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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Análise de Soluções Tecnológicas para


Comunicações Power Line Carrier (PLC)

Pedro Hugo Anselmo Soares

VERSÃO FINAL

Relatório de Projecto realizado no âmbito do


Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Major Telecomunicações

Orientador: Prof. Dr. Joaquim Costa


Co-orientador: Eng. Fernando Gomes

<08-02-2010>
© Pedro Soares, 2010

ii
Resumo

Neste documento é apresentada uma explicação geral de apoio à dissertação que será
realizada no Segundo Semestre, sobre o tema: “Análise de Soluções Tecnológicas para
Comunicações Power Line Carrier (PLC) ”. Serão abordados aspectos fundamentais da
tecnologia, tais como as diferentes técnicas de modulação utilizadas em comunicações
PLC. Serão analisadas a técnica de modulação OFDM bem como a modulação FSK, podendo
aqui o estudo ser alargado a outras modulações.
Será alvo de estudo o contributo da tecnologia PLC para o processo de monitorização e
controlo da rede eléctrica em smart grid’s.

iii
iv
Abstract

This document is a brief explanation to support the thesis work that will be held in the
Second Semester 2009/2010, on the theme: "Analysis Technology Solutions for Power Line
Carrier (PLC)”. Key aspects of technology will be examined, such as different types of
modulation used in communications PLC. The main effort will concentrate on the
techniques of OFDM modulation and the FSK, with the study possibly extended to other
modulations.
The focus of study will be the contribution of PLC technology to monitoring and control of
electrical network, the so-called smart grid's.

v
vi
Índice

Resumo ............................................................................................. iii

Abstract ............................................................................................. v

Lista de figuras ................................................................................... ix

Lista de tabelas .................................................................................... x

Abreviaturas e Símbolos ........................................................................ xi

Capítulo 1 ......................................................................................... 12
Introdução....................................................................................................... 12
1.1. Motivação ................................................................................................ 13
1.2. Objectivos ............................................................................................... 14
1.3. Caracterização do sistema ............................................................................ 14
1.4. Especificação da Arquitectura do sistema ......................................................... 17
1.5. Smart Grid’s ............................................................................................. 17
1.6. Tecnologia PLC ......................................................................................... 18
1.6.1. Vantagens ........................................................................................... 19
1.6.2. Desvantagens ....................................................................................... 19
1.7. Explicação do Problema ................................................................................ 20

Capítulo 2 ......................................................................................... 21
Smart Grid’s – Primeiros passos em Portugal ............................................................. 21
2.1- Modem da Renesas ....................................................................................... 21
2.1.1. Diagrama de Blocos do M16C/6S ............................................................... 23
2.1.2. Estrutura da rede ................................................................................. 24
2.1.3. Modulação DCSK ................................................................................... 25

Capítulo 3 ......................................................................................... 27
O que há no mercado ......................................................................................... 27
3.1- Modem da Maxim ......................................................................................... 28
3.1.1. Canal receptor .................................................................................... 29
3.1.2. Canal transmissor ................................................................................. 30
3.2- Técnica de Modulação OFDM ........................................................................... 30
3.2.1- Introdução .......................................................................................... 30
3.2.2- Caracterização da Técnica de OFDM ......................................................... 31

Capítulo 4 ......................................................................................... 34
4.1. Resultados ................................................................................................. 34
4.1.1. Testes ............................................................................................... 34
4.2. Planeamento de trabalho Futuro ...................................................................... 37
4.2.1.Organização de tarefas ........................................................................... 37
4.2.2. Medição no terreno .............................................................................. 37
4.3. Conclusão .................................................................................................. 37

Referências ....................................................................................... 38

vii
viii
Lista de figuras

Figura 1.1 - Producto Smart Gate (DTC) ................................................................. 14

Figura 1.2 - Topologia do sistema ........................................................................ 16

Figura 2.1 - Evolution Kit do Modem PLC da Renesas [17] ........................................... 22

Figura 2.2 - Diagrama de blocos do modem M16C/6S [18] ........................................... 23

Figura 2.3 - Estrutura da rede PLC [17] .................................................................. 25

Figura 2.4 - Exemplo de uma transmissão DCSK [18] .................................................. 26

Figura 3.1 - Modem Max2991 da Maxim .................................................................. 28

Figura 3.2 - Diagrama de blocos do chip do Max2991 [19] ........................................... 29

Figura 3.3 - Ilustração da separação das portadoras na frequência e no tempo [5] ............. 31

Figura 3.4 - Subportadoras de um sinal Ofdm, frequência normalizada em relação ao valor


1/T [5] .................................................................................................. 32

Figura 3.5 - Espectros de FDM convencional (1) e OFDM (2) [5] ..................................... 32

Figura 3.6 - Quatro Subportadoras no domínio do tempo [5] ........................................ 33

Figura 4.1 - Testes feitos no Transmissor em modos e ganhos diferentes ......................... 35

Figura 4.2 - Testes feitos no receptor em modos e ganhos diferentes ............................. 36

ix
Lista de tabelas

Tabela 2.1 - Especificações do Modem M16C/6S ............................................ 24

x
Abreviaturas e Símbolos

ADC Analogue to Digital Converter


AFE Analogue-Front-End
AMI Automated Metering Infrastructure
ASIDAP Automação de Sistemas, Inovação e Desenvolvimento, Automação e
Protecção
BFSK Binary Frequency-Shift Keying
CA Collision Avoidance
CSMA Carrier Sense Multiple Access
DAC Digital to Analogue Converter
DC Direct current
DFT Discrete Fourier Transform
DTC Distribution Transformer Controller
EB Energy Box
EDF Électricité de France
EDPD Energias de Portugal Distribuição
FEUP Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
FSK Frequency-Shift Keying
LV Low Voltage
MV Medium Voltage
OFDM Ortogonal Frequency Division Multiplexing
PLC Power line Carrier

