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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

ÁREA DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


CURSO: ENGENHARIA CIVIL
COMPONENTE CURRICULAR: CONCRETO ARMADO II
PROFESSOR: JACKSON ANTONIO CARELLI

CONCRETO ARMADO II

JOAÇABA/SC
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SUMÁRIO
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1 LAJES ...................................................................................................................... 1

1.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1


1.1.1 Tipos de Lajes ........................................................................................... 1
1.1.2 Vãos Teóricos das Lajes ........................................................................... 1
1.1.3 Classificação das lajes quanto à armação ............................................... 2
1.1.4 Carregamentos nas lajes maciças ............................................................ 3
1.1.5 Fixação da espessura das lajes................................................................. 4
1.1.6 Condições de apoio das lajes .................................................................... 6
1.1.7 Reações das lajes nas vigas ...................................................................... 6
1.2 ANÁLISE DE LAJES ARMADAS EM UMA DIREÇÃO ................................................ 9
1.2.1 Determinação dos momentos fletores ....................................................... 9
1.2.2 Determinação das flechas elásticas ........................................................ 10
1.3 ANÁLISE DE LAJES ARMADAS EM CRUZ ............................................................ 10
1.3.1 Métodos de cálculo ................................................................................. 10
1.3.2 Determinação das flechas elásticas ........................................................ 11
1.4 CÁLCULO DAS ARMADURAS DE FLEXÃO .......................................................... 14
1.5 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO ........................................................................... 14
1.5.1 Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF) ............................ 14
1.5.2 Valores limites para deslocamentos em elementos estruturais (flechas) 17
1.5.3 Estado limite de abertura de fissuras (ELS-W) ...................................... 18
1.5.4 Valores limites para abertura de fissuras............................................... 20
1.6 DISPENSA DE ARMADURA DE CISALHAMENTO EM LAJES (ITEM 19.4.1 – NBR
6118-2003) ..................................................................................................... 21
1.7 DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DE FLEXÃO .............................................. 23
1.7.1 Armaduras positivas ............................................................................... 23
1.7.2 Armaduras negativas .............................................................................. 24
1.8 PRESCRIÇÕES E DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS ................................................. 25
1.8.1 Taxa de armadura mínima (ρmin = 100.As,min/bw.h) - (item 19.3.3.2 –
NBR 6118)............................................................................................... 25
1.8.2 Taxa de armadura máxima - (item 19.3.3.3 – NBR 6118).................... 25
1.8.3 Bitolas utilizadas em lajes - (item 20.1 – NBR 6118) ........................... 26
1.8.4 Espaçamento das barras - (item 20.1 – NBR 6118) ............................. 26
1.8.5 Número de barras ................................................................................... 26
1.8.6 Detalhamento .......................................................................................... 26
1.8.7 Outras disposições construtivas ............................................................. 27

2 LAJES NERVURADAS ....................................................................................... 33

3 ESCADAS ............................................................................................................. 37

3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 37


3.2 CÁLCULO E DIMENSIONAMENTO DE ESCADAS DE CONCRETO ......................... 39
3.2.1 Ações nas escadas de concreto ............................................................... 39
3.3 EXEMPLOS DE PROJETOS DE ESCADAS ............................................................. 41
3.3.1 Projeto de escada de dois lances paralelos ............................................ 41
3.3.2 Projeto de escada de três lances ............................................................. 42
3.4 FORMAS DA ESCADA ....................................................................................... 43
3.5 EXERCÍCIO ....................................................................................................... 44

4 PILARES ............................................................................................................... 48

4.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 48


4.2 EXCENTRICIDADES .......................................................................................... 48
4.3 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM (FLAMBAGEM)................................................. 49
4.3.1 Índice de Esbeltez ................................................................................... 49
4.3.2 Classificação dos pilares quanto a esbeltez ........................................... 50
4.3.3 Determinação da excentricidade de segunda ordem (e2) ....................... 51
4.4 SOLICITAÇÕES INICIAIS EM PILARES DE CONCRETO ARMADO ........................... 51
4.5 EXCENTRICIDADE DE PRIMEIRA ORDEM NOS PILARES DE CONCRETO ARMADO
(EXCENTRICIDADES EM SEÇÕES EXTREMAS E INTERMEDIÁRIAS) ..................... 52
4.6 EXCENTRICIDADES A CONSIDERAR NO CÁLCULO DOS PILARES ........................ 53
4.6.1 Seção de TOPO ....................................................................................... 53
4.6.2 Seção de BASE ........................................................................................ 54
4.6.3 Seção INTERMEDIÁRIA ........................................................................ 54
4.7 MÉTODO GERAL PARA DIMENSIONAMENTO À FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL .. 55
4.7.1 Domínios de deformação ........................................................................ 55
4.7.2 Apresentação do método ......................................................................... 56
4.7.3 Exemplo de cálculo de um ponto do diagrama de interação da seção a
seguir....................................................................................................... 57
4.8 MÉTODO GERAL PARA DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO OBLÍQUA ...................... 59
4.8.1 Exemplo de cálculo de um ponto da superfície de interação da seção a
seguir....................................................................................................... 60
4.9 PRESCRIÇÕES REGULAMENTARES E DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS.................... 63
4.9.1 Dimensões mínimas ................................................................................ 63
4.9.2 Espessura de cobrimento das armaduras ............................................... 63
4.9.3 Armadura longitudinal............................................................................ 64
4.9.4 Diâmetro das armaduras longitudinais .................................................. 64
4.9.5 Distribuição das armaduras na seção transversal ................................. 64
4.9.6 Armaduras transversais (estribos).......................................................... 65
4.9.7 Proteção contra flabagem das armaduras longtudinais (estribos e
grampos) ................................................................................................. 66
4.9.8 Emendas das barras (Esperas) ............................................................... 67

5 TORÇÃO EM PEÇAS DE CONCRETO ARMADO ....................................... 68

6 ANEXOS ............................................................................................................... 72

6.1 ANEXO I - VIGAS COM SEÇÃO T .................................................................... 72


6.2 ANEXO II - TABELAS DE MARCUS ................................................................ 75
6.3 NEXO III – TABELAS DIVERSAS ..................................................................... 81
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1 LAJES

1.1 INTRODUÇÃO

Lajes são placas de concreto de superfície plana em que a dimensão


perpendicular à superfície (espessura) é relativamente pequena se comparada às demais.
As lajes são submetidas principalmente a ações normais ao plano e têm a função básica
de receber as cargas de utilização das edificações, aplicadas aos pisos, e transmiti-las às
vigas.

1.1.1 Tipos de Lajes

• Maciças (objeto do estudo de Concreto II);


• Nervuradas;
• Cogumelo;
• Pré-moldadas;
• Etc.

1.1.2 Vãos Teóricos das Lajes

Quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rígidos quanto à


translação vertical, o vão efetivo deve ser calculado pela seguinte expressão:

lef = l0 + a1 + a2

Com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor entre
(t2/2 e 0,3h)
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Para lajes em balanço o vão teórico é igual ao comprimento entre a extremidade


livre e o centro do apoio.
se como vão teórico de lajes a distância entre os centros dos
Usualmente adota-se
apoios.

1.1.3 Classificação das lajes quanto à armação

De acordo com a relação entre os vãos as lajes são classificadas em:

• Armadas em cruz (ou armadas nas duas direções) - são aquelas em que
a relação entre o maior vão e o menor vão não é superior à 2.
• Armadas em uma direção - são aquelas em que a relação entre o maior
vão e o menor vão é superior à 2.

Lajes armadas em cruz e em uma direção


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1.1.4 Carregamentos nas lajes maciças

Os carregamentos em uma laje maciça (ou em outra qualquer) são dados em uma
unidade de força por uma unidade de área, por exemplo, kgf/m2.

1. Cargas permanentes - ocorrem com valores constantes ao longo da vida da


construção
1.1. peso próprio da laje - pp = γ x h (pp em kgf/m2; γ = 2500 kgf/m3; h em metros)
1.2. revestimentos - pr = γrev x hver (pr em kgf/m2; aprox. 50 a 100 kgf/m2)
1.3. enchimentos - pe = γenc x henc (pe em kgf/m2; para lajes rebaixadas)
1.4. alvenarias -
alvenaria de tijolos cerâmicos furados ⇒ γ = 1300 kgf / m3
alvenaria de tijolos cerâmicos maciços ⇒ γ = 1800 kgf / m3
1.4.1. lajes armadas em cruz
qpar = peso total das paredes / área da laje (qpar em kgf/m2)

1.4.2. lajes armadas em uma direção


1.4.2.1. caso 1 – parede paralela ao maior vão.
Neste caso, a parede é considerada como uma carga concentrada.

Onde P é uma carga equivalente a 1 m


de parede, dada em kgf/m.

Parede paralela ao maior vão


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1.4.2.2. caso 2 – parede paralela ao menor vão.

Neste caso, faz-se necessário um reforço de armadura em uma faixa nas


proximidades da parede. Este reforço deve ser disposto nas duas direções, sendo que na
direção paralela ao maior vão o comprimento das armaduras pode ser reduzido (0,6 lx).

Parede paralela ao menor vão

O cálculo da armadura de reforço é realizado para um momento adicional de:

Mx = 0,11 P lx

Onde P é uma carga equivalente a 1 m de parede, dada em kgf/m.

2. Cargas acidentais - ocorrem com valores significativamente variáveis ao longo da


vida da construção. Referem-se ao peso de pessoas, móveis, utensílios, etc. Estas
cargas são definidas pela NBR 6120.

1.1.5 Fixação da espessura das lajes

A NBR 6118 – 2003 prevê que as lajes deverão ser dimensionadas para o estado
limite último e também para os estados limites de serviço, portanto a altura de uma laje
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deverá ser tal que satisfaça estes requisitos, nunca sendo menor que os seguintes
valores:

a) 5 cm para lajes de cobertura não em balanço;


b) 7 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço;
c) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 3 tf;
d) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 3 tf;

A relação entre a espessura e o vão das lajes usuais de edifícios costuma variar
de 1/40 a 1/60.
Na tabela à seguir são apresentadas algumas sugestões de espessuras de lajes
para edifícios residenciais com sobrecarga de 150 kgf/cm2 e fck = 20 MPa. Deve aqui
ficar claro que a tabela apresenta apenas sugestões, o que não isenta o projetista de
qualquer etapa de cálculo. Esta tabela apresenta espessuras inferiores ao limite mínimo
de 5,0 cm estabelecido pela NBR 6118, portanto valores que jamais poderão ser
utilizados, mas que servem como uma referência para fixação da espessura de uma laje.

Sugestão de espessuras para lajes usuais de edifícios residenciais.


fck = 20MPa; αr = 2,5; sc = 150kgf/cm2
lx/ly lx = 2 lx = 3 lx = 4 lx = 5 lx = 6
0,50 4,2 6,9 9,8 13,1 16,7
0,60 4,0 6,4 9,2 12,3 15,6
0,70 3,7 6,0 8,5 11,4 14,4
0,80 3,5 5,6 7,9 10,5 13,3
0,90 3,2 5,2 7,3 9,7 12,2
1,00 3,0 4,8 6,7 8,9 11,2
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1.1.6 Condições de apoio das lajes

Os apoios das lajes são classificados em: Engaste, Apoio Simples e Bordo Livre.
Quando existir continuidade entre lajes internas os apoios serão considerados engastes
desde que o comprimento da região de continuidade seja igual ou superior à dois terços
do comprimento total do bordo em estudo. Nos bordos externos ou em rebaixos será
considerado apoio simples.

1.1.7 Reações das lajes nas vigas

As reações em cada apoio das lajes são correspondentes aos carregamentos dos
triângulos ou trapézios obtidos traçando-se, à partir dos vértices, na planta da laje, retas
com inclinação de:
45º entre apoios do mesmo tipo;
60º a partir do apoio engastado quando o outro for apoio simples;
90º a partir do apoio quando a borda vizinha for livre.
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REAÇÕES DE APOIO EM LAJES RETANGULARES


lx = menor vão ou direção com maior número de engastes.

Rxa
lx Rya 1 Rya p ⋅ lx 2l y − l x
lx ≤ ly R ya = Rxa = ⋅ R ya
Rxa 4 ly

ly

Se lx ≤ 1,366.ly: Se lx > 1,366.ly:


Rxa l y − 0,366 ⋅ l x
lx Rxe = ⋅ 0,634 ⋅ p ⋅ l x Rxe = 0,433 ⋅ p ⋅ l y
Rya 2 Rya ly
Rxe
Rxa = 0,577 ⋅ Rxe Rxa = 0,577 ⋅ Rxe
ly
l x − 0,683 ⋅ l y
R ya = 0,183 ⋅ p ⋅ l x R ya = ⋅ p ⋅ ly
2 ⋅ lx

Rxe 2 ⋅ ly − lx
Rxe = ⋅ 0,634 ⋅ p ⋅ l x R ye = 0,317 ⋅ p ⋅ l x
lx Rye 3 Rya 2⋅ ly
lx ≤ ly
Rxa
Rxa = 0,577 ⋅ Rxe R ya = 0,575 ⋅ R ye

ly
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Se lx ≤ 1,732.ly: Se lx > 1,732.ly:


Rya
ly 4 Rxe l y − 0,289 ⋅ l x
Rxe Rxe = ⋅ p ⋅ lx Rxe = 0,433 ⋅ p ⋅ l y
Rya 2⋅ ly
l x − 0,866 ⋅ l y
R ya = 0,144 ⋅ p ⋅ l x R ya = ⋅ p ⋅ ly
lx 2 ⋅ lx

Se lx ≤ 1,268.ly: Se lx > 1,268.ly:

Rye 2 ⋅ l y − 0,789 ⋅ l x
ly Rxe = ⋅ p ⋅ lx Rxe = 0,317 ⋅ p ⋅ l y
Rxe 5 Rxe 4⋅ ly
Rya p ⋅ lx l x − 0,634 ⋅ l y
R ye = R ye = ⋅ 0,634 ⋅ p ⋅ l y
4 lx
lx
R ya = 0,577 ⋅ R ye R ya = 0,577 ⋅ R ye

Rxe
lx Rye 6 Rye 2l y − l x
p ⋅ lx
lx ≤ ly R ye = Rxe = ⋅ R ye
Rxe 4 ly

ly
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1.2 ANÁLISE DE LAJES ARMADAS EM UMA DIREÇÃO

1.2.1 Determinação dos momentos fletores

Para o cálculo dos momentos fletores em lajes armadas em uma direção


considera-se uma faixa de largura unitária como mostra a figura a seguir:

Momentos Fletores em lajes armdas em uma direção

p ⋅ l 2x
Caso 1: M=
8

p ⋅ l 2x p ⋅ l 2x
Caso 2: M= Me = −
14,22 8

p ⋅ l 2x p ⋅ l 2x
Caso 3: M= Me = −
24 12

p ⋅ l 2x
Caso 4: M=−
2
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1.2.2 Determinação das flechas elásticas

p ⋅ l4x α E ⋅ h3
f= ⋅ com, D=
D 384 12 ⋅ (1 − ν 2 )

Sendo:
α igual à 5, 2, 1, e 48 para os casos 1, 2, 3 e 4 respectivamente;
p – carregamento uniformemente distribuído;
lx – vão teórico da laje;
E – Módulo de elasticidade do concreto (Ecs = 0,85 x 5600 x fck1/2 - em MPa);
ν - coeficiente de Poisson.

