Vous êtes sur la page 1sur 58

Universidade Federal de Minha Gerais

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

Apostila De Metodologias Para Caracterização Físico-química De Lixiviados De


Aterros Sanitários: parâmetros coletivos não específicos.

Belo Horizonte, agosto de 2012.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 1


Universidade Federal de Minha Gerais
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

Apostila De Metodologias Para Caracterização Físico-química De Lixiviados De


Aterros Sanitários: parâmetros coletivos não específicos.

Apostila confeccionada pelo corpo técnico do


projeto TRATALIX para ministração do treinamento de metodologias para caracterização físico-
química de lixiviados de aterros sanitários: parâmetros coletivos não específicos.

Belo Horizonte, agosto de 2012.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 2


EQUIPE RESPONSÁVEL

Drª. Liséte Celina Lange – Coordenadora Geral

Drª. Miriam Cristina Santo Amaral – Pesquisadora

Larissa Marques Diniz – Bolsista DTI

Cintia Yoko Kobayashi – Bolsista EXP

Eghon Pereira Rocha – Bolsista IC

Marco Antônio Herculano dos Santos – Bolsista IC

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 3


SUMÁRIO

BIODEGRADABILIDADE AERÓBIA - MÉTODO DE ZAHN-WELLENS 08

I – Introdução 08

II – Amostragem e estocagem da amostra 08

III – Equipamentos e materiais 08

IV – Reagentes e soluções 09

V – Procedimentos 09

V.I – Preparo de soluções 09

V.II – Inóculo 10

V. III – Preparação dos reatores 10

VI – Cálculos 11

VII – Figuras 11

VIII – Referências Bibliográficas 12

CARBOIDRATOS - MÉTODO DE DUBOIS 13

I – Introdução 13

II – Amostragem e estocagem da amostra 13

III – Equipamentos e materiais 14

IV – Reagentes e soluções 14

V – Procedimentos 15

V.I – Preparo de soluções 15

V.II – Curva de Calibração 15

V. III – Determinação do teor de carboidratos em amostras de lixiviado 16

VI – Cálculos 16

VII – Referências Bibliográficas 17

DISTRIBUIÇÃO DE MASSA MOLAR (DMM) 19

I – Introdução 19

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 4


II – Amostragem e estocagem da amostra 20

III – Equipamentos e materiais 20

IV – Reagentes 21

V – Procedimentos 21

V. I – Preparo de soluções 21

V. II – Determinação de DMM 21

VI – Cálculos 22

VII – Referências Bibliográficas 23

DQO INERTE - MÉTODO DE GERMILI 25

I – Introdução 25

II – Amostragem e estocagem da amostra 25

III – Equipamentos e materiais 25

IV – Reagentes 26

V – Procedimentos 26

V.I – Preparo de soluções 26

V.II – Inóculo 27

V. III – Preparação dos reatores 27

VI – Cálculos 28

VII – Figuras 29

VIII – Referências Bibliográficas 30

LIPÍDIOS - MÉTODO DE POSTMA ADAPTADO 31

I – Introdução 31

II – Amostragem e estocagem da amostra 31

III – Equipamentos e materiais 32

IV – Reagentes 32

V – Procedimentos 32

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 5


V. I – Preparo de soluções 32

V.II – Curva de Calibração 32

V. III – Determinação do teor de lipídios em amostras de lixiviado 34

VI – Cálculos 34

VII – Referências Bibliográficas 35

PROTEÍNAS - MÉTODO DE LOWRY 36

I – Introdução 36

II – Amostragem e estocagem da amostra 38

III – Equipamentos e materiais 38

IV – Reagentes 38

V – Procedimentos 39

V.I – Preparo de soluções 39

V.II – Curva de Calibração 39

V. III – Determinação do teor de proteínas em amostras de lixiviado 41

VI – Cálculos: 41

VII – Referências Bibliográficas 42

SUBSTÂNCIAS HÚMICAS - MÉTODO DE LOWRY MODIFICADO 43

I – Introdução 43

II – Amostragem e estocagem da amostra 45

III – Equipamentos e materiais 46

IV – Reagentes 46

V – Procedimentos 46

V. I – Preparo de soluções 46

V. II – Curva de calibração 47

V. III – Determinação do teor de SH em amostras de lixiviado 48

VI – Cálculos: 49

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 6


VII – Referências Bibliográficas 50

ANEXO 1 – SÓLIDOS TOTAIS, FIXOS E VOLÁTEIS 51

I – Introdução 51
II – Amostragem e estocagem da amostra 51
III – Equipamentos e materiais 51
IV - Procedimentos 52
IV.I – Preparo da cápsula de porcelana 52
IV.II – Análise da amostra 52
V- Cálculos 52
VI – Referências Bibliográficas 53

ANEXO 2 – SÓLIDOS SUSPENSOS, FIXOS E VOLÁTEIS 54

I – Introdução 54
II – Amostragem e estocagem da amostra 54
III – Equipamentos e materiais 54
IV - Procedimentos 55
IV.I – Preparo do filtro 55
IV.II – Escolha do filtro e tamanho da amostra 55
IV.III – Análise da amostra 55
V- Cálculos 57
VI – Referências Bibliográficas 58

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 7


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

BIODEGRADABILIDADE AERÓBIA
MÉTODO DE ZAHN-WELLENS

I – Introdução

Biodegradabilidade é uma característica de um composto ou efluente o qual é capaz de ser


degradado pela atividade microbiológica. Desta forma, a sua quantificação se faz necessária para
que, assim, sejam evitados problemas futuros na operação do tratamento do efluente, tais como baixa
eficiência do processo e altos custos de manutenção.
O método consiste na determinação da biodegradabilidade inerente do efluente quando este é
exposto a altas concentrações microbianas na presença de oxigênio, além de estar sob condições
estabelecidas tais como inóculo aclimatado, meio mineral apropriado para a atividade biológica,
entre outras. Assim, a determinação desta biodegradabilidade aeróbia é dada por meio indireto da
quantificação do decaimento da DBO, DQO ou COT do substrato.
Os compostos biodegradáveis podem ser classificados quanto ao seu estado físico no efluente
e quando à sua facilidade de degradação. Compostos rapidamente biodegradáveis são aqueles
formados basicamente por moléculas simples e solúveis e utilizados diretamente pelas bactérias. Já
os compostos lentamente biodegradáveis são aqueles formados por moléculas complexas geralmente
na forma particulada e que demandam o processo de hidrólise. Além destes, têm-se os materiais
recalcitrantes, os quais são materiais que tendem a permanecer no efluente, sendo resistentes à
atividade biológica. Entretanto, certas condições podem ser alteradas visando o aumento da
biodegradabilidade do efluente, tais como ajustes de pH e temperatura, além de agitação, entre
outras.

II – Amostragem e estocagem da amostra

As amostras devem ser filtradas por membranas de 0,45 µm e sua estocagem pode ser
realizada em frascos de plástico. Caso não seja possível a análise da amostra no dia de coleta, deve-
se estocar sob refrigeração de 2-4°C por, no máximo, 48 horas ou a -18°C por longos períodos.
Entretanto, a estocagem por longos períodos não é aconselhável.

III – Equipamentos e materiais

 Erlenmeyers de borosilicato com capacidade para 2 L;


 Aeradores e difusores de ar
 Filtros de 0,45 µm;
 Mangueiras de 4 mm e;
 Materiais comuns de laboratório, incluindo, necessariamente, uma centrífuga.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 8


IV – Reagentes e soluções
 Hidrogenofostato de potássio, KH2PO4;
 Fosfato de potássio dibásico, K2HPO4;
 Fosfato de sódio dibásico dihidratado, Na2HPO4.2H2O;
 Cloreto de amônio, NH4Cl;
 Cloreto de cálcio anidro, CaCl2, ou cloreto de cálcio dihidratado, CaCl2.2H2O;
 Sulfato de magnésio heptahidratado, MgSO4.7H2O;
 Cloreto de ferro (III) hexahidratado, FeCl3.6H2O;
 Hidróxido de sódio, NaOH;
 Ácido sulfúrico, H2SO4.

V – Procedimentos

V.I – Preparo de soluções

 Soluções para o preparo do meio mineral

(a) Hidrogenofosfato de potássio, KH2PO4.....................................8,5g


Fosfato de potássio dibásico, K2HPO4 ............................................21,75g
Fosfato de sódio dibásico dihidratado, Na2HPO4.2H2O ..................33,4g
Cloreto de amônio, NH4Cl ...............................................................0,5g

Dissolver em água e completar para 1 L.


O pH desta solução deve estar em 7.4.

(b) Cloreto de cálcio anidro, CaCl2 .............................................. 27,5g


ou cloreto de cálcio dihidratado, CaCl2.2H2O ...............................36,4g
Dissolver em água e completar para 1 L.
(c) Sulfato de magnésio heptahidratado, MgSO4.7H2O .................22,5g
Dissolver em água e completar para 1 L.
(d) Cloreto de ferro (III) hexahidratado, FeCl3.6H2O .....................0,25g
Dissolver em água e completar para 1 L.

Observações: sempre utilizar água destilada e deionizada e para que se evite o preparo
dessas soluções imediatamente antes do uso, adicione uma gota de HCl concentrado ou 0,4g

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 9


de ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA). Caso seja visualizada a formação de
precipitado, preparar uma nova solução.

 Preparação do meio mineral


Adicionar 10 mL da solução (a) e 1mL das soluções (b), (c) e (d) a 800mL de água destilada e
deionizada e completar o volume para 1L.

V.II – Inóculo

Utilizar lodo ativado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) até, no máximo, 6h após a
coleta do mesmo. É necessário que o lodo seja lavado duas ou três vezes com água corrente,
deixando-o, em seguida, em repouso para decantação. Após isso, deve-se retirar o sobrenadante e
centrifugar o decantado.

