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POTENCIAÇÃO E GENEALOGIA

Interdisciplinaridade

Cristiane Margaret Schwab


Thadeu Ângelo Miqueletto
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Matemática (MAD 0204) – Prática do Módulo V
04/11/15

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar a interdisciplinaridade entre base binária e
genealogia, uma aula diferenciada que estimula o interesse na família e em conteúdos matemáticos,
que mostram aos alunos que mesmo com uma atividade lúdica e que envolve as histórias e laços
familiares a Matemática está integrada e é utilizada no dia-a-dia. O projeto foi realizado com alunos
do sétimo ano do Colégio Estadual Manoel Ribas - Educação em Tempo Integral. Os alunos
demonstraram curiosidade em saber sobre os familiares e como fazer pesquisas genealógicas. A
explanação de conteúdos matemáticos utilizando materiais manipulativos é de grande valia para o
ensino aprendizagem em sala. O projeto foi idealizado a partir de uma história familiar, que tem
aproximadamente 10 anos de pesquisas, com auxílio de documentos antigos, conversas com parentes
distantes, internet e essencialmente a família, o material utilizado para o projeto possui autenticação
de documentos que comprovam as ramificações da árvore genealógica que foi o objeto do projeto.

Palavras-chave: Genealogia. Base binária. Potenciação.

1 INTRODUÇÃO

Crescemos ouvindo histórias contadas sobre fadas, princesas e reinos distantes, fantasiosos ou
reais, monarquias que ainda resistem ao tempo e isso alimenta a fantasia de crianças o tempo todo, seja
em qualquer idade até mesmo adultos, apreciam contos de ficção.

E as histórias familiares? Quem tem o privilégio de conviver com avós, tios ou familiares com
mais idade, pode apreciar essas histórias fantásticas contadas por eles. O convívio familiar é salutar
para qualquer pessoa, em qualquer idade. A família é o porto seguro, a proteção que todo ser humano
precisa para crescer saudável, física e mentalmente.

Existem culturas que dão importância sem igual à Genealogia e as histórias familiares, como é o
caso da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que é o nome oficial da religião chamada
freqüentemente de Igreja Mórmon, que administra e patrocina o FamilySearch, que é uma página na
internet especializada em coleções de documentos digitalizados do mundo todo.
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"O FamilySearch é a maior organização genealógica do mundo. Milhões de
pessoas usam os registros, recursos e serviços do FamilySearch todos os anos para aprender
mais sobre sua história da família. [...] É tudo para a família. O FamilySearch é uma
organização da história da família sem fins lucrativos dedicada a unir as famílias por gerações.
O FamilySearch acredita que as famílias trazem alegria e significado à vida.[...]
(FAMILYSEARCH, 2015, p. 1)

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem a missão de preservar a história
familiar. Aprender a respeitar os antepassados e os laços familiares.

Nossa visão é realizada por uma equipe de funcionários e voluntários que trabalham
incansavelmente para preservar e compartilhar a maior coleção de registros históricos e
genealógicos do mundo. Nós nos esforçamos para criar e reunir os melhores e mais valiosos
recursos de pesquisa para ajudar as pessoas a descobrir quem são ao explorar de onde vieram.
Há mais de 100 anos, o FamilySearch e seus antecessores têm reunido, preservado e
compartilhado ativamente os registros genealógicos de todo o mundo. A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias é o principal patrocinador dos serviços do FamilySearch. Nosso
compromisso de ajudar as pessoas se conectar com seus antepassados está enraizado em nossas
crenças — de que as famílias devem ser o ponto central de nossa vida e que o relacionamento
familiar pode continuar além desta vida. Cremos que todos os membros da família &mdash:
aqueles que vivem, que já se foram e que ainda virão — possuem um elo duradouro que une as
gerações. Para nós, isso significa que as famílias são eternas, e parte importante para colocar em
prática essa crença é fazer a história da família. O FamilySearch, historicamente conhecido
como a Sociedade Genealógica de Utah, fundada em 1894, dedica-se à preservação de registros
da família humana. Nosso propósito é simples &mdash: ajudar as pessoas a conectar-se com
seus antepassados por meio de fácil acesso aos registros históricos. (FAMILYSEARCH, 2015,
p. 1)

Assim como grandes mentes, em estalos de pensamentos tiveram ideias fenomenais, o projeto
sobre como usar a Genealogia associado a um conteúdo Matemático, também surgiu de repente.

