COMENTARIO AL «PRÓLOGO» DE AMADO ALONSO

DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

DE FERDINAND DE SAUSSURE

BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ*

Universidad de Málaga

RESUMEN

Pretendemos mostrar los aportes q u e el «Prólogo» escrito p o r A m a d o

A l o n s o al Curso de Lingüística General de Ferdinand de Saussure, s u p o n e para
la ciencia Lingüística, tanto e n su aspecto de investigación científica c o m o e n su
aplicación didáctica, y su influencia e n el extenso á m b i t o d e l diasistema l i n -
güístico español. Se pretende resaltar, así m i s m o , la f o r m a c i ó n humanística d e l
autor y la p r o f u n d a y atinada crítica q u e hace a las ideas novedosas de Saussure
q u e , indiscutiblemente, ha servido de referencia a los estudios posteriores para
puntualizar, aclarar y d e p u r a r las geniales ideas de F e r d i n a n d de Saussure c o m o
creador d e l estructuralismo e i m p u l s o r p r i n c i p a l de la Lingüística m o d e r n a . .

PALABRAS CLAVE

A m a d o A l o n s o , «Prólogo» aportes crítica Curso Ferdinand de Saussure.

ABSTRACT

I n this article w e discuss the c o n t r i b u t i o n s o f A m a d o Alonso's p r o l o g u e to

the Curso de Lingüistica General b y Ferdinand de Saussure to the linguistic
science b o t h i n terms o f scientific research a n d also i n terms o f pedagogical
implications, a n d its i n f l u e n c e o n the w i d e f i e l d o f the Spanish linguistic diasys-
tem. Furthermore, the author's humanistic b a c k g r o u n d is h i g h l i g h t e d together

* Catedrático y Profesor de Didáctica de la Lengua y la Literatura en la Facultad

de Ciencias de la Educación de la Universidad de Málaga.

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CAUCE, Revista de Filología y su Didáctica, n.° 18-19, 1995-96 / págs. 4.15-448

CAUCE. Núm. 18-19. MANTECÓN RAMÍREZ, Benjamín. Comentario al "Prólogo" de Amado ...
 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

w i t h his p r o f o u n d a n d e n l i g h t e n i n g criticism t o Saussure's i n n o v a t i v e ideas,

w h i c h has u n d o u b t e d l y served as a major reference t o later studies a i m e d at dis-
cussing a n d clarifying Saussure's seminal w o r k w h i c h has r e n d e r e d h i m t h e fat-
her o f structuralism a n d t h e m a i n f o r e r u n n e r o f m o d e r n linguistics.

KEY WORDS

A m a d o A l o n s o , «Prólogo» aportes crítica Curso Ferdinand d e Saussure.

RÉSUMÉ

Nous nous p r o p o s o n s d e m o n t r e r les c o n t r i b u t i o n s q u e suppose tant d u

p o i n t d e v u e de la recherche linguistique c o m m e d e l ' a p p l i c a t i o n e n
D i d a c t i q u e , le Prologue écrit par A m a d o A l o n s o au Cours de Linguistique
Générale d e Ferdinand de Saussure et s o n influence dans le vaste d o m a i n e d u
«diasystème» linguistique español. N o u s prétendons, e n outre, mettre e n valeur
la f o r m a t i o n humaniste d e l'auteur et la p r o f o n d e et judicieuse critique q u ' i l fait
aux idées novatrices d e Saussure q u i , incontestablement, o n t servi d e référen-
ce a u x études ultérieures visant à préciser, éclairer et d é p u r e r les géniales idées
de F. d e Saussure, créateur d u structuralisme et p r i n c i p a l initiateur de la
Linguistique m o d e r n e .

MOTS-CLÉ

A m a d o A l o n s o , «Prólogo» aportes crítica Curso Ferdinand d e Saussure.

0 . La p r i m e r a t r a d u c c i ó n e s p a ñ o l a d e l Cours de linguistique géné-

rale d e S a u s s u r e a p a r e c e e l 1 4 d e n o v i e m b r e d e 1 9 4 5 e n l a E d i t o r i a l
1
L o s a d a d e B u e n o s A i r e s . La t r a d u c c i ó n e s d e A m a d o A l o n s o , a s í c o m o
s u «Prólogo». El v a l o r d e e s t e t r a b a j o e s m ú l t i p l e : p o r s e r a u t o r y p r o l o -
g a d o r d e e s t a p r i m e r a e d i c i ó n d e l Curso e n e s p a ñ o l , p o r l a s i d e a s g e n i a -
les q u e e n él s e e x p r e s a n y p o r s u influencia científica y didáctica.
1. T e n i e n d o e n c u e n t a q u e e l Curso se edita p o r primera v e z e n 1916
hay u n lapso d e cerca d e treinta a ñ o s e n q u e dicha obra se encuentra

1. Saussure, Ferdinand: (1945). Curso de lingüística general. Buenos Aires: Edit.

Losada. [Traducción, prólogo y notas de Amado Alonso],

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 C O M E N T A R I O AL «PRÓLOGO» D E A M A D O A L O N S O DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

fuera d e n u e s t r o diasistema, p o r lo m e n o s f o r m a l m e n t e . Este d a t o es

