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MEDIDAS NO ECA

As medidas representam que o estatuto não está para aconselhar. É de


cumprimento obrigatório. Ao mesmo tempo que certos atores podem proteger, podem ser
responsabilizadas pela ausência da proteção (não cumprimento das obrigações).

Os princípios jurisdicionais que regem a infância e juventude são os mesmos dos


demais ramos. Deverá, no entanto, ter uma visão da proteção integral nos seus aspectos
principiológicos, a fim de trabalhar numa perspectiva de proteção integral.
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O QUE SÃO, QUEM APLICA, A QUEM, POR QUÊ?

1. MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: aplicáveis ao adolescente em conflito com a lei. As


medidas socioeducativas estão previstas nos incisos do art. 112 do ECA e são: advertência;
obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida;
inserção em regime de semiliberdade; internação em estabelecimento educacional. As
previstas no art. 101, I a VI, por força do inciso VII do art. 112, também podem ser aplicadas
ao adolescente que pratica ato infracional, tendo, neste ponto, recebido do legislador uma
nuança socioeducativa. Além do caráter pedagógico, que visa à reintegração do jovem em
conflito com a lei na vida social, as medidas socioeducativas possuem outro, o
sancionatório, em resposta à sociedade pela lesão decorrente da conduta típica praticada.
São aplicáveis pela autoridade judicial.

2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO: São providências que visam salvaguardar qualquer criança


ou adolescente cujos direitos tenham sido violados ou estejam ameaçados de violação.
São, portanto, instrumentos colocados à disposição dos agentes responsáveis pela
proteção das crianças e dos adolescentes, em especial, dos conselheiros tutelares e da
autoridade judiciária a fim de garantir, no caso concreto, a efetividade dos direitos da
população infantojuvenil. São aplicáveis nos casos do art. 98 do ECA, comumente citado
como parâmetro para indicação das situações nas quais determinada criança ou
adolescente estará em situação de risco social ou pessoal, a exigir a atuação dos órgãos
integrantes do sistema de garantias de direitos. Encontram um rol não exaustivo no art. 101
do ECA. Incluem-se no conceito de autoridade competente indicada no art. 101 do ECA o
conselho tutelar e o Poder Judiciário, por força das normas constantes do art. 136, I, e do
art. 148 do ECA. É importante, no entanto, salientar que tais órgãos somente poderão atuar
dentro dos limites legalmente impostos pelo próprio Estatuto, tanto no que diz respeito à
escolha da medida a ser aplicada, como também no que tange ao procedimento necessário
para tanto.

3. MEDIDAS APLICÁVEIS ÀS ENTIDADES DE ATENDIMENTO: aplicáveis às entidades


que descumprirem seus deveres na proteção integral. existem outras medidas aplicáveis às
entidades de atendimento, que desenvolvam programas de internação e de acolhimento
institucional e não cumpram as obrigações constantes do art. 94 do ECA, mesmo que as
irregularidades estejam sanadas no prazo arbitrado judicialmente.
As sanções a serem requeridas estão previstas em vários dispositivos. No § 6º do art. 92
trata-se do descumprimento pelo dirigente de entidade que desenvolva programas de
acolhimento familiar ou institucional indicando-se a pena de destituição, sem prejuízo da
apuração de sua responsabilidade administrativa, civil e criminal. Adiante, no art. 97, estatui
o legislador que são medidas aplicáveis às entidades de atendimento que descumprirem
obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus
dirigentes ou prepostos: I - às entidades governamentais: a) advertência; b) afastamento
provisório de seus dirigentes; c) afastamento definitivo de seus dirigentes; d) fechamento de
unidade ou interdição de programa. II - às entidades não governamentais: a) advertência; b)
suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas; c) interdição de unidades ou
suspensão de programa; d) cassação do registro.
Por sua vez, havendo reiteradas infrações cometidas por entidades de atendimento, que
coloquem em risco os direitos assegurados pelo ECA poderá ser postulada a suspensão
das atividades ou a dissolução da entidade.
Patenteada a irregularidade praticada pela entidade, poderá, ainda, o órgão do Parquet
efetuar recomendação, visando à melhoria do serviço, seja público ou de relevância pública
(art. 201, § 5º, c, do ECA). Se, após o prazo fixado na recomendação, a entidade não
remover a irregularidade, alternativa não haverá para aquele órgão a não ser propor a
representação ou ação civil pública para a defesa dos direitos e interesses das crianças e
adolescentes ali atendidos. O conselho tutelar, de igual forma, é legitimado para representar
ao Juízo, visando à adequação das atividades das instituições de atendimento. São
aplicáveis pela autoridade judicial.

