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Ética Profissional

Aula 1 – Fundamentos ontológicos – sociais da ética

3 PRINCIPAIS TEORIAS DA FILOSOFIA MORAL E ÉTICA


Ética da Virtude: fundamentada nas ideias de Aristóteles e acredita no desenvolvimento das qualidades
humanas, por exemplo: coragem, empatia, bondade e etc.
Consequencialismo: teoria ética que tem como foco as consequências das ações. Uma das vertentes é o
utilitarismo, ou seja, a ideia de que as ações humanas devem ser julgadas de acordo com suas consequências.
Deontologia: para esta grande teoria ética existem regras e modelos que as pessoas devem seguir para viver
uma vida ética, cada ação humana deve ser feita levando em consideração estas regras e os modelos.

Gênese, formação e evolução da ética

A palavra (êthos), da qual deriva “ética”, não significa somente “uso” ou “costumes” como tradicionalmente
lembram os estudos introdutórios aos compêndios de Ética. Heidegger, muito oportunamente, recorda que
êthos tem também uma outra etimologia, mais antiga, fundamental e sugestiva: “moradia”, “lugar onde se
habita”... , elucidam essa etimologia: “O lugar de habitação do homem é a proximidade dos deuses”.

Segundo Cortella (2009, p. 102), a ética é o que marca a fronteira da nossa convivência. [...] é aquela
perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para existirmos juntos [...] é o conjunto de
seus princípios e valores que orientam a minha conduta.

Quanto a ser um assunto tradicional dos filósofos e pensadores, Chauí (1998, p. 25), afirma que a Filosofia
existe há vinte e cinco séculos e, neste período, a ética, enquanto um dos seus principais ramos, esteve sempre
presente e continua viva.

A ética, hoje, é compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento moral e relaciona
a moral como uma prática, entendida por Cortella (2007, p. 103) como o “exercício das condutas”. Além disso,
é entendida como um tipo ou qualidade de conduta que é esperada das pessoas como resultado do uso de
regras morais no comportamento social.

O que se entende por moral? Existe diferença entre ética e moral?


As duas estão entrelaçadas. A moral é entendida como um conjunto de normas para o agir específico ou
concreto. Assim, constitui-se de valores e preceitos ligados aos grupos sociais e às diferentes culturas,
determinando o que é ou não aceito por este grupo como bom ou correto. Já a ética é a reflexão sobre a moral.
A ética discute os valores que se traduzem em existências humanas mais felizes, mais realizadas, com mais
bem-estar e qualidade de vida. Além disso, busca os valores que signifiquem dignidade, liberdade, autonomia
e cidadania. Na medida em que entendemos a importância da ética para a sobrevivência humana com
qualidade e integridade, compreendemos também a complexidade envolvida em suas relações com outros
campos do saber e da prática, fundamentais à vida humana em sociedade.

A Importância da Disciplina Ética para a Construção da Postura Profissional do Individuo

Vivemos em uma sociedade em que se nota bastante visível a falta de conduta ética em vários indivíduos e
em diversas empresas. Desta forma nesse momento abordaremos sobre a grande relevância que tem a ética
para uma conduta profissional correta, explicitando claramente o que a ética representa para o homem e qual
seu papel para com a sociedade através da construção de caráter do indivíduo. Valls (2006) corrobora que
“através dos conhecimentos recebidos o sujeito vive de acordo com as regras estabelecidas pela sociedade,
buscando assim não o seu bem próprio mais de todos a sua volta”. “Sabe-se que a ética profissional e
indispensável em qualquer profissão, pois é no fazer e agir da ação humana que estão interligados”, Oliveira
(2012). O fazer remete ao respeito, a competência, à eficiência de todos os profissionais que exercem bem a
sua profissão. O agir na mesma conjuntura está referindo-se a conduta profissional, suas atitudes diante de tais
situações do dia a dia no campo profissional.

Todas as profissões devem estar inseridas na ética profissional, mesmo que seja de forma indireta ou em
formas apenas de regimentos ou regras a serem seguidas dentro de um código. Assim VINCENTIN (2005)
faz uma afirmação quanto a isso: Todas as profissões estão inseridas dentro de um regulamento determinando
sua natureza e demais composições, que abrigam as especificidades de cada área, formando o caráter
normativo ou jurídico. Determina a diferenciação de cada espaço, empresa ou agir entre profissionais da
mesma área, muitas vezes enraizados aos costumes de seu espaço habitual, que determinaram tais condutas.