V. III – Preparação dos reatores

 Antes de se iniciar a preparação dos reatores, faz-se necessário conhecer os valores


das substâncias a serem testadas (tais como DQO ou OD);
 Introduza nos reatores 500 mL de meio mineral e uma quantidade apropriada de
efluente e lodo ativado que atinjam, respectivamente, valores entre 100 a 1000 mg.L-1 de
DQO e 0,2-1,0g de STV (sólidos voláteis) por litro. As proporções entre inóculo e DQO a
serem seguidas devem estar entre 2,5:1 e 4:1. Normalmente, utiliza-se uma concentração
de DQO igual a 1000 mg.L-1 e uma concentração de STV do lodo ativado igual a 2,5g.L-1
ou 4,0g.L-1.
Obs.: O volume adicionado de lixiviado é variável, pois cada lixiviado possui uma
concentração de DQO, devendo-se alcançar uma concentração de 1000 mg.L-1 de DQO.
 Um volume total igual a 2 L é satisfatório, entretanto este pode variar de 1 a 5 L
dependendo da quantidade de amostras que serem coletadas;
 Para a realização da análise de STV para o lodo centrifugado, meça uma determinada
massa (por exemplo, 1,0 g) e realize a análise (ver Anexo 1);
 Prepare um branco contendo apenas lodo ativado (que atinja 0,2-1,0g de STV por
litro) e o meio mineral, nas mesmas condições dos testes com efluente;
 Executar o teste até um período de 28 dias e em locais protegidos da luz a 20-25ºC.
Caso não seja possível proteger o recipiente da luz, envolva-o com papel alumínio;
 Utilizar aeradores e difusores de bolhas, tal como representado na Figura 1, e, se
necessário, agitar o recipiente sempre que possível para que o lodo não se concentre em
apenas uma região;
 Checar o pH em intervalos regulares, por exemplo nos dias de coleta, mantendo-o
entre 6,5 e 8 utilizando NaOH (40g.L) e H2SO4 (50g.L-1 ) e;
 As coletas devem seguir os passos abaixo e amostras analisadas quanto à DQO:
(a) Uma amostra 3h ± 30min após a adição do efluente a ser testado para a avaliação de
qualquer adsorção proporcionada pelo lodo ativado;

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 10


(b) Em outras 4 ocasiões, no mínimo, no período de 28 dias ;
(c) Nos 27° e 28° dias do teste.

VI – Cálculos

 Para se calcular a degradação em um determinado tempo t, deve-se utilizar a equação


abaixo:
 C  CB 
Dt  1  t  x 100 ,
 C A  CBA 

em que:

Dt = degradação percentual no tempo t;

C A = concentração (em mg.L-1) de DQO do teste com efluente após 3h ± 30min de


incubação;

Ct = concentração (em mg.L-1) de DQO do teste com efluente no tempo t;

C BA = concentração (em mg.L-1) de DQO do branco após 3h ± 30min de incubação e;

C B = concentração (em mg.L-1) de DQO do branco no tempo t.

 Os dados devem ser dispostos graficamente, tal como representado na Figura 2.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 11


VII – Figuras

Figura 1 - Aparato utilizado para o teste.

Figura 2 - Exemplo de uma curva do teste de biodegradabilidade.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 12


VIII – Referências Bibliográficas

AMARAL, M. C. S. Caracterização de lixiviados de aterros sanitários empregando


parâmetros coletivos e identificação de compostos orgânicos. 2007. 231 f. Dissertação
(Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2007.

MORAVIA, W. G. Avaliação do tratamento de lixiviado de aterro sanitário através de


processo oxidativo avançado conjugado com sistema de separação por membranas. 2009.
265 f. Tese (Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de
Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2009.

COELHO, D. A. Degradação dos antiinflamatórios diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno por


ozonização. Tese (Doutorado em Engenharia Química) – COPPE, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2008.

OECD. Guideline for Testing of Chemicals, 302 B. Adopted by the Council on 17th July
1992. Zahn-Wellens/EMPA Test.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 13


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

CARBOIDRATOS
MÉTODO DE DUBOIS

I – Introdução

Carboidratos, também conhecidos como hidratos de carbono, glicídios, glucídios, glúcidos,


glúcides, sacarídeos ou açúcares, são as biomoléculas mais abundantes na natureza, constituídas
principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, podendo apresentar nitrogênio, fósforo ou
enxofre na sua composição.
Dentre as diversas funções atribuídas aos carboidratos, a principal é a energética. Também
atuam como elementos estruturais e de proteção na parede celular das bactérias, fungos e vegetais,
bem como em tecidos conjuntivos e envoltório celular de animais. Alguns, como a ribose e a
desoxirribose, fazem parte da estrutura de nucleotídeos e dos ácidos nucleicos.
A composição físico-química do lixiviado é extremamente variável dependendo de fatores
que vão desde as condições pluviométricas locais, tempo de disposição, das características dos
resíduos dispostos, tipo de solo, operação do aterro, dentre outras. Este pode conter altas
concentrações de sólidos suspensos, metais pesados e compostos orgânicos originados da degradação
de substâncias que são metabolizadas como carboidratos, proteínas e gorduras.
A presença de carboidratos no lixiviado de aterro sanitário se deve às características dos
resíduos depositados. Por serem elementos estruturais de bactérias, fungos e vegetais, a
biodegradação de resíduos tais como carnes e demais resíduos orgânicos contribuem para a
disponibilização de carboidratos no lixiviado.
A concentração de carboidratos no lixiviado é relativamente baixa, uma vez que este compõe
a parte final do processo de decomposição da matéria orgânica no aterro sanitário e, o carboidrato,
por ser um derivado de açúcares, é um substrato de fácil degradação bacteriológica.
O método colorimétrico proposto por Dubois, em 1956, para a determinação de açúcares e
substâncias relacionadas é o que melhor traduz a quantificação destes em qualquer substrato.
Açúcares simples, oligossacarídeos, polissacarídeos e seus derivados, incluindo os metil-
éteres com livres ou potencialmente livres grupos redutores, adquirem a coloração laranja amarelada
quando tratados com fenol e ácido sulfúrico concentrado. A reação é sensível e a cor adquirida é
estável. Através do uso dessa reação fenol – ácido sulfúrico, o método foi desenvolvido para
determinar submicro quantidades de açúcares e substâncias relacionadas (dentre elas os carboidratos
que são o objetivo principal deste tópico). Em conjunto com a cromatografia, este método é
largamente utilizado para a determinação de polissacarídeos e seus derivados metilados.

II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores
orgânicos quando aplicável.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 14


Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com
o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco
(ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

III – Equipamentos e materiais

 Tubos de ensaio e suporte;


 Béqueres de 250, 100 e 50 mL;
 Balões volumétricos de 50 mL;
 Balão volumétrico de 1 L;
 Vidro de relógio pequeno;
 Bastão de vidro;
 Espátula;
 Pipetadores automáticos de 1,0 e 5,0 mL e ponteiras;
 Balões volumétricos de 100 mL e 1000 mL;
 Espectrofotômetro UV/visível e cubetas;
 Balança semi-analítica;
 Capela de exaustão;
 Banho-maria;
 Termômetro.

IV – Reagentes e soluções

 Glicose anidra (Dextrose) P.A.;


 Fenol;
 Ácido sulfúrico P.A.;

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 15


V – Procedimentos

V.I – Preparo de soluções

 Fenol 5% m/v: Medir 5,00 g de Fenol, utilizando uma balança semi - analítica, com o
auxílio do vidro de relógio e uma espátula. Transferir quantitativamente para um béquer
de 100 mL, adicionar aproximadamente 50 mL de água deionizada e homogeneizar com o
auxílio de um bastão de vidro, até total dissolução. Transferir a solução já homogeneizada
para um balão volumétrico de 100 mL, completar o volume e homogeneizar novamente.
Todo este procedimento deve ser realizado em capela de exaustão.
 Solução de glicose 1 g.L-1: Pesar aproximadamente 1,0 g de glicose em balança semi-
analítica. Solubilizar em béquer de 250 mL, transferir para balão volumétrico de 1L e
completar o volume.
 Soluções de glicose 0, 10, 25, 50, 75, 100, 250, 500 e 750 mg.L-1: Diluir a solução de
glicose 1 g.L-1 para as concentrações citadas. Utilizando balões volumétricos de 50 mL,
realizar as diluições conforme a tabela abaixo:

Concentração da Volume de solução Volume de água (mL)


solução padrão (mg/L) (mL)

0 ------------------ 50

10 0,5 49,50

25 1,25 48,75

50 2,50 47,50

75 3,75 46,25

100 5,00 45,00

250 12,50 37,50

500 25,00 25,00

750 37,50 12,50

1000 50,00 -----------------

V.II – Curva de Calibração

Todo este procedimento deve ser realizado em capela de exaustão.

 Retirar 0,5 mL de cada solução padrão e transferir para tubos de ensaio. Adicionar 0,5 mL
da solução de Fenol 5% m/v, utilizando pipeta graduada. Adicionar 2,5 mL de Ácido

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 16


sulfúrico concentrado diretamente à superfície do líquido contido no tubo,
de forma a obter uma boa mistura. Homogeneizar bem, e proceder em triplicata.
 Deixar os tubos em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente.
 Levar ao banho-maria à temperatura de 25 a 30°C por 15 minutos.
 Homogeneizar vigorosamente os tubos de ensaio deixando novamente em repouso à
temperatura ambiente por mais 30 minutos.
 Fazer a leitura das absorbâncias no espectrofotômetro a 488 nm.
 Com os valores de absorbância, obtidos em triplicata no espectrofotômetro, obter a média
das absorbâncias para cada concentração.
 Gerar um gráfico de dispersão X Y (Abs x Concentração), a partir das médias de
absorbância calculadas e as concentrações relativas.
 Realizar a regressão linear dos pontos e obter a equação da reta y = a.x + b, onde y
representa a concentração em mg.L-1, e x representa a absorbância.
 O valor de R² deve estar o mais próximo possível de 1.