O projeto de busca pela história familiar surgiu do interesse em poder mostrar um trabalho
árduo de pesquisas que é possível ser feito por qualquer pessoa, basta interesse, paciência e persistência
na busca por documentos que comprovem as familiaridades. Claro que o melhor é contar com uma
excelente memória de algum familiar que também adore conversas longas e lembranças agradáveis dos
áureos tempos.

Assim como o FamilySearch que é especializado em Genealogia e torna as pesquisas viáveis


através de um acervo de documentos digitalizados, existem páginas na internet que possuem aplicativos
e softwares para descobrir, compartilhar e preservar a história da família.
Um excelente exemplo é o MyHeritage, que é uma página criada para a pesquisa e criação de
uma árvore genealógica online, porém possui um software para os mais entusiastas e profissionais no
assunto, é uma página de fácil manuseio e gratuita.

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O MyHeritage foi fundado por uma equipe de pessoas apaixonadas pela genealogia e com um
forte domínio da tecnologia da Internet. O nosso objetivo é tornar o poder da Internet acessível
às pessoas no mundo inteiro para que possam descobrir informações sobre os seus antepassados
e fortalecer os laços com a família e os amigos. (MYHERITAGE, 2015, p. 1)

Compartilhar Potenciação e a Genealogia foi pensado como objetivo de poder mostrar ao aluno,
o quanto a Matemática é essencial em nossas vidas como as famílias são para os indivíduos.

A pesquisa dos alunos sobre as suas origens, mesmo que seja uma árvore pequena, e que
contenha só os nomes até a terceira geração, o projeto torna a aula participativa com pais ou
responsáveis, também fora da escola. As pesquisas são feitas através de material manipulável em forma
de árvore com seus galhos para ser preenchido pelo aluno com os nomes dos familiares.

Os materiais manipuláveis são ferramentas que justificam seu uso no ensino da Matemática por
dar uma origem e um significado ao conteúdo explorado pelo professor em sala de aula.

Da experiência junto a alunos nas aulas de matemática e dos estudos teóricos desenvolvidos,
um caminho bastante interessante é o de aliar o uso desses materiais à perspectiva metodológica
da resolução de problemas. Ou seja, é pela problematização ou por meio de boas perguntas que
o aluno compreende relações, estabelece sentidos e conhecimentos a partir da ação com algum
material que representa de forma concreta uma noção, um conceito, uma propriedade ou um
procedimento matemático. (GONÇALVES, GOMES E VIDIGAL, 2012, p.15).

2 POTENCIAÇÃO E GENEALOGIA
2.1 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

Uma família é essencial a todo ser humano independente de sua constituição. Todos nós
necessariamente nascemos em um lar amoroso, com facilidades e dificuldades. Saber da sua existência
e importância nesta família nos conduz a uma vida adulta com mais entusiasmo, vontade de crescer,
estudar e ser um profissional competente.

Conforme Delors e Eufrazio, 1998, p. 15 apud Schwab, 2015, p. 3, "A família constitui o
primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afetivo e o cognitivo,
assim como a transmissão dos valores e das normas."
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O que faz tudo isso acontecer na fantasia de uma criança é a convivência com esses
familiares, suas histórias de vida, suas aventuras por menores que sejam, mas é esse o caminho para o
sonho, saber que alguém fez e que é possível. Estas possibilidades tornam todo o aprendizado na vida
escolar mais interessante e promissor, incentivando o aluno em sua busca por cultura e aprendizado.

A descoberta pelo antigo, pelas origens, pelas palavras que sempre ouvi, em alemão, em
polonês, me fez o que sou hoje, uma curiosa, que não tem medo de voltar ao passado, pois é
dele que sou o presente e serei no futuro. Retornando ao passado é como sabemos o que somos
de onde viemos, porque comemos comidas diferentes. Sempre achava estranho na escola,
quando comentava sobre alguns pratos que para mim são tão normais e para outras crianças
soavam como coisas de outro mundo. Aprendi a falar alemão e algumas palavras em polonês,
por influência dos avós. Afinal ainda hoje, falo palavras em polonês e esqueço a tradução,
muito freqüente e super engraçado. (SCHWAB, 2010, p. 1)

Crescer ouvindo tudo isso faz com que uma pessoa pense em evoluir sempre, cada vez mais,
estimulando, muitas vezes para que queira saber mais e mais sobre quem são seus familiares, quem
foram e de onde vieram.

