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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO-


ELETRÔNICA - DASE
COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT

PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS

Prof. JOSÉ ADERALDO LOPES

Recife, março de 2009

Prof. José Aderaldo Lopes


Av. Prof. Luiz Freire, 500
Cidade Universitária – Recife – PE
Fone: (81) 2125-1729
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APRESENTAÇÃO

Esta apostilha apresenta o conteúdo da disciplina proteção de sistemas elétricos do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IF-PE .
No primeiro capitulo é mostrada uma visão geral de um sistema de potência, seus principais
componentes e os problemas que podem ocorrem na sua operação.
No segundo capitulo são apresentados os conceitos básicos de um sistema de proteção, destacando a
definição, os requisitos básicos, o planejamento e a classificação.
Os componentes de um sistema de proteção, tais como: transformadores de instrumentos, disjuntor,
religador, seccionalizador e chave/elo fusível são apresentados no terceiro capitulo.
No quarto capitulo são apresentados os relés, suas características gerais, definição, classificação,
codificação, princípio de funcionamento do relé elementar, qualidades requeridas de um relé.
Finalizando o capitulo são apresentados de forma resumida os seguintes relés: relé de sobrecorrente,
relé de tensão,
te nsão, relé de sobrecorrente direcional,
direcional, relé diferencial e relé de distância.
Ressaltamos que a apostila apresenta os conteúdos de proteção desejáveis para formação de um
técnico de nível médio, se necessário conhecimento adicional sobre o assunto recomendamos a
leitura das referências bibliográficas relacionadas no final dos capítulos.

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ÍNDICE
1. Sistema elétrico de potência 6
1.1. Objetivo 6
1.2. Partes componentes de um sistema elétrico de potência 6
1.3. Principais problemas que podem ocorrer na operação de um sistema elétrico de potência 8
1.4. Exercícios 8
1.5 Bibliografia 8
2. Sistema de proteção 9
2,1. Objetivo 9
2.2. Princípios gerais dos sistemas de proteção 9
2.3. Requisitos básicos de um sistema de proteção 9
2.4. Planejamento de sistemas de proteção 10
2.5. Classificação dos sistemas de proteção 11
2.6. Exercícios 13
2.7 Bibliografia 14
3. Componentes de um sistema de proteção 15
3.1. Transformadores de instrumentos 15
3.2. Disjuntor 44
3.3. Religador 48
3.4. Seccionalizador 53
3.5. Chave e elo fusível 59
4. Relés Básicos 68
4.1. Introdução 68
4.2. Gerações de relés 68
4.3. Características gerais dos relés 70
4.4. Relé elementar 73
4.5. Relé de indução a disco 75
4.6. Equação universal do relé eletromecânico 76
4.7. Relé de sobrecorrente 77
4.8. Relé de tensão 78
4.9. Relé de sobrecorrente direcional 79
4.10. Relé diferencial 81
4.11. Relé de distância 82
4.12. Exercícios 84
4.13. Bibliografia 85

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1. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA


1.1 OBJETIVO
O sistema elétrico de potência tem como finalidade suprir continuamente de energia os clientes a ele
conectado, com qualidade e a um preço justo.

A qualidade de energia elétrica está associada à amplitude constante da tensão nominal ou da tensão
de contratada, forma de onda da tensão senoidal, com freqüência de 60Hz e continuidade de
serviços, isto é menor número de interrupções possível.
Os princípios que norteiam a qualidade de energia exigida às concessionárias de energia de elétrica,
estão definidos nas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL.

1.2 PARTES COMPONENTES DE UM SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA


Podemos resumir as principais partes componentes de um sistema elétrico de potência como sendo:

- geradores;
- transformadores;
- linhas de transmissão;
- linhas de distribuição;
- cargas (instalações elétricas industriais, comerciais e residenciais);
- sistema de medição, proteção, comando e controle e supervisão ou automação(MPCCS ou
MPCCA).

R1

D D D D D D D R2

R R R R R R3

GERAÇÃO TRANSMISSÃO SUBTRANSMISSÃO DISTRIBUIÇÃO

Figura – 1.1 - diagrama unifilar de um sistema elétrico de potência

No diagrama da figura 1.1, vemos que cada parte do sistema elétrico deve ser devidamente
protegido.

A figura 1.2 mostra um esquema de um sistema elétrico de potência.

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Figura 1.2 Sistema Elétrico de Potência

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1.3 PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NA OPERAÇÃO DE UM


SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

a) Sobrecarga

Devido ao aumento de cargas, em condição de operação normal ou de contingências.

b) Sobretensão e Subtensão

Devido a descargas atmosféricas e manobras no sistema elétrico.

c) Curto-Circuito

Devido a perda de isolamento, acidentes com o sistema elétrico, fenômenos ambientais, etc.

d) Perda de Sincronismo

Devido a desequilíbrio entre geração x carga x limite de transmissão.

1.4 EXERCÍCIOS
a) O que você entende por qualidade de energia elétrica.
b) Explique como pode aparecer sobrecarga em um sistema elétrico em operação normal.
c) Explique como pode aparecer sobrecarga em um sistema elétrico em contingência.
d) O que você entende por sobrecarga em um componente do sistema elétrico de potência?
e) Quais as conseqüências de uma sobrecarga em um componente do sistema elétrico de
potência?
f) Explique o que é uma sobretensão e uma subtensão de manobra.
g) Quais os principais problemas que podem ocorrer na operação de um sistema elétrico?
h) O que a empresa deve fazer para evitar a ocorrência de problemas na operação de um sistema
elétrico?
i) Como pode acontecer sobrecarga, sobretensão, subtensão, curto-circuito e perda de sincronismo em
um sistema elétrico ?

1.5 BIBLIOGRAFIA
a) Malta, Manoel; Junior, Nelson M.; Dantas Paulo A. R. e Gama, Sinval Z.; Controle e Proteção
de Sistemas Elétricos; Universidade de Pernambuco-UPE

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2. SISTEMA DE PROTEÇÃO
2.1 OBJETIVO
O Sistema de proteção tem como objetivo minimizar os efeitos dos problemas (anormalidades) que
ocorrem nos sistemas elétricos de potência, tais como:
- custo de reparos dos danos causados aos equipamentos pelas anormalidades;
- tempo de reparo do equipamento;
- tempo que o componente fica fora de serviço;
- probabilidade de que o defeito possa propagar-se e envolver outros equipamentos;
- perda de renda;
- aspectos sociais da interrupção ao fornecimento;
- riscos de acidentes com pessoas e animais.

É importante ressaltar que os sistemas de proteção não impedem o aparecimento de anormalidades


no sistema elétrico de potência.

2.2 PRINCÍPIOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO


a) Quando ocorrer uma anormalidade no sistema elétrico de potência, o sistema de proteção
deve isolar a área em defeito ou isolar as áreas que operem de maneira anormal, as demais
proteções do sistema elétrico não devem concluir seu ciclo de operação;

b) Caso haja falha (recusa) de atuação da proteção ou disjuntor, outro sistema de proteção deve
isolar a área em defeito;

c) O tempo de operação da proteção deve ser o menor possível.

2.3 REQUISITOS BÁSICOS DE UM SISTEMA DE PROTEÇÃO


a) Sensibilidade

O sistema de proteção tem que ser sensível para operar com segurança quando da ocorrência
de anormalidades para as quais o mesmo foi projetado a supervisionar. Sistema de proteção
sensível é aquele que percebe (sente) toda e qualquer anormalidade na sua zona de proteção.
Por exemplo: a sensibilidade para relés de sobrecorrente é definida pelo fator de
sensibilidade K, sendo:

K = Iccmin /Iajuste , K > 1,5 ou 2 eq. 2.1

onde: Iccmin = corrente de curto-circuito mínima na zona de proteção


Iajuste = corrente mínima a partir da qual a proteção atua
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Podemos afirmar que a sensibilidade é o principal requisito de um sistema de proteção, pois,


se o sistema de proteção não sentir a anormalidade, que está ocorrendo no sistema elétrico de
potência, ele não terá condição de atuar.

b) Confiabilidade

Quando ocorrer uma anormalidade no sistema elétrico de potência, o sistema de proteção


deve atuar dentro dos parâmetros especificados, logo podemos definir um sistema de
proteção confiável como sendo aquele que quando é chamado a atuar ele atua de acordo com
os parâmetros especificados.

c) Seletividade

Propriedade da proteção em reconhecer e selecionar entre aquelas condições para as quais


uma imediata operação é requerida, e aquelas as quais nenhuma operação ou retardo de
atuação é exigido, isto é, o sistema de proteção só deve operar quando for necessário e
coordenar com as demais proteções, isolando somente o trecho defeituoso, logo podemos
afirmar que um sistema de proteção seletivo é aquele que quando é necessário a atuação e
somente desliga o trecho que esta com defeito.

d) Velocidade

O sistema de proteção deve operar com velocidade com o objetivo de minimizar os danos
aos componentes protegidos e/ou não permitir o comprometimento da estabilidade do
sistema elétrico associado.

e) Economia

O sistema de proteção deve ser de baixo custo de implantação visando ser economicamente
viável, considerando o aspecto custo/benefício.

f) Simplicidade

O sistema de proteção deve ser de simples projeto, construção, operação e manutenção, isto
é, mínimo indispensável de equipamentos e fiações.

O atendimento pleno de todos estes requisitos é uma tarefa muito difícil, assim sendo é adotada a
solução ótima para cada caso em função das necessidades e particularidades.

2.4 PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO


A seguir são relacionados alguns aspectos e parâmetros cujo conhecimento é necessário quando do
planejamento de um sistema de proteção:
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a) Importância da Instalação

Uma instalação de grande importância nos seus aspectos políticos, sociais, segurança, etc.,
deve ter seu sistema de proteção mais completo e mais elaborado.

b) Possibilidade de Falha

Cada componente do sistema elétrico tem suas estatísticas de falhas, que devem ser
consideradas no planejamento do sistema de proteção, isto é, quais os tipos de anormalidades
que o sistema de proteção deve supervisionar? Esta supervisão pode ser feita por outros
dispositivos?

c) Configuração do Sistema

A configuração do sistema elétrico em condição de operação normal e em contingência é


fundamental no planejamento do sistema de proteção.

d) Parâmetros Elétricos

As informações de existência ou não de possibilidade de perda de sincronismo, os dados de


cargas, impedâncias de seqüências das linhas/equipamentos, tipos de ligações do
equipamentos, níveis de curto-circuito são indispensáveis para definição do sistema de
proteção.

e) Compatibilização com os demais esquemas de proteção já implantados

É importante que em uma ampliação ou reforma de uma instalação sejam vislumbrados os


aspectos dos sistemas de proteção já existente, compatibilizando os vários estágios dos
sistemas de proteção em operação.

f) Práticas e Procedimentos Operacionais

O sistema de proteção não deve ir em confronto com as práticas e procedimentos


operacionais

g) Relação, carga nominal e localização dos Transformadores de Potencial e Corrente

É importante em uma ampliação ou reforma de uma instalação verificar a disponibilidade de


RTC’s e RTP’s, a localização, bem como as cargas nominais dos TC’s e TP’s.

2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO


a) Sistema de proteção principal
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É aquele que faz a proteção de uma zona e tem a responsabilidade de atuar primeiro, quando
ocorre defeito nessa zona.

b) Sistema de proteção de retaguarda

É aquele que deve atuar se houver falha da proteção principal ou se a mesma estiver em
manutenção.

c) Sistema de proteção auxiliar

É aquele que tem a função de sinalização, temporização e/ou multiplicação de contatos.

Nenhuma parte do sistema elétrico deve estar desprotegida, pois sempre existe a possibilidade de
ocorrer um defeito num componente energizado, sendo que cada sistema de proteção deve ter sua
área de atuação (zona) bem delimitada.
Exemplos:
• Sistema de Transmissão

Figura – 2.1 - Zoneamento da proteção de um sistema de transmissão


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• Sistema de Distribuição

Z4
F1
R1 Z1 R2
Z2

F2 Z3

Figura – 2.2 - zoneamento da proteção de um sistema de distribuição

F1 = atua como proteção principal para defeitos na zona Z4


F2 = atua como proteção principal para defeitos na zona Z3
R2 = atua como proteção principal para defeitos na zona Z2
R1 = atua como proteção principal para defeitos na zona Z1
R2 = atua como proteção de retaguarda para defeitos na zona Z3
R1 = atua como proteção de retaguarda para defeitos nas zonas Z2,Z3 e Z4

2.6 EXERCÍCIOS
a) Explique porque o sistema de proteção não evita os defeitos em um sistema elétrico.
b) O que as empresas devem fazer para evitar os defeitos em um sistema elétrico?
c) Defina sistema de proteção sensível, confiável e seletivo.
d) A proteção deve sempre atuar de forma instantânea? Justifique.
e) Dê um exemplo de um sistema elétrico mostrando o sistema de proteção principal e o de
retaguarda.
f) O que você entende por:
sistema de proteção principal?
sistema de proteção de retaguarda?
sistema de proteção auxiliar?
g) Onde deve ser localizado o sistema de proteção de retaguarda remota? e o de retaguarda
local?
h) Quais os efeitos dos problemas que podem ocorrer em um sistema elétrico que são minimizados pela
atuação correta do sistema de proteção?
i) Quais os principais aspectos que devemos considerar no planejamento de um sistema de proteção?
 j) Quais os requisitos básicos de um sistema de proteção?
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k) Justifique porque a sensibilidade é o principal requisito de um sistema de proteção.


l) Qual o objetivo do sistema de proteção?
m) Para o sistema elétrico da figura 2.3 a seguir, indique qual(is) o(s) disjuntor(es) que deve(m)
atuar como proteção principal e como proteção de retaguarda, para os curtos-circuitos nos
pontos marcados no diagrama, considere preferencialmente a existência de retaguarda
remota.

A
D2 D3 D6 G2
D1
B E
G1 D4 D5 D7 D8
G
H F
D9
D
C
Figura – 2.3 - Sistema elétrico - exercício g

2.7 BIBLIOGRAFIA
a) Malta, Manoel; Junior, Nelson M.; Dantas Paulo A. R. e Gama, Sinval Z.; Controle e Proteção
de Sistemas Elétricos; Universidade de Pernambuco-UPE

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3. COMPONENTES DE UM SISTEMA DE PROTEÇÃO


Os principais componentes de um sistema de proteção são:

Relé;
Disjuntor;
Transformador de Corrente(TC);
Transformador de Potencial(TP);
Religador;
Seccionalizador;
Chave e Elo Fusível

O religador, o seccionalizador e a chave/elo fusível são equipamentos usados na proteção de


sistemas de distribuição, os demais equipamentos podem ser usados nos sistemas de transmissão e
nos sistemas de distribuição.
Nos próximos itens descreveremos a respeito de cada um desses componentes de um sistema de
proteção.