V. III – Determinação do teor de carboidratos em amostras de lixiviado

Todo o procedimento deve ser realizado em capela de exaustão.

 Adicionar 0,5 mL da amostra e 0,5 mL da solução de Fenol 5% m/V a um tubo de ensaio,


utilizando o pipetador automático de 1,0 mL;
 Adicionar 2,5 mL de Ácido sulfúrico concentrado diretamente à superfície do líquido
contido no tubo, de forma a obter uma boa mistura. Homogeneizar bem, e proceder em
triplicata;
 Deixar os tubos em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente;
 Homogeneizar novamente;
 Levar ao banho-maria à temperatura de 25 a 30°C por 15 minutos;
 Homogeneizar vigorosamente os tubos de ensaio deixando novamente em repouso à
temperatura ambiente por mais 30 minutos;
 Fazer a leitura das absorbâncias no espectrofotômetro a 488 nm.

VI – Cálculos

Os cálculos são feitos através da curva de calibração Absorbância x concentração de


glicose (mg.L-1), a partir da qual são obtidas as concentrações relativas às absorbâncias encontradas.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 17


VII – Referências Bibliográficas

DUBOIS, M.; GILLES, K. A.; HAMILTON, J. K.; REBERS, P. A.; SMITH, F. Colorimetric
Method for Determination of Sugars and Related Substances. Division of Biochemistry, University
of Minnesota, St. Paul, Minn. 1956.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 18


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

DISTRIBUIÇÃO DE MASSA MOLAR


(DMM)

I – Introdução

A caracterização de efluentes biológicos, em geral, pode ser realizada a três níveis:


determinação de parâmetros coletivos específicos e não específicos; identificação individual dos
compostos; e a identificação de classes de compostos. Os parâmetros coletivos específicos (ou
convencionais) são métodos padronizados na literatura, usualmente empregados na caracterização de
efluentes. Já os parâmetros coletivos não específicos, tais como DQO inerte, biodegradabilidade
aeróbia, distribuição de massa molar e substâncias húmicas, são métodos de caracterização
encontrados na literatura, porém ainda não padronizados, e que fornecem informações direcionadas a
uma determinada propriedade do efluente.

A caracterização empregando parâmetros coletivos não específicos fornece informações


práticas na compreensão dos fenômenos que ocorrem em praticamente todas as etapas do tratamento.
Possibilita o aperfeiçoamento das tecnologias, a definição de procedimentos operacionais mais
eficientes, o aprimoramento dos modelos matemáticos e, consequentemente, a concepção de
fluxogramas de estações de tratamento de lixiviados mais coerentes para a remoção de carga
orgânica.

O conhecimento das distribuições de massa molar dos compostos e o estudo das


transformações nelas ocorridas durante o tratamento possibilitam o delineamento dos mecanismos de
remoção de matéria orgânica e, em consequência, o aperfeiçoamento das tecnologias de tratamento
de efluentes.

Ao longo das etapas do tratamento biológico e/ou físico-químico dos lixiviados, a


distribuição de tamanho dos compostos presentes é modificada, afetando a tratabilidade do efluente.
Essa alteração é devida a fatores dinâmicos do processo como a síntese de novas células, floculação,
quebra enzimática de macromoléculas e oxidação bioquímica. Também esta associada a fatores
operacionais como tempo de detenção hidráulica, configuração do reator e tipo de substrato.

A determinação da distribuição de massa molar através de ultrafiltração é uma técnica de que


permite avaliar a distribuição de matéria orgânica em função da massa molar dos compostos
presentes na amostra. O papel fundamental da membrana é atuar como barreira seletiva, que permite
a passagem de certos componentes da mistura ao passo que retém outros. A seletividade da
membrana no processo de ultrafiltração está relacionada, principalmente, às dimensões das
moléculas ou partículas presentes no efluente e ao diâmetro de corte da membrana.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 19


Nessa técnica, um gás pressurizado é diretamente aplicado à célula de
ultrafiltração. Solutos de tamanho superior aos poros da membrana são retidos na célula, enquanto o
solvente e os solutos inferiores à massa molar de corte passam através da célula, compondo o
filtrado. As frações retidas são submetidas á análises de DQO, lipídios, substâncias húmicas,
proteínas e carboidratos, fornecendo a distribuição de massa molar da amostra.

II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores
orgânicos quando aplicável.
Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco
(ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

III – Equipamentos e materiais

 Célula de ultrafiltração;
 Membranas de ultrafiltração de 1, 5, 10 e 100 kDa (o diâmetro de corte das membranas
dependerá da finalidade da quantificação);
 Agitador magnético;
 Kitassato;
 Filtro de vidro AP40;
 Nitrogênio (N2);
 Balança analítica;
 Béquer de 250 mL (polietileno);
 Bastão de vidro;
 Balão volumétrico de 1000 mL;
 Bomba de vácuo;
 Proveta 100 mL.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 20


IV – Reagentes

 Hidróxido de sódio 0,1 N;


 Azida Sódica.

V – Procedimentos

V. I – Preparo de soluções

 Solução de NaOH 0,1 N: Pesar 4,0 g de Hidróxido de sódio e transferir para béquer de
250 mL (polietileno). Solubilizar e transferir para balão volumétrico de 1 litro. Aferir e
homogeneizar. Transferir para frasco de polietileno.

V. II – Determinação de DMM

 Lavar as membranas com água destilada, com três banhos de uma hora cada. A cada
banho a água destilada deverá ser trocada.
 Filtrar previamente um volume de 40 mL da amostra do lixiviado bruto, utilizando filtros
de fibra de vidro AP40.
 Preparar a célula de ultrafiltração: Posicionar a membrana sobre o suporte, com a
superfície brilhante para cima. Colocar o anel de vedação inferior sobre a membrana,
empurrando-o com cuidado para baixo, de forma que a superfície da membrana fique
uniformemente em contato com o fundo do suporte. Sempre manusear a membrana pelas
bordas, evitando arranhá-las ou contaminá-las.
 Encaixar o suporte da membrana no corpo cilíndrico da célula.
 Rosquear a base firmemente no fundo do corpo cilíndrico.

Figura 1: Foto da célula de ultrafiltração

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 21


 Carregar a célula de ultrafiltração com os 40 mL do lixiviado filtrado e
completar para 200 mL com água destilada. Homogeneizar a amostra por um minuto
através do agitador magnético. Pressurizar a célula. Durante toda a etapa de filtração, o
agitador magnético deverá estar ligado.
 Para evitar que a tampa seja expelida pela pressão, jorrando o conteúdo durante a
pressurização, nunca operar a célula sem usar o suporte de retenção.
 Quando o volume retido chegar a 20 mL, acrescentar mais 100 mL de água destilada e
continuar a ultrafiltração até que o volume retido seja novamente de 20 mL.
Despressurizar a célula e manter agitação por 10 minutos visando à recuperação de
prováveis compostos adsorvidos na membrana.
 Após isso, interrompe-se o processo e armazena-se o retido para posterior análise (DQO,
lipídeos, carboidratos, substâncias húmicas e proteínas).
 A membrana deve ser lavada com 30 mL de Hidróxido de Sódio 0,1 N durante 30
minutos. Para isto a membrana deve estar despressurizada e sob a ação do agitador
magnético.
 Para aumentar a vida útil da membrana, adicionar uma pitada de azida sódica (NaN3)e
armazenar a membrana com água destilada na geladeira. Deve-se tomar um extremo
cuidado com a manutenção da umidade da membrana, não deixando a água secar.

Para cada membrana existe uma pressão ideal de atuação.

Membrana Pressão

1 kDa 30 psi

5 kDa 30 psi

10 kDa 30 psi

100 kDa 5 psi

O gás utilizado para a ultrafiltração é o nitrogênio gasoso (N2) por ser um gás inerte.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 22


Figura 2: Esquema do processo de ultrafiltração:

(a) ultrafiltração da amostra

(b) Interrupção quando o volume retido chegar a 20 mL

(c) Adição de 100 mL de água destilada

(d) Interrupção quando o volume retido chegar a 20 mL

VI – Cálculos

As frações retidas foram analisadas quanto à concentração de lipídeos, carboidratos,


proteínas, substâncias húmicas e DQO de acordo com os cálculos relacionados na tabela abaixo:

Em que:

MM = massa molar;

C = concentração de lipídeos, carboidratos, proteínas, substâncias húmicas ou DQO (mg/L);

v = volume do retido (L);

V = volume da amostra bruta carregada na célula de ultrafiltração (L).

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 23


VII – Referências Bibliográficas

AMARAL, M. C. S. Caracterização de lixiviados de aterros sanitários empregando parâmetros


coletivos e identificação de compostos orgânicos. 2007. 231 f. Dissertação (Mestrado em
Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia, Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2007.

MORAVIA, W. G. Avaliação do tratamento de lixiviado de aterro sanitário através de processo


oxidativo avançado conjugado com sistema de separação por membranas. 2009. 265 f. Tese
(Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2009.