f r a n c a m e n t e n e g a t i v o p a r a la c u l t u r a l i n g ü í s t i c a e s p a ñ o l a , p u e s n o s i n d i -
ca q u e su e n s e ñ a n z a e n las aulas universitarias e s m u y tardía y p o c o
generalizada. Su c o n o c i m i e n t o estaba, s e g u r a m e n t e , reservado a u n o s
2
p o c o s profesores, a pesar d e lo indicado p o r José Polo . Incluso h a y u n
d a t o e s c l a r e c e d o r e n e l p r i m e r o d e l o s d o s a r t í c u l o s r e f e r i d o s e n la n o t a
b i b l i o g r á f i c a , c o m o s e d e d u c e d e l a s i g u i e n t e c i t a : «En m á s d e u n a e n t r e -
v i s t a p e r i o d í s t i c a , D á m a s o A l o n s o n o s h a c e s a b e r q u e f u e e n 1930 c u a n -
d o d e s c u b r i ó al g r a n S a u s s u r e y q u e ello le d i o u n g i r o r a d i c a l a la o r i e n -
3
t a c i ó n d e s u s e s t u d i o s . . . estilísticos» . A u n q u e n o s e a el p r i m e r o d e l
4
á m b i t o h i s p á n i c o q u e c o n o z c a la o b r a d e l m a e s t r o g i n e b r i n o , e x t r a ñ a
s o b r e m a n e r a q u e u n a p e r s o n a l i d a d t a n i n s t r u i d a y d e fácil a c c e s o a la
cultura, p o r su labor investigadora y profesoral, tarde tanto tiempo, u n o s
quince años, e n descubrir u n a obra tan influyente e n Europa y América,
y q u e p r o d u j o la m a y o r r e v o l u c i ó n e n l a s c i e n c i a s l i n g ü í s t i c a s . Y l o h a c e
él p e r s o n a l m e n t e , lo q u e q u i e r e d e c i r q u e s u s p r o f e s o r e s d e Lingüística,
m a y o r e s q u e él, n o lo h a b í a n i n c l u i d o e n s u s p r o g r a m a s . P o d e m o s s e ñ a -
lar, c a s i a s e g u r a r , q u e e l e s t u d i o d e l e s t r u c t u r a l i s m o e n g e n e r a l y l a o b r a
d e Saussure e n particular, n o se generaliza e n España, e n los á m b i t o s
e d u c a t i v o s , h a s t a l o s a ñ o s p o s t e r i o r e s a 1950, p o r d a r u n a c i f r a r e d o n d a .
N u e s t r a e n s e ñ a n z a e r a filológica, n o lingüística, n o r m a t i v a y d e carácter
histórico. T é n g a s e e n cuenta q u e u n o d e los textos (lingüístico) grama-
t i c a l e s m á s u s a d o s e r a e l Curso Superior de Gramática d e S a m u e l Gili
5
Gaya , d e corte y estructura claramente tradicional y academicista; a
pesar d e q u e este autor e n m u c h o s aspectos es d e los m á s avanzados d e
s u é p o c a , n o cita a S a u s s u r e n i n g u n a v e z ni, p o r s u p u e s t o , a A m a d o
A l o n s o . J o s é R o c a P o n s e n Introducción a la Gramática, editada e n
1960, t r a t a c o n a c i e r t o y s e r i e d a d l a o b r a d e S a u s s u r e . M e n c i o n a l a t r a -
5
d u c c i ó n d e A m a d o A l o n s o , a u n q u e n o h a c e referencia a su «Prólogo» .

2. Polo, José (1992): «Traducciones al español del CLG de Saussure» y «Presencia

de Saussure en el mundo hispánico» en Cuadernos de Investigación Filológica, T. XVIII,
fase. 1 y 2, Logroño, págs. 83-196.
3. Polo, José (1992): «Traducciones al español del CLG de Saussure» , pág. 184.
4. En el artículo reseñado, «Presencia de Saussure en el mundo hispánico», pág.
195, se indica que «el cubano universal Juan Miguel Dihigo fue el primero que, e n el
ámbito de la lengua española, escribió sobre el Curso de Saussure».
5. Gili GayaA, S. Curso Superior de Sintaxis Española. México: Edit. Ediciones
Minerva, 11943-
6. Roca Pons, J. Introducción a la Gramática, I. Barcelona: Edit. Vergara, 1960,
nota 3, pág. 21.

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 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

2. La influencia emanada de la RAE, representante oficial y máxima

autoridad idiomática, la clarifica Salvador Fernández al escribir: «La
Gramática de la Academia vivía por otra parte, en el orden -de lo espe-
culativo y teórico, con un retraso de cincuenta años L..]»7. En el orden
práctico, es decir, en la praxis docente su atraso, afirmamos nosotros, era
mucho mayor. Es a partir de la década de los años cincuenta cuando se
inicia en el ámbito lingüístico español (primero, Hispanoamérica; des-
pués, España) un estudio sistemático del estructuralismo, tanto europeo
como norteamericano, encabezado como es lógico por la obra de
Saussure. Sin lugar a dudas que el Curso, traducido, prologado y anota-
do por Amado Alonso, ha tenido que ver mucho en este interés por la
renovación de los estudios lingüísticos. Posteriormente a esta edición,
hay otras varias completas o parciales, como nos indica José Polo en los
artículos reseñados, entre las que cabe mencionar la de Tulio Mauro en
Alianza Editorial, 1983; la de José Sazbón con el título de Saussure y los
fundamentos de la lingüística, Buenos Aires: Centro Editor de América
Latina, 1976; la de Mauro Armiño en Akal editor y Planeta Agostini,
Barcelona, 1984, etc. Hay otras traducciones, versiones, adaptaciones,
copias... cuya reseña requeriría un trabajo muy detenido y pormenoriza-
do. La presencia de Saussure es imprescindible en cualquier trabajo serio
de lingüística, ya que el Curso abarca casi todo el amplio campo de las
ciencias del lenguaje, bien desarrollándolas o enunciándolas. Este atraso
produce en nuestro ámbito un hecho curioso: el desarrollo casi simultá-
neo de dos escuelas distintas y anacrónicas. Nos referimos al estructura-
lismo en general (europeo y norteamericano), que tiene su origen por los
años veinte y al generativismo que nace en el año 1957 con la publica-
ción de Syntactic Structures* de Noam Chomsky. Como uno de los pri-
meros divulgadores españoles del estructuralismo europeo, y por lo tanto
conocedor de Saussure y especialmente de la obra de L. Hjelmslev,
hemos de citar a Emilio Alarcos LLorach. Sírvanos de muestra estas dos
libros cuya influencia en la labor investigadora y docente ha sido nota-
ble: Fonología española según el método de la escuela de Praga. Madrid:
Edit. Gredos, 1950 y Gramática estructural (según la escuela de
Copenhague y con especial mención a la lengua española). Madrid: Edit.
Gredos, 1965. A partir de la década de los años sesenta y especialmente

7. Fernández Ramírez, Salvador (1987): La nueva Gramática cadémica. El cami-

no hacia el Esbozo (1973)- Madrid, Paraninfo. Pág. 34. (Vol. preparado por José Polo).
8. Traducida al español por Carlos Peregrín Otero con el título de Estructuras sin-
tácticas. México: Edit. S. XXI, 1962.

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 COMENTARIO AL -PRÓLOGO» DE AMADO ALONSO DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

