, inclusive no segundo grau, não havendo que se falar em preclusão.
c) prevê que cabe ao órgão j ulgador det erm inar, de ofício, t odas as
providências necessárias com vist as à sat isfação do direit o do aut or, ainda
que est e não o t enha requerido.
d) o int eressado deve t er a iniciat iva quant o ao exercício de sua pret ensão
em j uízo, sendo que o princípio da dem anda é com plem ent ado pelo princípio
do im pulso oficial.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

e) assegura a t odos os j urisdicionados o direit o const it ucional de dem andar,


de form a am pla e ilim it ada.

Com e nt á r ios
O princípio da dem anda significa que o Juiz est á vinculado ao pedido form ulado
nos aut os do processo. Tendo em vist a que a j urisdição é inert e, a provocação
inicial pela part e acaba por vincular o m agist rado àquilo que foi pedido, devendo
a decisão ficar rest rit a ao que foi requerido.
É o que det erm ina o art . 2º , do NCPC.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.

I m port ant e dest acar que o próprio disposit ivo enuncia, ao m esm o t em po, o
princípio da dem anda e o do im pulso oficial. Desse m odo, é de se not ar que
am bos cam inham j unt os na m archa processual. Sem a provocação, não há
m ovim ent ação da m áquina j udiciária que será conduzida por im pulso oficial.
Desse m odo, a a lt e r na t iva A est á incorret a e se cont rapõe à a lt e r n a t iva D , que
é o gabarit o da quest ão.
Quant o à a lt e r na t iva B, em regra, não é possível inovar alegações em sede
recursal, conform e será est udado m ais adiant e.
A a lt e r na t iva C est á incorret a, pois de acordo com o art . 492, do NCPC, não
poderá o m agist rado proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, sob pena de
violação ao princípio da adst rição ( ou congruência) .
Por fim , peca a a lt e r na t iva E ao t rat ar do t em a de form a dem asiadam ent e
abrangent e, pois o princípio da dem anda é circunscrit o por requisit os e condições,
conform e est udarem os adiant e.

Q4 5 . VUN ESP/ EM PLASA/ 2 0 1 4


Ent re os princípios const it ucionais do processo, est á o da ubiquidade, o qual
det erm ina que;
a) nenhum a am eaça ou lesão de direit o individual ou colet ivo será subt raída
à apreciação do Poder Judiciário.
b) o j uiz deve t rat ar as part es de m aneira isonôm ica, ainda que ist o
signifique t rat ar desigualm ent e os desiguais.
c) o j uiz, no exercício da função j urisdicional, deve se paut ar por crit érios de
equidade, em t odos os seus t erm os.
d) em caso de dúvida sobre quem t em razão, o j uiz não poderá deixar de
sent enciar, devendo aplicar a regra do ônus da prova.
e) o j uiz, no exercício da função j urisdicional, deve agir com im parcialidade,
em t odos os seus t erm os, perm anecendo equidist ant e das part es.

Com e nt á r ios

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O princípio da ubiquidade é t am bém denom inado de princípio da inafast abilidade


de j urisdição e encont ra- se dispost o do art . 5º , inciso XXXV, da CF/ 88.
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou am eaça a direit o;

Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.


Lem bre- se:

princípio da inafast abilidade da


j urisdição

SÃO SI N ÔN I M OS princípio do acesso à Just iça

princípio da ubiquidade

Q4 6 . FCC/ TRT- 1 ª REGI ÃO ( RJ) / 2 0 1 3


Com pet e ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo
as razões de fat o e de direit o, com que im pugna o pedido do aut or e
especificando as provas que pret ende produzir. Esse enunciado legal
concerne ao princípio;
a) const it ucional da produção da prova lícit a.
b) processual da livre invest igação probat ória.
c) processual da event ualidade.
d) const it ucional da isonom ia.
e) processual da adst rição ou congruência.

Com e nt á r ios
O princípio da event ualidade apont a que incum be ao réu apresent ar t odos os seus
argum ent os de defesa e vem previst o no art . 336, do NCPC.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.

Dessa form a, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.


Para não errar:
 Pr incípio da pr oduçã o da pr ova lícit a : considerado por alguns com o
princípio, facult a à part e produzir t odas e quaisquer provas não vedadas
para com provar o alegado ou defendido em Juízo.
 Pr incípio da livr e inve st iga çã o pr oba t ór ia : concede liberdade ao
m agist rado para, diant e das provas produzidas, ut ilizar- se daquelas que
pret ende para form ação do seu convencim ent o.
 Pr incípio da ison om ia : Paridade de t rat am ent o se dá em relação ao
exercício dos direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos
ônus; aos deveres e à aplicação de sanções processuais.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 Pr incípio da a dst r içã o: o m agist rado est á vinculado àquilo que foi
propost o pelas part es no processo, de m odo que não poderá analisar de
ofício quest ões que a lei at ribua à iniciat iva da part e. Esse princípio prest igia
o m odelo disposit ivo de processo.

Q4 7 . FCC/ M PE- M A/ 2 0 1 3 / a da pt a do a o N CPC


O processo se origina por iniciat iva da part e ( nem o iudex sine act ore ne
procedat iudex ex officio) , m as se desenvolve por im pulso oficial ( NCPC, art .
2º ) ( Nelson Nery Jr e Rosa Maria de Andrade Nery, Código de Processo Civil
Com ent ado, 13. ed., 2013, p. 207) . Trat a- se do princípio de direit o
processual da
a) inércia ou disposit ivo.
b) inafast abilidade da j urisdição.
c) celeridade processual.
d) inst rum ent alidade.
e) est abilidade da lide.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Trat a- se do princípio da
inércia da j urisdição. Esse princípio nos diz que o processo com eça por iniciat iva
da part e ( princípio disposit ivo) ou se desenvolve por im pulso oficial ( princípio
inquisit ivo) .
Tem os um sist em a processual m ist o, com dest aque para o princípio disposit ivo,
na m edida em que o Juiz poderá at uar apenas para a produção de provas no
processo e para conduzi- lo ao final. No m ais, o Direit o Processual Civil revela- se
disposit ivo.
Vej am os o art . 2º , do NCPC.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.

Q4 8 . FCC/ AL- PB/ 2 0 1 3


O pedido do aut or delim it a a j urisdição a ser prest ada. O princípio processual
que inform a essa delim it ação é o da
a) duração razoável do processo.
b) event ualidade.
c) im parcialidade.
d) adst rição ou congruência.
e) celeridade ou econom ia processuais.

Com e nt á r ios

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

O princípio processual que delim it a a j urisdição é o princípio da congruência, pois


est e dem arca o cam po de at uação do m agist rado, vedando qualquer incursão
fora desse lim it e, sob pena de caract erização de sent ença ult ra, ext ra ou infra
pet it a. Assim , o j uiz não poderá conceder nada a m ais ou diferent e do que foi
pedido, com o prevê o art . 141, do NCPC:
Art . 141. O j uiz decidirá o m érit o nos lim it es propost os pelas part es, sendo- lhe vedado
conhecer de quest ões não suscit adas a cuj o respeit o a lei exige iniciat iva da part e.

Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q4 9 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
Com relação aos princípios const it ucionais do processo civil, assinale a opção
corret a.
a) O sist em a de cot as para ingresso nas universidades, adot ado em t odas
as faculdades, públicas ou part iculares, é consequência do princípio da
igualdade processual.
b) O princípio do j uízo nat ural, no aspect o obj et ivo, desdobra- se em duas
garant ias: a preexist ência do órgão j urisdicional ao fat o e o respeit o absolut o
às regras obj et ivas de det erm inação de com pet ência.
c) No aspect o subj et ivo, o princípio do j uízo nat ural refere- se t ão som ent e à
quest ão da im parcialidade do j uiz.
d) O princípio do devido processo legal é aplicável apenas no âm bit o público,
sem alcançar os part iculares, j á que se refere apenas aos processos j udiciais.
e) A dim ensão subst ancial do princípio do cont radit ório refere- se ao direit o
de part icipar do processo, de ser ouvido, do aut or que est á no polo passivo
da relação j urídico- processual.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. É consequência do princípio da igualdade em seu
aspect o m at erial, por int erm édio do qual deve conceder t rat am ent o privilegiado
àqueles que est iverem em condição j urídica inferior ( hipossuficient e) . Desse
m odo, caract eriza- se a aplicação da isonom ia em sent ido m at erial, não
const it uindo relação com o princípio da igualdade em sent ido processual.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Não t rat am os desse
princípio na part e t eórica da m at éria. Desse m odo, vam os desenvolver aqui
alguns conceit os relevant es.
Previst o no art . 5º , XXXVI I e LI I I , am bos da CF, a definição do Juiz com pet ent e
para j ulgar a causa sem pre est ará det erm inado de form a prévia ao surgim ent o
do conflit o ou, m ais especificam ent e, da dem anda.
Nesse cont ext o, decorre diret am ent e do princípio a vedação ao Juízo de exceção,
ou sej a, do Juízo const it uído após o acont ecim ent o dos fat os a serem j ulgados.
Dout rinariam ent e, o princípio do Juiz nat ural é analisado sob o aspect o subj et ivo
e obj et ivo.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Em relação ao aspect o subj et ivo, com o o nom e indica, a análise se dá a part ir da


at uação do suj e it o m agist rado. Assim , o j uiz deve agir de form a im parcial, com
respeit o à equidist ância em relação às part es.
Pelo aspect o obj et ivo, a dout rina, t radicionalm ent e, dist ingue dois sent idos desse
princípio:
1 º se n t ido: t radicional, segundo o qual à luz a im parcialidade e da segurança j urídica, o
m agist rado deve ser const it uído previam ent e aos fat os; e
2 º se n t ido: cont em porâneo, t rat a da definição do m agist rado com pet ent e para
j ulgam ent o, com base em regras abst rat as, obj et ivas e gerais definidas na legislação
processual civil.

Desse m odo, o princípio do j uízo nat ural desdobra- se em duas garant ias: a pré-
exist ência do órgão j urisdicional ao fat o e o respeit o absolut o às regras obj et ivas
de det erm inação de com pet ência.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com o vim os acim a, a garant ia do j uiz nat ural
pelo aspect o subj et ivo consist e na exigência da im parcialidade e da
independência dos m agist rados.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O devido processo legal aplica- se, t am bém , às
relações j urídicas privadas, pela denom inada eficácia horizont al dos direit os
fundam ent ais.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. A part e t em o direit o de ser ouvida e de poder
influenciar na decisão do m agist rado. Além disso, o princípio do cont radit ório
cont em pla t ant o o polo at ivo quant o o polo passivo da relação j urídico- processual.