3.1 TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS ( TI )

3.1.1 INTRODUÇÃO
Os transformadores para instrumentos são equipamentos elétricos projetados e construídos
especificamente para alimentarem instrumentos elétricos de medição, proteção, comando, controle e
supervisão (MPCCS).
PARA MEDIÇÃO
TRANSFORMADOR DE CORRENTE


PARA PROTEÇÃO
TIPOS


INDUTIVO
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
DIVISOR CAPACITIVO

3.1.2. TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)


O TC é um TI, cuja função é reproduzir no enrolamento secundário a corrente do circuito principal
em níveis compatíveis com o isolamento dos instrumentos/equipamentos de MPCCS. A figura 3.1 a)
e b) mostra fotos de transformadores de corrente.
O TC é um redutor de corrente, pois uma corrente elevada Ip, é transformada para uma corrente
reduzida Is, de valor suportável pelos instrumentos elétricos usuais.

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(a) (b)
Figura 3.1 – Transformadores de corrente – a) Fabricante Soltran – 72,5kV e b) Fabricante Seed´el –
0,6kV

3.1.2.1 ASPECTOS BÁSICOS


a) O enrolamento primário do TC é ligado em série com a carga, logo a corrente primária é
determinada pelo circuito principal;

IP → Corrente primária
IS → Corrente secundária
NP → Nº de espiras do enrol. primário
NS → Nº de espiras do enrol. secundário

IP > IS NP < NS

Relação de transformação do TC(RTC) = I P /IS = NS /NP  eq. 3.1

Figura 3.2 - Ligação do TC ao circuito

b) O número de espiras do primário é muito pequeno (usualmente NP = 1);

c) O enrolamento secundário do TC alimenta as bobinas de corrente dos instrumentos de


MPCC, as quais devem ser ligadas em série;

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d) O enrolamento secundário de um TC nunca deve ser deixado aberto. Antes da retirada dos
instrumentos do secundário do TC o mesmo deve ser curto-circuitado;

e) Os TC’s são projetados e construídos para uma corrente secundária nominal padronizada
em 5 ampéres, podem ser utilizadas, também, correntes secundárias nominais de 1A e 2A.

f) A corrente primária é determinada pela corrente de carga do circuito onde o TC será


instalado. Neste caso é recomendável considerar o crescimento da carga, bem como
situações de contingências que aumente a carga no circuito.

g) Como os TC´s são empregados para alimentar instrumentos elétricos de baixa


impedância, diz-se que são transformadores de força que funcionam quase em curto-
circuito.

h) Nos transformadores de corrente distinguem-se as três relações seguintes:


Relação Nominal:
Inp/ Ins = RTCn

Relação Real:
Ip/ Is = RTCr

Fator de Correção de Relação:


RTCr/ RTCn = FCRC

i) Secundário do TC não deve ficar aberto, quando o seu primário estiver energizado.

As razões:
A corrente Ip é fixada pela carga ligada ao circuito externo; se Is = 0, isto é,
secundário aberto, não haverá o efeito desmagnetizante desta corrente e a corrente de
excitação Io passará a ser a própria corrente Ip, originando em conseqüência um
fluxo muito elevado no núcleo.

Conseqüência desta imprecaução:


Aquecimento excessivo causando a destruição do isolamento.
Uma F.E.M. induzida E2 de valor elevado, causa um iminente perigo para o
operador.
Mesmo que o TC não se danifique, a este fluxo elevado corresponderá uma
magnetização forte no núcleo, o que alterará as suas características de
funcionamento e exatidão.

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3.1.2.2 POLARIDADE
No TC a corrente primária I P  entra pela marca de polaridade e a secundária I S  sai pela marca de
polaridade, assim temos a figura 3.3 a seguir:

Figura 3.3 - Polaridade do TC

Na figura 3.3 acima, diz-se que o terminal S 1 do secundário tem a mesma polaridade do terminal P 1
do primário se, no mesmo instante P 1 e S1  são positivos(ou negativos) em relação a P 2 e S2,
respectivamente.

De acordo com a ABNT - NBR 6856 os TCs devem ter polaridade subtrativa e os terminais de
mesma polaridade dos enrolamentos devem ser nitidamente identificados. Esta identificação deve
ser feita:

por emprego de buchas de cor diferente; ou


por meio de marcas permanentes, em alto ou baixo-relevo, que não possam ser apagados
facilmente pela pintura, e suplementadas, se desejado, por marcas de cor contrastante.

3.1.2.3 SÍMBOLOS
Nos diagramas unifilares os TCs são representados pelos símbolos abaixo:

ou

Figura 3.4 - Símbolos do TC

3.1.2.4 CIRCUITO EQUIVALENTE DO TC


A figura 3.5, a seguir, mostra o circuito equivalente representativo do TC.

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Figura 3.5 - Circuito equivalente do TC


ONDE:

RP , RS = Resistências dos enrolamentos primário e secundário.


XP , XS = Reatâncias de dispersão dos enrolamentos primário e secundário.
XM = Reatância de magnetização do núcleo.
RM = Resistência responsável pela perda no ferro (histerese e corrente de Foucault).
I0 = Corrente de excitação.
T = Transformador ideal de relação 1 : n
ZC = Impedância de carga.

Algumas simplificações práticas do modelo representado na figura 3.5 poderão ser feitas conforme a
seguir:
A impedância primária RP + JXP é desprezível, pois é de baixo valor.
Pelo projeto, a reatância de dispersão do enrolamento secundário (XS) e as perdas do ferro
(RM) devem ser minimizadas e portanto são desprezíveis.

O circuito equivalente simplificado com as grandezas referidas ao secundário, corresponde a:

Figura 3.6 - Circuito equivalente simplificado do TC - referido ao secundário

Pelo circuito da figura 3.6, temos:


IS = I’P - I’o

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IS = IP /RTC - Io /RTC eq. 3.2


OBS.: O erro de relação do TC é produzido pela corrente de excitação, isto é, a corrente I 0 é
responsável pelo erro de relação do TC.

3.1.2.5. DIAGRAMA FASORIAL e ERROS DO TC


O TC ao refletir no secundário o que se passa no primário, pode introduzir dois erros:

Erros de Relação (Ec):


Kc. I 2 − |  I 1 |
 Ec = Eq. 3.3
|  I 1 |
Erro de Fase ou Ângulo de Fase ( ):

Se -I2 é adiantado a I1 o ângulo é positivo. Caso contrário é negativo

Figura 3.7 – diagrama fasorial do TC

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3.1.2.6 CLASSE DE EXATIDÃO


Corresponde ao erro máximo de transformação, garantido pelo fabricante, expresso em percentual,
que pode ser introduzido pelo TC quando da transformação da corrente primária em corrente
secundária, se respeitada a carga nominal.
De acordo com a ABNT NBR 6856, os TC´s são enquadrados em uma ou mais das seguintes classes
de exatidão:

TC para Medição
Classe de exatidão: 0,3 – 0,6 – 1,2 e 3 (Sem limite do ângulo de fase)

TC para Proteção
Classe de exatidão: 10 – 5

Para se estabelecer à classe de exatidão de um TC para serviço de medição, submete-se o primário


do TC aos dois para cada carga padronizada colocada no seu secundário:

100% da corrente Primária Nominal


Fator Térmico x 100% da corrente Primária Nominal
10% da corrente Primária Nominal

Considera-se que um TC para serviço de medição está dentro de sua classe de exatidão em
condições especificadas quando, nestas condições o ponto determinado pelo erro de relação ou pelo
fator de correção de relação e pelo ângulo de fase estiver dentro dos “paralelogramos de exatidão”
onde correspondentes à sua classe de exatidão

Figura 3.8 – Paralelogramos de exatidão

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A seguir é mostrado como selecionar a exatidão adequada para um TC tendo em vista a sua
aplicação nas diferentes categorias de medições:

Classe de exatidão melhor que 0.3 – TC padrão, medições de laboratórios e medições especiais;

Classe de exatidão 0,3 – TC para medição de energia elétrica para faturamento ao consumidor;

Classe de exatidão 0,6 e 1,2 – Alimentação de instrumentos de medição operacional e controle;

3.1.2.7 CARACTERÍSTICAS DOS TCs PARA PROTEÇÃO


a) O TC para proteção somente deve entrar em saturação para uma corrente de valor acima
de 20 vezes a sua corrente nominal. É importante que os TCs retratem com fidelidade as
correntes de defeitos(curto-circuito), sem sofrer os efeitos da saturação.

Is
20 Ins TC para proteção

4 Ins TC para medição

4 Inp 20 Inp Ip
Figura 3.9 – Saturação do TC

b) O TC para proteção deve se de classe de exatidão 5 ou 10, isto é, o erro de relação


percentual não deve exceder 5% ou 10% para qualquer valor da corrente secundária,
desde 1 a 20 vezes a corrente nominal, e qualquer carga igual ou inferior a nominal.

3.1.2.8 CLASSIFICAÇÃO DOS TCs PARA PROTEÇÃO


a) TC de alta impedância (A) - TC que possui alta impedância interna, isto é, aquele cuja
reatância de dispersão do enrolamento secundário possui valor apreciável, em relação à
impedância total do circuito secundário quando este alimenta sua carga nominal.

b) TC de baixa impedância (B) - TC que possui baixa impedância interna, isto é, aquele cuja
reatância de dispersão do enrolamento secundário possui valor desprezível, em relação à
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impedância total do circuito secundário, quando este alimenta sua carga nominal.
Constituem exemplo os TCs de núcleo toroidal, com enrolamento secundário
uniformemente distribuído.

3.1.2.9 TIPOS DE TRANSFORMADORES DE CORRENTE


De acordo com a sua construção os TCs podem ser classificados, em:

a) Tipo enrolado;

TC cujo enrolamento primário, constituído de uma ou mais espiras, envolve mecanicamente


o núcleo do transformador, conforme figura 3.10.

Figura 3.10 – TC tipo enrolado

b) Tipo barra;

TC cujo enrolamento primário é constituído por uma barra, montada permanentemente


através do núcleo do transformador, conforme figura 3.11.

Figura 3.11 – TC tipo barra


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c) Tipo janela;

TC sem primário próprio, constituído com uma abertura através do núcleo por onde passa
um condutor formando o circuito primário, conforme figura 3.12.

Figura 3.12 – TC tipo janela

Os TCs tipo janela podem ser:

tipo bucha;

TC tipo janela projetado para ser instalado sobre uma bucha de um equipamento
elétrico, conforme figura 3.13..

Figura 3.13 –TC janela – tipo bucha

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de núcleo dividido.

TC tipo janela em que parte do núcleo é separável ou basculante, para facilitar o


enlaçamento do condutor primário, conforme figura 3.14.

Figura 3.14 – TC janela – tipo núcleo dividido

d) de vários enrolamentos primários;

TC com vários enrolamentos primários distintos e isolados separadamente.

e) de vários núcleos.

TC com vários enrolamentos secundários isolados separadamente e montados cada um em


seu próprio núcleo, formando um conjunto com um único enrolamento primário, cujas
espiras(ou espira) enlaçam todos os secundários.

3.1.2.10. ESPECIFICAÇÃO DOS TCs DE PROTEÇÃO


Na especificação do TC para proteção, para consulta ao fabricante, devem ser no mínimo indicados:

a) classe de exatidão;
b) tipo de impedância do enrolamento secundário;
c) tensão secundária nominal ou carga(s) secundária nominal(is);
d) tipo de aterramento do sistema;
e) frequência nominal;
f) corrente(s) primária(s) nominal(is) e relação(ões) nominal(is);
g) nível de isolamento, definido pelas tensões:
tensão nominal ou tensão máxima de operação;
tensão suportável nominal à freqüência industrial, 1 minuto;
tensão suportável nominal de impulso atmosférico;
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tensão suportável nominal de impulso de manobra(para sistemas  362kV).


h) fator térmico nominal;
i) corrente térmica nominal(It);
 j) corrente dinâmica nominal(Id);
k) uso: para interior ou para exterior.

A seguir são mostrados exemplos de especificação de TC, da CELPE, COELBA e COSERN:

a) Transformador de Corrente para medição – 72,5kV

“TRANSFORMADOR DE CORRENTE. TENSÃO MÁXIMA DE OPERAÇÃO: 72,5KV.


USO: EXTERNO. TIPO DE ISOLAÇÃO: A ÓLEO. TIPO CONSTRUTIVO:
PEDESTAL. CORRENTE NOMINAL: 50X100-5A. RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO
NOMINAL: 10X20:1. FREQUENCIA NOMINAL: 60HZ. CLASSE DE EXATIDÃO:
0,3C50(MEDIÇÃO). FATOR TÉRMICO NOMINAL: 1,3. CORRENTE SUPORT.
NOMINAL DE CURTA DURAÇÃO: 16,0kA. NÍVEL DE ISOLAMENTO:350/140KV.
APLICAÇÃO: MEDICAO EM UNIDADES CONSUMIDORAS. NORMAS:
VR02.05-00.001;VR01.04-00.002(COELBA / COSERN) ;VR01.01-00.026;
VR01.01-00.028(CELPE)”

b) Transformador de Corrente para medição operacional e proteção – 72,5kV

“TRANSFORMADOR DE CORRENTE. TENSAO MAXIMA DE OPERACAO: 72,5KV.


USO : EXTERIOR. TIPO DE ISOLACAO: A SECO. TIPO CONSTRUTIVO:
PEDESTAL. CORRENTE NOMINAL : 100/150X200/300-5-5 A. RELACAO
TRANSFORMACAO NOMINAL: 20/30X40/60: 1-1. FREQUENCIA NOMINAL:
60HZ. CLASSE DE EXATIDAO: 0,3C50 (MEDICAO) E 10B200 (PROTECAO).
FATOR TERMICO NOMINAL: 1,3. CORRENTE SUPORT. NOMINAL DE CURTA
DURACAO : 20,0kA. NIVEL DE ISOLAMENTO: 350/140KV . APLICACAO:
SUBESTACOES. NORMAS : VR02.05-00.001, VR01.04-00.002(COELBA);
VR01.01-00.028(CELPE).”