de los setenta se produce en España un gran avance de los estudios lin-

güísticos sirviendo de gran ayuda y fundamento toda la obra investiga-
dora de autores de mucha valía, estructuralistas o no, pero buenos cono-
cedores de la obra saussuriana entre los que se incluye a Amado Alonso
y su obra en general, y el «Prólogo» del Curso en particular.
La Ley General de Educación de 1970 abre en España condiciones
muy favorables para el desarrollo cultural. Algunas editoriales, especial-
mente las dedicadas a la docencia, editan una gran cantidad de libros
compuestos por equipos de profesores, muchos de ellos formados en
Hispanoamérica, como ocurre con la Editorial Santillana. La influencia de
Amado Alonso es tan notoria que, con frecuencia, roza el plagio. Unas
veces a través de su obra especialmente de la Gramática de la lengua
castellana (I y II ts.)9, y otras por el uso de obras de discípulos directos,
como ocurre con Ana María Barrenechea, Lacau-Rosetti, Nicolás
Bratosevich, etc.
3. En el año 1943 la Editorial Losada de Buenos Aires publica
Filosofía del lenguaje de Karl Vossler con la «Traducción y Notas» de
Amado Alonso y Raimundo Lida, y el «Prefacio» (o «Prólogo») de Amado
Alonso. En ambos demuestra nuestro autor un profundo conocimiento
de las escuelas y movimientos lingüísticos acaecidos hasta el momento,
especialmente durante los siglos dieciocho, diecinueve y primeros años
del veinte. Considera a Karl Vossler como un revolucionario10 que basa
su «idealismo» lingüístico en las teoría de Wilhem von Humboldt, el len-
guaje es enérgeia y no ergon, y en el «espiritualismo» de Benedetto
Croce. En frente se encuentra el naturalismo y positivismo de los com-
parativistas y neogramáticos (Karl Brugmann, Hermán Paul, Wilhelm
Meyer-Lübke...), en cuya época «ninguna otra disciplina del saber huma-
no había adelantado tanto en tan poco tiempo»11. Amado Alonso en prin-
cipio se muestra contrario a la «mecánica asociacionista en que se basa-
ba Saussure», así como en el «sociolinguismo» de su escuela, en la que
podemos incluir a los lingüistas franco-suizos Meillet, Vendryes, Bally y
Schehaye, entre otros12. Nuestro autor, tanto en lingüística como en crí-

9. Alonso, Amado y Henriquez Ureña, Pedro. Gramática castellana (I y II ts.J.

Buenos Aires: Edit. Losada, 171967.
10. «Prefacio», 1943, pág. 10.
11. «Prefacio», 1943, pág. 8
12. Entre sus numerosas traducciones se encuentra la que hace de Charles Bally
con el título de El lenguaje y la vida, Buenos Aires, Losada, 1941. Es un dato más que
nos indica el profundo conocimiento de la escuela lingüística de Ginebra, cuyo padre es
F. de Saussure.

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 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

t i c a l i t e r a r i a , d a p r e f e r e n c i a a la i n t u i c i ó n , a l s e n t i m i e n t o y a l s a b e r d e l
c r í t i c o ; a s í l o e x p r e s a e n Materia y forma en poesía-. «Lo p o é t i c o d e u n a
p o e s í a consiste e n u n m o d o c o h e r e n t e y e n u n m o d o valioso d e intui-
1 3
ción» . A p e s a r d e las d i s c r e p a n c i a s f u n d a m e n t a l e s d e A m a d o A l o n s o y
d e s u l i n e a m i e n t o i d e o l ó g i c o c o n el b i n o m i o Vossler-Croce, r e c o n o c e
q u e F e r d i n a n d d e S a u s s u r e e s u n a u t o r g e n i a l q u e h a c e d e la lingüística
u n a ciencia propia e independiente, con u n a serie d e observaciones y
s a l v e d a d e s q u e e x p o n e c o n g r a n c l a r i d a d e n el «Prólogo» d e l Curso.
4. Lo q u e p r i m e r o a p a r e c e al l e c t o r a t e n t o d e l t e x t o e s la s e r i e d a d
científica d e l o s j u i c i o s e m i t i d o s , la p r o f u n d i d a d d e l o s c o n c e p t o s , la
r i q u e z a y exactitud bibliográfica e x p u e s t a e n las n u m e r o s a s n o t a s , y u n a
r e s p e t u o s a n e u t r a l i d a d . Al r e s p e c t o , el j u i c i o d e D á m a s o A l o n s o e s b i e n
s i g n i f i c a t i v o : « V é a s e a h o r a l a v e r s i ó n c a s t e l l a n a : Curso de lingüística
general, traducción, p r ó l o g o y notas d e A m a d o Alonso, B u e n o s Aires,
1 9 4 5 . El m a g n í f i c o p r ó l o g o d e A m a d o A l o n s o d e b e s e r l e í d o p o r q u i e n
quiera c o m p r e n d e r el valor d e l libro a los treinta y c i n c o a ñ o s d e su
p u b l i c a c i ó n . D e e s p e c i a l i n t e r é s e s la crítica d e A m a d o A l o n s o a la m e c á -
14
nica asociacionista e n q u e se b a s a b a Saussure» .
U n o d e l o s a s p e c t o s q u e m á s r e s a l t a A m a d o A l o n s o d e la o b r a d e
S a u s s u r e es su m e t o d o l o g í a científica, precisa, casi exacta, m u y p a r e c i d a
al p o s i t i v i s m o científico, e n d o n d e p r e c i s a m e n t e e n c u e n t r a s u l i m i t a c i ó n ;
a s í m i s m o , r e s a l t a «el p o d e r p e d a g ó g i c o d e l a e x p o s i c i ó n , c o n s u e s t i l o
de antinomias, sus comparaciones tan sugestivas y sus dibujos»
(«Prólogo», p á g . 10).
P o d e m o s afirmar q u e A m a d o A l o n s o e n este p r ó l o g o sintetiza su
p e n s a m i e n t o lingüístico y g r a m a t i c a l q u e t a n t o influyó e n el m e d i o
a r g e n t i n o y p o s t e r i o r m e n t e e n t o d o el d i a s i s t e m a lingüístico e s p a ñ o l , c o n
las i d e a s estructuralistas s a u s s u r i a n a s y d e A n d r é s Bello c o m o genial p r e -
1 5
c u r s o r d e la G r a m á t i c a m o d e r n a » .

13- Alonso, Amado (1969): Materia y forma en poesía. Madrid, Gredos, pág. 11.
Antes (el 3 de marzo de 1940), había publicado «Sentimiento e intuición en la lírica» en
La Nación de Buenos Aires.
14. Alonso, Dámaso. Poesís española. Madrid: Edit. Gredos, 1971, pág. 20. Nota
núm. 2.
15. Mabel Manacorda de Rosetti en su librito Gramática estructural en la escuela
secundaria. Buenos Aires: Edit. Kapelusz, 1961, escribe la siguiente: «Nos basamos para
este nuevo planteo en algunas de las teorías de Amado Alonso, el notable filólogo espa-
ñol que tan intensamente actuó en los estudios lingüísticos y estilísticos, en nuestro país;
pero fundamentalmente en las que Ana María Barrenechea, su discípula, ha expuesto en
los cursos de Gramática de la Facultad de Filosofía y Letras de Buenos Aires, apoyán-
dose en las corrientes estructuralistas, aunque con aportes propios», págs. 1 y 2).

