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Apostila de Biologia
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Terceira série do Ensino Médio
01/01/2012
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Professor Thomaz Nagel

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Professor Thomaz Nagel

Conteúdo

Capítulo 38 ...........................................................................................................................................4
Genética ................................................................................................................................................4
Gregor Mendel ..................................................................................................................................4
As Leis de Mendel ........................................................................................................................4
Visão histórica da genética ...............................................................................................................5
Nomenclatura em genética ...............................................................................................................8
Cromossomos e genes ...................................................................................................................10
Noções de probabilidade ................................................................................................................11
Capítulo 39 .........................................................................................................................................12
O trabalho de Mendel......................................................................................................................12
A primeira Lei de Mendel ....................................................................................................................15
Heredogramas ................................................................................................................................15
Dominância incompleta ...................................................................................................................16
Herança intermediária .................................................................................................................16
Co-dominância ............................................................................................................................16
Alelos letais .....................................................................................................................................17
Alelos múltiplos ...............................................................................................................................18
Grupos sanguíneos .........................................................................................................................19
Grupo ABO .................................................................................................................................19
Grupos sanguíneos: fator RH .....................................................................................................19
Grupo MN ...................................................................................................................................20
Orientações para doadores de sangue.......................................................................................20
Herança e sexo ...................................................................................................................................22
O sistema XY ..............................................................................................................................22
Anomalias relacionadas aos cromossomos sexuais na espécie humana ..................................22
O sistema XO..............................................................................................................................22
O sistema ZW .............................................................................................................................22
O sistema Z0...............................................................................................................................23
Sistemas de determinação do sexo que não envolvem cromossomos sexuais .........................23
Herança ligada ao sexo ..............................................................................................................23
Herança restrita ao sexo .............................................................................................................23
Herança influênciada pelo sexo ..................................................................................................24
Capítulo 40 .........................................................................................................................................25
A segunda Lei de Mendel ...............................................................................................................25
Pleitropia, interação gênica e herança quantitativa ........................................................................27
Capítulo 41 .........................................................................................................................................28
Biotecnologia...................................................................................................................................28

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 2


Professor Thomaz Nagel

Capítulo 42 .........................................................................................................................................29
Evolução .........................................................................................................................................29
Genética de populações e especiação ...............................................................................................31
Capítulo 43 .........................................................................................................................................35
Evolução humana ...........................................................................................................................35
As etapas da evolução humana..................................................................................................35
Capítulo 44 .........................................................................................................................................37
Ecologia ..............................................................................................................................................37
Introdução ao estudo da ecologia ...................................................................................................37
Capítulo 45 .........................................................................................................................................42
Ciclos Biogeoquímicos ....................................................................................................................42
1. Ciclo do carbono.................................................................................................................42
2. Ciclo da água......................................................................................................................42
3. Ciclo do oxigênio ................................................................................................................43
4. O ciclo do nitrogênio ...........................................................................................................43
Capítulo 46 .........................................................................................................................................44
Relações ecológicas .......................................................................................................................44
Capítulo 47 .........................................................................................................................................48
Sucessão ecológica e principais ecossistemas ..............................................................................48
Capítulo 48 .........................................................................................................................................50
Biomas terrestres ............................................................................................................................50
Tundra.........................................................................................................................................51
Taiga ...........................................................................................................................................51
Floresta Caducifólia ou Floresta Decídua Temperada ...............................................................51
Floresta Tropical ou Floresta Pluvial ou Floresta Latifoliada ......................................................51
Campos .......................................................................................................................................52
Deserto .......................................................................................................................................52
Savanas ......................................................................................................................................52
Capítulo 49 .........................................................................................................................................54
Fitogeografia do Brasil ....................................................................................................................54
Caatinga......................................................................................................................................55
Amazônia ....................................................................................................................................55
Mata Atlântica .............................................................................................................................56
Cerrado .......................................................................................................................................56
Pantanal ......................................................................................................................................57
Pampa.........................................................................................................................................57
Capítulo 50 .........................................................................................................................................58
Quebra do equilíbrio ambiental .......................................................................................................58

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 3


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 38
Genética
Gregor Mendel

3ª. Série

Gregor Mendel nasceu em 20 de julho de 1822, num pequeno povoado chamado


Heinzendorf, na atual Áustria. Ele foi batizado com o nome de Johann Mendel, mudando o
nome para Gregor após ingressar para a ordem religiosa dos agostinianos. Foi ordenado
sacerdote no ano de 1847.
Entre os anos de 1851 e 1853 estuda História Natural na Universidade de Viena. Neste
curso, adquiri muitos conhecimentos que seriam de extrema importância para o
desenvolvimento de suas teorias (leis).
Aproveitou também os conhecimentos adquiridos do pai, que era jardineiro, para
começar a fazer pesquisas com árvores frutíferas. Em 1856 já fazia pesquisas com ervilhas,
nos jardins do monastério.
Sua teoria principal era a de que as características das plantas (cores, por exemplo)
devia-se a elementos hereditários (atualmente conhecidos como genes). Como passava
grande parte do tempo dedicando-se às atividades administrativas do monastério, foi deixando
de lado suas pesquisas relacionadas ao estudo da hereditariedade.
Morreu em 6 de janeiro de 1884 sem que tivesse, em vida, seus estudos reconhecidos.
Somente no começo do século XX que alguns pesquisadores puderam verificar a importância
das descobertas de Mendel para o mundo da genética.

As Leis de Mendel

Primeira Lei: também conhecida com Lei da Segregação, explica que na fase de formação dos
gametas, os pares de fatores se segregam.

Segunda Lei: também conhecida como lei da Uniformidade, afirma que as características de
um indivíduo não são determinadas pela combinação dos genes dos pais, mas sim pela
característica dominante de um dos progenitores (característica dominante).

Segunda Lei: também conhecida como Lei da Recombinação dos Genes, explica que cada
uma das características puras de cada de cada variedade (cor, rugosidade da pele, etc.) se
transmite para uma segunda geração de maneira independente entre si.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 4


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 38
Visão histórica da genética

3ª. Série

O nome genética foi proposto no início do século XX por Willian


Bateson, grande defensor das idéias de Mendel.
O interesse das pessoas em entender a hereditariedade existe há
muito tempo. Podemos reconhecer em Hipócrates, pai da medicina,
na Grécia Antiga, a primeira tentativa de explicar a
hereditariedade.
Muito tempo se passou sem nenhuma explicação satisfatória fosse
proposta com relação à hereditariedade. Isto se deve, em grande
parte, à incapacidade de fazer a pergunta certa.

Genética (do grego genno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e
da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as
características biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente
aplicado para descrever o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista Wiliam Batesson
numa carta dirigida a Adam Sedgewick, da data de 18 de Abril de 1908.
Os humanos, já no tempo da pré-história utilizavam conhecimentos de genética através
da domesticação e do cruzamento seletivo de animais e plantas. Atualmente, a genética
proporciona ferramentas importantes para a investigação das funções dos genes, isto é, a
análise das interacções genéticas. No interior dos organismos, a informação genética está
normalmente contida nos cromossomos, onde é representada na estrutura química da
molécula de DNA.

Histórico de Fatos Relevantes em Genética

Antes de 1900
1859 - Charles Darwin publica A origem das espécies.
1865 - Gregor Mendel publica Experimentos em hibridação vegetal.

1900-1919
1900 - As leis fundamentais da hereditariedade, descobertas por Mendel em 1865, são
redescobertas independentemente por C. Correns, H. Vries, e E. vom Tschemak.
1901 - Vries adota o termo mutação para descrever mudanças na qualidade do material
hereditário.
1902-1909 - W. Bateson cria os termos Homozigoto, heterozigoto, alelomorfo e epistasia, além
de uma nomenclatura para designar as gerações em experimentos genétios: P, F1, F2 ect.
1903 - Cromossomas descobertos como sendo as unidades da hereditariedade.
1905 - O biólogo William Bateson utiliza o termo "genética" numa carta dirigida a Adam
Sedgwick.
1905 - N. M. Stevens descreve os cromossomos sexuais X e Y no besouro Tenebrio molitor.
1905 - Lucien Cuénot obtém primeiro indício de fatos genétio letal (gene letal), confirmado em
1910 por W. E. Castle e C. C. Litle.
1906 - W. Bateson e seus colaboradores E. R Saunders e Saunders e R. C. Punnett
descrevem o primeiro caso de ligação gênica (linkage), em ervilha-doce, e de interação
genética na herança da forma da crista de galináceos.
1906 - L. Doncaster e H. Raynor descobrem a herança ligada ao sexo em mariposas.
1910 - Thomas Hunt Morgan demonstra que os genes estão localizados nos cromossomas.
1913 - Alfred Sturtevant elabora o primeiro mapa genético de um cromossoma.
1913 - Mapas genéticos mostram cromossomas contendo arranjos lineares de genes.
1918 - Ronald Fisher publica On the correlation between relatives on the supposition of
Mendelian inheritance - a sintese moderna dá os seus primeiros passos.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 5


Professor Thomaz Nagel

1920-1959
1927 - Mudanças físicas nos genes são denominadas mutações.
1928 - Frederick Griffith descobre uma molécula de hereditariedade que é transmissível entre
bactérias.
1931 - Sobrecruzamento (Crossing over) é a causa da recombinação genética.
1933 - Morgan recebe o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pelo desenvolvimento da
teoria cromossômica da herança com seus trabalhos com a mosca Drosophila melanogaster.
1941 - Edward Lawrie Tatum e George Wells Beadle demonstram que os genes codificam
proteínas; ver o dogma central da genética original.
1944 - Oswald Theodore Avery, Colin McLeod e Maclyn McCarty isolam o DNA como sendo
material genético (na altura chamado princípio transformante).
1946 - Muller recebe o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela demostração dos efeitos
mutagênicos de raios X em Drosophila melanogaster.
1951 - Erwin Chargaff mostra que os quatro nucleótidos não estão presentes no ácido nucleico
em proporções estáveis, mas que algumas regras básicas se aplicam (quantidade de timina
igual à de adenina). Barbara McClintock descobre transposões no milho.
1952 - A experiência de Hershey-Chase prova que a informação genética de fagos e de todos
os outros organismos é composto por DNA.
1953 - A estrutura do DNA (dupla hélice) é descoberta por James Watson e Francis Crick.
1956 - Jo Hin Tjio e Albert Levan estabelecem que o número correcto de cromossomas na
espécie humana é de 46 (n=23).
1958 - George Wells Beadle, Edward Lawrie Tatum, Joshua Lederberg receberam o Prêmio
Nobel de Fisiologia ou Medicina. Os dois primeiros pela comprovação de que os genes
atuam controlando a síntese de proteínas nas células, o terceiro por ter desvendado os
processos de recombinação genética em bactérias.
1958 - A experiência de Meselson-Stahl demonstra que o DNA tem uma replicação semi-
conservativa
1959 - Severo Ochoa e Arthur Kornberg receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou
Medicina por suas descobertas acerca da síntese de ácidos nucléicos nas células.

1960-1999
1961 - O código genético está organizado em tripletos.
1962 Francis Harry Compton Crick, James Dewey Watson, Maurice Hugh Frederick Wilkins
receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta da estrutura do DNA.
1964 - Howard Temin mostra, usando vírus de RNA, que o dogma central de Watson não é
sempre verdade.
1965 - François Jacob, André Lwoff, Jacques Monod receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia
ou Medicina pelo trabalhos sobre regulação da atividade gênica em bactérias e em vírus.
1968 - Robert W. Holley, Har Gobind Khorana, Marshall W. Nirenberg receberam o Prêmio
Nobel de Fisiologia ou Medicina pela decifração do código genético e seu papel na síntese
das proteínas.
1969 - Max Delbrück, Alfred D. Hershey, Salvador E. Luria receberam o Prêmio Nobel de
Fisiologia ou Medicina por suas descobertas sobre a estrutura genética e os mecanismos de
replicação dos bacteriófagos.
1970 - Enzimas de restrição são descobertas em estudos com a Haemophilius influenzae,
permitindo assim aos cientistas o corte do DNA e a sua transferêcia entre organismos.
1977 - DNA é sequenciado pela primeira vez por Fred Sanger, Walter Gilbert e Allan Maxam. O
laboratório de Sanger completa a sequência completa do genoma de Bacteriófago Phi-X174.
1978 - Werner Arber, Daniel Nathans, Hamilton O. Smith receberam o Prêmio Nobel de
Fisiologia ou Medicina pela descoberta da enzima de restrição e suas aplicação em
problemas de Genética molecular.
1980 - Baruj Benacerraf, Jean Dausset, George D. Snell receberam o Prêmio Nobel de
Fisiologia ou Medicina pelas suas descobertas acerca de estruturas da superfície celular
determinadas geneticamente que regulam as reacções imunológicas (Sistema HLA)
1983 - Kary Banks Mullis descobre a reacção de polimerização em cadeia (en:PCR),
proporcionando um meio fácil de amplificar DNA.
1983 - Barbara McClintock recebe o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pelo seu
trabalho com os transposões.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 6


Professor Thomaz Nagel

1987 - Susumu Tonegawa recebe o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela sua
descoberta do fundamento genético da formação de uma ampla variedade de anticorpos.
1989 - J. Michael Bishop, Harold E. Varmus receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou
Medicina pela compreensão do modo como a produção de tumores malignos a partir de
alterações que se produzem nos genes normais de uma célula, que não são apenas
produzidos por vírus, mas também podem ser produzidos por radiações, substâncias químicas,
etc.
1989 - Um gene humano é sequenciado pela primeira vez por Francis Collins e Lap-Chee Tsui:
codifica uma proteína que no seu estado defeituoso provoca a fibrose cística.