Lista de símbolos

T Período
KHz KiloHertz

xi
Capítulo 1

Introdução

Este relatório é realizado no âmbito da disciplina de Preparação para a


Dissertação, do curso de Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de
Computadores. Os principais objectivos deste relatório são a apresentação, descrição e
evolução do tema a desenvolver, para o colocar em prática, no segundo semestre, na
dissertação. Com efeito, o tema da minha dissertação é "Análise de soluções tecnológicas
para comunicações PLC", orientado pelo Professor Doutor Joaquim Costa e Co-orientado
pelo Engenheiro Fernando Gomes.

Este tema de dissertação insere-se num dos projectos da EFACEC, mais concretamente
no departamento de ASIDAP de engenharia.

A Efacec, maior Grupo Eléctrico Nacional de capitais portugueses, tem cerca de 4500
colaboradores e um volume de encomendas que ultrapassou os 1000 milhões de euros,
estando presente em mais de 65 países.

O portfólio de actividades da Efacec, reorganizado em:

 Energia
o Transformadores
o Aparelhagem de Média e Alta Tensão
o Servicing de Energia
 Engenharia e Serviços
o Engenharia
o Automação
o Manutenção
o Ambiente
o Renováveis

 Transportes e Logística
o Transportes
o Logística

Um dos projectos que este departamento está encarregue, é o desenvolvimento do


produto SmartGate, realizado no âmbito do Projecto InovGrid, liderado pela EDPD.
Um dos principais objectivos da minha dissertação está relacionado com o estudo das
evoluções das tecnologias de comunicações via rede eléctrica, modems PLC que utilizam
diferentes técnicas de modulação, nomeadamente a OFDM e FSK. Esta tecnologia
encontra-se em forte desenvolvimento e evolução, apresentando um grande potencial,
podendo vir a ser usada, futuramente, como uma solução viável para as comunicações em
smart grid’s.

1.1. Motivação

A necessidade emergente de controlar e reduzir os gastos energéticos é um objectivo


que, actualmente assume uma grande importância e relevo. Nesta óptica, e atendendo à
constante evolução tecnológica e às diferentes soluções tecnológicas, é justificada a
pertinência da investigação por mim desenvolvida. O carácter inovador desta temática
está relacionado com o facto deste tipo de tecnologia PLC estar, neste momento, a ser
implementada em smart grid’s, para permitir uma melhor gestão e monitorização da rede
eléctrica. Os estudos realizados relativamente a esta implementação são escassos, visto
tratar-se de uma aplicação bastante recente, que está, ainda, em fase de testes.
As comunicações assumem um papel fulcral no projecto que está a ser desenvolvido
pela EFACEC, para a EDP, assim sendo, é deveras essencial a utilização de um modem PLC,
que se adeqúe às necessidades do projecto, evidenciando a importância deste estudo quer

13
para a empresa quer para a FEUP, visto tratar-se de uma investigação pioneira neste
campo, de uma aplicação recente.

1.2. Objectivos

O trabalho a ser elaborado na dissertação irá ser focado nos seguintes itens que passo a
enumerar:
 Análise das características das diferentes tecnologias de modems PLC,
nomeadamente OFDM e FSK;
 Elaboração de ensaios sobre evalution boards de diversos fabricantes,
proprietários dessas tecnologias;
 Desenvolvimento de um relatório com as características de cada uma dessas
tecnologias PLC e respectiva análise comparativa.

1.3. Caracterização do sistema

Tal como referi no ponto anterior a tecnologia PLC aplicada em smart grid’s está neste
momento em forte expansão e desenvolvimento. O sistema é composto por um SmartGate,
figura em baixo, tecnicamente designado por DTC, que é colocado no PT, tendo como
principal função a comunicação e gestão das EB, existentes na rede LV da subestação.

Figura 1.1 - Produto Smart Gate (DTC)

14
O DTC opera, ainda, quer como um dispositivo inteligente de controlo e automação do
PT, quer na detecção de defeito e controlo da iluminação pública. O DTC é, igualmente,
responsável pela implementação de outras funções, das quais o balanço energético, a
monitorização do desequilíbrio de carga e de sobrecarga do transformador, a análise da
qualidade da energia, a detecção e notificação de falhas de energia, são exemplos de
utilização [7].
No DTC encontram-se instalados três modems PLC, um por fase, que comunicam com o
modem PLC de cada EB, que se encontram instaladas nas habitações, estas EB’s são
distribuídas equitativamente pelas três fases.
A EB é um tele - contador que permite saber em tempo real o consumo de energia
registado até ao momento, bem como as evoluções verificadas em termos de histórico de
consumos.
A EB é o dispositivo que fica mais próximo dos produtores/consumidores,
implementando os serviços de contagem e contratuais, através da sua capacidade
comunicativa local, via modem PLC, possibilita a troca de mensagens entre cliente e
fornecedor incluindo a informação detalhada dos consumos.
As EB’s fornecem suporte à gestão e controlo da microgeração (tanto ao nível local
como ao nível da rede de baixa tensão, respondendo a pedidos recebidos do DTC), bem
como à gestão e controlo de cargas locais [6].