1.3 ANÁLISE DE LAJES ARMADAS EM CRUZ

1.3.1 Métodos de cálculo

Existem basicamente dois métodos de cálculo, o elástico e o de ruptura, sendo


que os dois são utilizados, o primeiro na verificação do comportamento da estrutura em
serviço e o segundo no cálculo e detalhamento da armadura.
Dentro do método elástico existem vários processos que conduzem a solução dos
problemas relativos às lajes. Alguns destes processos permitem a confecção de tabelas
que facilitam o cálculo dos momentos fletores máximos e dos deslocamentos máximos
(flechas). Para tanto o pavimento deve ser discretizado, ou seja, cada laje deve ser
tratada individualmente.
As tabelas que serão utilizadas neste curso para fim de determinação dos
momentos fletores máximos foram desenvolvidas por Marcus. Em cada tabela
apresentada no final desta apostila consta o tipo de vinculação da laje a que ela se
refere. Para condições de vinculação diferentes das contempladas por estas tabelas
outras bibliografias devem ser pesquisadas.
Para utilização das tabelas é necessário determinar um parâmetro geométrico das
lajes designado pela letra λ, dado por:
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ly
λ=
lx

onde: lx é o vão na direção que possui maior número de engastes. No caso de haver
igualdade de engastamentos nas duas direções, deve-se tomar para lx o menor vão;

Determinação dos momentos máximos positivos (Mx e My) e negativos (Xx e Xy), por
unidade de comprimento, nas direções x e y

p ⋅ l 2x p ⋅ l 2x
Mx = My =
mx my

p ⋅ l 2x p ⋅ l 2x
Xx = Xy =
nx ny

onde:
lx – menor vão da laje ou direção com maior número de engastes;
p – carregamento uniformemente distribuído sobre a laje;
mx , my , nx’ e ny’ – coeficientes obtidos das tabelas de Marcus.

1.3.2 Determinação das flechas elásticas

Para determinação das flechas nas lajes será aqui utilizada uma tabela
desenvolvida por Bares (1972) e devidamente adaptada ao coeficiente de Poisson ν
igual a 0,2 de acordo com a NBR 6118-2003.
Para utilização desta tabela as condições de vinculação da laje em estudo
deverão ser comparadas com as apresentadas a seguir:
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Vinculações de lajes para cálculo de flechas.

Assim como para o cálculo dos momentos máximos, para o cálculo das flechas
também será necessário determinar o mesmo parâmetro geométrico das lajes designado
pela letra λ, dado por:

ly
λ=
lx

Neste caso: lx é a menor das dimensões da laje, e ly, a maior, independente dos engastes.

O cálculo da flecha propriamente dita é dado pela seguinte expressão:


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p ⋅ l4x α
f= ⋅
E ⋅ h 3 100

Onde:
p – carregamento uniformemente distribuído sobre a laje;
α - coeficiente extraído da tabela a seguir (função de λ e da vinculação);
lx – menor vão da laje;
E – módulo de elasticidade do concreto (Ecs = 0,85 x 5600 x fck1/2 - em MPa);
h – espessura da laje.

Coeficientes α para cálculo de flechas.


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1.4 CÁLCULO DAS ARMADURAS DE FLEXÃO

Como os momentos fletores nas lajes são expressos para cada metro, o
dimensionamento das armaduras de flexão é feito como em uma viga de largura igual a
um metro (1m), observando-se todos o quesitos relativos a dimensionamento de seções
retangulares submetidas à flexão. Desta forma, como resultado obtém-se uma armadura
válida para uma faixa de 1m, ou seja, a armadura de flexão de uma laje é expressa em
cm2/m (centímetros quadrados para uma faixa de 1m de laje).
Para o caso de lajes armadas em duas direções deve-se cuidar com a variação da
altura útil “d” ocasionada pela sobreposição das armaduras. Simplificadamente pode-se
adotar a mesma altura útil para as duas direções. Esta altura útil equivale à média das
outras duas.
Para determinação da altura útil da laje deve-se conhecer a o cobrimento mínimo
das armaduras, dado pela tabela à seguir:

Cobrimentos nominais para lajes – Tabela 7.2 NBR 6118-2003.


Classe de Agressividade Ambiental I II III IV
Cobrimento Nominal (cm) 2,0 2,5 3,5 4,5

Para o dimensionamento das armaduras negativas entre lajes adjacentes será


considerado no cálculo o maior momento fletor das lajes envolvidas.

1.5 ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

1.5.1 Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF)

Para verificação do estado limite de deformação excessiva podem ser utilizados


valores de rigidez do Estádio I (elemento não fissurado), considerando o módulo de
elasticidade secante do concreto (Ecs), desde que os momentos fletores sejam menores
que o de fissuração.
Os eventuais efeitos de fissuração e deformação lenta devem ser considerados.
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A flecha imediata para o caso de estudo no Estádio II (elemento fissurado) pode


ser avaliada de forma aproximada através da utilização de uma rigidez equivalente (Ecs ⋅
Ieq). O valor da inércia equivalente a ser utilizada pode ser obtido pela seguinte
expressão:

3
 Mr    M 3 
I eq =   ⋅ I c + 1 −  r   ⋅ I 2 ≤ I c
 Ma    M a  

onde:
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
I2 é o momento de inércia da seção fissurada de concreto no Estádio II;
Ma é o momento fletor na seção crítica do vão considerado e momento no apoio
para balanços, para a combinação de ações considerada nessa avaliação;
Mr é o momento de fissuração do elemento estrutural, cujo valor deve ser
reduzido à metade no caso de utilização de barras lisas;
Ecs é o módulo de elasticidade secante do concreto.

O valor de I2 pode ser obtido à partir das expressões a seguir:

Es
n= Fórmulas para posição
Ecs
da linha neutra (x) e
n ⋅ As  2 ⋅ bw ⋅ d  momento de inércia no
x= −1+ 1+ 
bw  n ⋅ As 
 estádio II (I2) de seções
retangulares com As’= 0
3
bw ⋅ x (Concreto Armado - I)
I2 = + n ⋅ As ⋅ (d − x )2
3
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O valor de Mr pode ser obtido de forma aproximada pela expressão à seguir:

α ⋅ f ct ,m ⋅ I c
Mr =
yt

sendo,

2
f ct ,m = 0,3 ⋅ f ck 3

com fct,m e fct expressos em MPa.

onde:
α é o fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na flexão
com a resistência à tração direta, valendo:
α = 1,2 para seções T ou duplo T (para vigas);
α = 1,5 para seções retangulares (vigas e lajes);
yt é a distância do centro de gravidade à fibra mais tracionada;
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
fct,m é a resistência média à tração direta do concreto;
fck é a resistência característica à compressão do concreto

A flecha adicional, devida à fluência do concreto pode ser calculada de forma


aproximada pela multiplicação da flecha imediata pelo fator αr dado pela expressão:

f ( t ) − f ( t0 )
αr =
1 + 50 ρ ′

onde:
t0 é a idade de aplicação da carga, em meses;
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t é a idade para a qual se calcula a flecha, em meses;


ρ’é a taxa de armadura longitudinal de compressão na seção crítica, dada por:


As Para lajes ρ’ = 0
ρ′ =
bw ⋅ d

f ( t ) = 0,68 ⋅ (0,996 t ) ⋅ t 0 , 32 ≤ 2

1.5.2 Valores limites para deslocamentos em elementos estruturais (flechas)

Os valores limites para deslocamentos em elementos estruturais devem respeitar


os estabelecidos na tabela à seguir

Limites para deslocamentos – Tabela 13.2 NBR 6118-2003


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Limites para deslocamentos – Tabela 13.2 NBR 6118-2003 (continuação)

1.5.3 Estado limite de abertura de fissuras (ELS-W)

Os critérios apresentados a seguir devem ser encarados como avaliações


aceitáveis do comportamento geral do elemento, mas não garantem avaliação precisa da
abertura de uma fissura específica.
Para cada elemento ou grupo de elementos das armaduras que controlam a
fissuração do elemento estrutural, deve ser considerada uma área Acr do concreto de
envolvimento, constituída por um retângulo cujos lados não distam mais de 7φ do
contorno do elemento da armadura (ver figura à seguir).
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Concreto de envolvimento da armadura

A grandeza da abertura de fissuras, w, determinada para cada parte da região de


envolvimento, é a menor dentre as obtidas pelas expressões que seguem :

φi σ si 3 ⋅ σ si
w= ⋅ ⋅
12,5 ⋅ η1 E si f ct ,m

φi σ si  4 
w= ⋅⋅  + 45 
12,5 ⋅ η1 E si  ρ ri 

sendo:
σsi, φi, Esi, ρri definidos para cada área de envolvimento em exame.
onde:
Acri é a área da região de envolvimento protegida pela barra φi;
Esi é o módulo de elasticidade do aço da barra φi considerada;
φi é o diâmetro da barra que protege a região de envolvimento
considerada;
ρri é a taxa de armadura em relação a área da região de envolvimento
(Acri);
σsi é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada,
calculada no Estádio II (elemento fissurado).
ηi é o coeficiente de conformação superficial η1 da armadura
considerada, devendo ser adotados os valores de:
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η1 = 1,0 para barras lisas (CA-25 ou CA-60 usual)


η1 = 1,4 para barras entalhadas (CA-60 dentado)
η1 = 2,25 para barras nervuradas (CA-50)

1.5.4 Valores limites para abertura de fissuras

Os valores limites para abertura de fissuras em elementos estruturais devem


respeitar os estabelecidos na tabela à seguir. No entanto, o engenheiro deve ter
consciência de que as estimativas de abertura de fissuras já estudadas podem, diante da
grande variabilidade do assunto, ser superadas para o caso de fissuras específicas.

Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da armadura em


função das classes de agressividade ambiental – Tabela 13.3 – NBR 6118-2003.
Tipo de concreto Classe de agressividade Exigências relativas Combinação de ações
estrutural Ambiental (CAA) à fissuração em serviço à utilizar
Concreto simples CAA I à CAA IV Não há -
CAA I ELS-W wk ≤ 0,4mm
Concreto Armado CAA II e CAA III ELS-W wk ≤ 0,3mm Combinação freqüente
CAA IV ELS-W wk ≤ 0,2mm

Classes de agressividade ambiental - Tabela 6.1 – NBR 6118-2003.


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 21

1.6 DISPENSA DE ARMADURA DE CISALHAMENTO EM LAJES (ITEM 19.4.1 – NBR


6118)

Não será necessária a utilização de armadura para combater os esforços oriundos


da força cortante em lajes quando for obedecida a seguinte expressão:

Vsd ≤ VRd 1

sendo,

[ ]
VRd 1 = τ Rd ⋅ k ⋅ (1,2 + 40 ⋅ ρ1 ) + 0,15 ⋅ σ cp ⋅ bw ⋅ d

onde:

τ Rd = 0,25 ⋅ f ctd

f ctk ,inf
f ctd =
γc
As1
ρ1 = ≤ 0,02
bw ⋅ d

σ cp = N Sd
Ac

k é um coeficiente que tem os seguintes valores:


- para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: k =|1|;
- para os demais casos: k = |1,6 – d| ≥ |1|, com “d” em metros;

onde:

VSd – Força cortante solicitante de cálculo;


VRd1 – Força cortante resistente de cálculo, relativa a elementos sem armadura
para força cortante;
Concreto Armado II
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VRd2 – Força cortante resistente de cálculo, relativa a ruína das diagonais


comprimidas de concreto;
fctd é a resistência de cálculo do concreto ao cisalhamento;
As1 é a área da armadura de tração que se estende até não menos que d + lb,nec
além da seção considerada; com lb,nec definido no item 9.4.2.5 e na figura 19.1 da NBR
6118-2003;
bw é a largura mínima da seção ao longo da altura útil “d”;
NSd é a força longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento
(compressão positiva)

Na zona de ancoragem, a equação que define VRd1 só se aplica quando os


requisitos de ancoragem são satisfeitos (item 9.4.2 NBR 6118-2003).

Em elementos sem armadura de cisalhamento também é necessária a verificação


da ruína das diagonais comprimidas, dada pela seguinte expressão:

Vsd ≤ VRd 2

VRd 2 = 0,5 ⋅ α v 1 ⋅ f cd ⋅ bw ⋅ 0,9 ⋅ d

com,

α v 1 =  0,7 − f ck 200  ≤ 0,5 fck em MPa


 

Caso a laje necessite de armadura de combate ao cisalhamento, verificar o item


19.4.2 da NBR 6118-2003.
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Professor: Jackson Antonio Carelli 23

1.7 DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DE FLEXÃO

1.7.1 Armaduras positivas


N2 – 50 φ 5,0 -

N 3 – 14 φ 4,6 c.15 -
135

N2 – 10 φ 4,6
310

L1 L2

310
N 1 – 14 φ 4,6 c.25
560

Armaduras positivas com barras corridas

• Comprimento da Armadura

A rigor, o comprimento da armadura das lajes é obtido após o cálculo dos


comprimentos de ancoragem necessários nos apoios, sendo este um caso ancoragem em
apoio de extremidade, com comprimento dado por lb,nec de acordo com o item 9.4.2.5.
da NBR 6118-2003.
No entanto, como em lajes são utilizadas armaduras de pequenos diâmetros, os
comprimentos de ancoragem normalmente mostram-se inferiores à largura dos apoios,
bastando portanto que as barras penetrem nos apoios, deixando-se os cobrimentos
necessários. No entanto deve-se cuidar em caso de apoios estreitos principalmente
associados a grandes reações de apoio.
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Professor: Jackson Antonio Carelli 24

1.7.2 Armaduras negativas

h-2c
L4

7
a/2 h-2c

34 7
a

68 7 34
N12 – 29φ 6,3 – c.13 - 116
h-2c a/2

68
a

L6 7
h-2c

Armaduras Negativas

onde:

a = 0,25*lm + lb,nec

com, lm igual ao maior dos menores vãos das lajes adjacentes.


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1.8 PRESCRIÇÕES E DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

1.8.1 Taxa de armadura mínima (ρ


ρmin = 100.As,min/bw.h) - (item 19.3.3.2 – NBR
6118)

ρmin (%)
fck (MPa)
AÇO
20 25 30 35 40 45 50
CA50 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
CA60 0,150 0,150 0,150 0,168 0,192 0,216 0,240

Para armadura positiva de lajes armadas em duas direções a NBR6118-2003


permite a consideração de apenas 2/3 das taxas mínimas indicadas na tabela acima.
Para lajes armadas em uma só direção é necessária uma armadura de distribuição
(secundária) que deve respeitar os seguintes valores mínimos:

- 20% da armadura principal;


- 0,9 cm2/m;
- 0,5 ρmín;
- 3 barras por metro.