3.1.2.11. TENSÃO SECUNDÁRIA NOMINAL(Vsn)


É a tensão que aparece nos terminais de uma carga nominal imposta ao TC a 20(Fator de
Sobrecorrente) vezes a corrente secundária nominal, sem que o erro de relação exceda o valor
especificado.

Vsn = Fs x Ins x Zc = 20 x 5 x Zc eq. 3.4

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3.1.2.12 FATOR DE SOBRECORRENTE(FS)


O fator de sobrecorrente determina o número de vezes que a corrente no primária do TC pode
exceder a corrente primária nominal, mantendo a sua classe de exatidão, sem que haja saturação do
TC (de acordo com a ABNT FS = 20).

FS = IMAX(CC) / InP (TC) eq. 3.5

onde:
IMÁX(CC) - Corrente máxima de curto-circuito no ponto de instalação do TC.
InP (TC) - Corrente nominal primária do TC.

3.1.2.13 CARGA NOMINAL DO TC


A(s) carga(s) nominal(is) deve(m) estar de acordo com as especificadas na tabela 1, a seguir. As
cargas nominais são designadas por um símbolo, formado pela letra "C", seguida do número de volt-
ampères correspondente à corrente secundária nominal.

Tabela 1 - CARGAS/TENSÕES SECUNDÁRIAS NOMINAIS NORMALIZADAS NO BRASIL


PARA TC COM CORRENTE SECUNDÁRIA NOMINAL DE 5 A

Cargas nominais com fator de potência 0.9


Designação Potência Resistência Reatância Impedância Tensão a
Aparente Indutiva 20 x 5 A
(VA) (Ω) (Ω) (Ω) (V)
C 2,5 2,5 0,09 0,044 0,1 10
C 5,0 5,0 0,18 0,087 0,2 20
C 12,5 12,5 0,45 0,218 0,5 50
C 22,5 22,5 0,81 0,392 0,9 90
C 45,0 45,0 1,62 0,785 1,8 180
C 90,0 90,0 3,24 1,569 3,6 360
Cargas nominais com fator de potência 0.5
Designação Potência Resistência Reatância Impedância Tensão a
Aparente Indutiva 20 x 5 A
(VA) (Ω) (Ω) (Ω) (V)
C 25,0 25,0 0,50 0,866 1,0 100
C 50,0 50,0 1,00 1,732 2,0 200
C 100,0 100,0 2,00 3,464 4,0 400
C 200,0 200,0 4,00 6,928 8,0 800

Quando a corrente secundária nominal for diferente de 5 A, os valores de resistência, reatância


indutiva e impedância das cargas nominais são obtidos multiplicando-se os valores da tabela 1 pelo
quadrado da relação entre 5 A e a corrente secundária nominal.
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Exemplo: Uma carga C25, referida a 1 A, teria:

2
5A
Z = 1 Ωx = 25 Ω
1A
2
5A
R = 0,5 Ωx = 12,5 Ω
1A
2
5A
X = 0,866 Ωx = 21,65 Ω
1A

A tensão secundária a 20 In deste TC, na especificação da exatidão de proteção, deve ser 20 x 1 x 25


= 500 V, ou seja, o TC em questão deve ter uma exatidão para proteção 10A500, no caso de alta
impedância, ou 10B500, no caso de baixa impedância.

EXEMPLOS:
a) Classifique o TC 10B 400

- Classe de exatidão - 10
- Baixa impedância - B
- Tensão secundária nominal - 400V
- Impedância da carga nominal - ZC = Vsn /(FS x Ins) = 400/100 = 4,0Ω.

b) Especifique a tensão secundária nominal de um TC para proteção, sabendo-se que a soma das
impedâncias dos equipamentos/dispositivos de proteção e dos condutores de ligação é 6,0 Ω e a
corrente secundária nominal é 5A.

Pela equação 3.4, temos:

Vsn = Fs x Ins x Znc = 20 x 5 x 6,0 = 600 V

logo, pela tabela 1, temos Vsn = 800 V

c) Se na placa do TC está indicado: 0,3C2,5 a 0,3C12,5; 0,6C22,5, isto significa que:


O TC ensaiado com as cargas padronizadas C2,5, C5,0 e C12,5 tem classe de exatidão 0,3,
isto é, apresenta erro de relação - 0,3 % Ec + 0,3 % e ângulo de fase tal que o ponto
determinado por estes erros fica dentro do paralelogramo representativos da classe de
exatidão 0,3;
Ensaiado com a carga padronizada C22,5 tem classe de exatidão 0,6.

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3.1.2.14 FATOR TÉRMICO (FT)


Fator pelo qual deve ser multiplicada a corrente primária nominal para se obter a corrente primária
máxima que um transformador de corrente é capaz de conduzir em regime contínuo(permanente),
sob frequência nominal e com maior carga especificada, sem exceder os limites de elevação de
temperatura especificados.

F.T = IP MÁX / Ipn eq. 3.6

Valores normalizados pela ABNT: 1,0 ; 1,2; 1,3; 1,5 e 2,0.


No caso de TC com dois ou mais núcleos, sem derivações, com relações diferentes entre si, e mesma
corrente secundária nominal, o fator térmico da menor relação é um dos indicados acima, e o(s)
fator(es) térmico(s) da(s) outra(s) relação(ões) é (são) obtido(s) pela fórmula abaixo, podendo
resultar em valor menor que 1,0:

Rn 1
Ft i = Ft 1 x eq. 3.7
Rn i
Onde:
Fti = fator térmico da(s) outra(s) relação(ões) nominal(is)
Ft1 = fator térmico da menor relação nominal
Rn1 = menor relação nominal
Rni = outra(s) relação(ões) nominal(is)

Exemplo: TC cujas relações são 300-5 A (medição) e 800-5 A(proteção), com fator térmico 1,2,
para o núcleo de medição:

Ft1 = 1,2

Rn1 = 60:1 (300-5 A) e Rn2 = 160:1 (800-5 A)

Ft2 = 1,2 x (60/160) = 0,45

Em TC providos de derivações, as relações Rn 1 e Rni não devem ser obtidas das derivações, mas sim
dos enrolamentos totais. Além disso, o fator térmico das relações especificadas, obitidas por
derivações, menores ou iguais a Rn 1, deve ser no mínimo igual a Ft 1.

Exemplo: TC cujas relações são 400/600/800/1200-5 A (medição) e 400/600/800/1200/2000-5 A


(proteção), com fator térmico 1,2, para o núcleo de medição:

Ft1 = 1,2

Rn1 = 240:1 (1200-5 A) e Rn2 = 400:1 (2000-5 A)


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Ft2 = 1,2 x (240/400) = 0,72

Tem-se então um Ft = 0,72 para a relação 2000-5 A e Ft = 1,2 para as demais relações do núcleo de
proteção.

Em TC de apenas um núcleo, para serviço de proteção, em que a corrente primária nominal deve ser
maior que a corrente nominal do circuito por problemas de saturação do núcleo de proteção, o fator
térmico pode ser menor que 1. Caso o TC possua derivações deve ser especificado separadamente.

3.1.2.15 CORRENTE TÉRMICA NOMINAL - It (Corrente de curta duração)


É a máxima corrente primária que o TC é capaz de suportar durante 1 segundo com o enrolamento
secundário curto-circuitado, sem exceder em qualquer enrolamento uma temperatura máxima
especificada. Para outras correntes usar a equação.

I2 t = K para t ≠ 1 seg. eq. 3.8

EXEMPLO:

Um dado TC tem limite térmico de 40kA. Se os relés e disjuntores, eliminam o defeito em 2s, qual a
corrente permissível para o TC?

I2t = K (constante)

I12t1 = I22t2 ∴ I22 = I12 t1 / t2

I2 = I1 t 1 /t 2   = 40.000 1/2 ∴ I2  = 28284 A

OBS: Ted = TR + TD eq. 3.9

Onde: Ted = Tempo de eliminação do defeito


TR = Tempo de atuação do relé
TD = Tempo de interrupção do disjuntor

3.1.2.16 CORRENTE DINÂMICA NOMINAL - Id


Valor de crista da corrente primário que um TC é capaz de suportar durante o primeiro meio ciclo,
com o enrolamento secundário curto-circuitado, sem danos elétricos ou mecânicos resultantes de
forças eletromagnéticas. De acordo com a ABNT, normalmente, Id = 2,5 It.

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3.1.2.17 EXERCÍCIOS
a. Porque não é recomendável utilizarmos o TC para proteção para alimentarmos dispositivos de
Medição?

b. Porque não é recomendável utilizarmos o TC para medição para alimentarmos dispositivos de


proteção?
c. A corrente térmica nominal suportável por um TC é 26500 A. Sabendo-se que a corrente de
curto-circuito no ponto de instalação do TC é 10500 A e que o tempo de interrupção do disjuntor
é 0.3 s, pede-se calcular o tempo máximo permitido para atuação do relé.
d. Especifique a corrente de curta-duração de um TC que deve ser instalado num ponto do sistema
com as seguintes características: Iccmax = 16 kA, TR = 0,8 s e TD = 0,4 s.
e. Classifique os TC abaixo:
f. 10B200;
g. 5A100;
h. 0,3C2,5-0,6C12,5;
i. 1,2C50.
 j. Um TC, 500-5A, classe de exatidão 10, está sendo percorrido por uma corrente de 450A, calcule
para está situação a faixa de corrente que poderá aparecer no secundário do TC.
k. De acordo com a ABNT quais são as classes de exatidão padronizadas para os TC de medição e
para os TC de proteção?
l. Que características diferenciam um TC para proteção de um TC para medição?
m. O que você entende por classe de exatidão do TC
n. Descreva os aspectos básicos do TC.
o. Defina transformador de corrente.
p. Sabendo-se que a corrente térmica de um TC é 16kA. Calcule a maior corrente de curto-circuito
que podemos ter no ponto de instalação do TC, para não danifica-lo, considerando que o tempo
de eliminação de defeito neste ponto é 0,8 s.
q. Especifique a corrente térmica de um TC que será instalado no ponto de um sistema elétrico
como os seguintes dados: Iccmáx = 12kA, TR = 0,6 s e TD = 0,3 s
r. Especifique a tensão secundária nominal de um TC para proteção, sabendo-se que a soma das
impedâncias dos equipamentos/dispositivos de proteção e dos condutores de ligação do
secundário é 1,8 Ω e a corrente secundária nominal é 5A.
s. Classifique o TC 5B400, Ins=5A e calcule qual a máxima impedância dos dispositivos de
proteção que podemos instalar no seu secundário, incluindo os condutores de ligação
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t. Para um TC 10B50 com corrente secundária nominal de 5 A, qual a impedância máxima dos
equipamentos/dispositivos de proteção e dos condutores que podemos instalar no seu
secundário.
u. Justifique porque um TC 500-5A, 5B100, não pode ser instalado num ponto do sistema, com
corrente máxima de curto-circuito de 8kA, para alimentar dispositivos de proteção, cujas
impedâncias totalizam 1,8 Ω.
v. Qual deve ser o tempo máximo de atuação do relé para evitar danos em um TC de corrente
térmica nominal igual a 10kA, instalado num ponto do sistema, onde a corrente máxima de
curto-circuito é 12kA. Sabe-se que o tempo de interrupção do disjuntor é 0,3s.
w. O que você entende por TC de Baixa impedância e por TC de Alta impedância?
x. Como dimensionamos as correntes nominais do TC?
y. Desenhe os circuitos equivalentes do TC.
z. O que você entende por:
Tensão secundária nominal?
Fator térmico do TC?
Corrente térmica nominal do TC?
Corrente dinâmica nominal do TC?

aa. Como devem ser ligados os instrumentos no secundário do TC e quais devem ser os passos que
um técnico deve seguir para retirar todos os instrumentos/dispositivos do secundário de um TC.

3.1.2.18 BIBLIOGRAFIA
a) Filho, Solon de Medeiros, Medição de Energia Elétrica, Editora Guanabara Koogan S/A, 2 a
Edição, setembro/1980;
b) Norma técnica, Transformador de Corrente - Especificação, NBR 6856, abril/ 1992, Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT,

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3.1.3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL(TP)


O TP é um TI, cuja função é reproduzir no seu secundário a tensão do circuito principal (primário)
em níveis compatíveis com a classe de isolação dos instrumentos de MPCCS a ele conectados. A
figura 3.15 a) e b) mostra fotos de transformadores de potencial.
O TP é um redutor de tensão, pois uma tensão elevada Vp, é transformada para uma tensão reduzida
Vs, de valor suportável pelos instrumentos elétricos usuais.

(a) (b) (c)


Figura 3.15 – Transformadores de potencial – a) Fabricante Soltran – 72,5kV; b) Fabricante Seed´el
– 34,5kV e c) Fabricante Seed´el – 15kV

3.1.3.1 ASPECTOS BÁSICOS.


a) O enrolamento primário do TP é ligado em paralelo com a carga, logo a tensão primária
e determinada pelo circuito principal e por sua forma de ligação;

Figura 3.16 - Ligação do TP


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para o TP, temos:

Relação de Transformação do TP (RTP) = Vp/VS = Np/Ns eq.3.10

b) O enrolamento secundário do TP alimenta as bobinas de tensão dos instrumentos de


MPCCS, as quais devem ser ligadas em paralelo;

c) O enrolamento secundário do TP, quando não estiver alimentando os instrumentos de


MPCCS deve ficar aberto;

d) Os TP’s são projetados e construídos para uma tensão secundária nominal padronizada
de, aproximadamente, 115V ou 115/ √3 V;

e) Os TP’s são projetados e construídos para suportarem uma sobretensão (Fst = fator de
sobretensão contínuo) de até 15% em regime permanente, para os grupos de ligação 1 e
2 e de 90% para o grupo de ligação 3, sem que nenhum dano lhes seja causado;

f) As diferenças entre as tensões primária e secundária existentes em módulo e fase


constituem respectivamente nos erros de relação e fase do TP;

g) A tensão primária nominal é definida de acordo com a tensão nominal do circuito onde
o TP será instalado, considerando o grupo de ligação e as tensões normalizadas pela
ABNT-NBR 6855;

h) Como os TP´s são empregados para alimentar instrumentos de alta impedância a


corrente secundária I2 é muito pequena e por isto se diz que são transformadores de
potência que funcionam quase em vazio;

 j) Nos transformadores de potencial distinguem-se as três relações seguintes:

Relação Nominal:
Vnp/ Vns = RTPn

Relação Real:
Vp/ Vs = RTPr

Fator de Correção de Relação:


RTPr/ RTPn = FCRC

3.1.3.2 SÍMBOLOS
Nos diagramas unifilares os TPs são representados pelos símbolos abaixo:

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Figura 3.17 - Simbolos do TP

3.1.3.3 POLARIDADE
No TP da figura 3.9 diz-se que o terminal X 1 do secundário tem a mesma polaridade do terminal H 1
do primário se, no mesmo instante H 1 e X1  são positivos (ou negativos) em relação a H2 e X 2,
respectivamente.