15
Figura 1.2 - Topologia do sistema

A informação recolhida nas EB’s (E) é enviada pelo modem PLC via rede eléctrica para o
DTC (C), que tem capacidade para armazenar a informação das várias EB’s, até ao máximo de
mil EB’s, por cerca de seis meses. A distância máxima entre as EB’s e o DTC é de no máximo
um quilómetro.
Quando necessário, a informação armazenada no DTC poderá ser enviada para a central
(A), via GPRS (B), caso esta efectue o pedido, caso contrário os dados permaneceram
guardados no DTC (figura 1.2).

16
1.4. Especificação da Arquitectura
do sistema

A arquitectura do sistema encontra-se dividida em 3 grandes níveis:


1. Nível do produtor/consumidor – Neste nível encontram-se as EB’s, que
implementam as funções de contagem de energia e também a gestão de energia
doméstica, incluindo o controlo de equipamentos consumidores de energia e o controlo
da microgeração;
2. Nível da subestação MV/LV (posto de transformação) – Neste nível encontra-se o
DTC, com funções de concentração de informação, gestão das Energy Boxes e ainda a
monitorização, controlo e automação do PT;
3. Nível de controlo e gestão central – Neste nível é realizada a agregação da
informação comercial, ou seja a EDP processa a informação recolhida para, por
exemplo, se efectuar a facturação para o cliente, permite também efectuar a gestão
da energia, sendo ainda implementado o controlo operacional da rede [6].

1.5. Smart Grid’s

Genericamente, a smart grid ou rede inteligente é uma simples actualização das redes
de energia eléctrica do século XX que, geralmente, difundiam a energia das centrais
eléctricas para um grande número de utilizadores, com o único objectivo de responder às
necessidades energéticas dos utilizadores. Ao contrário, a smart grid deve ser capaz de
escolher o melhor caminho para a electricidade percorrer, minorando o desperdício de
energia, desde o fornecedor até ao utilizador.
As smart grid’s e as tecnologias AMI são cada vez mais, componentes críticos para a
melhoria da eficiência da rede, aumentando a confiabilidade da energia eléctrica e do
sistema de entrega ao cliente. Estas tecnologias utilizam um sistema de comunicação
digital bidireccional, tais como, os sistemas de radiofrequência (RF), sistemas PLC ou
opções de banda larga como o BPL (banda larga sobre linhas eléctricas) ou redes sem fio.
As smart grid’s possibilitam uma melhor gestão da rede eléctrica, de forma a optimizar
a rede para uma utilização mais equilibrada, economizando a energia eléctrica, reduzindo
custos e aumentando a confiabilidade e transparência do sistema.

17
A monitorização de toda a rede, permite por exemplo, desligar uma subestação ou
diminuir a produção de energia eléctrica numa central, caso a necessidade energética
seja inferior ao que está a ser produzido. [8]

A smart grid funciona como um sistema de monitorização inteligente que mantém o


controlo de toda a electricidade que flui no sistema. Este sistema de monitorização
também incorpora o uso de linhas de transmissão supercondutoras para menor perda de
potência, bem como a capacidade de integração de fontes alternativas de energia como a
solar e a eólica. Quando a electricidade é mais barata, uma rede inteligente pode ligar
electrodomésticos seleccionados, tais como, máquinas de lavar roupa ou processos de
uma fábrica que podem ocorrer a horas arbitrárias. Em horários de pico energético, esta
rede poderia desligar os aparelhos seleccionados para reduzir a demanda energética
nesses períodos de pico, diminuindo assim os gastos energéticos

Esta rede eléctrica inteligente moderna está a ser promovida por muitos governos
como uma forma de abordar a independência energética, o aquecimento global e
questões de resiliência de emergência. Os contadores inteligentes podem ser parte de
uma rede inteligente, mas por si só não constituem uma rede inteligente [3].

1.6. Tecnologia PLC

A tecnologia PLC utiliza a rede eléctrica para transmitir dados e voz em banda larga,
representando uma alternativa à construção de infra-estruturas dedicadas [16].
Apesar da tecnologia PLC ser usada desde 1950, para serviços com baixa taxa de
transmissão de dados, tal como controlo remoto de dispositivos da rede eléctrica, tornou-
se mais importante nos anos mais recentes devido à evolução tecnológica que permitiu
aumentar as potencialidades dos PLC’s e possibilitou as comunicações de alta velocidade
em linhas de média (15/50kV) e baixa (110/230V) tensão fossem possíveis [11].
No entanto, existem ainda vários problemas técnicos e questões regulatórias que estão
por resolver. Além disso, os estudos teóricos e práticos sobre PLC são reduzidos, existindo
apenas alguns resultados gerais sobre o desempenho final na rede eléctrica. A utilização
de PLC’s a alta velocidade em longas distâncias requer ainda mais investigação, apesar
disso a tecnologia PLC poderá constituir-se como uma alternativa bastante boa tanto em
termos de custo como de eficiência para o problema da conectividade do último
quilómetro (last mile problem) [14].

18
Na maioria dos países existem regulamentos e normas específicas para PLC, que devem
ser seguidas. Nos Estados Unidos da América é regulamentado pela FCC, no Japão pela
ARIB, na Europa, pelo CENELEC (EN50065). Na Europa, o CENELEC EN50065 é a norma que
define as faixas de frequências para a transmissão de dados em baixa tensão. Essas quatro
bandas estão situadas na faixa de frequências entre 3 kHz e 148,5 kHz.