Enriquecendo a citação acima, Góes e Santini (2009) fala sobre o código de ética profissional e da teoria do
dever, que está inserida nas relações entre o profissionalismo e a vida em sociedade. Ressaltando que “ao
referenciar sobre o código de ética o profissional fundamenta interesses de seus pares ou daqueles que estão
relacionados social, política e economicamente”. Assim a disciplina ética se faz importante para o individuo
pois através dela ele se tornara um profissional com atitudes e posturas éticas voltadas a responsabilidade e
comprometimento além de ações coletivas para o melhor rendimento da empresa. Criando assim uma postura
ética que fará dele mais produtivo e valorizado no seu local de trabalho.
Sistemas conceituais fundamentais da ética

I. Egoísmo – é uma das tarefas da ética responder sobre as questões do egoísmo, que é a preocupação
com os interesses de caráter individual ou corporativo, cujo conceito não inclui a avaliação moral, pois não
nos diz se a preocupação com esses interesses é boa ou má.
II. Altruísmo – a ética responde a esse conceito que deve significar a preocupação com os interesses do
outro, porém, não inclui a avaliação moral, pois não significa que uma ação altruística é boa ou má.
III. Moralidade – é um código de valores capaz de guiar a conduta do homem e suas respectivas escolhas
e decisões, permitindo julgamento do certo ou do errado, do bem ou mal.
IV. Bem objetivo – existem teorias sobre o bem subjetivo que dizem ser ele derivado de uma avaliação
dos fatos da realidade em relação ao homem, segundo um padrão racional de valor, ou seja, validados por um
processo de razão. Outras teorias vêm de escolas do pensamento, que olham o bem como produto da
consciência do homem, independentemente da realidade e outro independentemente da consciência do
homem.
V. Virtude – na época contemporânea a virtude é vista com certo moralismo antiquado. Na época
clássica, como conceito central. Com base em vários autores poderíamos traduzir por “excelência”. “O que
faz com que um ser humano seja de tal modo pleno ou autêntico é a virtude”.
VI. Solidariedade – são princípios que se aplicam às instituições sociais, a cada pessoa e a toda
organização, onde os homens devem aprender a viver para os demais e não somente com os demais. São obras
concretas de serviços aos outros.
VII. Subsidiariedade – é um princípio que volta-se ao respeito às relações entre os níveis de concentração
de poder e os respectivos interesses sociais a serem satisfeitos. Nem o Estado ou a sociedade jamais deverão
substituira iniciativa e a responsabilidade das pessoas nos níveis em que eles podem atuar e também destruir
o espaço para a sua liberdade. Cada ser humano deve ser o autor de seu próprio desenvolvimento. A iniciativa
é ponto de partida para qualquer ação humana sob sua responsabilidade individual de edificar a sociedade em
que vive. Para isso, é preciso maior liberdade possível e menor controle.
VIII. Participação – é a garantia de liberdade para se constituírem associações honradas que contribuem
com o bem comum, capazes de reconstituir qualquer esfacelamento social e deficiências produzidas nas
relações sociais.
IX. Finalidade – este conceito está ligado à pratica da moral vivida e à teoria da moral. “A finalidade
significa aqui que o ser humano age para atingir um determinado objetivo ou fim”. Diferentemente do instinto
e do comportamento predeterminado do animal, o homem tem a capacidade de introduzir uma indeterminação.
X. Consciência – é entendida como “capacidade de projetar, diante de si próprio, a representação do fim
proposto e de escolher em função deste fim um meio, ou uma sucessão de meios”.
XI. Consenso – na época contemporânea, muitos filósofos contestam a problemática do fundamento da
moral. Essa situação depende da recusa da metafísica e da impossibilidade de impor ao outro ser humano a
sua norma de comportamento.
XII. Responsabilidade da ética – a consequência de procurar o consenso é: insistência sobre a
responsabilidade pessoal e coletiva. Se o conflito entre morais reenvia cada um para a sua liberdade, a
responsabilidade torna-se o fundamento da ética contemporânea. No entanto, o sentido comum de
responsabilidade é o de assumir as consequências do ato praticado.
XIII. Sabedoria/Prudência – é a prudência que permite articular o que caracterizaríamos como ligação do
real com o ideal. A prudência encarna uma proposta de universalidade ou uma excelência abstrata nas
circunstâncias sempre individualizadas da ação.
XIV. Norma – Kant trouxe-nos a questão do dever e da obrigação. O que se impõe como força normativa à
consciência moral é a realização do bem. A norma jurídica é a célula do ordenamento jurídico (corpo
sistematizado de regras de conduta, caracterizadas pela coercitividade e imperatividade). É um imperativo de
conduta, que coage os sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada e desejada.
XV. Moralismo – faz referência mais a determinados campos da conduta humana onde a visão estreita de
moralidade deriva para moralismo – equivale a uma espécie de loucura da ética, quando se perde o sentido
geral das coisas para se apegar a certos pontos ou normas, que são tomados de forma absoluta, sem levar em
conta a amplitude, o conjunto. Moralismo é a doença da ética.
XVI. Eticidade – segundo Hegel, na sua filosofia do direito, a eticidade torna-se diferente da moralidade
em face apenas de uma concepção institucional, mesmo que continue sendo a realização de atos humanos,
oriundos de sua vontade.
XVII. Dever prima facie – o dever prima facie é uma obrigação que se deve cumprir, a menos que ela entre
em conflito, numa situação particular, com um outro dever de igual ou maior porte.
XVIII. Metaética – é o estudo dos aspectos lógicos de um discurso ou tratado moral. É o estudo do significado
dos termos usados no discurso ético. É o tipo de reflexão que analisa o discurso moral, constituindo uma
metalinguagem de caráter pretendidamente neutro ou não normativo.
Sistemas racionais da ética