1.8.2 Taxa de armadura máxima - (item 19.3.3.3 – NBR 6118)

As,max = 4% Ac com, Ac = Área de concreto


Concreto Armado II
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1.8.3 Bitolas utilizadas em lajes - (item 20.1 – NBR 6118)

φ ≥ 5,0 mm *
φ ≤ h/8

1.8.4 Espaçamento das barras - (item 20.1 – NBR 6118)

• Armadura principal
s ≤ 2h
s ≤ 20 cm

• Armadura secundária
s ≤ 33 cm (03 barras por metro)
OBS: a armadura secundária deve maior ou igual à 20% da armadura
pricipal.

1.8.5 Número de barras

n = l0 / s ⇒ arredondar para menos

1.8.6 Detalhamento

Ex: 20 N1 (320) φ 5,0 c/15


Ex: N1 20 φ 5,0 c.15 -320
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1.8.7 Outras disposições construtivas

• Detalhamento das armaduras com a utilização de barras alternadas

- quando e ≤ 16,5 cm

- valores de c:

c = 0,85.L

c = 0,75.L

c = 0,70.L

c L
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• Detalhamento das armaduras com a utilização de barras em faixas (e ≤


16,5 cm)

• Armaduras nos cantos de lajes retangulares

• Redução das armaduras nas lajes em balanço


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• Opções para detalhamento de furos/aberturas em lajes

120

80
80

b
1 φ 10
3 φ 8,0 3 φ 8,0
80

80 80 80
80 a 80

a, b ≤ 35
35 < a, b ≤ 60

N
1φ10
Nota: cortar as barras
N ... no meio do furo
3φ8,0
corte típico e dobrar para trás.

80 35 < φ ≤ 60
80 φ ≤ 35

80
80
1 φ 8,0

2 φ 8,0

80 80
80 80
OBS: não é necessário o ferro superior
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Professor: Jackson Antonio Carelli 30

≤ 10 cm 2 φ 8,0
viga

≤ 10 cm

viga Furo perto da borda, fazer


Furo circular no canto φ pequeno ganchos nos reforços

OBS geral: Quando as dimensões dos furos forem menores que as


dimensões da malha da laje não é necessário reforço.

Divisão da laje em painéis isolados


Caso de aberturas de grandes dimensões
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• Armação de cantos de lajes em balanço

Armadura de distribuição negativa φ3,2 ou 4,0 c/ 20 ou 30


As

lx
0,25bal 0,25bal
2As
As

bal b

0,25bal 0,25bal
lx
b
bal

As 2As As Armadura de distribuição negativa


φ3,2 ou 4,0 c/ 20 ou 30
Obs: 1) as duas armações indicadas deverão ser superpostas.
2) no caso de rebaixo, verifica-se até onde vai a armadura
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Professor: Jackson Antonio Carelli 32

• Lajes com armaduras de comprimento variável

ARMAÇÃO POSITIVA

φ 6,3 c/ 20
13 N1 (var) φ 6,3 c/ 20

24 N3 (240)
14 N2 (var)
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2 LAJES NERVURADAS

Lajes Nervuradas - Caracterização


Uma laje nervurada é constituída
por um conjunto de vigas que se cruzam,
solidarizadas pela mesa. Esse elemento
estrutural terá comportamento
intermediário entre o de laje maciça e o
Lajes Nervuradas de grelha.

Lajes Nervuradas - Caracterização Lajes Nervuradas - Emprego

São empregadas quando se deseja


Lajes nervuradas são “lajes vencer grandes vãos e/ou grandes
moldadas no local ou com nervuras pré- sobrecargas.
moldadas, cuja zona de tração é
constituída por nervuras entre as quais O aumento do desempenho
pode ser colocado material inerte”.(NBR estrutural é obtido em decorrência da
6118) ausência de concreto entre as nervuras,
que possibilita um alívio de peso não
comprometendo sua inércia.

Lajes Nervuradas - Caracterização Lajes Nervuradas - Enchimento

Podem ser utilizados


Devido à alta relação entre rigidez e vários tipos de materiais de
peso apresentam elevadas freqüências enchimento, entre os quais:
naturais. blocos cerâmicos, blocos
vazados de concreto e blocos de
EPS (poliestireno expandido),
Tal fato permite a aplicação de
também conhecido como isopor.
cargas dinâmicas (equipamentos em
operação, multidões e veículos em
circulação) sem causar vibrações Esses blocos podem ser
sensíveis ao limite de percepção substituídos por vazios, obtidos
humano. com fôrmas constituídas por
caixotes reaproveitáveis.

Lajes Nervuradas – Função Estrutural Lajes Nervuradas – Função Estrutural

As lajes têm dupla função As lajes recebem as ações verticais,


estrutural: de placa e de chapa. perpendiculares à superfície, e as
transmitem para os apoios. Essa
situação confere à laje o comportamento
de placa.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 34

Lajes Nervuradas – Função Estrutural Lajes Nervuradas - Projeto

Outra função das lajes é distribuir A prática usual consiste em adotar


ações horizontais entre os diversos painéis com vãos maiores que os das
pilares da estrutura. Nessas lajes maciças, apoiados em vigas mais
circunstâncias, a laje sofre ações ao rígidas que as nervuras.
longo de seu plano, comportando-se como
chapa.

Lajes Nervuradas - Projeto Lajes Nervuradas - Projeto

Devem ser seguidas as orientações


normativas da NBR 6118/2003 (item
13.2.4.2):
Mesa
Nervuras

Enchimento

Lajes Nervuradas - Projeto Lajes Nervuradas - Projeto

Espessura da mesa Largura das nervuras

 Quando não houver tubulações  A largura das nervuras não deve ser
horizontais embutidas, a espessura da
mesa deve ser maior ou igual a 1/15 da inferior a 5cm;
distância entre nervuras e não menor
que 3 cm;  Se houver armaduras de compressão, a
largura das nervuras não deve ser
 A espessura da mesa deve ser maior ou inferior a 8cm.
igual a 4cm, quando existirem
tubulações embutidas de diâmetro
máximo 12,5mm.

Lajes Nervuradas - Projeto Lajes Nervuradas - Projeto

Os critérios de projeto dependem do


espaçamento e entre os eixos das  Para 65 ≤ e ≤ 110cm, exige-se a
nervuras. verificação da flexão da mesa e as
nervuras devem ser verificadas ao
cisalhamento como vigas; permite-se
 Para e ≤ 65cm, pode ser dispensada a
essa verificação como laje se o
verificação da flexão da mesa e, para a
espaçamento entre eixos de nervuras
verificação do cisalhamento da região
for até 90cm e a largura média das
das nervuras, permite-se a
nervuras for maior que 12cm;
consideração dos critérios de laje;
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 35

Lajes Nervuradas - Projeto Lajes Nervuradas - Projeto


 Para as lajes
nervuradas, procura-
se evitar engastes e
balanços, visto que,
 Para e > 110cm, a mesa deve ser nesses casos, têm-se
projetada como laje maciça, apoiada na esforços de
grelha de vigas, respeitando-se os seus compressão na face
limites mínimos de espessura; inferior, região em
que a área de
concreto é reduzida;

 Sugestão de mesa
inferior ou trecho
maciço.

Lajes Nervuradas - Projeto Lajes Nervuradas - Ações

 Devem respeitar a NBR 6120:1980 –


“Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações”.

Lajes Nervuradas – Esforços Solicitantes Lajes Nervuradas - Verificações

 Flexão nas nervuras;

 A laje nervurada pode ser tratada como  Cisalhamento nas nervuras;


placa em regime elástico. O cálculo não
se difere dos realizados em lajes
 Flexão na mesa;
maciças.

 Cisalhamento nas mesa;

 Flecha na laje;

Flexões nas nervuras – Taxas de


Flexões nas nervuras armaduras

 No caso de mesa comprimida a seção é


considerada é uma seção T. Em geral a
linha neutra encontra-se na mesa, e a
seção comporta-se como retangular com
seção resistente bf x h;

 No caso de mesa tracionada a seção Os valores de ρmín estabelecidos nesta tabela


resistente é bw x h; pressupõem o uso de aço CA-50, γc = 1,4 e γs =
1,15
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 36

Cisalhamento nas nervuras Cisalhamento nas nervuras

Distância entre eixos das nervuras


menor ou igual a 65cm

As lajes podem prescindir de


armadura transversal para resistir aos
esforços de tração oriundos da força
cortante, quando:

Cisalhamento nas nervuras Cisalhamento nas nervuras

Distância entre eixos das nervuras de Distância entre eixos das nervuras
65cm até 90cm entre 65 e 110cm

 A verificação de cisalhamento pode  Devem ser verificadas como vigas;


ser como lajes do item anterior, se a
largura média das nervuras for maior
 Armadura perpendicular à nervura, na
de 12cm. mesa, por toda sua largura útil, com
área mínima de 1,5cm2/m.

Flexão nas mesas Cisalhamento nas mesas

 Quando o espaçamento entre nervuras


estiver entre 65 e 110 exige-se  Utiliza-se o critério de lajes maciças;
verificação da flexão da mesa;
 Terá importância na presença de
 A mesa pode ser considerada como um cargas concentradas de valor
painel de lajes maciças contínuas significativo;
apoiadas nas nervuras.
 Recomenda-se que as cargas sejam
aplicadas diretamente nas nervuras.

Flechas Contra-flecha

 Considera a possibilidade de  A flecha total menos a contra-flecha


fissuração; deve ser menor ou igual à deformação
limite;
 Divide-se em flecha imediata e diferida;
 A contra-flecha pode ser adotada como
múltiplo de 0,5cm;
 O deslocamento limite é o valor prático
para a verificação em serviço do estado
limite de deformação (critérios:  O valor da contra-flecha pode ser
aceitabilidade sensorial, efeitos estimado com a soma da flecha
específicos, efeitos em elementos não imediata com a metade da flecha
estruturais e efeitos em elementos diferida;
estruturais).
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 37

3 ESCADAS

3.1 INTRODUÇÃO

A função arquitetônica das escadas é permitir, de forma confortável e segura, a


transposição de um nível para outro em uma edificação, para isso os degraus, compostos
de espelhos e pisos, tem que ter dimensão uniforme e constante dentro de valores que
estejam entre 15 < e < 19 cm e 25 < p < 30 cm e atendam a expressão:

62 < 2.e + p < 65 cm (quanto mais próximo de 63 cm mais confortável )

Por exemplo: e = 17 cm e p = 28 cm (34 + 28 = 62).

Para possibilitar o devido conforto, na subida da escada, um descanso é


proporcionado por um trecho reto (sem degraus) chamado de patamar da escada. A cada
conjunto de degraus consecutivos denomina-se lance da escada. Entre dois pavimentos
pode-se ter um só lance, o que é pouco usado por ocupar uma área maior que a opção de
dois lances que é mais usada também por proporcionar mais conforto ao usuário. Não se
recomenda usar degraus no patamar. As figuras a seguir ilustram os tópicos citados.

nível

degra
degraus

nível

Escada de um lance
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Professor: Jackson Antonio Carelli 38

N1

N3
patamar

patamar
patama

N2
patamar
N2

Escada de dois lances

Estruturalmente a escada de concreto é uma laje que tem partes niveladas


chamadas de patamar e o trecho inclinado onde estão os degraus. A altura h da escada é
a espessura da laje no patamar e é a espessura da laje inclinada no trecho dos degraus
como mostra a figura à seguir.

p = 28 cm p = 28 cm

e = 17 cm

e = 17 cm

h = 13 cm

Degrau de escada de concreto


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Professor: Jackson Antonio Carelli 39

3.2 CÁLCULO E DIMENSIONAMENTO DE ESCADAS DE CONCRETO

3.2.1 Ações nas escadas de concreto

Segundo a NBR 6120 as cargas eventuais a considerar no projeto da escada são


uniformemente distribuídas em toda a extensão do vão de cálculo e valem:

q = 250 kgf/m2 quando não há acesso de público (residências unifamiliares) e


q = 300 kgf/m2 quando há acesso de público (edificações públicas, como
escolas).

As cargas permanentes são compostas do peso próprio da escada, do peso de


uma camada de argamassa de regularização que visa nivelar e garantir as dimensões
sempre iguais dos degraus e da camada de acabamento superior que pode ser tanto um
piso vinílico de peso desprezível como de pedra de granito de densidade 2800 kgf/m3 .
Na face inferior da escada, em geral é aplicado um reboco.
Para as cargas permanentes é preciso distinguir o trecho do patamar, em geral
sem degraus do trecho inclinado onde além do acréscimo de peso próprio devido à
inclinação tem-se o peso do degrau acrescido ainda de uma camada adicional de
regularização e de acabamento, como mostra a figura à seguir.

p = 28 cm p = 28 cm acabamento

e = 17 cm

e = 17 cm
regularização

h = 13 cm

reboco

Revestimento típico das escadas de concreto


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 40

O peso próprio da escada na região dos degraus é obtido à partir da altura média
(hméd) definida na figura à seguir.

e
α
h1 = h/cosα

h hméd = h1 + e/2
h1 α
hméd
α

Altura média para cálculo do peso próprio da escada

O carregamento final da escada é indicado na figura à seguir.

gpat+qpat
gdeg+qdeg
gpat+qpat

Carregamento final das escadas (g + q)

A disposição das armaduras segue o indicado na figura a seguir.