1.6.1. Vantagens

As vantagens das tecnologias PLC para aplicações de automação da rede eléctrica são:
 Extensa cobertura geográfica: pois toda a infra-estrutura da rede
eléctrica está já montada, um pouco por todo o lado. É especialmente vantajosa
nas subestações nas zonas rurais, onde geralmente não existe outro tipo de infra-
estruturas para a comunicação;
 Custo: a rede de comunicação pode ser estabelecida rapidamente e
de forma rentável, pois utiliza os fios já existentes da rede eléctrica [11].

1.6.2. Desvantagens

As principais desvantagens subjacentes a esta tecnologia são:


 Fontes de ruído sobre as linhas de energia: as linhas eléctricas
encontram-se em ambientes com bastantes fontes de ruído, tais como: motores
eléctricos, fontes de alimentação, lâmpadas fluorescentes e interferências do
sinal de rádio [12]. Este ruído leva a perdas de bits nas comunicações PLC, o que
prejudica em muito o seu desempenho;
 Atenuação e distorção do sinal: em linhas eléctricas, a atenuação e
distorção de sinais são consideráveis tanto devido à topologia da rede de energia
como à flutuação das cargas nas linhas de energia [13].
 Capacidade: baixa taxa de transmissão de dados, largura de banda
reduzida, usa uma faixa de frequências entre os 3kHz até os 148,5kHz (Cenelec A-
B-C) [10];
 Segurança: maiores interferências electromagnéticas (EMI) no meio
envolvente. Os sinais são facilmente interceptados por receptores de rádio o que
obriga ao uso de técnicas de criptografia [13];
 Falta de regulamentação: falta de modelos protocolares
estandardizados internacionalmente [16].

19
1.7. Explicação do Problema

Como já referi anteriormente, as comunicações assumem um papel fulcral nas smart


grid’s, e como tal, a solução que está a ser utilizada no projecto InovGrid não se adequa às
necessidades do projecto. O modem da Renesas só consegue transmitir dados a uma
velocidade bastante reduzida e com baixa capacidade, cerca de 600bits por segundo.
Como tal, é necessário efectuar um estudo alargado sobre os diferentes modems PLC
existentes no mercado, visto ser uma tecnologia bastante recente, que faz uso de diferentes
modulações. Este estudo visa encontrar a melhor solução tecnológica para este problema.

20
Capítulo 2

Smart Grid’s – Primeiros passos em


Portugal

Neste momento, a Efacec juntamente com a EDPD e outras empresas encontram-se


envolvidas num projecto de desenvolvimento de smart grid’s, o InovGrid que começou em
2007, e tem prevista a implementação no terreno para Março / Abril de 2010.
A Efacec encontra-se responsável pelo desenvolvimento dos DTC’s e da comunicação
destes com as EB’s, via tecnologia PLC. Estão instalados DTC’s e EB’s de teste em várias zonas
do país, tais como: Cruz Quebrada, Paço de Arcos, na Boavista em Lisboa em instalações da
EDP e também foram colocados DTC’s em linhas aéreas na região de Lisboa, em Viana do
Castelo e em Évora.
Para Évora está prevista a implementação final de um grande número de DTC’s, bem como
EB’s, esta será a maior smart grid do país, na já apelidada “cidade inteligente”.

2.1- Modem da Renesas

O modem da Renesas, o M16C/6S suporta padrões mundiais, incluindo FCC (E.U.A.),


ARIB (Japão), CENELEC A e B (Europa). A solução é flexível, uma vez que o mesmo
dispositivo, M16C/6S, pode ser usado para suportar todos os padrões mundiais, sendo
apenas necessário modificar alguns dos componentes externos e o software de

21
configuração. O CENELEC C não é suportado dado que se utiliza um esquema específico de
prevenção de colisões e, embora a M16C/6S suporte CSMA / CA, não é compatível com a
definida na norma CENELEC C. Derivado da técnica de modulação implementada no
M16C/6S, um espectro alargado e robusto, o CENELEC D não é suportado. O CENELEC D é
uma banda muito estreita.

Figura 2.1 - Evolution Kit do Modem PLC da Renesas [17]

Este kit tem um modem que funciona como concentrador e outros dois modems que
funcionam como nós, o dispositivo sniffer que permite verificar os endereços de origem e
destino das tramas, e se estas foram correctamente transmitidas, isto é, permite monitorizar
as comunicações entre o concentrador e os nós “filhos”. Tem também um dispositivo (E8a
emulator) que permite reprogramar o firmware dos modems.

A solução Renesas utiliza uma técnica única de modulação de espalhamento espectral de


banda larga chamada DCSK, que é robusta contra as fontes de ruído que atacam as linhas de
energia [17].

O hardware PLC deverá ser instalado um por cada fase do sistema, podendo cada modem
ser usado para transmitir e receber em até 3 canais (sistemas trifásicos) e é capaz de fazer
uma decisão automática 2-de-3 para cada transmissão, isso significa que, se os pacotes
recebidos em 2 dos 3 canais, corresponderem com o pacote de dados, este é aceite.

O M16C/6S tem vários mecanismos para tornar a comunicação mais robusta. Estes
mecanismos são incorporados no hardware, tais como:
- CRC (Cyclic Redundancy Checksum);

22
- FEC (Forward Error Correction);
- CSMA / CA (Carrier Sense Multiple Access / Carrier Avoidance);
- LQI (Quality line Indicator);
- três modos diferentes de comunicação (standard mode, roboust mode, extremely
robust mode) [17].