Figura 3.18 - Polaridade do TP

De acordo com a ABNT - NBR 6855 os TPs devem ter polaridade subtrativa e os terminais de
mesma polaridade dos enrolamentos devem ser nitidamente identificados. Esta identificação deve
ser feita:
por emprego de buchas de cor diferente; ou
por meio de marcas permanentes, em alto ou baixo-relevo, que não possam ser apagados
facilmente pela pintura, e suplementadas, se desejado, por marcas de cor contrastante.

3.1.3.4 CIRCUITO EQUIVALENTE


A figura 3.19, a seguir, mostra o circuito equivalente representativo do TP.

Figura 3.19 - Circuito equivalente do TP


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3.1.3.5. DIAGRAMA FASORIAL e ERROS DO TP


O TP ao refletir no secundário o que se passa no primário, pode introduzir dois erros:

Erros de Relação (Ep):


Kp.U 2 − | U 1 |
 Ep = Eq. 3.11
| U 1 |
Erro de Fase ou Ângulo de Fase ( ):

Se –U2 é adiantado a U1 o ângulo é positivo. Caso contrário é negativo.

Figura 3.20 – diagrama fasorial do TP

3.1.3.6 CLASSE DE EXATIDÃO


Corresponde ao erro máximo de transformação, garantido pelo fabricante, expresso em percentual,
que pode ser introduzido pelo TP quando da transformação da tensão primária em tensão secundária,
sob condição de carga nominal.
De acordo com a ABNT NBR 6855, Os TP´s são enquadrados em uma ou mais das seguintes
classes de exatidão:
:
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Classe de exatidão: 0,3 – 0,6 – 1,2 medição/proteção

Deve também ser considerada a classe de exatidão 3 sem limitação de ângulo de fase. Por não ter
limitação do ângulo de fase, esta classe não
não deve ser utilizada para serviço de medição de potência e
energia.

Para os enrolamentos de tensão residual, destinados a ligação delta aberto, é suficiente a classe de
exatidão 3, tendo em vista tratar-se de enrolamento utilizado somente para proteção. Neste caso, a
carga deste secundário não deve ser considerada no cálculo da carga simultânea.

NOTA: Enrolamento de tensão residual é o enrolamento secundário de um TPI monofásico, a ser


ligado com outros dois em configuração delta aberto, a fim de reproduzir uma tensão correspondente
à tensão residual sob condição de falta à terra ou para alimentar um circuito de amortecimento de
ferrorressonância.

Para se estabelecer à classe de exatidão dos TP´s, estes são ensaiados em vazio e depois com cargas
padronizadas
padronizadas colocadas no seu secundá
s ecundário,
rio, uma de cada vez, sob três condições
condições de tensões:
t ensões:

Tensão Nominal;
90 % da Tensão Nominal;
110 % de Tensão Nominal.

Considera-se que um TP está dentro de sua classe de exatidão em condições especificadas quando,
nestas condições, o ponto determinado pelo erro de relação ou pelo fator de correção de relação e
pelo ângulo de fase estiver dentro do “paralelogramo de exatidão” onde corresponde à sua classe de
exatidão.

Figura 3.21 – Paralelogramo de Exatidão do TP


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A seguir é mostrado como selecionar a exatidão adequada para um TP tendo em vista a sua
aplicação nas diferentes categorias de medições:

Classe de exatidão melhor que 0.3 – TC padrão, medições de laboratórios e medições especiais;

Classe de exatidão 0,3 – TC para medição de energia elétrica para faturamento


faturamento ao consumidor;

Classe de exatidão 0,6 e 1,2 – Alimentação de instrumentos de medição operacional, controle e


relés;

3.1.3.7 ESPECIFICAÇÃO DOS TP’s.


Na especificação do TP para proteção, para consulta ao fabricante, devem ser no mínimo indicados:

a) Classe(s)
Classe(s) de exatidão;
b) Tensão(ões) primária(s) e secundária(s) nominal(is) e relação(ões) nominal(is);
c) nível de isolamento, definido pelas tensões:
tensão nominal ou tensão máxima de operação;
tensão suportável nominal à freqüência industrial, 1 minuto;
tensão suportável nominal de impulso atmosférico;
tensão suportável nominal de impulso de manobra(para sistemas  362kV).
d) Frequência nominal;
e) Carga(s) nominal(is);
f) Potência térmica nominal;
g) Grupo de ligação, fator(es) de sobretensão nominal(is) e tipo de aterramento;
h) carga simultânea para o TPI de dois ou mais enrolamentos secundários;
i) uso: para interior ou para exterior.

A seguir são mostrados exemplos de especificação de TP, da CELPE, COELBA e COSERN:

a) Transformador de Potencial medição – 72,5kV

“TRANSFORMADOR POTENCIAL. USO: EXTERNO. TIPO ISOLACAO: A OLEO.


TENSAO NOMINAL: 69000V/V3-115V/115V/raiz3. RELACAO TRANSFORMACAO
NOMINAL: 350/600:1. FREQUENCIA NOMINAL: 60HZ. CLASSE EXATIDAO:
0,3%(MEDICAO). CARGA NOMINAL:P75(MEDICAO). NIVEL DE ISOLAMENTO:
140/350/-KV.POTENCIA TERMICA:400VA. GRUPO LIGACAO:2. APLICACAO:
MEDICAO DE UNIDADES CONSUMIDORAS. NORMAS : VR02.05-00.001;
ETS.00.03(COELBA E COSERN);VR01.01-00.026;VR01.01-00.029(CELPE)”

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b) Transformador de Potencial medição operacional e proteção – 72,5kV

“TRANSFORMADOR POTENCIAL. USO: EXTERNO. TIPO ISOLACAO: A SECO.


TENSAO NOMINAL : 69000V/V3-115V/115V/V3-115V/115V/V3. RELACAO
TRANSFORMACAO NOMINAL: 350/600:1-1. FREQUENCIA NOMINAL: 60HZ.
CLASSE EXATIDAO: 0,3%/0,6%(MEDICAO/PROTECAO). CARGA NOMINAL:
P75/P75 (MEDICAO/PROTECAO). NIVEL DE ISOLAMENTO : 140/350/-KV.
POTENCIA TERMICA : 400VA. GRUPO DE LIGACAO: 2. APLICACAO:
SUBESTACOES DAS DISTRIBUIDORAS . NORMAS : VR02.05-00.001;
VR01.04-00.003(COELBA/COSERN); VR01.01-00.026; VR01.01-00.029
(CELPE)”

3.1.3.8 GRUPOS DE LIGAÇÃO


De acordo com a ligação para o qual são projetados os TPI classificam-se em três grupos:

a) grupo 1 - TPI projetados para ligação entre fases, com fator de sobretensão continua (Fsc)
igua a 1,15;

b) grupo 2 - TPI projetados para ligação entre fase e terra de sistemas


sistemas eficazmente aterrado,
com fator de sobretensão continua (Fsc) igua a 1,15;

c) Grupo 3 - TPI projetados para ligação entre fase e terra de sistemas onde não se garante a
eficácia do aterramento, com fator de sobretensão continua (Fsc) igua a 1,90;.

3.1.3.10 FATOR DE SOBRETENSÃO CONTINUA - Fsc


O fator de sobretensão continua é a relação entre a máxima tensão suportável pelo TP, em regime
permanente, e seu a tensão nominal primária do TP, logo temos:

Fsc = Vmáx / Vnp eq 3.12

3.1.3.11 CARGA NOMINAL DO TP


É a máxima potência aparente (VA) que pode ser entregue pelo seu secundário, sem que o erro
exceda o limite estabelecido pela sua classe de exatidão.

Assim, a soma das potências aparentes solicitadas pelos diversos instrumentos ligados em paralelo
ao secundário do TP, não deve ultrapassar a carga nominal de placa do TP, sob pena de excedermos
o erro admissível.

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A(s) carga(s) nominal(is) deve(m) estar de acordo com as especificadas na tabela 2, a seguir. As
cargas nominais são designadas por um simbolo, formado pela letra "P", seguida do número de volt-
ampères correspondente à tensão de 120 V e 69,3 V.

Tabela
Tabela 2 - CARGAS NOMINAIS NORMALIZA
NO RMALIZADAS
DAS PELA ABNT

Características
Características a 60 Hz e 120 V
Designação Potência Fator de Reatância
Aparente Potência Resistência Indutiva Impedância
(VA) (Ω) (Ω) (Ω )
P 12,5 12,5 0,10 115,2 1146,2 1152
P 25 25 0,70 403,2 411,3 576
P 35 35 0,20 82,2 402,7 411
P 75 75 0,85 163,2 101,1 192
P 200 200 0,85 61,2 37,9 72
P 400 400 0,85 30,6 19,0 36
Características
Características a 60 Hz e 69,3 V
Designação Potência Fator de Reatância
Aparente Potência Resistência Indutiva Impedância
(VA) (Ω) (Ω) (Ω )
P 12,5 12,5 0,10 38,4 382,0 384
P 25 25 0,70 134,4 137,1 192
P 35 35 0,20 27,4 134,4 137
P 75 75 0,85 54,4 33,7 64
P 200 200 0,85 20,4 12,6 24
P 400 400 0,85 10,2 6,3 12

Nota: As características a 60 Hz e 120 V são válidas para tensões secundárias entre 100 V e 130 V e
as características a 60 Hz e 69,3 V são válidas para tensões secundárias entre 58 V e 75 V. Em
tais condições, as potências aparentes são diferentes das especificadas.

OBS.: Os instrumentos alimentados pelo secundário do TP são de altíssima impedância e baixa


corrente, portanto é baixo o consumo em VA.
V A.

Exemplo:
Se na placa do TP está indicado: 0,3P35; 0,6P75 isto significa que:
O TP ensaiado com as cargas padronizadas 12,5, 25 e 35 tem classe de exatidão 0,3, isto é,
apresenta erro de relação - 0,3 % Ep   + 0,3 % e ângulo de fase tal que o ponto
correspondente a estes erros fica dentro do paralelogramo de classe 0,3;
Ensaiado com a carga padronizada 75 tem classe de exatidão 0,6.

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3.3.3.12 POTÊNCIA TÉRMICA NOMINAL (PTN).


É a máxima potência aparente (VA) que o TP pode fornecer em regime permanente, sob tensão e
frequência nominais, sem exceder os limites de elevação de temperatura especificados.

A potência térmica nominal mínima, em VA, deve ser igual ao produto do quadrado do fator de
sobretensão contínuo (Fst cont) pela maior carga nominal especificada, ou carga simultânea, para o
TPI, com dois ou mais secundários, nos quais a potência térmica é distribuída pelos secundários
proporcionalmente à maior carga nominal de cada um deles.

Para os grupos de ligação 1 e 2, temos:

PTN ≥ 1,33 x maior carga nominal do TPI

3.1.4 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL CAPACITIVO (TPC).


É constituído por um banco de capacitores em série usado com dupla finalidade.

a) Divisor de tensão, para usar um TP com a tensão primária menor que a tensão do circuito
principal em relação a terra.

b) Acoplamento transmissor e receptor “CARRIER” (sistema de comunicação).

3.1.4.1 ESQUEMA ELÉTRICO.

Figura 3.22 - Transformador de potencial capacitivo(TPC)


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A indutância L é colodada em série, de modo a entrar em ressonância com o capacitor equivalente,


assim, isto garante que a tensão no primário do TPI está em fase com a tensão da LT.

3.1.4.2 EQUAÇÕES DO TPC.


VP / V = (C1 + C2 )/ C1 eq. 3.13

V = K . VS ∴ V / VS = K eq. 3.14

VP / (K.VS ) = (C1 + C2 )/ C1 eq. 3.15

VP / VS = K . (C1 + C2 )/ C1 eq. 3.16

3.1.4.3 EXERCÍCIOS
a) Classifique os TP abaixo:
0,3P75;
0,3P25-0,6P200;
0,3P12,5;
1,2P35.
b) Um TP, 1150-115V, classe de exatidão 1,2, está instalado num circuito cuja tensão é 1200V,
calcule para está situação a faixa de tensão que poderá aparecer no secundário do TP.
c) O que você entende fator de sobretensão continua do TP?
d) O que você entende por TP do grupo 2 e por classe de exatidão do TP?
e) Um TP, grupo 1, 13.800-115V, classe de exatidão 0,3, está submetido a uma tensão de
13.200V, calcule para está situação a faixa de tensão que poderá aparecer no secundário do
TP.
f) Descreva os aspectos básicos do TP.
g) Defina transformador transformador de potencial.
h) De acordo com a ABNT quais são as classes de exatidão padronizadas para os TP?
i) Como devem ser ligados os instrumentos no secundário de um TP e como devemos proceder
para retirar os instrumentos do secundário de um TP?
 j) Desenhe os circuitos equivalentes do TP e identifique cada termo.
k) Como definimos as tensões nominais dos TP?
l) O que você entende por:
Potência térmica nominal do TP?
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Carga simultânea do TP de vários enrolamento?

m) Qual a função da indutor (L), do Transformador de Potencial Capacitivo(TPC).

3.1.4.4 BIBLIOGRAFIA
a) Filho, Solon de Medeiros, Medição de Energia Elétrica, Editora Guanabara Koogan S/A, 2 a
Edição, setembro/1980;
b) Norma técnica, Transformadores de Potencial Indutivo - Especificação, NBR 6855, abril/ 1992,
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

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3.2 DISJUNTOR

3.2.1 DEFINIÇÃO
Podemos definir o Disjuntor como sendo:
Equipamento de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes nas condições
normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir durante um tempo especificado e interromper
correntes sob condições anormais especificadas do circuito, tais como as de curto –circuito.
As figuras 3.23a e 3.23b mostram fotos de disjuntores instalados no sistema elétrico.

Figura 3.23a – Disjuntor tripolar 72,5kV Figura 3.23b – Disjuntor monopolar 230kV

3.2.2 FUNÇÃO
A função do disjuntor é abrir e fechar o circuito quando recebe uma ordem de abertura/fechamento,
automática, através de relé ou manual, através do operador.