1990-2010
1993- Richard J. Roberts, Phillip A. Sharp receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou
Medicina pelo seu trabalho sobre os intrões, fragmentos de ADN não relacionados com a
informação genética.
1995 - O genoma de Haemophilus influenzae é o primeiro de um organismo vivo a ser
sequenciado.
1995 - Edward B. Lewis, Christiane Nüsslein-Volhard, Eric F. Wieschaus receberam o Prêmio
Nobel de Fisiologia ou Medicina pela identificação dos genes que controlam o iníco do
desenvolvimento dos animais (gene homeótico)
1996 - Primeiro genoma de um eucariota a ser sequenciado: Saccharomyces cerevisiae.
1997 - Stanley B. Prusiner recebe o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina descoberta do
prião como partícula infecciosa proteica
1998 - É publicada a primeira sequência genómica de um organismo eucariota multicelular: C.
elegans.
2001 - Primeiro rascunho da sequência do genoma humano é publicado.
2002 - Sydney Brenner, H. Robert Horvitz, John E. Sulston receberam o Prêmio Nobel de
Fisiologia ou Medicina pela sua investigação sobre o fenómeno da apoptose com os
nemátodos Caenorhabditis elegans, sobre a regulação genética do desenvolvimento dos
órgãos e o processo de morte programada.
2003 - (14 de Abril) 99% do genoma humano foi sequenciado pelo Projeto do Genoma Humano
(com uma precisão de 99,99%)[1].
2004 - Linda B. Buck e Richard Axel receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina
pelas suas descobertas genes receptores odoríferos e organização do sistema olfactivo

Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 7


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 38
Nomenclatura em genética

3ª. Série

Genética é a ciência que estuda a transmissão das


características de geração a geração, e as leis que regem
essa hereditariedade.

CONCEITOS GERAIS EM GENÉTICA

Gene
É a unidade hereditária presente nos cromossomos e que, agindo no ambiente, será
responsável por determinados caracteres do indivíduo.
Segmento do DNA responsável pela síntese de um RNA.
Cada gene é representado por uma ou mais letras. Ex: A, a, XD, IA, etc.

Lócus ou loco
É o local certo e invariável que cada gene ocupa no cromossomo. O posicionamento de um
gene fora do seu lócus normal em determinado cromossomo implica, quase sempre, uma
mutação.

Cromossomos Homólogos
São considerados homólogos (homo = igual) entre si os cromossomos que juntos formam um
par. Esses pares só existem nas células somáticas, que são diplóides (2n).
Num par, os dois homólogos possuem genes para os mesmos caracteres. Esses genes têm
localização idêntica nos dois cromossomos (genes alelos).
Na célula-ovo ou zigoto, um cromossomo é herdado do pai e outro da mãe e ficam
emparelhados.

Genes Alelos
São aqueles que formam um par e se situam em loci correspondentes nos cromossomos
homólogos. Respondem pelo mesmo caráter. Cada caráter é determinado pelo menos por um
par de genes, podendo ser homozigoto (letras iguais – AA ou aa) ou heterozigoto (letras
diferentes – Aa).

Caráter Dominante
É o caráter resultante da presença de um gene que, mesmo sozinho, em dose simples ou
heterozigose, encobre a manifestação de outro (chamado de recessivo).
Os genes são representados por letras. Geralmente usamos a primeira letra do recessivo para
representá-los.
Para o gene recessivo usamos a letra em minúsculo, e para o gene dominante, a mesma letra,
porém em maiúsculo.

Caráter Recessivo
É aquele que só se manifesta quando o gene está em dose dupla ou homozigose.

Homozigoto e Heterozigoto
Quando os pares de alelos são iguais, dizemos que os indivíduos são homozigotos (puros)
para aquele caráter, podendo ser dominantes ou recessivos.
Quando os pares de alelos são diferentes, dizemos que os indivíduos são heterozigotos
(híbridos) para aquele caráter.
Ex: são homozigotos – AA, aa, BB, bb, etc.
são heterozigotos – Aa, Bb, etc.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 8


Professor Thomaz Nagel

Genótipo
É a constituição genética de um indivíduo, a soma dos fatores hereditários (genes) que o
indivíduo recebe dos pais, e que transmitirá aos seus próprios filhos.

Fenótipo
É a expressão da atividade do genótipo, mostrando-se como a manifestação visível ou
detectável do caráter considerado.

Fenocópia
Um indivíduo pode revelar características não-transmissíveis aos descendentes, portanto não-
hereditárias, que simulam manifestações tipicamente hereditárias. Essas manifestações não
hereditárias são chamadas de fenocópias. Exemplo: tintura dos cabelos.

Expressividade de um gene
É a capacidade que tem um gene de revelar a sua expressão com maior ou menor intensidade.
Os genes que condicionam a produção de melanina, dando cor à pele, têm a sua
expressividade alterada pela exposição aos raios ultravioleta do Sol. O gene para a calvície e
para o desenvolvimento das mamas tem sua expressividade alterada pela presença dos
hormônios sexuais masculino ou feminino, respectivamente.
Dois indivíduos podem ter o mesmo genótipo e apresentarem fenótipos diferentes.

FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE

Genes letais
São genes que determinam a morte do indivíduo no estado embrionário ou após o
nascimento, quando em homozigose.
Podem ser dominantes ou recessivos.
São letais os genes para a cor amarela em ratos, a Talassemia ou anemia de Cooley, a
coréia de Huntington, a idiotia amaurótica infantil, entre outros.
A coréia de huntington é uma degeneração nervosa com tremores generalizados e
sinais de deterioração mental, às vezes só manifestados após os 30 anos o que leva à
transmissão dos genes aos descendentes.
A idiotia amaurótica infantil causa demência, cegueira progressiva e morte, se
manifesta na infância ou adolescência.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 9


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 38
Cromossomos e genes

3ª. Série

GENOMA HUMANO

23 pares de 6 a 7 milhões de pares de


cromossomos bases de DNA

Células 50.000 a 10.000 genes


somáticas

1 par de 22 pares autossomos Constituído por uma seqüência


cromossomos sexuais de ácidos nucléicos

XeY XeX Informações genéticas dos


indivíduos são transmitidas de
pai pra filho
♂ ♀

Características dos seres vivos


Cada espécie possui
um conjunto
cromossômico típico
(cariótipo) em termos
do número e da Controlam todos os aspectos
morfologia dos da embriogênese,
cromossomos. O
desenvolvimento,
número de
cromossomos das crescimento, reprodução e
diversas espécies metabolismo-essencialmente
biológicas é muito todos os aspectos do que faz
variável. o ser humano um organismo
funcionante.

Figura 1 Cariótipo humano

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 10


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 38
Noções de probabilidade

3ª. Série

Noções de probabilidade ( P)

P = no. Eventos favoráveis


no. Eventos possíveis

Exemplo : Um baralho de 52 cartas contém quatro damas. Qual a probabilidade de tirar uma dama
qualquer ?

Resolução : P = __4__ = __1__ ou 0,076923 ou 7,69%


52 13

REGRA DA ADIÇÃO

Exemplo : Num baralho completo ( 52 cartas ), qual a probabilidade de se obter um dama ou um


rei de qualquer naipe ?

Resolução : P = 4__ + __4__ = __8_ ou 0,1538461 ou 15,38%


52 52 52

REGRA DA MULTIPLICAÇÃO

Exemplo 1 : Num baralho completo ( 52 cartas ), qual a probabilidade de se obter uma dama e um
rei de copas ?

Resolução : P = __1__ . __1__ = __ 1_ _ ou 0.0003698 ou 0,036%


52 52 2704

Exemplo 2 : No lançamento de moedas,a probabilidade de se obter cara ou coroa é igual a 50%.


No jogo de dados, a possibilidade de se obter um número qualquer é de um por seis. Qual a
possibilidade de se obter “cara”no lançamento da moeda e o número 6 no lançamento de daos
simultaneamente ?

Resolução : P ( cara e face 6 ) = __1__ . __1__ = _1__ ou 0,0833 ou 8,33%


2 6 12

Aplicações da probabilidade em Genética

Exemplo 01 : Um casal heterozigoto para determinada característica, deseja saber a possibilidade


de Ter uma menina recessiva ?

Resolução :
P1 : ½ ( menino ou menina ) P ( ♀/rec. )= __1__ . __1__ = __1__ ou 0,125 ou 12,5%
P2 : ¼ ( AA, Ab, Ab ou bb 2 4 8

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 11


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Biologia
Capítulo 39
O trabalho de Mendel

3ª. Série

Mendel realizou trabalhos de hibridização com ervilha (Pisum sativum) no monastério


de Brünn, Áustria (atual Berno, República Tcheca):
 Programou cruzamentos e realizou análises estatísticas da descendência;
 Sucesso do trabalho é atribuído a:
a) Material biológico escolhido;
b) Método empregado na organização dos experimentos;
c) Análise estatística no tratamento dos dados.

ESCOLHA DO MATERIAL
Pisum sativum: características úteis para experimentos em genética:

 Ocorrência natural de autofecundação - elementos reprodutores encontram-se


protegidos por pétalas especiais que impedem a fecundação cruzada;
 Linhagens puras: características não variam de uma geração para outra;
 Facilidade de cultivo;
 Gerações curtas e com grande número de descendentes;
 Existência de caracteres bem definidos;
 Estudou 7 características, cada uma apresentando duas variedades.

Características estudadas por Mendel

O MÉTODO DE MENDEL
 Análise das características:
 Considerou cada característica isoladamente durante a
análise;
 Aplicou estatística para análise dos dados.
 Procedimento experimental:
 Consistiu em cruzar duas linhagens puras de plantas
para a mesma característica:
 Necessidade de evitar artificialmente a auto-
fecundação.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 12


Professor Thomaz Nagel

OS EXPERIMENTOS DE MENDEL E A 1ª LEI


 Análise da textura das sementes (variedades lisa e rugosa):
 Selecionou plantas puras que só formavam sementes lisas e plantas puras que só
formavam sementes rugosas >> geração parental (P);
 Cruzou as duas variedades de plantas para obtenção da geração F1 >> 100% de
sementes lisas;
 Plantou cada uma das sementes obtidas a partir da autofecundação da geração F1 >>
obtenção da geração F2:
 ¾ sementes lisas: ¼ sementes rugosas.

 Essas proporções repetiram-se para os outros caracteres analisados.


 Mendel concluiu que seus resultados não eram casuais >> sempre se repetiam:
denominou de variedade dominante aquela que se manifestava na geração F1 e de
variedade recessiva aquela que se mantinha “escondida” e só voltava a aparecer na
geração F2.

Figura 2 Variedades dominantes e recessivas

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 13


Professor Thomaz Nagel

Para explicar esses resultados, Mendel propôs que:


 O postulado acima atualmente é conhecido como 1ª Lei de Mendel ou Lei da pureza
dos gametas ou Monoibridismo.

Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação


dos gametas, de modo que cada gameta é puro. Na fecundação, esses fatores
voltam a se reunir.

Atualmente os fatores mendelianos são denominados alelos representados por letras do


alfabeto:
 Letras maiúsculas >> alelos dominantes;
 Letras minúsculas >> alelos recessivos.
 Convenção >> usa-se a letra que inicia o nome da variedade recessiva.