4. MEDIDAS APLICÁVEIS AOS PAIS E RESPONSÁVEIS: o Estatuto, em seu art. 129,


assinalou dez medidas aplicáveis aos pais ou responsável, sendo algumas de caráter
eminentemente protetivo, como, por exemplo, o seu encaminhamento a programa oficial ou
comunitário de proteção à família, ou ainda a sua inclusão em programa oficial ou
comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos. Tais medidas,
embora dotadas de qualidade tutelar, quando aplicadas, assumem a natureza de obrigação
de fazer.
Caberá ao conselho tutelar, por força do que dispõe o art. 136, II, do ECA, atender e
aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII, da
lei. Competirá à autoridade judiciária, subsidiariamente, a aplicação dessas medidas e,
exclusivamente, a determinação daquelas constantes do art. 129, VIII a X.

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Medidas aplicáveis POR e A:
● FAMÍLIA: pode sofrer as medidas do art. 129 do ECA, aplicadas por desídia,
irresponsabilidade, excesso, ferir ou ameaçar direitos de criança ou adolescente
● SOCIEDADE: pode estar sujeita ás penalidades previstas no rol de crimes e
infrações contra a política de atenção à criança e juventude
● PODER PÚBLICO: pode ser alvo de ação civil pública quando o Estado (ou os
demais responsáveis) não oferecer (ou oferecer de forma inadequada/imprópria)
aquilo que o Estatuto prevê. Art. 98
○ MP
○ JUIZ - EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
○ CONSELHOS DE DIREITOS
○ CONSELHO TUTELAR
● ADVOGADO

Os atores acima:
O QUE FAZEM PARA PROTEGER
● MP: acompanhar a priorização dos recursos (show x projetos em apoio à
criança/adolescente) a fim de atender à prioridade absoluta do art. 4°, par.
Único. Se não atentar para isso (desídia), poderá ser cobrado.
● Uma vez comunicado, o Conselho Tutelar poderá tomar as providências
elencadas no ECA, art. 136.
● O Juiz da Infância e da Juventude disciplinará, através de portaria, ou
autorizará, mediante alvará a entrada e permanência de criança ou
adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, nos locais previstos
no art. 149 do ECA, bem como a participação de criança e adolescente nas
atividades elencadas no mesmo artigo. O Judiciário deverá agir com firmeza,
respondendo adequadamente e à altura dos anseios da sociedade.
● A família e a sociedade deve denunciar ao Conselho tutelar ou MP os casos
de abuso ou maus tratos.

O QUE FAZEM PARA AGREDIR


● Submeter a criança/adolescente a negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, bem como a tratamento desumano,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor, como por exemplo: crianças ou
adolescentes sem acesso à escola, que não encontram na rede de saúde o
devido tratamento, ou, ainda, aquelas que estão em situação de rua, de
exploração sexual ou usuárias de drogas, para as quais são imprescindíveis
políticas públicas específicas e efetivas.

COMO O MP ATUA NA PROTEÇÃO A DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS


Para HUGO NIGRO MAZZILLI, como os direitos e interesses ligados à proteção da criança
e do adolescente sempre têm caráter social ou indisponível, conseqüentemente não se
pode excluir a iniciativa ou a intervenção ministerial em qualquer feito judicial em que se
discutam esses interesses. Assim também os interesses individuais homogêneos, coletivos
ou difusos ligados à infância e à juventude, como os previstos no art. 208 do ECA, merecem
tutela pelo Ministério Público, o qual poderá propor uma ação civil pública para a proteção
de tais direitos.

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