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 COMENTARIO AL -PRÓLOGO» DE A M A D O ALONSO DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

A m a d o Alonso, c o m o ya h e m o s indicado, n o estaba d e acuerdo c o n

e l p o s i t i v i s m o c o m o f i l o s o f í a ; s i n e m b a r g o , r e c o n o c e q u e e l Curso «es e l
m e j o r c u e r p o d e d o c t r i n a » («Prólogo», p á g . 7) p r o d u c i d o p o r d i c h a e s c u e -
l a d o c t r i n a l y c o m o l e g a d o a l a c e r v o c u l t u r a l d e la c i e n c i a .
D e l c o m e n t a r i o y d e l a c r í t i c a q u e h a c e d e l Curso podemos resaltar
los siguientes puntos:
a
I ) C o n s i d e r a c o m o g r a n d e s a c i e r t o s la d e t e r m i n a c i ó n d e l o b j e t o d e
e s t u d i o y el m é t o d o e m p l e a d o , a u n q u e acusa a S a u s s u r e d e s i m p l i s m o .
1 6
Sus f a m o s a s a n t i n o m i a s , l e n g u a / h a b l a , d i a c r o n í a / s i n c r o n í a , etc., irre-
ductibles p o r principio es u n a forma d e m a s i a d o simplista d e presentar-
las al e s t u d i o s o o i n v e s t i g a d o r . M á s b i e n d e b i e r a n p r e s e n t a r s e c o m o
«dualidades» q u e n o se e x c l u y e n sino q u e se c o m p l e m e n t a n , c o m o ya lo
s e ñ a l a r a e n e l p r ó l o g o d e l l i b r o d e K a r l V o s s l e r , r e s e ñ a d o m á s a r r i b a . Si
el l e n g u a j e , c o m o o b j e t o c o n c r e t o , e s c o m p l e j o —«heteróclito», s e g ú n
S a u s s u r e — , t a m b i é n s u o b j e t o d e e s t u d i o h a d e s e r l o . El r e d u c c i o n i s m o
d e la e s c u e l a p o s i t i v i s t a p a r a e s c l a r e c e r y d e t e r m i n a r la c i e n c i a p e r j u d i -
c a a s u m i s m a e s e n c i a al d e f o r m a r l a y a d u l t e r a r l a . Esta a n o t a c i ó n h a s e r -
v i d o a o t r o s m u c h o s l i n g ü i s t a s p a r a h a c e r a c l a r a c i o n e s a la d o c t r i n a s a u s -
suriana, para corregirla y perfeccionarla. Sírvanos c o m o ejemplo m o d é -
1 7
l i c o e l a r t í c u l o Sistema, norma y habla d e E u g e n i o Coseriru . «Todo se
p a g a , — e s c r i b e A m a d o A l o n s o — : la l i n g ü í s t i c a d e S a u s s u r e l l e g a a u n a
s o r p r e n d e n t e claridad y simplicidad, p e r o a fuerza d e eliminaciones, m á s
a ú n , a c o s t a d e d e s c a r t a r lo e s e n c i a l e n el l e n g u a j e (el espíritu) c o m o
f e n ó m e n o e s p e c í f i c a m e n t e h u m a n o » («Prólogo», p á g . 2). H a c e h i n c a p i é
e n d e m o s t r a r q u e la i r r e d u c t i b i l i d a d e n t r e s i n c r o n í a y d i a c r o n í a n o t i e n e
f u n d a m e n t o científico a l g u n o , a p e s a r d e q u e e n u n principio d e s l u m -
h r a r a a a l g u n o s («Prólogo», p á g . 13). A d u c e r a z o n a m i e n t o s d i s c u r s i v o s
claros c o n ejemplos demostrativos evidentes para indicarnos, p o r ejem-
p l o , la i n t e r r e l a c i ó n d e l o s f e n ó m e n o s d i a c r ó n i c o s y s i n c r ó n i c o s e n f o n é -
tica. Los h e c h o s d e h a b l a , i n d i v i d u a l e s o r e l a t i v a m e n t e c o l e c t i v o s , influ-
y e n e n los d e l e n g u a o sistemáticos. Se d a u n a m u t u a r e l a c i ó n . Se a p o y a
e n las r e f l e x i o n e s y c o n c l u s i o n e s del p r i m e r C o n g r e s o I n t e r n a c i o n a l d e
La H a y a , 1 9 2 8 , d o n d e f o n ó l o g o s t a n i m p o r t a n t e s c o m o R. J a k o b s o n , R.

16. Según nos indica Amado Alonso en la nota de la pág. 10, el verdadero crea-
dor de las antinomias es el Hegel a través de Victor Henry.
17. Madrid: Edit. Gredos, 1962, págs. 11 a 114. Publicado por primera vez en
Monevideo, 1952. Como un antecedente al -Prólogo» de Amado Alonso podemos citar el
trabajo de Sechehaye, A. Titulado «Les trois linguistiques saussurriennes» en Vox
Románica, V, 1940.

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CAUCE. Núm. 18-19. MANTECÓN RAMÍREZ, Benjamín. Comentario al "Prólogo" de Amado ...
 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