Traços humanos com padrões simples de herança


Característica Fenótipo dominante Fenótipo recessivo

Cor dos olhos Olhos escuros Olhos cinzentos


Visão Olhos verdes
Olhos azuis
Visão normal Cegueira noturna
Daltonismo
Sobrancelha larga Sobrancelha delgada
Sobrancelha separada Sobrancelha única
Cílios longos Cílios curtos
Cabelo Cabelo escuro Cabelo loiro
Cabelo ruivo
Cabelo encaracolado Cabelo liso
Cabelo abundante Calvície
Redemoinho do cabelo no sentido Redemoinho do cabelo no sentido
anti-horário horário
Face Face com covinhas ao sorrir Face sem covinhas ao sorrir
Queixo fendido Queixo redondo
Sardas Ausência de sardas
Lábios grossos Lábios finos
Face oval Face quadrada
Nariz aquilino Nariz curvado para cima
Orelhas Orelhas anexadas a cabeça Orelhas “descoladas”
Pilosidade Pilosidade abundante Pilosidade reduzida
Dedos Mais que cinco dedos na mão Cinco dedos na mão
Dedos curtos Dedos normais
Polegar reto Polegar curvado (carroneiro)
Audição Audição normal Surdez congênita
Cerúmen do tipo úmida Cerúmen do tipo seca
Audição e fala Audição e fala normais Surdo-mudez
Enrola a língua Não enrola a língua
Pele Pigmentação normal Albinismo

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 14


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 39
A primeira Lei de Mendel
Heredogramas

3ª. Série

Genética é a ciência que estuda a transmissão das


características de geração a geração, e as leis que regem
essa hereditariedade.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 15


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 39
A primeira Lei de Mendel
Dominância incompleta

3ª. Série

Existem casos em que um gene interage com seu alelo, de


maneira que o híbrido ou heterozigoto apresente um fenótipo
diferente ou intermediário em relação aos pais homozigotos
ou então expressa simultaneamente os dois fenótipos
paternos.

Herança intermediária
Tipo de ausência de dominância em que o indivíduo heterozigoto exibe um fenótipo
diferente e intermediário em relação aos genitores homozigotos.

Exemplo: A planta “maravilha” (Mirabilis jalapa) apresenta duas


variedades básicas para a coloração de flores: a variedade Alba
(com flores brancas) e a variedade rubra (com flores vermelhas).
No cruzamento entre estas duas espécies homozigotas, surge
uma terceira variedade, rosa.

Alba: AA AA x BB = 100% AB (rosa)


Branca: BB

Co-dominância
Tipo de ausência de dominância em um indivíduo
heterozigoto expressa simultaneamente os dois fenótipos
paternos.

Exemplo: A raça de bovinos Shorton apresenta indivíduos


homozigotos de pelagem vermelha (AA) e de pelagem branca
(BB). Os híbridos ou heterozigotos apresentarão pelagem
vermelha e branca simultaneamente.

Pelagem vermelha: AA AA x BB = 100% AB ( pelagem vermelha e branca )


Pelagem branca: BB

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 16


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 39
A primeira Lei de Mendel
Alelos letais

3ª. Série

Em 1920, o geneticista francês Cuénot verificou a presença


de genes que impediam o nascimento. Outros pesquisadores
relataram a letalidade de alguns genes ou então, a presença
de anomalias.

1. Doença de Tay-Sachs: os indivíduos afetados


apresentam paralisia, cegueira e morte por volta
do segundo ano de vida.
Genealogia: ss (afetados, morte).
Genealogia: SS e Ss (normais).

2. Acondroplasia: tipo de nanismo em que a cabeça


e tronco são normais, mas pernas e braços
muito curtos.
Genealogia: AA (normais).
Genealogia: Aa (afetados, mas sobrevivem).
Genealogia: aa (afetados, morte antes do
nascimento).

3. Braquidactilia: os indivíduos afetados


apresentam os dedos das mãos mais curtos.
Genealogia: bb (normais).
Genealogia: Bb (afetados, mas sobrevivem).
Genealogia: BB (afetados, morrem antes do
nascimento).

Figura 3 Braquidactilia

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 17


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 39
A primeira Lei de Mendel
Alelos múltiplos

3ª. Série

Quando há mais de dois alelos para cada lócus gênico, fala-se


em alelos múltiplos ou polialelia.
Apesar de existirem, em uma população, vários alelos para um mesmo lócus, nas células de cada indivíduo
diplóide, ocorrem apenas dois deles, pois são apenas dois cromossomos homólogos.
Supondo três alelos, A, A1 e A2 combinando-se de dois em dois.

A A1 A2

AA A A1 A A2 A1 A1 A1 A2 A2 A2
Cada uma dessas manifestações pode apresentar um fenótipo diferente, dependendo de haver ou não dominância de
um alelo sobre outro.

Exemplificação
A2
Para coelhos, existem quatro tipos de pelagem: aguti ou selvagem, chinchila, himalaio e albino. Verificou-se
que estes quatro fenótipos são determinados por quatro alelos, com a seguinte relação de dominância entre si:
a) O alelo C+ é dominante sobre todos os demais;
b) O alelo Cch é dominante sobre os alelos Ch e c;
c) O alelo Ch dominante sobre o alelo c;
d) O alelo c é recessivo.

c+ >> cch >> ch >> c

c+: aguti ou selvagem (caca)


cch: chinchila
ch: himalaio
c: albino

c+ cch ch c

c+ c+ cch + cch ch ch cc

c+ cch c+ ch ch c Albino

c+ ch c+ c Himalaio

c+ c Chinchila

Aguti

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 18


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Biologia
Capítulo 39
A primeira Lei de Mendel
Grupos sanguíneos

3ª. Série

Grupo ABO

Histórico

1920: Karl Landsteiner verificou que quando hemácias de uma pessoa eram misturadas com
plasma de outra, algumas vezes as hemácias se aglutinavam, isto é, aderiam umas as outras
formando grumos visíveis a olho nú.

A aglutinação é provocada pela reação entre antígenos e anticorpos, que, devido ao efeito
produzido, são respectivamente denominados de aglutinogênio e aglutininas.
Devido à presença ou ausência dos antígenos, as pessoas são classificadas em quatro grupos
sanguíneos.

Grupos Aglutinogênios nas Aglutininas no plasma Genótipo


sanguíneos hemácias (antígenos) (anticorpos)

A A Anti-A IAIA ; IAi


B B Anti-B IBIB ; IBi
AB AeB Nenhuma IAIB
O Nenhum Anti-A e anti-B II

Freqüência dos grupos sanguíneos

Grupo A 47%
Grupo B 41%
Grupo AB 9%
Grupo O 3%

Grupos sanguíneos: fator RH

O fator Rh foi descoberto em 1940, por


Landsteirner e Wiener, em pesquisas com o
macaco Rhesus, ao qual, o sangue deste animal
injetado em cobaias provoca a produção
gradativa de anticorpos (anti-Rh) sendo o antígeno
das hemácias denominado fator Rh:
Rh +: sofre aglutinação; presença do antígeno Rh.
Rh -: não apresenta o fator Rh no sangue.

É evidente que se introduzirmos sangue


Rh + num receptor Rh -, não ocorre aglutinação,
pois não existe o anticorpo Rh no plasma. Mas,
em outras doses, este anticorpo será
gradativamente produzido, podendo ser fatal ao
receptor.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 19


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Genética do sistema Rh

Gene R: produção do antígeno.


Gene r: não-produção do fator Rh.

Fenótipo Genótipo
Fator Rh + RR, Rr
Fator Rh - rr

Eristroblastose fetal ( Doença Hemolítica do Recém-nascido )

Mãe Rh – gerando filho Rh +


Obs.: no primeiro filho, devido à lenta produção do anticorpo anti-Rh, normalmente não
ocorrem problemas.

Manifestações:
 Anemia profunda
 Icterícia
 Aumento do volume do
fígado e do baço
 Possíveis perturbações
mentais
 Morte

Cuidados
 Saber o fator Rh dos
pais;
 Substituir
gradativamente o
sangue Rh+ da criança
por Rh-;
 Para a mãe, aplicar injeção anti-Rh.

Grupo MN

Em 1927 foram descobertos outros dois antígenos aos quais, no plasma sanguíneo,
que não ocorrem naturalmente os anticorpos, apenas em transfusões sanguíneas. Foram
denominados antígeno M e antígeno N.

Fenótipo Genótipo

MM LMLM.......MM
MN LMLN ...... MN
NN LNLN ...... NN

Orientações para doadores de sangue

Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são
determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a
segurança de quem vai receber o sangue.

O doador deve...
 Trazer documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho,
certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de
habilitação);
 Estar bem de saúde;
 Ter entre 18 e 65 anos;
 Pesar mais de 50 kg;
 Não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a
doação.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 20


Professor Thomaz Nagel

Impedimentos temporários
 Febre
 Gripe ou resfriado
 Gravidez
 Puerpério: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
 Uso de alguns medicamentos
 Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente
transmissíveis
 Cirurgias e prazos de impedimentos
 Extração dentária: 72 horas
 Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses
 Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem
seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
 Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação
 Transfusão de sangue: 1 ano
 Tatuagem: 1 ano
 Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Impedimentos definitivos
Hepatite após os 10 anos de idade
 Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue:
hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença
de Chagas
 Uso de drogas ilícitas injetáveis
 Malária

Intervalos para doação


 Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
 Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Doe sangue com responsabilidade


Você sabe o que é janela imunológica? É o período entre a contaminação da pessoa por um
determinado agente infeccioso (HIV, hepatite...) e a sua detecção nos exames laboratoriais.
No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue
doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem.
A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante
para evitar a transmissão de doenças aos pacientes.

Nunca doe sangue se você quiser apenas fazer um exame para AIDS. Neste caso, procure
um Centro de Testagem Anônima e gratuita.
Informe-se pelo Disque-Saúde: 0800-61-1997 ou pelos Centros de Testagem Anônima.

Cuidados pós-doação
 Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
 Aumentar a ingestão de líquidos
 Não fumar por cerca de 2 horas
 Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas
 Manter o curativo no local da punção por pelo menos de 4 horas
 Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou
mergulho

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 21


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 39
A primeira Lei de Mendel
Herança e sexo

3ª. Série

Determinação do sexo

Cromossomos sexuais Fatores ambientais

Cromossomos sexuais masculinos e femininos


# Homens: 44 autossomos e 2 sexuais
♂ = 44 A + XY > heterogamético
# Mulheres: 44 autossomos e 2 sexuais
♀ = 44 A + XX > homogamético

O sistema XY
Ocorre na maioria dos mamíferos e animais.

♂- heterogaméticos = XY
♀ - homogamético = XX

Anomalias relacionadas aos cromossomos sexuais na


espécie humana

2A Y0 : não há desenvolvimento

2A XXX (super-fêma) : sexo feminino, férteis e raramente


apresentam anormalidades
Figura 4 Síndrome de Klinefelter
2A XXY: Síndrome de Klinefelter
Sexo masculino, altos, estéreis, testículos menores e
podem apresentar mamas mais evidentes. Vivem normalmente.

2A X0 : Síndrome de Turner
Sexo feminino, baixa estatura, esterilidade, pescoço curto
e largo. Vivem normalmente.

2A XYY : sexo masculino, geralmente altos e apresentam acne Figura 5 Síndrome de Turner
acentuada na adolescência.

O sistema XO
Ocorre em alguns insetos, como percevejos, gafanhotos e baratas.
♀ - 2A XX
♂ - 2ªA X0

O sistema ZW
Ocorre em borboletas, em algumas mariposas, alguns peixes e aves.
♀ - 2A ZW
♂ - 2A ZZ

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 22


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O sistema Z0
Ocorre em algumas espécies de mariposas.
♀ - 2A Z0
♂ - 2A ZZ

Sistemas de determinação do sexo que não envolvem cromossomos sexuais

Em formigas, abelhas e vespas o sexo é determinado por um conjunto de cromossomos:


♀ - diplóides (fecundação do óvulo com espermatozóide)
♂ - haplóides (óvulos não fecundados – partenogênese)

Nos répteis, por cromossomos sexuais ou relações ambientais, como temperatura.


Temperaturas baixas determinam fêmeas, temperaturas altas, machos. (variação de
temperatura 1 a 2º C)

Herança ligada ao sexo

A herança é considerada ligada ao sexo quando os genes envolvidos situam-se no


cromossomo X, em sua porção não-homológa, isto é, sem correspondência ao cromossomo Y.

Daltonismo
Deficiência visual que acomete as pessoas, fazendo
com que não se perceba as cores verdes e vermelhas ou
azuis e amarelas. O daltonismo é ligado ao gene X.

Sexo Genótipo Fenótipo

♂ XD Y Normal
♂ Xd Y Daltônico
♀ XD XD Normal
♀ XD Xd Normal
♀ Xd Xd Daltônica

Hemofilia
Caracteriza-se pela insuficiência na produção de tromboplastina, enzima fundamental
para o mecanismo da coagulação sanguínea, sendo que atinge principalmente os homens,
manifestando-se logo na infância. Aparece sob forma de hemorragias.
Existe cerca de 1 homem hemofílico para cada 10 mil.