A busca pelos elos perdidos ou talvez só desconhecidos chama-se Genealogia.

A genealogia é uma ciência que estuda a origem, evolução e disseminação das várias gerações
de uma família. A partir de informações buscadas em documentos e certidões de pais, tios, avós
e bisavós, as pessoas conseguem descobrir seus antepassados e quando e onde eles nasceram. A
visita em cartórios, igrejas, arquivos públicos, museus e bibliotecas também podem auxiliar na
busca por mais informações. A partir dessa busca é possível construir a árvore genealógica de
uma família com nomes, datas e lugares por onde andaram nossos antepassados, de forma que
sejam mantidos vivos na memória de seus descendentes. (MORAES, 2015, p. 1).

Genealogia ou comumente chamada às árvores genealógicas podem ser facilmente


transformadas em conteúdos matemáticos ou vários. O presente projeto de pesquisa abordará
exclusivamente o conteúdo estruturante de números e álgebra com seu conteúdo básico de potenciação,
trabalhado desde o sexto ano do ensino fundamental, visando facilitar a interpretação de bases,
expoentes e potenciação.

Matemática, uma palavra que começa no proto indo europeu “mendh-” para aprender e chega
ao grego “manthanein” com o mesmo significado. Após esta origem chegamos a “mathema”
(genitivo “mathematos”) como ciência, conhecimento, lição ou literalmente “aquilo que se
aprende”. Referenciada como a ciência matemática (a partir do grego “mathematike tekhné”)
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como feminino de “mathematikós” ou disposto a aprender o que era reforçado por
filósofos entre eles Pitágoras de Samos, que em tudo pensava ser números. Ciência dos
elementos numéricos, presente em quase todas as áreas do conhecimento quer queiram ou não e
até mesmo numa relação familiar ou genealógica. Observamos que a árvore genealógica (do
grego “genea”:descender e “logein”: estudo ou tratado) é na realidade uma curiosa base binária
em que cada geração possa corresponder a uma casa numérica [...]. (AGUIRSAN, 2015, p. 1).

2.2 O PROJETO
2.2.1 A ÁRVORE GENEALÓGICA

O projeto foi desenvolvido para melhorar o diálogo entre os alunos, aprimorar os


conhecimentos que eles possuem sobre suas famílias e ainda poder fazer com que alguns pudessem
saber mais informações a respeito de suas origens.

O trabalho começou com uma roda de conversa e a apresentação de uma árvore real, através de
um gráfico criado pela página do MyHeritage. O gráfico consiste em uma escolha no site de modelos
de gravuras, modelo de apresentação da árvore, com descendentes, com antepassados e número de
gerações, depois das escolhas, o gráfico é gerado em PDF e pode até ser impresso.

Figura 1: Gráfico Antepassados até 7ª geração de Cristiane M. Schwab.


Fonte: Página do MyHeritage.

Após a explicação de como é feita uma árvore genealógica e o que pode ser pesquisado, os
alunos podem analisar fotos, datas e nomes dos elementos selecionados na construção do gráfico. A
partir dessa conversa informal, as perguntas começam a surgir e é onde o objetivo da aula começa: a
fome pelo saber das mentes ansiosas por respostas. O professor é o elemento orientador, onde sanará
todas as perguntas e dúvidas.

Como o projeto é de uma árvore e pesquisa familiar real, ou seja, de uma família existente, com
muita bagagem histórica, rica em documentos e fotos, o próximo passo, foi contar um pouco sobre
alguns dos integrantes da árvore e explicar datas e origens dos nomes. No gráfico, algumas pessoas
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relacionadas possuem fotos, outros não, onde aparece só um perfil, ou masculino ou
feminino. As datas estão entre parênteses e a primeira é ao de nascimento e se houver mais uma é a de
morte. Explicar que as datas são muito importantes por elas pode ser iniciada uma pesquisa por
documentos, assim como locais e ou pessoas relacionadas ou até mesmo eventos. A necessidade de
conhecer ou procurar saber sobre História Geral é também uma fonte primordial, pois muitos eventos
são de mais de cem ou duzentos anos antes e o mundo não possuía a Geografia que possui hoje.

