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Resumo:
Este artigo, na verdade uma conferência para alunos de Letras,
tenta fazer entender, de forma didática, os conceitos
fundamentais, através dos quais Mikhail Bakhtin aborda a difícil
problemática filosófica da linguagem humana.
Indagar-se sobre os conceitos na obra de Mikhail
Bakhtin é sempre um desafio, pois sabe-se que aí
está tudo em movimento permanente e não há
terreno sólido para as construções formais. Mesmo
porque, se há alguma coisa que caracterize o seu
pensamento, essa alguma coisa é uma adesão
inconteste à filosofia do movimento. Nada é, em sua
obra, definitivo, nada está estabelecido
permanentemente, tudo oscila com as alterações do
quadro histórico, em que as ações humanas se
desenrolam.
Minha proposta, hoje, é tentar alinhavar em linhas
gerais como seu pensamento trabalha com a
linguagem.
Este é um terreno minado, pelas muitas teorias e
filosofias que dele se ocuparam. Mas, tanto melhor,
pois será do diálogo de tantas vozes discordantes que
poderá surgir uma possibilidade de entendimento
desse fenômeno que é absolutamente central tanto
na vida social, como na nossa existência pessoal.
Notas:
1 Saussure, Ferdinand de - Cours de Linguistique Générale.
Paris:Payot, 1966. P. 25
2 Bakhtin. Mikhail. Estética da Criação Verbal. Tradução de
Paulo Bezerra, edição eletrônica.
FONTE: http://revistabrasil.org/revista/artigos/crise.htm
Fonte
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/mikhail-bakhtin-
498487.shtml
Mikhail Bakhtin
Biografia
Mikhail Mikhailóvitch Bakhtin nasceu em Orel, ao sul de Moscou,
em 1895. Aos 23 anos, formou-se em História e Filologia na
Universidade de São Petersburgo, mesma época em que iniciou
encontros para discutir linguagem, arte e literatura com
intelectuais de formações variadas, no que se tornaria o Círculo de
Bakhtin. Em vida, publicou poucos livros, com destaque
para Problemas da Poética de Dostoiévski (1929). Até hoje, porém,
paira a dúvida sobre quem escreveu outras obras assinadas por
colegas do Círculo (há traduções que as atribuem também a
Bakhtin). Durante o regime stalinista, o grupo passou a ser
perseguido e Bakhtin foi condenado a seis anos de exílio no
Cazaquistão (só ao retornar, ele finalizou sua tese de doutorado
sobre cultura popular na Idade Média e no Renascimento). Suas
produções chegaram ao Ocidente nos anos 1970 - e, uma década
mais tarde, ao Brasil. Mas Bakhtin já havia morrido, em 1975, de
inflamação aguda nos ossos.