Q5 0 . CESPE/ TRE- M S/ 2 0 1 3
De acordo com os princípios const it ucionais do processo civil, assinale a
opção corret a.
a) Quaisquer at os j udiciais realizados pelo m agist rado devem ser m ot ivados,
sob pena de afront a ao princípio const it ucional da m ot ivação.
b) O princípio const it ucional da am pla defesa represent a o direit o do réu de
part icipar do processo para se defender de acusações, inaplicável ao aut or,
j á que não t em necessidade de se defender.
c) O direit o fundam ent al à publicidade est abelece que os at os processuais
são públicos e divulgados oficialm ent e, ressalvada a prot eção à int im idade
ou o int eresse social.
d) O princípio da razoável duração do processo aplica- se exclusivam ent e aos
processos que t ram it am no Poder Judiciário.
e) O princípio do duplo grau de j urisdição est á expresso na Const it uição e
refere- se ao direit o à obt enção de um novo j ulgam ent o por órgão de m esm a
hierarquia ou superior.

Com e nt á r ios

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Nem t odos os at os j udiciais precisam ser


m ot ivados, os at os que não possuem cont eúdo decisório dispensam
fundam ent ação.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. O aut or t am bém é am parado pelo direit o de
defender- se, ut ilizando- se do princípio const it ucional da am pla defesa.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os o art . 5º , inciso
LX, da CF:
LX - a lei só poderá rest ringir a publicidade dos at os processuais quando a defesa da
int im idade ou o int eresse social o exigirem ;

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Com base no art . 5º , inciso LXXVI I I , da CF, o


princípio da razoável duração do processo aplica- se t am bém aos processos
adm inist rat ivos.
LXXVI I I - a t odos, no âm bit o j udicial e adm inist rat ivo, são assegurados a razoável duração
do processo e os m eios que garant am a celeridade de sua t ram it ação.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. O princípio do duplo grau de j urisdição não est á


expresso na CF, conform e dout rina m aj orit ária.

Q5 1 . FCC/ TRF- 5 ª REGI ÃO/ 2 0 1 2


" É defeso ao j uiz proferir sent ença, a favor do aut or, de nat ureza diversa da
pedida, bem com o condenar o réu em quant idade superior ou em obj et o
diverso do que lhe foi dem andado" . No que se refere ao princípio processual
civil t rat a- se
a) da event ualidade ou especificidade.
b) da correlação ou congruência.
c) do livre convencim ent o e persuasão racional.
d) da legalidade e isonom ia processuais.
e) da inafast abilidade da j urisdição.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O princípio da event ualidade apont a que incum be
ao réu apresent ar t odos os seus argum ent os de defesa e vem previst o no art .
336, do NCPC.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da
congruência ou adst rição est á previst o no art . 492, do NCPC, e refere- se à
necessidade de o m agist rado decidir a lide dent ro dos lim it es obj et ivados pelas
part es, não podendo proferir sent ença de form a ext ra, ult ra ou infra pet it a.
Art . 492. É vedado ao j uiz proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, bem com o
condenar a part e em quant idade superior ou em obj et o diverso do que lhe foi dem andado.
Parágrafo único. A decisão deve ser cert a, ainda que resolva relação j urídica condicional.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. O princípio do livre convencim ent o m ot ivado ou


persuasão racional significa que t oda decisão deve ser m ot ivada pelo que const a
nos aut os, lim it ada ao pedido form ulado pela part e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O princípio da isonom ia garant e às part es o


direit o de produzir as provas, de int erpor recursos cont ra decisões j udiciais e de
se m anifest ar sobre docum ent os j unt ados aos aut os do processo j udicial em
condições de igualdade, sem dist inções desarrazoadas.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. O princípio da inafast abilidade diz que a lei não
excluirá da apreciação, pelo Poder Judiciário, de lesão ou am eaça de lesão a
direit o.

Q5 2 . FCC/ 2 0 ª REGI ÃO ( SE) / 2 0 1 2


Pelo princípio da event ualidade, deve o
a) réu com port ar- se de m odo leal no processo, salvo event ual cont raposição
à m á- fé processual do aut or.
b) j uiz aproveit ar os at os processuais, ainda que prat icados por form a
equivocada, se at ingiram sua finalidade e não houve prej uízo à part e
adversa.
c) j uiz fundam ent ar cada t ópico da sent ença, para a hipót ese de int erposição
de event ual recurso de apelação.
d) j uiz at er- se ao pedido form ulado, ao proferir sent ença, salvo event ual
m at éria aferível de ofício.
e) réu alegar t oda a defesa que t iver cont ra o aut or, na cont est ação, de
form a especificada.

Com e nt á r ios
O princípio da event ualidade apont a que incum be ao réu apresent ar t odos os seus
argum ent os de defesa e est á previst o no art . 336, do NCPC.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.

Port ant o, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.


Apenas para frisar:
 alt ernat iva A: princípio da lealdade;
 alt ernat iva B: princípio do aproveit am ent o dos at os processuais
 alt ernat iva C: princípio da m ot ivação ( dever de fundam ent ação)
 alt ernat iva D: princípio da congruência ( ou adst rição)

Q5 3 . FCC/ TJ- M S/ 2 0 1 0
É princípio inform at ivo do processo civil o princípio
a) disposit ivo, significando que o j uiz não pode conhecer de m at éria a cuj o
respeit o a lei exige a iniciat iva da part e.
b) da inércia, significando que o processo se origina por im pulso oficial, m as
se desenvolve por iniciat iva da part e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

c) da congruência, significando que o j uiz deve ser coerent e na exposição de


suas razões de decidir.
d) da event ualidade, significando que as part es devem com parecer em t odos
os at os do processo, m anifest ando- se event ualm ent e.
e) da inst rum ent alidade das form as, significando que o at o deve ser
considerado em si m esm o, sem preocupações t eleológicas.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio disposit ivo
significa que as part es são os suj eit os processuais que se acham em condições
para delim it ar quais são os m eios de provas para provar as suas alegações. A
iniciat iva das provas deve part ir das part es, previst o no art . 141, do NCPC.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O princípio da inércia est á previst o no art . 2º , do
NCPC.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. O j uiz deve decidir a lide dent ro dos lim it es
observados pelas part es, conform e art . 492, do NCPC.
Art . 492. É vedado ao j uiz proferir decisão de nat ureza diversa da pedida, bem com o
condenar a part e em quant idade superior ou em obj et o diverso do que lhe foi dem andado.
Parágrafo único. A decisão deve ser cert a, ainda que resolva relação j urídica condicional.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O princípio da event ualidade aborda que com pet e
ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as razões de
fat o e de direit o, com que im pugna o pedido do aut or e especifica as provas que
desej a produzir, conform e previst o no art . 336, do NCPC.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. A inst rum ent alidade é um direit o nort eador da
eficácia e da celeridade dos at os processuais. O at o cuj o obj et ivo não for
alcançado deve ser anulado.

Q5 4 . VUN ESP/ Câ m a r a de M ogi da s Cr uze s- SP/ 2 0 1 7


A respeit o da lei processual civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) O prazo de vacat io legis do novo Código de Processo Civil foi de seis m eses
decorrido da dat a de sua publicação.
b) As condições da ação regem - se pela lei vigent e à dat a de proposit ura da
ação.
c) A lei vigent e na dat a do oferecim ent o da peça recursal é a reguladora dos
efeit os e dos requisit os da adm issibilidade dos recursos.
d) A revelia, bem com o os efeit os, regulam - se pela lei vigent e na dat a do
aj uizam ent o da dem anda.
e) A respost a do réu, bem com o seus efeit os, regem - se pela lei vigent e na
dat a do aj uizam ent o da dem anda, que t orna a coisa j ulgada.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 1.045, do NCPC, o código
ent ra em vigor após 1 ano da dat a da sua publicação.
Art . 1.045. Est e Código ent ra em vigor após decorrido 1 ( um ) ano da dat a de sua publicação
oficial.

A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.


A a lt e r na t iva C est á incorret a. A lei vigent e na dat a da sent ença é a reguladora
dos efeit os e dos requisit os da adm issibilidade dos recursos.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. A revelia, bem com o os efeit os, regulam - se pela
lei vigent e na dat a do escoar do prazo da respost a.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. A respost a do réu, bem com o seus efeit os, rege-
se pela lei vigent e na dat a do surgim ent o do ônus da defesa pela cit ação, que
t orna a coisa j ulgada.
==0==

Q5 5 . VUN ESP/ Câ m a r a de M ogi da s Cr uze s- SP/ 2 0 1 7


Caio aj uizou a com pet ent e ação de indenização por danos m at eriais e m orais
cont ra Gaio, em razão de acident e aut om obilíst ico. Todavia, o aut or deixou
de indicar a quant ificação dos danos m orais sofridos. O j uiz da ação
det erm inou que Caio em endasse a inicial, indicando a quant ificação dos
danos m orais sofridos em razão do infort únio.
O caso descrit o refere- se ao princípio processual
a) da vedação da decisão surpresa.
b) do cont radit ório e da am pla defesa.
c) da m ot ivação.
d) do disposit ivo.
e) da cooperação.