A história familiar das Famílias Schwab e Keller que é a base do projeto, é decorrente de um
contexto histórico importante: O casamento de Catharina II - Imperatriz Russa de origem alemã, com o
Grão-Duque Russo Pedro III. Foi após este casamento monárquico que surgiram as colônias alemãs às
margens do Rio Volga e assim a origem do sobrenome Schwab, que além do nome de um de seus
chamados prefeitos, também foi o nome dado a uma das 300 colônias fundadas.

A história dos alemães na Rússia e regiões em volta desta começou em 1763, quando Catarina
II tornou-se imperatriz da Rússia. Tendo posse de uma vasta região de terras virgens à volta do
Rio Volga, determinou que tornasse esta região produtiva para a agricultura e que habitaria a
região para protegê-la de tribos asiáticas que moravam próximas. Assim, em 22 de Julho de
1763, Catharina fez um manifesto chamando por imigrantes para colonizarem aquelas terras.
Para encorajar a vinda de imigrantes, o manifesto ofereceu alguns dos seguintes privilégios para
os que viessem: Liberdade religiosa e o direito de construir suas próprias igrejas e escolas;
Isenção de serviços militares; O direito de deixar a Rússia a qualquer hora; O direito de morar
em colônias isoladas das outras; Os novos colonos teriam proteção e os mesmos direitos dos
nativos; Não precisariam pagar impostos por 10 anos; As famílias muito pobres receberiam
ajuda do governo para se estabilizarem; Os direitos e privilégios também eram garantidos aos
descendentes dos imigrantes; Depois de passados 10 anos, ainda teriam mais 10 anos de prazo
para devolver a ajuda que receberam do governo. Esses direitos e privilégios ofereciam a
chance de uma vida melhor e então milhares de pessoas de estados alemães e da Europa Central
e migraram para a Rússia. Há várias razões para uma grande quantidade de alemães terem saído
de sua terra natal. Muitas regiões na Alemanha estavam devastadas e a pobreza estava
disseminada. Foi também nessa época que muitos alemães emigraram para a América, em
maior parte para os Estados Unidos, para começarem uma nova vida. [...] Foram fundadas
aproximadamente 300 colônias principais por terras russas durante os anos de colonização, e
conforme a população crescia, eram necessárias mais áreas para os 'sem-terras'. [...] Em 1871 o
Czar Alexandre II anulou os privilégios dados aos colonos imigrantes, e como resultado, os
colonos foram reduzidos à classe de lavradores russos e sob as mesmas leis e obrigações de
todos. Em 1874 os filhos dos colonos foram recrutados pela primeira vez para os serviços
militares. Na década de 1870, diante da insatisfação dos colonos pela perda de privilégios,
começou a surgir um movimento de emigração para os Estados Unidos, Canadá e América do
Sul (Brasil e Argentina), que aumentou depois da Primeira Guerra Mundial. (SCHWAB, 1997,
p. 3).

E é com esta ideia de interdisciplinaridade que o projeto foi construído e aplicado.

A interdisciplinaridade começou a ser abordada no Brasil a partir da Lei de Diretrizes e


Bases Nº 5.692/71. Desde então, sua presença no cenário educacional brasileiro tem se tornado
mais presente e, recentemente, mais ainda, com a nova LDB Nº 9.394/96 e com os Parâmetros.
Além da sua grande influência na legislação e nas propostas curriculares, a interdisciplinaridade
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tornou-se cada vez mais presente no discurso e na prática de professores. [...] É
possível a interação entre disciplinas aparentemente distintas. Esta interação é uma maneira
complementar ou suplementar que possibilita a formulação de um saber crítico-reflexivo, saber
esse que deve ser valorizado cada vez no processo de ensino-aprendizado. É através dessa
perspectiva que ela surge como uma forma de superar a fragmentação entre as disciplinas.
Proporcionando um diálogo entre estas, relacionando-as entre si para a compreensão da
realidade. A interdisciplinaridade busca relacionar as disciplinas no momento de enfrentar
temas de estudo. (OLIVEIRA, 2010, p.1).

O próximo passo foi mostrar fotos antigas de algumas pessoas representadas na árvore.

Figura 2: Fotos antigas.


Fonte: Acervo pessoal.