3.2.3 LIGAÇÃO AO CIRCUITO


O disjuntor deve ser ligado em série com o circuito, devendo suportar, em regime continuo, a
corrente de carga e interromper, em condição de defeito, a máxima corrente de curto-circuito do
circuito protegido. A figura 3.24, mostrar um diagrama unifilar do sistema de proteção de uma linha
de transmissão, onde temos o disjuntor como o equipamento de comando e manobra da linha, ligado
em série.

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TC Icarga
D

R Icc
TP

Figura 3.24 – ligação do disjuntor ao circuito

3.2.4 TIPOS DE DISJUNTORES


A classificação dos disjuntores é feita em função do meio de extinção do arco elétrico, assim temos
os seguintes tipos de disjuntores:

a) a óleo
GVO, grande volume de óleo;
PVO, pequeno volume de óleo.
b) a Gás(SF6, hexafluoreto de enxofre);
dupla pressão;
Mono pressão.
c) a Vácuo;
d) a ar comprimido;
e) sopro magnético.

3.2.5 PRINCIPAIS PARTES COMPONENTES DO DISJUNTOR


a) Unidade Interruptora, conhecida como câmara de extinção do arco elétrico, com os
contatos móvel e fixo que fazem a abertura e fechamento do disjuntor, nesta unidade se
processa a extinção do arco elétrico;
b) Unidade de Comando e Controle ou Cabine de Comando e Controle, que abrange os
elementos de comando, controle e supervisão do disjuntor (bobinas de abertura e
fechamento, mola do mecanismo de operação);
c) Mecanismos de Operação ou Acionamento, que possibilita o armazenamento de energia
necessária à operação mecânica do disjuntor e a liberação desta energia através de
mecanismos apropriados para a operação de abertura e fechamento;
Os principais mecanismos de operação são:
Hidráulico, utilizando o óleo sob pressão;
Mola, utilizando um motor que aciona uma mola;
Pneumático, utilizando o ar comprimido obtido de um compressor.
d) Partes isolantes (isolador), que separa as partes vivas das partes mortas;
e) Chassis e suporte.
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3.2.6 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS TÉCNICAS E ESPECIFICAÇÃO DO


DISJUNTOR(NBR – NBR IEC 62271 - 100)
a) corrente nominal( ex. 400-630-800-1250-1600-2000-2500-3150-4000-5000-6300A);
b) tipo;
c) freqüência nominal;
d) nível de isolamento, definido pelas tensões:
tensão nominal ou tensão máxima de operação(ex. 7,2-15-24,2-36,2-72,5-145-242-
362-460-550-800kV);
tensão suportável à freqüência industrial, 1 minuto;
tensão suportável de impulso atmosférico;
tensão suportável ao impulso de manobra(para sistemas acima de 242kV).
e) capacidade de interrupção nominal em curto-circuito;
f) capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito;
g) capacidade de interrupção de linhas em vazio;
h) capacidade de interrupção de correntes capacitivas;
i) capacidade de interrupção de correntes indutivas;
 j) duração nominal da corrente de curto-circuito;
k) tempo de interrupção nominal (ms );
l) tempo de abertura (ms);
m) ciclo de operação( ex. O-0,3s-CO-3min-CO ou O-0,3s-CO-15s-CO);
n) tipo do mecanismo de operação( Pneumático, hidráulico ou por molas);
o) quantidade de bobinas de abertura e fechamento;
p) tensão nominal de alimentação do circuito de comando e controle (dispositivos de
fechamento e abertura) e sua faixa de tolerância;
q) tensão de alimentação do motor e sua faixa de tolerância;
r) potência, RPM e corrente de partida do motor;
s) tensão nominal do resistor de aquecimento, lâmpada e tomada;
t) uso: interno ou externo.

3.2.7 EXERCÍCIOS
a) Defina disjuntor.
b) Como o disjuntor deve ser ligado ao sistema elétrico?
c) Quais as principais características técnicas do Disjuntor?
d) Classifique os tipos de disjuntores de acordo com meio de extinção do arco elétrico..
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e) Qual a função do disjuntor em um sistema elétrico?


f) O que você entende por capacidade de interrupção nominal em curto circuito do
disjuntor?
g) Quais as tensões que definem o nível de isolamento de um disjuntor?
h) Como dimensionamos a corrente nominal de um disjuntor?
i) Quais as partes componentes de um disjuntor de alta e média tensão?
 j) Defina tempo de abertura e tempo de interrupção de um disjuntor.
k) Quais os tipos de mecanismos de operação que podem ser utilizados nos disjuntores?
l) Faça uma pesquisa sobre extinção do arco elétrico em disjuntores;
m) Faça uma pesquisa sobe os mecanismos de operação dos disjuntores.

3.2.8 BIBLIOGRAFIA
a) Apresentação da Siemens, Disjuntores de Alta Tensão;
b) Norma técnica, Disjuntores de Alta Tensão - Especificação, NBR IEC 62271 - 100, jan/2007,
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;

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3.3 RELIGADOR

3.3.1 DEFINIÇÃO
Podemos definir o Religador como sendo:
Equipamento de manobra, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes nas condições
normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir durante um tempo especificado e interromper
correntes sob condições anormais especificadas do circuito, tais como as de curto–circuito,
desligando e religando automaticamente o circuito um número predeterminado de vezes..
As figuras 3.25a e 3.25b mostram fotos de religadores.

Figura 3.25a – Religador para SE tripolar 15kV Figura 3.25b – Religador para linha Tripolar 15kV

3.3.2 FUNÇÃO
A função do religador é abrir e fechar o circuito quando recebe uma ordem de abertura/fechamento,
automática, através de relé, ou manual, através do operador. O religador o testa se o defeito é
transitório ou permanente, através de um relé de religamento, logo ele interrompe o circuito
temporariamente se o defeito for transitório e permanentemente se o defeito for permanente.

3.3.3 LIGAÇÃO AO CIRCUITO


O religador deve ser ligado em série com o circuito, devendo suportar, em regime continuo, a
corrente de carga e interromper, em condição de defeito, a máxima corrente de curto-circuito do
circuito protegido. A figura 3.26, mostrar um diagrama unifilar do sistema de proteção de uma linha
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de distribuição, onde temos o religador como o equipamento de comando e manobra da linha, ligado
em série

TC Icarga
R
Icc
R Relés de sobrecorrentes
R Relé de religamento

Figura 3.26 – ligação do religador ao circuito

3.3.4 TIPOS DE RELIGADORES


A classificação dos religadores pode ser feita:

a) em função do local de instalação no sistema:


de subestação;
de linha/rede de distribuição.

b) em função do meio de extinção do arco elétrico, assim temos os seguintes tipos de religadores:
a óleo;
a Gás(SF6, hexaflureto de enxofre);
a Vácuo.

c) em função do número de fases


monofásico;
trifásico.

3.3.5 PRINCIPAIS PARTES COMPONENTES DO RELIGADOR


a) tanque onde fica a câmara de extinção do arco elétrico, com os contatos móvel e fixo;
b) partes isolantes(isolador, TCs de buchas), montados na tampa do tanque;
c) cabine de comando e controle(bobinas de abertura e fechamento);
d) cabine do mecanismo de operação
e) suporte.

3.3.6 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS TÉCNICAS E ESPECIFICAÇÃO DO


RELIGADOR(NBRs – 8177 e 8185)
a) corrente nominal( ex. 560-630-800A);
b) tipo;
c) freqüência nominal;
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d) nível de isolamento, definido pelas tensões:


tensão nominal ou tensão máxima de operação(ex. 15-24,2-36,2kV);
tensão suportável à freqüência industrial, 1 minuto;
tensão suportável de impulso atmosférico;
e) capacidade de interrupção nominal em curto-circuito;
f) capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito;
g) duração nominal da corrente de curto-circuito;
h) tensão de alimentação do comando e controle;
i) tempo de interrupção nominal (ms );
 j) tempo de abertura (ms);
k) ciclo de operação( ex. O – 0,3-3,0 s – CO – 3-15 s - CO);
l) tipo do mecanismo de operação( Por molas ou atuador magnético);
m) tensão de alimentação do motor e faixa de tolerância;
n) potência, RPM e corrente de partida do motor;
o) tensão nominal do resistor de aquecimento, lâmpada e tomada;
p) uso: interno ou externo.

A seguir é mostrado exemplo de especificação de Religador, da CELPE

RELIGADOR AUTOMATICO. MEIO ISOLANTE: AR, GAS SF6 OU EPOXI. MEIO


DE INTERRUPCAO:VACUO. TENSAO NOMINAL: 15,0KV. CORRENTE NOMINAL:
800A; FREQUENCIA NOMINAL: 60HZ; USO: EXTERNO. CAPACIDADE DE
INTERRUPCAO : 16KA; TENSAO SUPORT.IMP.ATMOSF: 110KV. TENSAO
SUPORT. NOMINAL FREQUENCIA INDUSTRIAL: 34KV. TENSAO AUXILIAR DE
CONTROLE:125VCC. CARACT.ADICIONAIS: SISTEMA DE PROTECAO
MICROPROCESSADO.
ACESSORIOS:ESTRUTURA SUPORTE PARA FIXACAO EM PISO. APLICACAO:
SUBESTACAO(S/E).
NORMA:VR01.01-00.026(CELPE);VR01.01-00.031(CELPE)

3.3.7 OPERAÇÃO DO RELIGADOR


Quando um religador detecta uma condição de sobrecorrente, a circulação da mesma é interrompida
pela abertura de seus contatos. Estes contatos são mantidos abertos durante um tempo determinado,
chamado de tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente para reenergização da
linha. Se, no momento de fechamento dos contatos, a corrente de falta persistir, a seqüência
abertura/fechamento é repetida até três vezes consecutivas (dependendo da programação de ajustes
de cada equipamento) e, após a quarta abertura, os contatos ficam abertos e travados. O novo
fechamento só poderá ser manual.

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A seguir temos um exemplo da operação de um religador:

Suponhamos que o religador da figura 3.26 esteja com os seguintes ajustes:


Número de Aberturas(NA): 4;
Número de Religamentos(NR = NA-1)): 3;
Intervalos de Religamentos: 1o intervalo de religamento de 5s, o 2o intervalo de religamento de 10s
e o 3o intervalo de religamento de 15s;
Tempo de reset:e 60s;
Ajuste(tapexRTC) de fase: 400A;
Ajuste(tapexRTC) de neutro 40A.
Vamos descrever a seqüência de operação deste religador para um curto-circuito permanente de
1500A e para um curto-circuito transitório de 1500A com duração igual a 10s. vamos considerar
atuação instantâneas dos relés.
a) simulação de um curto-circuito permanente
Logo após o curto-circuito o religador faz a seguinte seqüência de operação:
1a Abertura - 1 o intervalo de religamento(5s) - 1 o religamento;
2a Abertura - 2 o intervalo de religamento(10s) - 2 o religamento;
3a Abertura - 3 o intervalo de religamento(15s) - 3 o religamento;
4a Abertura - Bloqueio, o alimentador fica desenergizado.
b) simulação de um curto-circuito transitório de duração 10s
Logo após o curto-circuito o religador faz a seguinte seqüência de operação:
1a Abertura - 1 o intervalo de religamento(5s) - 1 o religamento;
2a Abertura - 2 o intervalo de religamento(10s) - 2 o religamento;
Após o 2o religamento o alimentador fica energizado, tendo em vista, que o defeito
desapareceu, pois, o tempo de duração do mesmo, 10s, é menor do que os 15s(5s+10s) dos
intervalos de religamento.
Após o 2o religamento é contado o tempo de reset, igual a 60s, sendo apagada a seqüência
de operação da memória do religador.

3.3.8 EXERCÍCIOS

a) Defina religador.
b) Como o religador deve ser ligado ao sistema elétrico?
c) Qual a função do religador em um sistema elétrico?
d) Classifique os religadores de acordo com:
local de instalação no sistema elétrico;
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meio de extinção do arco elétrico;


número de fases.
e) Quais as principais características técnicas do religador?
f) Quais as vantagens de usarmos religadores para fazer a proteção de um sistema elétrico de
distribuição?
g) Quais as partes componentes de um religador?
h) O que você entende por capacidade de interrupção nominal em curto circuito do religador?
i) Quais as tensões que definem o nível de isolamento de um religador?
 j) Como dimensionamos a corrente nominal de um religador?
k) Defina tempo de abertura e tempo de interrupção de um religador.
l) Defina tempo de reset do religador.
m) Quais os tipos de mecanismos de operação que podem ser utilizados nos religadores?
n) Faça uma pesquisa sobe os mecanismos de operação dos religadores.
o) Um religador faz a proteção de um circuito de distribuição e está ajustado para: 3
aberturas, 2 religamentos, sendo o 1o intervalo de religamento de 10s e o 2o intervalo de
religamento de 15s, o tempo de reset de 30s, o tape (ajuste)de fase 300A, o tape(ajuste) de
neutro 40A. Descreva a seqüência de operação deste religador para um curto-circuito
permanente de 1200A e para um curto-circuito transitório de 1200A com duração igual a
12s.
p) Um religador faz a proteção de um circuito de distribuição e está ajustado para: 4
aberturas, 3 religamentos, sendo o 1o intervalo de religamento de 5s, o 2o intervalo de
religamento de 10s e o 3o intervalo de religamento de 15s, o tempo de reset de 60s, o tape
(ajuste)de fase 400A, o tape(ajuste) de neutro 40A. Descreva a seqüência de operação deste
religador para um curto-circuito permanente de 1500A e para um curto-circuito transitório
de 1500A com duração igual a 20s.

3.3.9 BIBLIOGRAFIA
a) Santos Marcelo, Apresentação da CELPE, Religadores;
b) Norma técnica, Religadores Automáticos - Especificação, NBR 8177, 1983, Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
c) Apostila da CELPE sobre religadores;
d) Catálogo sobre religadores da COOPER.

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3.4 SECCIONALIZADOR
3.4.1 DEFINIÇÃO
É um equipamento utilizado para interrupção automática de circuitos, que abre os seus contatos
quando o circuito é desenergizado por um equipamento de proteção situado a sua retaguarda (à
montante) e equipado com dispositivo para religamento automático.
As figuras 3.27a e 3.27b mostram fotos de Seccionalizadores

Figura 3.27a – Seccionalizador trifásico-Cooper Figura 3.27b Seccionalizador monofásico-ABB

3.4.2 FUNÇÃO
O seccionalizador tem a função de isolar o trecho defeituoso, quando a linha de distribuição é
desenergizada por um equipamento de proteção situado à montante, religador, e equipado com
dispositivo de religamento automático, isto é, o seccionalizador é um dispositivo automático
projetado para operar em conjunto com o religador, entretanto, não interrompe a corrente de defeito,
ele abre seus contatos sem tensão.