Com e nt á r ios
O caso descrit o refere- se ao princípio processual da cooperação, previst o no art .
6º , do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

Todos os suj eit os processuais devem colaborar ent re si, o que, ao m enos em
t ese, envolveria a colaboração das part es com o j uiz, do j uiz com as part es e das
part es ent re si.
O j uiz passa a ser um int egrant e do debat e que se est abelece na dem anda,
prest igiando esse debat e ent re t odos, com a ideia cent ral de que, quant o m ais
cooperação houver ent re os suj eit os processuais, a qualidade da prest ação
j urisdicional será m elhor.
Port ant o, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Q5 6 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Andr a dina - SP/ 2 0 1 7


Em um a decisão incident al, nos aut os de prim eiro grau, o j uiz defere a
concessão de t ut ela provisória de urgência ant ecipada requerida pelo aut or,
valendo- se com o fundam ent ação apenas da seguint e frase: “ Defiro a t ut ela
nos m oldes pleit eados, por preencher os requisit os do Código de Processo
Civil” . Diant e dessa circunst ância, é cert o afirm ar que
a) caso não sej a feit o o agravo de inst rum ent o, a t ut ela será est abilizada,
podendo ser rediscut ida pelas part es em ação própria que deverá ser
propost a em at é dois anos da dat a do deferim ent o.
b) a decisão do j uiz padece de om issão acerca da corret a fundam ent ação,
cabendo ao réu int erpor em bargos de declaração para suprir t al om issão, o
que não poderá ser feit o pelo aut or da dem anda vez que ele foi beneficiado
com o deferim ent o da sua pret ensão.
c) a decisão est á devidam ent e fundam ent ada, pois apont ou qual a legislação
foi ut ilizada para form ar o convencim ent o do j uiz.
d) por se t rat ar de t ut ela ant ecipada ant ecedent e, caberá ao réu int erpor
agravo de inst rum ent o cont ra a decisão, recurso esse que deverá ser
endereçado diret am ent e ao órgão colegiado.
e) a decisão padece de um vício, pois não se considera com o fundam ent ação
a m era indicação do at o norm at ivo que daria suport e ao ent endim ent o do
j uiz.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
489, §1º , I :
Art . 489. São elem ent os essenciais da sent ença:
§ 1 o Não se considera fundam ent ada qualquer decisão j udicial, sej a ela int erlocut ória,
sent ença ou acórdão, que:
I - se lim it ar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de at o norm at ivo, sem explicar sua
relação com a causa ou a quest ão decidida;

Ent re os deveres de cooperação exigidos do m agist rado est á o dever de


esclarecim ent o. Vale dizer, o m agist rado deve proferir decisões obj et ivas, porém
claras. Além disso, cum pre ao m agist rado bem efet uar a m ot ivação, que é um a
exigência de cunho const it ucional.
Assim , a m era indicação da lei que fundam ent a o pedido concessivo da t ut ela
const it ui um a decisão viciada o que t orna a últ im a alt ernat iva a corret a e gabarit o
dest a quest ão.

Q5 7 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de M ogi da s Cr uze s- SP/ 2 0 1 6


O princípio da dem anda e im pulso oficial t em relação com a
a) im parcialidade do j uiz.
b) prevalência à conciliação.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

c) duração razoável do processo.


d) paridade e o cont radit ório.
e) proporcionalidade e a razoabilidade.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O princípio da dem anda,
est á associado à necessidade de preservação da im parcialidade do órgão j udicial
incum bido da prest ação j urisdicional e da im parcialidade que deve caract erizar a
at uação do m agist rado nele invest ido.
Por sua vez, o princípio do im pulso oficial é aquele segundo o qual com pet e ao
j uiz, assim t am bém ao t ribunal, fazer com que o processo se desenvolva em
at enção ao procedim ent o definido em lei e alcance seu t erm o em t em po razoável.

Q5 8 . VUN ESP/ D PE- M S/ 2 0 1 4


A respeit o da incidência da lei processual nova sobre processos pendent es
quando do início da sua vigência, aplica- se a t eoria
a) da unidade processual, segundo a qual a lei nova se aplica apenas aos
processos aj uizados após sua ent rada em vigor, evit ando a ret roat ividade e
preservando a validade dos at os processuais j á prat icados.
b) da unidade processual, consoant e a qual a lei nova deve incidir sobre
t odos os at os, passados e fut uros do processo pendent e, repet indo- se os
at os prat icados em desconform idade com a lei nova.
c) do isolam ent o dos at os processuais, ist o é, os at os ainda pendent es dos
processos em curso se suj eit am aos com andos da lei nova, respeit ada a
eficácia daqueles at os j á prat icados de acordo com a lei ant iga.
d) das fases processuais, devendo cada fase ( post ulat ória, probat ória,
decisória e recursal) ser com preendida com o um conj unt o inseparável de
at os, devendo a lei nova disciplinar apenas os at os processuais de fases
ainda não iniciadas.

Com e nt á r ios
Aplica- se a t eoria do isolam ent o dos at os processuais. Som ent e os at os
processuais j á prat icados é que est ariam im unes da aplicação da lei nova, os
dem ais, não prat icados, ainda que pert encent es a m esm a fase processual, sofrem
aplicação da lei nova. A não observância dest a t eoria im plica em ferim ent o a um
direit o processual adquirido .
Desse m odo, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 9 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 3


É possível afirm ar que, em sua cont est ação, o réu deve
a) apresent ar pedido cont rapost o na própria peça de cont est ação, se assim
o desej ar, desde que o procedim ent o sej a ordinário.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

b) im pugnar t ão som ent e os vícios processuais, caso est es inviabilizem a


apreciação do m érit o, em obediência ao princípio da inst rum ent alidade das
form as.
c) apresent ar t oda a m at éria de defesa, ainda que haj a cont rariedade ent re
um a t ese e out ra, em hom enagem ao princípio da event ualidade.
d) apresent ar as m at érias que o j uiz poderia t er conhecido de ofício ant es
da defesa, sob pena de preclusão e supervenient e im pedim ent o para que o
j uiz as conheça de ofício.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O art . 17, da Lei nº 9.099/ 95, prevê a
possibilidade do pedido cont rapost o. Vej am os:
Art . 17. Com parecendo inicialm ent e am bas as part es, inst aurar- se- á, desde logo, a sessão
de conciliação, dispensados o regist ro prévio de pedido e a cit ação.
Parágrafo único. Havendo pedidos cont rapost os, poderá ser dispensada a cont est ação
form al e am bos serão apreciados na m esm a sent ença.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. O réu deve alegar t oda a m at éria de defesa.


A a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
336, do NCPC, o réu deve apresent ar t oda a m at éria de defesa, ainda que haj a
cont rariedade ent re um a t ese e out ra, em hom enagem ao princípio da
event ualidade.
Art . 336. I ncum be ao réu alegar, na cont est ação, t oda a m at éria de defesa, expondo as
razões de fat o e de direit o com que im pugna o pedido do aut or e especificando as provas
que pret ende produzir.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 342, I I , da referida Lei, depois da


cont est ação, só é lícit o ao réu deduzir novas alegações quando com pet ir ao j uiz
conhecer delas de ofício.

Q6 0 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 2


Sobre o princípio do duplo grau de j urisdição, é corret o afirm ar que
a) é garant ia const it ucional expressa que assegura à part e o direit o de t er a
decisão j udicial revist a e que veda a edição de lei ordinária que venha a
suprim ir recursos previst os no sist em a.
b) não é garant ia const it ucional, m as a previsão expressa desse princípio,
na Cart a Magna, no sent ido de propi- ciar a revisão da decisão j udicial,
im pede a supressão, por lei ordinária, de qualquer recurso.
c) não é garant ia const it ucional expressa na Cart a Magna, pelo que é
perfeit am ent e possível a edição de lei ordinária que venha suprim ir algum
recurso previst o no sist em a.
d) é garant ia const it ucional expressa, const it uindo cláusula pét rea, que
garant e aos j urisdicionados o direit o de recorrer, at ravés dos m eios recursais
previst os no sist em a, que não podem ser suprim idos.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A Const it uição Federal,
ao criar j uízos e t ribunais, aos quais com pet e, ent re out ras coisas, j ulgar recursos
cont ra decisões de prim eiro grau, est abeleceu um sist em a em que, norm alm ent e,
há o duplo grau, que serve para prom over o cont role dos at os j udiciais quando
houver inconform ism o das part es, subm et endo- os à apreciação de um órgão de
superior inst ância, com post o, em regra, por j uízes m ais experient es.

Q6 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9


A regra da correlação ou da congruência
a) refere- se som ent e à causa de pedir.
b) não foi adot ada pelo legislador brasileiro.
c) foi adot ada pelo legislador brasileiro e não com port a exceções.
d) est á diret am ent e relacionada com o princípio do cont radit ório.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A regra da correlação ou
da congruência est á diret am ent e relacionada com o princípio do cont radit ório.
O princípio da congruência é um a consequência da garant ia do cont radit ório, a
part e t em o direit o de m anifest ar- se sobre t udo o que possa int erferir no cont eúdo
da decisão, assim , o m agist rado deve at er- se ao que foi dem andado exat am ent e
porque, em relação a isso, as part es puderam m anifest ar- se.

Q6 2 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9


O princípio da oralidade
a) é observado em segundo grau.
b) com preende as regras sobre im ediat idade, irrecorribilidade das
int erlocut órias, concent ração, ident idade física do j uiz e prevenção.
c) com preende as regras sobre im ediat idade, irrecorribilidade das
int erlocut órias, concent ração e ident idade física do j uiz.
d) foi adot ado no Código de Processo Civil brasileiro, sem rest rições.

Com e nt á r ios
O princípio da oralidade, segundo a dout rina, apresent a os seguint es
subprincípios:
 da im ediação: com pet e ao j uiz do processo colher diret am ent e a prova oral,
sem int erm ediários;
 da ident idade física do j uiz: t raz a ideia de que o j uiz que colheu a prova é
o que est á m ais habilit ado a proferir sent ença;
 da concent ração: a audiência de inst rução deve ser una e concent rada;

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 da irrecorribilidade em separado das int erlocut órias: em geral, o recurso


cont ra elas não t erá efeit o suspensivo para não ret ardar o j ulgam ent o da
lide.
Dessa form a, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q6 3 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9


O princípio da inst rum ent alidade das form as
a) t orna irrelevant e o vício, desde que o at o t enha at ingido sua finalidade.
b) só pode ser aplicado às hipót eses expressam ent e previst as em lei.
c) afast a a nulidade, desde que prat icado novam ent e o at o.
d) não incide em nenhum a hipót ese de nulidade absolut a.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Pelo princípio da
inst rum ent alidade das form as, t em os que a exist ência do at o processual não é
um fim em si m esm o, m as inst rum ent o ut ilizado para se at ingir det erm inada
finalidade. Assim , ainda que com vício, se o at o at inge sua finalidade sem causar
prej uízo às part es não se declara sua nulidade.