2.1.1. Diagrama de Blocos do M16C/6S

O M16C/6S é um microcomputador de chip único, construído utilizando tecnologia CMOS


de alta performance. Estes microcomputadores single-chip funcionam utilizando instruções
sofisticadas com um elevado nível de eficiência de instrução, capazes de executar instruções
em alta velocidade.
O M16C/6S é adequado para a rede PLC, porque inclui a tecnologia avançada IT800
desenvolvida pela empresa Yitran. No módulo MCU encontram-se uma memória flash de
96kByte e 24kBytes de RAM.

Figura 2.2 - Diagrama de blocos do modem M16C/6S [18]

O circuito Analogue Front End (AFE) inclui caminhos de recepção e transmissão e está
localizado entre o Acoplamento à linha e o M16C/6S.

23
Alguns dos circuitos AFE estão no chip, outros são circuitos externos. A figura em cima
fornece uma descrição geral do diagrama de blocos AFE, bem como dos restantes módulos.
O AFE on-chip inclui um conversor digital para analógico (DAC) no caminho de transmissão,
um pré-amplificador e um conversor analógico para digital (ADC) no caminho da recepção.
O DAC é parte do caminho de transmissão. O Filtro de entrada externo está ligado ao pré-
amplificador, que é parte do caminho de recepção. A saída de cada filtro do canal externo no
caminho da recepção está conectado a uma entrada de 1-bit ADC. Existem três unidades
semelhantes ADC incorporados no chip [18].

Tabela 2.1 - Especificações do Modem M16C/6S

Taxa de transferência de Cenelec A (indoor) e B (outdoor) - Europa


pacotes Robust Mode Extremely robust mode

2.5kbps 0.625kbps

Banda de frequência Indoor Outdoor

Cenelec B – 95~125kHz Cenelec A - 3~95kHz


C – 125~140kHz
D – 140~148.5kHz

Protocolo de acesso ao canal CSMA / CA (apenas no Cenelec C)

Controlo de retransmissão Acknowledged e Unacknowledged

Gama de temperaturas Normal Mode Extended Mode

-20 ºC ~ 85ºC -40 ºC ~ 85 ºC

2.1.2. Estrutura da rede

A rede do modem M16C/6S encontra-se estruturada em árvore (figura 2.2), na qual o


nó concentrador, é o nó principal e que é instalado no PT, dentro do DTC e os restantes
nós, se encontram nas diferentes habitações alimentadas pelo PT. Cada nó possui um
endereço que o identifica na rede e estão distribuídos pelos diferentes níveis de
hierarquia até ao máximo de sete níveis.

24
Figura 2.3 - Estrutura da rede PLC [17]

Os nós mais próximos do concentrador comunicam directamente com este, mas os


que se encontram mais longe poderão não conseguir estabelecer comunicação directa,
podendo entretanto recorrer a outros nós na sua vizinhança, que funcionarão, neste
caso, como repetidores, permitindo que a informação chega ao destino, o concentrador
[17].

2.1.3. Modulação DCSK

A modulação utilizada pelo modem da Renesas é o DCSK (differential code shift


keying), modulação desenvolvida pela Yitran, e pertence à família das técnicas de
modulação de espalhamento espectral.

A técnica de modulação de espalhamento espectral é uma técnica em que é utilizada,


aquando da transmissão, uma largura de banda muito superior à banda mínima necessária
para transmitir a informação. Desta forma, a energia do sinal transmitido passa a ocupar
uma banda muito maior do que a da informação. A desmodulação é feita pela correlação
entre o sinal recebido e uma réplica do sinal usado para espalhar a informação [1].

Esta modulação DCSK é bastante parecida com a modulação FSK - Frequency-shift keying,
que é uma técnica de modulação na qual o sinal digital modulante varia a frequência de uma
onda portadora analógica de acordo com valores pré-determinados.

25
Inicialmente eram utilizados apenas dois valores de frequência, cada um representando
um nível binário “1” ou “0”. Este método passou a ser chamado de BFSK. Foram então
introduzidos mais valores de frequência, o que permitiu a codificação de dois ou mais bits
por valor [4].

No caso da técnica de modulação DCSK, que possui particularidades relativamente à


técnica de espalhamento espectral, aspectos esses que passo a explicar. No DCSK um sinal
chirp (sinal com frequência de varrimento) começa e termina em frequências diferentes,
dependendo do símbolo transmitido, que lhe confere maior robustez contra erros que
possam levar à perda de pacotes, durante a transmissão.

Figura 2.4 - Exemplo de uma transmissão DCSK [18]

O exemplo acima evidencia os sinais para o envio de um símbolo de H'0000 e H'0101. O


eixo vertical descreve a frequência, aqui pode-se observar que o início e fim das
frequências são diferentes representando, portanto, um símbolo diferente [18].

