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2019­1­24 Justiça autoriza exclusão do ICMS em parcelamentos de PIS e Cofins

APÓS STF

Justiça autoriza exclusão do ICMS em parcelamentos de


PIS e Co ns
Liminar favorece duas empresas paulistas que incluíram dívidas no Programa Especial de Recuperação
Tributária

ERICK GIMENES

16/01/2019 07:27
Atualizado em 18/01/2019 às 12:29 BRASÍLIA

Crédito: Marcos Santos/USP Imagens

A Justiça Federal de São Paulo autorizou a exclusão do ICMS da base de cálculo do


PIS e da Coퟓ�ns em parcelamentos de dívidas tributárias. A permissão, que consta
em uma liminar, atende a pedido de duas distribuidoras e produtoras de ퟓ�tas
adesivas do estado.

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2019­1­24 Justiça autoriza exclusão do ICMS em parcelamentos de PIS e Cofins

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no STF, STJ e Carf

As contribuições foram quitadas em parcelas por meio do Programa Especial de


Recuperação Tributária (Pert), da Receita Federal, que oferece descontos em multas
e juros de débitos com a Fazenda.

O programa, instituído pela Medida Provisória nº 783, de 31 de maio de 2017, 


permite o parcelamento de débitos com a União em até 180 meses, sendo cinco
meses para parcelar a entrada de 20% do débito e 175 meses para quitar o restante.

Ao aderir ao Pert, o contribuinte se compromete a pagar regularmente os débitos


vencidos, inscritos ou não em dívida ativa, e a manter a regularidade das obrigações
com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, precisa
confessar a dívida e abrir mão de discuti-la judicial ou administrativamente.

O Supremo Tribunal Federal (STF) afastou, em março de 2017, a obrigação de


incluir o ICMS na base de cálculo das contribuições. O julgamento serviu de base
para o pedido das empresas.

A advogada Cristina Caltacci Bartolassi, do escritório Advocacia


Lunardelli, responsável pelo pedido de liminar, defende que a declaração de
inconstitucionalidade do STF gera efeitos ex tunc, ou seja, retroage à data de edição
da lei, e abrange os parcelamentos.

“Entendemos que a declaração de inconstitucionalidade em regra gera efeitos ex


tunc, ou seja, seus efeitos retroagirão à data de edição da lei, tornando-a incapaz de
gerar seus efeitos lesivos. Em outras palavras, da declaração de
inconstitucionalidade da norma de incidência decorre a invalidade da obrigação
tributária”, diz a advogada.

Para ela, a conퟓ�ssão da dívida e, por consequência, a renúncia ao direito de


discussão jurídica, não obrigam o contribuinte a se submeter à inclusão do ICMS,
não prevista no ordenamento jurídico.

“Renunciar não signiퟓ�ca ‘renunciar ao direito material’ propriamente dito, e sim


deixar de contestar, de resistir, à pretensão do ퟓ�sco, submetendo-se à exigência do
tributo instituído por lei, presumivelmente legítima”, aퟓ�rma a advogada.

Diante do pedido, a Justiça considerou que o reconhecimento, pelo STF, de


inconstitucionalidade da incidência do ICMS deve repercutir nos parcelamentos.

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2019­1­24 Justiça autoriza exclusão do ICMS em parcelamentos de PIS e Cofins

“Débitos vencidos relativos a tais contribuições e já incluídos no parcelamento


informado pelas impetrantes nesta ação deverão ser excluídos caso consolidados,
visto que o reconhecimento da inconstitucionalidade da sua exigência deve
repercutir em todos os aspectos da relação jurídico tributária”, pontuou o juiz Hong
Kou Ken.

O desconto do ICMS será feito no momento da consolidação do Pert, quando a


Receita conퟓ�rma quais débitos foram incluídos nas parcelas, o número de
prestações escolhido e quais créditos ퟓ�scais foram usados para a quitação.

O processo tramita sob número 5018968-11.2017.4.03.6100.

ERICK GIMENES – Repórter

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