BARKER D. J.; MANNUCCHI G. A.; SALVI S. M. L. e STUCKEY D. C. Characterization of


soluble residual chemical oxygen demand (COD) in anaerobic wastewater treatment effluents.
Water Research, v.33, n.11, p.2499-2510, 1999

CHERYAN, M. Ultrafiltration handbook. Pennsylvania (USA): Technomic Publishing Company


Inc. Lancaster PA, 375p., 1986.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 24


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

DQO INERTE
MÉTODO DE GERMILI

I – Introdução

Lixiviado de aterro sanitário é um dos problemas ambientais mais significativos na


disposição de resíduos sólidos urbanos. Devido à falta de caracterização deste efluente, uma das
maneiras mais utilizadas no passado para o tratamento do mesmo se baseia na utilização de fontes
biológicas. Entretanto, os principais poluentes tais como metais pesados, macro nutrientes
inorgânicos, produtos orgânicos xenobióticos e materiais orgânicos dissolvidos, nos quais se pode
enfatizar a presença de altas concentrações de materiais refratários, tornaram este método
insuficiente para atingir padrões de tratamento.
A caracterização de lixiviados de aterros sanitários se mostrou algo fundamental para a
escolha do tipo de tratamento mais adequado às condições do efluente em questão. Logo, um dos
principais parâmetros que se tem como base é a demanda química de oxigênio, DQO. Entretanto,
este parâmetro pode mascarar certos resultados pelo fato de não diferenciar materiais biodegradáveis
de materiais inertes, materiais estes que não são oxidados mesmo se aumentar a retenção hidráulica.
Desta forma, somente a determinação da DQO do efluente e de outros parâmetros
convencionais é insuficiente para a caracterização do mesmo e, por conseguinte, a quantificação da
DQO inerte do lixiviado é de fundamental importância para a escolha do tratamento mais adequado
para o devido efluente.

II – Amostragem e estocagem da amostra

A amostragem deve ser realizada diretamente do reator com o efluente.


Primeiramente, agita-se o reator com a finalidade de homogeneizar o líquido. Após isto,
realizar ambiente no frasco de coleta e, em seguida, coletar uma amostra representativa em frasco de
vidro ou plástico e filtrá-la utilizando filtros de seringa de 0,45µm.
Caso a realização da análise de DQO seja realizada 6 horas após a coleta, é desnecessário o
resfriamento. Do contrário, manter a amostra à temperatura igual ou inferior a 4ºC.

III – Equipamentos e materiais

 Erlenmeyers de borosilicato com capacidade para 2 L;


 Aeradores e difusores de ar
 Filtros de seringa de 0,45 µm;
 Mangueiras de 4 mm e;
 Materiais comuns de laboratório.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 25


IV – Reagentes

 Hidrogenofostato de potássio, KH2PO4;


 Fosfato de potássio dibásico, K2HPO4;
 Cloreto de amônio, NH4Cl;
 Sulfeto de sódio nonohidratado, Na2S.9H2O;
 Cloreto de magnésio, MgCl2;
 Cloreto de cálcio anidro, CaCl2;
 Sulfato de magnésio heptahidratado, MgSO4.7H2O;
 Cloreto de ferro (III) anidro, FeCl3;
 Cloreto de zinco, ZnCl2;
 Cloreto de cobre dihidratado, CuCl2.2H2O;
 Cloreto de manganês tetrahidratado, MnCl2.4H2O;
 Molibdato de amônio tetrahidratado, (NH4)6Mo7O24.4H2O;
 Cloreto de níquel hexahidratado, NiCl2.6H2O;
 Cloreto de alumínio, AlCl3;
 Cloreto de cálcio hexahidratado, CaCl2.6H2O;
 Ácido bórico, H3BO4;
 Ácido clorídrico concentrado, HCl;
 Hidróxido de sódio, NaOH 0,1N;
 Ácido sulfúrico, H2SO4 0,1N.
 Glicose P.A. d + Glicose anidra c6h12o6

V – Procedimentos

V.I – Preparo de soluções

 Soluções concentrada de macronutrientes:

Hidrogenofosfato de potássio, KH2PO4........................................ .... 1,5 g


Fosfato de potássio dibásico, K2HPO4 ........................................ ..... 6,5 g
Cloreto de amônio, NH4Cl ............................................................. ..... 5,0 g
Sulfeto de sódio nonohidratado, Na2S.9H2O ............................... ..... 0,5 g
Cloreto de cálcio anidro, CaCl2 ............................................................ 1,0 g
Cloreto de magnésio, MgCl2 ........................................................ ..... 1,0 g
Dissolver em água destilada e deionizada e completar para 1 litro.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 26


 Solução concentrada de micronutrientes:

Cloreto de ferro (III), FeCl3 ........................................................... 2,0 g


Cloreto de zinco, ZnCl2 ................................................................ 0,05 g
Cloreto de cobre dihidratado, CuCl2.2H2O .................................... 0,03 g
Cloreto de manganês tetrahidratado, MnCl2.4H2O ................... 0,5 g
Molibdato de amônio tetrahidratado, (NH4)6Mo7O24.4H2O ....... 0,05 g
Cloreto de níquel hexahidratado, NiCl2.6H2O ............................ 0,05 g
Cloreto de alumínio, AlCl3 ............................................................. 0,05 g
Cloreto de cálcio hexahidratado, CaCl2.6H2O ................... .......... 2,0 g
Ácido bórico, H3BO4 ..................................................................... 0,01g
Ácido clorídrico concentrado, HCl ................................................. 1 mL
Dissolver em água destilada e deionizada e completar para 1 litro.

 Solução de nutrientes:
Adicionar 2 mL da solução de micronutrientes a 200 mL da solução de macronutrientes e
completar o volume para balão volumétrico de 1 litro..

V.II – Inóculo

Utilizar lodo ativado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) até, no máximo, 6h após a
coleta do mesmo deixando-o, em seguida, em repouso para decantação por cerca de 30 minutos e
posterior retirada do sobrenadante. Lavar o lodo duas ou três vezes com água corrente.

V. III – Preparação dos reatores

 Antes de se iniciar a preparação dos reatores, faz-se necessário conhecer o valor de DQO
do efluente a ser testado;
 Utilizar Erlenmeyers de 2 L para a montagem dos reatores;
 Realizar a análise de sólidos suspensos voláteis (SSV) para o lodo decantado (ver Anexo
2). Um volume de 2 mL é suficiente para a análise;
 Introduza 1 litro de lixiviado com a concentração de DQO conhecida em um reator e 1
litro de solução de glicose com valor de DQO próxima ao valor do lixiviado em outro
reator;
 Acrescentar, em cada reator, volume de inóculo correspondente para se atingir uma
concentração de 100 mg.L-1 de SSV (C1 x V1 = C2 x V2 => SSV x V1 = 100mg/L x
1000mL) e 100 mL de solução de nutrientes;
 Acoplar o aerador e o difusor de bolhas, tal como representado na Figura 1;

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 27


 Checar o pH em intervalos regulares, por exemplo, nos dias de coleta,
mantendo-o entre 6,5 e 8 utilizando NaOH (40 g.L-1) e H2SO4 (50 g.L-1);
 Executar o teste até um período de 28 dias em locais protegidos da luz a 20-25ºC e;
 As coletas devem seguir os passos abaixo:

(d) Uma amostra no dia de montagem dos reatores;


(e) Uma amostra nos dois dias seguintes à montagem e;
(f) Amostras de 2 em 2 dias ou em intervalos frequentes;

Obs.: na etapa (c), aconselha-se que as coletas sejam realizadas as segundas, quartas e sextas-
feiras, não sendo necessário coletas aos sábados e/ou domingos.

VI – Cálculos

 Para se calcular a depleção de DQO e, consequentemente, a fração inerte remanescente,


deve-se utilizar a equação abaixo:

DQOinerte = DQOlixiviado - DQOglicose

 Assumir que a fração de DQO inerte da glicose é nula. Com isso, a diferença entre as
DQOs finais do efluente e da glicose, em que a atividade biológica foi encerrada, revela a
quantidade de DQO inerte do efluente e;
Os dados devem ser dispostos graficamente, tal como representado na Figura 2 e os
mesmos devem ser registrados.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 28


VII – Figuras

Figura 1 - Aparato utilizado para o teste.

Figura 2 - Exemplo de uma curva do teste de DQO inerte.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 29


VIII – Referências Bibliográficas

AMARAL, M. C. S. Caracterização de lixiviados de aterros sanitários empregando


parâmetros coletivos e identificação de compostos orgânicos. 2007. 231 f. Dissertação
(Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2007.

GERMILI, E., ORHON, D., ARTAN, N. (1991). Assessment of the initial inert soluble COD
in industrial wastewaters. Water Science and Technology. v. 23, pp. 1077-1086.

MORAVIA, W. G. Avaliação do tratamento de lixiviado de aterro sanitário através de


processo oxidativo avançado conjugado com sistema de separação por membranas. 2009.
265 f. Tese (Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de
Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2009.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 30


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

LIPÍDIOS
MÉTODO DE POSTMA ADAPTADO

I – Introdução

Os lipídios constituem um grupo heterogêneo de compostos orgânicos que apresentam, em


comum, baixa solubilidade em água e grande solubilidade em solventes orgânicos. Incluem ácidos
graxos, triglicerídeos (óleos e gorduras), fosfolipídios, esteroides e ceras. As ceras revestem o
exoesqueleto dos artrópodes e a pele, pelos e penas de vertebrados. Os vegetais também possuem
cera recobrindo frutos e folhas como mecanismo de proteção, dificultando a perda de água.
Constituem, portanto células vegetais e animais. São utilizados na fabricação de alimentos (como
exemplo, óleos, margarinas e manteigas) e também em alguns produtos manufaturados tais como
sabão, resinas, cosméticos e lubrificantes.
A presença desses no lixiviado de aterro sanitário está relacionada à deposição de resíduos
contendo essas biomoléculas em sua constituição. Sua persistência no percolado é devido a sua baixa
biodegradabilidade.
A análise de lipídeos empregando o método adaptado de Postma & Stroes (1968) consiste na
adição de ácido sulfúrico concentrado, ácido fosfórico concentrado e vanilina. A presença de lipídeos
resulta em uma coloração rosa. A absorbância é lida a 537 nm em espectrofotômetro.