26
Capítulo 3

O que há no mercado

Actualmente várias empresas concentram esforços na tecnologia PLC, pois as smart


grid’s encontram-se em forte expansão no mercado. É o caso da Iberdrola, empresa da
sector energético, com o seu projecto Prime, no qual várias empresas se encontram
associadas, tais como, a Texas Instruments, a ADD, a Itran (entre outras), espero ter
brevemente um modem da ADD para efectuar testes e poder constituir-se como mais uma
solução PLC [9].
A EDF (Électricité de France) também se encontra a desenvolver um projecto de
contadores inteligentes para smart grid’s, fazendo uso de modems PLC que utilizam a
técnica de modulação OFDM. Estes modems estão a ser desenvolvidos pela Maxim, o
modem MAX2991 é disso exemplo e será alvo de uma análise pormenorizada na minha
dissertação, este modem é uma evolução do anterior MAX2990.
De referir que esta tecnologia é bastante recente e se encontra em estado embrionário
pelo que pequenas alterações ainda poderão ocorrer, de forma a melhorar a performance
e robustez destes dispositivos [10].

27
3.1- Modem da Maxim

O modem PLC da Maxim, o MAX2991 é o primeiro AFE (analog-front-end) projectado


especificamente para OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing) transmissão de
sinais modulados sobre as linhas de energia eléctrica.
Este modem opera na banda dos 10KHz até aos 490KHz, os filtros programáveis
permitem a sua adaptação para o CENELEC, FCC e normas ARIB, utilizando o mesmo
dispositivo.

Figura 3.1 - Modem Max2991 da Maxim

O MAX2991 tem dois caminhos principais. O caminho de transmissão é responsável por


injectar um sinal com modulação OFDM na linha AC e é composto por um filtro digital IIR,
DAC (Conversor Digital - Analógico), seguido por um filtro passa - baixo, e um preline
driver. O caminho do receptor é responsável pelo aumento do sinal, filtragem e
digitalização do sinal recebido. O receptor é composto por um filtro passa - baixo e um
filtro passa - alto, um controlador automático de ganho de dois estágios (AGC), e um ADC
(Conversor Digital - Analógico).
O AGC integrado é utilizado para maximizar a gama dinâmica do sinal até os 62 dB, já o
filtro passa - baixo é utilizado para remover qualquer ruído fora de banda, e para
seleccionar a banda de frequência desejada. O ADC converte o sinal amplificado para um
formato digital e um circuito de cancelamento de deslocamento é utilizado para minimizar
o offset DC [19].

28
Figura 3.2 - Diagrama de blocos do chip do Max2991 [19]

O AFE do MAX2991 é um dispositivo CMOS que oferece alto desempenho e baixo custo. Este
dispositivo altamente integrado combina circuitos ADC, DAC, de condicionamento de sinal, e
driver para ligar à rede eléctrica como se mostra no diagrama de blocos da figura acima.
O seu design permite a operação sem controles externos, permitindo a conexão
simplificada a uma variedade de chips digitais da camada física (PHY) [19].

3.1.1. Canal receptor

O bloco receptor consiste num amplificador de baixo ruído (VGA1), seguido por um
filtro passa - baixo (LPF), um filtro passa - alto (HPF), e controlo automático de ganho do
circuito (AGC). O amplificador de baixo ruído instalado no canal receptor reduz a entrada
de ruído no canal, proporcionando um ganho de sinal adicional para a entrada do AFE e os
blocos de filtros removem qualquer ruído fora da banda utilizada e fornecem anti - aliasing
para amostragem exacta exigida pela ADC.
A combinação do filtro passa - baixo e o filtro passa - alto é usado para fornecer uma
largura adequada para a várias faixas de frequências que o AFE está configurado para
operar [19].

29
3.1.2. Canal transmissor

O canal de transmissão é constituído por um conversor digital - analógico (DAC), um


filtro passa - baixo, e um buffer de pré - driver. O DAC recebe o fluxo de dados da camada
física digital (PHY), através da interface SPI.
O filtro passa - baixo remove os harmónicos adjacentes à largura de banda, para
ajudar a reduzir qualquer frequência de transmissão fora da banda desejada. Este filtro
garante que o sinal transmitido satisfaz os requisitos especificados nas normas de banda
estreita (narrowband) e banda larga (wideband). O nível de saída é ajustável pelo controlo de
ganho pré - driver que proporciona até 6 dB de ganho e atenuação de 10 dB [19].

3.2- Técnica de Modulação OFDM

3.2.1- Introdução

A técnica de modulação Orthogonal frequency-division multiplexing (OFDM), também


conhecida como discrete multitone modulation (DMT), é uma técnica suplantada na ideia
de multiplexação por divisão de frequência (FDM), onde múltiplos sinais são enviados em
diferentes frequências. É uma tecnologia com um elevado grau de complexidade ao nível
da sua implementação, mas é bastante utilizada em telecomunicações, recorrendo a
sistemas digitais para tornar mais simples o processo de codificação e descodificação dos
sinais.

Por exemplo quando utilizamos os aparelhos de rádio e televisão, geralmente, cada


estação é associada a uma determinada frequência (ou canal), onde realiza as suas
transmissões. OFDM parte deste conceito de base mas vai mais além, pois divide uma única
transmissão em múltiplos sinais com menor ocupação espectral, com a particularidade de,
em vez de utilizar bandas de guarda para a separação das subportadoras na recepção do
sinal, utiliza uma particular sobreposição espectral das subportadoras.

Neste processo de modulação OFDM, são utilizadas várias subportadoras em diferentes


frequências para modular o sinal digital. Estas subportadoras são ortogonais entre si, para
evitar que ocorram interferências entre elas. Isso significa que o espaçamento entre as
portadoras é igual ao inverso da duração de um símbolo. A figura abaixo ilustra a forma
como as portadoras são separadas no tempo e na frequência. [2]

30
Figura 3.3 - Ilustração da separação das portadoras na frequência e no tempo [5]

Um sinal OFDM em banda base é a soma de várias subportadoras ortogonais, os dados


de cada subportadora são independentemente modulados usando por exemplo QAM ou
PSK. A modulação OFDM exige uma sincronização precisa entre o transmissor e o receptor,
pois qualquer desvio nas subportadoras pode afectar a ortogonalidade.