3.4.3 LIGAÇÃO AO CIRCUITO


O seccionalizador deve ser ligado em série com a linha de distribuição. Ele basicamente é
constituído de um elemento sensor de sobrecorrente e de um mecanismo para contagem de
desligamentos do equipamento de retaguarda, além de contatos e de dispositivos para travamento na
posição aberto. A figura 3.28, mostrar um diagrama unifilar do sistema de manobra e proteção de

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um ramal de uma linha de distribuição, onde temo o seccionalizador como o equipamentos de


proteção e comando do ramal, ligados em série

TC Icarga
R
S Seccionalizador
R Relés de sobrecorrentes
R Relé de religamento Icc

Figura 3.28 – ligação do seccionalizador ao circuito

3.4.4 TIPOS DE SECCIONALIZADORES


Os seccionadores são classificados :

a) de acordo com o número de fases:

monofásico;
trifásico.

b) De acordo com o tipo de controle:

controle hidráulico

É usado principalmente em seccionalizadores monofásicos ou trifásicos com bobinas


menores.
Este tipo de controle sente a sobrecorrente através de uma bobina conectada em série com a
linha. Seccionalizadores hidráulicos devem ser fechados manualmente.

controle eletrônico

É utilizado principalmente em unidades trifásicas, com bobinas de valores mais elevados.


O controle da corrente de linha é obtido por um transformador de corrente que envia sinais
ao circuito eletrônico que conta o número de operações e também comanda a abertura.
A corrente mínima de acionamento para cada fase e terra é determinada nos
seccionalizadores de controle eletrônico através da seleção adequada de um resistor do tipo
plug-in.
Em geral, os resistores de corrente de fase são identificados com o símbolo φ. Já os
resistores de corrente de terra são identificados no sistema plug-in com o tradicional símbolo
de terra.
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3.4.5 PRINCIPAIS PARTES COMPONENTES DO SECCIONALIZADOR


Os seccionalizadores compreendem duas diferentes unidades básicas:

a) Unidade seccionadora
É composta dos seguintes elementos:
tampa
Tem a função básica de fechar hermeticamente a unidade de seccionamento, bem como
servir de base para a instalação das buchas de porcelana.
Buchas
Normalmente construídas em porcelana vitrificada, são do tipo passante. No pescoço
interno de três das seis buchas existentes são montados três transformadores de corrente
que alimentam o circuito eletrônico e o circuito de disparo, no caso dos
seccionalizadores de controle estático. Não há TC`s instalados nos seccionalizadores de
controle hidráulico.
Transformadores de corrente
É do tipo bucha, moldado em epóxi.
Tanque
É um reservatório cheio de óleo mineral no interior do qual estão instalados os TC`s e os
contatos de seccionamento.

b) unidade de controle
No caso dos seccionalizadores de controle eletrônico, a unidade de controle compreende os
seguintes componentes:
circuito estático de contagem;
circuito de disparo;
resitores de corrente de fase e de terra;
restritor de corrente de energização (inrush), Dispositivo que não permite a contagem
quando a corrente for transitória de magnetização dos transformadores e de cargas
indutivas;
Restritor de corrente: Dispositivo que não permite a contagem enquanto houver corrente
passando pelo seccionalizador;
Restritor de tensão: Dispositivo que não permite a contagem enquanto houver tensão na
linha.

3.4.6 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS TÉCNICAS E ESPECIFICAÇÃO DO


SECCIONALIZADOR
a) corrente nominal( ex. 200A);
b) tipo;
c) freqüência nominal;
d) nível de isolamento, definido pelas tensões:
tensão nominal ou tensão máxima de operação(ex. 15kV);
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tensão suportável à freqüência industrial, 1 minuto;


tensão suportável de impulso atmosférico;
e) corrente monentânea;
f) uso: interno ou externo.

A seguir é mostrado exemplo de especificação de Seccionalizador, da CELPE.

“SECCIONALIZADOR AUTOMATICO. NUMERO DE FASES: TRIPOLAR. USO:


EXTERNO. ISOLACAO: SF6 OU OLEO. NIVEL BASICO DE IMPULSO: NBI
110 KV. FREQUENCIA: 60 HZ. TENSAO MAXIMA DE OPERACAO: 15,0 KV.
TENSAO NOMINAL: 13,8 KV. CORRENTE NOMINAL: 200 A. REQUISITOS
ADICIONAIS: MECANISMO DE OPERACAO: MOLA ACIONADO POR MOTOR OU
MANUAL. CORRENTE ASSIMÉTRICA DE ESTABELECIMENTO NOMINAL: 9 KA.
MATERIAL DO TANQUE: ACO INOXIDAVEL; TIPO DE CONTROLE:
MICROPROCESSADO, COM CUBICULO; COM ACESSORIO PARA INSTALACAO
EM POSTE. APLICACAO:REDES DE DISTRIBUICAO.
ESPECIFICAÇÃO:VR01.01-00.026(CELPE);VR01.01-00.050 (CELPE”

3.4.7 OPERAÇÃO DO SECCIONALIZADOR


O Seccionalizador é um equipamento de construção e de funcionamento simples.
É constituído de um dispositivo que mede o valor da corrente que percorre o circuito. Se este valor
for superior ao valor ajustado da corrente de acionamento, o seccionalizador fica predisposto a
operar, enquanto um outro dispositivo inicia a contagem do número de desligamento efetuado pelo
equipamento instalado a montante, podendo ser um religador ou um disjuntor com relé de
religamento. Quando o mecanismo de contagem do seccionalizador registrar o número de operações
efetuadas pelo equipamento de retaguarda igual ao valor ajustado, o seccionalizador atua, abrindo
seus contatos, interrompendo o circuito a jusante, e permanecendo travado. Desta forma, o religador
ou disjuntor com religamento pode restabelecer a parte do circuito não afetada pelo defeito.

A seguir temos um exemplo da operação de um secconalizador:

Suponhamos que o religador da figura 3.28 esteja com os seguintes ajustes:


Número de Aberturas(NA): 4;
Número de Religamentos(NR = NA-1)): 3;
Intervalos de Religamentos: 1o intervalo de religamento de 5s, o 2o intervalo de religamento de 10s
e o 3o intervalo de religamento de 15s;
Tempo de reset:e 60s;
Ajuste(tapexRTC) de fase: 400A;
Ajuste(tapexRTC) de neutro 40A.
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E o seccionalizador com os seguintes ajustes:


ajuste de fase(tape): 80A;
ajuste de neutro(tape): 16A;
número de contagem(NC ≤ NA-1): 3;

Vamos descrever a seqüência de operação do conjunto religador-seccionalizador para um curto-


circuito permanente de 1000A e para um curto-circuito transitório de 1000A com duração igual a
10s. vamos considerar atuação instantâneas dos relés.
a) simulação de um curto-circuito permanente
Logo após o curto-circuito o conjunto religador-seccionalizador fazem as seguintes
seqüências de operação:

Religador Seccionalizador
a o o
1 Abertura - 1  int. relig(5s) – 1   religamento Como Icc = 1000A>Iajuste =80A, o sec. conta 1
2a Abertura - 2 o int. relig(10s) - 2 o religamento Como Icc = 1000A>Iajuste =80A, o sec. conta 2
3a Abertura - 3o int. relig(15s) – 3 o  religamento, Como Icc = 1000A>Iajuste =80A, o sec. conta 3
ficando o alimentador energizado, sem o ramal. e abre os seus contatos desligando o ramal.

b) simulação de um curto-circuito transitório de duração 10s


Logo após o curto-circuito o conjunto religador-seccionalizador fazem as seguintes
seqüências de operação:

Religador Seccionalizador
1a Abertura - 1o int. relig(5s) – 1 o  religamento Como Icc = 1000A>Iajuste =80A, o sec. conta 1
2a Abertura - 2 o int. relig(10s) - 2 o religamento Como Icc = 1000A>Iajuste =80A, o sec. conta 2
Após o 2o religamento o alimentador, fica Como o defeito dasapareceu o
a
energizado, inclusive com o ramal, tendo em seccionalizador não faz a 3   contagem, logo
vista, que o defeito desapareceu, pois o tempo ele não abre os seus contatos.
de duração do mesmo, 10s, é menor do que os
15s(5s+10s) dos intervalos de religamento.

3.4.8 EXERCÍCIOS
a) Quais as principais características técnicas de um seccionalizador?
b) Quais os tipos de seccionalizadores?

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c) Justifique porque, o seccionalizador não funciona se à montante do mesmo não existir um


religador com dispositivos de proteção sensíveis aos defeitos no ramal protegido pelo
seccionalizador.
d) Quais as partes componentes de um seccionalizador?
e) Para o seccionalizador da figura 3.29, descreva a seqüência de operação, para um curto-
circuito permanente de 1500A no ponto A, sabendo-se que os ajustes do mesmo são:
ajuste de fase 80ª, ajuste de neutro 16ª, Número de contagem 2, tempo de reset 30s.
Os ajustes do religador são:
4 aberturas, 3 religamentos, sendo o 1º intervalo de religamento de 5s, o 2º intervalo de
religamento de 10s e o 3º intervalo de religamento de 15s, o tempo de reset de 60s, o tape
(ajuste)de fase 400ª, o tape(ajuste) de neutro 40ª.

Z4

F1
Z1 Z2
R1 R2
s

Z3

A
Figura 3.29 – Sistema de distribuição do exercícios letra e)

3.4.9 BIBLIOGRAFIA
a) Santos Marcelo, Apresentação da CELPE, secconalizadores;
b) Apostila da CELPE sobre secconalizadores;
c) Catálogo de seccionalizador da ABB;
d) Catálogo de seccionalizador da COOPER.

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3.5 CHAVE E ELO FUSÍVEL


3.5.1 DEFINIÇÃO
Chave fusível é um equipamento destinado à proteção de circuitos primários, utilizado em redes
aéreas de distribuição urbana e rural e em pequenas subestações de consumidor e de concessionária.
É dotada de um elemento fusível que responde pelas características básicas de sua operação .

São denominados também de corta-circuitos e são fabricados em diversos modelos para diferentes
níveis de tensão e corrente .
As figuras 3.30a e 3.30b mostram fotos da chave e do elo fusível

Figura 3.30a – Chave fusível, base C Figura 3.30b – elo fusível

3.5.2 FUNÇÃO
A chave e o elo fusível têm a função de isolar o trecho defeituoso, quando ocorre um curto-circuito
na linha de distribuição ou no transformador de distribuição. Quando passa no elo uma corrente
maior do que a sua corrente nominal ele se funde e interrompe o circuito.

3.5.3 LIGAÇÃO AO CIRCUITO


A chave e o elo fusível devem ser ligados em série com a linha de distribuição ou com o
transformador de distribuição, devendo suportar, em regime continuo, a corrente de carga e
interromper, em condição de defeito, a máxima corrente de curto-circuito do circuito protegido. A
figura 3.31, mostrar um diagrama unifilar de um ramal de um sistema de distribuição protegido por
uma chave fusível.

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Z4

F1
Z1 Z2
R1 R2
s

Z3

Figura 3.31 – ligação da chave fusível ao circuito

3.5.4 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO E OPERAÇÃO


O princípio de funcionamento de todas as chaves/elos fusíveis é pela fusão parcial ou total de seu
elemento fusível, abrindo desta forma o circuito elétrico .

Quando um elo fusível é submetido a uma sobrecorrente e a mesma é mantida, depois de decorrido
certo tempo, o elemento fusível se fundirá . O tempo que levará para fundir é proporcional ao
quadrado da corrente aplicada e da inércia térmica do conjunto que forma o elemento fusível .

Portanto, variando-se os elementos do conjunto que forma o elemento fusível, podemos ter um
fusível de ação muito rápida (FF), rápida (F), média (M), lenta (T), ou muito lenta (TT), todos eles
baseados em um mesmo método de ensaio. Para isso existem curvas características de fusão, as
quais fornecem faixas para o tempo de fusão, em função da corrente aplicada .

O funcionamento de chaves fusíveis, instaladas no sistema de distribuição, está condicionado a duas


alternativas do circuito:
a) com carga
b) sem carga

Quando se tratar de operação de chaves fusíveis em carga, o eletricista deve executar sua abertura
mediante a utilização de dispositivos para extinção do arco, como, por exemplo, o loadbuster,
observando o valor máximo de corrente especificado para esse dispositivo.

A operação de chaves fusíveis além de ser efetuado com segurança, precisão e rapidez, deve-se
observar a correta seqüência de abertura e fechamento.
A seqüência de operação deve ser realizada conforme a seguir, ver figura 3.32:
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a) abertura
Abrir primeiro a chave fusível da extremidade mais próxima da chave do meio;
Abrir a chave fusível da outra extremidade;
Finalmente abrir a chave fusível do meio.

b) fechamento
Fechar a chave fusível do meio;
Fechar a chave fusível da extremidade mais distante da chave do meio;
Finalmente fechar a chave fusível da outra extremidade.

A B C

Figura 3.32 – seqüência de operação da chave fusivel

Na seqüência das figuras 3.33 a 3.36, a seguir temos um exemplo de uma interrupção do elo
de 20K dentro do porta fusível instalado em Chave Fusível 36,2 kV, Base C, aplicado 420 A,
36,2kV, FP 0,3 e TRT 10kHz.

a) Elemento Aquece e Funde:

Figura 3.33 – fusão do elemento fusivel

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Inicialmente a corrente de 420A provoca o aumento da temperatura do elemento fusível e demais


partes metálicas como botão, fio de reforço luva e cordoalha. O elemento entra em fusão.

b) Estabelece Arco Elétrico:

Figura 3.34 – Formação do arco elétrico

Após a fusão inicia-se o arco elétrico e há formação de grande quantidade de gás (basicamente
composto de vapor d’água, hidrocarbonetos, nitrogênio e ácidos metálicos), que provoca aumento da
pressão interna. Durante o arco a corrente mantém-se em 420A.

c) Extinção do arco elétrico:

Figura 3.35 – Extinção do arco elétrico

O gás formado juntamente com a tensão mecânica exercida pela mola na cordoalha e a pressão
interna no tubo, extingue o arco e expulsa a cordoalha, interrompendo o circuito. As três fases
representadas pelas figuras acima ocorrem dentro do tubo protetor do elemento fusível, sem
destruí-lo.

d) Seqüência de abertura da chave fusível

Figura 3.36 – seqüência de abertura da chave fusivel

Com o circuito interrompido, o que sobrou do elo é lançado para fora, o cartucho porta fusível
despenca e gira no eixo do contato inferior sinalizando a interrupção.
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3.5.5 TIPOS DE CHAVE E ELO FUSÍVEL


a) Tipos de chave fusível

A chave fusível é classificada de acordo com a sua base, logo temos chaves base C, D ou
A.

b) Tipos de elo fusível

Temos os seguintes tipos de elo fusível para distribuição (13,8kV e 34,5kV): H, K e T e


para transmissão (69kV): EF e ES
Tipo H – elos fusíveis de alto surto, com alta temporização para correntes elevadas;
Tipo K – elos fusíveis rápidos com relação de rapidez variando entre 6 (para elo fusível
de corrente nominal 6 A) e 8,1 (para elo fusível de corrente nominal 200 A);
Tipo T – elos fusíveis lentos com relação de rapidez variando entre 10 (para elo fusível
de corrente nominal 6 A) e 13 (para elo fusível de corrente nominal 200 A).