II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores orgânicos
quando aplicável.
Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco (ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 31


III – Equipamentos e materiais

 Tubos de ensaio;
 Pipetas graduadas de 0,5 e 5 mL;
 Espectrofotômetro UV / Visível;
 Estufa;
 Pipeta automática;
 Balão volumétrico de 1000 mL;
 Béqueres de 100 mL e 250 mL;
 Banho-maria.

IV – Reagentes

 Ácido fosfórico concentrado p.a;


 Ácido sulfúrico concentrado p.a;
 Vanilina.

V – Procedimentos

V. I – Preparo de soluções

 Solução de vanilina (Serve para a promoção da cor ao reagir com o ácido sulfúrico):
pesar 6 g de vanilina e transferir para béquer de 100 mL. Solubilizar em água. Transferir
para balão de volumétrico de 1 litro. Aferir com água destilada ou deionizada e
homogeneizar.

V.II – Curva de Calibração

A concentração de lipídios é determinada através da construção de uma curva padrão


contendo a solução padrão de lipídios (óleo de soja).

 Preparar a solução padrão de lipídios conforme a seguir:


 Adicionar 1,0 mL de óleo de soja em um tubo de ensaio.
 Adicionar 4,0 mL de ácido sulfúrico concentrado e 1,0 mL de água. Transferir esses
volumes para o tubo de ensaio com extrema cautela afim de não deixar os elementos na
parede do tubo.
 Homogeneizar (manual) cuidadosamente até que desapareçam os prováveis resíduos e
globos gerados.
 Deixar o tubo de ensaio em repouso por 5 minutos.
 Diluir a solução resultante (15,68 g.L-1) para preparar as soluções listadas na tabela 1:

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 32


Tabela 1 – Curva de calibração de lipídeos

Concentração da solução Volume de solução Volume de água


padrão (g.L-1) (mL)
(mL)

15,68 2 0

7,84 1,00 1,00

3,92 0,50 1,00

1,96 0,50 2,00

0,98 0,25 2,00

 Homogeneizar cuidadosamente as diferentes concentrações


 Retirar alíquota de 100 L de cada solução padrão e transferir para os tubos de ensaio.
Adicionar 2,0 mL de ácido sulfúrico concentrado ao resíduo sólido. Aquecer por 10
minutos em banho-maria à 100ºC.
 Medir 0,1 mL dessa solução formada e transferir para um tubo de ensaio. Fazer duplicata.
 Adicionar 2,0 mL de ácido fosfórico e 0,5 mL de solução de vanilina.
 Agitar (com vórtex) os tubos e deixar em repouso por 15 minutos em banho de água a
37,0ºC.
 Fazer a leitura das absorbâncias com comprimento de onda ajustado para 537nm logo
após o preparo das soluções (máximo 10 min).
 Lembrar-se de converter a concentração de g.L-1 para mg.L-1, para facilitar o cálculo.
 Construir a curva de Absorbância x Concentração de lipídios (mg.L-1), através da leitura
das absorbâncias, como no exemplo a seguir:

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 33


V. III – Determinação do teor de lipídios em amostras de lixiviado

 Pipetar 2,0 mL da amostra e transferir para um tubo de ensaio. Levar à estufa a 100 ºC até
a secagem da amostra. O branco não é feito nesta etapa
 No tubo com a amostra seca, adicionar 0,1 mL de água destilada e 2,0 mL de ácido
sulfúrico concentrado ao resíduo sólido. Aquecer por 10 minutos em banho-maria à
100ºC.
 Fazer um branco utilizando 0,1 mL de água destilada e 2,0 mL de ácido sulfúrico
concentrado.
 Medir 0,1 mL dessa solução formada e transferir para um tubo de ensaio. Fazer duplicata.
 Adicionar 2,0 mL de ácido fosfórico e 0,5 mL de solução de vanilina.
 Agitar os tubos e deixar em repouso por 15 minutos em banho de água à 37,0ºC.
 Fazer a leitura das absorbâncias com comprimento de onda ajustado para 537nm logo
após o preparo das soluções (máximo 10 min).
 Lembrar que as amostras foram concentradas 20X (dividir o resultado por 20) no
momento do cálculo da concentração.

VI – Cálculos

Os cálculos são feitos através da curva de calibração, a partir da qual são obtidas as
concentrações relativas às absorbâncias encontradas.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 34


VII – Referências Bibliográficas

AMARAL, M. C. S. Caracterização de lixiviados de aterros sanitários empregando parâmetros


coletivos e identificação de compostos orgânicos. 2007. 231 f. Dissertação (Mestrado em
Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia, Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2007.

MORAVIA, W. G. Avaliação do tratamento de lixiviado de aterro sanitário através de processo


oxidativo avançado conjugado com sistema de separação por membranas. 2009. 265 f. Tese
(Doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2009.

POSTMA, T., STROES, J.A.P. (1968) Lipid screening in clinical chemistry .Clin. Chim.Acta,
v.22, p.569-578.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 35


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

PROTEÍNAS
MÉTODO DE LOWRY

I – Introdução

Os lixiviados de aterro sanitário são basicamente constituídos por uma mistura de substâncias
orgânicas e inorgânicas, compostos em solução e em estado coloidal e diversas espécies de
microrganismos (ANDRADE, 2002).
As proteínas compõem uma fração considerável da matéria orgânica depositada em aterros
sanitários, principalmente em resíduo doméstico. Logo, estão presentes nos lixiviados em
concentrações variáveis, dependendo da fase de decomposição na qual o aterro se encontra. Durante
a decomposição no aterro, as proteínas são biodegradadas e geram compostos amoniacais e ácidos
graxos voláteis. Em caso de morte bacteriana, podem ser excretadas substâncias poliméricas
extracelulares (SPE) contendo proteínas, polissacarídeos, lipídeos (PAIVA, 2004). Portanto, a
quantificação de proteínas em lixiviado de aterro é muito importante para a escolha do método mais
adequado para o tratamento do mesmo.
Para a determinação do teor de proteínas presentes em lixiviado, este ensaio emprega o
método de Lowry et al., (1951).
O princípio do método baseia-se numa mistura contendo molibdato, tungstato e ácido
fosfórico (reagente Folin-Ciocalteau), que sofre uma redução ao reagir com proteínas, em meio
alcalino e na presença do catalisador cobre (II), produzindo um composto azul escuro, com
absorbância máxima em 750 nm.
Primeiramente, os íons cobre (II) interagem com as proteínas em meio alcalino e na presença
de tartarato de sódio, resultando na formação de um complexo tetradentado de cobre, de coloração
azul claro, com absorbância máxima no comprimento de onda 550 nm (Figura 1). Ocorre a perda de
1 próton por cada grupo amino substituído (reação do Biureto).

Figura 1: Representação da formação de complexo cobre-proteína (reação do Biureto)

A presença de tartarato de sódio é necessária devido ao efeito quelato dos íons tartarato,
responsáveis por estabilizar o cobre em solução.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 36


De acordo com Chou e Goldstein (1960) e Legler et al., (1985), a redução do
reagente Folin pelo complexo cobre-proteína ocorre através da retirada de dois elétrons de cada
unidade tetrapeptídica das proteínas ou diretamente das cadeias laterais de alguns aminoácidos
(tirosina, triptofano, cisteína, asparagina e histidina), que contribuem com quatro elétrons, facilitada
pela formação do complexo entre o cobre (II) e as proteínas (ZAIA et al., 1998). Isto ocorre porque a
complexação com cobre (II) provoca o desdobramento da estrutura tridimensional da proteína,
aumentando a reatividade dos resíduos fenólicos dos aminoácidos constituintes (AGUSTÍ, 2010).

Figura 2: Constituinte ativo do reagente Folin-Ciocalteau


Fonte: MIWA, 2003

Figura 3: Reação esquemática entre o complexo cobre-proteína e reagente Folin


Fonte: Thermo Fisher Scientific, 2009

A redução do regente Folin deve ocorrer em meio alcalino, pH aproximadamente 10.


Entretanto, o reagente Folin é estável por pouco tempo neste pH, sofrendo dissociação e gerando
ácido fosfórico no meio. A adição de solução de hidróxido de sódio em quantidade suficiente é
necessária para neutralizar o excesso de ácido fosfórico liberado, enquanto a adição de carbonato de
sódio é responsável por criar um tampão carbonato/ácido fosfórico, e assim manter o pH em torno de
10 (LOWRY, 1951).
A absorbância do composto azul obtido após a redução do reagente Folin pode ser medida a
750 nm (elevada sensibilidade para baixas concentrações de proteína) ou próximo a 500 nm (baixa
sensibilidade para elevadas concentrações de proteína) (FIGUEIREDO, 2009 e LOWRY, 1951).
A principal vantagem do método de Lowry é a sua alta sensibilidade para proteínas e, por
isto, tem sido utilizado para a determinação da concentração de proteínas totais em diversos meios
(ZAIA et al., 1998). O emprego de temperatura ambiente durante toda a análise seria outra vantagem
do método.
Dentre as desvantagens do método, estão o longo tempo de análise e a absortividade
específica variável com o tipo de proteína.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 37


II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores
orgânicos quando aplicável.
Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco
(ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

III – Equipamentos e materiais

 Vidros de relógio (para pesagem de BSA);


 Balões de 250 mL; 100 mL; 50 mL; 10 mL;
 Tubos de ensaio;
 Béqueres de 250 mL e 100 mL;
 Pipetas automáticas e ponteiras de 1 mL, 5 mL e 10 mL;
 Espectrofotômetro UV/visível e cubetas.