Das diversas vantagens da utilização do OFDM destaco a elevada eficiência espectral,


imunidade contra multi-percursos e filtragem de ruído simples. Alguns sistemas OFDM
usam algumas subportadoras para carregarem sinais piloto, que são usados para
sincronismo. A sincronização entre o transmissor e receptor em OFDM é fundamental, uma
vez que um ligeiro desvio poderá comprometer a ortogonalidade das subportadoras. [2]

3.2.2- Caracterização da Técnica de OFDM

Nos sistemas convencionais de transmissão, os símbolos são enviados em sequência


através de uma única portadora (modulada na taxa de símbolos da fonte de informação),
cujo espectro ocupa toda a faixa de frequências disponível. A técnica de OFDM consiste na
transmissão paralela de dados em diversas subportadoras com modulação QAM ou PSK e
taxas de transmissão por subportadora tão baixas quanto maior o número destas. A
redução na taxa de transmissão (aumento da duração dos símbolos transmitidos em cada
subportadora) implica uma diminuição da sensibilidade à selectividade em frequência
(dispersão no tempo) causada pelo multipercurso.

Num sistema OFDM o espaçamento entre as subportadoras é cuidadosamente


seleccionado conforme se ilustra na figura abaixo [5].

31
Figura 3.4 - Subportadoras de um sinal Ofdm, frequência normalizada em relação ao valor
1/T [5]

Apesar de existir sobreposição espectral de subportadoras moduladas, existe


ortogonalidade entre as mesmas, a qual se deve ao espaçamento da frequência utilizado.
Porém, para que se tenha ortogonalidade entre os subcanais na recepção, é necessário que
as subportadoras estejam centradas nas respectivas frequências dos subcanais OFDM, para
além da devida sincronização de relógio. Esta sobreposição espectral particular permite
uma economia significativa de banda relativamente à técnica FDM tradicional, conforme
ilustrado na figura em baixo. Pode-se obter uma economia de banda de aproximadamente
50%.

Figura 3.5 - Espectros de FDM convencional (1) e OFDM (2) [5]

32
Relativamente ao domínio do tempo, a característica de ortogonalidade entre
subportadoras implica que duas portadoras quaisquer difiram exactamente por um número
inteiro de ciclos, uma vez que estão separadas em frequência por um valor múltiplo de
1/T. A figura abaixo ilustra esta propriedade para o caso de quatro subportadoras.

Figura 3.6 - Quatro Subportadoras no domínio do tempo [5]

A modulação e desmodulação do sinal OFDM requerem conjuntos de osciladores


coerentes, que tornam este processo numa implementação complexa e cara,
particularmente quando o número de subportadoras é elevado. Contudo, estes processos
de modulação e desmodulação podem ser executados de forma mais simples utilizando
nomeadamente algoritmos baseados na Transformada Rápida de Fourier (FFT). A largura
de banda dos subcanais de um sistema OFDM é dada pela divisão da largura de banda total
destinada ao sistema pelo número de subportadoras. Trabalhar com canais mais estreitos,
em vez de um único canal mais largo traz um grande benefício no que diz respeito à
selectividade em frequência. Apesar do termo multiplexagem, aparecer ligado à técnica
OFDM há que referir que em rigor não ocorre multiplexagem num sistema OFDM, mas sim a
transmissão paralela de uma sequência de bits originalmente única. [2]

33
Capítulo 4

4.1. Resultados

4.1.1. Testes

Nos testes que já efectuei com o modem da Maxim, o MAX2991, colocando um modem com
funções de receptor, num posto de transformação na Efacec e outro modem com funções de
transmissor numa sala de testes nas imediações do PT.
Seguidamente, apresento alguns resultados dos testes que efectuei, através do programa
Hyper-Terminal e utilizando a interface que já se encontra implementada nos modems PLC.
Estes testes serviram para melhor compreender o funcionamento destes dispositivos e
ajudar no estudo da tecnologia PLC, não têm portanto um carácter vinculativo, servem
apenas como uma base sólida para a implementação e desenvolvimento do trabalho futuro na
dissertação.

34
Figura 4.1 - Testes feitos no Transmissor em modos e ganhos diferentes

Para permitir uma leitura mais fácil da imagem, passo a explicar os símbolos presentes:
 TX - representa o número de pacotes transmitidos;
 ACK – número de acknowledge recebidos, demonstra o número de tramas enviadas
com sucesso;
 ReTX - indica o número de pacotes retransmitidos;
 TX Rate - é a taxa de transmissão de tramas.

Nestes testes preliminares (fgura 4.1), feitos no modem programado com funções de
transmissor foi possível ter a percepção que para ganhos abaixo de 6dB e no modo normal os
modems não conseguiam comunicar, somente a 6dB a comunicação foi estabelecida.
Já no modo robusto a partir de 0dB já era estabelecida comunicação entre ambos os lados,
mas conforme aumentava o ganho do canal maior era o número de pacotes transmitidos com
sucesso.