Com a visualização de fotos e da árvore genealógica exemplificada, os alunos receberam folhas


com uma árvore genealógica impressa com espaços para serem completados com os nomes dos
familiares.

Os alunos foram orientados a completar a árvore só com seus nomes, nome dos pais, sendo que
o nome da mãe é colocado com o sobrenome de solteira e do lado direito da árvore e o nome dos
familiares do pai é completado do lado esquerdo. Essas regras provem de estudos genealógicos
internacionais, que servem para referência, pesquisa e visualização por qualquer pessoa que tenha a
curiosidade em genealogia.
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Figura 3: Modelo de árvore genealógica para completar.


Fonte: Página da Dreamstime.

Os alunos completam a sua folha com o que lembram a respeito de suas famílias, a curiosidade
é normal, pois alguns alunos sequer conhecem alguns dos pais.

O professor orienta os alunos a respeito do restante da pesquisa, é necessária a ajuda de pais


e/ou familiares para terminar a árvore genealógica em casa. Os estudantes levam suas miniárvores para
que os pais, com seus conhecimentos sobre suas famílias de origem, possam ajudar a completar a folha
de atividade sugerida. O projeto busca melhorar o diálogo em família, pois assim, alimenta as
lembranças de todos em casa.

A última fase do projeto é pedir aos alunos que consigam fotos dos familiares para montar uma
árvore para exposição com as fotos e com a base binária, que é o objetivo do trabalho sugerido.

A árvore com as fotos e as bases binárias, é montada em papel cartão verde, em forma de uma
árvore com copa frondosa e em seus galhos são colocadas a fotos dos respectivos pais, avós e bisavós

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de ambos os lados, ou seja, paternos e maternos e na lateral da folha são colocadas as bases
binárias com a representação das potências.

Figura 4: Árvore Genealógica com fotos.


Fonte: Acervo pessoal.

2.2.2 A BASE BINÁRIA


Toda genealogia trabalha com as bases binárias, pois de duas pessoas são geradas muitas outras,
seja por laços hereditários ou por afetivos, e a Matemática contribuindo mais uma vez para o sucesso
da evolução.

O presente trabalho de Genealogia junto com a Potenciação, traz para o aluno a visão de
potencias que podem ser visualizadas, como quando trabalhado com números quadrados perfeitos,
usando papel quadriculado e fazendo quadrados para demonstrar a técnica, ou usando a forma de cubo
para exemplificar volumes. Na árvore genealógica a base é fixa, sempre será dois, pois um filho é
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gerado de duas pessoas, pela concepção evolutiva e biológica de família. Claro que para a
nova concepção as famílias são hétero ou homoafetivas.

Potências, pais, avós, bisavós, ... O emprego da palavra "potência", em Matemática, é atribuído
a Hipócrates de Quio (470 a.C.), que escreveu o primeiro livro de geometria elementar e
provavelmente, tenha servido de referências para os Elementos de Euclides. Hipócrates indicou
o quadrado de um segmento pela palavra dynamis, cujo sentido era exatamente potência.
Existem motivos para se crer que a generalização do uso da palavra potência resulte do fato dos
Pitagóricos terem enunciado o resultado da proposição I.47 dos Elementos de Euclides sob a
forma: “a potência total dos lados de um triângulo retângulo é a mesma que a da hipotenusa”.
Portanto, o significado original de “potência” era potência com expoente dois, somente
passadas algumas décadas se estendeu o sentido para potências com expoentes diferentes de
dois. Lembramos ainda que a notação atualmente usada aparace no livro Géometrie (1637) de
René Descartes. (1596-1650). Lá ele escreve: “aa ou a² para multiplicar a por si e a³ para
indicar a multiplicação de a por a² e deste modo infinitamente”. Mas e os pais, avós, bisavós, ...
o que têem a ver com as potências? Bom... vamos admitir (pois existem, atualmente, outras
possibilidades) que para cada ser humano fossem necessários um pai e uma mãe e assim cada
pessoa tem dois pais, quatro avós, oito bisavós, dezesseis trisavós e assim por diante. Nesse
último duplo milênio quantos são os nossos ancestrais? Para resolvermos a essa questão,
recorremos ao conceito de potência cuja notação "b elevado a n" está representada abaixo e
definimos a operação de potenciação como produto de n fatores iguais a b: bn = b.b.b.b.b.b.b. ...
.b . O número b, fator que se repete, chama-se base; o número n, que indica a quantidade de
vezes que b irá se expor como fator, chama-se expoente e o resultado dessa operação potência.
Assim no exemplo: 2³ = 8, 2 é a base, 3 é o expoente e 8 é a potência. Recordando nossa
questão, se imaginarmos que a vida média de cada geração é de cinqüenta anos, cada século
corresponde a duas gerações. (RENATO E CRISTINA, 2011, p. 1).