IV – Reagentes

 Proteína albumina bovina BSA;


 Carbonato de sódio;
 Hidróxido de sódio;
 Sulfato de cobre pentahidratado;
 Tartarato de sódio e potássio;
 Reagente Folin-Ciocalteau.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 38


V – Procedimentos

V.I – Preparo de soluções

 Solução A: Pesar 20g de carbonato de sódio e 4g de hidróxido de sódio. Transferir para


béquer de 100 mL. Solubilizar com água destilada ou deionizada e transferir para balão
volumétrico de 1000 mL. Completar o volume e homogeneizar a solução.
 Solução B: Pesar 2,0g de sulfato de cobre pentahidratado. Transferir para béquer de 100
mL. Solubilizar com água destilada ou deionizada e transferir para balão volumétrico de
100 mL. Completar o volume e homogeneizar a solução.
 Solução C: Pesar 2,0g de tartarato de sódio e potássio. Transferir para béquer de 100 mL.
Solubilizar com água destilada ou deionizada e transferir para balão volumétrico de 100
mL de água. Completar o volume e homogeneizar a solução.
 Solução “D com cobre”: Medir, com uso de micropipeta automática, 1 mL da solução B e
1 mL da solução C. Transferir diretamente para um balão volumétrico de 100 mL.
Completar o volume com 98 mL da solução A e homogeneizar.
 Solução Folin 1N: Diluir o reagente Folin-ciocalteau na proporção 1:2 com água
deionizada.

V.II – Curva de Calibração

A concentração de proteínas é determinada através da construção de uma curva padrão de


Absorbância x Concentração de proteína soro albumina bovina (BSA), variando-se a concentração
de BSA em 0, 10, 25, 50, 75, 100, 250, 500, 750 e 1000 mg.L-1.

 Preparar o padrão de 1000 mg.L-1 de BSA.


 A partir desse padrão, efetuar as diluições necessárias para a preparação dos outros
padrões 0, 10, 25, 50, 75, 100, 250, 500, 750 mg.L-1 BSA.
 Transferir, com o uso de pipeta automática, 0,5 mL de cada padrão para um tubo de
ensaio. Proceder em triplicata.
 Adicionar 5 mL de solução “D com cobre” em cada tubo de ensaio. Homogeneizar bem.
 Deixar os tubos em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente. Acrescentar 0,5 ml
da solução de Folin na proporção 1:2.
 Homogeneizar bem os tubos e, em seguida, deixá-los em repouso por 30 minutos à
temperatura ambiente.
 Fazer a leitura das absorbâncias no espectrofotômetro no comprimento de onda 550 nm.
 Construir três curvas de Absorbância x Concentração de proteína BSA (mg.L-1),
selecionando intervalos de concentração de proteína, como no exemplo a seguir:

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 39


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 40
V. III – Determinação do teor de proteínas em amostras de lixiviado

 Adicionar, com uso de pipeta automática, 0,5 mL de amostra no tubo de ensaio. Proceder
em duplicata.
 Adicionar 5 mL de solução “D com cobre” em cada tubo de ensaio. Homogeneizar bem.
 Deixar os tubos em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente. Acrescentar 0,5 ml
da solução de Folin na proporção 1:2.
 Homogeneizar bem os tubos e, em seguida, deixá-los em repouso por 30 minutos à
temperatura ambiente.
 Fazer a leitura das absorbâncias no espectrofotômetro no comprimento de onda 550 nm.
A concentração de proteínas é determinada com base na curva padrão para a proteína
BSA.

VI – Cálculos:

Solução “D com Cu”:

 Balão 250 mL (2,5 mL solução B + 2,5 mL solução C + completar com solução A)

 Balão 100 mL (1,0 mL solução B + 1,0 mL solução C + completar com solução A)

Branco: 0,5 mL água + 5,0 mL solução “D com Cu” + 0,5 mL solução Folin 1:2

Proteínas: 0,5 mL de lixiviado + 5,0 mL solução “D com Cu” + 0,5 mL solução Folin 1:2

Os cálculos para a obtenção do teor de proteínas presentes na amostra de lixiviado são feitos através
da curva de calibração Absorbância x concentração de proteína (mg.L-1), a partir da qual são obtidas
as concentrações relativas às absorbâncias encontradas.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 41


VII – Referências Bibliográficas

ANDRADE, S.M.A. Caracterização físico-química e tratabilidade por coagulação-floculação dos


líquidos percolados gerados no aterro sanitário de Uberlândia. 182 p, MG, 2002.

CHOU, S.; GOLDSTEIN, A. Chromogenic groupings in the Lowry protein determination.


Biochemical Journal, v. 75, p. 109, 1960.

FIGUEIREDO, P. Introdução à química alimentar. 2009.

LEGLER, G.; MÜLLER-PLATZ, C. M.; MENTGESs-HETTKAMP, M.; PFLIEGER, G.; JÜLICH,


E. Analytical Biochemistry, v. 150, p. 278, 1985.

LOWRY, O.H.; ROSENBROUGH, N.J.; FARR, R.L.; RANDALL, R.J. Protein measurement
with the Folin phenol reagent. Journal of Biological Chemistry, v.193, p.265-275, 1951.

MORAVIA, W. G. Avaliação do tratamento de lixiviado de aterro sanitário através de processo


oxidativo avançado conjugado com sistema de separação por membranas. Belo Horizonte, 2010.

MIWA, A. C. P. Comparação e avaliação dos métodos colorimétricos utilizados para determinação


de proteínas em lagoas de estabilização. São Carlos, 2003.

PAIVA, M. M. Bactérias redutoras de sulfato: estudo de substâncias poliméricas extracelulares e


enzimas nos processos de adesão a substratos metálicos e de biocorrosão. Rio de Janeiro, 2004.

Thermo Fisher Scientific, 2009.

ZAIA, D. A. M.; ZAIA, C. T. B. V.; LICHTIG, J. Química Nova, v. 21, n.6, São Paulo, 1999.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 42


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

SUBSTÂNCIAS HÚMICAS
MÉTODO DE LOWRY MODIFICADO

I – Introdução

As substâncias húmicas podem ser definidas como uma série de polímeros amorfos de
coloração amarela-marrom a preta, de massa molar relativamente alta, formados por reações de
oxidação e subsequente polimerização da matéria orgânica, durante o processo de decomposição de
resíduos vegetais e animais presentes no ambiente. Apresentam-se como uma mistura heterogênea de
moléculas polidispersas com elevadas massas molares e grupos funcionais distintos contendo
oxigênio na forma de carboxilas, hidroxilas fenólicas e carbonilas (STEVENSON, 1994 apud
MORAVIA, 2010; BRUM, 2005).
A classificação das substâncias húmicas é meramente operacional e baseia-se nas
propriedades de solubilidade em soluções extratoras aquosas em diversos valores de pH. Os termos
ácidos húmicos (AH), ácidos fúlvicos (AF) e huminas (HU) referem-se às principais frações até hoje
usadas para descrever componentes húmicos. A fração AH, de coloração escura, é aquela solúvel em
meio alcalino e insolúvel em meio ácido (pH < 2); a fração AF, de coloração mais clara, é aquela
que, após solubilização em álcali, se mantém solúvel a qualquer valor de pH e a fração HU é
insolúvel em qualquer condição de pH (MORAVIA, 2010).
Estruturalmente, as três frações húmicas são similares, mas diferem em massa molar e
conteúdo de grupos funcionais. Os ácidos fúlvicos possuem a menor massa molar, menos carbono e
nitrogênio e tem o mais alto conteúdo de grupos funcionais possuidores de oxigênio (CO2H, OH,
C=O) por unidade de peso que as outras duas frações húmicas (Figura 1). A estrutura química e
propriedades da fração humina parecem ser similares àquelas dos ácidos húmicos (MORAVIA,
2010). A insolubilidade da humina pode ser resultado de sua adsorção ou ligação à constituintes
inorgânicos do solo.

Figura 1: Caracterização dos ácidos húmicos e fúlvicos.


Fonte: Adaptado de SCHNITZER e KHAN (1978) apud MORAVIA (2010)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 43


Figura 2: Estruturas hipotéticas bidimensionais propostas para a) ácidos fúlvicos e b) ácidos
húmicos
Fonte: Adaptado de SCHULTEN e SCHNITZER (1997) apud MORAVIA (2010)

No caso de lixiviado de aterro sanitário, diversos autores (ZOUBOULIS et al., 2004; KANG
et al., 2002; EL FADEL e KHOURY, 2000) afirmam que a recalcitrância pode ser associada com a
presença de compostos de elevada massa molar com estruturas muito complexas, como é o caso das
substâncias húmicas (MORAVIA, 2010). Segundo Kang et al., 2002, com o aumento da idade do
aterro, aumentam também a quantidade de componentes aromáticos e o tamanho molecular das
substâncias húmicas, o que sugere que em aterros mais antigos, o grau de humificação é maior.
A resistência à degradação microbiana dos materiais húmicos parece também ser em grande
parte devido à formação de complexos metálicos e/ou argilo-orgânicos estáveis (SCHNITZER e
KHAN, 1978 apud MORAVIA, 2010).
A recalcitrância da matéria orgânica e a cor adquirida nos lixiviados de aterro sanitário
tornam a quantificação de substâncias húmicas uma importante etapa de caracterização, para a
escolha do método mais adequado de tratamento dos lixiviados.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 44


Neste ensaio, a determinação da concentração de substâncias húmicas em
amostra de lixiviado, baseia-se no método de Lowry para proteínas modificado (FROLUND et al.,
1995). Assim como as proteínas, as substâncias húmicas reagem com o reagente Folin reduzindo-o,
devido aos grupos fenólicos presentes. Porém a adição de CuSO4 não interfere na cor final, ao
contrário do que ocorre com as proteínas. Frolund et al., (1995) observaram uma redução de
absorbância em torno de 20% para a curva padrão construída para a proteína soro albumina bovina
(BSA) quando medido sem a adição de CuSO4; e não observaram redução de absorbância para a
curva construída para as substâncias húmicas quando empregado ácido húmico comercial como
padrão. O método empregado, portanto, para a quantificação de substâncias húmicas, consiste na
execução do método de Lowry com e sem a adição de CuSO4, em que a interferência da cor no
ensaio sem a adição de CuSO4 é atribuída principalmente às substâncias húmicas.
A especiação das substâncias húmicas em húmicas e fúlvicas baseia-se em sua distribuição de
massa molar, através de ultrafiltração sequencial com membranas. O papel fundamental da
membrana é atuar como barreira seletiva. De acordo com Cheryan (1986), a seletividade da
membrana no processo de ultrafiltração está relacionada, principalmente, às dimensões das
moléculas ou partículas presentes no efluente e ao diâmetro de corte da membrana - massa molar do
menor componente retido pela membrana. Com base nas massas molares das espécies de substâncias
húmicas propostas por McBride (1994), a quantificação das espécies é feita em alíquotas separadas
do efluente fracionadas em massas molares entre 5, 10 e 100 kDa (MORAVIA, 2010).