35
Figura 4.2 - Testes feitos no receptor em modos e ganhos diferentes

Na imagem acima há que referir que:


 RX - é o número de pacotes recebidos;
 SNR - é o signal to noise ratio, quanto mais baixo for este valor maior é o ruído
presente no canal;
 CRC16 - indica o número de pacotes corrompidos;
 RX Rate - evidencia a taxa dos dados recebidos.

Como podemos verificar na imagem acima, no receptor os resultados foram piores do que
no transmissor, uma vez que, o número de tramas bem recebidas é bastante baixo, portanto
bastantes tramas são descartadas, pois contém erros.
De notar que ambos os modems podem funcionar tanto com transmissor como receptor.
Durante o próximo semestre, na dissertação, irei abordar e efectuar de uma forma mais
pormenorizada e detalhada estes testes, tentando descobrir as razões desta baixa taxa de

36
transferência de dados, poderá dever-se a interferência por parte de fontes de ruído
externas, tais como, motores ou geradores.

4.2. Planeamento de trabalho Futuro

4.2.1.Organização de tarefas

Numa primeira fase a atendendo aos objectivos anteriormente enumerados, haverá


espaço para simular e testar os diferentes modems PLC, no terreno, neste caso no PT da
Efacec, sendo ponderada a hipótese de fazer alguns testes com os DTC’s e EB’s já
implementados, fazendo uma análise dos resultados e procurar resolver as interferências
externas.
Numa segunda fase da dissertação haverá a possibilidade de trabalhar esses dados
recolhidos com a expectativa de comprovar qual a melhor solução PLC para a smart grid que
irá ser implementada.
A terceira fase da dissertação será destinada à escrita do relatório final da
dissertação, assim como de todas as conclusões sobre a mesma.

4.2.2. Medição no terreno

As medições serão efectuadas maioritariamente na Efacec, recorrendo a um analisador


espectral tanto do lado do transmissor como do receptor nos diferentes modems PLC.
Serão analisadas as interferências e analisadas as velocidades e capacidades de
transmissão de dados.

4.3. Conclusão

Com este trabalho foi possível analisar e estudar a tecnologia PLC bem como o seu uso e
todos os aspectos subjacentes.
Para já não é possível retirar conclusões sobre os testes efectuados, ficando para o
segundo semestre uma análise mais detalhada e uma possível integração de um novo modem
PLC da ADD neste estudo.

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Referências

[1] Wikipédia - A Enciclopédia livre. Disponível em


http://en.wikipedia.org/wiki/Spread_spectrum. Acesso em 20/Janeiro/2009.
[2] Wikipédia - A Enciclopédia livre. Disponível em
http://en.wikipedia.org/wiki/Orthogonal_frequency_division_multiplexing. Acesso em
20/Dezembro/2009.
[3] Wikipédia - A Enciclopédia livre. Disponível em
http://en.wikipedia.org/wiki/Smart_grid. Acesso em 25/Janeiro/2010.
[4] Wikipédia - A Enciclopédia livre. Disponível em
http://en.wikipedia.org/wiki/Frequency-shift_keying. Acesso em 25/Janeiro/2010
[5] Manuel Carlos Pereira Baptista, “Identificação e caracterização da Modulação dos
sinais digitais”, Departamento de electrónica, telecomunicações e informática da
Universidade de Aveiro, 2008.
[6] Carrapatoso, António M.; Gomes, Fernando M. ; “IT 43 - Projecto InovGrid - A
evolução da rede de distribuição como resposta aos novos desafios do sector eléctrico”,
2008;
[7] Http://www.efacec.pt/presentationLayer/efacec_produto_01.aspx?idioma=1&idPr
oduto=238, consultado em Novembro de 2009;
[8] Heidell, James; Ware, Harold; “Is There a Case for Broadband Utility
Communications Networks? Valuing and Pricing Incremental Communications Capacity on
Electric Utility Smart Grid Networks”, Dezembro de 2009;
[9] Sendin, Alberto; “First Deployment of PRIME compliant Meters”, Outubro de 2009;
[10] Hirsch, Martial Monfort Jeremny; ”Performance of open-standard PLC technologies
on ERDF distribution network”, 2009;
[11] I.H. Cavdar, “A solution to remote detection of illegal electricity usage via power
line communications”, IEEE Transactions on Power Delivery, 19 Outubro de 2004;
[12] V.C. Gungor, F.C. Lambert; ”A survey on communication networks for electric
system automation”, 21 February 2006;
[13] N. Pavlidou, A.J.H. Vinck, J. Yazdani, B. Honary; ” Power line communications:
state of the art and future trends”, IEEE Communications Magazine 41, Abril de 2003;
[14] Y. Abe et al., “Development of high speed power line communication modem”, SEI
Technical Review 58, Junho de 2004;
[15] S. Galli, A. Scaglione, K. Dosterl, “Broadband is power: Internet access through the
power line network”, IEEE Communications Magazine 41, Maio 2003;
[16] W. Liu, H. Widmer, P. Raffin, Broadband PLC Access systems and field deployment
in European power line networks, IEEE Communications Magazine 41, Maio de 2003.

38
[17] Renesas Technology Corporation, “Introduction to PLC micro-controller, M16C/6S”,
Fevereiro de 2009.
[18] Renesas Technology Corporation, “Manuals of M16C/6S”, Abril de 2007.
[19] MAXIM, “MAX2991 Preliminary Datasheet”, Novembro de 2009.
[20] Faccioni, André Umberto; Trichez, Lucas Marcon; Macedo, Ronaldo Lopes, “Análise
sobre tecnologia PLC (Power Line Communication) ”, Junho de 2008.

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