Sexo Genótipo Fenótipo

♂ XH Y Normal
♂ Xh Y Daltônico
♀ XH XH Normal
♀ XH Xh Normal
♀ Xh Xh Daltônica

Herança restrita ao sexo

A herança é considerada restrita ao sexo quando os genes situam-se no cromossomo


Y (genes holândricos), na porção não homóloga do cromossomo X.

Hipertricose
Manifestação de pêlos nas orelhas.

Sexo Genótipo Fenótipo

♂ X YH Normal
♂ X Yh Daltônico

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 23


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Herança influenciada pelo sexo

Depende exclusivamente da situação hormonal de cada indivíduo.

Sexo Genótipo Fenótipo

♂ CC ou Cc Calvo
♀ cc Normal
♀ CC Calva
♀ Cc ou cc Normal

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 24


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 40
A segunda Lei de Mendel

3ª. Série

Princípio da distribuição independente


dos vários caracteres.

Diibridismo com dominância


I. Diibridismo: há dois pares de genes
II. Triibridismo: há três pares de genes
III. Poliibridismo: mais de três pares de genes.

Observações:
1. Todo o genótipo deve ser representado por um par de genes.
Ex.: AbBb
2. Os homozigotos sempre formam apenas um tipo de gameta.
Ex.: AABB, AABBCC

II Lei de Mendel
“Na formação dos gametas, o par de fatores responsável por uma característica
separa-se independentemente de outro par de fatores responsável por outra característica”.
Ab Cd
AC bC
Ad bD

Exemplo prático
Um senhor de olhos azuis e cabelos loiros casa-se com mulher de olhos castanhos e
cabelos escuros. Depois do primeiro filho do casal ser loiro e olhos azuis, o casal deseja saber
a probabilidade de segunda criança loira e olhos azuis do sexo feminino.

Resolução
Homem: olhos azuis e cabelos loiros
(aa) (ll)
Mulher: olhos castanhos e cabelos escuros
(C _) (E _)

F1: menino olhos azuis e cabelo loiro


(aa) (II)

aall x C_E_ (rec. a / rec. l)

Gametas al : al
Gametas CaEl : CE, Cl, aE, al

CE Cl aE al
al CaEl Call aaEl aall
al CaEl Call aaEl aall
al CaEl Call aaEl aall
al CaEl Call aaEl aall
Resposta: 4/16

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 25


Professor Thomaz Nagel

Para calcularmos os números de gametas, fenótipos e genótipos aplicamos a fórmula:

n = número de caracteres portadores de genótipos híbridos ou heterozigóticos.

Gametas diferentes: 2n
Fenótipos: 2n
Genótipo: 3n

Ex.01: se fossem dois pares de genes (AaBb) :


Gametas: 2n = 22 = 4
Fenótipos: 2n = 22 = 4
Genótipos: 3n = 32 = 9

Ex.02: se fossem quatro pares de genes (AaBbCcDd)


Gametas: 2n = 24 = 16
Fenótipos: 2n = 24 = 16
Genótipos: 3n = 34 = 81

Ex.03: se fossem quatro pares de genes (AabbCcdd)


Gametas: 2n = 22 = 4
Fenótipos: 2n = 22 = 4
Genótipos: 3n = 32 = 9

Exemplo prático 01: Do cruzamento de AaBbCcDd x AabbCcdd, qual a probabilidade de


surgir um indivíduo aabbccdd.

AaBbCcDd
Gametas: 2n = 24 = 16
Fenótipos: 2n = 24 = 16
Genótipos: 3n = 34 = 81

AabbCcdd
Gametas: 2n = 22 = 4
Fenótipos: 2n = 22 = 4
Genótipos: 3n = 32 = 9

O indivíduo AaBbCcDd produz 16 tipos de gametas, sendo a probabilidade do gameta ser abcd
é de 1/16. Já por sua vez, AabbCcdd, produz 4 gametas, sendo a propabilidade para abcd ser
¼. Assim, deste cruzamento existem 64 tipos de combinações (16.4 = 64) dos quais a
probabilidade de indivíduos serem aabbccdd é 1/64 (1/16. ¼)

Exemplo prático 02: Um indivído portador de AABBCc casa-se com mulher aaBbCc. Eles
querem saber a possibilidade de filho aaBBCC.

AABBCc
Gametas: 2n = 21 = 2
Fenótipos: 2n = 21 = 2
Genótipos: 3n = 31 = 3

aaBbCc
Gametas: 2n = 22 = 4
Fenótipos: 2n = 22 = 4
Genótipos: 3n = 32 = 9

O indivíduo AABBCc produz 4 tipos de gametas, sendo a probabilidade para aBC zero,
pois não possui gametas a recessivos.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 26


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 40
A segunda Lei de Mendel
Pleitropia, interação gênica e herança quantitativa

3ª. Série

Um mesmo gene pode expressar dois ou mais caracteres ou um


caráter pode ser expressado por vários genes.

Pleitropia
Quando um gene expressa simultaneamente vários caracteres
(fenótipos múltiplos). Como exemplo, podemos citar a Síndrome de
Marfan, onde o indivíduo apresenta membros longos, aracnodactilia
(ossos dos dedos longos mal formados), joelho entortados para dentro,
face alongada, peito escavado, malformação palatal, alterações do
cristalino, miopia, malformações ósseas, cárdias e dentárias.

Interação gênica
É uma interação gênica em que um gene inibe a ação de outro gene não alelo, ou seja, de um
lócus diferente.

Exemplo:
Em coloração de penas de galinhas da raça Leghorn, os fenótipos são plumagens coloridas (gene B) e
plumagem branca (gene b). O gene epistático I, porém atua sobre B inibe a manifestação da cor, por sua
vez, o alelo i não tem ação sobre B.

Genótipos possíveis

BBII, BBIi, BbII, BbIi, bbII, bbIi Brancas, porque o alelo I impede a pigmentação
BBii, Bbii Coloridas, porque i não atua sobre B
bbii Branca, porque não tem pigmentação (B)

Herança quantitativa (poligênica ou poligenia)


É um caso especial de interação gênica em que os fenótipos têm uma variação ao longo de um contínuo,
podendo ser alterados por diversos fatores: alimentação, ambiente,...
Exemplo: crescimento do ser humano e pigmentação de pele.

Pigmentação da pele humana


Alelos: N e n; B e b

N e B determinam a síntese de grande quantidade de melanina;


N e b determinam a síntese de pouca melanina.

Nn Bb x Nn Bb =

NB Nb nB Nb
NB NNBB NNBb NnBB NNBb
Nb NNBb NNbb NnBb NNbb
nB NnBB NnBb nnBB NnBb
nb NnBb Nnbb nnBb nnbb

Os resultados acima podem ser expressos no quadro a seguir:

Genótipos Fenótipos Proporção fenotípica

NNBB Negro 1:16


NNBb e NnBB Mulato escuro 4:16
NNbb, nnB e NnBb Mulato médio 6:16
nnBb e Nnbb Mulato claro 4:16
nnbb Branco 1:16

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 27


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 41
Biotecnologia

3ª. Série

Definimos biotecnologia como um conjunto de técnicas que


permitem a seleção e a modificação de organismos.

1. Enzimas de restrição
Propriedade de “cortar” os nucleotídeos em uma molécula de DNA.

2. Identificação de pessoas
Identificação de trechos de DNA cujas seqüências repetidas de nucleotídeos são
exclusivas para cada pessoa transmitidas de pais para filhos.

3. Mapeamento dos genes nos cromossomos (Projeto GENOMA).

4. DNA Recombinante (Organismos transgênicos)


Após “cortar” um segmento de DNA, podem-se inserir segmentos isolados em outras
moléculas de DNA, com o uso de enzimas denominadas DNA Ligases, criando os
OGM – Organismos Geneticamente Modificados.

5. Clonagem de DNA
Produz um número de cópias idênticas de um mesmo fragmento da molécula de DNA
ou genes a serem “copiados”, depois podem ser introduzidos no DNA de outros
organismos (bactérias e vírus) que se replicarão.

6. Clonagem de organismos multicelulares.


Clonagem a partir de mecanismos normais de reprodução: através da reprodução
assexuada.
Clonagem a partir de células somáticas: através da seleção de um conjunto de genes
(DNA) de uma célula de um organismo, pode-se introduzi-lo num ovócito para o
desenvolvimento embrionário.

7. Programas de triagem populacional


Exames de saúde através de testes genéticos.

8. Terapia gênica
Substituir o alelo que uma doença pelo seu alelo normal.

9. Vacinas gênicas
Genes responsáveis pelo desenvolvimento da produção de certos anticorpos são
isolados e codificados em bactérias, que serão agentes de disseminação no
organismo.

10. Recuperação das espécies em extinção


Através dos meios de clonagem.

Discussão
Aborto terapêutico
Aconselhamento genético
Triagem populacional
Clonagem humana

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 28


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 42
Evolução

3ª. Série

A população é uma unidade evolutiva

População: agrupamento de indivíduos de mesma espécie que ocorrem em uma mesma área
geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.

O pensamento evolutivo

Fixismo Jean-Baptiste Lamarck Charles Darwin Alfred Russel

Século 19 (1744-1829) (1809-1882) (1823-1913)

 Lei do uso e desuso  Teoria da seleção


 Lei da transmissão natural
dos caracteres
adquiridos

 Fritz Muller
 Gregor Mendel

Evidências evolutivas

Homologia Órgãos vestigiais Fósseis Evidências


moleculares

1. Analogia Órgãos de tamanho Indícios da presença Comparação de DNA.


Estruturas semelhantes por reduzido ou sem de seres vivos.
desempenharem a mesma
função, mas em outros
função.
organismos ainda Ex.: ossos, conchas,
Ex.: asas de pássaros e
insetos exercem função. árvores petrificadas.
2. Homologia
Estruturas ainda presentes Ex.: apêndice
ou não que desempenhavam
mesma função
Ex.: ossos do braço do ser
humano, cavalo, baleia e
morcego

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 29


Professor Thomaz Nagel

Teoria sintética da evolução


(Neodarvinismo)

A população é uma unidade evolutiva passível de mutações e adaptações

Fatores que tendem a aumentar a


variabilidade genética

Mutação Permutação

Gênicas Cromossômicas

Alterações no número ou na forma Alterações na sequência de bases Além da segregação independente


dos cromossomos nitrogenadas de determinado gene dos cromossomos na meiose, ocorre
durante a duplicação da molécula de a troca de partes entre cromossomos
DNA. Essa alteração pode ocorrer a homólogos, estabelecendo novas
perda, adição ou substituição de combinações entre os genes,
nucleotídeos, que originará um gene estabelecendo uma variedade maior
capaz de sintetizar uma proteína de gametas, aumentando a
diferente. Ocorrem por acaso e variabilidade genotípica.
podem evoluir pelo processo da
seleção natural.

Fatores que atuam sobre a


variabilidade genética

Migração Deriva genética Seleção natural

É a entrada e saída de novos Estabelecimento de uma nova Sobrevivência do mais adaptado


indivíduos em uma população. população a partir de poucos
Através destes processos indivíduos que emigraram de uma
migratórios, é possível, que novos população original.
genes sejam introduzidos na
população

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 30


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 42
Evolução
Genética de populações e especiação

3ª. Série

A composição genética de uma população pode ser conhecida calculando-se as


frequências de genes e as frequências de genótipos nessa população.

1. Determinaremos a frequência gênica de uma população que apresenta as seguintes


características.

Fenótipo Genótipos Nº de indivíduos

Normal AA 1800
Normal Aa 3000
Albino aa 1200
Total 6000

Calculo da frequência do alelo A

número total desse alelo


Frequência de um alelo = número total de alelos para esse lócus

A frequência do alelo A é:
1800 indivíduos AA → nº alelos A = 3600 Obs.: 1800 A + 1800 A
3000 indivíduos Aa → nº alelos A = 3000
Total de alelos = 6600

número total desse alelo 6600


f(A) = = = 0,55
número total de alelos para esse lócus 12000

f(A) = 0,55 ou 55%

Para calcularmos a frequência da a, pode-se proceder do mesmo modo ou então utilizar a


fórmula que estabelece a relação entre alelos:

f(A) + f(a) = 1
f(a) = 1 – 0,55
f(a) = 0,45

f(a) = 0,45 ou 45%

2. A frequência genotípica nesse caso pode ser calculada do seguinte modo:

número de indivíduos com determinado genótipo


Frequência genotípica =
número total de indivíduos da população

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 31


Professor Thomaz Nagel

As frequências genotípicas AA, Aa e AA neste caso, serão:

1800
AA → f(AA) = 6000 = 0,3 ou 30%

3000
Aa → f(AA) = 6000 = 0,5 ou 50%

1200
aa → f(AA) = 6000 = 0,2 ou 20%

3. Teorema de Hardy-Weinberg
Formulado em 1908 pelos cientistas Hardy e Weinberg, tem o seguinte enunciado:

Em uma população infinitamente grande, em que cruzamentos ocorrem ao acaso, e


sobre o qual não há atuação de fatores evolutivos, as frequências gênicas e
genotípicas permanecem constantes ao longo das gerações.