O Imperativo Categórico é uma das ideias centrais para a adequada compreensão da moralidade e da eticidade.
Nesta proposta Kant sintetizou o seu pensamento sobre as questões da moralidade. Kant valorizava esta ideia
de lei moral. Ele cunhou uma das mais célebres frases a esse respeito:

Imperativo categórico – “Age somente, segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo em
que se torne lei universal.” É um dos principais paradigmas da filosofia de Kant. Sua ética vem a ser o dever
de agir na conformidade dos princípios que se quer devendo ser aplicados por todos os seres humanos.

Imperativo universal – “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal
da natureza.”

Imperativo prático – “Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa
de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio.”

O que é bioética

Definições não faltam para o termo, mas um resumo de todas seria: bioética, do grego bios (vida) + ethos
(ética), é a ética da vida ou ética prática, isto é, um campo de estudo inter, multi e transdisciplinar que engloba
a biologia, a medicina, a filosofia, o direito, as ciências exatas, as ciências políticas e o meio ambiente. Com
foco em discutir questões, a área tenta encontrar a melhor forma de resolver casos e dilemas que surgiram com
o avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores e direitos humanos, prezando sempre a conduta
humana e levando em consideração toda a diversidade moral que há e todas as áreas do conhecimento que, de
alguma forma, têm implicações em nosso dia a dia.

Exemplos de casos que envolvem bioética são as polêmicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos
transgênicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco, da eutanásia, do
suicídio, da fertilização in vitro, entre outras.

A tomada de decisões em âmbito clínico na área acontece por meio de quatro princípios fundamentais: a
beneficência e não maleficência (médico), ou seja, “fazer o bem” e “não causar dano”; a autonomia (paciente),
capacidade que cada um tem de tomar suas próprias decisões; e a justiça (sociedade), garantia de uma
distribuição justa, equitativa e universal dos serviços da saúde. E, nesse contexto, o exercício da enfermagem
é de extrema importância, pois deve se apegar a esse referencial de reflexão ética para nortear suas práticas,
analisando-as em uma dimensão ou visão bioética.
Sociedade e meio ambiente

Mas não é só nos meios científico e hospitalar que a bioética existe. Ela está presente também em nosso
cotidiano e no meio ambiente, em todas as relações humanas, no respeito à autonomia das pessoas, ou até no
modo como consumimos e usufruímos dos recursos naturais, o lugar onde dispensamos o nosso lixo e como
fazemos esse descarte.

Nesse aspecto ambiental, a bioética pode promover uma reflexão que busque um modelo sustentável que
respeite e tenha responsabilidade por todos os seres vivos. Com isso, ela pode ser uma importante aliada para
a análise do atual modelo de desenvolvimento, de forma a permitir a sustentabilidade para a atual e para as
futuras gerações.

É importante ressaltar também que, atualmente, nota-se a presença crescente da ecologia e da biodiversidade
nos debates bioéticos. O Brasil detém uma grande biodiversidade e uma rica diversidade cultural. Devido a
problemas relacionados com os meios de produção e a busca desenfreada por lucro, vem sofrendo quando se
trata do manejo adequado da natureza em determinado ecossistema. Outro ponto bastante discutido são o uso
e as consequências do cultivo de produtos transgênicos, juntamente com o impacto que eles causam no meio
ambiente e na saúde humana.

A bioética pode ser aplicada também quando falamos em estética. A reflexão por trás do assunto diz respeito
à busca insistente na suposta "perfeição física" (que é socialmente construída), em que pessoas se submetem
a procedimentos médicos com grandes riscos à saúde.

Esses são problemas e desafios que precisam ser enfrentados por todos os âmbitos da bioética, pois cada
avanço da biologia e das ciências da saúde traz consigo obstáculos sociais e psicológicos. A pesquisa com
embriões humanos, por exemplo, enfrenta problemas por ser um tema delicado que envolve tanto conceitos
morais como o interesse científico e financeiro.

E esse é o papel da bioética: tentar solucionar tais dilemas a partir de seus princípios, sabendo que não há
apenas uma resposta que possa ser julgada correta. A busca da área é pelo equilíbrio justo entre a ciência e o
respeito à vida, reconhecendo os benefícios que o avanço científico e biológico proporcionam, mas também
permanecendo alerta para os riscos que eles representam para a sociedade e para o meio ambiente.
PRINCIPAIS TEORIAS DA BIOÉTICA
Utilitarismo
Kantismo
Ética do Caráter
Individualismo Liberal
Comunistarismo
Ética do Cuidado
Casuística
Principialismo

Principais Discussões da Bioética


• Aborto
• Clonagem
• Pesquisas em células-tronco
• Eutanásia
• Ética Médica
• Transplante de Órgãos
• Experimentos em animais e seres humanos

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