Os termos “rápido” e “lento” são utilizados apenas para indicar a rapidez relativa entre os
elos fusíveis K e T.

As figuras 3.37 e 3.38, mostram as curvas tempo x corrente para os elo fusíveis tipo H e tipo K.
1000
1H
1H
2H
100
2H
3H
3H

10 5H
5H

0,1

0,01
1 10 100 1000

Figura 3.37 - curva tempo x corrente o elo fusível tipo H


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1000
10K
10K
15K
100 15K
25K
25K
40K
10
40K
65K
65K
1

0,1

0,01
10 100 1000 10000

Figura 3.38 - curva tempo x corrente o elo fusível tipo K

3.5.6 PRINCIPAIS PARTES COMPONENTES DA CHAVE E DO ELO FUSIVEL


a) Chave fusível
A chave fusível é composta dos seguintes elementos:
Porta fusível;

O porta fusível deve ser intercambiável com as bases de mesmas características


nominais de todos os fabricantes, e deve ter olhal para operação com vara de manobra.
O tubo deve ser fabricado em fibra de vidro, com fibra vulcanizada internamente.
Quando da colocação do elo fusível, a cordoalha deve ficar axialmente centrada. Isto é
conseguido com o tracionador provido de mola, corretamente montado pelo fabricante.
Os pontos de conexão elétrica devem ser prateados.

Contatos, superior e inferior;

Devem ser cobre prateados.

Isolador;

Deve ser de porcelana vitrificada ou polimérica, isenta de imperfeições e não deve ser
oca.
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Gancho para abertura;

O gancho deverá ser fabricado em material não ferroso.

Base.

Conectores;

Devem ser do tipo paralelo em liga de cobre estanhado.

Suporte.

Devem ser de aço galvanizado por imersão a quente.

b) Elo fusível
O elo fusível é composto dos seguintes elementos:
elemento fusível;

Teoricamente qualquer fio metálico ou liga metálica poderá servir de elemento fusível,
mas na prática se utiliza principalmente o cobre, o estanho, a prata ou suas ligas e a liga
de níquel e cromo.

cordoalha;

Fabricada com fios cobre eletrolítico estanhado, encordoamento torcido, ou torcido e


trançado, tendo seção circular homogênea em todo o seu comprimento, seu diâmetro
faz parte de seu projeto e por esta razão uma vez homologada não deverá ser
modificada. Na saída da luva a cordoalha poderá ser prensada para assegurar que não
irá esgaçar quando da interrupção. A ponta da cordoalha deverá ser soldada, para
manter a cordoalha com seus fios unidos facilitando a sua colocação.

botão do elo fusível;

É o contato superior, e deverá ser fabricado em liga de cobre, ser maciço com proteção
superficial adequada para não deixar a superfície oxidar. As proteções superficiais
mais adequadas são prateamento ou estanhagem.

tubo protetor do elo fusível;

O tubo deverá ser fabricado em fibra vulcanizada, com ou sem reforço externo em fibra
de vidro. A fixação no botão deverá garantir que o mesmo não se solte durante a
interrupção, sendo hermeticamente fechado na junção com o botão.
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Luva.

Faz a conexão do elemento fusível com a cordoalha; é um elemento do projeto do elo


fusível, e uma vez definida não deve ser modificada.

3.5.7 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS TÉCNICAS E ESPECIFICAÇÃO DA CHAVE E


DO ELO FUSÍVEL(NBRs – 5359 e 8124)
a) Chave fusível
corrente nominal(50-100-200A);
tipo;
freqüência nominal;
nível de isolamento, definido pelas tensões:
• tensão nominal ou tensão máxima de operação(ex. 15kV);
• tensão suportável à freqüência industrial, 1 minuto;
• tensão suportável de impulso atmosférico;
capacidade de interrupção nominal em curto-circuito;
duração nominal da corrente de curto-circuito;
Uso: interno e externo.

b) Elo fusível
corrente nominal;
material do elemento fusível;
tipo;
comprimento da cordoalha;
material do tubo protetor do elo fusível.

A seguir é mostrado exemplo de especificação de chave fusível da CELPE.

“CHAVE FUSÍVEL DISTRIBUIÇÃO. TIPO DE BASE: C. TENSÃO NOMINAL:


15,0KV. CORRENTE NOMINAL DA BASE: 300A. CORRENTE NOMINAL DO
PORTA FUSÍVEL: 200A. COR DO PORTA FUSIVEL: CINZA MUNSELL 7N.
CAPAC. INTERRUPÇÃO SIMÉTRICA: 7,1 KA. CAPAC DE INTERRUPÇÃO
ASSIMÉTRICA: 10,0 KA. TENÃO SUPORT. IMPILSO ATMOSF.: 95,KV.
TENSÃO SUP. NOM. FR. IND.: 34KV. CARACT.ADICIONAIS: GANCHO PARA
OPERAÇÃO COM FERRAMENTA DE ABERTURA EM CARGA. ACESSÓRIO:SUPORTE
PARA FIXAÇÃO EM CRUZETA. NORMAS CELPE:VR01.01-00.016E2 E VR01.01-
00.026
EMBALAGEM: EPC003”

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3.5.8 EXERCÍCIOS
a) Descreva como a chave e o elo fusível fazem a proteção de um circuito contra curto-circuito.
b) Quais os tipos de elos fusíveis, usados na distribuição e os usados nas subestações de transmissão
69/13,8kV?
c) Quais os tipos de materiais usados na fabricação dos elos fusíveis ?
d) Quais as principais características técnicas das chaves fusíveis?
e) Quais as partes componentes de uma chave fusível?
f) Quais as principais características técnicas do elo fusível?
g) Quais as partes componentes do elo fusível:
h) O que você entende por:
tempo de fusão do elo fusível;
tempo de interrupção do elo fusível.
i) Descreva a seqüência de operação de uma chave fusível, instalada em um sistema de
distribuição, abertura e fechamento.
 j) O que devemos fazer para operar a chave fusível em carga.

3.4.9 BIBLIOGRAFIA
a) Santos Marcelo, Apresentação da CELPE, chave fusíveis;
b) Apostila da CELPE sobre chave e elo fusível;
c) Apostila da COELBA sobre chave e elo fusível;
d) Norma técnica, chave fusível de distribuição – Padronização, NBR 8124, Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
e) Norma técnica, chave fusível de distribuição - Especificação, NBR 8668, Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
f) Norma técnica, elos fusíveis de distribuição – Especificação, NBR 5359, Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

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4. RELÉS BÁSICOS
4.1 INTRODUÇÃO
A crescente expansão e complexidade dos modernos sistemas elétricos caracterizam através de
requisitos cada vez maiores de continuidade e qualidade no fornecimento da energia elétrica, a
necessidade de um contínuo desenvolvimento da Engenharia de proteção.
Visando atingir maiores níveis de desempenho, a Engenharia de proteção, através de seu segmento
Tecnologia de relés, tem-se voltado à pesquisa objetivando o aprimoramento de quatro parâmetros
básicos a saber:

a) Confiabilidade

A utilização de peças e componentes com taxas de falhas cada vez menores, visando a
elevação do nível final de confiabilidade do dispositivo de proteção.

b) Sensibilidade

O projeto de circuitos sensíveis aos diversos tipos de defeitos a que estão sujeitos os sistemas
elétricos.

c) Seletividade

A previsão de meios que permitam manter a seletividade com outros dispositivos de


proteção, visando apenas o desligamento da seção do sistema afetado.

d) Velocidade

O projeto de circuitos cada vez mais velozes visando a elevação da confiabilidade do


sistema elétrico como um todo, preservando o tempo máximo de suportabilidade dos
equipamentos protegidos, bem como evitando submeter o sistema elétrico a condições
adversas por longo tempo.

Com o advento da tecnologia dos microprocessadores, atualmente as empresas estão integrando os


sistemas de proteção, medição, supervisão, controle e sinalização em um único equipamento.

4.2 GERAÇÕES DE RELÉS


Os sistemas de proteção podem ser distinguidos por duas gerações de relés a saber:

a) Relés Eletromecânicos
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• Indução
• Disco de Indução

As figuras 4.1a e 4.1b, mostram o relé IAC 51 da GE.

(a) (b)

Figura 4.1 – Relé eletromecânico, IAC 51 da GE, a) parte da frente e b) parte de trás

b) Relés Estáticos
• Eletrônicos
• Digitais
• Microprocessados

As figuras 4.2a e 4.2b, mostram o relé IAC 51 da GE

(a) (b)
Figura 4.2 – Relés microprocessados, a) fabricante Areva e b) fabricante Siemens

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4.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS RELÉS

4.3.1 DEFINIÇÃO
De acordo com a ABNT, Relé é um dispositivo por meio do qual um equipamento elétrico é
operado quando se produzem variações nas condições deste equipamento ou do circuito em que ele
está ligado, ou em outro equipamento associado.

Pode-se definir também relé como sendo um equipamento elétrico que supervisiona uma grandeza
do sistema elétrico e atua quando essa grandeza ultrapassa um valor pré-estabelecido. A atuação
geralmente é feita enviando ordem de abertura para um disjuntor.

4.3.2 OPERAÇÃO DO RELÉ


A operação do relé pode ser caracterizada nas 4 (quatro) fases que se seguem:

a) Alimentação:

As grandezas sensoras sob forma de corrente, tensão, etc, são aplicadas ao relé.

b) Atuação:

As grandezas sensoras superam condições pré-estabelecidas pelos ajustes dos relés.

c) Disparo:

O relé através de um comando de saida, envia ordem de abertura ao(s) disjuntor(es)


visando isolar a parte defeituosa do sistema.

d) Indicação:

O relé através de identificação local (bandeirola, led's, etc) e/ou remota ( anunciadores,
oscilógrafos, sirenes, etc ) caracteriza a atuação.

4.3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS RELÉS


Os relés são caracterizados através das seguintes classificações:

a) Grandezas Físicas de Atuação


Ex. Elétricas, Mecânicas, Térmicas

b) Natureza Física das Grandezas

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Ex. Corrente, Tensão, Potência, Temperatura, Frequência.

c) Construção

Ex. Eletromecânicos, Estáticos

d) Função

Ex. Sobrecorrente, Sobretensão, Diferencial, Distância, Sobrefrequência.

e) Alimentação do circuito de comando e controle

Ex. Tensão alternada, Tensão contínua.

f) Importância do Circuito

Ex. Principal e auxiliar.

g) Conexão ao circuito

Ex. Primário (ligado diretamente ao circuito) e Secundário (ligado através de TC e/ou TP)

h) Característica dos contatos

Ex. Contatos Normalmente Abertos e Contatos Normalmente Fechados

i) Temporização
T
Ex. Instantâneos – sem retardo de tempo T. Def.
Temporizados – com retardo de tempo
Tempo definido
Tempo inverso N. Inv.
• Curva normal inversa Ex. Inv.
• Curva muito inversa M. Inv.
• Curva extremamente inversa Inst.
I
Figura 4.3 - Tipos de curva do Relé

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4.3.4 CODIFICAÇÃO DOS RELÉS


Os relés são codificados através de números de acordo com a norma ANSI. A seguir são
relacionados os códigos dos principais relés/disjuntores.
21 - Relé de Distância;
25 - Relé de Sincronismo;
26 - Relé de temperatura do óleo;
27 - Relé de Subtensão;
30 - Relé Anunciador;
32 - Relé Direcional de Potência;
49 - Relé Térmico para Proteção de Máquinas e Transformadores;
50 - Relé de Sobrecorrente Instantâneo(50 = fase, 50N = neutro);
51 - Relé de Sobrecorrente Temporizado(51 = fase, 51N = neutro);
52 – Disjuntor;
59 - Relé de Sobretensão;
63 - Relé de Pressão(gás);
64 - Relé de Proteção à terra;
67 - Relé de Sobrecorrente Direcional(67 = fase, 67N = neutro);
71 - Válvula de alivio de pressão;
72 - Disjuntor de Corrente Contínua;
79 - Relé de Religamento;
81 - Relé de Freqüência;
86 - Relé de Bloqueio;
87 - Relé Diferencial;
90 - Relé de regulação de tensão.

4.3.5 CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DO RELÉ


a) Valor de Pick-up ou Acionamento ou Atuação

Valor da grandeza de atuação, a partir do qual o relé opera, ou seja, seus contatos mudam
de estado.

b) Valor de Drop-out ou Desacionamento

Valor da grandeza de atuação, a partir do qual o relé desopera, ou seja, seus contatos
voltam a posição original.

c) Relação Drop-out/Pick-up (recomposição)

Relação entre os valores das grandezas de acionamento para os quais o relé desopera/opera.

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Ex. Ipick-up = 10 e Idrop-out = 9, logo R d/p = 0,9

4.4 RELÉ ELEMENTAR

4.4.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Circuito de Comando / Controle (Operativo)

+ -
Bobina Mola Móvel
de Alarme
+ Contatos
Abertura Fm
Armadura Fixo Iop
- δ
Fe
+ -
I
Disjuntor
Bateria
Bobina
Núcleo
Fonte

Circuito de Força Relé

Z
Carga

Figura 4.4 - Relé elementar

Na figura 4.4, o núcleo é percorrido por um fluxo proporcional à corrente do circuito que circula na
bobina do relé, e isso faz com que seja possível que o contato móvel feche um circuito operativo
auxiliar alimentando um alarme(lâmpada) e/ou o disparador do disjuntor colocado no circuito
principal, sempre que F e > Fm.