Este teorema somente é valido para populações:


 Infinitamente grandes;
 Com cruzamento ao acaso;
 Isentas de fatores evolutivos.

p2 + 2pq + q2 = 1

Onde:
p = frequência de um alelo
q = frequência de outro alelo
2pq = frequência de heterozigotos

Cita-se como exemplo uma população que tenha as seguintes frequência genotípicas:
p = alelo A = 0,8
q = alelo a = 0,2

p2 + 2pq + q2 = 1
0,82 + 2(0,8)(0,2) + 0,22 = 1

0,64 + 0,32 + 0.04 = 1

64% 32% 4%

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 32


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Novas espécies

Isolamento Anagênese Cladogênese Isolamento Gradualismo


reprodutivo geográfico

(ana = para cima; (clado = ramo): Barreiras estariam Darvim : propunha


genesis = origem) : compreende isolando duas que as espécies
compreende os processos populações sofriam mudanças
processos pelos responsáveis pela
geneticamente lentas através dos
quais um caráter ruptura da coesão
surge ou se modifica original em uma idênticas, impedindo tempos
numa população ao população, gerando a troca de genes
longo do tempo, duas ou mais Stefen JAy Gould e
sendo responsável populações que não Niles Eldredge :
pelas novidades podem mais trocar
propuseram a Teoria
evolutivas. Resulta genes entre seus
da interação entre indivíduos. Resulta, do equilíbrio
mutação, normalmente, ponderado, onde as
permutação e através da ação da espécies sofreriam
seleção natural. deriva continental, uma mudança
surgimento de repentina, tendo em
barreiras geográficas vista não haver
ou mesmo
fósseis
ocorrência de
mutações. intermediários das
alterações destes
indivíduos.

Mecanismos pré-zigóticos Isolamento estacional Diferenças de épocas


reprodutivas

Isolamento de habitat ou Ocupação diferencial de habitats


ecológico

Isolamento etológico Incompatibilidade de


comportamento entre espécies

Isolamento mecânico Diferença entre órgãos


reprodutores, impedindo a
cópula

Mortalidade gamética Fenômenos fisiológicos que


impedem a sobrevivência dos
gametas

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 33


Professor Thomaz Nagel

Mecanismos pós-zigóticos Mortalidade do zigoto Havendo fecundação entre


espécies diferentes,
normalmente o embrião
morrerá, devido ao
desenvolvimento embrionário
irregular

Indivíduos de cruzamentos entre


Inviabilidade do híbrido seres de espécies diferentes
serão pouco viáveis, devido sua
inferioridade adaptativa e /ou
menor eficiência reprodutiva (se
férteis)

Podem possuir gônodas


Esterilidade do híbrido anormais ou problemas de meio
ou fisiológicos.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 34


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Biologia
Capítulo 43
Evolução humana

3ª. Série

Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista


parte do princípio de que o homem é o resultado de
um lento processo de alterações (mudanças). Esta é
a idéia central da evolução: os seres vivos (vegetais
e animais, incluindo os seres humanos) se originaram
de seres mais simples, que foram se modificando ao
longo do tempo.

As etapas da evolução humana

Primatas: Os mais antigos viveram há cerca de 70 milhões de anos.


Esses mamíferos de pequeno porte habitavam as árvores das florestas
e alimentavam-se de olhas e insetos.

Humanóides: São primatas que viveram entre aproximadamente 22 e


14 milhões de anos atrás. O procônsul, que tinha o tamanho de um
pequeno gorila, habitava em árvores, mas também descia ao solo; era
quadrúpede, isto é, locomovia-se sobre as quatro patas. Descendente
do procônsul, o kenyapiteco às vezes endireitava o corpo e se locomovia
sobre as patas traseiras.

Hominídeos: Família que inclui o gênero australopiteco e também o


gênero humano. O Australopiteco afarense, que viveu há cerca de 3
milhões de anos, era um pouco mais alto que o chimpanzé. Já
caminhava sobre os dois pés e usava longos braços para se pendurar
nas árvores. Mais alto e pesado, o Australopiteco africano viveu entre 3
milhões e 1 milhão de anos. Andava ereto e usava as mãos para coletar
frutos e atirar pedras para abater animais.

Homo habilis: Primeiro hominídeo do gênero Homo. Viveu por volta de


2 milhões de anos a 1,4 milhões de anos atrás. Fabricava instrumentos
simples de pedra, construía cabanas e, provavelmente, desenvolveu
uma linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram encontrados na
África.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 35


Professor Thomaz Nagel

Homo erectus: Descente do Homo habilis, viveu entre 6 milhões de


anos e 150 mil anos atrás. Saiu da África, alcançando a Europa, a Ásia e
a Oceania. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o
corpo com peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros
e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.

Homem de Neandertal: Provável descendente do Homo erectus, viveu


há cerca de 200 mil a 30 mil anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas
e fabricava armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os mortos
nas cavernas, com flores e objetos. Conviveu com os primeiros homens
modernos e desapareceu por motivos até hoje desconhecidos.

Homo sapiens: Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e


50 mil anos atrás. Trata-se do homem moderno. Espalhou-se por toda a
Terra, deixando variados instrumentos de pedra, osso e marfim.
Desenvolveu a pintura e a escultura.

É preciso lembrar, porém, que esse painel não está completo. Ele apenas resume o
que foi possível concluir a partir dos fósseis estudados até hoje. Ainda faltam muitas peças no
quebra cabeça da evolução humana, por exemplo, o tão procurado "elo perdido", aquele
espécime com características de primatas e de humanos, que explicaria um importante passo
da humanidade em sua fascinante aventura sobre a Terra.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 36


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Biologia
Capítulo 44
Ecologia
Introdução ao estudo da ecologia

3ª. Série

Ecologia (do grego “oikos", que significa casa, e "logos", estudo, reflexão), é o
ramo da biologia que estuda as interações entre os seres vivos e o meio onde
vivem, envolvendo a dependência da água, do solo e do ar.

Revendo alguns conceitos


A - Espécie - dois ou mais organismos são considerados da mesma espécie, quando podem se reproduzir,
originando descendentes férteis. Desta forma, fica claro que, a menos que haja a intervenção humana, como no
caso do jumento e da égua, naturalmente não ocorre reprodução entre indivíduos de espécies diferentes.
B- Populações - são formadas por organismos da mesma espécie, isto é, um conjunto de organismos que podem se
reproduzir produzindo descendentes férteis.
C- Comunidades - um conjunto de todas as populações, sejam elas de microorganismos, animais ou vegetais
existentes em uma determinada área, constituem uma comunidade; também se pode utilizar o conceito de
comunidade para designar grupos com uma maior afinidade separadamente, como por exemplo, comunidade
vegetal, animal, etc.
OBSERVAÇÃO: a todos os componentes vivos de um determinado local chamamos bióticos; em contrapartida, o
conjunto formado por regime de chuvas, temperatura, luz, umidade, minerais do solo enfim, toda a parte não viva,
é chamada de componentes abióticos.
GenescélulatecidosórgãoespéciepopulaçãocomunidadeecossistemaBIOSFERA

BIOSFERA E ECOSSISTEMAS
Cerca de 1 milhão de anos após ter se formado, a Terra era rochosa e quente, com alguma
água acumulada na superfície. Sua atmosfera era provavelmente constituída por metano,
amônia, gás hidrogênio e vapor d'água, entre outros compostos. À medida que o planeta foi se
esfriando, acumulou-se água nas depressões da crosta, e assim se originaram os primeiros
lagos e mares da Terra. Com o aparecimento dos seres vivos, uma nova camada passou a
fazer parte da constituição da Terra: além da litosfera (constituída pelas rochas e pelo solo),
da hidrosfera (constituída pelas águas) e da atmosfera (constituída pelo ar), passou a existir a
biosfera, representada pelos seres vivos e pelo ambiente em que vivem.

Componentes estruturais de um
ecossistema

Componentes bióticos Componentes abióticos

SERES VIVOS FÍSICOS QUÍMICOS GEOLÓGICOS

Radiação solar Nutrientes Solo


Temperatura presentes na
Luz água e solo
Umidade
Ventos

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 37


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Biologia
Capítulo 44
Ecologia
Cadeias alimentares

3ª. Série

Em um ecossistema, uma determinada sequência de alimentação é denominada


cadeia alimentar. No exemplo que usamos anteriormente, a cadeia alimentar era formada por
capim; gafanhotos; pássaros; cobras; fungos e bactérias. Uma cadeia alimentar completa como
essa apresenta três categorias de organismos, que constituem seus níveis tróficos (do grego
trofos, alimento, nutrição): o nível dos produtores (capim), o nível dos consumidores
(gafanhotos, pássaros, cobras) e nível dos decompositores (fungos e bactérias). As relações
alimentares de um ecossistema, se observadas em conjunto, formam um intrincado esquema,
a teia ou rede alimentar.

Produtores  consumidores  decompositores

Componentes estruturais bióticos dos Nível trófico


ecossistemas

Autótrofo  produtor 1º

Heterótrofo Consumidor Primário 2º


Secundário 3º
Terciário 4º
Quaternário 5º
Decompositor

Figura 6 Teia alimentar

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 38


Professor Thomaz Nagel

As relações ecológicas entre seres vivos podem ser representadas graficamente por
meio da construção das chamadas pirâmides ecológicas. Essas pirâmides representam as
variações de massa, número e energia dentro de um ecossistema.

Pirâmide de energia

Expressa a quantidade de energia acumulada em cada nível da cadeia alimentar. Como a


energia apresenta um fluxo decrescente, quanto mais distante dos produtores, menor será a
quantidade de energia útil recebida.

Pirâmide de biomassa

Expressa a quantidade de biomassa, matéria viva


acumulada em cada nível trófico da cadeia alimentar. É
representada pelo peso seco consumido numa cadeia alimentar e
expressa a quantidade de matéria orgânica por área. É direta nos
ecossistemas terrestres que têm produtores com biomassa muito
maior que os consumidores. Porém é invertida em ecossistemas
aquáticos onde os produtores são bem menores e consumidos em
grande quantidade
por consumidores cada vez maiores. Este tipo de ecossistema só pode existir devido ao alto
grau de reprodução que é feito pelos produtores representados ali, geralmente o fitoplâncton.

Demonstra o número de indivíduos que existe em cada nível trófico. Dependendo do tipo de
ecossistema, a pirâmide de números pode ser direta ou invertida. Podemos ter três tipos
básicos de cadeias alimentares:

a) de predadores que promoverá pirâmides diretas;


b) de parasitas e superparasitas que dará pirâmides invertidas; c) de detritívoros que dará
pirâmides diretas.

No caso de parasitos e superparasitos, assim como no caso de pragas, temos


pirâmides invertidas.

Habitat e nicho ecológico


O lugar que um organismo ocupa no ecossistema é o habitat e a descrição do seu modo de
vida constitui o nicho ecológico.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 39


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Biologia
Capítulo 44
Ecologia
Ecologia das populações

3ª. Série
Nos ecossistemas em equilíbrio o tamanho das populações mantém-se mais ou menos
estável ao longo do tempo. Alterações no tamanho de uma população podem determinar
alterações em outras populações que com ela co-existem, provocando desequilíbrios
ecológicos.

Principais características de uma população

1. Densidade
Corresponde ao número de indivíduos numa população em determinada área ou
volume

número de indivíduos numa população (𝐍)


𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑫) =
unidade de área ou volume (𝐀)
(𝐍)
(𝑫) =
(𝐀)

O crescimento de uma população dependerá de dois fatores: um que contribui para o


aumento da densidade, Dio qual fazem parte as taxas de natalidade e de imigração, e
outro que contribui para a diminuição da densidade, formado pelas taxas de
mortalidade e emigração.

taxa de natalidade(𝐓𝐍)
𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑰𝑪) =
taxa de mortalidade(𝐓𝐌)

𝐓𝐍
𝑰𝑪 =
𝐓𝐌

2. Potencial biótico
Corresponde à capacidade potencia de uma população para aumentar o número de
indivíduos em condições ideais, porém, na natureza observa-se um conjunto de fatores
que se opõe ao potencial biótico, criando uma resistência ambiental.
Para calcularmos e determinarmos a resistência ambiental, calculamos a
diferença entre a taxa teórica de crescimento de uma população em condições ideais e
a taxa real observada.