Q6 4 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Segundo o que é sabido, quant o aos princípios gerais do direit o processual
civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) O j uiz coloca- se ent re as part es e acim a delas, no desem penho de sua
função dent ro do processo.
b) Não é para assegurar sua im parcialidade, m as sim , para reforçar sua
aut oridade, que a Const it uição Federal est ipula garant ias e prescreve
vedações ao j uiz.
c) Não at ent a cont ra o princípio da razoável duração do processo a falt a de
at endim ent o à lei que m anda dar prioridade, nos j uízos e t ribunais, às causas
de int eresse de pessoas com idade igual ou superior a sessent a anos.
d) Não é da ciência a cada lit igant e dos at os prat icados pelo j uiz e pelo
adversário que, no processo, pode- se efet ivar o cont radit ório, de m odo a se
t er inform ação e reação.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a. O j uiz ocupa o vért ice de cim a, localizando,
necessariam ent e, em posição equidist ant e de am bas as part es . I nvest ido em
aut oridade, indispensável para a harm ônica condução do processo, o j uiz est á
ent re as part es e, t am bém , acim a delas.

Q6 5 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Afast ada possibilidade de confusão ent re princípio da indisponibilidade e


princípio disposit ivo, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Não é a cada um dos suj eit os envolvidos no conflit o sob j ulgam ent o que
cabe, em regra, a dem onst ração dos fat os alegados, com vist a ao
prevalecim ent o de suas respect ivas posições.
b) Em processo civil, sendo disponível o direit o, o j uiz pode sat isfazer- se com
a verdade form al, aquilo que result a ser verdadeiro em face das provas
produzidas, na m aioria dos casos.
c) Nos Juizados Especiais Cíveis est aduais, em que o processo deve se
orient ar pelos crit érios da oralidade, sim plicidade, inform alidade, econom ia
processual e celeridade, não é cabível, em regra, a ant ecipação da t ut ela
j udicial.
d) No processo civil, não se aplica, nos procedim ent os de j urisdição
volunt ária, o princípio inquisit ório, pelo qual o j uiz cont a com poderes de
plena invest igação, podendo det erm inar, de ofício, a realização de provas,
m esm o cont ra a vont ade dos int eressados.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Cabe a cada um dos suj eit os envolvidos no
processo, via de regra, a dem onst ração dos fat os alegados, defendendo suas
respect ivas posições.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. No direit o processual
civil vale o princípio da verdade form al, ao cont rário do que ocorre no direit o
processual penal ou, ainda, direit o do t rabalho, onde vige o princípio da verdade
real.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. São cabíveis a t ut ela acaut elat ória e a
ant ecipat ória nos Juizados Especiais Cíveis.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Ao j uiz é licit o invest igar livrem ent e os fat os e
ordenar de ofício a realização de quaisquer provas.

Q6 6 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Sabendo- se que t odos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciário
deverão ser públicos e fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de
nulidade, assinale a alt ernat iva corret a.
a) A necessidade de m ot ivação não deve ser int erpret ada com o garant ia das
part es, de m odo a possibilit ar event ual alt eração da decisão.
b) A fundam ent ação obrigat ória das decisões ou sent enças t em em cont a
não apenas as part es e o órgão com pet ent e para j ulgar um event ual recurso,
m as t am bém qualquer do povo, com a finalidade de se aferir em concret o a
im parcialidade do j uiz do j ulgam ent o, a legalidade e a j ust iça das decisões.
c) A exigência de publicidade e fundam ent ação dos j ulgam ent os const it ui
garant ias do indivíduo no t ocant e ao exercício da j urisdição em t erm os

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

absolut os, não podendo, pois, ser lim it ada a presença, em det erm inados
at os, apenas às próprias part es e a seus advogados, ou som ent e a est es.
d) O princípio da lealdade processual, se desat endido por qualquer das
part es, em nada afet ará a fundam ent ação do at o j udicial, porque é
assegurada aos procuradores plena e incondicionada liberdade de condut a
no processo.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. A necessidade da m ot ivação das decisões se dá
com o garant ia das part es na fiscalização ext erna dos at os processuais, com o para
saber qual o fundam ent o j urídico diant e de um event ual recurso int erpost o.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A fundam ent ação
const it ui inst rum ent o para que as part es possam conhecer as razões de decidir
do Juiz, m as t am bém para que a sociedade possa efet uar o cont role da at uação
do m agist rado.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Encont ra- se previst a a lim it ação da presença, a
cert os at os processuais, não só as part es e seus advogados, m as t am bém
som ent e aos advogados.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O princípio da lealdade processual é um a
decorrência do princípio da boa- fé processual que nada m ais é do que a boa fé
com o norm a, um a im posição de um a condut a leal. O princípio da boa- fé exige
um com port am ent o leal de acordo com os dados obj et ivos do caso.

Q6 7 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 8


Assinale a alt ernat iva consent ânea com as exigências de efet ividade do
processo.
a) Não reunião de processos em casos de cont inência e conexão, não
aceit ação de reconvenção nem de ação declarat ória incident al e de
lit isconsórcio const it uem opção válida e eficaz em relação ao obj et ivo em
quest ão.
b) Em prego de t ant as at ividades processuais, quant as se m ost rem possíveis,
para se alcançar o m áxim o result ado na at uação do direit o, não o m ínim o
em prego possível de at ividades processuais, opera no sent ido de se
conseguir o obj et ivo de razoável duração do processo.
c) O result ado consist ent e em ext ensa e cuidadosam ent e elaborada
sent ença, independent em ent e de t em po, ent ende m ais com a devida
prest ação j urisdicional, geralm ent e, do que a sent ença resum ida e pront a,
am bas proferidas com respeit o ao princípio do devido processo legal.
d) A at enção e pront a solução, no que se refere aos requisit os ou
pressupost os e condições da ação, serve de base decisiva para razoável
duração do processo.

Com e nt á r ios

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r n a t iva A est á incorret a. A não reunião de causas conexas ou que


apresent em cont inência pode gerar decisões cont radit órias, conflit ant es, o que
fere a efet ividade do processo. I gualm ent e a não aceit ação de reconvenção, de
ação declarat ória incident al e de lit isconsórcio t am bém const it ui condut a
processual que não prim a pela efet ividade processual.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. O em prego de t ant as at ividades processuais e
não o m ínim o possível t am bém vai cont ra o princípio da efet ividade do processo.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. A devida prest ação j urisdicional não est á
necessariam ent e relacionada a um a ext ensa e elaborada sent ença.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Requisit os e pressupost os
processuais são os necessários para que o processo exist a e se desenvolva de
form a válida e regular, const it uindo- se em pressupost os de exist ência e em
pressupost os de desenvolvim ent o válido e regular do processo. Já as condições
a ação são requisit os da ação: possibilidade j urídica do pedido, legit im idade ad
causam e int eresse de agir.

Q6 8 . FUN ECE/ UECE/ 2 0 1 7


At ent e ao seguint e excert o: “ Não há m ais provas de valor previam ent e
hierarquizado no direit o processual m oderno, a não ser naqueles at os
solenes em que a form a é de sua própria subst ância.”
( Hum bert o Theodoro Júnior, Curso de Direit o Processual Civil)
O t recho em dest aque rem et e ao princípio processual civilist a denom inado
a) princípio da inst rum ent alidade das form as.
b) princípio da am pla defesa.
c) princípio da verdade real.
d) princípio do cont radit ório.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A função da j urisdição
deixou de ser apenas a de propiciar inst rum ent os aos lit igant es para solução de
seus conflit os, passando a desem penhar relevant e m issão de ordem pública na
pacificação social sob o im pério da lei. Nesse processo m oderno o int eresse em
j ogo é t ant o das part es com o do j uiz, e da sociedade em cuj o nom e at ua. Todos
agem , assim , em direção ao escopo de cum prir os desígnios m áxim os da
pacificação social. O j uiz, operando pela sociedade com o um t odo, t em at é
m esm o int eresse público m aior na boa at uação j urisdicional e na j ust iça e
efet ividade do provim ent o com que se com põe o lit ígio. Não há m ais provas de
valor previam ent e hierarquizado no direit o processual m oderno, a não ser
naqueles at os solenes em que a form a é de sua própria subst ância. Por isso, o
j uiz ao sent enciar deve form ar seu convencim ent o livrem ent e, valorando os
elem ent os de prova segundo crit érios lógicos e dando a fundam ent ação de seu
decisório.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Q6 9 . I N STI TUTO AOCP/ EBSERH / 2 0 1 7


São princípios que nort eiam o novo CPC:
a) j ust a causa e legit im idade.
b) duração razoável do processo e boa- fé obj et iva.
c) arbit rariedade e cooperação.
d) fins sociais e boa- fé subj et iva.
e) cooperação e boa- fé subj et iva.

Com e nt á r ios
Vej am os o art . 5º , do NCPC.
Art . 5 o Aquele que de qualquer form a part icipa do processo deve com port ar- se de acordo
com a boa- fé.

Est e art igo t raz com o base a boa- fé obj et iva, na qual deve prevalecer o
com port am ent o j ust o, desprovido de m aldade ou segundas int enções.
A boa- fé subj et iva consist e em crenças int ernas, conhecim ent o e
desconhecim ent os, convicções int ernas.
Dessa form a, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q7 0 . FAUEL/ Câ m a r a de M a r ia H e le na – PR/ 2 0 1 7
O novo Código de Processo Civil ( CPC) est abeleceu algum as inovações no
sist em a j urídico. Dent re as inovações est á o art .9º , que est abelece que “ Não
se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida” . O próprio Código est abelece exceções a est a regra, previst os nos
incisos I , I I e I I I do parágrafo único do art . 9º . Com base nisso, assinale a
alt ernat iva que indica um a hipót ese NÃO previst a com o exceção à regra
est abelecida no art . 9º do CPC:
a) Tut ela provisória de urgência.
b) Alegações de fat o que puderem ser com provadas apenas
docum ent alm ent e e houver t ese firm ada em j ulgam ent o de casos repet it ivos
ou em súm ula vinculant e.
c) Em ação m onit ória sendo evident e o direit o do aut or.
d) Em ação caut elar aut ônom a.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O NCPC ext inguiu o
processo caut elar aut ônom o.
Vej am os o art . 9º , da referida Lei:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

I - à t ut ela provisória de urgência;


I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

Q7 1 . I BFC/ EBSERH / 2 0 1 7
Assinale a alt ernat iva corret a sobre a aplicabilidade das norm as processuais
em face da ent rada em vigor da Lei Federal nº 13.105, de 16/ 03/ 2015 ( Novo
Código de Processo Civil) .
a) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o ordinário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
b) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.
c) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
d) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas aos procedim ent os ordinário e sum ário e
aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e que não t enham decisão fnal t ransit ada em j ulgado at é o início
da vigência do Novo Código de Processo Civil.
e) As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973 ( Código de
Processo Civil de 1973) , relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos
procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência do Novo Código de
Processo Civil.