Por motivo de projeto, o valor "I" deve ser limitado, e assim, sempre que excede um valor prefixado
Ip (corrente de pick-up ou atuação), o circuito deve ser interrompido, por exemplo, pelo envio de um
impulso de operação I op, à bobina do disparador do disjuntor, ou pelo menos, ser assinalado aquela
ultrapassagem por um alarme (lâmpada ou buzina).

Para o relé atuar é preciso haver uma força residual:

Fr = (Fe - Fm) > 0 eq. 4.1

Onde:
Fr = Força residual
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Fe = Força elétrica


Fm = Força mecânica(mola)

De acordo com exposto podemos concluir que no relé temos a presença de:

a) Elemento Sensor ou Detetor

As vezes chamado de elemento de medida que responde às variações da grandeza atuante


(I).

b) Elemento Comparador

Que faz a comparação entre a grandeza atuante (F e) e um valor pré-determinado (F m).

c) Elemento de Controle

Que efetua uma brusca mudança na grandeza de controle, por exemplo, fecha os contatos
do circuito da bobina de disparo do disjuntor.

4.4.2 QUALIDADES REQUERIDAS DE UM RELÉ


Para cumprir suas finalidades, os relés devem:

a) Ser tão simples (confiabilidade) e robustos (efeitos dinâmicos da corrente de defeito) o


quanto possível;

b) Ser tão rápidos (razões de estabilidade do sistema) o quanto possível, independentemente


do valor, natureza e localização do defeito;
c) Ter baixo consumo próprio (especificação de TC e TP);

d) Ter alta sensibilidade e poder de discriminação (a corrente de defeito pode ser inferior à
nominal e a tensão quase anular-se);

e) Realizar contatos firmes (evitando centelhamento e ricochetes que conduzem a desgastes


prematuro);

f) Manter sua regulagem, independentemente da temperatura exterior, variações de


frequência, vibrações, campos externos, etc;

g) Ter baixo custo.

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4.5 RELÉ DE INDUÇÃO A DISCO


São relés que operam com retardo de tempo, consiste de um disco condutor (alumínio), que se
movimenta por indução dentro do entreferro de um núcleo magnético excitado pela corrente que
circula na bobina do relé, existe um contato móvel para disparo do disjuntor associado.

A figura 4.5, mostra o esquema de ligação do relé de indução a disco, a grandeza de alimentação
pode ser uma corrente e/ou uma tensão.

Icc
Circuito de Comando e Controle

Contato Núcleo
Eixo
Fixo Lâmpada
- E
     + 
Bobina de Abertura
Circuito de Força
Contato Bobina
Móvel Tc
Mola
Mola

Anel
Disco de
Defasagem

Figura 4.5 - Relé de indução a disco

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O relé atua de acordo com a característica Tempo x Corrente da figura 4.6 a seguir:

t(s)

t1 < t2 < t3

t3
t2
t1 3
2
1
1,5 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 10,5
Múltiplo

Figura 4.6 - Curva tempo x corrente do relé

4.6. EQUAÇÃO UNIVERSAL DO RELÉ ELETROMECÂNICO


A equação 4.2, nos dar a equação do torque(conjugado) de todos os tipos de relés que funcionam
pelo princípio de indução a disco, é por isso que ela é conhecida como equação universal do relé.

T = K1.I2 + K2.V2 + K3.V.I cos(θ - α) - K4 eq. 4.2

Onde:

T = torque(conjugado) do disco;
K1, K2, K3 = constantes de proporcionalidade;
K4 = conjugado antagonista(mola);
θ = ângulo entre os fluxos criados pela tensão e pela corrente;
α = ângulo de conjugado máximo do relé.

Exemplos
a) Para o relé de corrente a equação do torque(conjugado) será:

T = K1.I2 - K4, a grandeza de operação é a corrente e a de restrição é a mola.

b) Para o relé de tensão a equação do torque(conjugado) será:

T = K1.V2 - K4, a grandeza de operação é a tensão e a de restrição é a mola.

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4.7 RELÉ DE SOBRECORRENTE( 50/50N e 51/51N)

4.7.1 DEFINIÇÃO
É o relé cuja grandeza sensora é a corrente e atua quando essa corrente é superior ao seu valor de
ajuste.

4.7.2 FORMA DE ATUAÇÃO


Quando a corrente medida pelo relé de sobrecorrente for superior ao seu ajuste ele atua fechando os
seus contatos, que energiza o circuito de comando e controle, que energiza a bobina de abertura do
disjuntor que abre o circuito, isolando o trecho defeituoso.

4.7.3 TEMPO DE ATUAÇÃO


a) Instantâneo – sem retardo de tempo (50/50N)
b) Temporizado – com retardo de tempo (51/51N)
Tempo definido
Tempo inverso
• Curva normal inversa
• Curva muito inversa
• Curva extremamente inversa

4.7.5 PRINCIPAIS APLICAÇÕES


Proteção de Linhas de Transmissão/Distribuição
Proteção de Transformadores
Proteção de Geradores
Proteção de Motores
Proteção de bancos de capacitores
Proteção de reatores

4.7.6 DIAGRAMA UNIFILAR DE LIGAÇÃO DOS RELÉS

TC
52

50 / 50N
Icc2φφMin
51 / 51N

Figura 4.7 – Diagrama unifilar de ligação dos relés Icc1φφMin


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4.7.6 FATORES QUE DEVEMOS CONSIDERAR PARA OS RELÉS DE


SOBRECORRENTE
Na escolha do relé de sobrecorrente devemos considerar:

a) Carga (burden) do Relé (VA, cos ϕ ) imposta ao TC;

b) Suportabilidade da bobina do relé.


• Em regime permanente, deve ser dimensionada, em no mínimo, 2 x In.
• Em regime transitório, vale a equação:

I2. t = Constante eq. 4.3

Exemplo

A corrente de curta duração(para 1s) suportável por um relé é 400 A. Sabendo-se que a corrente de
curto-circuito máxima no ponto de instalação do relé é 150 A e que o tempo de interrupção do
disjuntor é 0,2 s. Pede-se calcular o tempo máximo permitido para atuação do relé.

I2t = K (constante)

I1 = 400 A e t1 = 1 s
I2 = 150 A e t2 = Ted = TD + TR = 0,2 + TR

I12t1 = I22t2 ∴ 4002 x 1 = 1502 x t2

t2 = Ted = 7,11 s, logo TR = 7,11 - 0,2 ∴ TR = 6,91 s

4.8. RELÉ DE TENSÃO


4.8.1 TIPOS

• Sobretensão(59);
• Subtensão(27).

4.8.2 DEFINIÇÃO
Relé de Sobretensão: É um relé cuja grandeza sensora é tensão e atua quando essa tensão é superior
ao seu valor de ajuste.

Relé de Subtensão: É um relé cuja grandeza sensora é tensão e atua quando essa tensão é inferior ao
seu valor de ajuste.
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DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES ELETRO-
ELETRÔNICA - DASE
COORDENADORIA DE ELETROTÉCNICA – CELT

4.8.3 FORMA DE ATUAÇÃO


Quando a tensão medida pelo relé de sobretensão ou subtensão for superior ou inferior ao seu ajuste
ele atua fechando os seus contatos, que energiza o circuito de comando e controle, que energiza a
bobina de abertura do disjuntor que abre o circuito.

4.8.4 TEMPO DE ATUAÇÃO


a) Instantâneo
b) Temporizado
Tempo definido
Tempo inverso

4.8.5 PRINCIPAIS APLICAÇÃO


Proteção de Barramentos(59 e 27)
Proteção de Geradores(59)
Proteção de Motores(59 e 27)
Proteção de bancos de capacitores(59 e 27)

4.8.6 DIAGRAMA UNIFILAR DE LIGAÇÃO DOS RELÉS


TP
52

59
M

27

Figura 4.8 - Diagrama Unifilar de ligação dos relés de sobretensão e subtensão

4.9 RELÉ DE SOBRECORRENTE DIRECIONAL(67/67N)


4.9.1 DEFINIÇÃO
É o relé que supervisiona o módulo e o sentido da corrente e atua quando a corrente ultrapassa um
valor pré-estabelecido(ajuste) e seu sentido coincide com o sentido ajustado para atuação.

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4.9.2 FORMA DE ATUAÇÃO


Quando a corrente medida pelo relé de sobrecorrente direcional for superior ao seu ajuste e o seu
sentido coincidir com o sentido de atuação ele atua fechando os seus contatos, que energiza o
circuito de comando e controle, que energiza a bobina de abertura do disjuntor que abre o circuito,
isolando o trecho defeituoso.

4.9.3 TEMPO DE ATUAÇÃO


a) Instantâneo – sem retardo de tempo.
b) Temporizado – com retardo de tempo
Tempo definido
Tempo inverso
Curva normal inversa
Curva muito inversa
Curva extremamente inversa

4.9.5 PRINCIPAIS APLICAÇÃO


Proteção de Linhas de Transmissão

4.9.6 DIAGRAMA UNIFILAR DE LIGAÇÃO DOS RELÉS

TC TC TC Carga
52 52 52

Fonte 50 / 50N 50 / 50N


51 / 51N 67 / 67N 51 / 51N
TP

TC TC TC
Carga
52 52 52

50 / 50N 50 / 50N
51 / 51N 67 / 67N 51 / 51N

Figura 4.9 – Diagrama unifilar de ligação dos relés de sobrecorrentes direcionais

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4.10 RELÉ DE DIFERENCIAL(87)

4.10.1 DEFINIÇÃO
É o relé cuja grandeza sensora é a diferença das correntes de entrada e saída de um equipamento e
atua quando essa diferença ultrapassa um valor pré-estabelecido(seu ajuste).

4.10.2 FORMA DE ATUAÇÃO


O relé de diferencial atua fechando os seus contatos que energiza o circuito de comando e controle,
que energiza as bobinas de abertura dos disjuntor(es), instalados na entrada e na saída do
equipamento, que abre o circuito, eliminando o defeito e isolando o equipamento defeituoso. O relé
também atua ativando o relé de bloqueio(86), que só permite a reenergização do equipamento após o
seu desbloqueio, isto obriga a realização de uma inspeção minuciosa no equipamento.
O relé de bloqueio tem como função bloquear os comandos elétricos dos disjuntores.

4.10.3 TEMPO DE ATUAÇÃO


a) Instantâneo – sem retardo de tempo.

4.10.5 PRINCIPAIS APLICAÇÃO


Proteção de Transformadores
Proteção de Motores
Proteção de Geradores
Proteção de linhas - curtas

4.10.6 DIAGRAMA UNIFILAR DE LIGAÇÃO DO RELÉ


Zona de proteção do relé diferencial
TCE IE IS TCS
52 EQUIPAMENTO 52

IES ISS ISS ISS


IES
IES
86 87 IR = IES - ISS
IES ISS
IE = Corrente de entrada IS = Corrente de saída
IES = Corrente de entrada no secundário ISS = Corrente de saída no secundário
IR = Corrente no relé
Figura 4.10 – Diagrama unifilar de ligação do relé de diferencial
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4.11. RELÉ DE DISTÂNCIA(21)

4.11.1 TIPOS
Impedância;
Reatância;
Admitância;
Quadrilátero(Paralelogramo).

4.11.2 DEFINIÇÃO
Ë um relé cuja grandeza supervisionada é a relação entre a tensão e a corrente, impedância, no ponto
onde o relé está instalado, o relé atua quando a impedãncia fica dentro da característica do relé(plano
X-R).

4.11.3 FORMA DE ATUAÇÃO


Quando a impedância medida pelo relé de distância fica dentro da sua característica ele atua
fechando os seus contatos, que energiza o circuito de comando e controle, que energiza a bobina de
abertura do disjuntor que abre o circuito, isolando o trecho defeituoso.

4.11.4 TEMPO DE ATUAÇÃO


a) Instantâneo – sem retardo de tempo.
b) Temporizado – com retardo de tempo.
Tempo definido

4.11.5 PRINCIPAIS APLICAÇÃO


Proteção de linhas de transmissão

4.11.6 DIAGRAMA UNIFILAR DE LIGAÇÃO DOS RELÉS

TC Icarga
52

21/21N
TP

Figura 4.11 - Diagrama Unifilar de ligação dos relés de distância

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4.11.7 CARACTERÍSTICAS DOS RELÉS DE DISTÂNCIA


a) Relé tipo admitância

X
Região de não atuação = toda área
Z2 branca fora do circulo, acima do
conjugado positivo

X2
Z1 Região de atuação = toda área
X1 azul dentro do circulo

R1 R2 R

C+ Onde C+ = conjugado positivo;


C- = conjugado negativo
C-

Figura 4.12 – Característica do relé de distância – tipo admitância

Se a impedância medida pelo relé for Z 1= R1 + jX1, ele deve atuar, pois a mesma está dentro do
circulo, se for Z2 = R2 + jX2, o relé não deve atuar, pois a impedância está fora do circulo.

b) Relé tipo paralelogramo


X

Região de não atuação = toda área


branca fora do par alelogramo, acima
Z2 do conjugado positivo

X2 Região de atuação = toda área dentro do


Z1 paralelogramo, marcada de azul
X1

R1 R2 R

Onde C+ = conjugado positivo;


C- = conjugado negativo
C+

C-

Figura 4.13 – Característica do relé de distância – tipo paralelogramo


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4.12. EXERCÍCIOS
a) Descreva relé diferencial, ressaltando definição, forma de atuação, tempo de atuação e principais
aplicações.
b) Descreva relé de sobrecorrente, ressaltando definição, forma de atuação, tempo de atuação e
principais aplicações.
c) Descreva relé de tensâo, ressaltando tipo, definição, forma de atuação, tempo de atuação e
principais aplicações.
d) Descreva relé de sobrecorrente direcional, ressaltando definição, forma de atuação, tempo de
atuação e principais aplicações.
e) Descreva relé distância, ressaltando definição, forma de atuação, tempo de atuação, tipos e
principais aplicações.
f) Desenhe o esquema de ligação – diagrama unifilar, use os códigos para representar os relés:
relé de sobrecorrente;

relé de tensão;

relé diferencial;

relé de sobrecorrente direcional;

relé de distância.

g) Quais os elementos presentes em um relé?


h) Desenhe as características dos relés de distância tipo admitância e tipo paralelogramo, mostrando
as regiões de atuação e não atuação do relé.
i) Como são classificados os relés quanto:
função;

temporização;

Conexão ao circuito;

Grandeza física de atuação;

Natureza física da grandeza;.

Características dos contatos;

Construção.
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