Figura 7 Gráfico das curvas de crescimento potencial e real de uma população

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 40


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3. Estrutura etária
Refere-se à proporção dos indivíduos de várias faixas etárias. Populações em
crescimento possuem muitos indivíduos jovens, enquanto populações estáveis
apresentam maior equilíbrio entre número de jovens e adultos. Populações em declínio
apresentam menor proporção de jovens em relação às demais faixas etárias.

Fatores reguladores do tamanho de uma população

1. Competição intra-específica
Um exemplo é a disputa pelo território, como é o caso de muitos mamíferos, peixes e
aves, onde o território é delimitado pelo macho da espécie no inicio da estação
reprodutiva sendo defendido contra outros machos da mesma espécie.

2. Competição interespecífica
Ocorre quando duas ou mais populações habitam o mesmo nicho ecológico,
desencadeando uma disputa pela sobrevivência.

3. Predatismo
A relação entre presa e predador em comunidades estáveis evolui de modo a
estabelecer equilíbrio entre seres desta relação. A população de predadores pode
estabelecer a densidade de presas e vive-versa.

4. Parasitismo

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 41


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Biologia
Capítulo 45
Ecologia
Ciclos Biogeoquímicos

3ª. Série

Sabemos que é necessário, para que ocorra a vida, utilizamos


matéria do meio-ambiente, que deverá ser posteriormente devolvida
ao ambiente pela ação dos decompositores ou na forma de resíduos
metabólicos. Assim, a matéria poderá ser reciclada, ou seja,
reutilizada na construção da matéria viva de outro ser vivo
qualquer.

1. Ciclo do carbono

O carbono é obtido
pelos seres produtores
através da assimilação do
gás carbônico atmosférico ou
dissolvido na água. Uma vez
incorporado em moléculas
orgânicas diversas, pode ser
transferido aos demais níveis
tróficos da cadeia alimentar.
Pode retornar a atmosfera na
forma de gás carbônico, por
meio da respiração dos seres
vivos em geral, da
decomposição da matéria
orgânica morta ou da
combustão de materiais
orgânicos diversos, como
álcool, madeira, papel ou
combustíveis fósseis,
representados pelo carvão e
pelo petróleo e derivados.

2. Ciclo da água
A água é o componente mais abundante da matéria viva e sua reciclagem é fundamental para a garantia da
vida no planeta.
A água evapora-se das superfícies aquáticas e
terrestres, formando nuvens. Condensa-se e se
precipita sob forma de chuva, neve ou granizo. No
solo, a água pode percorrer, isto é, atravessar as
camadas do solo, atraída pela força da gravidade, e
atingir os lençóis freáticos, de onde chega até um rio,
riacho ou mar.
Parte da água precipitada pode ser retida pelo solo e
absorvida pelas plantas, por seu sistema radicular. Nos
vegetais, a perda de água ocorre por transpiração,
gutação ou transferência alimentar à cadeia de
consumidores.
Os animais em geral participam do ciclo ingerindo a
água direta ou indiretamente pelos alimentos. O
processo de eliminação é variável, podendo ocorrer por
meio de urina, fezes, respiração, suor, etc.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 42


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3. Ciclo do oxigênio

Luz/clorofila
6 CO2 + 6 H2O C6H12O6 + 6 O2

É através da fotossíntese que as plantas são capazes de produzir seu próprio alimento (glicose)
a partir da energia luminosa.

4. O ciclo do nitrogênio

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 43


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Biologia
Capítulo 46
Ecologia
Relações ecológicas

3ª. Série
As relações ecológicas são aquelas que se manifestam em diferentes populações de
um ecossistema que pode ocorrer em indivíduos de uma mesma espécie ou não. Quando esta
relação acontece em indivíduos da mesma espécie denomina-se relação específica e quando
ocorre em indivíduos de espécies diferentes dá-se o nome de relação interespecífica

Relações Interespecíficas Harmônicas

Colônias Sociedades

São constituídas por organismos que Associações entre indivíduos da mesma


apresentam a mesma forma, não ocorre espécie, organizados de um modo
divisão de trabalho cooperativo

As colônias de corais (celenterados), de Abelhas, os cupins e as formigas.


crustáceos do gênero Balanus (as cracas),
de certos protozoários, bactérias, entre
outros.

Relações Interespecíficas Desarmônicas

Parasitismo Predatismo Herbivorismo

Amensalismo ou Sinfilia ou
antibiose esclavagismo

Amensalismo ou antibiose
O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população
secretam ou expelem substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras
espécies.
Ex.: os antibióticos produzidos por fungos que impedem a proliferação das bactérias ( penicilina).
Algumas plantas produzem substâncias inibidoras que são exaladas ao seu redor com a finalidade de inibir a
germinação de outras plantas evitando assim que surjam plantas competidoras nas proximidades da planta inibidora,
plantas que poderiam competir por espaço, luz e água mas que nem chegam a germinar porque foram inibidas,
deixando assim a área livre para a inibidora se desenvolver sozinha. O maior exemplo deste caso é o eucalipto.

Predatismo
É uma relação desarmônica em que um ser vivo, o predador captura e mata um outro ser vivo, a presa, com
o fim de se alimentar com a carne dele.
Ex.: Os carnívoros são exemplos de animais predadores, o leão, o lobo, o tigre e a onça são predadores que caçam,
matam e comem zebras, coelhos, alces, capivaras e outros animais.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 44


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Algumas espécies desenvolveram adaptações para se defenderem dos predadores:


a) Mimetismo;
b) Camuflagem;
c) Aposematismo.

Herbivorismo
É uma relação desarmônica entre um consumidor primário e um produtor. Ocorre quando esse consumidor
primário, herbívoro, alimenta-se do produtor planta.

Parasitismo
Seres de espécies diferentes, em que um deles é o parasita que vive dentro ou sobre o corpo do outro que é
designado hospedeiro, do qual retira alimentos.
Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas podem ser classificados em:
a) Ectoparasitas "ecto" significa à superfície. Ex.: carrapatos, piolhos, pulgas, mosquitos e outros.
b) Endoparasitas "endo" significa internos. Ex.: bactérias patogênicas, protozoários, o bicho-geográfico da
dermatite linear sepiginosa, bicho-de-pé da tungíase, vermes intestinais e outros.
c) Parasitas intracelulares "intra" significa dentro das células. Ex.: vírus e alguns protozoários, como o
Plasmodium vivax causador da malária.

Sinfilia ou esclavagismo
Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos onde um ser vivo se aproveita das atividades,
do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.
Existem duas modalidades de esclavagismo:
a) Esclavagismo interespecífico. Ex.: As formigas cuidam e protegem os pulgões para obter o açúcar deles.
b) Esclavagismo intraespecífico. Ex.: O leão "macho alfa" do bando é um esclavagista porque se aproveita do
trabalho das leoas.

Relações Intra-específicas Harmônicas

Simbiose ou Protocooperação Epibiose ou Comensalismo


mutualismo Inquilinismo

Relação entre Duas espécies Associação em Entre indivíduos de


indivíduos de envolvidas sejam que apenas um espécies diferentes
espécies beneficiadas, elas dos participantes na qual um deles
diferentes, onde as podem viver de se beneficia, sem, aproveita os restos
duas espécies modo no entanto, causar alimentares do
envolvidas são independente, sem qualquer prejuízo outro sem
beneficiadas e a que isso as ao outro prejudicá-lo
associação é prejudique.
necessária para a
sobrevivência de
ambas.
Animais que Orquídeas e Rêmora e o
Cupins e os promovem a árvores; , um tubarão; hienas,
dispersão de pequeno peixe que que se aproveitam
protozoários;
sementes de
liquens vive dentro do de restos deixados
plantas; anu e os
bovinos; passáro- corpo do pepino- pelo leão
palito e o jacaré do-mar

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 45


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Relações Intra-específicas Desarmonicas

Canibalismo

É uma relação de predatismo intraespecífico em que seres de uma mesma espécie


comem outros seres da sua própria espécie.

Muitas espécies de peixes devoram os alevinos de sua própria espécie, jacarés e


crocodilos também devoram filhotes das suas espécies; a aranha viúva-negra e os
insetos louva-a-deus, logo após acasalamento, a fêmea devora o macho para obter
as proteínas de seu organismo, necessárias para desenvolver os ovos no seu
organismo.

Relações Intra-específicas e Interespecíficas

Competição

Interação ecológica em que indivíduos da mesma espécie


ou de espécies diferentes disputam alguma coisa, como
alimento, território, luminosidade

Exemplos comentados

Comensalismo
 A rêmora é um peixe dotado de ventosa com a qual se prende ao ventre dos tubarões. Juntamente com o peixe-piloto,
que nada em cardumes ao redor do tubarão, ela aproveita os restos alimentares que caem na boca do seu grande
"anfitrião".
 A Entamoeba coli é um protozoário comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos restos da digestão.

Inquilinismo
 Peixe-agulha e holotúria: O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a ação de predadores
abrigando-se no interior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-los.
 Epifitismo: Epífias (epi, em cima) são plantas que crescem sobre os troncos maiores sem parasitá-las. São epífitas as
orquídeas e as bromélias que, vivendo sobre árvores, obtêm maior suprimento de luz solar.

Mutualismo
 Liquens: Os liquens constituem associações entre algas unicelulares e certos fungos. As algas sintetizam matéria
orgânica e fornecem aos fungos parte do alimento produzido. Esses, por sua vez, retiram água e sais minerais do
substrato, fornecendo-os às algas. Além disso, os fungos envolvem com suas hifas o grupo de algas, protegendo-as
contra desidratação.
 Cupins e protozoários: Ao comerem madeira, os cupins obtêm grandes quantidades de celulose, mas não conseguem
produzir a celulase, enzima capaz de digerir a celulose. Em seu intestino existem protozoários flagelados capazes de
realizar essa digestão. Assim, os protozoários se valem em parte do alimento do inseto e este, por sua vez, se beneficia
da ação dos protozoários. Nenhum deles, todavia, poderia viver isoladamente.

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 46


Professor Thomaz Nagel

 Ruminantes e microorganismos: Na pança ou rúmen dos ruminantes também se encontram bactérias que promovem a
digestão da celulose ingerida com a folhagem. É um caso idêntico ao anterior.
 Bactérias e raízes de leguminosas: No ciclo do nitrogênio, bactérias do gênero Rhizobium produzem compostos
nitrogenados que são assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas bactérias a matéria orgânica
necessária ao desempenho de suas funções vitais.
 Micorrizas: São associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros, tomateiros,
pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e outros nutrientes minerais; em troca,
recebe matéria orgânica fotossintetizada.

Protocooperação
 Caramujo paguro e actínias: Também conhecido como bernardo-eremita, trata-se de um crustáceo marinho que
apresenta o abdômen longo e mole, desprotegido de exoesqueleto. A fim de proteger o abdômen, o bernardo vive no
interior de conchas vazias de caramujos. Sobre a concha aparecem actínias ou anêmonas-do-mar (celenterados),
animais portadores de tentáculos urticantes. Ao paguro, a actínia não causa qualquer dano, pois se beneficia, sendo
levada por ele aos locais onde há alimento. Ele, por sua vez, também se beneficia com a eficiente "proteção" que ela
lhe dá.
 Pássaro-palito e crocodilo: O pássaro-palito penetra na boca dos crocodilos, nas margens do Nilo, alimentando-se de
restos alimentares e de vermes existentes na boca do réptil. A vantagem é mútua, porque, em troca do alimento, o
pássaro livra os crocodilos dos parasitas.
Obs.: A associação ecológica verificada entre o pássaro-palito e o crocodilo africano é um exemplo de mutualismo, quando se
considera que o pássaro retira parasitas da boca do réptil. Mas pode ser também descrita como exemplo de comensalismo; nesse
caso o pássaro atua retirando apenas restos alimentares que ficam situados entre os dentes do crocodilo.
 Anu e gado: O anu é uma ave que se alimenta de carrapatos existentes na pele do gado, capturando-os diretamente.
Em troca, o gado livra-se dos indesejáveis parasitas.

Amensalismo ou Antibiose
 Os fungos Penicillium notatum eliminam a penicilina, antibiótico que impede que as bactérias se reproduzam.
 As substâncias secretadas por dinoflagelados Gonyaulax, responsáveis pelo fenômeno "maré vermelha", podem
determinar a morte da fauna marinha.
 A secreção e eliminação de substâncias tóxicas pelas raízes de certas plantas impedem o crescimento de outras
espécies no local.