K a r c e v s k y y N. T r u b e t z k o y h a c e n u n c r í t i c a p r o f u n d a a e s t e a s p e c t o de
la d o c t r i n a s a u s s u r i a n a , e s p e c i a l m e n t e al d i v o r c i o e n t r e la f o n é t i c a sin­
crónica y diacrónica, difícil de demostrar. Las puntualizaciones de
A m a d o A l o n s o b a s a d a s e n su c o n o c i m i e n t o d e los aportes d e esta e s c u e ­
l a e s f u n d a m e n t a l y f r a n c a m e n t e e s c l a r e c e d o r a . ( V e r n o t a d e la p á g s . 1 4
y 15). U n a v e z m á s u n e a su e s c l a r e c e d o r juicio p e r s o n a l su e r u d i c i ó n y
p u e s t a al d í a e n las t e o r í a s l i n g ü í s t i c a s más actualizadas; esto se d e b e a
s u d e d i c a c i ó n p o r la l i n g ü í s t i c a , a s u p r e p a r a c i ó n p e r s o n a l y a s u c o n o ­
c i m i e n t o d e l e n g u a s m o d e r n a s c o m o el a l e m á n y el francés.
La c o n c e p c i ó n d e l a l e n g u a c o m o u n s i s t e m a m o r f o - s i n t á c t i c o , que
e s t u d i a l a s r e l a c i o n e s f o r m a l e s d e la l e n g u a , se p u e d e ampliar también,
c o n cierto paralelismo, a u n sistema fonético-fonológico q u e estudia los
sonidos. Fonética y fonología, a d e m á s , n o es u n a m i s m a disciplina sino
d o s c i e n c i a s d i f e r e n t e s : «la fonética se o c u p a d e los s o n i d o s lingüísticos
e n s u c o n s t i t u c i ó n m a t e r i a l : m a t e r i a física y a c t i v i d a d f i s i o l ó g i c a ; la fono­
logía los estudia en su constitución intencional d e signo». («Prólogo»,
n o t a p á g . 14). R e v e l a q u e la n u e v a f o n o l o g í a t i e n e s u s a n t e c e d e n t e s no
e n S a u s s u r e s i n o e n e l r u s o B a u d o u i n d e C o u r t e n a y y e n e l c h e c o T. G .
M a s a r y k . R e s a l t a t a m b i é n la a p o r t a c i ó n d e S a u s s u r e s o b r e l o s cambios
fonéticos, t e o r í a q u e s e c o m p l e m e n t a c o n la y a s u p e r a d a d e l o s n e o -
g r a m á t i c o s y c o n la « r e d u c c i ó n » q u e r e a l i z a K a r l V o s s l e r : « T o d o cambio
f o n é t i c o e m p i e z a c o n e l i n d i v i d u o » p e r o «el c a m b i o f o n é t i c o n o existe
h a s t a q u e la a n a l o g í a l o g e n e r a l i z a ; l o q u e l a s l e y e s f o n é t i c a s t i e n e n de
r e g u l a r i d a d e s d e í n d o l e a n a l ó g i c a » ( « P r ó l o g o » , n o t a 1, p á g . 1 7 ) , e s d e c i r
c o l e c t i v a . D e e s t a m a n e r a c o m o a f i r m a n u e s t r o a u t o r : «Para n o s o t r o s la
s u p e r a c i ó n d e esta antinomia ( c a m b i o fonético : analogía) anula a su
v e z , p o r o t r o c a m i n o q u e el d e l o s f o n ó l o g o s , la a n t i n o m i a d i a c r o n í a :
sincronía, p o r q u e , así d i s p u e s t o s los h e c h o s , se c o m p r u e b a q u e n o t o d o
e s d e s o r d e n e n el c a m b i o f o n é t i c o , c o m o v e í a Saussure» («Prólogo», n o t a
1, p á g . 1 7 ) . E n a p o y o d e s u s a n o t a c i o n e s a l a t e o r í a d e S a u s s u r e , A m a d o
A l o n s o p r e s e n t a los m é t o d o s geográfico-lingüísticos de Jules Gillieron
c o n l a s f u e r z a s c o n d i c i o n a n t e s g e o g r á f i c a s d e la l e n g u a , l a s a p o r t a c i o n e s
d e B . T e r r a c i n i al a f i r m a r q u e l a d i a c r o n í a s e g e n e r a e n l a s i n c r o n í a y d e
Walter v o n W a r t b u r g e n el s e n t i d o d e «cada p a l a b r a d e p e n d e d e su g a i p o
semántico, no sólo en el funcionamiento sincrónico del sistema
( S a u s s u r e ) , s i n o e n la a p a r i c i ó n d e l c a m b i o ; y a la i n v e r s a , l o s grupos
s e m á n t i c o s se r e o r d e n a n c o n las i n n o v a c i o n e s ( n e g a c i o n e s del p r i n c i p i o
d e Saussure)» («Prólogo», p á g s . 1 8 - 1 9 ) . A l b e r t S c h e h a y e , d i s c í p u l o i n c o n ­
d i c i o n a l d e S a u s s u r e a d m i t e las e x i s t e n c i a d e a m b a s tesis, a c e p t a n d o así,
p o r l o m e n o s , l a i n e x i s t e n c i a d e la i n c o m p a t i b i l i d a d d i a c r o n í a / s i n c r o -

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CAUCE. Núm. 18-19. MANTECÓN RAMÍREZ, Benjamín. Comentario al "Prólogo" de Amado ...
 COMENTARIO AL «PRÓLOGO» DE AMADO ALONSO DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

rúa. A j u i c i o d e n u e s t r o a u t o r , a p e s a r d e t o d a s e s t a s f u n d a m e n t a l e s
c o r r e c c i o n e s , r e c t i f i c a c i o n e s y críticas, la t e s i s d e S a u s s u r e «sigue e n s u
p l e n a v a l i d e z [...]» ( « P r ó l o g o » , p á g . 2 0 ) . B a l l y r e c o n o c e l a « u t i l i d a d d i d á c -
tica» d e s u m a e s t r o , a u n q u e A m a d o A l o n s o e s m á s t a x a t i v o a l a s e g u r a r
q u e «no s ó l o p o r u t i l i d a d d i d á c t i c a , s i n o p o r n e c e s i d a d científica, distin-
g u i r á s i e m p r e la l i n g ü í s t i c a e n t r e d i a c r o n í a y s i n c r o n í a » («Prólogo», p á g .
20). S i n e m b a r g o , la d i s t i n t i n c i ó n d e e s o s d o s c o n c e p t o s s o n m u y ú t i l e s
p a r a e n j u i c i a r l o s h e c h o s l i n g ü í s t i c o s . El m i s m o A m a d o A l o n s o y s u s d i s -
c í p u l o s , l o p o n e n e n p r á c t i c a al a p l i c a r l o s a l a e n s e ñ a n z a d e l a l e n g u a .
El p u n t o d e v i s t a s i n c r ó n i c o ( s i n t i e m p o , e n u n d e t e r m i n a d o t i e m p o o
e n el t i e m p o a c t u a l ) p r o d u c e el criterio m o r f o - s i n t á c t i c o , f o n é t i c o - f o n o -
l ó g i c o , l é x i c o - s e m á n t i c o al p r e v a l e c e r e n e l l o s el e s t u d i o a c t u a l d e l sis-
t e m a l i n g ü í s t i c o q u e s e p r e t e n d e e s t u d i a r ; el p u n t o d e vista d i a c r ó n i c o
da c o m o c o n s e c u e n c i a los estudios a través del t i e m p o c o m o los p r o -
p o r c i o n a d o s p o r l a G r a m á t i c a h i s t ó r i c a e H i s t o r i a d e la l e n g u a . P o r e l l o
la p r e f e r e n c i a d e l c r i t e r i o s i n c r ó n i c o e n la e n s e ñ a n z a d e la L e n g u a y s u
1 8
Gramática .
Q
2 ) La c o n s i d e r a c i ó n d e la l e n g u a c o m o « s i s t e m a e n q u e t o d o s l o s
t é r m i n o s s o n solidarios» («Prólogo», p á g . 7), h a t e n i d o u n a t r a s c e n d e n c i a
e x t r a o r d i n a r i a p a r a el n o t a b l e d e s a r r o l l o o b t e n i d o p o r la l i n g ü í s t i c a
c o m o c i e n c i a . E n la l e n g u a c o m o « s i s t e m a d e s i s t e m a s » t o d o s s u s e l e -
m e n t o s son solidarios, d e p e n d i e n d o u n o s d e otros, siendo m u y intere-
s a n t e e l c o n c e p t o c o m p l e m e n t a r i o d e «valor». D e e s t a m a n e r a , a p u n t a
A m a d o A l o n s o , e s la « p r i m e r a v e z q u e s e e n f o c a el p r o b l e m a d e l s i g n i -
f i c a r e n e l t e r r e n o c o n c r e t o d e la l e n g u a , n o y a e n e l a b s t r a c t o d e l a l ó g i -
ca» ( « P r ó l o g o » , p á g . 8 ) . E s m u y i n t e r e s a n t e l a s a p u n t a n c i o n e s q u e n u e s -
t r o a u t o r e f e c t ú a s o b r e el t e m a e n la n o t a d e la p á g . 8, l o q u e e s u n í n d i -
c e m á s d e s u e r u d i c i ó n y s e n t i d o c r í t i c o . E n e l l a i n d i c a q u e si b i e n e s
cierto q u e este j u e g o d e valores, i n d e n t i d a d e s y diferencias e n t r e los sig-
n o s d e l a l e n g u a , h a s i d o «de u n a i n c a l c u l a b l e f e c u n d i d a d c i e n t í f i c a » , s i n
e m b a r g o , el c o n c e p t o d e significación d e E d m u n d o H u s s e r l , e l a b o r a d o
antes d e 1900 c o n su m é t o d o f e n o m e n o l ó g i c o , es m u y superior. Ello se
d e b e a l a e x p l í c i t a r e f e r e n c i a d e l l ó g i c o a l e m á n d e «la r e f e r e n c i a i n t e n -
c i o n a l al objeto», q u e c o m o s a b e m o s d e s e s t i m a S a u s s u r e e n s u f a m o s o
p r o c e s o d e la s i g n i f i c a c i ó n . M á s t a r d e e s t u d i a r í a n el p r o b l e m a o t r o s lin-
güistas c o m o O g d e n y Richard, S t e p h e n Ullmann, Pierre Guiraud, etc.