Figura 5: Base binária.


Fonte: Página da Matematicamente contando.

3 CONCLUSÃO

O projeto apresentado compartilhando uma paixão pela história de uma família, juntando
histórias, documentos, fotos e podendo até juntar pessoas em outros países, é fascinante e podendo
associar tudo isso à Matemática é ainda mais prazeroso, para amantes das duas ciências.

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As pesquisas genealógicas requerem muita paciência e perseverança, pois nem
sempre é possível desvendar os mistérios por trás de uma pessoa ou sua origem, é a busca incessante
que torna o trabalho orgulhosamente em andamento, pois uma árvore genealógica é infinita, assim
como o conjunto dos números.

A conclusão geral é de uma incrível jornada pelo resgate de histórias esquecidas ou até mesmo
nunca contadas pelos familiares dos alunos. Uma iniciativa de prósperos diálogos entre os alunos e seus
pais ou familiares. Tudo isso tornando possível o trabalho em sala mais proveitoso e harmonioso com a
Matemática, a busca incessante de professores para um melhor ensino-aprendizagem é também como
as pesquisas genealógicas: paciente e perseverante para atingir o objetivo maior que no caso de
Educação Matemática é a compreensão dos conteúdos.

REFERÊNCIAS

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Disponível em: <http://aguiarsan.blogspot.com.br/2015/02/matematica-e-arvore-genealogica.html>.
Acesso em: 30 ago. 2015.

DREAMSTIME. Página de coleção de imagens. Disponível em:


<http://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-%C3%A1rvore-geneal%C3%B3gica-
handpainted-image45538183>. Acesso em 3 set. 2015.

FAMILYSEARCH. Página da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias especializada em
genealogia e documentos digitalizados. Disponível em: <https://familysearch.org/>. Acesso em: 21
jun. 2015.

GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD, 2009.

GONÇALVES, Fernanda Anaia; GOMES, Lígia Baptista; VIDIGAL, Sonia Maria Pereira. Materiais
manipulativos para o ensino de figuras planas. São Paulo: Edições Mathema, 2012.

MATEMATICAMENTE CONTANDO. Potências, pais, avós, bisavós.... Disponível em:


http://matematicamentecontando.blogspot.com.br/2011/06/potencias-pais-avos-bisavos.html. Acesso
em: 13 jun. 2015.

MYHERITAGE. Página especializada em árvores genealógicas. Disponível em:


<http://www.myheritage.com.br>. Acesso em: 18 jul. 2015.

MORAES, Paula Louredo. O que é genealogia? Brasil Escola. Disponível em:


<http://www.brasilescola.com/biologia/genealogia.htm>. Acesso em 30 ago. 2015.

OLIVEIRA, Emanuelle. Interdisciplinaridade. Disponível em: <


http://www.infoescola.com/pedagogia/interdisciplinaridade/>. Acesso em: 30 ago. 2015.
12

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para


Educação Básica. Seed: Curitiba, 2008.

RENATO, Carlos. CRISTINA, Josefa. Potências, pais, avós, bisavós.... Disponível em:
http://matematicamentecontando.blogspot.com.br/2011/06/potencias-pais-avos-bisavos.html.> Acesso
em 13 jun. 2015.

SCHWAB, Carlos Alberto. Resumo Histórico e Genealogia dos Alemães do Volga. Ponta Grossa:
Editora Paranaense, 1997.

______, Cristiane Margaret. Web Site das Famílias Schwab e Keller. Disponível em:
<http://www.myheritage.com.br/site-79623623/website-das-familias-schwab-e-keller>. Acesso em 05
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______, Cristiane Margaret. Aprender a aprender. 2015. 17 f. Trabalho Acadêmico (Graduação) –


Licenciatura em Matemática – Universidade Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Curitiba.
UNIASSELVI, 2015.

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