Armadura de Distribuição
lb

Armadura Principal

lb

Disposição das armaduras da escada


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Professor: Jackson Antonio Carelli 41

3.3 EXEMPLOS DE PROJETOS DE ESCADAS

3.3.1 Projeto de escada de dois lances paralelos

14
13 28

17,5

9
8

120 28 28 28 120 20

HALL
2,88 m2
240

7
6
5
4
3
2
1 h=10 cm
α
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 42

3.3.2 Projeto de escada de três lances

16
15 28

17,5
12
11

120 28 28 28 120 15

HALL 120

10
2,88 m2

9
28

8
7
120

6
5
4
3
2
1 h = 10 cm
α
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 43

3.4 FORMAS DA ESCADA

16
15 28

17,5
12
11

124 28 28 28 123 122 12

10
L6

9
28

8
10 7
70
122

6
5
4
3
2
1 h = 10 cm
α
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Professor: Jackson Antonio Carelli 44

3.5 EXERCÍCIO
Dimensionar e detalhar a escada abaixo:

Dados: h = 12 cm; prevestimento = 150 kgf / m2; uso = comercial;


fck = 20 MPa; Aço = CA50

30

17,5

15 120 30 30 30 120 15
240

α h = 12

127 210 127


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 45

Carregamentos:

Patamar:

pppat = 0,12 * 2500 = 300 kgf/m2


qpat = 300 kgf/m2 (uso comercial)
ppat = 300 + 300 + 150 (revestimento) = 750 kgf/m2

Degraus:

cos α = 30 / (302 + 17,52)1/2 = 0,864


hméd = (12 / 0,964) = (17,5 / 2) = 22,64 cm
ppdeg = 0,2264 * 2500 = 566 kgf/m2
qpat = 300 kgf/m2 (uso comercial)
pdeg = 566 + 300 + 150 (revestimento) = 1016 kgf/m2

750 kgf/m2

B
1016 kgf/m2

750 kgf/m2

127 210 127


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 46

Cálculo de uma faixa de um metro de escada:

Reações (por metro de largura):

RAy = RBy = (750*1,27*2 + 1016*2,1) / 2 = 2019,3 kgf/m

Momento máximo (centro do vão):

Mmáx = 2019,3 * (1,27 + 2,1/2) – 750 * 1,27*(1,27/2 + 2,1/2) – 1016 * 1,05 *


1,05/2
Mmáx = 2519,7 kgf * m / m

Cálculo das armaduras:

Md = 1,4 * 2519,7 = 3527,6 kgf * m = 352,76 tf * cm / m


d = 12 – 2 – 0,5 = 9,5 cm
km = 100 * 9,5 2 / 352,76 = 25,58 ⇒ ka = 0,288
As = 0,288 * 352,76 / 9,5 = 10,69 cm2 / m ⇒ φ 10,0 c/ 7,5

Número de barras:

n = 120 / 7,5 = 16 barras

Cálculo de lb:

η1 = 2,25; η2 = 1,00; η3 = 1,00;


fctd = fctk,inf / γc = 10 * 0,7 * 0,3 * 20 2/3 / 1,4 = 11,05 kgf / cm2
fbd = η1 * η2 * η3 * fctd = 2,25 * 1,00 * 1,00 * 11,05 = 24,87 kgf / cm2
lb = (φ / 4) * (fyd / fbd) = (1,0 / 4) * ((5000 / 1,15) / 24,87) = 43,7 cm ≈ 44 cm
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 47

Armadura de distribuição (laje armada em uma direção):

Assec = 20% Asprinc. = 0,2 * 10,69 = 2,14 cm2 / m ⇒ φ 6,3 c/ 15,0


Assec (adotado) = φ 6,3 c/ 25,0

Número de barras:

npat = 120 / 25 ≈ 5,0 barras


ndeg = 252 / 25 ≈ 10,0 barras

Detalhamento final:

16-N2-c.7,5 16-N1-c.7,5
N4-10φ6,3
c.25 - 116

c.25 - 236
N3-5φ6,3
c.25 - 236
N3-5φ6,3

N4-10φ6,3
c.25 - 116

16-N1-c.7,5 16-N2-c.7,5

44
8

294
N1 – 16 φ 10,0 c.7,5 - 489

N2 – 16 φ 10,0 c.7,5 - 176


8 116 135
44 8
8
16-N2-c.7,5

Obs: neste caso, o detalhamento dos dois lances é idêntico, no entanto, isto não é uma
regra
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 48

4 PILARES

4.1 INTRODUÇÃO

Pilares de concreto armado são estruturas que transmitem as cargas do edifício


para a fundação. A carga principal, nos edifícios, tem o sentido vertical (peso). Por isso,
o esforço solicitante nos pilares é constituído essencialmente pela força normal de
compressão, no entanto, os esforços de flexão também assumem papel muito relevante
no cálculo destes elementos.

4.2 EXCENTRICIDADES

a) iniciais (ei): correspondem às excentricidades de projeto. Podem ser


provenientes das excentricidades existentes entre eixo do pilar e eixo da viga que
o carrega (pode estar presente em qualquer uma das situações de projeto), ou dos
momentos transmitidos pelas vigas.

b) acidental (ea): objetiva levar em consideração possíveis imperfeições do eixo do


pilar. Tem seu valor definido pela NBR 6118-2003, dado por:

le
ea =
400

onde:
le = comprimento de flambagem, em cm;

c) de primeira ordem (e1): é a excentricidade correspondente a soma das duas


anteriores (inicial + acidental), tendo como valor mínimo o apresentado a seguir:

e1 = ei + ea ≥ e1,min = 1,5 + 0,03 ⋅ h h em cm

onde, h = dimensão da seção transversal na direção considerada;


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 49

d) de segunda ordem (e2): objetiva levar em consideração os efeitos de segunda


ordem, conhecidos no meio técnico como flambagem. Seu valor também é
definido pela NBR 6118-2003 e receberá especial abordagem na seqüência.

e) de fluência (ec): objetiva levar em consideração os efeitos originados pela


deformação lenta do concreto. Seu valor é também definido pela NBR-6118-
2003. Com relação a esta excentricidade alguns comentários serão tecidos, no
entanto, nenhum estudo específico será aqui realizado por tratar-se este de um
caso não usual de cálculo. Maiores informações sobre o assunto podem ser
obtidas nas bibliografias específicas e no item 15.8.4 da NBR 6118-2003.

4.3 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM (FLAMBAGEM)

Os efeitos de segunda ordem são traduzidos no cálculo de pilares pela


excentricidade de segunda ordem (e2).

4.3.1 Índice de Esbeltez


le
λ=
i
com,

i = I c Ac

onde:
le = comprimento de flambagem;
Ic = momento de inércia da seção na direção considerada;
Ac = área da seção.
O comprimento de flambagem (le) é definido, de acordo com a figura à seguir,
como:
pilar
viga

l + h
l h l0 le ≤  0
 l
viga
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 50

4.3.2 Classificação dos pilares quanto a esbeltez

a) pilares curtos – pilares em que os efeitos de segunda ordem podem ser


desprezados;

b) pilares moderadamente esbeltos – pilares em que os efeitos de segunda devem


ser considerados, porém, com a permissão do uso de processos simplificados;

c) pilares esbeltos – pilares em que os efeitos de segunda ordem devem ser


avaliados com algum processo que leve em consideração as não-linearidades
física e geométrica de forma rigorosa.

A classificação de um pilar como curto, moderadamente esbelto ou esbelto


depende de uma série de fatores, o que acaba gerando divergências entre as várias
normas internacionais. A NBR 6118-2003 apresenta um procedimento de cálculo que
permite classificar um pilar como curto, no entanto, deve-se saber que esta consideração
é apenas uma forma de simplificar o cálculo, pois os efeitos de segunda ordem existem
em qualquer tipo de pilar. Entretanto, este procedimento apresentado pela norma
brasileira pode tornar-se mais trabalhoso que a própria consideração do efeito de
segunda ordem e por este motivo o processo apresentado pela norma não será aqui
abordado, portanto não tratar-se-á de pilares ditos curtos, todos os pilares serão
classificados no mínimo como moderadamente esbeltos.
Assim sendo, a consideração dos efeitos de segunda ordem será feita da seguinte
forma:

λ ≤ 90 – consideração dos efeitos de segunda ordem por processo simplificado;


90 < λ ≤ 200 – consideração dos efeitos de segunda ordem por processo
rigoroso.

Neste curso serão abordados somente casos relativos a pilares com λ ≤ 90, por
serem estes os casos mais usuais de cálculo.
Para pilares com λ > 90 é obrigatória a consideração da fluência.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 51

4.3.3 Determinação da excentricidade de segunda ordem (e2)

De acordo com a NBR 6118-2003, a excentricidade de segunda ordem (e2) é


dada pela seguinte expressão:

l e2 1
e2 = ⋅
10 r

sendo 1/r a curvatura da seção crítica, dada por:

1 0,005
= ≤
r h ⋅ (ν + 0,5 )
com,

N Sd
( Ac ⋅ f cd ) ≥ 0,5
ν=

onde:
h é a dimensão da seção na direção considerada;
ν é a força normal adimensional;
NSd é o força normal solicitante de cálculo.

4.4 SOLICITAÇÕES INICIAIS EM PILARES DE CONCRETO ARMADO

Mtopo

 M topo M topo ,d 
etopo = = 
 N Nd 
 
e = M base = M base ,d 
 base N N d 

Mbase
Excentricidades devidas às solicitações iniciais
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 52

4.5 EXCENTRICIDADE DE PRIMEIRA ORDEM NOS PILARES DE CONCRETO ARMADO

(EXCENTRICIDADES EM SEÇÕES EXTREMAS E INTERMEDIÁRIAS)

A formulação apresentada à seguir é válida para pilares biapoiados sem cargas


transversais aplicadas ao longo do pilar. Para outras situações consultar item 15.8.2 da
NBR6118/2003.

eiA
eiC = α b ⋅ eiA
+
eiB
eiC α b = 0, 60 + 0, 40 ⋅ ≥ 0, 40
eiA
e1C = eiC + ea

- e1 A = eiA + ea
eiB

onde:
“eiA” e “eiB” são as excentricidades iniciais nos extremos do pilar. Deve ser
adotado para “eiA” o maior valor absoluto ao longo do pilar biapoiado e para “eiB” o
sinal positivo, se tracionar a mesma face que “eiA”, e negativo em caso contrário.
Para pilares com excentricidades de 1ª ordem menores que a excentricidade de 1ª
ordem mínima (e1,min=1,5+0,03h), adotar αb=1,0.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 53

4.6 EXCENTRICIDADES A CONSIDERAR NO CÁLCULO DOS PILARES

y y y

Nd
Nd Nd
ey ey
eiy
x
eix ex ex

Situação de Projeto 1ª Situação de Cálculo 2ª Situação de Cálculo

4.6.1 Seção de TOPO

1ª Situação de Cálculo:

  _
com,
_   _
  ,   , 
, 

   _

2ª Situação de Cálculo:

   _

  _
com,
   _
  ,   , 
, 
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 54

4.6.2 Seção de BASE

1ª Situação de Cálculo:

  _
com,
_   _
  ,   , 
, 

   _

2ª Situação de Cálculo:

   _

  
com,
   _
  ,   , 
, 

4.6.3 Seção INTERMEDIÁRIA

1ª Situação de Cálculo:

  _Á
!
"
com,
_Á   _Á
  ,   , 
, 

   _Á

2ª Situação de Cálculo:

   _Á

  Á
!
"
com,
   _Á
  ,   , 
, 
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 55

4.7 MÉTODO GERAL PARA DIMENSIONAMENTO À FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL

4.7.1 Domínios de deformação

O estado limite último de uma seção transversal é alcançado com uma


deformação plástica excessiva das armaduras (10 o/oo) ou com a ruptura do concreto
(2,0 o/oo ou 3,5 o/oo). A aplicação destes limites de deformação à uma seção transversal
define os domínios de deformação, ilustrados na figura a seguir.

Alongamento Encurtamento
2o/oo 3,5o/oo
B
3h/7
a

d 1 2 C h

3 b
4 5
A
10o/oo εyd 4a

Domínios de deformação

Ruptura por deformação plástica excessiva:


- reta a: tração uniforme;
- domínio 1: tração uniforme, sem compressão;
- domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do
concreto (εc < 3,5 o/oo e com máximo alongamento permitido para o aço);
Ruptura convencional por encurtamento limite do concreto:
- domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta com ruptura à
compressão do concreto e com escoamento do aço (εs ≥ εyd);
- domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta com ruptura à
compressão do concreto e aço tracionado sem escoamento (εs < εyd);
- domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas;
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 56

- domínio 5: compressão não uniforme, sem tração;


- reta b: compressão uniforme.
4.7.2 Apresentação do método

Como se sabe, a flexo-compressão normal é uma solicitação composta por um


esforço normal de compressão e um momento fletor. O método geral possibilita a
determinação dos “inúmeros” pares de esforços normais de compressão e momentos
fletores que conduzem uma seção transversal de dimensões e disposição de armaduras
conhecidas, ao estado limite último.
Este conjunto de pares de esforços plotados em um gráfico Md x Nd origina um
diagrama chamado “diagrama de interação”, que é válido para a seção considerada. Ao
comparar-se os esforços solicitantes de uma seção em estudo com seu diagrama de
interação é possível dizer se estes conduzem a seção ao ELU ou não. Normalmente os
diagramas de interação eram traçados para situações genéricas, com a utilização de
parâmetros adimensionais, pois o processo de traçado do diagrama é iterativo (como
será visto adiante) e portanto, muito trabalhoso. Hoje porém, com a evolução dos
sistemas computacionais todo o trabalho é realizado praticamente de forma instantânea
pelos softwares, assim torna-se desnecessária a idéia de diagramas de interação para
situações genéricas, já que se pode obter o diagrama de interação exato de uma seção
qualquer em curtíssimo espaço de tempo.

Para aplicação do método (cálculo de um ponto do diagrama) deve-se:

- posicionar a linha neutra (LN) da seção em estudo em um ponto qualquer;


- definir em qual domínio de deformação está contida a LN;
- medir as deformações nas barras de aço que compõem a seção e por
conseqüência as tensões e forças resultantes que nelas atuam;
- calcular a resultante de compressão no concreto;
- equilibrar a seção, obtendo assim o par Nd, Md.

Para o traçado completo do diagrama deve-se repetir o processo para as


“inúmeras” posições de LN possíveis, lembrando que a LN pode estar situada fora da
seção, quando esta está totalmente comprimida.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 57

4.7.3 Exemplo de cálculo de um ponto do diagrama de interação da seção a


seguir

Dados:
- Posição da LN: x = 20 cm;
- Aço: CA50;
- Concreto: 25 MPa;
- Número de barras: 6 φ 16,0.