18. Alonso, Amado y Henriquez Ureña, Pedro. Gramática castellana Ly II. Buenos
Aires: Edit. Losada, 221967.
Lacau-Rosetti. Castellano, 1, 2y 3- Buenos Aires: Edit. Kapelusz, 1962.

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CAUCE. Núm. 18-19. MANTECÓN RAMÍREZ, Benjamín. Comentario al "Prólogo" de Amado ...
 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

a
3 ) E n c u a n t o a la r e l a c i ó n e n t r e l e n g u a y p e n s a m i e n t o A m a d o
A l o n s o s e ñ a l a c ó m o la t e o r í a d e S a u s s u r e e s f i a b l e p o r s u c i e n t i f i s m o ; s i n
e m b a r g o , le s e ñ a l a u n a c o n t r a d i c c i ó n : e n u n p r i n c i p i o s e p a r e c e m á s a
«la f o r m a i n t e r i o r d e l l e n g u a j e » d e H u m b o l d t , a l a c l a s i f i c a t o r i a d e
B e r g s o n y a la filosofía d e l a s f o r m a s s i m b ó l i c a s d e E. C a s s i r e r , a u n q u e
p o s t e r i o r m e n t e c o n t i n ú a d e s a r r o l l a n d o las tesis d e l a s o c i a c i o n i s m o h e r -
b a t i a n o d e l o s N e o g r a m á t i c o s . Esta i n c o n g r u e n c i a la a c h a c a n u e s t r o
1 1
a u t o r a la m u e r t e p r e m a t u r a d e l m a e s t r o g i n e b r i n o ? .
Q
4 ) Otro tema q u e A m a d o Alonso puntualiza con detenimiento en su
«Prólogo» e s el r e l a c i o n a d o c o n el p r o c e s o d e la s i g n i f i c a c i ó n .
P. G u i r a u d l o e x p l i c a a s í : « F e r d i n a n d d e S a u s s u r e d e j ó e n s u Curso
u n e s q u e m a d e la s i g n i f i c a c i ó n q u e , a d a p t a d o o c o r r e g i d o e n algunos
puntos, sirve d e b a s e para todas las teorías y t o d o s los tratados de
semántica modernos.
La c o m u n i c a c i ó n s u p o n e u n l o c u t o r ( o s u j e t o h a b l a n t e ) , u n oyente,
u n o b j e t o o c o s a q u e el l o c u t o r q u i e r e c o m u n i c a r al o y e n t e y s i g n o s lin-
g ü í s t i c o s m e d i a n t e l o s c u a l e s la c o m u n i c a .
La v i s t a o e l r e c u e r d o d e u n Á R B O L e v o c a e n l a m e n t e d e l i n t e r l o -
c u t o r l a i m a g e n v i s u a l o c o n c e p t o (arbor), este c o n c e p t o evoca por aso-
c i a c i ó n la i m a g e n a c ú s t i c a d e la p a l a b r a Carbol); l o s s o n i d o s («árbol»)
t r a n s p o r t a d o s p o r el aire e n f o r m a d e o n d a s s o n o r a s i n c i d e n e n el o í d o
d e l o y e n t e , y p r o v o c a n e n s u m e n t e l a i m a g e n a c ú s t i c a (árbol), que
e v o c a p o r a s o c i a c i ó n l a i m a g e n c o n c e p t u a l (arbor). Existe p o r lo tanto
u n a asociación psíquica bipolar q u e c o m p r e n d e d o s t é r m i n o s : la f o r m a
significante y el c o n t e n i d o o s i g n i f i c a d o ; y d o s fases: la e v o c a c i ó n d e l
n o m b r e p o r el o b j e t o y la d e l o b j e t o p o r el n o m b r e : e s u n p r o c e s o r e c í -
p r o c o . (Curso, p á g . 1 2 9 ) . La c o m u n i c a c i ó n s e r á e f i c i e n t e e n la m e d i d a
e n q u e l a i m á g e n e s arbor y árbol coincidan.
Este e s q u e m a se b a s a e n u n sistema d e relaciones m u y complejas:
1) R e l a c i o n e s e n t r e el concepto y el objeto. ¿Cómo se forma en la
mente la i m a g e n c o n c e p t u a l ? ¿ C u á l e s s o n l o s n e x o s c o n el o b j e t o o la
c o s a ? P r o b l e m a s q u e c o n c i e r n e n a la p s i c o l o g í a , la c i e n c i a ( o conoci-
m i e n t o d e l o b j e t o ) y la e p i s t e m o l o g í a (crítica d e e s t e c o n o c i m i e n t o ) .
2 ) R e l a c i o n e s e n t r e el concepto y la imagen acústica d e l s i g n o . Es el
p r o b l e m a d e l a s i g n i f i c a c i ó n , q u e c o n c i e r n e a l a v e z a l a p s i c o l o g í a , la
l ó g i c a y la l i n g ü í s t i c a ( s e m á n t i c a ) .