Formas especiais de adaptações ao Predatismo

 Mimetismo é uma forma de adaptação revelada por muitas espécies que se


assemelham bastante a outras, disso obtendo algumas vantagens.
 A cobra falsa-coral é confundida com a coral-verdadeira, muito temida, e,
graças a isso, não é importunada pela maioria das outras espécies. Há
mariposas que se assemelham a vespas, e mariposas cujo colorido lembra a Figura 1 Cobra coral
feição de uma coruja com olhos grandes e brilhantes. verdadeira
 Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual uma espécie
procura confundir suas vítimas ou seus agressores revelando cor (es) e/ou
forma(s) semelhante(s) a coisas do ambiente. O padrão de cor dos gatos
silvestres, como o gato maracajá e a onça, é harmônico com seu ambiente,
com manchas camuflando o sombreado do fundo da floresta. O mesmo se
passa com lagartos (por exemplo, camaleão), que varia da cor verde das
folhas à cor marrom do substrato onde ficam. Os animais polares costumam
ser brancos, confundindo-se com o gelo. O louva-a-deus, que é um poderoso Figura 2 Cobra coral falsa
predador, se assemelha a folhas ou galhos.
 Aposematismo é o mesmo que coloração de advertência. Trata-se de uma
forma de adaptação pela qual uma espécie revela cores vivas e marcantes
para advertir seus possíveis predadores, que já a reconhecem pelo gosto
desagradável ou pelos venenos que possui.
 Muitas borboletas exibem os chamados anéis miméticos, com cores de
alerta, que desestimulam o ataque dos predadores.
 Uma espécie de coloração de advertência bem conspícua é Dendrobates
Ieucomelas, da Amazônia, um pequeno sapo colorido com listras pretas e
amarelas e venenosas. Figura 3 Dendobates
leucomelas

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 47


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 47
Ecologia
Sucessão ecológica e principais ecossistemas

3ª. Série

SUCESSÃO ECOLÓGICA

Alterações graduais, ordenadas e progressivas no ecossistema resultante da ação


contínua dos fatores ambientais sobre os organismos e da reação destes últimos sobre o
ambiente.

Classificação dos processos sucessionais:

Quanto às forças que direcionam o processo:

 Sucessão autogênica: mudanças ocasionadas por processos biológicos internos ao


sistema
 Sucessão alogênica: direcionamento das mudanças por forças externas ao sistema
(incêndios, tempestades, processos geológicos)

Quanto à natureza do substrato na origem do processo:

 Sucessão primária: em substratos não previamente ocupados por organismos. Ex.:


afloramentos rochosos, exposição de camadas profundas de solo, depósitos de areia,
lava vulcânica recém solidificada.
 Sucessão secundária: em substratos que já foram anteriormente ocupados por uma
comunidade e, consequentemente, contêm matéria orgânica viva ou morta (detritos,
propágulos). Ex: clareiras, áreas desmatadas, fundos expostos de corpos de água.

Exemplo hipotético de uma sucessão primária:


Substrato original: depressão em superfície rochosa, preenchida pela água da chuva

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 48


Professor Thomaz Nagel

Clímax: comunidade que expressa o máximo de desenvolvimento possível do ecossistema sob


as condições do local em que a sucessão ocorreu.

Teorias sobre comunidade clímax:

 Monoclimáxica: para uma região geográfica, espera-se um único tipo de comunidade


clímax, condicionada pelo padrão climático local (clímax climático);
 Policlimáxica: além do padrão climático regional, outros fatores limitantes atuam no
estabelecimento de tipos diferentes de clímax, como o edáfico (características do solo),
topográfico (relevo), biótico (ação de organismos)
 Gradiente ambiental: uma área com padrão climático definido pode conter diversas
comunidades clímax, de acordo com gradientes de condições ambientais

Disclímax = ("disturbance climax" ou clímax de distúrbio): comunidade mantida em uma etapa


anterior ao clímax, devido à ação de distúrbios repetidos (incêndios, sobrepastejo), muitas
vezes decorrentes de atividades antrópicas.

Principais ecossistemas

1. Ecossistemas aquáticos
a) Oceanos
b) Água doce

2. Biomas
a) Tundra Figura 8 Tundra
b) Floresta boreal
c) Floresta temperada
d) Floresta tropical
e) Campos
f) Desertos

3. Fitogeografia do Brasil
a) Floresta amazônica
b) Mata atlântica Figura 9 Floresta
c) Mata de araucárias
d) Caatinga Boreal
e) Campos cerrados
f) Pampas
g) Pantanal
h) Manguezal

Figura 10 Floresta
Temperada

Figura 4 Floresta
Figura 6 Desertos Figura 11 Campos Tropical

BIOLOGIA TERCEIRA SÉRIE Página 49


Professor Thomaz Nagel

Biologia
Capítulo 48
Ecologia
Biomas terrestres

3ª. Série

A grande diversidade de ecossistemas


 Ecossistemas naturais - bosques, florestas, desertos, prados, rios, oceanos, etc.
 Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc.

Atendendo ao meio físico, há a considerar:


 Ecossistemas terrestres
 Ecossistemas aquáticos

Quando, de qualquer ponto, observamos uma paisagem, percebemos a existência de


descontinuidades - margens do rio, limites do bosque, bordos dos campos, etc. que utilizamos
frequentemente para delimitar vários ecossistemas mais ou menos definidos pelos aspectos
particulares da flora que aí se desenvolve. No entanto, na passagem, por exemplo, de uma
floresta para uma pradaria, as árvores não desaparecem bruscamente; há quase sempre uma
zona de transição, onde as árvores vão sendo cada vez menos abundantes. Sendo assim, é
possível, por falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, considerar todos os
ecossistemas do nosso planeta fazendo parte de um enorme ecossistema chamado ecosfera.
Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres vivos que, no seu conjunto,
constituem a biosfera e a zona superficial da Terra que eles habitam e que representa o seu
biótopo. Ou seja:

BIOSFERA + ZONA SUPERFICIAL DA TERRA = ECOSFERA

Mas assim como é possível associar todos os ecossistemas num só de enormes


dimensões - a ecosfera - também é possível delimitar, nas várias zonas climáticas,
ecossistemas característicos conhecidos por biomas, caracterizados por meio do fator Latitude.
Por sua vez, em cada bioma, é possível delimitar outros ecossistemas menores.

Bioma é conceituado no mapa como um conjunto de vida (vegetal e animal)


constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala
regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que
resulta em uma diversidade biológica própria.

Os principais biomas do ambiente terrestre:

1. Tundra
2. Taiga
3. Floresta Caducifólia ou Floresta Decídua Temperada
4. Floresta Tropical ou Floresta Pluvial ou Floresta Latifoliada
5. Campos
6. Desertos
7. Savanas

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Tundra

Localiza-se no Círculo Polar Ártico. Compreende Norte do Alasca e do Canadá,


Groelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria.
Recebe pouca energia solar e pouca precipitação, esta ocorre geralmente sob forma de
neve e o solo permanece a maior parte do ano gelado. Durante a curta estação quente (2
meses) ocorre o degelo da parte superior, rica em matéria orgânica, permitindo o crescimento
dos vegetais. O subsolo fica permanentemente congelado (permafrost).
A Tundra caracteriza-se por apresentar poucas espécies
capazes de suportar as condições desfavoráveis. Os produtores são
responsáveis por capim rasteiro e com extensas áreas cobertas por
camadas baixas de liquens e musgos. Existem raras plantas lenhosas
como os salgueiros, mas são excessivamente baixas (rasteiras).

As plantas completam o ciclo de vida num espaço de tempo muito curto: germinam as
sementes, crescem, produzem grandes flores (comparadas com o tamanho das plantas), são
fecundadas e frutificam, dispersando rapidamente as suas sementes.
No verão a Tundra fica mais cheia de animais: aves marinhas, roedores, lobos, raposas,
doninhas, renas, caribus, além de enxames de moscas e mosquitos.

Taiga

Também chamada de floresta de coníferas ou floresta


boreal. Localiza-se no norte do Alasca, Canadá, sul da
Groelândia, parte da Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria.
Partindo-se da Tundra, à medida que se desloca para o
sul a estação favorável orna-se mais longa e o clima mais
ameno.Em conseqüência disso a vegetação é mais rica,
surgindo a Taiga.
Na Taiga os abetos e os pinheiros formam uma densa cobertura, impedindo o solo de
receber luz intensa. A vegetação rasteira é pouco representada. O período de crescimento
dura 3 meses e as chuvas são poucas.
Os animais são representados por aves, alces, lobos, martas, linces, roedores etc.

Floresta Caducifólia ou Floresta Decídua Temperada

Predomina no hemisfério norte, leste dos Estados Unidos,


oeste da Europa, leste da àsia, Coréia, Japão e partes da China.
A quantidade de energia radiante é maior e a pluviosidade
atinge de 750 a 1.000 mm, distribuída durante todo o ano. Nítidas
estações do ano. Neste Bioma, a maioria dos arbustos e árvores
perde as suas folhas no outono e os animais migram, hibernam ou
apresentam adaptações especiais para suportar o frio intenso.
As plantas são representadas por árvores ditotiledôneas
como nogueiras, carvalhos, faias. Os animais são representados
por esquilos, veados, muitos insetos, aves insetívoras, ursos,
lobos etc.

Floresta Tropical ou Floresta Pluvial ou Floresta Latifoliada

A floresta tropical situa-se na região intertropical. A


maior área é a Amazônia, a segunda nas Índias Orientais e a
menor na Bacia do Congo (África).
O suprimento de energia é abundante e as chuvas são
regulares e abundantes, podendo ultrapassar 3.000 mm
anuais. A principal característica da floresta tropical é a sua
estratificação. A parte superior é formada por árvores que
atingem 40 m de altura, formando um dossel espesso de ramos
e folhas. No topo a temperatura é alta e seca.

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Debaixo desta cobertura ocorre outra camada de árvores, que chegam a 20 m de


altura, outras a 10 m e 5 m de altura.
Este estrato médio é quente, mais escuro e mais úmido, apresentando pequena
vegetação. O estrato médio caracteriza-se pela presença de cipós e epífitas. A diversificação
de espécies vegetais e animais é muito grande.

Campos

É um Bioma que se caracteriza por apresentar


um único estrato de vegetação. O número de espécies é
muito grande, mas representado por pequeno número de
indivíduos de cada espécie.
A localização dos campos é muito variada:
centro-oeste dos Estados Unidos, centro-leste da
Eurásia, parte da América do Sul (Brasil, Argentina) e
Austrália.
Durante o dia a temperatura é alta, porém a noite
a temperatura é muito baixa. Muita luz e vento, pouca
umidade. Predominam as gramíneas. Os animais,
dependendo da região, podem ser: antílopes americanos
e bisões, roedores, muitos insetos, gaviões, corujas etc.

Deserto

Os desertos apresentam localização muito


variada e se caracterizam por apresentar
vegetação muito esparsa.
O solo é muito árido e a pluviosidade baixa e
irregular, abaixo de 250 mm de água anuais.
Durante o dia a temperatura é alta, mas à noite
ocorre perda rápida de calor, que se irradia para
a atmosfera e a temperatura torna-se
excessivamente baixa. As plantas que se
adaptam ao deserto geralmente apresentam um
ciclo de vida curto. Durante o período favorável
(chuvoso) germinam as sementes, crescem,
florescem, frutificam, dispersam as sementes e
morrem.
As plantas perenes como os cactos apresentam sistemas radiculares superficiais que
cobrem grandes áreas. Estas raízes estão adaptadas para absorver as águas das chuvas
passageiras.
O armazenamento de água é muito grande (parênquimas aqüíferos). As folhas são
transformadas em espinhos e o caule passa a realizar fotossíntese.
Os consumidores são predominantemente roedores, obtendo água do próprio alimento
que ingerem ou do orvalho. No hemisfério norte é muito comum encontrarem-se, nos desertos,
arbustos distribuídos uniformemente, como se tivessem sido plantados em espaços regulares.
Este fato explica-se como um caso de amensalismo, isto é, os vegetais produzem substâncias
que eliminam outros indivíduos que crescem ao seu redor.