Figura 3: Características de massa molar para espécies de substâncias húmicas.


Fonte: MC BRIDE (1994)

II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores orgânicos
quando aplicável.
Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco
(ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 45


III – Equipamentos e materiais
 Vidros de relógio (para pesagem de BSA e ácido húmico comercial);
 Balões de 250 mL; 100 mL; 50 mL; 10 mL;
 Tubos de ensaio e suportes para tubos;
 Béqueres de 250 mL e 100 mL;
 Pipetadores automáticos e ponteiras de 0,1 mL, 1 mL, 5 mL e 10 mL;
 Espectrofotômetro e cubetas.

IV – Reagentes

 Proteína albumina bovina BSA;


 Ácido húmico comercial/técnico Sigma- Aldrich (armazenar em geladeira);
 Carbonato de sódio;
 Hidróxido de sódio;
 Sulfato de cobre pentahidratado;
 Tartarato de sódio e potássio;
 Reagente Folin-Ciocalteau.

V – Procedimentos

V. I – Preparo de soluções

 Solução A: Pesar 20g de carbonato de sódio e 4g de hidróxido de sódio. Transferir para


béquer de 100 mL. Solubilizar com água destilada ou deionizada e transferir para balão
volumétrico de 1000 mL. Completar o volume e homogeneizar a solução.
 Solução B: Pesar 2,0g de sulfato de cobre pentahidratado. Transferir para béquer de 100
mL. Solubilizar com água destilada ou deionizada e transferir para balão volumétrico de
100 mL. Completar o volume e homogeneizar a solução.
 Solução C: Pesar 2,0g de tartarato de sódio e potássio. Transferir para béquer de 100 mL.
Solubilizar com água destilada ou deionizada e transferir para balão volumétrico de 100
mL de água. Completar o volume e homogeneizar a solução.
 Solução “D com cobre”: Medir, com uso de micropipeta automática, 1 mL da solução B e
1 mL da solução C. Transferir diretamente para um balão volumétrico de 100 mL.
Completar o volume com 98 mL da solução A e homogeneizar.
 Solução “D sem cobre”: Medir, com uso de micropipeta automática, 1 mL da solução C.
Transferir diretamente para um balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume com
99 mL da solução A e homogeneizar.
 Solução Folin 1N: Diluir o reagente Folin-ciocalteau na proporção 1:2 com água
deionizada.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 46


V. II – Curva de calibração

A concentração de substâncias húmicas em função da absorbância é determinada através da


construção das curvas padrão para a proteína BSA e substâncias húmicas, variando-se a
concentração de proteína BSA em 0, 20, 40, 70, 100 e 120 mg.L-1 empregando padrões previamente
preparados de ácido húmico comercial 0, 17, 52 e 101 mg.L-1 como água de diluição.
Posteriormente, são realizadas as leituras de absorbâncias de cada padrão preparado, com e sem a
adição de CuSO4.

 Preparo dos padrões de ácido húmico comercial 17, 52 e 101 mg.L-1 : Medir as massas de
ácido húmico comercial em vidro de relógio. Transferir para um béquer de 250 mL e
dissolver em água deionizada. Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 1 L
e completar o volume com água deionizada.
 Preparar quatro padrões de proteína BSA 120 mg.L-1, empregando como água de diluição
os padrões 0 (água deionizada), 17, 52 e 101 mg.L-1 de ácido húmico comercial. A partir
de cada padrão BSA 120 mg.L-1 preparado, efetuar as diluições para 0, 20, 40, 70, 100
mg.L-1 de BSA.
 Transferir, com o uso de pipeta automática, 0,5 mL de cada padrão para um tubo de
ensaio destinado a ensaio com cobre, e para tubo destinado a ensaio sem cobre. Proceder
em duplicata.
 Adicionar 5 mL de solução “D com cobre” em cada tubo de ensaio para os ensaios com
cobre. Adicionar 5 mL de solução “D sem cobre” em cada tubo de ensaio para os ensaios
comparativos sem cobre. Homogeneizar bem.
 Deixar os tubos em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente. Acrescentar 0,5 ml
da solução de Folin 1:2.
 Homogeneizar bem os tubos e, em seguida, deixá-los em repouso por 30 minutos à
temperatura ambiente.
 Fazer a leitura das absorbâncias no espectrofotômetro nos comprimento de onda 550 nm e
750 nm.
 Calcular o fator de redução F da absorbância dissociada de proteínas nos ensaios
comparativos sem cobre, na ausência de substâncias húmicas (0 mg.L-1 de ácido húmico),
a λ = 550 nm e λ = 750 nm. (Ver item VI – Cálculos).
 Calcular a absorbância dissociada de substâncias húmicas para cada padrão de proteína e
ácido húmico. Calcular a absorbância média de SH para cada concentração de ácido
húmico. (Ver item VI – Cálculos).
 Criar uma curva de Absorbância de SH x Concentração de SH (mg.L-1), a partir da qual
são obtidas as concentrações relativas às absorbâncias encontradas para cada caso (λ =
550 nm e λ = 750 nm), como os exemplos a seguir:

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 47


V. III – Determinação do teor de SH em amostras de lixiviado

 Diluir 0,5 mL da amostra de lixiviado em 10 vezes, diretamente nos tubos de ensaio,


adicionando, com uso de pipeta automática, 0,05 mL de amostra e 0,45 mL de água
deionizada. Proceder em duplicata. (Diluição adaptada para as amostras de lixiviado
caracterizadas pelo DESA. Verificar a diluição necessária para cada amostra de
lixiviado).
 Adicionar 5 mL de solução “D com cobre” em cada tubo de ensaio para os ensaios com
cobre. Adicionar 5 mL de solução “D sem cobre” em cada tubo de ensaio para os ensaios
comparativos sem cobre. Homogeneizar bem.
 Deixar os tubos em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente. Acrescentar 0,5 ml
da solução de Folin 1:2.
 Homogeneizar bem os tubos e, em seguida, deixá-los em repouso por 30 minutos à
temperatura ambiente.
 Fazer a leitura das absorbâncias no espectrofotômetro nos comprimento de onda 550 nm e
750 nm.
 Determinar a absorbância dissociada de substâncias húmicas para λ = 550 nm e λ = 750
nm, com base nas curvas padrão construídas (Ver item VI – Cálculos).
 Determinar a concentração de sh presente na amostra de lixiviado, com base na equação
da reta de linearização da curva de padrões construída.
 Adotar λ = 550 nm para [SH] > 25 mg.L-1 e λ = 750 nm para [SH] = 5 a 25 mg.L-1 (e não
fazer a média dos resultados).

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 48


VI – Cálculos:

A absorbância medida para cada padrão de proteína e substâncias húmicas pode ser
representada pelas equações 1 e 2, na presença e ausência de CuSO4, respectivamente.

Ac/Cu = Aproteínas + Asubstâncias húmicas (1)


As/Cu = F. Aproteínas + Asubstâncias húmicas (2)

Sendo que:
Ac/Cu = absorbância com a adição CuSO4;
As/Cu = absorbância sem a adição CuSO4;
Aproteínas = absorbância dissociada para proteínas;
Asubstâncias húmicas = absorbância dissociada para substâncias húmicas;
F = Fator de redução de absorbância na ausência de CuSO4.

Para [substâncias húmicas] = 0 → Asubstâncias húmicas = 0


Assim:
Ac/Cu = Aproteínas
As/Cu = F.Aproteínas
As/Cu = F. Ac/Cu → F = As/Cu / Ac/Cu (3)

Através da manipulação das equações 1 e 2, temos:


Aproteínas = 1/ (1 – F determinado) · (Ac/Cu – As/Cu) (4)
Ash = 1/ (1 – F determinado) · As/Cu – (-1 · (1-(1/ (1 – F determinado))) · Ac/Cu (5)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 49


VII – Referências Bibliográficas

BRUM, M. C. Remoção de ácido húmico da água por precipitação e flotação com a utilização de
surfatantes catiônicos. Rio de Janeiro, 2005.

CHERYAN, M. Ultrafiltration handbook. Pennsylvania (USA): Technomic Publishing Company


Inc. Lancaster PA, 375p., 1986.

EL FADEL, M.; KHOURY, R. Modeling Settlement in MSW Landfills: a critical review.


Environmental Science and Technology, v.30, n.3, p.327-361, 2000.