19. Ver nota de la pág. 9 . del «Prólogo».

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 COMENTARIO AL -PRÓLOGO- DE AMADO ALONSO DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

3 ) R e l a c i o n e s e n t r e l a imagen acústica d e l s i g n o y s u forma sonora

a c t u a l i z a d a . P r o b l e m a d e la f o n a c i ó n , q u e i n t e r e s a a la f i s i o l o g í a y a la
fonética.
4) Transmisión y recepción del signo, q u e i n t e r e s a a la a c ú s t i c a , la
t e o r í a d e l a i n f o r m a c i ó n y la f i s i o l o g í a d e l a a u d i c i ó n .
5), 6 ) , 7 ) Formación de la imagen acústica y del concepto en la
m e n t e d e l o y e n t e y l a relación del concepto recibido con el objeto.
Lo q u e e n el l e n g u a j e c o m ú n l l a m a m o s «palabra» e s u n a f o r m a fóni­
ca ( o gráfica) q u e e v o c a u n a cosa u objeto e n virtud d e u n a convención.
La p a l a b r a c o m p r e n d e , d e h e c h o , c u a t r o e l e m e n t o s distintos

Á R B O L (1) arbor(2) árbol(3) árbol»(4)

la c o s a imagen imagen el n o m b r e

u objeto d e la d e la f o r m a o forma

cosa fónica fónica

significado significante

(5)

El o b j e t o Á R B O L y la f o r m a f ó n i c a «árbol» s o n d o s s u s t a n c i a s c o n ­
c r e t a s y n o p e r t e n e c e n a l s i s t e m a d e la l e n g u a , q u e e s « u n a s u m a d e
i m p r o n t a s m e n t a l e s " . Á R B O L c o n c i e r n e a la b o t á n i c a , a la h o r t i c u l t u r a , a
la e s t é t i c a , e t c . ; «árbol» a la f i s i o l o g í a , a l a a c ú s t i c a , a l a f o n é t i c a ; p o r q u e
«el s i g n o l i n g ü í s t i c o n o u n e u n o b j e t o c o n s u n o m b r e , s i n o u n c o n c e p t o
c o n u n a i m a g e n acústica».
Según Saussure, los p r o b l e m a s de la c o n c e p t u a l i z a c i ó n y los de
f o n a c i ó n y d e la a u d i c i ó n s o n e x t r a l i n g ü í s t i c o s . Al l i n g ü i s t a i n t e r e s a ú n i ­
c a m e n t e e l e s t u d i o d e l a s r e l a c i o n e s e n t r e el s i g n i f i c a n t e árbol y el s i g ­
nificado arbor.
S e m e j a n t e e s t u d i o e s a la v e z p s i c o l ó g i c o , l ó g i c o y l i n g ü í s t i c o en
s e n t i d o estricto: p s i c o l ó g i c o , p o r el ser el significante y el s i g n i f i c a d o d o s
i m á g e n e s mentales asociadas; lógico, p o r q u e el s i g n i f i c a n t e tiene por
f u n c i ó n identificar el c o n c e p t o , e v o c a r l o y transmitirlo sin d e f o r m a r l a ni

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CAUCE. Núm. 18-19. MANTECÓN RAMÍREZ, Benjamín. Comentario al "Prólogo" de Amado ...
 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

confundirlo; lingüístico, p o r q u e los signos constituyen un sistema de

2 0
símbolos d e naturaleza especial, llamado lengua» .
A m a d o Alonso n o se muestra c o n f o r m e c o n esta doctrina, tachán­
d o l a d e «asociacionista» al e s t i l o d e l o s N e o g r a m á t i c o s , c u y o p r a g m a t i s ­
m o t a n t o le r e p e l e , e s p e c i a l m e n t e d e H e r m a n n Paul, d e l q u e h a c e una
referencia muy atinada. Es m á s , afirma que es una contradicción de
Saussure «al desechar el concepto de un espíritu colectivo [...]»
(«Prólogo», p á g . 23), c o m o d e f i e n d e , p o r e j e m p l o , e n el c o n c e p t o de
l e n g u a , f r e n t e al d e h a b l a . T a m b i é n s e o p o n e a la t e o r í a d e la a r t i c u l a ­
c i ó n d e f e n d i d a p o r el m i s m o S a u s s u r e . Lo e x p l i c a d e la s i g u i e n t e m a n e ­
r a : «El p e n s a m i e n t o q u e a r t i c u l o i d i o m á t i c a m e n t e n o p i e r d e s u unidad
o r i g i n a r i a e n la a r t i c u l a c i ó n , s i n o q u e e s el p e n s a m i e n t o u n i t a r i o o r i g i ­
n a l el q u e m i espíritu s i g u e m a n t e n i e n d o p r e s e n t e a t r a v é s d e s u arti­
culación. Este p e n s a m i e n t o n o se p u e d e expresar p o r asociación con
palabra alguna, y por eso precisamente lo tengo que articular».
(«Prólogo», p á g . 24). E n el a c t o d e l h a b l a , p o r t a n t o , n o s ó l o interviene
e l h a b l a n t e s i n o , c o m o e s l ó g i c o , e l o y e n t e . El a c t o d e c o m u n i c a r s e es
también individual (enérgeia/habla) y n o sólo colectivo (ergon/lengua).
D e e s t a m a n e r a l a l e n g u a n o e s l a u n i ó n d e l a idea ( c o n c e p t o ) c o n la
imagen (forma fónica), c o m o p r e t e n d e Saussure, sino q u e intervienen
o t r o s e l e m e n t o s o c o m p o n e n t e s ; a s a b e r : e l referente u objeto q u e es
r e p r e s e n t a d o p o r e l símbolo (significante y significado), relacionados
a m b o s d i r e c t a m e n t e p o r l a referencia o sentido. «Saussure descubre
l u m i n o s a m e n t e — n o s d i c e A m a d o A l o n s o — , q u e el p r o d u c i r y a r m a r el
p e n s a m i e n t o p a r t i c u l a r e s c o s a d e l h a b l a , n o d e la l e n g u a . Y t e n d r e m o s
q u e c o m p l e t a r : t a m p o c o e s d e la l e n g u a e l m o m e n t o d e la c o m p r e n s i ó n
2
(5 ), q u e consiste en rearmarlo reorganizando su unidad» («Prólogo»,
pág. 25).
El e s q u e m a d e S a u s s u r e s e v e , p u e s , c o r r e g i d o y a u m e n t a d o p o r u n a
serie d e lingüistas posteriores q u e , consciente o i n c o n s c i e n t e m e n t e tie­
nen en cuenta las o b s e r v a c i o n e s tan atinadas efectuadas por nuestro
autor.
U n o d e los sustitutos m á s i n t e r e s a n t e s e s el t r i á n g u l o d e O g d e n y
Richards, q u e ha servido de base para m u c h o s estudios recientes, en
p a r t i c u l a r e l d e P. G u i r a u d , S. U l l m a n n y K u r t B a l d i n g e r q u e indicamos
2 1
a continuación :

a
20. Guiraud, P. La semántica. México: F.C.E., 1955 ( I de. en francés 1955).
21. Baldinger, Kurt (1970): Teoría semántica. Madrid, Ediciones Alcalá.