Com e nt á r ios
Com a ent rada em vigor no NCPC, necessário se fez o est abelecim ent o de norm as
de direit o int ert em poral para organizar os processos que se form aram com base
em procedim ent os revogados ( sum ário e especial) , conform e prevê o art . 1.046,
§1º , do NCPC:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.
§ 1 o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973, relat ivas ao procedim ent o
sum ário e aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência dest e Código.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

As disposições do CPC/ 73 relat ivas ao procedim ent o sum ário e aos procedim ent os
especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações propost as e não
sent enciadas at é o início da vigência do NCPC. Ou sej a, t odas as ações propost as
e não sent enciadas at é a vigência do NCPC cont inuarão seguindo as norm as do
rit o sum ário e especial respect ivo.
Assim , a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q7 2 . M PE- PR/ M PE- PR/ 2 0 1 6


Sobre as norm as fundam ent ais do Processo Civil e os t em as de j urisdição e
ação, assinale a alt ernat iva corret a:
a) A Const it uição da República Federat iva do Brasil serve, para o Direit o
Processual Civil, com o crit ério de validade, sem influenciar a int erpret ação
dos disposit ivos legais;
b) A at uação da j urisdição depende da const at ação de lesão a direit o, sem
se cogit ar sobre um a at uação prevent iva em casos de am eaças a direit os;
c) Para o Código de Processo Civil de 2015, o cont radit ório é garant ia de
ouvir e ser ouvido, não t endo relação com os ônus processuais, os deveres
nem à aplicação de sanções processuais;
d) De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, post ular em j uízo
requer int eresse de agir, legit im idade de part e e possibilidade j urídica do
pedido;
e) O int eresse do aut or pode ser lim it ar à declaração do m odo de ser relação
j urídica, ainda que não exist a pedido de condenação ou de reparação de
dano.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. A Const it uição da República é t ant o o parâm et ro
de validade das norm as de processo civil, com o de t odos os out ros ram os do
Direit o.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 5º , XXXV, CF/ 88, a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou am eaça a direit o. Port ant o, a
at uação prevent iva da j urisdição t am bém é assegurada àquele que dela
necessit a.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Segundo o art . 7º , do NCPC, é assegurada às
part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício de direit os e faculdades
processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções
processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no art . 17, da Lei nº 13.105/ 15, para
post ular em j uízo é necessário t er int eresse e legit im idade.
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
19, da referida Lei:
Art . 19. O int eresse do aut or pode lim it ar- se à declaração:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

I - da exist ência, da inexist ência ou do m odo de ser de um a relação j urídica;


I I - da aut ent icidade ou da falsidade de docum ent o.

Q7 3 . FUN D ATEC/ Pr e fe it ur a de Por t o Ale gr e - RS/ 2 0 1 6


Considerando as norm as fundam ent ais do processo civil dispost as no Código
de Processo Civil ( Lei nº 13.105/ 15) , assinale a alt ernat iva I NCORRETA.
a) Em razão da colaboração, t odos os suj eit os que at uam no processo,
inclusive o j uiz, devem cooperar ent re si para que se obt enha, em t em po
razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.
b) A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de
conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público.
c) Ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos fins sociais e
econôm icos e às exigências do bem com um , zelando pela prom oção da
dignidade da pessoa hum ana.
d) Pelo princípio da publicidade, t odos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos. Todavia, t ram it am em segredo de j ust iça os
processos em que o exij a o int eresse público ou social.
e) O j ulgam ent o segundo a ordem cronológica de conclusão pelos j uízes e
t ribunais é de at endim ent o preferencial.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, com base no art . 6, do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

A a lt e r na t iva B est á corret a, conform e prevê o art . 3º , §3, da referida Lei:


§ 3 o A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de conflit os deverão
ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos e m em bros do Minist ério
Público, inclusive no curso do processo j udicial.

A a lt e r na t iva C est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .


8º , da Lei nº 13.105/ 15, ao aplicar o ordenam ent o j urídico, o j uiz at enderá aos
fins sociais e às exigências do bem com um , resguardando e prom ovendo a
dignidade da pessoa hum ana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade,
a legalidade, a publicidade e a eficiência.
A a lt e r na t iva D est á corret a, segundo o art . 11, do NCPC:
Art . 11. Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada a presença som ent e
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ério Público.

A a lt e r na t iva E est á corret a, pois é o que dispõe o art . 12, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 12. Os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sent ença ou acórdão.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Q7 4 . FUN D ATEC/ Pr e fe it ur a de Por t o Ale gr e - RS/ 2 0 1 6


Considerando o princípio const it ucional do cont radit ório, na est rut uração
conferida pelo Código de Processo Civil ( Lei nº 13.105/ 15) , assinale a
alt ernat iva corret a.
a) O j uiz não pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em
fundam ent o a respeit o do qual não se t enha dado às part es oport unidade de
se m anifest ar, ressalvadas as quest ões sobre as quais deva decidir de ofício.
b) É vedado ao j uiz apreciar quest ão, proferir decisão ou conceder t ut ela de
urgência cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e ouvida.
c) O j uiz não pode conceder t ut ela da evidência, quando houver t ese firm ada
em j ulgam ent o de casos repet it ivos, cont ra um a das part es sem que ela sej a
previam ent e ouvida.
d) É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício
de direit os e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo
efet ivo cont radit ório.
e) Nos t ribunais, quando j á j ulgada a causa pelo j uiz de prim eiro grau, se o
relat or const at ar a ocorrência de fat o supervenient e à decisão recorrida que
deva ser considerado no j ulgam ent o do recurso, poderá int im ar as part es
para que se m anifest em no prazo de dez dias.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 10, do NCPC, o j uiz não
pode decidir, em grau algum de j urisdição, com base em fundam ent o a respeit o
do qual não se t enha dado às part es oport unidade de se m anifest ar, ainda que
se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.
As a lt e r n a t iva s B e C est ão incorret as. Vej am os o art . 9º , da referida Lei:
Art . 9o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, com base no art . 7º , do


NCPC.
Art . 7 o É assegurada às part es paridade de t rat am ent o em relação ao exercício de direit os
e faculdades processuais, aos m eios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, com pet indo ao j uiz zelar pelo efet ivo cont radit ório.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 933, da Lei nº 13.105/ 15, se o


relat or const at ar a ocorrência de fat o supervenient e à decisão recorrida ou a
exist ência de quest ão apreciável de ofício ainda não exam inada que devam ser

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

considerados no j ulgam ent o do recurso, int im ará as part es para que se


m anifest em no prazo de 5 dias.

Q7 5 . FCC/ D PE- BA/ 2 0 1 6


Sobre o direit o processual int ert em poral, o novo Código de Processo Civil
a) ret roage porque a norm a processual é de nat ureza cogent e.
b) t orna aplicáveis a t odas as provas as disposições de direit o probat ório
adot adas, ainda que requeridas ant es do início de sua vigência.
c) vige desde o dia de sua publicação, porque a lei processual é de nat ureza
cogent e e possui efeit o im ediat o.
d) ext inguiu o procedim ent o sum ário, im pondo a ext inção de t odas as ações
aj uizadas sob est e procedim ent o, incluindo as ant eriores à sua ent rada em
vigor.
e) não possui efeit o ret roat ivo e se aplica, em regra, aos processos em curso,
respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas
consolidadas sob a vigência da norm a revogada.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 14, do NCPC, a norm a
processual não ret roage.
Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Segundo o art . 1.047, da referida Lei, as


disposições de direit o probat ório nesse código aplicam - se apenas às provas
requeridas ou det erm inadas de ofício.
Art . 1.047. As disposições de direit o probat ório adot adas nest e Código aplicam - se apenas
às provas requeridas ou det erm inadas de ofício a part ir da dat a de início de sua vigência.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. O NCPC ent ra em vigor após decorrido um ano


da dat a da publicação. Vej am os o art . 1.045, a Lei nº 13.105/ 15:
Art . 1.045. Est e Código ent ra em vigor após decorrido 1 ( um ) ano da dat a de sua publicação
oficial.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O NCPC revogou t acit am ent e o procedim ent o


sum ário, porém , em relação às ações que j á est avam em curso, prevê o art .
1.046, §1º :
§ 1 o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de j aneiro de 1973, relat ivas ao procedim ent o
sum ário e aos procedim ent os especiais que forem revogadas aplicar- se- ão às ações
propost as e não sent enciadas at é o início da vigência dest e Código.

A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o


art . 1.046, com binado com o art . 14, da referida Lei:
Art . 1.046. Ao ent rar em vigor est e Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendent es, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Art . 14. A norm a processual não ret roagirá e será aplicável im ediat am ent e aos processos
em curso, respeit ados os at os processuais prat icados e as sit uações j urídicas consolidadas
sob a vigência da norm a revogada.

Q7 6 . I AD H ED / Pr e fe it ur a de Ar a gua r i – M G/ 2 0 1 6
De acordo com o dispost o no Código de Processo Civil vigent e, assinale a
alt ernat iva incorret a:
a) Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciários serão públicos e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade;
b) Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada som ent e a presença
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ér io
Público;
c) A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e
à disposição para consult a pública em cart ório e na rede m undial de
com put adores;
d) Os j uízes e os t ribunais deverão seguir à ordem cronológica de conclusão
para proferir sent ença ou acórdão.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, pois reproduz o art . 11, do NCPC:
Art . 11. Todos os j ulgam ent os dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundam ent adas t odas as decisões, sob pena de nulidade.

A a lt e r n a t iva B est á corret a, com base no parágrafo único, do art . 11, da


referida Lei:
Parágrafo único. Nos casos de segredo de j ust iça, pode ser aut orizada a presença som ent e
das part es, de seus advogados, de defensores públicos ou do Minist ério Público.

A a lt e r n a t iva C est á corret a, conform e prevê o §1º , do art . 12, da Lei nº


13.105/ 15:
§ 1 o A list a de processos apt os a j ulgam ent o deverá est ar perm anent em ent e à disposição
para consult a pública em cart ório e na rede m undial de com put adores.

