passou por uma certa dificuldade em encontrar um instrumental de análise que contribuísse para a abordagem sociológica do direito, sem desconsiderar os aspectos jurídicos. Neste contexto, vários autores, tidos como fundadores, deram a sua contribuição.
Émile Durkheim, por exemplo, criou um grande número de conceitos
utilizados nas pesquisas sociológico-jurídicas e, com a regra da objetividade, contribuiu para a formação da Sociologia Jurídica como ciência autônoma que aborda o Direito como fato social.
Max Weber, por sua vez, buscou delimitar, de maneira definitiva, o
método, objeto e função da sociologia jurídica e sua grande contribuição foi a doutrina do dualismo de métodos para a análise dos fenômenos jurídicos: o dogmático-jurídico e o sociológico-empírico.
Já Eugen Ehrlich estabeleceu uma distinção entre as componentes do
direito que regulam e ordenam a sociedade e aquelas que são puras normas de decisão, destacando que o sociólogo deveria preocupar-se com os próprios fatos do direito, buscando descrever o que realmente acontece, e não o que a lei prescreve.
Os Marxistas (Marx e Engels) focaram na chamada luta de classes e
consideravam que o formalismo dos conceitos jurídicos serviria para mascarar as relações sociais de desigualdade do capitalismo, defendendo, na sociedade comunista, a própria extinção do Estado e do Direito, instrumentos de dominação de uma classe sobre a outra.
Por fim, os Funcionalistas acreditam que o Direito é um dos sistemas
de controle da sociedade, um complexo disciplinador de interações sociais, com a finalidade de integração social, bem como tornar o comportamento humano “previsível”, destacando-se de normas não jurídicas pela possibilidade de imposição de sanções organizadas.