14
εc=3,5 0,85 fcd
1 2 ε1/2=2,975 R1/2
12 x=20 y=16 Rcc
CG
30 3 4 ε3/4=0,875 Nd R3/4
LN 12 Md
ε5/6=1,225 R5/6
5 6

20

- Domínio de deformação:

f yk1 5000 1
ε yd = = ⋅ ⋅ = 0, 00207 > ε 5/ 6 = 0, 001225
1,15 E 1,15 2100000

flexão composta com ruptura à compressão do concreto e aço tracionado


sem escoamento (εs < εyd): domínio 4;

- Deformações, tensões e forças resultantes nas barras:

Barra εs,i (o/oo) σs,i (kgf/cm2) Rsc,i (kfg)


1/2 2,975 4347,8 17483,5
3/4 0,875 1837,5 7389,0
5/6 1,225 2572,5 10344,6
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 58

- Resultante de compressão no concreto:

f ck 250
Rcc = 0,85 ⋅ ⋅ Acc = 0,85 ⋅ ⋅ 20 ⋅16 = 48571, 4kgf
1, 4 1, 4

- Equilíbrio da seção:

∑ FN = 0 ⇒ ( ∑ F x = 0)

N d − R1/ 2 − Rcc − R3/ 4 + R5 / 6 = 0

N d = R1/ 2 + Rcc + R3/ 4 − R5 / 6

N d = 17483, 5 + 48571, 4 + 7389, 0 − 10344, 6

N d = 63099, 3kgf = 630, 993kN

∑M CG =0

− R1/ 2 ⋅12 − Rcc ⋅ 7 + M d − R5/ 6 ⋅12 = 0

M d = 12 ⋅ R1/ 2 + 7 ⋅ Rcc + 12 ⋅ R5 / 6

M d = 12 ⋅17483,5 + 7 ⋅ 48571, 4 + 12 ⋅10344, 6

M d = 673937 kgf ⋅ cm = 67, 3937 kN ⋅ m

Interpretação dos resultados: A seção, quando submetida à um esforço normal


de compressão de 63099,3 kgf poderá resistir ainda à um momento fletor em torno do
eixo “x” de 673937 kgf.cm, o que equivale dizer que a carga de 63099,3 kgf poderá
apresentar uma excentricidade de 10,68 cm no eixo “y”.
Para outras posições de LN encontram-se novos pares de valores que formam o
diagrama de interação. Assim para cada esforço normal, corresponde apenas um
momento fletor que conduz a seção ao ELU.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 59

4.8 MÉTODO GERAL PARA DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO OBLÍQUA

A flexão oblíqua é composta por um esforço normal de compressão e um


momento fletor inclinado em relação aos dois eixos principais da seção transversal, no
caso de uma seção retangular. Como conseqüência tem-se a LN da seção também
inclinada, o que traz uma dificuldade adicional em relação ao método geral para FCN, a
determinação desta inclinação da LN.
O método geral é idêntico ao da FCN, porém deve ser realizado para “inúmeras”
inclinações da LN, ou seja, para cada inclinação da LN haverão “inúmeros” pares de
esforços solicitantes Nd x Md, lembrando que estes Md’s são oblíquos e normalmente
não são perpendiculares à LN. Portanto, se para a FCN tínhamos um problema
interativo, para a FO temos um problema que pode ser chamado de “duplamente
iterativo”.
Depois de definidas as deformações da seção o momento oblíquo poderá ser
transformado em dois outros perpendiculares entre si, normalmente em torno dos eixos
“x” e “y”, ou seja, Mxd e Myd. O que se tem portanto, ao final de um processo iterativo
completo para uma inclinação definida da LN são “inúmeros” ternos de valores Nd x
Mxd x Myd. Repetindo o processo para as outras “inúmeras” inclinações da LN obtém-se
todos os possíveis ternos de valores Nd x Mxd x Myd da seção. Escolhendo-se um valor
definido de esforço normal Nd pode-se traçar um gráfico Mxd x Myd que constitui o
diagrama de interação da seção para este esforço normal. Portanto, no caso de FO não
existe um diagrama de interação, mas sim, um para cada um dos “inúmeros” valores de
esforços normais aplicados à seção. Estes “inúmeros” diagramas de interação originam
a chamada superfície de interação da seção em estudo.

Para aplicação do método (cálculo de um ponto da superfície de interação) deve-se:

- definir a inclinação e posicionar a linha neutra (LN) da seção em estudo em


um ponto qualquer;
- rotacionar a seção, tornado a LN paralela ao eixo “x”;
- definir em qual domínio de deformação está contida a LN;
- medir as deformações nas barras de aço que compõem a seção e por
conseqüência as tensões e forças resultantes que nelas atuam;
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 60

- calcular a resultante de compressão no concreto (neste caso é recomendável


utilizar como tensão admissível do concreto 0,80fcd);
- equilibrar a seção, obtendo assim o terno Nd x Mxd x Myd.

À seguir é apresentado um exemplo de cálculo para determinação de um terno


de valores Nd x Mxd x Myd para uma inclinação específica da LN, ou seja, este valor
representa apenas um dos “inúmeros” pontos do diagrama de interação para o esforço
normal Nd encontrado.

4.8.1 Exemplo de cálculo de um ponto da superfície de interação da seção a


seguir

Dados:
- Inclinação da LN: 50° com eixo “x”;
- Posição da LN: passando pelo CG da barra 3 (vide figura) ;
- Aço: CA50;
- Concreto: 30 MPa;
- Número de barras: 6 φ 10,0.

2,44
14
y y 5,40
1 2 y 2
2,44 x
y=18,13
x=22,66

Rcc Rcc
12 1 4
3 4 5,40
30
CG x CG x 3 CG 6
L N 12 LN
5 6 5
50°

20

εc=-3,5 0,80 fcd


4,23 R2
y 2 ε2=-2,847
x 7,71
ε4=-1,656 Rcc
1 4 3,01 R4
ε1=-1,191 R1
CG 4,70 ε6=-0,465 Nd
3 6 R6
3,01 Md R3
LN ε3=0,000
7,71
5 ε5=+1,191
R5
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 61

- Domínio de deformação:

f yk1 5000 1
ε yd = = ⋅ ⋅ = 0,00207 > ε 5 = 0,001191
1,15 E 1,15 2100000

flexão composta com ruptura à compressão do concreto e aço tracionado


sem escoamento (εs < εyd): domínio 4;

- Deformações, tensões e forças resultantes nas barras:

Barra εs,i (o/oo) σs,i (kgf/cm2) Rsc,i (kfg)


1 -1,191 -2501,1 -1964,4
2 -2,847 -4347,8 -3414,8
3 -0,000 0000,0 0,0
4 -1,656 -3477,6 -2731,3
5 1,191 2501,1 1964,4
6 -0,465 -976,5 -766,9

- Resultante de compressão no concreto:

f ck 300
Rcc = 0,80 ⋅ ⋅ Acc = 0,80 ⋅ ⋅ 325,81 = 55853,1kgf
1, 4 1, 4

- Equilíbrio da seção:

∑ FN = 0
N d − R2 − Rcc − R4 − R1 − R6 − R3 + R5 = 0

N d = R2 + Rcc + R4 + R1 + R6 + R3 − R5

N d = 3414,8 + 55853,1 + 2731, 3 + 1964, 4 + 766, 9 + 0, 0 − 1964, 4

N d = 62766,1kgf = 627, 661kN


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 62

∑M y =0

( R1 + R3 + R5 ) ⋅ ( −7 ) + ( R2 + R4 + R6 ) ⋅ ( +7 ) + Rcc ⋅ 2, 44 + M yd = 0

( −1964, 4 + 0, 0 + 1964, 4 ) ⋅ ( −7 ) + ( −3414,8 − 2731,3 − 766,9 ) ⋅ ( +7 ) − 55853,1⋅ 2, 44 + M yd = 0

M yd = 184763kgf ⋅ cm = 18, 4763kN ⋅ m

∑M x =0

( R1 + R2 ) ⋅ ( +12 ) + ( R3 + R4 ) ⋅ ( 0 ) + ( R5 + R6 ) ⋅ ( −12 ) + Rcc ⋅ 5, 40 + M yd =0

( −1964, 4 − 3414,8 ) ⋅ ( +12 ) + ( 0,0 − 2731,3) ⋅ ( 0 ) + (1964, 4 − 766,9 ) ⋅ ( −12 ) − 55853,3 ⋅ 5, 40 + M yd =0

M yd = 380528kgf ⋅ cm = 38,0528kN ⋅ m

Interpretação dos resultados: A seção, quando submetida à um esforço normal


de compressão de 62766,1 kgf poderá resistir ainda à um momento fletor em torno do
eixo “y” de 184763 kgf.cm simultaneamente com um momento fletor em torno do eixo
“x” de valor 380582 kgf.cm, o que equivale dizer que a carga de 62766,1 kgf poderá
apresentar uma excentricidade de 2,94 cm no eixo “x” e uma excentricidade de 6,06 cm
no eixo “y”.
Para outras posições e inclinações de LN encontram-se novos ternos de valores
que formam a superfície de interação. Assim para cada esforço normal, corresponde um
diagrama de interação com pares de momentos fletores que conduzem a seção ao ELU.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 63

4.9 PRESCRIÇÕES REGULAMENTARES E DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

4.9.1 Dimensões mínimas

A seção transversal de pilares, qualquer que seja sua forma, não deve apresentar
dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e
12 cm, desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no dimensionamento
por um coeficiente adicional γn, dado pela expressão à seguir:

γ n = 1,95 − 0,05 ⋅ b

onde, “b” é a menor dimensão da seção transversal do pilar, em centímetros.


NOTA – O coeficiente γn deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo
nos pilares, quando de seu dimensionamento.

Em qualquer caso, não são admitidos pilares com área inferior a 360 cm2.

4.9.2 Espessura de cobrimento das armaduras

A espessura de cobrimento das armaduras dos pilares deve respeitar a tabela


abaixo.

Classe de Agressividade Ambiental


I II III IV
2,5 cm 3,0 cm 4,0 cm 5,0 cm
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 64

4.9.3 Armadura longitudinal

- máxima:

As ,máx = 8,0% ⋅ Ac

inclusive na região das emendas, onde ocorre sobreposição das armaduras.

- mínima:

 0,15 ⋅ N d 
As ,mín =   ≥ 0,4% ⋅ Ac
 f yd 
 

4.9.4 Diâmetro das armaduras longitudinais

O diâmetro mínimo das barras longitudinais não deve ser inferior a 10 mm


(3/8”) e nem superior a 1/8 da menor dimensão transversal.

4.9.5 Distribuição das armaduras na seção transversal

As armaduras longitudinais devem ser dispostas na seção transversal de forma a


garantir a adequada resistência do elemento estrutural. Em seções poligonais, deve
existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis
barras distribuídas ao longo do perímetro.
O espaçamento mínimo livre entre as faces das armaduras longitudinais, medido
no plano da seção transversal, fora da região de emendas, deve ser igual ou superior ao
maior dos seguintes valores:

- 20 mm;
- diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
- 1,2 vezes o diâmetro máximo do agregado.
Esses valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das barras.

Para feixes de barras, deve-se considerar o diâmetro do feixe: φ n = φ ⋅ n


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 65

Quando estiver previsto no plano de concretagem o adensamento através de


abertura lateral na face da forma, o espaçamento das armaduras deve ser suficiente para
permitir a passagem do vibrador.
O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras,
deve ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão da seção no trecho considerado,
sem exceder 40 cm.

4.9.6 Armaduras transversais (estribos)

A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso,


por grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo
obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura
longitudinal.
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar,
para garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir
a costura das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser igual ou
inferior ao menor dos seguintes valores:

- 20 cm;
- menor dimensão da seção;
- 24φ para CA-25, 12φ para CA-50.

φ
20 cm
φt menor dimensão do pilar
s≤
s 24φ para aço CA-25
12φ para aço CA-50
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 66

Pode ser adotado o valor φt < φ/4 desde que as armaduras sejam constituídas do
mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:

φ2  1
S máx = 90000 ⋅  t  ⋅
 φ  f yk
 

com fyk em MPa.


Quando houver necessidade de armaduras transversais para forças cortantes e
torção, esses valores devem ser comparados com os mínimos especificados pela NBR
6118 para vigas, adotando-se o menor dos limites especificados.

4.9.7 Proteção contra flabagem das armaduras longtudinais (estribos e grampos)

Sempre que houver possibildade de flambagem das barras da armadura, situadas


junto à superfície do elemento estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la.
Os estribos poligonais garantem contra a flambagem a barras longituinais
situadas em seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20φ
φt
do canto, se nesse trecho de comprimento 20φ
φt não houver mais de duas barras, não
contando as de canto.Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele
deve haver estribos suplementares.
Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, teminada em
ganchos (grampos), ele deve atravessar a seção do elemento estrutural e os seus ganchos
devem envolver a barra longitudinal. Se houver mais de uma barra longitudinal a ser
protegida junto à mesma extremidade do estribo suplementar, seu gancho deve envolver
um estribo principal em um ponto junto a uma das barras, o que dever ser indicado no
projeto de modo bem destacado (ver figura à seguir).
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 67

No caso de estribos curvilíneos cuja concavidade esteja voltada para o


interior do concreto, não há necessidade de estribos suplementares.
suplementares. Se as seções das
barras longitudinais se situarem em uma curva de concavidade voltada para fora do
concreto, cada barra longitudinal deve ser ancorada pelo gancho de um estribo reto ou
pelo canto de um estribo poligonal.

4.9.8 Emendas das barras (Esperas)


(E

As emendas das barras são feitas, na maioria dos casos, por traspasse, onde o
comprimento do traspasse é definido pelo valor lb,nec, não tomando-se
se valores inferiores
à 20 cm, 15φ ou 0,6lb. De forma simplificada pode-se
pode se adotar como comprimento do
traspasse o valor lb.
As emendas das barras de pilares não devem apresentar ganchos.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 68

5 TORÇÃO EM PEÇAS DE CONCRETO ARMADO

Torção
Concreto Armado II

 O dimensionamento à torção baseia-se nas


mesmas condições dos demais esforços:
Torção em Peças de enquanto o concreto resiste às tensões de
compressão, as tensões de tração devem
Concreto Armado ser absorvidas pela armadura.

Prof. Jackson Antonio Carelli

Treliça espacial generalizada Treliça espacial generalizada

 Idealização da peça como uma treliça,


cujas tensões de compressão causadas
pelo momento torçor serão resistidas por
bielas comprimidas (concreto), e as de
tração, por diagonais tracionadas
(armaduras).

Seção solicitada Seção solicitada

 Tensões tangenciais provocadas por


 Estudos mostram que quando o concreto momentos torçores as quais, na maioria
fissura seu comportamento à torção é das seções, são nulas no centro e máximas
equivalente ao de peças ocas (tubos) de nas extremidades
paredes finas ainda não fissuradas

Seção solicitada Considerações gerais


As seções da figura possuem o mesmo contorno, sendo
uma maciça e outra vazada. As duas apresentam  As vigas de concreto armado devem ser
momento torçores últimos praticamente iguais. dimensionadas para resistir integralmente
aos momentos torçores de equilíbrio.
 O momento que aparece junto ao
cruzamento das vigas é normalmente
pequeno é pode ser ignorado.
 Usualmente adota-se disposição das
armaduras composta por estribos e barras
longitudinais, pela facilidade construtiva e
resistência à torção.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 69

Considerações gerais Considerações gerais

 Em seções de mesma área, porém com


relações h/b distintas a resistência à torção
é praticamente a mesma no estado limite
último. Isto ocorre porque a resistência à
torção é obtida junto à capa externa da
seção tranversal.

Método de Cálculo (NBR 6118) Resistência do elemento estrutural

ARMADURA DE TORÇÃO:  Admite-se satisfeita a resistência do


elemento estrutural, numa dada seção,
quando se verificarem simultaneamente as
- Estribos verticais normais ao eixo do
seguintes condições:
elemento estrutural
- Barras longitudinais distribuídas ao  TSd ≤ TRd,2
longo do perímetro da seção resistente  TSd ≤ TRd,3
 TSd ≤ TRd,4

Resistência do elemento estrutural Geometria da seção resistente


 TRd,2 representa o limite dado pela resistência  A seção vazada equivalente se define a partir da
das diagonais comprimidas de concreto; seção cheia com espessura da parede
equivalente he dada por:
 TRd,3 representa o limite definido pela parcela
resistida pelos estribos normais ao eixo do A
he ≤ he ≥ 2 c1
elemento estrutural; u
 A é a área da seção cheia;
 TRd,4 representa o limite definido pela parcela
 u é o perímetro da seção cheia;
resistida pelas barras longitudinais, paralelas
 c1 é a distância entre o eixo da barra longitudinal
ao eixo do elemento estrutural.
do canto e a face lateral do elemento estrutural.