A a lt e r na t iva D est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o caput


do art . 12, da referida Lei, os j uízes e os t ribunais at enderão, preferencialm ent e,
à ordem cronológica de conclusão para proferir sent ença ou acórdão.

Q7 7 . Se r ct a m / Pr e fe it ur a de Quix a dá - CE/ 2 0 1 6
Marque a alt ernat iva corret a:
a) O processo com eça por iniciat iva da part e e sem pre se desenvolve por
im pulso oficial.
b) A Lei nº 13.105/ 2015, novo CPC, consagra o princípio da prom oção pelo
Est ado da solução por aut ocom posição, ou sej a, um a polít ica pública de
solução de lit ígios, ent endim ent o que j á era adot ado pelo Conselho Nacional
de Just iça – CNJ, especialm ent e na Resolução nº 125/ 2010.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

c) A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de


conflit os deverão ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos
e m em bros do Minist ério Público, porém , t ais m ét odos só poderão ser
ut ilizados at é a audiência de saneam ent o do processo.
d) Não com pet e ao Est ado prom over a solução consensual dos conflit os.
e) Com fundam ent o no princípio da duração razoável do processo, o j uiz
pode proferir decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Com base no art . 2º , do NCPC, o processo com eça
por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial.
Art . 2 o O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial, salvo
as exceções previst as em lei.

A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O NCPC dedica um


capít ulo à audiência de conciliação e m ediação e regulam ent a a at uação dos
conciliadores e m ediadores j udiciais, m ost rando a im port ância dessa form a
alt ernat iva de resolução do conflit o para pôr fim ao processo. Vej am os o §3º , do
art . 3º , da referida Lei:
§ 3 o A conciliação, a m ediação e out ros m ét odos de solução consensual de conflit os deverão
ser est im ulados por j uízes, advogados, defensores públicos e m em bros do Minist ério
Público, inclusive no curso do processo j udicial.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Os part icipant es do processo devem buscar um a


solução consensual do conflit o em t odas as fases do processo, não havendo
lim it ação da ut ilização das t écnicas at é a fase de saneam ent o.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 3º , §2º , do NCPC, com pet e ao
Est ado prom over a solução consensual dos conflit os.
§ 2 o O Est ado prom overá, sem pre que possível, a solução consensual dos conflit os.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 9º , da Lei nº 13.105/ 15,


não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e
ouvida.
Art . 9 o Não se proferirá decisão cont ra um a das part es sem que ela sej a previam ent e ouvida.

O dispost o no caput não se aplica:


Parágrafo único. O dispost o no caput não se aplica:
I - à t ut ela provisória de urgência;
I I - às hipót eses de t ut ela da evidência previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

Q7 8 . I ESES/ BAH I AGÁS/ 2 0 1 6


O novo CPC t rouxe m udanças im port ant es que alt eram subst ancialm ent e o
processo civil. Assinale dent re as proposições seguint es s que est iver
I NCORRETA.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

a) Os At os Processuais: o j uiz e as part es poderão acordar a respeit o dos


at os e procedim ent os processuais, podendo alt erar o t ram it e do processo.
b) Os j uízes e t ribunais serão obrigados a respeit ar j ulgam ent os do STF e
STJ. O j uiz t am bém poderá arquivar o pedido que cont raria a j urisprudência,
a pedido das part es.
c) Conciliação e Mediação: os Tribunais serão obrigados a criar cent ros para
realização de audiências de conciliação. A audiência de conciliação poderá
ser feit a em m ais de um a sessão e durant e a inst rução do processo o j uiz
poderá fazer nova t ent at iva de conciliação.
d) Ações Repet it ivas: foi criada um a ferram ent a para dar a m esm a decisão
a m ilhares de ações iguais, por exem plo, planos de saúde, operadoras de
t elefonia, bancos, et c., dando m ais celeridade aos processos na prim eira
inst ância.
e) Prazos: a cont agem dos prazos será feit a apenas em dias út eis e serão
suspensos os prazos no fim de ano. Os prazos para Recursos serão de 15
dias e som ent e Em bargos de Declaração t erá prazo de 5 dias.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a, conform e est abelece o art . 190, da Lei nº
13.105/ 15:
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.

A a lt e r na t iva B est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .


927, da referida Lei, os j uízes e t ribunais deverão observar as decisões do STF
em cont role concent rado de const it ucionalidade; os enunciados de súm ula
vinculant e; os acórdãos em incident e de assunção de com pet ência ou de
resolução de dem andas repet it ivas e em j ulgam ent os de recursos ext raordinário
e especial repet it ivos; as súm ulas do STF e do STJ; e a orient ação do plenário ou
do órgão especial aos quais est iverem vinculados.
Art . 927. Os j uízes e os t ribunais observarão:
I - as decisões do Suprem o Tribunal Federal em cont role concent rado de
const it ucionalidade;
I I - os enunciados de súm ula vinculant e;
I I I - os acórdãos em incident e de assunção de com pet ência ou de resolução de dem andas
repet it ivas e em j ulgam ent o de recursos ext raordinário e especial repet it ivos;
I V - os enunciados das súm ulas do Suprem o Tribunal Federal em m at éria const it ucional e
do Superior Tribunal de Just iça em m at éria infraconst it ucional;
V - a orient ação do plenário ou do órgão especial aos quais est iverem vinculados.

Não é t odo e qualquer j ulgam ent o do STF e do STJ que devem ser,
obrigat oriam ent e, observados, m as apenas est es j ulgam ent os dit os paradigm as,
especificados pelo disposit ivo legal em com ent o.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

A a lt e r na t iva C est á corret a, pois é o que dispõe o art . 165, com binado com o
art . 696, do NCPC.
Art . 165. Os t ribunais criarão cent ros j udiciários de solução consensual de conflit os,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e m ediação e pelo
desenvolvim ent o de program as dest inados a auxiliar, orient ar e est im ular a
aut ocom posição.
Art . 696. A audiência de m ediação e conciliação poderá dividir- se em t ant as sessões
quant as sej am necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prej uízo de
providências j urisdicionais para evit ar o perecim ent o do direit o.

A a lt e r na t iva D est á corret a, com base ao incident e de resolução de dem andas


repet it ivas regulam ent ado nos art s. 976 a 987, da referida Lei.
A a lt e r na t iva E est á corret a. Vej am os:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Art . 220. Suspende- se o curso do prazo processual nos dias com preendidos ent re 20 de
dezem bro e 20 de j aneiro, inclusive.
Art . 1.003
§ 5o Excet uados os em bargos de declaração, o prazo para int erpor os recursos e para
responder- lhes é de 15 ( quinze) dias.
Art . 1.023. Os em bargos serão opost os, no prazo de 5 ( cinco) dias, em pet ição dirigida ao
j uiz, com indicação do erro, obscuridade, cont radição ou om issão, e não se suj eit am a
preparo.

5 - D e st a qu e s da Le gisla çã o e da Ju r ispr u dê ncia


Nest e pont o da aula, cit am os, para fins de revisão, os principais disposit ivos de
lei e ent endim ent os j urisprudenciais que podem fazer a diferença na hora da
prova. Lem bre- se de revisá- los!
--
 art . 2º , NCPC:
Art . 2º O processo com eça por iniciat iva da part e e se desenvolve por im pulso oficial,
SALVO as e x ce çõe s pr e vist a s e m le i.

 art . 4º , do NCPC:
Art . 4º As part es t êm o dir e it o de obt e r e m pr a zo r a zoá ve l a solu çã o int e gr a l do
m é r it o, in clu ída a a t ivida de sa t isfa t iva .

 art . 5º , do NCPC:
Art . 5º Aquele que de qualquer form a part icipa do processo de ve com por t a r - se de a cor do
com a boa - fé .

 art . 6º , do NCPC:
Art . 6 o Todos os suj eit os do processo devem cooperar ent re si para que se obt enha, em
t em po razoável, decisão de m érit o j ust a e efet iva.

 art . 9º , do NCPC:
Art . 9º N ÃO se proferirá de cisã o con t r a u m a da s pa r t e s se m qu e e la se j a pr e via m e n t e
ou vida .
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

Parágrafo único. O dispost o no caput N ÃO SE APLI CA:


I - à t u t e la pr ovisór ia de u r gê ncia ;
I I - às h ipót e se s de t u t e la da e vidê n cia previst as no art . 311, incisos I I e I I I ;
I I I - à decisão previst a no art . 701.

 art . 10, do NCPC:


Art . 10. O j uiz N ÃO pode de cidir , em grau algum de j urisdição, com ba se e m
fu nda m e n t o a r e spe it o do qua l n ã o se t e n h a da do à s pa r t e s opor t u n ida de de se
m a n ife st a r , AI N D A QUE se t rat e de m at éria sobre a qual deva decidir de ofício.

 H C 8 8 .4 2 0 / STF 19 : princípio do duplo grau de j urisdição é im plícit o no Text o


Const it ucional.
O acesso à inst ância recursal superior consubst ancia direit o que se encont ra incorporado ao
sist em a pát rio de direit os e garant ias fundam ent ais. Ainda que não se em prest e dignidade
const it ucional ao duplo grau de j urisdição, t rat a- se de garant ia previst a na Convenção
I nt eram ericana de Direit os Hum anos, cuj a rat ificação pelo Brasil deu- se em 1992, dat a
post erior à prom ulgação do CPP. A incorporação post erior ao ordenam ent o brasileiro de
regra previst a em t rat ado int ernacional t em o condão de m odificar a legislação ordinária
que lhe é ant erior.

 RE 7 9 4 .1 4 9 / STF 20 : t odos os princípios const it ucionais podem ser


relat ivizados.
O duplo grau não é absolut o no âm bit o j urisdicional. Desse m odo, a previsão legal de
inst ância única no cont encioso adm inist rat ivo não viola o alegado direit o ao m encionado
inst it ut o.

 Súm u la STJ nº 3 5 8 : A Súm ula dest aca o princípio do cont radit ório, que
requer a oit iva prévia das part es envolvidas no processo ant es de qualquer
decisão j udicial.
Súm ula STJ 358
O cancelam ent o de pensão alim ent ícia de filho que at ingiu a m aioridade est á suj eit o à
decisão j udicial, m ediant e cont radit ório, ainda que nos próprios aut os.