Savanas

Savana é nome dado a um tipo de cobertura vegetal constituída, em geral, por


gramíneas e árvores esparsas. A topografia geralmente é plana com clima tropical,
apresentando duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. As Savanas
ocorrem, principalmente, na zona intertropical do planeta, por esse motivo recebe uma enorme
quantidade de luz solar.
A espécie de savana mais conhecida é a africana, no entanto, há outras: savanas
tropicais (africana), savanas subtropicais, savanas temperadas, savanas mediterrâneas,
savanas pantanosas e savanas montanhosas.
As savanas do tipo tropical e subtropical são encontras em todos os continentes,
apresentando duas estações bem definidas (uma quente e outra chuvosa). Os solos dessas

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áreas são relativamente férteis, neles se fixam gramíneas, geralmente desprovidas de árvores.
A África possui savanas com esses aspectos, com destaque para as do Serengueti.
Savanas temperadas são identificadas em médias latitudes e em todos os continentes, são
influenciadas pelo clima temperado, cujo verão é relativamente úmido e o inverno seco. A
vegetação é constituída por gramíneas.
Savanas mediterrâneas são vegetações que ocorrem em regiões de clima
mediterrâneo. Nessas áreas o solo é pobre, germinando sobre a superfície arbustos e árvores
de pequeno porte, essa composição corre sério risco de extinguir diante da constante
intervenção humana, principalmente pela extração de lenha, criação de animais, agricultura,
urbanização e etc.
Savanas pantanosas são composições vegetativas que
ocorrem tanto em regiões de clima tropical como
subtropical dos cinco continentes. Esse tipo de savana
sofre inundações periódicas.
Savanas montanhosas é um tipo de vegetação que
ocorre fundamentalmente em zonas alpinas e subalpinas
em distintos lugares do globo, em razão do isolamento
geográfico, abriga espécies endêmicas.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia12.php

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Biologia
Capítulo 49
Ecologia
Fitogeografia do Brasil

3ª. Série

Os Biomas Brasileiros

Em outras palavras, um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada
região, cuja vegetação tem bastante similaridade e continuidade, com um clima mais ou menos
uniforme, tem uma história comum em sua formação. Por isso tudo sua diversidade biológica
também é muito parecida.

O Brasil possui enorme extensão territorial e apresenta climas e solos muito variados.
Em função dessas características, há uma evidente diversidade de biomas definidos, sobretudo
pelo tipo de cobertura vegetal.

Biomas Continentais Área Aproximada (km²) Área / Total


Brasileiros Brasil

Bioma AMAZÔNIA 4.196.943 49,29%

Bioma CERRADO 2.036.448 23,92%

Bioma MATA ATLÂNTICA 1.110.182 13,04%

Bioma CAATINGA 844.453 9,92%

Bioma PAMPA 176.496 2,07%

Bioma PANTANAL 150.355 1,76%

Área Total Brasil 8.514.877 100%

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Caatinga

Há aproximadamente 260 milhões de anos, toda


região onde hoje está o semi-árido foi fundo de mar, mas o
bioma caatinga é muito recente. Há apenas dez mil anos
atrás era uma imensa floresta tropical, como a Amazônia.
Para conhecer bem esse bioma do semi-árido brasileiro,
basta fazer uma visita ao Sítio Arqueológico da Serra da
Capivara, no sul do Piauí. Ali estão os painéis rupestres,
com desenhos de preguiças enormes, aves gigantescas,
tigres-dente-de-sabre, cavalos selvagens e tantos outros.
No Museu do Homem Americano estão muitos de seus
fósseis. Com o fim da era glacial, há dez mil anos atrás,
também acabou a floresta tropical. Ficou o que é hoje a
nossa Caatinga.
A Caatinga ocupa oficialmente 844.453 Km² do território brasileiro. Hoje se fala em
mais de um milhão de Km². Estende-se pela totalidade do estado do Ceará (100%) e mais de
metade da Bahia (54%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio
Grande do Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas
porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%).
A Caatinga é muito rica em biodiversidade, tanto vegetal quanto animal, sobretudo de
insetos. É por isso que o sul do Piauí, por exemplo, é muito favorável à criação de abelhas.
Nos períodos sem chuva, cerca de 8 meses por ano, ela “adormece” e suas folhas caem.
Depois, com a primeira chuva, ela como que ressuscita. É a essa lógica que seus habitantes
têm que se adaptar. Portanto, aqueles que ainda acham essa região inviável, ou a têm como
um deserto, demonstram um profundo desconhecimento da realidade brasileira.
Cerca de 28 milhões de brasileiros habitam esse bioma, sendo que aproximadamente
38% vivem no meio rural. Essa população tem um dos piores IDHs de todo o planeta.

Amazônia

“Pulmão do Mundo”, “Planeta Água”, “Inferno Verde”, são alguns dos chavões
mundialmente conhecidos a respeito da Amazônia. Está sempre em evidência em qualquer
ponto da aldeia globalizada.
Interessa a todos. Uma das últimas regiões do
planeta que ainda seduzem pela exuberância de uma
natureza primitiva, hoje absolutamente ameaçada por
sua devastação.
A Amazônia guarda a maior diversidade
biológica do planeta – região mega-diversa - e escoa
20% de toda água doce da face da Terra. Seu início se
deu há 12 milhões de anos atrás, quando os Andes se
elevaram e fecharam a saída das águas para o Pacífico.
Formou-se um fantástico Pantanal, quase um mar de
água doce, coberto só por águas. Depois, com tantos
sedimentos, a crosta terrestre tornou emergir e, aos
poucos, formou-se o que é hoje a Amazônia.
A Amazônia ocupa 4.196.943 km², cerca de 49,29% do território brasileiro. Ocupa a
totalidade de cinco unidades da federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande
parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de
Maranhão (34%) e Tocantins (9%). A área desmatada da Amazônia já atinge 16,3% de sua
totalidade.
Hoje cerca de 17 milhões de brasileiros vivem no bioma Amazônia, sendo que cerca de 70%
no meio urbano.

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Mata Atlântica

Já foi a grande floresta costeira brasileira. Ia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do
Sul. Em alguns lugares adentrava o continente, como no Paraná, onde ocupava 98% do
território Paranaense.
Era também o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade. Ainda é em termos de
Km². Hoje é o mais devastado de nossos biomas. Restam aproximadamente 7% de sua
cobertura vegetal. São manchas isoladas, muitas vezes sem comunicação entre si. Há quem
fale em apenas 5%.
A Mata Atlântica é o exemplo mais contundente do modelo desenvolvimento predatório
desse país. Foi ao longo dele que se saqueou o pau Brasil e depois se instalaram os canaviais,
tantas outras monoculturas, além do complexo industrial. Quem vive onde já foi esse bioma
muitas vezes nem conhece seus vestígios, tamanha sua devastação.
O Bioma Mata Atlântica ocupa 1.110.182 Km², ou
seja, 13,04% do território nacional. Cobre inteiramente
três estados - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa
Catarina - e 98% do Paraná, além de porções de outras
11 unidades da federação.
Aproximadamente 70% da população brasileira vivem na
área desse bioma, perto de 120 milhões de pessoas. Por
mais precarizado que esteja, é desse bioma que essa
população depende para beber água e ter um clima
ainda ameno.

Cerrado

O Cerrado é o mais antigo bioma brasileiro. Fala-se que sua idade é de


aproximadamente 65 milhões de anos. É tão velho que 70% de sua biomassa está dentro da
terra. Por isso, se diz que é uma “floresta de cabeça prá baixo”. Por isso, para alguns
especialistas, o Cerrado não permite qualquer revitalização. Uma vez devastado, devastado
para sempre. Por isso, se diz que é uma “floresta de cabeça prá baixo”. Por isso, para alguns
especialistas, o Cerrado não permite qualquer revitalização.
Uma vez devastado, devastado para sempre.
O Cerrado é ainda a grande caixa d’água brasileira. É do Planalto Central que se
alimentam bacias hidrográficas que correm para o sul, para o norte, para o oeste e para o leste.
O Cerrado guarda ainda uma fantástica biodiversidade, porém, 57% do Cerrado já foram
totalmente devastados e a metade do que resta já está muito danificada. Sua devastação é
muito veloz, chegando a três milhões de hectares por ano. Nesse ritmo, estima-se que em 30
anos já não existirá.
A partir da década de 70, sob o embalo do regime
militar, essa foi a grande fronteira agrícola para criação de
gado e depois para o plantio de soja. A devastação de sua
cobertura vegetal está comprometendo suas nascentes, rios
e riachos. Ao se eliminar a vegetação, também se está
eliminando os mananciais. Um rio como o São Francisco
tem 80% de suas águas com origem no Cerrado. Hoje se
fala que é necessário uma moratória para se preservar o
que resta do Cerrado.

O Bioma Cerrado ocupa 2.036.448 Km², ou seja, 23,92% do território brasileiro. Ocupa
a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%),
Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros
seis estados.
Sua população em 1991 era estimada em 12,1 milhões de habitantes.

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Pantanal

O Pantanal sugere animais, rios, peixes, matas e qualquer coisa ainda parecida com o
Paraíso. É um bioma geologicamente novo. O leito do rio Paraguai ainda está em formação.
“O Pantanal é a maior planície inundável do mundo e apresenta uma das maiores
concentrações de vida silvestre da Terra. Situado no coração da América do Sul, o Pantanal se
estende pelo Brasil, Bolívia e Paraguai com uma área total de 210.000 km2. Aproximadamente
70% de sua extensão encontra-se em território brasileiro, nos Estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul”. (www.conservation.org.br/onde/pantanal/)
No Brasil o Pantanal ocupa 150.355 Km², ou seja, 1,76% do nosso território. Há opinião
que 80% do Pantanal encontram-se bem conservados. Entretanto, as queimadas, a derrubada
das árvores, o assoreamento dos rios ameaçam sua existência. As últimas reportagens de TVs
falam da intensa evaporação de suas águas e o risco de tornar-se um deserto. O que mais
ameaça e agride esse bioma são as pastagens, queimadas e as entradas do agronegócio. Foi
para impedir projeto de cana no Pantanal que Anselmo deu sua vida. A forma como a criação
de gado teria se adaptado ao ambiente seria uma das responsáveis. Entretanto, para outros,
os problemas ambientais do Pantanal passa também pela criação de gado.
O desafio é manter suas características e também
manter sua população em condições dignas de vida. O
caminho do turismo é uma possibilidade real e também um
perigo. A pesca esportiva predatória é um exemplo. “Pelo
seu estado de conservação, sua rica biodiversidade e as
particularidades de seu ecossistema, o Pantanal é
considerado uma das 37 últimas Grandes Regiões
Naturais da Terra”. (Idem)
O Baixo Pantanal tem uma população de 130 mil
pessoas.

Pampa

O Pampa gaúcho é bastante diferente dos demais biomas brasileiros. Dominado por
gramíneas, com poucas árvores, sempre foi considerado mais apropriado para a criação do
gado. Entretanto, em 2004 foi reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como um bioma.
Na verdade, sua biodiversidade havia sido ignorada por quase trezentos anos. Foi a porta de
entrada para o gado através da região sul. A outra foi pelo vale do São Francisco, através dos
currais de gado.
O único estado brasileiro com esse bioma é o
Rio Grande do Sul. Ocupa 63% do território do Rio
Grande. Ele também se estende pelo Uruguai e
Argentina.
Agora o Pampa sofre uma ameaça muito
mais grave: a introdução do monocultivo e Pinus e
Eucaliptos. Mais uma vez, portanto, se propõe um
tipo de desenvolvimento econômico inadequado às
características de um bioma.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia16.php

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Biologia
Capítulo 50
Ecologia
Quebra do equilíbrio ambiental

3ª. Série

Em qualquer ecossistema, todos os componentes, vivos ou não-vivos, mantém total


equilíbrio entre si, podendo-se falarem sinergia ambiental. Alterações neste meio podem
causar desequilíbrios no ecossistema e determinar modificações, ocorrendo quebra da sinergia
ambiental.

Alterações bióticas

Introdução de espécies Extinção de espécies

Alterações abióticas

Poluição do solo Poluição das águas Poluição do ar

Poluição radioativa Poluição por eutroficação Poluição térmica

Agrotóxicos Tráfico de animais

Caça e Pesca Queimadas

Lixo Desmatamento

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REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Biologia das células. Vol. 1. 2
a. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Biologia dos organismos. Vol.
2. 2 a. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Biologia das populações. Vol.
3. 2 a. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

CARNEIRO, Junqueira. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara, 1999.

CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental – 5ª, 6ª. 7ª e 8ª séries. São Paulo: Ática, 2001

FAVARETO, José Arnaldo. MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Volume único. 1 a. ed. São
Paulo: Moderna, 2005.

LOPES, Sônia. Bio. 1ª ed. São Paulo: Saraiva 2002.

LOPES, Sônia. ROSSO, Sérgio. Biologia. Volume único. 1 a. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

MODESTO, Zulmira. SIQUEIRA, Nilza. Botânica: Currículos de Estudos de Biologia. São


Paulo: EPU, 1981

STORER, Tracy I. Zoologia Geral. 6ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1989.

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