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17-23
Introdução:
O que é essência? Essência é aquilo que existe de mais básico e fundamental em algo
ou alguém.
Qual é a verdadeira essência do homem? A Bíblia diz que nós fomos criados à
imagem e semelhança de Deus (Gn 1.28). Deus nos fez do pó da terra e soprou em
nós fôlego de vida e nós passamos a ser alma vivente (Gn 2.7). Deus nos criou para
refletirmos sua glória e partilhou conosco a sua vida. A essência do homem é a glória
de Deus!
Santo Agostinho disse: “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto
enquanto não descansar em ti”.
Narrativa:
Autor e data: Moisés
Propósito do livro: Descrever a primeira parte da jornada de Israel do Egito para
Canaã. Nas palavras de Alan Cole, o Êxodo é parte da “História da Salvação” (p.12,13).
Nas palavras de A.W. Pink, “redenção é o tema dominante de Êxodo” (Gleaning).
Contexto: O contexto é o da subida de Moisés ao Monte Sinai (cf. Ex 24.12-18).
Durante os quarenta dias que esteve no monte, Deus entregou a Moisés as tábuas
da Lei e também lhe deu outras instruções e ensinos (cf. Ex 25-31). Porém, a demora
de Moisés levou o povo a pecar, fazendo deuses para si: “Levanta-te, faze-nos deuses
que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito,
não sabemos o que lhe terá sucedido” (Ex 32.1). Eles celebram um culto sincrético à
imagem, tomando-a como uma expressão do Senhor: “Amanhã, será festa ao
SENHOR” (Ex 32.5). O próprio Deus disse a Moisés para descer, “...porque o teu povo,
que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe
havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz:
São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito... Tenho visto este
povo, e eis que é povo de dura cerviz” (Êx 32:7-9). A ira de Deus se acendeu contra
Israel, e naquele dia caíram três mil homens (cf. Êx 32.25-29). A partir deste
momento, Moisés trava um longo diálogo com Deus (cf. Êx 32.30-35; 33.1-16). Foram
mais 40 dias prostrados na presença do Senhor, porque este queria destruir Israel (cf.
Dt 9.25). Esses eventos ocorrem entre dois pontos: (1) Deus entregar a sua Lei e
declarar a sua habitação no meio do povo (Êx 21-31) e (2) Deus habitar com o seu
povo. Depois da intercessão de Moisés, Deus aquiesceu em habitar com Israel (Ex
33.14). É dentro deste contexto que Moisés pede ao Senhor: “Rogo-te que me
mostres a tua glória” (v.18). Em outras palavras, Moisés tinha se envolvido tanto com
o Senhor, ao ponto de imaginar que fosse possível ir além em seu relacionamento
com seu Deus.
Verdade central do texto: Um relacionamento pessoal com Deus nos torna mais
desejoso por sua glória, em outras palavras, o maior desejo de quem foi redimido por
Deus é ver a sua glória
Exposição:
(v.17) Disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto que disseste; porque achaste graça
aos meus olhos, e eu te conheço pelo teu nome.
“Achaste graça”
“Eu te conheço pelo nome”
“Por isso, nem mesmo Moisés (a quem, entre todos, Deus se revelou de modo mais
familiar) alcançou, com muitas preces, ver aquela face, mas recebeu como resposta que
o homem não é capaz de tanta luz” (Ex 33.20).2
Aplicação
Voltar à essência é dedicar todo o nosso ser para ver “glória de Deus”. “Ver a Deus”
é chamado de a bênção das bênçãos. John Piper fala desta experiência como
conhece-lo com intimidade, ser admitido em sua presença, extasiado por sua gloria
e consolado por sua graça. Algo que plenamente desfrutaremos no por vir (“veremos
face a face...” 1 Co 13.12). A visão de João no Apocalipse diz que “Os seus servos o
servirão, contemplarão a sua face” (Ap 22.3,4).
Essa é bênção desfrutada pelo limpos de coração (Mt 5.8)
Essa deve ser nossa maior ambição e desejo. Se esse é o desejo do nosso coração é
porque Deus que efetua em nós tanto querer quanto o realizar, segundo a sua
vontade (Fp 2.13), já começou a trabalhar em nós. Como resposta a isso devemos:
1. Acheguemo-nos a Deus, na certeza que ele se chegará a nós (Tg 4.8)
2. Façamos tudo aquilo que está em nosso alcance para evitar o pecado, na total e
completa dependência do Espírito Santo;
3. Vivamos como novas criaturas (2 Co 5.17).
2
Institutas. 1.11.3