 RE nº 2 0 1 .8 1 9 / STF: aplicação das garant ias processuais ( cont radit ório) às


relações ent re pessoas privadas, em respeit o à eficácia horizont al dos direit os
fundam ent ais.
SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. UNI ÃO BRASI LEI RA DE COMPOSI TORES.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADI TÓRI O. EFI CÁCI A
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S NAS RELAÇÕES PRI VADAS. RECURSO DESPROVI DO. I .
EFI CÁCI A DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S NAS RELAÇÕES PRI VADAS. As violações a
direit os fundam ent ais não ocorrem som ent e no âm bit o das relações ent re o cidadão e o
Est ado, m as igualm ent e nas relações t ravadas ent re pessoas físicas e j urídicas de direit o
privado. Assim , os direit os fundam ent ais assegurados pela Const it uição vinculam
diret am ent e não apenas os poderes públicos, est ando direcionados t am bém à prot eção dos
part iculares em face dos poderes privados. I I . OS PRI NCÍ PI OS CONSTI TUCI ONAI S COMO
LI MI TES À AUTONOMI A PRI VADA DAS ASSOCI AÇÕES. A ordem j urídico- const it ucional
brasileira não conferiu a qualquer associação civil a possibilidade de agir à revelia dos
princípios inscrit os nas leis e, em especial, dos post ulados que t êm por fundam ent o diret o

19
HC 88.420, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ de 8- 6- 2007.
20
RE 794.149 AgR, Re RE 794.149 AgR, rel. m in. Dias Toffoli, j . 18- 11- 2014, 1ª T, DJE de 4- 12-
2014l. Min. Dias Toffoli, 1ª T, DJE de 4- 12- 2014.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

o próprio t ext o da Const it uição da República, not adam ent e em t em a de prot eção às
liberdades e garant ias fundam ent ais. O espaço de aut onom ia privada garant ido pela
Const it uição às associações não est á im une à incidência dos princípios const it ucionais que
asseguram o respeit o aos direit os fundam ent ais de seus associados. A aut onom ia privada,
que encont ra claras lim it ações de ordem j urídica, não pode ser exercida em det rim ent o ou
com desrespeit o aos direit os e garant ias de t erceiros, especialm ent e aqueles posit ivados
em sede const it ucional, pois a aut onom ia da vont ade não confere aos part iculares, no
dom ínio de sua incidência e at uação, o poder de t ransgredir ou de ignorar as rest rições
post as e definidas pela própria Const it uição, cuj a eficácia e força norm at iva t am bém se
im põem , aos part iculares, no âm bit o de suas relações privadas, em t em a de liberdades
fundam ent ais. I I I . SOCI EDADE CI VI L SEM FI NS LUCRATI VOS. ENTI DADE QUE I NTEGRA
ESPAÇO PÚBLI CO, AI NDA QUE NÃO- ESTATAL. ATI VI DADE DE CARÁTER PÚBLI CO.
EXCLUSÃO DE SÓCI O SEM GARANTI A DO DEVI DO PROCESSO LEGAL.APLI CAÇÃO DI RETA
DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S À AMPLA DEFESA E AO CONTRADI TÓRI O. As associações
privadas que exercem função predom inant e em det erm inado âm bit o econôm ico e/ ou social,
m ant endo seus associados em relações de dependência econôm ica e/ ou social, int egram o
que se pode denom inar de espaço público, ainda que não- est at al. A União Brasileira de
Com posit ores - UBC, sociedade civil sem fins lucrat ivos, int egra a est rut ura do ECAD e,
port ant o, assum e posição privilegiada para det erm inar a ext ensão do gozo e fruição dos
direit os aut orais de seus associados. A exclusão de sócio do quadro social da UBC, sem
qualquer garant ia de am pla defesa, do cont radit ório, ou do devido processo const it ucional,
onera consideravelm ent e o recorrido, o qual fica im possibilit ado de perceber os direit os
aut orais relat ivos à execução de suas obras. A vedação das garant ias const it ucionais do
devido processo legal acaba por rest ringir a própria liberdade de exercício profissional do
sócio. O carát er público da at ividade exercida pela sociedade e a dependência do vínculo
associat ivo para o exercício profissional de seus sócios legit im am , no caso concret o, a
aplicação diret a dos direit os fundam ent ais concernent es ao devido processo legal, ao
cont radit ório e à am pla defesa ( art . 5º , LI V e LV, CF/ 88) . I V. RECURSO EXTRAORDI NÁRI O
DESPROVI DO.

 AgRg no AREsp nº 5 6 9 .9 4 0 / STJ: violação ao princípio da boa- fé obj et iva


por at uação cont radit ória:
Os princípios da segurança j urídica e da boa- fé obj et iva, bem com o a vedação ao
com port am ent o cont radit ório ( venire cont ra fact um proprium ) , im pedem que a part e, após
prat icar at o em det erm inado sent ido, venha a adot ar com port am ent o post erior e
cont radit ório.

6 – Re su m o
Para finalizar o est udo da m at éria, t razem os um
resum o dos principais aspect os est udados ao longo
da aula. Sugerim os que esse resum o sej a est udado
sem pre previam ent e ao início da aula seguint e,
com o form a de “ refrescar” a m em ória. Além disso, segundo a organização de
est udos de vocês, a cada ciclo de est udos é fundam ent al ret om ar esses resum os.
Caso encont rem dificuldade em com preender algum a inform ação, não deixem de
ret ornar à aula.
--
I n t r odu çã o a o D ir e it o Pr oce ssua l Civil
 CARACTERÍ STI CAS DO PENSAMENTO JURÍ DI CO ATUAL
 reconhecim ent o da força norm at iva da Const it uição.
 desenvolvim ent o da t eoria dos princípios.
www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 t ransform ação da herm enêut ica j urídica, reconhecendo o papel criat ivo e norm at ivo da
at ividade j urisdicional.
 expansão e consagração dos direit os fundam ent ais, que exige o respeit o ao princípio da
dignidade.
 CONCEI TO: O Direit o Processual Civil é o conj unt o das norm as que disciplinam o processo
j urisdicional civil – vist o com o at o- j urídico com plexo ou com o feixe de relações j urídicas. Com põe-
se das norm as que det erm inam o m odo com o o processo deve est rut urar- se e as sit uações
j urídicas que decorrem dos fat os j urídicos processuais.
 O DI REI TO PROCESSUAL CI VI L ESTUDA:
 A at ividade fim do Poder Judiciário, que é pacificar conflit os de int eresses, pela ent rega
da prest ação j urisdicional.
 Os denom inados m eios alt ernat ivos de solução de conflit os ( conciliação, m ediação e
arbit ragem ) .
 PRESTAÇÃO JURI SDI CI ONAL SATI SFATI VA
 O Direit o Processual Civil, para ser efet ivo, deve proferir a sent ença de m érit o e criar
m eios eficazes para o cum prim ent o da sent ença.
 DI REI TO PROCESSUAL CI VI L CONSTI TUCI ONAL
 A CF – em razão da suprem acia – em relação às norm as processuais est abelece: a)
princípios const it ucionais do processo civil; b) regras de organização j udiciária; c) funções
essenciais à Just iça; d) procedim ent os j urisdicionais const it ucionalm ent e diferenciados.
I n t e r pr e t a çã o, a plica çã o e e ficá cia
HERMENÊUTICA - ciência da int erpret ação
 norm as e princípios que nort eiam a int epret ação
 saber t eórico
INTERPRETAÇÃO - busca do sent ido da norm a j urídica
 part e da norm a j urídica
 saber prát ico
INTEGRAÇÃO - t écnica de preenchim ent o de lacunas na norm a j urídica
 at ua na ausência na norm a
APLICAÇÃO - result ado do processo int erpret at ivo e int egrat ivo, pelo qual há o enquadram ent o
da norm a ao caso concret o.
Font e s do D ir e it o Pr oce ssu a l Civil
CONCEI TO: aquilo que dá origem ao direit o ou, m ais especificam ent e, às norm as j urídicas.
CLASSI FI CAÇÃO
 classificação Nery Jr.:
 font es im ediat as: cost um es e lei
 font es m ediat as: dout rina e j urisprudência
 classificação Marcus Gonçalves:

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 font es
o form ais
 prim árias: lei
 secundárias: analogia, cost um es, princípios gerais do direit o, súm ulas e
precedent es obrigat órios
o m at eriais: dout rina e j urisprudência ( com exceção das súm ulas e precedent es
obrigat órios)
N or m a s Pr oce ssua is Civis
 DEVI DO PROCESSO LEGAL: princípio processual fundam ent al, que rem et e à ideia de
razoabilidade e proporcionalidade e do dever de o procedim ent o se desenvolver de m odo a
observar os dit am es legais.
 PRI NCÍ PI O DA AÇÃO ( princípio da inércia de j urisdição e do im pulso oficial)
 “ com eça por iniciat iva da part e”  princípio disposit ivo
 “ se desenvolve por im pulso oficial”  princípio inquisit ivo
 Tem os um sist em a processual m ist o, com dest aque para o princípio disposit ivo, na
m edida em que o Juiz poderá at uar apenas para produção de provas no processo e para
conduzi- lo ao final. No m ais, o Direit o Processual Civil revela- se disposit ivo.
 PRI NCÍ PI O DA I NAFASTABI LI DADE DA ATUAÇÃO JURI SDI CI ONAL
 O Poder Judiciário não excluirá da apreciação am eaça ou lesão a direit o.
 PRI NCÍ PI O DA CELERI DADE
 Pret ende- se chegar ao result ado final com o m enor núm ero de at os possíveis.
 Solução int egral de m érit o.
 PRI NCÍ PI O DA BOA- FÉ PROCESSUAL
 cláusula geral, pois a hipót ese de incidência e a consequência são dependem de int egração.
 im põe t ant o às part es, com o ao Juiz, ao perit o, ao advogado, à t est em unha, que aj am no
processo em respeit o aos padrões ét icos de condut a.
 part es do processo versus suj eit os do processo
 PRI NCÍ PI O DA COOPERAÇÃO
 Post ula por um equilíbrio, sem preponderância das part es ou do m agist rado. Na
realidade, t odos os envolvidos no processo ( part es, j uiz, t est em unhas, perit os, servidores,
advogados) devem at uar de form a cooperat iva, em respeit o às regras de lealdade.
 PRI NCÍ PI O DA I GUALDADE NO PROCESSO ( I SONOMI A)
 Paridade de t rat am ent o se dá em relação: ao exercício dos direit os e faculdades
processuais; aos m eios de defesa; aos ônus; aos deveres; e à aplicação de sanções
processuais.
 HERMENÊUTI CA PROCESSUAL CI VI L
 at endim ent o aos fins sociais e às exigências do bem com um
 dignidade da pessoa hum ana: supraprincípio.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 proporcionalidade e razoabilidade
 proporcionalidade: adequação ent re m eios e fins
 razoabilidade: equidade, at enção à realidade e equivalência na aplicação do
direit o.
 legalidade: respeit o ao Direit o com o um t odo ( ressignificação em razão dos precedent es
j udiciais)
 eficiência: racionalização, ou sej a, com m enos recursos e energia, at ingir ao m áxim o a
finalidade.
 PRI NCÍ PI O DO CONTRADI TÓRI O
 Nenhum a decisão deve ser t om ada sem prévia oit iva das part es, com exceção das
t ut elas provisórias de urgência e de evidência, no qual o cont radit ório é diferido.
 dim ensões:
 dim ensão form al refere- se ao direit o de part icipar do processo ( ser ouvido) .
 dim ensão m at erial refere- se ao poder de influenciar na decisão.
 em nom e da eficácia horizont al dos direit os fundam ent ais, aplica- se às relações
int erprivados.
 DEVER DE CONSULTA: consect ário do princípio do cont radit ório.
 PRI NCÍ PI O DA PUBLI CI DADE E MOTI VAÇÃO:
 publicidade: ciência às part es e abert ura ao público. Rest rições: a) para preservação do
direit o à int im idade do int eressado; e b) para preservação do int eresse público.
 ORDEM CRONOLÓGI CA DE CONCLUSÃO  REGRA: processos devem ser j ulgados conform e a
ordem cronológica de conclusão
 EXCEÇÕES
 j ulgam ent o de processos ou recursos anulados
 j ulgam ent o de recursos especiais e ext raordinários sobrest ados, quando há
publicação da decisão paradigm a
 j ulgam ent o de processos em audiência,
 j ulgam ent os de sent enças hom ologat órias de acordo
 j ulgam ent o de sent enças de im procedência lim it ar do pedido
 j ulgam ent o de processos e recursos processuais em bloco ( casos repet it ivos)
 sent ença sem j ulgam ent o de m érit o
 j ulgam ent o ant ecipada pelo relat or do processo
 j ulgam ent o de em bargos de declaração e de agravo int erno
 j ulgam ent o de ações que possuem preferência legal ou decorrent e de m et as do
CNJ
 j ulgam ent o de processos de nat ural crim inal
 j ulgam ent o de processos urgent es assim fundam ent ado na decisão
 PRI NCÍ PI O DO MÁXI MO APROVEI TAMENTO DOS ATOS PROCESSUAI S

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 Em nom e da celeridade, um at o processual som ent e será anulado ou refeit o em razão


de vícios se não for possível aproveit á- lo.
 PRI NCÍ PI O DA EXCEPCI ONALI DADE DOS RECURSOS I NTERMEDI ÁRI OS
 Est ipula que as hipót eses de cabim ent o de recursos cont ra decisões int erlocut órias são
lim it adas.
 APLI CAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAI S
 aplicação das norm as processuais, com respeit o aos t rat ados e convenções
int ernacionais.
 irret roat ividade da norm a processual ( t em pus regit act u)  início em 18/ 03/ 2016.
 ao processo eleit oral, t rabalhist a e adm inist rat ivo, o NCPC aplica- se na ausência de
norm a específica em carát er suplet ivo e subsidiário.
 STARE DECI SI S: precedent e de respeit o obrigat ório.
 t écnicas de adequação:
 dist inguishing: com paração ent re o um caso concret o qualquer e as razões de
decidir da decisão paradigm a, para verificar se am bos os casos possuem algum a
sem elhança.
 overruling: revogação do ent endim ent o paradigm át ico consubst anciado no
precedent e, em razão da m odificação de valores sociais ou dos conceit os j urídicos
( form ação de novo paradigm a)
 prospect ive overruling: m odulação dos efeit os da decisão quando há superação
de paradigm a.
 PRI NCÍ PI O DA TAXATI VI DADE DOS RECURSOS
 apenas serão considerados os recursos que est iverem previst os no NCPC ou em
legislação específica.
 PRI NCÍ PI O DA SI NGULARI DADE ( UNI RRECORRI BI LI DADE OU UNI CI DADE)
 Para cada at o j udicial recorrível exist e um recurso próprio previst o, de form a que é, em
regra, vedado à part e ut ilizar m ais de um recurso para im pugnar um m esm o at o decisório.
 PRI NCÍ PI O DA CONSUMAÇÃO
 Um a vez que a part e int erpôs um recurso, não poderá adit ar ou m odificar os recursos,
pois o at o processual consum a- se quando prat icado.
 PRI NCÍ PI O DA MOTI VAÇÃO
 Exigência de fundam ent ação explícit a do m agist rado quant o à decisão adot ada.
 PRI NCÍ PI O DO I MPULSO OFI CI AL ( PRI NCÍ PI O DA DEMANDA)
 Um a vez provocada a j urisdição, const it ui int eresse público ver a dem anda resolvida,
de m odo que o m agist rado deve conduzir o processo ao desfecho final.
 PRI NCÍ PI O DA PERSUASÃO RACI ONAL

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 Relacionado com o princípio da m ot ivação, prevê que o j uiz apreciará a prova const ant e
dos aut os, independent em ent e do suj eit o que a t iver prom ovido, e indicará na decisão as
razões da form ação de seu convencim ent o.
 PRI NCÍ PI O DA EFETI VI DADE
 Pret ende- se conferir efet ivam ent e o direit o reconhecido em sent ença para que a part e
possa gozá- lo.
 PRI NCÍ PI O DA ECONOMI A PROCESSUAL
 Visa obt er o m aior result ado com o m ínim o de at os processuais.
 PRI NCÍ PI O DO DI SPOSI TI VO
 Nenhum j uiz prest ará a t ut ela j urisdicional senão quando a part e ou o int eressado a
requerer, nos casos e form as legais.
 PRI NCÍ PI O DA PREVENÇÃO
 Quando houver m ais de um j uiz com pet ent e, será prevent o o j uízo em que houver
regist ro ou dist ribuição do feit o.
 PRI NCÍ PI O DA EVENTUALI DADE
 Significa que cabe ao réu form ular t oda sua defesa na cont est ação.
 PRI NCÍ PI O DA I NDECLI NABI LI DADE
 I m põe um dever ao m agist rado, qual sej a, o de apreciar as dem andas quando provocado
pela part e.
 PRI NCÍ PI O DA I NAFASTABI LI DADE OU DA UBI QUI DADE OU DO ACESSO À JUSTI ÇA
 Aborda que o Poder Judiciário não excluirá da apreciação am eaça ou lesão a direit o.
 PRI NCÍ PI O DA OBRI GATORI EDADE
 Significa que ninguém pode alegar o desconhecim ent o da lei para im pedir a prest ação
j urisdicional.
 PRI NCÍ PI O DA PRODUÇÃO DA PROVA LÍ CI TA
 Considerado por alguns com o princípio, facult a à part e produzir t odas e quaisquer
provas não vedadas para com provar o alegado ou defendido em Juízo.
 PRI NCÍ PI O DA LI VRE I NVESTI GAÇÃO PROBATÓRI A
 Concede liberdade ao m agist rado para, diant e das provas produzidas, ut ilizar- se
daquelas que pret ende para form ação do seu convencim ent o.
 PRI NCÍ PI O DA I SONOMI A OU I GUALDADE
 Paridade de t rat am ent o se dá em relação ao exercício dos direit os e faculdades
processuais, aos m eios de defesa, aos ônus; aos deveres e à aplicação de sanções
processuais.
 PRI NCÍ PI O DA ADSTRI ÇÃO
 O m agist rado est á vinculado àquilo que foi propost o pelas part es no processo, de m odo
que não poderá analisar de ofício quest ões que a lei at ribua a iniciat iva da part e. Esse
princípio prest igia o m odelo disposit ivo de processo.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

 PRI NCÍ PI O DA CONGRUÊNCI A


 Dem arca o cam po de at uação do m agist rado, vedando qualquer incursão fora desse
lim it e, sob pena de caract erização de sent ença ult ra, ext ra ou infra pet it a.
 PRI NCÍ PI O DA VEDAÇÃO AO JUÍ ZO DE EXCEÇÃO
 Veda que o Juízo sej a const it uído após o acont ecim ent o dos fat os a serem j ulgados.
 PRI NCÍ PI O DO JUI Z NATURAL:
 ASPECTO SUBJETI VO: análise se dá a part ir da at uação do su j e it o m agist rado.
 ASPECTO OBJETI VO: dois sent idos desse princípio:
1 º se n t ido: t radicional, segundo o qual, à luz a im parcialidade e da segurança
j urídica, o m agist rado deve ser const it uído previam ent e aos fat os;
2 º se n t ido: cont em porâneo, t rat a da definição do m agist rado com pet ent e para
j ulgam ent o, com base em regras abst rat as, obj et ivas e gerais definidas na
legislação processual civil.
 PRI NCÍ PI O DO LI VRE CONVENCI MENTO MOTI VADO OU PERSUASÃO RACI ONAL
 Significa que t oda decisão deve ser m ot ivada pelo que const a nos aut os, lim it ada ao
pedido form ulado pela part e.

www.concurseirosunidos.org
www.concurseirosunidos.org

7 - Con side r a çõe s Fin a is


Chegam os ao final da nossa aula inaugural! Vim os um a pequena part e da
m at éria, a qual é, sobrem aneira, um assunt o m uit o relevant e para a
com preensão da disciplina com o um t odo.
A pret ensão dest a aula é a de sit uá- los no m undo do Direit o Processual Civil, a
fim de que não t enham dificuldades em assim ilar os cont eúdos relevant es que
virão na sequência.
Além disso, procuram os dem onst rar com o será desenvolvido nosso t rabalho ao
longo do Curso.
Quaisquer dúvidas, sugest ões ou crít icas ent rem em cont at o conosco. Est ou
disponível no fórum do Curso, por e- m ail e, inclusive, pelo Facebook.
Aguardo vocês na próxim a aula. At é lá!
www.concurseirosunidos.org

www.concurseirosunidos.org

Vous aimerez peut-être aussi