Seção composta de retângulos Seções vazadas

 O momento de torção total deve ser distribuído  Deve ser considerada a menor espessura de
entre os retângulos conforme sua rigidez elástica parede entre:
linear.  a espessura real da parede;
a 3i bi
Tsdi = Tsd  a espessura equivalente calculada supondo a
∑ ai3bi
seção cheia de mesmo contorno externo da

 a é o menor lado do retângulo; seção vazada.

 b é o maior lado do retângulo.


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 70

Verificação da compressão diagonal Verificação da compressão diagonal


do concreto do concreto
 A resistência decorrente das diagonais  θ - é o ângulo de inclinação das diagonais de
concreto, arbitrado no intervalo 30 ≤ θ ≤ 45 ;
comprimidas de concreto deve ser obtida
 Ae - é a área limitada pela linha média da
por:
parede da seção vazada, real ou equivalente,
incluindo a parte vazada;
 TRd2 = 0,50 . αv2 .fcd . Ae . he . sen 2θ  he - é a espessura equivalente da parede da
seção vazada, real ou equivalente, no ponto

 αv2 = 1 - fck / 250, com fck em MPa considerado.

Cálculo das Armaduras Cálculo das Armaduras


onde:
ESTRIBOS VERTICAIS:  fywd é a resistência de cálculo do aço da
 TRd3= (A90 / s) . fywd . 2Ae . cotg θ armadura passiva, limitada a 435 MPa;
 Asl é a soma das áreas das seções das barras
longitudinais;

ARMADURAS LONGITUDIAIS:  A90/s é a área da seção transversal de um estribo


 ue é o perímetro de Ae.
 TRd4= (Asl / ue) . 2Ae . fywd . tg θ  Ae é a área limitada pela linha média da parede da
seção vazada, real ou equivalente, incluindo a parte
vazada

Cálculo das Armaduras Armadura mínima


 A armadura longitudinal de torção, de área total Asl,
pode ter arranjo distribuído ou concentrado,
mantendo-se obrigatoriamente constante a relação
Asl,mín ≥ 0,5.bw.u.0,2. fctm / fywk
∆Asl/∆u, onde ∆u é o trecho de perímetro, da seção
efetiva, correspondente a cada barra ou feixe de
barras de área ∆Asl.
Asw,mín ≥ bw.s.0,2. fctm / fywk
 Nas seções poligonais, em cada vértice dos estribos
de torção, deve ser colocada pelo menos uma barra
longitudinal.

Torção e Força Cortante Torção e Esforços Normais


 A resistência à compressão diagonal do  Em elementos ou regiões de elementos sujeitos

concreto deve ser satisfeita atendendo à a esforços normais de tração (causados por N

expressão: ou M), a armadura longitudinal de torção deverá


ser adicionada à armadura existente.
VSd T
+ Sd ≤ 1  Em elementos ou regiões de elementos sujeitos
VRd 2 TRd 2
a esforços normais de compressão (causados
 A armadura pode ser calculada
por N ou M), a armadura longitudinal de torção
separadamente e posteriormente somada
poderá ser proporcionalmente reduzida.
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 71

Outras disposições Outras disposições


 O espaçamento mínimo entre estribos,
 O diâmetro da barra que constitui o estribo
medidos segundo o eixo longitudinal do
deve ser maior ou igual à 5mm sem elemento estrutural, deve ser suficiente para
permitir a passagem do vibrador. O
exceder 1/10 da largura da alma da viga.
espaçamento máximo deve atender às
 No caso de estribos formados por telas seguintes recomendações:

soldadas, o diâmetro mínimo pode ser SE, VSd TSd ≤ 0,67 , Smax = 0,6d ≤ 30 cm
VRd,2 TRd,2
reduzido para 4,2mm, desde que sejam
SE, VSd TSd > 0,67 , Smax = 0,3d ≤ 20 cm
tomadas precauções contra corrosão. VRd,2 TRd,2
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 72

6 ANEXOS

6.1 ANEXO I - VIGAS COM SEÇÃO T


Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 73
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 74
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 75

6.2 ANEXO II - TABELAS DE MARCUS

Cálculo de Lajes em Cruz – Marcus


TABELA 1

1 Ly
Mx =
q .lx
2
My = q .lx
2

q x = k x .q
mx my
Lx

ly/lx kx mx my ly/lx kx mx my ly/lx kx mx my


0 ,50 0 ,059 1 69,18 42,29 1,00 0,500 27,43 27,43 1,50 0,835 13,87 31,21
0 ,51 0 ,063 1 58,42 41,20 1,01 0,510 26,89 27,43 1,51 0,839 13,75 31,36
0 ,52 0 ,068 1 48,64 40,19 1,02 0,520 26,37 27,43 1,52 0,842 13,64 31,52
0 ,53 0 ,073 1 39,70 39,24 1,03 0,529 25,87 27,44 1,53 0,846 13,53 31,68
0 ,54 0 ,078 1 31,55 38,36 1,04 0,539 25,38 27,45 1,54 0,849 13,43 31,85
0 ,55 0 ,084 1 24,10 37,53 1,05 0,549 24,91 27,47 1,55 0,852 13,32 32,01
0 ,56 0 ,089 1 17,25 36,77 1,06 0,558 24,46 27,48 1,56 0,855 13,22 32,18
0 ,57 0 ,095 1 10,96 36,05 1,07 0,567 24,02 27,50 1,57 0,859 13,13 32,36
0 ,58 0 ,102 1 05,19 35,38 1,08 0,576 23,60 27,52 1,58 0,862 13,03 32,53
0 ,59 0 ,108 99,86 34,76 1,09 0,585 23,19 27,55 1,59 0,865 12,94 32,71
0 ,60 0 ,115 94,94 34,18 1,10 0,594 22,79 27,57 1,60 0,868 12,85 32,80
0 ,61 0 ,122 90,40 33,64 1,11 0,603 22,41 27,61 1,61 0,870 12,76 33,08
0 ,62 0 ,129 86,20 33,13 1,12 0,611 22,03 27,64 1,62 0,873 12,68 33,27
0 ,63 0 ,136 82,30 32,66 1,13 0,620 21,67 27,67 1,63 0,876 12,59 33,46
0 ,64 0 ,144 78,68 32,23 1,14 0,628 21,32 27,71 1,64 0,878 12,51 33,65
0 ,65 0 ,151 75,32 31,82 1,15 0,636 20,99 27,76 1,65 0,881 12,43 33,85
0 ,66 0 ,159 72,19 31,44 1,16 0,644 20,66 27,80 1,66 0,884 12,35 34,04
0 ,67 0 ,168 69,27 31,09 1,17 0,652 20,34 27,85 1,67 0,886 12,28 34,24
0 ,68 0 ,176 66,54 30,99 1,18 0,660 20,04 27,90 1,68 0,888 12,21 34,45
0 ,69 0 ,185 63,99 30,46 1,19 0,667 19,74 27,95 1,69 0,891 12,13 34,65
0 ,70 0 ,194 61,60 30,18 1,20 0,675 19,45 28,01 1,70 0,893 12,06 34,87
0 ,71 0 ,203 59,37 29,93 1,21 0,682 19,17 28,07 1,71 0,895 12,00 35,08
0 ,72 0 ,212 57,27 29,69 1,22 0,689 18,90 28,13 1,72 0,897 11,93 35,29
0 ,73 0 ,221 55,29 29,47 1,23 0,696 18,64 28,20 1,73 0,899 11,86 35,51
0 ,74 0 ,231 53,44 29,26 1,24 0,703 18,39 28,27 1,74 0,902 11,80 35,73
0 ,75 0 ,240 51,69 29,07 1,25 0,709 18,14 28,34 1,75 0,904 11,74 35,95
0 ,76 0 ,250 50,04 28,90 1,26 0,716 17,90 28,42 1,76 0,906 11,68 36,17
0 ,77 0 ,260 48,48 28,74 1,27 0,722 17,67 28,50 1,77 0,907 11,62 36,40
0 ,78 0 ,270 47,01 28,60 1,28 0,729 17,44 28,58 1,78 0,909 11,56 36,63
0 ,79 0 ,280 45,61 28,46 1,29 0,735 17,23 28,67 1,79 0,911 11,51 36,86
0 ,80 0 ,290 44,29 28,34 1,30 0,741 17,01 28,76 1,80 0,913 11,45 37,10
0 ,81 0 ,301 43,03 28,23 1,31 0,746 16,81 28,85 1,81 0,915 11,40 37,33
0 ,82 0 ,311 41,84 28,13 1,32 0,752 16,61 28,94 1,82 0,916 11,34 37,58
0 ,83 0 ,322 40,70 28,04 1,33 0,758 16,42 29,04 1,83 0,918 11,29 37,82
0 ,84 0 ,332 39,62 27,96 1,34 0,763 16,23 29,14 1,84 0,920 11,24 38,06
0 ,85 0 ,343 38,59 27,88 1,35 0,769 16,05 29,25 1,85 0,921 11,19 38,31
0 ,86 0 ,354 37,61 27,81 1,36 0,774 15,87 29,36 1,86 0,923 11,15 38,56
0 ,87 0 ,364 36,67 27,75 1,37 0,779 15,70 29,47 1,87 0,924 11,10 38,81
0 ,88 0 ,375 35,77 27,70 1,38 0,784 15,53 29,58 1,88 0,926 11,05 39,07
0 ,89 0 ,385 34,91 27,65 1,39 0,789 15,37 29,70 1,89 0,927 11,01 39,32
0 ,90 0 ,396 34,09 27,61 1,40 0,793 15,21 29,82 1,90 0,929 10,96 39,58
0 ,91 0 ,407 33,30 27,57 1,41 0,798 15,06 29,95 1,91 0,930 10,92 39,84
0 ,92 0 ,417 32,54 27,54 1,42 0,803 14,91 30,07 1,92 0,931 10,88 40,10
0 ,93 0 ,428 31,81 27,51 1,43 0,807 14,77 30,20 1,93 0,933 10,84 40,37
0 ,94 0 ,438 31,11 27,49 1,44 0,811 14,63 30,34 1,94 0,934 10,80 40,63
0 ,95 0 ,449 30,44 27,47 1,45 0,815 14,49 30,47 1,95 0,935 10,76 40,91
0 ,96 0 ,459 29,79 27,45 1,46 0,820 14,36 30,61 1,96 0,936 10,72 41,18
0 ,97 0 ,469 29,17 27,44 1,47 0,824 14,23 30,76 1,97 0,938 10,68 41,45
0 ,98 0 ,480 28,57 27,43 1,48 0,827 14,11 30,90 1,98 0,939 10,64 41,73
0 ,99 0 ,490 27,99 27,43 1,49 0,831 13,99 31,05 1,99 0,940 10,60 42,01
1 ,00 0 ,500 27,43 27,43 1,50 0,835 13,87 31,21 2,00 0,941 10,57 42,29
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 76

Cálculo de Lajes em Cruz – Marcus


TABELA 2

2 Ly
Mx =
q .lx 2 My = q .lx
2
Xx =
q .lx
2
q x = k x .q
mx my nx
Lx

ly/lx kx mx nx my ly/lx kx mx nx my
0,50 0,135 140,93 59,20 45,13 1,00 0,714 29,93 11,20 36,74
0,51 0,145 132,95 55,31 44,11 1,02 0,730 29,02 10,96 37,19
0,52 0,154 125,68 51,77 43,22 1,04 0,745 28,18 10,73 37,68
0,53 0,165 119,03 48,56 42,38 1,06 0,759 27,41 10,53 38,19
0,54 0,175 112,94 45,64 41,60 1,08 0,773 26,69 10,35 38,74
0,55 0,186 107,35 42,97 40,88 1,10 0,785 26,02 10,18 39,31
0,56 0,197 102,20 40,54 40,21 1,12 0,797 25,40 10,03 39,92
0,57 0,209 97,46 38,32 39,60 1,14 0,808 24,83 9,89 40,55
0,58 0,220 93,08 36,28 39,03 1,16 0,819 24,29 9,77 41,21
0,59 0,232 89,03 34,41 38,51 1,18 0,829 23,79 9,65 41,90
0,60 0,245 85,28 32,69 38,04 1,20 0,838 23,33 9,45 42,62
0,61 0,257 81,79 31,11 37,60 1,22 0,847 22,89 9,44 43,36
0,62 0,270 78,55 29,66 37,20 1,24 0,855 22,49 9,35 44,13
0,63 0,282 75,53 28,31 36,83 1,26 0,863 22,11 9,27 44,93
0,64 0,295 72,71 27,07 36,49 1,28 0,870 21,75 9,19 45,75
0,65 0,308 70,07 25,93 36,19 1,30 0,877 21,42 9,12 46,59
0,66 0,322 67,60 24,86 35,92 1,32 0,884 21,11 9,05 47,46
0,67 0,335 65,28 23,88 35,67 1,34 0,889 20,82 8,99 48,34
0,68 0,348 63,10 22,97 35,44 1,36 0,895 20,54 8,93 49,26
0,69 0,362 61,05 22,12 35,25 1,38 0,901 20,28 8,88 50,20
0,70 0,375 59,12 21,33 35,07 1,40 0,906 20,04 8,83 51,15
0,71 0,388 57,30 20,59 34,92 1,42 0,910 19,81 8,79 52,14
0,72 0,402 55,58 19,91 34,78 1,44 0,915 19,59 8,74 53,14
0,73 0,415 53,95 19,27 34,67 1,46 0,919 19,39 8,70 54,16
0,74 0,428 52,41 18,67 34,57 1,48 0,923 19,20 8,67 55,21
0,75 0,442 50,94 18,11 34,50 1,50 0,927 19,01 8,63 56,28
0,76 0,455 49,56 17,59 34,44 1,52 0,930 18,84 8,60 57,36
0,77 0,468 48,24 17,10 34,39 1,54 0,934 18,68 8,57 58,47
0,78 0,481 46,98 16,64 34,36 1,56 0,937 18,52 8,54 59,60
0,79 0,493 45,79 16,21 34,35 1,58 0,940 18,37 8,51 60,74
0,80 0,506 44,65 15,81 34,35 1,60 0,942 18,23 8,49 61,91
0,81 0,518 43,56 15,43 34,36 1,62 0,945 18,10 8,46 63,11
0,82 0,531 42,53 15,08 34,39 1,64 0,948 17,97 8,44 64,31
0,83 0,543 41,54 14,74 34,42 1,66 0,950 17,85 8,42 65,53
0,84 0,554 40,60 14,43 34,48 1,68 0,952 17,74 8,40 66,78
0,85 0,566 39,69 14,13 34,54 1,70 0,954 17,63 8,38 68,04
0,86 0,578 38,83 13,85 34,62 1,72 0,956 17,52 8,36 69,33
0,87 0,589 38,01 13,59 34,70 1,74 0,958 17,42 8,35 70,63
0,88 0,600 97,22 13,34 34,80 1,76 0,960 17,33 8,33 71,96
0,89 0,611 96,46 13,10 34,91 1,78 0,962 17,25 8,32 73,30
0,90 0,621 95,73 12,88 35,03 1,80 0,963 17,15 8,30 74,65
0,91 0,632 35,04 12,67 35,16 1,82 0,965 17,07 8,29 76,03
0,92 0,642 34,37 12,47 35,29 1,84 0,966 16,99 8,28 77,42
0,93 0,652 33,73 12,28 35,44 1,86 0,968 16,91 8,27 78,85
0,94 0,661 33,12 12,10 35,60 1,88 0,969 16,84 8,26 80,27
0,95 0,671 32,53 11,93 35,77 1,90 0,970 16,77 8,24 81,73
0,96 0,680 31,97 11,77 35,95 1,92 0,971 16,70 8,23 83,18
0,97 0,689 31,43 11,61 36,13 1,94 0,972 16,64 8,23 84,67
0,98 0,697 30,91 11,47 36,33 1,96 0,974 16,57 8,22 86,19
0,99 0,706 30,41 11,33 36,53 1,98 0,975 16,51 8,21 87,70
1,00 0,714 29,93 11,20 36,74 2,00 0,976 16,46 8,20 89,22
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 77