FOLIN, O.; CIOCALTEU. V., Journal of Biological Chemistry, p. 73-627, 1927.

FROLUND, B.; GRIEBE, T.; NIELSEN, P.H. Enzymatic activity in the activated-sludge floc matrix.
Applied Microbiology and Biotechnology, v.43, n.4, p.755-61, 1995.

KANG, K.H.; SHIN, H.S.; PARK, H. Characterization of humic substances present in landfill
leachates with different landfill ages and its implications. Water Research, v.36, n.16, p.4023-
4032, 2002.

MCBRIDE, M.B. Environmental chemistry of soils. New York: Oxford University Press,
406p., 1994.

MORAVIA, W. G. Avaliação do tratamento de lixiviado de aterro sanitário através de processo


oxidativo avançado conjugado com sistema de separação por membranas. Belo Horizonte, 2010.

SHARMA, O. P.; KRISHNAN, P. S. Calorimetric Estimation of Humic Acid with the Phenol
Reagent of Folin and Ciocalteu. Analytical Biochemistry, v. 14, p. 11-16, 1966.

SCHULTEN, H.R. e SCHNITZER, M. Chemical model structure for soil organic matter and
soils. Soil Science, Baltimore, v.162, p.115-130. 1997

STEELINK, C. Journal of Chemistry. Ed. 40, 379, 1963.

STEVENSON, J.F. Humus chemistry - Genesis, composition, reactions. 2. ed. John Wiley & Sons,
496p. New York, 1994.

ZOUBOULIS, A.I.; CHAI, X.L.; KATSOYIANNIS, I.A. The application of bioflocculant for
the removal of humic acids from stabilized landfill leachates. Journal of Environmental
Management. v.70, p.35-41, 2004.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 50


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

ANEXO 1
SÓLIDOS TOTAIS, FIXOS E VOLÁTEIS

I – Introdução

Os sólidos podem ser classificados em voláteis e fixos. Os sólidos voláteis volatilizam a


temperaturas inferiores a 550 ºC. Já os sólidos fixos permanecem após a completa evaporação da
água. Em geral, considera-se que os sólidos voláteis são a fração orgânica da matriz analisada, e os
sólidos fixos são a fração inorgânica.
Um dos métodos empregados para a determinação de sólidos totais, fixos e voláteis é o
método gravimétrico, em que a amostra é submetida a aquecimento em estufa, seguido de calcinação
em mufla.
Este método é utilizado para a quantificação de matéria orgânica presente no lodo ativado
centrifugado (inóculo empregado em reatores para monitoramento da biodegradabilidade de
lixiviado de aterro sanitário).

II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores
orgânicos quando aplicável.
Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco
(ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

III – Equipamentos e materiais

 Cápsulas de porcelana resistentes a 600 ºC;


 Dessecador;
 Banho-maria;
 Estufa para operação a 103 – 105 ºC;
 Mufla para operação a 500 ± 50 ºC;
 Balança analítica;

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 51


IV – Procedimentos

IV.I – Preparo da cápsula de porcelana

 Lavá-la cuidadosamente;
 Secá-la em estufa;
 Aquecê-la em mufla a 500 ± 50 ºC por 20 minutos;
 Resfriar em dessecador e pesar a cápsula imediatamente antes do uso.

IV. II – Análise da amostra

 Em uma cápsula de peso conhecido, medir massa conhecida da amostra (1,0 grama de
lodo centrifugado, para análise de biodegradabilidade de lixiviado);
 Secar a 103 – 105 ºC durante 1 hora em estufa;
 Esfriar em dessecador;
 Pesar em balança analítica;
 Para a determinação de sólidos fixos, queimar o resíduo obtido após passagem pela estufa
(sólidos totais) em mufla a 500 ± 50 ºC durante 15 minutos;
 Resfriar em dessecador e pesar após meia-hora.
 A fração orgânica (sólidos voláteis) é obtida pela diferença entre sólidos totais e sólidos
fixos.

V – Cálculos:

 Sólidos totais:
ST (mg.L-1) = (A – B) x 1000
Vol. Amostra (mL)

A = massa da cápsula + resíduo seco após passagem pela estufa (mg)


B = massa da cápsula (mg)

 Sólidos fixos:
SF (mg.L-1) = (C – B) x 1000
Vol. Amostra (mL)

C = massa da cápsula + resíduo seco após passagem pela mufla (mg)


B = massa da cápsula (mg)
 Sólidos voláteis:
SV (mg.L-1) = (Sólidos totais – Sólidos fixos)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 52


VI – Referências Bibliográficas

APHA (1992) Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 17th Edition.
American Public Health Association, Washington, DC.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 53


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

ANEXO 2
SÓLIDOS SUSPENSOS, FIXOS E VOLÁTEIS

I – Introdução

Os sólidos podem ser classificados em voláteis e fixos. Os sólidos voláteis volatilizam a


temperaturas inferiores a 550 ºC. Já os sólidos fixos permanecem após a completa evaporação da
água. Em geral, considera-se que os sólidos voláteis são a fração orgânica da matriz analisada, e os
sólidos fixos são a fração inorgânica.
Um dos métodos empregados para a determinação de sólidos suspensos, fixos e voláteis é o
método gravimétrico, em que, basicamente, submete-se a amostra à filtração a vácuo, e a porção
retida no filtro (sólidos suspensos) é conduzida a aquecimento em estufa, seguida de calcinação em
mufla.
Este método é utilizado para a quantificação de matéria orgânica presente no lodo ativado
decantado (inóculo empregado em reatores para análise de DQO inerte).

II – Amostragem e estocagem da amostra

Coletar amostra representativa em frasco de vidro ou plástico quimicamente resistente. A


amostragem deve ser realizada diretamente no dreno da célula de aterramento ou no tanque de
acúmulo de lixiviado. No segundo caso, fazer homogeneização do líquido antes da coleta.
Usar luvas de polietileno, óculos de segurança e máscara de proteção contra vapores
orgânicos quando aplicável.
Preencher aproximadamente um quarto do volume do frasco para coleta com o lixiviado.
Tampar e agitar de forma que o líquido tenha contato com todas as partes do frasco
(ambiente).
Descartar o lixiviado usado para ambiente destinando-o à rede de tratamento.
Encher o frasco com o lixiviado.
Manter a temperatura abaixo de 0ºC (congelada). Nestas condições a amostra pode ser
preservada por tempo indeterminado.

III – Equipamentos e materiais

 Cápsulas de porcelana resistentes a 600 ºC;


 Dessecador;
 Estufa para operação a 103 – 105 ºC;
 Mufla para operação a 500 ± 50 ºC;
 Balança analítica;
 Filtros Milipore AP.40;

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 54


 Seringa para coleta de 2 mL de lodo decantado;

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 55


 Equipamento de filtração: funil de filtração para membrana, suporte de
filtração com reservatório, bomba à vácuo e Kitassato.

IV – Procedimentos

IV.I – Preparo do filtro

 Inserir o disco com a face enrugada voltada para cima no equipamento de filtração;
 Aplicar vácuo e lavar o filtro com três porções sucessivas de 20 mL de água destilada.
Continuar a sucção até remover toda a água, e descartar estas águas de lavagem;
 Remover o filtro e transferir para uma cápsula de porcelana;
 Secar em estufa a 103 – 105 ºC durante 1 hora;
 Se os sólidos voláteis forem também medidos, passar pela mufla a 500 ± 50 ºC durante 15
a 20 minutos.
 Resfriar em dessecador e pesar. Obs.: Pesar imediatamente antes de usar.

IV.II – Escolha do filtro e tamanho da amostra

 Escolher um volume de amostra que proporcione entre 2,5 a 200 mg de resíduo seco.
 Se forem necessários mais que 10 minutos para filtração, usar filtro maior ou reduzir o
volume da amostra, devendo o resíduo seco obtido ter peso superior a 2,5 mg.

IV. III – Análise da amostra

 Montar o conjunto de filtração e colocar o filtro preparado e pesado;


 Umedecê-lo com um pouco de água deionizada;
 Homogeneizar bem e medir volume de lodo a ser filtrado (2 mL é suficiente) e passá-lo
pelo filtro;
 Lavar o filtro sucessivamente com 10 mL de água deionizada, permitindo toda a
drenagem do líquido;
 Cuidadosamente, remover o filtro e transferi-lo para uma cápsula de porcelana;
 Secar o filtro a 103 – 105 ºC durante 1 hora em estufa;
 Esfriar em dessecador;
 Pesar em balança analítica;
 Para a determinação de sólidos suspensos fixos, queimar o resíduo obtido após passagem
pela estufa (sólidos suspensos totais) em mufla a 500 ± 50 ºC durante 15 minutos;
 Resfriar em dessecador e pesar após meia-hora.
 A fração orgânica (sólidos suspensos voláteis) é obtida pela diferença entre sólidos
suspensos totais e sólidos suspensos fixos.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 56


V – Cálculos:

 Sólidos suspensos totais:


SST (mg.L-1) = (A – B) x 1000
Vol. Amostra (mL)

A = massa da cápsula + massa do filtro + resíduo seco após passagem pela estufa (mg)
B = massa da cápsula + massa do filtro (mg)

 Sólidos suspensos fixos:


SSF (mg.L-1) = (C – B) x 1000
Vol. Amostra (mL)

C = massa da cápsula + massa do filtro + resíduo seco após passagem pela mufla (mg)
B = massa da cápsula + massa do filtro (mg)

 Sólidos suspensos voláteis:


SSV (mg.L-1) = (Sólidos suspensos totais – Sólidos suspensos fixos)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 57


VI – Referências Bibliográficas

APHA (1992) Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 17th Edition.
American Public Health Association, Washington, DC.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Página 58

Vous aimerez peut-être aussi