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 COMENTARIO AL «PRÓLOGO- DE AMADO ALONSO DEL CURSO DE LINGÜÍSTICA GENERAL

Referencia
Concepto (objeto mental)
Sentido

Símbolo: Representa Referente:

(a la v e z f o r m a significante (Relación convencional cosa
y su i m a g e n acústica)
Nombre

El t r i á n g u l o , c o m o s e o b s e r v a , i n c l u y e e l r e f e r e n t e o c o s a n o m b r a -
d a ; p e r o s e n o t a r á al m i m o t i e m p o ( o b s é r v e s e al p i e la l í n e a p u n t e a d a )
q u e n o h a y r e l a c i ó n directa e n t r e el r e f e r e n t e y el s í m b o l o ; d e h e c h o , s e
v u e l v e a la r e l a c i ó n b i p o l a r y d e n a t u r a l e z a p s í q u i c a p r o p u e s t a p o r
Saussure. N o existe contradicción alguna entre los d o s e s q u e m a s , p e r o
el p r i m e r o q u i e r e s u b r a y a r el c a r á c t e r p s í q u i c o d e t o d o f e n ó m e n o lin-
g ü í s t i c o , e l s e g u n d o la a u t o n o m í a d e la p a l a b r a y d e l o b j e t o : l a p a l a b r a
n o e s el o b j e t o . S o n p u n t o s d e vista d e p s i c ó l o g o s y d e l ó g i c o s , frente a
l a s c u a l e s S a u s s u r e s o s t i e n e l a a u t o n o m í a d e l a l i n g ü í s t i c a . El t r i á n g u l o
d e O g d e n t i e n e el m é r i t o d e r e i n t r o d u c i r la c o s a n o m b r a d a q u e , e x t r a -
2 2
l i n g ü í s t i c a m e n t e o n o , el s e m á n t i c o n o p u e d e i g n o r a r , a s p e c t o q u e
Saussure e n u n c i a e n su libro a u n q u e n o lo desarrolla.
S
5 Insiste A m a d o A l o n s o e n señalar a l g u n a contradicción m á s obser-
v a d a e n e l « P r ó l o g o » , c o m o l a o p o s i c i ó n al c o n s i d e r a r la l e n g u a como
u n o r g a n i s m o v i v o , tal c o m o lo e x p o n e el n a t u r a l i s t a S c h l e i c h e r , « p e r o s u
p o s i t i v i s m o le h i z o s u p l a n t a r e s t a c o n c e p c i ó n p o r o t r a m e c a n i c i s t a e n la
q u e la l e n g u a e s u n s i s t e m a i g u a l m e n t e a u t ó n o m o , a j e n o al h a b l a , f u e r a
d e l a l c a n c e d e s u s h a b l a n t e s [...]» ( « P r ó l o g o » , p á g . 2 7 ) . T o d o s e s t o s e r r o -
r e s e n la d o c t r i n a s a u s s u r i a n a s e d e b e n a e s a c o n c e p c i ó n p o s i t i v i s t a q u e ,
a u n q u e p r o d u c e u n a m e t o d o l o g í a clara y c o n s t a n t e , n o tiene e n c u e n t a
la f u e r z a c r e a d o r a i n d i v i d u a l d e l s i s t e m a q u e s e d a m á s e n e l h a b l a q u e
e n l a l e n g u a , e n la f i l o l o g í a ( « i n t e r p r e t a c i ó n d e t e x t o s y e s t i l o s i n d i v i -

22. Hay otras interpretaciones con distintas orientaciones como puede ser el tra-
pecio de la significación de Heger, que explica KURT BALDINGER, Págs. 155 y ss.

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 BENJAMÍN MANTECÓN RAMÍREZ

d u a l e s » — « P r ó l o g o » , p á g . 2 7 — ) q u e e n la l i n g ü í s t i c a ( q u e c e n t r a s u
i m p o r t a n c i a e n la l e n g u a o r a l ) , e n la s i n c r o n í a ( q u e - d e s c a r t a d e l f u n c i o -
n a m i e n t o d e la l e n g u a e l e l e m e n t o m o t o r — e l e s p í r i t u i n d i v i d u a l r e l e -
g a d o al h a b l a — » ) q u e e n la d i a c r o n í a q u e s u p o n e u n a v i s i ó n d i n á m i c a
d e la l e n g u a , d e j a n d o a b a n d o n a d o el p a p e l d e l i n d i v i d u o y d e s u e s p í -
ritu frente a u n c o l e c t i v i s m o i n d e t e r m i n a d o y c i e g o . . . Esta crítica c o n s -
t a n t e a u n a s p e c t o f u n d a m e n t a l q u e A m a d o A l o n s o r e i t e r a c o n f u e r z a , la
r e s u m e d e la s i g u i e n t e m a n e r a : «Fue la a s p i r a c i ó n d e l p o s i t i v i s m o al
' p á j a r o e n m a n o ' la q u e e m p u j ó a la i n t e l i g e n c i a d e u n S a u s s u r e a s i m -
plificar su o b j e t o d e e s t u d i o , e l i m i n a n d o , p o r m a t e r i a indócil, t o d a s las
c o m p l e j i d a d e s q u e n o se a d e c u a r a n a los m é t o d o s disponibles, t o d a
a c c i ó n irreductible a las relaciones previsibles e n t r e e l e m e n t o s previstos»
(«Proólogo», p á g . 28).
a
6 Finalmente A m a d o Alonso nos comunica con toda explicitud q u e
los descubrimientos del maestro ginebrino son geniales y sus aportes
n e c e s a r i o s p a r a e l a v a n c e d e l a c i e n c i a l i n g ü í s t i c a m o d e r n a . El m é t o d o
utilizado, a p e s a r d e t o d a s las limitaciones señalas, incluso p o r sus dis-
c í p u l o s m á s fieles c o m o Meillet, Bally o S e c h e h a y e , e s a b s o l u t a m e n t e
v á l i d o . El l i b r o c o n l a s o b s e r v a c i o n e s d e t o d o s y e s p e c i a l m e n t e c o n l a s
indicaciones, puntualizaciones, rectificaciones y observaciones de
A m a d o A l o n s o e n el m e n c i o n a d o P r ó l o g o , «multiplica s u s v i r t u d e s origi-
n a r i a s : la d e f e c u n d a r el p e n s a m i e n t o l i n g ü í s t i c o e n l a s t e o r i z a c i o n e s y
la d e p r o p o r c i o n a r l o s m é t o d o s a d e c u a d o s p a r a la i n v e s t i g a c i ó n p a r t i c u -
lar» ( « P r ó l o g o » , p á g . 3 0 ) .

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