Cálculo de Lajes em Cruz – Marcus


TABELA 3

3 Ly
Mx =
q .lx2 My = q .lx
2
Xx =
q .lx 2 Xy = q .lx 2
q x = k x .q
mx my nx ny
Lx

ly/lx kx mx nx my ny ly/lx kx mx nx my ny
1,00 0,500 37,14 16,00 37,14 16,00 1,50 0,835 20,61 9,58 46,38 21,55
1,01 0,510 36,42 15,69 37,15 16,00 1,51 0,839 20,49 9,54 46,71 21,75
1,02 0,520 35,72 15,39 37,16 16,01 1,52 0,842 20,36 9,50 47,05 21,94
1,03 0,529 35,05 15,11 37,19 16,03 1,53 0,846 20,24 9,46 47,38 22,14
1,04 0,539 34,42 14,84 37,22 16,05 1,54 0,849 20,12 9,42 47,73 22,34
1,05 0,549 33,81 14,58 37,27 16,08 1,55 0,852 20,01 9,39 48,07 22,55
1,06 0,558 33,21 14,34 27,32 16,11 1,56 0,855 19,90 9,35 48,43 22,76
1,07 0,567 32,65 14,10 37,38 16,15 1,57 0,859 19,79 9,32 48,78 22,96
1,08 0,576 32,11 13,88 37,45 16,19 1,58 0,862 19,69 9,28 49,14 23,17
1,09 0,585 31,59 13,67 37,53 16,24 1,59 0,865 19,58 9,25 49,51 23,09
1,10 0,594 31,09 13,46 37,61 16,29 1,60 0,868 19,48 9,22 49,88 23,60
1,11 0,603 30,61 13,27 37,71 16,35 1,61 0,870 19,39 9,19 50,25 23,82
1,12 0,611 30,14 13,08 37,81 16,41 1,62 0,873 19,29 9,16 52,63 24,04
1,13 0,620 29,70 12,91 37,92 16,48 1,63 0,876 19,20 9,13 51,01 24,26
1,14 0,628 29,27 12,74 38,04 16,55 1,64 0,878 19,11 9,11 51,40 24,49
1,15 0,636 28,85 12,57 38,16 16,63 1,65 0,881 19,02 9,08 51,79 24,72
1,16 0,644 28,46 12,42 38,29 16,71 1,66 0,884 18,94 9,05 52,19 24,95
1,17 0,652 28,08 12,27 38,43 16,79 1,67 0,886 18,86 9,03 52,58 25,18
1,18 0,660 27,71 12,13 38,58 16,88 1,68 0,888 18,77 9,00 52,99 25,41
1,19 0,667 27,35 11,99 38,73 16,98 1,69 0,891 18,70 8,98 53,39 25,65
1,20 0,674 27,00 11,85 38,89 17,07 1,70 0,893 18,62 8,96 53,81 25,89
1,21 0,682 26,68 11,73 39,06 17,18 1,71 0,895 18,54 8,93 54,22 26,13
1,22 0,690 26,36 11,61 39,23 17,28 1,72 0,897 18,47 8,91 54,64 26,37
1,23 0,696 26,05 11,49 39,41 17,39 1,73 0,899 18,40 8,89 55,07 26,61
1,24 0,703 25,75 11,38 39,59 17,50 1,74 0,902 18,33 8,87 55,49 26,86
1,25 0,709 25,46 11,28 39,78 17,62 1,75 0,904 18,26 8,85 55,92 27,11
1,26 0,716 25,18 11,17 39,98 17,74 1,76 0,906 18,18 8,83 56,36 27,36
1,27 0,722 24,92 11,07 40,19 17,86 1,77 0,907 18,13 8,81 56,80 27,61
1,28 0,729 24,66 10,98 40,40 17,99 1,78 0,909 18,07 8,80 57,24 27,87
1,29 0,735 24,40 10,89 40,61 18,12 1,79 0,911 18,00 8,78 57,68 28,13
1,30 0,741 24,16 10,80 40,83 18,25 1,80 0,913 17,94 8,76 58,14 28,39
1,31 0,746 23,93 10,72 41,06 18,39 1,81 0,915 17,88 8,74 58,59 28,65
1,32 0,752 23,70 10,63 41,29 18,53 1,82 0,916 17,83 8,73 59,05 28,91
1,33 0,758 23,48 10,56 41,53 18,67 1,83 0,918 17,77 8,71 59,51 29,18
1,34 0,763 23,26 10,48 41,77 18,82 1,84 0,920 17,72 8,70 59,97 29,44
1,35 0,769 23,06 10,41 42,02 18,97 1,85 0,921 17,66 8,68 60,44 29,72
1,36 0,774 22,86 10,34 42,28 19,12 1,86 0,923 17,61 8,67 60,92 29,99
1,37 0,779 22,66 10,27 42,54 19,28 1,87 0,924 17,56 8,65 61,39 30,26
1,38 0,784 22,48 10,21 42,80 19,43 1,88 0,926 17,51 8,64 61,88 30,54
1,39 0,789 22,29 10,14 43,07 19,60 1,89 0,927 17,46 8,63 62,36 30,81
1,40 0,793 22,12 10,08 43,35 19,76 1,90 0,929 17,41 8,61 62,85 31,09
1,41 0,798 21,95 10,02 43,63 19,93 1,91 0,930 17,36 8,60 63,34 31,38
1,42 0,803 21,78 9,97 43,92 20,10 1,92 0,931 17,32 8,59 63,83 31,66
1,43 0,807 21,62 9,91 44,21 20,27 1,93 0,933 17,27 8,58 64,33 31,94
1,44 0,811 21,46 9,86 44,50 20,45 1,94 0,934 17,23 8,56 64,83 32,23
1,45 0,815 21,31 9,81 44,80 20,62 1,95 0,935 17,18 8,55 65,34 32,52
1,46 0,820 21,16 9,76 45,11 20,80 1,96 0,936 17,14 8,54 65,84 32,81
1,47 0,824 21,02 9,71 45,42 20,99 1,97 0,938 17,10 8,53 66,36 33,10
1,48 0,827 20,88 9,67 45,74 21,17 1,98 0,939 17,06 8,52 66,88 33,40
1,49 0,831 20,75 9,62 46,06 21,36 1,99 0,940 17,02 8,51 67,39 33,70
1,50 0,835 20,61 9,38 46,38 21,55 2,00 0,941 16,93 8,50 67,92 34,00
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 78

Cálculo de Lajes em Cruz – Marcus


TABELA 4

4 Ly
Mx =
q .lx
2
My = q .lx
2
Xx =
q .lx
2

q x = k x .q
mx my nx
Lx

ly/lx kx mx nx my ly/lx kx mx nx my
0,50 0,238 137,06 50,40 49,92 1,00 0,833 37,47 14,40 55,74
0,51 0,253 130,06 47,48 49,11 1,02 0,844 36,71 14,22 57,01
0,52 0,268 123,66 44,83 48,38 1,04 0,854 36,00 14,05 58,33
0,53 0,283 117,79 42,42 47,72 1,06 0,863 35,34 13,90 59,70
0,54 0,298 112,39 40,23 47,13 1,08 0,872 34,74 13,76 61,12
0,55 0,314 107,42 38,23 46,60 1,10 0,880 34,18 13,64 62,59
0,56 0,330 102,83 36,40 46,13 1,12 0,887 33,66 13,52 64,10
0,57 0,345 98,59 34,74 45,72 1,14 0,894 33,18 13,42 65,66
0,58 0,361 94,67 33,21 45,35 1,16 0,900 32,74 13,32 67,26
0,59 0,377 91,02 31,81 45,04 1,18 0,906 32,32 13,24 68,91
0,60 3,930 87,62 30,52 44,77 1,20 0,912 31,93 13,16 70,60
0,61 0,409 84,46 29,33 44,54 1,22 0,917 31,57 13,08 72,33
0,62 0,425 81,51 28,24 44,35 1,24 0,922 31,23 13,01 74,11
0,63 0,441 78,76 27,24 44,21 1,26 0,926 30,92 12,95 75,92
0,64 0,456 76,18 26,30 44,10 1,28 0,931 30,62 12,89 77,78
0,65 0,472 73,76 25,45 44,02 1,30 0,934 30,34 12,84 79,66
0,66 0,487 71,49 24,65 43,98 1,32 0,938 30,08 12,79 81,60
0,67 0,502 69,36 23,91 47,97 1,34 0,942 29,83 12,74 83,58
0,68 0,517 67,36 23,22 43,98 1,36 0,945 29,60 12,70 85,58
0,69 0,531 65,47 22,59 44,03 1,38 0,948 29,39 12,66 87,63
0,70 0,545 63,69 22,00 44,11 1,40 0,950 29,18 12,62 89,72
0,71 0,559 62,01 21,44 44,21 1,42 0,953 28,99 12,59 91,84
0,72 0,573 60,42 20,93 44,34 1,44 0,955 28,80 12,56 94,01
0,73 0,587 58,92 20,45 44,49 1,46 0,958 28,63 12,53 96,20
0,74 0,600 57,51 20,00 44,66 1,48 0,960 28,47 12,50 98,45
0,75 0,613 56,16 19,38 44,86 1,50 0,962 28,31 12,47 100,72
0,76 0,625 54,89 19,19 45,08 1,52 0,964 28,16 12,45 103,02
0,77 0,637 53,69 18,83 45,33 1,54 0,966 28,02 12,43 105,38
0,78 0,649 52,54 18,48 45,59 1,56 0,967 27,89 12,40 107,76
0,79 0,661 51,46 18,16 45,87 1,58 0,969 27,76 12,38 110,16
0,80 0,672 50,42 17,86 46,17 1,60 0,970 27,64 12,37 112,61
0,81 0,683 49,44 17,57 46,30 1,62 0,972 27,53 12,35 115,12
0,82 0,693 48,51 17,31 46,84 1,64 0,973 27,42 12,33 117,62
0,83 0,703 47,62 17,06 47,20 1,66 0,974 27,31 12,32 120,17
0,84 0,713 46,78 16,82 47,57 1,68 0,975 27,21 12,30 122,76
0,85 0,723 45,97 16,60 47,97 1,70 0,977 27,12 12,29 125,41
0,86 0,732 45,21 16,39 48,38 1,72 0,978 27,03 12,27 128,04
0,87 0,741 44,48 16,19 48,81 1,74 0,979 26,94 12,26 130,75
0,88 0,750 43,78 16,00 49,25 1,76 0,800 26,86 12,25 133,50
0,89 0,758 43,12 15,82 49,71 1,78 0,980 26,78 12,24 136,24
0,90 0,766 42,48 15,66 50,19 1,80 0,981 26,70 12,23 139,05
0,91 0,774 41,87 15,50 50,68 1,82 0,982 26,63 12,22 141,85
0,92 0,782 41,30 15,35 51,18 1,84 0,983 26,56 12,21 144,78
0,93 0,789 40,74 15,21 51,50 1,86 0,983 26,49 12,20 147,65
0,94 0,796 40,21 15,07 52,24 1,88 0,984 26,43 12,19 150,60
0,95 0,803 39,70 14,95 52,78 1,90 0,985 26,37 12,18 153,54
0,96 0,809 39,22 14,82 53,35 1,92 0,985 26,31 12,18 156,53
0,97 0,816 38,75 14,72 53,92 1,94 0,986 26,25 12,17 159,56
0,98 0,822 38,31 14,60 54,52 1,96 0,987 26,19 12,16 162,60
0,99 0,828 37,88 14,50 55,12 1,98 0,987 26,14 12,16 165,75
1,00 0,833 37,47 14,40 55,74 2,00 0,988 26,09 12,15 168,89
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 79

Cálculo de Lajes em Cruz – Marcus


TABELA 5

5 Ly
Mx =
q .lx2 My = q .lx
2
Xx =
q .lx2 Xy = q .lx 2
q x = k x .q
mx my nx ny

Lx

ly/l x kx mx nx my ny ly/lx kx mx nx my ny
0,50 0,111 246,52 108,00 71,43 36,00 1,00 0,667 44,18 18,00 50,56 24,00
0,51 0,119 230,76 100,70 69,53 34,92 1,02 0,684 42,92 17,54 51,14 24,33
0,52 0,127 216,51 95,07 67,77 33,91 1,04 0,700 41,77 17,13 51,76 24,70
0,53 0,136 203,52 88,05 66,13 32,97 1,06 0,716 40,71 16,75 52,44 25,10
0,54 0,145 191,66 82,56 64,60 32,10 1,08 0,731 39,74 16,41 53,18 25,52
0,55 0,155 180,83 77,57 63,18 31,29 1,10 0,745 38,84 16,10 53,95 25,97
0,56 0,164 170,91 73,01 61,86 30,53 1,12 0,759 38,01 15,81 54,78 26,45
0,57 0,174 161,79 68,84 60,63 29,82 1,14 0,772 37,25 15,55 55,64 26,95
0,58 0,184 153,42 65,02 59,49 29,16 1,16 0,784 36,54 15,31 56,55 27,47
0,59 0,195 145,72 61,52 58,42 28,55 1,18 0,795 35,88 15,09 57,50 28,02
0,60 0,206 138,61 58,30 57,43 27,98 1,20 0,806 35,27 14,89 58,50 28,59
0,61 0,217 132,05 55,34 56,52 27,45 1,22 0,816 34,70 14,71 59,53 29,19
0,62 0,228 125,98 52,61 55,67 26,96 1,24 0,825 34,17 14,54 60,60 29,80
0,63 0,239 120,36 50,09 54,88 26,51 1,26 0,834 33,68 14,38 61,71 30,44
0,64 0,251 115,15 47,76 54,15 26,08 1,28 0,843 33,22 14,23 62,85 31,10
0,65 0,263 110,30 45,61 53,48 25,69 1,30 0,851 32,79 14,10 64,03 31,77
0,66 0,275 105,81 43,62 52,85 25,33 1,32 0,859 32,38 13,98 65,25 32,47
0,67 0,287 101,61 41,77 52,28 25,00 1,34 0,866 32,01 13,86 66,50 33,18
0,68 0,299 97,70 40,06 51,76 24,70 1,36 0,872 31,65 13,75 66,78 33,92
0,69 0,312 94,06 38,47 51,28 24,42 1,38 0,879 31,02 13,65 69,10 34,67
0,70 0,324 90,65 36,99 50,84 24,17 1,40 0,885 31,01 13,56 70,45 35,44
0,71 0,337 87,46 35,61 50,45 23,93 1,42 0,890 30,72 13,47 71,83 36,23
0,72 0,349 84,48 34,33 50,09 23,73 1,44 0,896 30,44 13,39 73,24 37,03
0,73 0,362 81,68 33,13 49,77 23,54 1,46 0,901 30,18 13,32 74,69 37,86
0,74 0,375 82,05 32,48 49,05 23,37 1,48 0,906 29,94 13,25 76,17 38,70
0,75 0,387 76,58 30,96 49,23 23,22 1,50 0,910 29,71 13,18 77,67 39,55
0,76 0,400 74,26 29,98 49,00 23,09 1,52 0,914 29,49 13,12 79,20 40,43
0,77 0,413 72,08 29,07 48,81 22,98 1,54 0,918 29,28 13,07 80,77 41,32
0,78 0,425 70,02 28,21 48,65 22,88 1,56 0,922 29,09 13,01 82,36 12,22
0,79 0,438 68,08 27,40 48,51 22,80 1,58 0,926 28,90 12,96 83,98 43,14
0,80 0,450 66,24 26,65 48,40 22,74 1,60 0,929 28,73 12,91 85,64 44,08
0,81 0,463 64,51 25,94 48,32 22,69 1,62 0,932 28,56 12,87 87,31 45,03
0,82 0,475 62,88 25,27 48,26 22,65 1,64 0,935 28,40 12,83 89,02 46,00
0,83 0,487 61,33 24,64 48,22 22,63 1,66 0,938 28,25 12,79 90,77 46,99
0,84 0,499 59,86 24,05 48,21 22,63 1,68 0,941 28,11 12,75 92,52 47,98
0,85 0,511 58,47 23,49 48,22 22,63 1,70 0,943 27,97 12,72 94,32 49,00
0,86 0,522 57,15 22,97 48,25 22,65 1,72 0,946 27,84 12,68 96,13 50,03
0,87 0,543 55,90 22,47 48,30 22,68 1,74 0,948 27,72 12,65 97,98 51,08
0,88 0,545 54,71 22,00 48,37 22,72 1,76 0,950 27,60 12,62 99,86 52,14
0,89 0,558 53,58 21,56 48,46 22,77 1,78 0,952 27,49 12,60 101,75 53,21
0,90 0,567 52,51 21,14 48,57 22,84 1,80 0,954 27,38 12,57 103,68 54,30
0,91 0,578 51,49 20,75 48,69 22,91 1,82 0,956 27,28 12,55 105,63 55,41
0,92 0,589 50,51 20,37 48,83 22,99 1,84 0,958 27,18 12,52 107,62 56,63
0,93 0,599 49,59 20,02 48,99 23,09 1,86 0,960 27,09 12,50 109,63 57,67
0,94 0,610 48,70 19,68 49,17 23,19 1,88 0,961 27,00 12,48 111,65 58,81
0,95 0,620 47,86 19,37 49,06 13,30 1,90 0,963 26,91 12,46 110,71 59,97
0,96 0,629 47,06 19,06 49,57 23,42 1,92 0,964 26,83 12,44 115,79 61,15
0,97 0,639 46,29 18,78 49,80 23,56 1,94 0,966 26,75 12,42 117,89 62,33
0,98 0,648 45,55 18,50 50,04 23,70 1,96 0,967 26,68 12,41 120,04 63,55
0,99 0,658 44,85 18,25 50,29 23,84 1,98 0,968 26,61 12,39 122,19 64,76
1,00 0,667 44,18 18,00 50,56 24,00 2,00 0,970 26,54 12,37 124,35 65,98
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 80
Concreto Armado II
Professor: Jackson Antonio Carelli 81

6.3 ANEXO III – TABELAS DIVERSAS

TABELA DE COEFICENTES K - CONCRETO ARMADO I - Prof. Jackson Antonio Carelli


bw ⋅ d2 ka ⋅ M d
km = As = γ s = 1,15 γ c = 1,4
Md d
km km km km km km km km
Def Def Ka
ky kz Psi fck fck fck fck fck fck fck fck
Com Aço
150 200 250 300 350 400 450 500 CA25 CA 50 CA 60

0,01 0,995 0,13 10,00 0,077 14249,6 10687,2 8549,8 7124,8 6107,0 5343,6 4749,9 4274,9 0,462 0,231 0,193
0,02 0,990 0,26 10,00 0,153 3615,0 2711,2 2169,0 1807,5 1549,3 1355,6 1205,0 1084,5 0,465 0,232 0,194
0,03 0,985 0,39 10,00 0,228 1632,0 1224,0 979,2 816,0 699,4 612,0 544,0 489,6 0,467 0,234 0,195
0,04 0,980 0,53 10,00 0,300 933,4 700,1 560,1 466,7 400,0 350,0 311,1 280,0 0,469 0,235 0,196
0,05 0,975 0,67 10,00 0,370 608,1 456,1 364,9 304,1 260,6 228,1 202,7 182,4 0,472 0,236 0,197
0,06 0,970 0,81 10,00 0,438 430,5 322,9 258,3 215,2 184,5 161,4 143,5 129,1 0,474 0,237 0,198
0,07 0,965 0,96 10,00 0,504 322,8 242,1 193,7 161,4 138,4 121,1 107,6 96,8 0,477 0,238 0,199
0,08 0,960 1,11 10,00 0,566 252,7 189,5 151,6 126,3 108,3 94,8 84,2 75,8 0,479 0,240 0,200
0,09 0,955 1,27 10,00 0,625 204,4 153,3 122,7 102,2 87,6 76,7 68,1 61,3 0,482 0,241 0,201
0,1 0,950 1,43 10,00 0,680 169,9 127,4 101,9 85,0 72,8 63,7 56,6 51,0 0,484 0,242 0,202
0,11 0,945 1,59 10,00 0,732 144,4 108,3 86,6 72,2 61,9 54,1 48,1 43,3 0,487 0,243 0,203
0,12 0,940 1,76 10,00 0,779 125,0 93,8 75,0 62,5 53,6 46,9 41,7 37,5 0,489 0,245 0,204
0,13 0,935 1,94 10,00 0,821 110,1 82,6 66,1 55,0 47,2 41,3 36,7 33,0 0,492 0,246 0,205
0,14 0,930 2,12 10,00 0,857 98,4 73,8 59,0 49,2 42,2 36,9 32,8 29,5 0,495 0,247 0,206
0,15 0,925 2,31 10,00 0,889 89,0 66,8 53,4 44,5 38,2 33,4 29,7 26,7 0,497 0,249 0,207
0,16 0,920 2,50 10,00 0,917 81,4 61,0 48,8 40,7 34,9 30,5 27,1 24,4 0,500 0,250 0,208
0,17 0,915 2,70 10,00 0,941 75,0 56,3 45,0 37,5 32,1 28,1 25,0 22,5 0,503 0,251 0,209
0,18 0,910 2,90 10,00 0,963 69,6 52,2 41,8 34,8 29,8 26,1 23,2 20,9 0,505 0,253 0,211
0,19 0,905 3,11 10,00 0,982 65,0 48,7 39,0 32,5 27,9 24,4 21,7 19,5 0,508 0,254 0,212
0,2 0,900 3,33 10,00 1,000 61,0 45,8 36,6 30,5 26,1 22,9 20,3 18,3 0,511 0,256 0,213
0,21 0,895 3,50 9,83 1,000 58,4 43,8 35,1 29,2 25,0 21,9 19,5 17,5 0,514 0,257 0,214
0,22 0,890 3,50 9,23 1,000 56,1 42,1 33,6 28,0 24,0 21,0 18,7 16,8 0,517 0,258 0,215
0,23 0,885 3,50 8,67 1,000 53,9 40,5 32,4 27,0 23,1 20,2 18,0 16,2 0,520 0,260 0,217
0,24 0,880 3,50 8,17 1,000 52,0 39,0 31,2 26,0 22,3 19,5 17,3 15,6 0,523 0,261 0,218
0,25 0,875 3,50 7,70 1,000 50,2 37,6 30,1 25,1 21,5 18,8 16,7 15,1 0,526 0,263 0,219
0,26 0,870 3,50 7,27 1,000 48,5 36,4 29,1 24,3 20,8 18,2 16,2 14,6 0,529 0,264 0,220
0,27 0,865 3,50 6,87 1,000 47,0 35,3 28,2 23,5 20,1 17,6 15,7 14,1 0,532 0,266 0,222
0,28 0,860 3,50 6,50 1,000 45,6 34,2 27,4 22,8 19,5 17,1 15,2 13,7 0,535 0,267 0,223
0,29 0,855 3,50 6,16 1,000 44,3 33,2 26,6 22,1 19,0 16,6 14,8 13,3 0,538 0,269 0,224
0,3 0,850 3,50 5,83 1,000 43,1 32,3 25,8 21,5 18,5 16,1 14,4 12,9 0,541 0,271 0,225
0,31 0,845 3,50 5,53 1,000 41,9 31,4 25,2 21,0 18,0 15,7 14,0 12,6 0,544 0,272 0,227
0,32 0,840 3,50 5,25 1,000 40,8 30,6 24,5 20,4 17,5 15,3 13,6 12,3 0,548 0,274 0,228
0,33 0,835 3,50 4,98 1,000 39,8 29,9 23,9 19,9 17,1 14,9 13,3 12,0 0,551 0,275 0,230
0,34 0,830 3,50 4,74 1,000 38,9 29,2 23,3 19,5 16,7 14,6 13,0 11,7 0,554 0,277 0,231
0,35 0,825 3,50 4,50 1,000 38,0 28,5 22,8 19,0 16,3 14,3 12,7 11,4 0,558 0,279 0,232
0,36 0,820 3,50 4,28 1,000 37,2 27,9 22,3 18,6 15,9 13,9 12,4 11,2 0,561 0,280 0,234
0,37 0,815 3,50 4,07 1,000 36,4 27,3 21,8 18,2 15,6 13,7 12,1 10,9 0,564 0,282 0,235
0,38 0,810 3,50 3,87 1,000 35,7 26,8 21,4 17,8 15,3 13,4 11,9 10,7 0,568 0,284 0,237
0,39 0,805 3,50 3,68 1,000 35,0 26,2 21,0 17,5 15,0 13,1 11,7 10,5 0,571 0,286 0,238
0,4 0,800 3,50 3,50 1,000 34,3 25,7 20,6 17,2 14,7 12,9 11,4 10,3 0,575 0,288 0,240
0,41 0,795 3,50 3,33 1,000 33,7 25,3 20,2 16,8 14,4 12,6 11,2 10,1 0,579 0,289 0,241
0,42 0,790 3,50 3,17 1,000 33,1 24,8 19,9 16,5 14,2 12,4 11,0 9,9 0,582 0,291 0,243
0,43 0,785 3,50 3,01 1,000 32,5 24,4 19,5 16,3 13,9 12,2 10,8 9,8 0,586 0,293 0,244
0,44 0,780 3,50 2,86 1,000 32,0 24,0 19,2 16,0 13,7 12,0 10,7 9,6 0,590 0,295 0,246
0,45 0,775 3,50 2,72 1,000 31,5 23,6 18,9 15,7 13,5 11,8 10,5 9,4 0,594 0,297 0,247
0,46 0,770 3,50 2,59 1,000 31,0 23,3 18,6 15,5 13,3 11,6 10,3 9,3 0,597 0,299 0,249
0,47 0,765 3,50 2,46 1,000 30,5 22,9 18,3 15,3 13,1 11,5 10,2 9,2 0,601 0,301 0,251
0,48 0,760 3,50 2,33 1,000 30,1 22,6 18,1 15,0 12,9 11,3 10,0 9,0 0,605 0,303
0,49 0,755 3,50 2,21 1,000 29,7 22,3 17,8 14,8 12,7 11,1 9,9 8,9 0,609 0,305
0,5 0,750 3,50 2,10 1,000 29,3 22,0 17,6 14,6 12,5 11,0 9,8 8,8 0,613 0,307
0,51 0,745 3,50 1,99 1,000 28,9 21,7 17,3 14,4 12,4 10,8 9,6 8,7 0,617
0,52 0,740 3,50 1,88 1,000 28,5 21,4 17,1 14,3 12,2 10,7 9,5 8,6 0,622
0,53 0,735 3,50 1,78 1,000 28,2 21,1 16,9 14,1 12,1 10,6 9,4 8,5 0,626
0,54 0,730 3,50 1,69 1,000 27,9 20,9 16,7 13,9 11,9 10,4 9,3 8,4 0,630
0,55 0,725 3,50 1,59 1,000 27,5 20,7 16,5 13,8 11,8 10,3 9,2 8,3 0,634
0,56 0,720 3,50 1,50 1,000 27,2 20,4 16,3 13,6 11,7 10,2 9,1 8,2 0,639
0,57 0,715 3,50 1,41 1,000 26,9 20,2 16,2 13,5 11,5 10,1 9,0 8,1 0,643
0,58 0,710 3,50 1,33 1,000 26,7 20,0 16,0 13,3 11,4 10,0 8,9 8,0 0,648
0,59 0,705 3,50 1,25 1,000 26,4 19,8 15,8 13,2 11,3 9,9 8,8 7,9 0,652
0,6 0,700 3,50 1,17 1,000 26,1 19,6 15,7 13,1 11,2 9,8 8,7 7,8 0,657
0,61 0,695 3,50 1,09 1,000 25,9 19,4 15,5 13,0 11,1 9,7 8,6 7,8 0,662
0,62 0,690 3,50 1,02 1,000 25,7 19,3 15,4 12,8 11,0 9,6 8,6 7,7 0,667
Concreto Armado II
Professor:
ofessor: Jackson Antonio Carelli 82
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Concreto Armado II
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